Você está na página 1de 110

Espécies de Prisão

• Prisão Pena

• Flagrante – 301/310 (precautelatar)

• Preventiva 311/316

• Temporária – Lei 7.960/89

1
Art. 310
• Relaxar

• Converter em Prisão preventiva


• Presente o requisitos do art. 312
• Se mostrarem insuficientes as medidas cautelares diversa da prisão

• Conceder a Liberdade Provisória

2
• Prisão em Flagrante

Medida restritiva de liberdade, de natureza cautelar e processual, consistente na


prisão, independente de ordem escrita do juiz competente, de quem é
surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acabou de cometê-la,
ou quando perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser autor da
infração, ou, ainda, quando encontrado, logo depois à prática da infração, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser o autor da
infração.

3
Fases do Flagrante
• Captura

• Formalização

• Recolhimento à prisão

4
Prisão em Flagrante
• Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

5
• Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: (hipóteses)
• I - está cometendo a infração penal; (próprio)
• II - acaba de cometê-la; (próprio)
• III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
(impróprio/quase flagrante)
• Art. 290 do CPP

• IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (presumido)

6
a) Flagrante próprio

• Art. 302, inciso I e II, do CPP - Trata-se de prisão efetivada no momento


em que o sujeito está praticando uma infração penal, ou quando acabou
de cometê-la. A prisão deve ocorrer de imediato, sem qualquer intervalo
de tempo entre a prática da infração e a detenção. Ocorre, pois, quando o
agente ainda está no local do crime.
• Ex: prisão em flagrante no exato instante em que o agente criminoso busca sair da
agência bancária onde praticava o delito de roubo.

7
b) Flagrante impróprio (QUASE-FLAGRANTE)

• Art. 302, inciso III, do CPP Trata-se da hipótese em que o agente é perseguido, logo após a infração, no contexto que faça presumir ser o

autor do fato. A definição da expressão “logo após” traduz uma relação de imediatidade, com perseguição iniciada em momento

bem próximo da infração. Aqui o agente já deixou o local do crime. É o tempo que decorre entre a prática do delito e as primeiras
coletas de informações a respeito da identificação do autor e a direção seguida na fuga, iniciando-se, logo após, imediatamente a
perseguição. Uma vez cessada a perseguição, cessa a situação de flagrância. Ou seja, a perseguição deve ser contínua, sem
interrupções. A concepção de perseguição pode ser extraída do Art. 290, § 1º, (remissão no vade - ler) do Código de Processo Penal,
notadamente das alíneas “a” e “b” do parágrafo primeiro.

• Não confundir início da perseguição com duração da perseguição (folclore 24h). O início da perseguição deve ser logo após o fato; a
perseguição, no entanto, pode perdurar por muitas horas e até dias, como, por exemplo, em crime de roubo a banco, em que a polícia
chega imediatamente ao local, faz o primeiro levantamento e, de imediato, sai em perseguição dos suspeitos, que se embrenharam
numa mata por mais de 30 horas. Nesse caso, considerando que a perseguição deflagrada logo após à prática da infração penal foi
ininterrupta, eventual prisão em flagrante será legal.

• Se o agente for preso após cessada a perseguição, sem mandado judicial, a prisão será ilegal, devendo, pois, ser relaxada

8
• Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou
comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar,
apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o
caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
• § 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
• a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha
perdido de vista;
• b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há
pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu
encalço.

9
• CUIDADO: a perseguição deve ser ininterrupta. Uma vez cessada a
perseguição, não há mais situação de flagrância, devendo-se, a partir
de então, efetivar-se a prisão somente munido de mandado judicial
(prisão preventiva ou temporária, conforme o caso).

10
c) Flagrante presumido
• Art. 302, inciso IV, do CPP Aqui o agente não é “perseguido”, mas “encontrado”, logo depois da
prática da infração penal, na posse de instrumentos, armas, objetos ou papéis em situação que
permita presumir ser ele o autor da infração.

• Quanto ao alcance da expressão “logo depois”, a jurisprudência tem admitido prisões


ocorridas várias horas depois do crime. Não aceita, no entanto, prisão muitos dias depois ao do
crime.
• Subtração de um carro. BO. Prisão em uma Blitz.
• Botijão de gás.
• Sacola de Roupas

• Não pode ser um dia depois..


