Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
D360ºHera DIR RVictalino Aula03 110222 MTavares
D360ºHera DIR RVictalino Aula03 110222 MTavares
Relembrando...
Teoria Pura do Direito (Hans Kelsen) – Direito como uma ciência pura, apenas compatível
com a norma superior (LEI Fundamental).
1. Hierárquico; Há revogação.
2. Especialidade; OBS: Lei especial não revoga, mas prevalece e coexiste com a lei geral.
3. Cronológico; Há revogação.
Bobbio defende que o ordenamento jurídico tem duas características estruturais as quais lhe
conferem funcionalidade:
1) O ordenamento jurídico é harmônico, o que significa que as antinomias serão solucionadas por
meio de critérios presentes no próprio ordenamento jurídico;
Com efeito, o art4 da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) estabelece três
meios de integração que o juiz do caso concreto poderá empregar para solucionar lacunas.
Costumes -> o costume é conceituado como sendo práticas reiteradas no tempo e no espaço. Ex:
não havia lei que falasse de cheque pré-datado. O juiz poderia julgar que esperar a data para fazer
a cobrança seria o correto, já que era uma prática reiterada.
Princípios Gerais do Direito -> entende-se por princípios gerais do direito: valores que permeiam
todo o ordenamento jurídico e que informam a elaboração das leis que integram o ordenamento.
Exemplos:
OBS: a doutrina defende que o juiz do caso concreto deverá solucionar as lacunas do ordenamento jurídico
empregando os meios de colmatação do ordenamento conforme a ordem prevista na redação do artigo 4º
da LINDB: primeiro deve tentar empregar a analogia, depois o costume e, por fim, os princípios gerais do
direito.
No Direito interno, o costume não é fonte do Direito, ou seja, não cria normas jurídicas. O
costume é considerado um meio de colmatação ou de integração do ordenamento, o que
significa que apenas poderá ser empregado no julgamento de casos concretos em que se
verifica a existência de lacunas (art. 4º, LINDB).
O art. 1º da LINDB estabelece a seguinte disciplina jurídica para a “vacatio legis” (situação em que
uma nova lei já foi publicada, mas ainda não adquiriu vigência):
Regra geral -> a própria lei deverá definir o início de sua vigência. Assim, é possível que
existam leis que não tenham “vacatio legis” na hipótese de existir previsão d vigência
imediata da nova lei.
Exceção -> se a nova lei for silente quanto ao início de sua vigência, deverá ser aplicado o
período de “vacatio legis” previsto no art. 1º da LINDB: a nova lei irá adquirir vigência
simultânea em todo território nacional após 45 dias da sua publicação.
IMPORTANTE: O art.1º, § 1º da LINDB estabelece que o período de vacatio legis da lei brasileira, quando
aplicada em Estado estrangeiros, é de 3 meses após a publicação:
o
Art. 1º,§ 1 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de
oficialmente publicada.
REVOGAÇÃO DE LEIS
A revogação de uma lei ocorre diante da hipótese de existir uma antinomia que será solucionada
mediante o emprego de dois critérios de solução:
PEGADINHA: na hipótese de emprego do critério da especialidade para solucionar antinomia, a lei especial
irá prevalecer, e não revogar a lei geral, conforme determina o art. 2º, § 2º da LINDB:
a) Revogação expressa: a lei revogadora indica expressamente em seu texto qual é a lei que será
revogada, ou seja, que será retirada do ordenamento jurídico.
b) Revogação tácita: ocorre na hipótese em que não existe previsão expressa de revogação entre
leis. Caberá ao juiz, que julga casos concretos, identificar antinomias entre leis que incidem
nesse caso concreto e aplicar os critérios hierárquico ou cronológico de solução de antinomia.
LEITURAS
Leituras Obrigatórias: Caderno de aula; Código Civil; Edital do CACD; e Questões anteriores sobre o tema da
aula (bancas do CESPE/CEBRASPE e IADES).
Leituras Complementares: Capítulo correspondente do livro: SUNDFELD, Carlos Ari, Fundamentos de Direito
Público, Ed. Malheiros.