11
Cuidado

• Caso o sujeito foi preso e não se encaixa em nenhuma situação do


art. 302 a prisão é ilegal – relaxamento.

• Prisão em flagrante dois dias depois. Em razão de ter encontrado o


agente com objetos do crime.

12
Atenção

• Flagrante Preparado – Ilegal


• Flagrante Esperado – Legal

• Flagrante Postergado/Retardado/Não atuação Policia


• Legal
• Na lei De Drogas deve ser autorizado pelo Juiz
• Na lei de OCRIM – Basta a Comunicação

• Flagrante Forjado – Ilegal


13
Infrações Permanentes
• Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante

delito enquanto não cessar a permanência. (remissões no vade)


• Art. 148 – sequestro

• Art. 159 – extorsão mediante sequestro

• Drogas

• Cessou a permanência – prisão ilegal

14
OUTRAS VARIAÇÕES DAS ESPÉCIES DE PRISÃO EM FLAGRANTE
• A) Flagrante Provocado ou Preparado
• O flagrante preparado ou provocado ocorre quando uma pessoa, policial ou particular, provoca,
induz ou instiga alguém a praticar uma infração penal, somente para poder prendê-la. Nesse
caso, não fosse a ação do agente provocador, o sujeito não teria dado início à prática do delito,
pelo menos nas circunstâncias pelas quais foi preso. Trata-se, na verdade, de hipótese de crime
impossível, já que, por força da preparação engendrada pelo policial ou terceiro para prendê-lo,
seria impossível a consumação do crime. Em síntese, simultaneamente à indução à prática do
crime, o agente provocador do flagrante age para evitar a consumação. É o que diz a Súmula 145
do STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação”. Trata-se de hipótese de crime impossível, que não é punível nos termos do artigo
17 do Código Penal.

• Consta abaixo do art. 310, I do CPP


15
• Ex: Policial disfarçado encomenda de um suspeito de praticar crime de falsidade de
documento uma carteira de identidade fictícia, e, no momento combinado para a entrega do
dinheiro e o recebimento do documento falsificado, realiza a prisão em flagrante.
• Em que pese a súmula mencionar somente o flagrante pela polícia, a ilegalidade também pode decorrer
de flagrante preparado por particular.

• Ex: Suspeitando que a empregada doméstica esteja furtando objetos da residência, dona de
casa deixa uma joia na mesa de centro da sala, ficando à espreita. No momento em que a
empregada pega a joia, a dona de casa, auxiliada ou não por outras pessoas, a detém,
prendendo-a em flagrante. Trata-se de prisão ilegal, já decorrente de flagrante preparado. Em
suma, o flagrante provocado é ilegal, devendo, pois, a prisão ser relaxada.
16
B) flagrante Esperado
• O flagrante esperado ocorre quando a autoridade policial, tomando
conhecimento, por fonte segura, de que será praticado um delito, desloca-se até
o local indicado, fica de campana e realiza a prisão quando iniciado os atos
executórios do delito.

• O flagrante esperado não se confunde com o flagrante provocado, uma vez que,
ao contrário deste, no flagrante esperado não há indução ou instigação da
autoridade policial para que o agente dê início à execução do delito. O flagrante
esperado constitui modalidade de flagrante válido, regular e, portanto, legal.

17
C) Flagrante Forjado

• O flagrante forjado se caracteriza pela criação de provas para forjar


a prática de um crime inexistente. Aqui a ação da autoridade policial
ou de um particular visa a simular um fato típico inexistente, com o
objetivo de incriminar falsamente alguém.

18
• Ex: policial coloca/enxerta droga no interior do veículo de determinada
pessoa para prendê-la pelo delito de tráfico ilícito de entorpecentes.
Trata-se de hipótese de flagrante absolutamente nulo/ilegal, merecendo,
pois, ser relaxado.

• Nesse caso, o único infrator será o agente forjador, que pratica o delito de
denunciação caluniosa (art. 339 do CP), e, se for agente público, também
abuso de autoridade.

19
D) Flagrante Retardado ou Diferido ou Ação Controlada
• Retardar o momento da prisão em flagrante, não obstante estar o delito em curso, justamente para buscar maiores informações ou provas contra pessoas envolvidas
em organizações criminosas ou tráfico ilícito de entorpecentes. O flagrante retardado ou diferido funciona como autorização legal para que a prisão em flagrante seja
retardada ou protelada para outro momento, que não aquele em que o agente está em situação de flagrância. Trata-se, pois, de uma autorização legal para que a
autoridade policial e seus agentes, que, a princípio, teriam a obrigação de efetuar a prisão em flagrante (art. 301, 2ª parte, CPP), deixem de fazê-lo, visando a uma
maior eficácia da investigação.

• Há previsão de ação controlada, com destaque ao flagrante retardado ou diferido, por exemplo no art. 53, inciso II, da Lei 11.343/2006 (Lei
de Drogas) e art. 8º da Lei 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas).
• Nos termos do artigo 53, II, da Lei 11.343/2006, a não atuação policial na prisão imediata em flagrante depende de autorização judicial e manifestação do MP. Essa
autorização judicial está condicionada ao conhecimento do itinerário provável e à identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.

• Conforme o artigo 8º, §1º, da Lei nº 12.850/2013, o retardamento da intervenção policial não exige prévia autorização judicial, mas mera comunicação ao juiz
competente que, se for o caso, fixará os limites da atuação e comunicará ao Ministério Público. A Lei nº 9.613/98, que trata da Lavagem de Dinheiro, também prevê o
instituto da ação controlada no seu artigo 4º-B, sendo possível suspender a ordem de prisão poderá ser suspensa pelo juiz, com prévia manifestação do MP, quando a
sua execução imediata puder comprometer as investigações.

20
Crime de Ação Penal Pública Condicionada
Crime de Ação Penal Privada
• Será ilegal a prisão por falta de representação do ofendido, sendo hipótese de prisão
decorrente de crime de ação penal pública condicionada à representação.
• Art. 130 do CP
• Lesão Corporal Leve e Lesão Corporal Culposa

• Será ilegal por ausência de requerimento da vítima na hipótese de prisão em flagrante


por crime de ação penal privada;

• APF ilegal por ausência de condição de procedibilidade.

21
Procedimento do APF
• Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.

• § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará


recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos
atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à
autoridade que o seja.

22
• b) Oitiva de testemunhas:
• Em seguida, devem ser ouvidas as testemunhas que acompanharam o condutor,
que, pelo Art. 304, caput, e Art. 304, §2º, do CPP, devem ser, no mínimo, duas
(referem-se a “testemunhas”, no plural). Não há vedação a que sirvam como
testemunhas agentes policiais.

• A falta de testemunhas da infração não impedirá a lavratura do auto de prisão em


flagrante, mas, nesse caso, com o condutor deverão assinar a peça pelo menos
duas pessoas que tenham testemunhado a apresentação do preso à autoridade
(Art. 304, § 2º, do CPP). Considera-se, portanto, testemunha de apresentação
aquelas que presenciaram o momento em que o condutor apresentou o preso à
autoridade policial.

23
• A testemunha fedatária (ou imprópria ou instrumentária) "é
a testemunha que depõe sobre a regularidade de um ato, ou seja, são
as testemunhas que confirmam a autenticidade de um ato processual
realizado.

24
• c) Interrogatório do preso.

• O interrogatório deve observar as mesmas formalidades exigidas para o


interrogatório judicial, previstas nos Arts. 185 a 196 do CPP, dentre as
quais se destaca a advertência ao preso do seu direito constitucional ao
silêncio, sem que isso possa ser interpretado em seu desfavor (Art. 5º,
inciso LXIII, da CF/881 ). Falta do direito ao silêncio pode gerar nulidade.

25
• d) Nota de culpa:

• Nos termos do Art. 306, § 1º e § 2º, do CPP, superadas essas etapas, cumpre à autoridade
policial, em até 24 horas após a realização da prisão, encaminhar o auto de prisão em flagrante
devidamente instruído ao juiz competente, bem como entregar ao preso, no mesmo prazo,
mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome
do condutor e os das testemunhas. Trata-se a nota de culpa de documento por meio do qual
a autoridade policial cientifica o preso dos motivos de sua prisão, do nome do condutor e
das testemunhas. Se não for entregue nota de culpa, o flagrante deve ser relaxado por falta de
formalidade essencial. Além disso, a Lei nº 13.257/2016, incluiu o § 4º no artigo 304, segundo
o qual “Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato
de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.”

26
2.4. Garantias legais e Constitucionais do preso

• Art.306 do CP
• Comunicações imediata
• Juiz
• MP
• Família ou pessoa por ele indicada

27
• Da comunicação imediata da prisão à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
• Nos termos do artigo 306 do CPP e artigo 5º, incisos LXII e LXIII, da CF/88, cumpre à
autoridade policial providenciar a comunicação imediata da prisão em flagrante à
família do preso ou à pessoa por ele indicada, garantindo-lhe, assim, a assistência da
família. Essa comunicação tem por objetivo certificar familiares acerca da localização
do preso, bem como viabilizar ao preso o apoio e a assistência da família. A
comunicação à família ou à pessoa pelo preso indicada constitui direito subjetivo do
flagrado. Se não for observada essa formalidade pela autoridade policial, a prisão
em flagrante será ilegal, devendo, pois, ser relaxada.

28
• Da assistência de advogado ao preso
• Nos termos do Art. 5º, inciso LXIII, parte final, da Constituição Federal, o preso tem direito à assistência
da família e de advogado. A presença de advogado não é imprescindível à lavratura do auto de prisão
em flagrante. De outro lado, se o preso constituir/contratar advogado, não cabe, à evidência, à
autoridade policial vedar a presença do advogado constituído nos atos que integram a lavratura do
auto de prisão em flagrante, podendo o profissional acompanhar a oitiva do condutor, das
testemunhas, bem como o interrogatório do flagrado. Se o flagrado não informar o nome do seu
advogado, deverá a autoridade policial encaminhar, em até 24 horas, cópia integral do APF à
Defensoria Pública, nos termos do Art. 306, § 1º, do CPP. Em síntese, a inobservância de qualquer
dessas formalidades gera a ilegalidade da prisão em flagrante, devendo o juiz, ao receber os autos,
deixar de homologar o auto de prisão em flagrante e determinar o relaxamento da prisão por
ilegalidade formal.

29
2.5. Providências judiciais ao receber o auto de prisão em flagrante

• Art. 310 do CPP Com o advento da Lei nº 13.964/19, o juiz ao receber o auto de prisão em flagrante, no
prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas, deverá promover audiência de custódia com a presença
do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público e deverá adotar uma das providências previstas no Art. 310 do CPP:
• RELAXAR O FLAGRANTE
• CONVERTER A PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA
• CONCEDER LIBERDADE PROVISÓRIA (com ou sem fiança ou medidas cautelares), salvo se verificar que o
agente é reincidente ou integra organização criminosa ou milícia armada ou porta arma de fogo de
uso restrito (§2 do art. 310 do CPP)

30
Assim

1. Em um primeiro momento o juiz analisa o aspecto formal


1. Presença das hipóteses do art. 302 do CPP

2. Num segundo momento, uma vez homologado o auto de prisão


em flagrante, o Juiz deverá verificar a necessidade de conversão
da prisão em flagrante em prisão preventiva ou a concessão de
liberdade provisória

31
Em síntese:

• O juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante, deverá, fundamentadamente, converter a prisão em


flagrante em preventiva (inciso II, primeira parte), desde que:

• a) a prisão seja legal (inciso I);

• b) as medidas cautelares diversas da prisão se revelarem inadequadas ou insuficientes (inciso II, parte
final);

• c) o agente não tenha praticado o fato ao amparo das causas de exclusão da ilicitude previstas no Art.
23, do CP;

• d) estejam presentes os requisitos dos Arts. 312 e 313 do CPP.

• Caso contrário, será concedida liberdade provisória (com ou sem fiança ou cautelar diversa da prisão).

32
Procedimento
• Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada.

• § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado


ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o
nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.

• § 2o No mesmo prazo (24h), será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de


culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas.
33
Decisões possíveis do Juiz
• Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:

• I - relaxar a prisão ilegal; ou (LXV da CF)

• II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art.


312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão; ou

• III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

• § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem
medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

34
•Prisão Preventiva
Preventiva

• Trata-se de modalidade de prisão processual decretada


exclusivamente por juiz competente quando presentes os
pressupostos e as hipóteses previstas em lei (Arts. 312 e 313 do CPP).
• Depende de uma decisão judicial
• Necessita de Mandado (art. 283 do CPP)
• Respeitar a inviolabilidade do domicílio
Pressupostos
• fumus bonis iuris (ou fumus comissi delicti)

• do periculum in mora (ou periculum libertatis).


• Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução

criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado
de liberdade do imputado.
Fundamento Constitucional para sua existência

• Como repercute na esfera da liberdade do acusado, que constitui direito e garantia


fundamental do cidadão, a possibilidade de decretação da prisão preventiva encontra
embasamento também no artigo 5º, especificamente no inciso LXI, da Constituição
Federal, que permite a prisão provisória, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória, desde que precedida de ordem escrita e fundamentada (art. 93, X) da
autoridade judiciária competente.
• LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Cuidar o art. 283 do CPP
• Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente,
em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação
criminal transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)

• § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,


respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio
Cuidar art. 293 do CPP
• Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se
encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de
prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e,
sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o
executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as
saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e
efetuará a prisão.

• Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será
levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Cabimento

• Fase Inquisitiva (investigatória)


• Aqui é possível no IP
• Fase Judicial
Legitimidade
• Não é mais possível de ofício pelo Juiz
• Novidade do pacote anti crime (Lei 13.964/19)
Atual redação Redação revogada
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial
ou do processo penal, caberá a prisão preventiva ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação
Público, do querelante ou do assistente, ou por penal, ou a requerimento do Ministério Público, do
representação da autoridade policial. (Redação querelante ou do assistente, ou por representação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) da autoridade policial. (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).
Pressupostos

• Prova da existência do crime (prova da materialidade) – o crime existiu


• Indício suficientes de autoria
• Perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

• Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e
de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
Fundamentos – garantia da ordem pública
• A prisão preventiva para garantia da ordem pública somente deve ocorrer em hipóteses de crimes que se revestem de especial
gravidade no caso concreto, seja pela pena prevista, seja, sobretudo, pelos meios de execução utilizados.

• Cabe, ainda, prisão preventiva para garantia da ordem pública diante do risco de reiteradas investidas criminosas e quando
presente situação de comprovada intranquilidade coletiva no seio social ou de uma determinada comunidade.

• Cuidado - A gravidade em abstrato do crime não autoriza a prisão preventiva. O juiz deve analisar a gravidade de acordo com as
circunstâncias do caso concreto. Se não fosse assim, todo crime de homicídio ou de roubo, por serem abstratamente graves,
autorizariam a prisão preventiva compulsória. (cola 718 do STF)

• Em suma: a gravidade em concreto que autoriza a prisão preventiva é aquela revelada não só pela pena abstratamente prevista
para o crime, mas também pelos meios de execução, quando a perversidade e o desprezo pelo bem jurídico atingido
reclamarem medidas imediatas para assegurar a ordem pública, decretando-se a prisão preventiva. Diante disso, a gravidade em
abstrato não constitui motivo idôneo a embasar um decreto de preventiva, devendo o Magistrado fundamentar sua decisão, nos
termos do Art. 93, inciso IX, da CF/88, Art. 5º, inciso LXI, da CF/88, bem como Art. 315 do CPP (novo)
• Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019)

• § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de
fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

• § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

• I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

• II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

• III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

• IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

• V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

• VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção
no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Fundamentos – garantia da ordem pública

• Ressalta-se, por pertinente, que o clamor público, por si só, não


autoriza o decreto da prisão preventiva, servindo como uma
referência adicional para o exame da necessidade da custódia
cautelar, devendo, portanto, estar acompanhado de situação
concreta excepcional, que justifique a prisão processua
Fudamentos – Conveniência da Instrução Criminal
• É empregada quando houver risco efetivo para a instrução criminal e não meras suspeitas ou presunções. Ou seja, simples
receio ou medo da vítima ou testemunha em relação ao acusado, não autoriza o decreto da prisão preventiva.

• Cuidado - Não cabe prisão preventiva com fundamento na conveniência da instrução criminal quando se pretende
interrogar ou compelir o acusado a participar de algum ato probatório (acareação, reconstituição ou reconhecimento),
sobretudo pela violação ao direito ao silêncio. Se a prisão preventiva foi decretada exclusivamente com base na
conveniência da instrução criminal, uma vez encerrada a instrução, não há mais motivo para subsistir o decreto, impondo-
se, então, a revogação, conforme se infere dos Arts. 316 e 282, § 5º, ambos do CPP. Do contrário, passa a preventiva a se
constituir uma forma de execução antecipada de pena, configurando constrangimento ilegal.
• Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem
como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)

• Art. 282, § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)

Fundamentos - Garantia da aplicação da lei penal
• Significa assegurar a finalidade útil do processo penal, que é proporcionar ao Estado
o exercício do seu direito de punir, aplicando a sanção devida a quem é considerado
autor da infração penal. É a prisão para evitar que o agente empreenda fuga,
tornando inútil a sentença penal por impossibilidade de aplicação da pena
cominada. Todavia, o risco de fuga não pode ser presumido. Tem de estar fundado
em circunstâncias concretas. Logo, não havendo nenhum elemento concreto, mas
mera suspeita de fuga, não há motivo suficiente para o decreto da prisão preventiva
Fundamentos - Garantia de ordem econômica

• Nesse caso, visa-se, com a decretação da prisão preventiva, impedir que o agente,
permaneça em liberdade, demonstrando à sociedade a impunidade reinante
nessa causador de seriíssimo abalo à situação econômico-financeira de uma
instituição financeira ou mesmo de órgão do Estado, área. Equipara-se o
criminoso do colarinho branco aos demais delinquentes comuns, na medida em
que o desfalque em uma instituição financeira pode gerar maior repercussão na
vida das pessoas, do que um simples roubo contra um indivíduo qualquer.
Fundamento
Descumprimento de obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares
• Art. 312, § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares.

• Art. 282, § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,


mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
(1) substituir a medida, (2) impor outra em cumulação, ou, em último caso, (2) decretar a
prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.
Exemplo

• Suponha que o juiz determine a proibição do acusado de estabelecer


contato com pessoa determinada (Art. 319, inciso III, CPP) e ele
descumpre a medida. Nesse caso, o juiz deve, primeiro, optar por
substituir a medida ou aplicar outra em cumulação, para só então,
se persistir o descumprimento, decretar a preventiva, conforme
dispõe o Art. 312, parágrafo único, c/c o Art. 282, § 4º, CPP.
•Condições de admissibilidade da
prisão preventiva – Art. 313 do CPP
•Alternativas e não cumulativas
• Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
• I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
4 (quatro) anos;
• II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
• III
- se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
A) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos:

• Nos termos desse inciso, somente é cabível a prisão preventiva para os crimes dolosos com pena máxima, privativa de liberdade, superior a
quatro anos. O limite de 04 anos tem a sua razão de ser, porquanto, se condenado definitivamente, o agente poderá, se preenchidos os
requisitos do Art. 44 do Código Penal, ter substituída sua pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. Nesse sentido, se condenado
o agente não irá, a princípio, para prisão, com muito mais razão não poderá ser mantido preso quando incide a seu favor a presunção da
inocência. Além disso, se condenado a pena não superior a 04 anos, o agente poderá cumprir a pena privativa de liberdade em regime
aberto, podendo sair para trabalhar durante o dia e retornar ao cárcere à noite. São inúmeros os crimes que, em razão deste inciso, não
comportam prisão preventiva, tais como furto simples (Art. 155 do CP), apropriação indébita (Art. 168 do CP), receptação simples (Art.
180 do CP), descaminho (Art. 334 do CP), dentre outros.

• No caso de concurso material de crimes, somam-se as penas para fins de prisão preventiva. Nos casos de concurso formal de crimes e crime
continuado, considera-se a causa de aumento no máximo e a de diminuição no mínimo. Em qualquer caso, se a pena máxima for superior a
04 anos, poderá, em tese, ser decretada a prisão preventiva. Tratando-se de causas de aumento de pena e de diminuição da pena, deve-
se considerar a quantidade que mais aumente ou que menos diminua, respectivamente, a fim de se chegar a pena máxima cominada ao
delito.
Exemplos:
• Ex1: Furto noturno, previsto no Art. 155, § 1º, do CP, a pena é aumentada em 1/3. O furto simples não autoriza o decreto da
prisão preventiva, pois a pena máxima cominada é de 04 anos. Todavia, se for praticado durante repouso noturno, a pena é
aumentada em 1/3, superando os 04 anos e, por conseguinte, autorizando o decreto da prisão preventiva.

• Ex2: Tentativa de estelionato. Conforme o Art. 171 do CP, a pena máxima cominada ao delito de estelionato é de 05 anos. Na
hipótese de tentativa de estelionato, esta pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3, conforme dispõe o Art. 14, parágrafo único,
do CP. Se aplicada sobre a pena de 05 anos a redução mínima (1/3), a pena resultará em 03 anos e 04 meses, quantidade,
portanto, incompatível com o disposto no Art. 313, inciso I, do CPP, o decreto da prisão preventiva. Assim, se uma pessoa
primária está sendo processada por crime cuja pena máxima não excede 4 anos, descabe inicialmente a prisão preventiva,
ainda que existam provas de que ela, por exemplo, está ameaçando testemunhas, podendo, nesse caso, ser aplicada uma das
medidas cautelares previstas no Art. 319 CPP. Somente se descumprida a medida cautelar, pode-se aventar a possibilidade de
decreto da preventiva, com base no Art. 282, § 4º, c/c Art. 312, parágrafo único, CPP.
B) se o réu ostentar condenação anterior definitiva por outro crime doloso
no prazo de 05 anos da reincidência

• Trata-se da hipótese do réu reincidente em crime doloso. Nesse sentido, ainda que
se trate de crime com pena máxima não superior a quatro anos, poderá ser
decretada a prisão preventiva se o réu for reincidente em crime doloso, desde que
presente um dos fundamentos do Art. 312 do CPP. Convém ressaltar que, se for
reincidente, mas não em crime doloso (registra contra si sentença condenatória
transitada em julgado por crime culposo e depois pratica crime doloso), somente
será possível decretar a prisão preventiva se a pena máxima cominada ao delito
superar 04 (quatro) anos, se previsto um dos fundamentos do Art. 312 do CPP.
C) SE O CRIME ENVOLVER VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER,
CRIANÇA, ADOLESCENTE, IDOSO, ENFERMO OU PESSOA COM DEFICIÊNCIA, PARA
GARANTIR A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

• Por fim, cabe preventiva se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência. Além das medidas protetivas previstas na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), a nova redação do
Art. 313 do CPP incluiu os casos de violência doméstica, não só em relação à mulher, mas à criança,
adolescente, idoso, enfermo ou qualquer pessoa com deficiência.

• Essas medidas protetivas estão previstas no art. 22 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), Arts. 43 a 45 do
Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), e Arts. 98 a 101 do ECA (Lei nº 8069/90). Convém registrar que,
neste caso, a prisão preventiva será decretada apenas para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência, indicando, assim, a necessidade de imposição anterior das cautelares protetivas de urgência.
§1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer
elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra
hipótese recomendar a manutenção da medida.
Pacote anticrime

•§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a


finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como
decorrência imediata de (1) investigação criminal ou da (2)
apresentação ou recebimento de denúncia.
Proibição da Preventiva

• Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o


juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado
o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Necessidade de revisão para manutenção da prisão
preventiva

• Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de
motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
• Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão
ilegal
Prisão Domiciliar – Preventiva (# LEP – 117)
• Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

• I - maior de 80 (oitenta) anos;

• II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

• III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;

• IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco.

• IV - gestante;

• V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

• VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

• Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.

• Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído pela
Lei nº 13.769, de 2018).

• I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

• II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

• Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.
•Revogação da Prisão Preventiva
Quando requerer?

• Quando estivermos diante de uma prisão preventiva legalmente


imposta, mas não mais necessária.
• Buscar no enunciado informações no sentido de que não mais subsistem os
motivos que ensejaram o decreto da prisão preventiva, previstos no Art. 312
do CPP, ou seja, que o agente não representa risco à ordem pública, à ordem
econômica, à conveniência da instrução criminal, bem como à aplicação da
lei penal.
Base Legal
• Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem
como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019)

• Art. 282, § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-
la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)


•Prisão Temporária
• Conceito É prisão cautelar de natureza processual destinada a
possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o
inquérito policial.

• Hipóteses para a decretação A prisão temporária pode ser decretada


em relação aos crimes previstos no Art. 1º da Lei nº 7960/89 e nas
seguintes hipóteses:
Hipóteses

• a) Imprescindibilidade para as investigações do inquérito policial: Quando a autoridade policial,


atualmente, representa pela prisão temporária, é obrigada a dar os motivos dessa necessidade,
expondo fundamentos que serão avaliados, caso a caso, pelo magistrado competente.

• b) Residência fixa e identidade conhecida Esses dois elementos permitem a correta qualificação do
suspeito, impedindo que outra pessoa seja processada ou investigada em seu lugar, evitando-se, por
isso, o indesejado erro judiciário. Aquele que não tem residência (morada habitual) em lugar
determinado ou que não consegue fornecer dados suficientes para o esclarecimento da sua
identidade (individualização como pessoa) proporciona insegurança na investigação policial.
• Decretação por Autoridade Judicial
• Não pode o magistrado decretá-la de ofício.
• Há, invariavelmente, de existir requerimento do Ministério Público
ou representação da autoridade policial.
• Prazo
• 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias.

• No caso de prisão temporária pela prática de crime hediondo e


equiparados, o Art. 2º, §4º, da Lei nº 8.072/90, estabelece que o
prazo de 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias.
• Procedimento

• A prisão temporária pode ser decretada em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do MP.

• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz.

• No caso de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, tem de ouvir o Ministério Público.

• O juiz tem o prazo de 24 horas, a partir do recebimento da representação ou requerimento, para decidir fundamentadamente
sobre a prisão.

• O mandado de prisão deve ser expedido em duas vias, uma das quais deve ser entregue ao iniciado, servindo como nota de culpa.

• Efetuada a prisão, a autoridade policial deve advertir o preso do direito constitucional de permanecer calado.

• Ao decretar a prisão, o juiz poderá (faculdade) determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações da autoridade
policial ou submetê-lo a exame de corpo de delito.

• O prazo de 5/30 dias (ou trinta) pode ser prorrogado uma vez em caso de comprovada e extrema necessidade.
Revogação da Prisão Temporária

• Como não há previsão expressa, considera-se como base legal, por


analogia, o Art. 316 do CPP, podendo, ainda, ser considerado o Art.
282, § 5º, do CPP, que trata da revogação de medida cautelar. A
revogação da prisão temporária ocorre no contexto de prisão
temporária legal.
Relaxamento

• O relaxamento da prisão temporária guarda relação com prisão ilegal,


que ocorre, por exemplo, quando:
• juiz decreta a prisão temporária de ofício;

• decreta prisão temporária na fase judicial;


• quando decreta em face de crime que não consta no rol do Art. 1º, inciso III,
da Lei nº 7.960/89
• § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
período de duração da prisão temporária estabelecido
no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso
deverá ser libertado. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)

75
• § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade
responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da
autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da
prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)

• § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do


prazo de prisão temporária. (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019)

• Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente,


separados dos demais detentos.

76
Jurisdição e Competência

Prof. Ms. Mauro Cesar Maggio Stürmer

77
Princípio do Juiz Natural

• Art. 5º da CF.

• XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

• LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela


autoridade competente
Competência - Espécies

• Ratione materiae: Em razão da matéria.

• Ratione Personae: Em razão da pessoa.

• Ratione Loci: Em razão do local


Guia de fixação de competência:

• Competência originária – o acusado tem foro por prerrogativa de função?

• Competência de jurisdição – qual é a justiça competente?

• Competência territorial – qual a comarca competente?

• Competência de juízo – qual a vara competente?

• Competência interna – qual o juiz competente?

• Competência recursal – para onde vai o recurso?


Restrição ao foro por prerrogativa de função
• As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem

ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o

exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser

diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª

instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido

cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções

exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por

prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos (1) durante o exercício do

cargo e (2) relacionados às funções desempenhadas. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900)
• Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
• I - o lugar da infração:
• II - o domicílio ou residência do réu;
• III - a natureza da infração;
• IV - a distribuição;
• V - a conexão ou continência;
• VI - a prevenção;
• VII - a prerrogativa de função.
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO

• Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.
• § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o
último ato de execução.
• § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou
devia produzir seu resultado.
• § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO

• Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que,


concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que
anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71,
72, § 2o, e 78, II, c).
• Crimes contra a Vida

• Em regra, o CPP acolhe a teoria do resultado, considerando como lugar do


crime o local onde o delito se consumou (crime consumado) ou onde foi
praticado o último ato de execução (no caso de crime tentado), nos termos do
art. 70 do CPP. Excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos
ou culposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação
se deu em outro, a competência para julgar o fato será do local onde foi
praticada a conduta (local da execução). Adota-se a teoria da atividade. STF.
1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/8/2013
DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU

• Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência


regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

• § 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á


pela prevenção.

• § 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro,


será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO

• Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que,


concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que
anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71,
72, § 2o, e 78, II, c).
Foro de Eleição em Processo Penal

• Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá


preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando
conhecido o lugar da infração.
• Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

• I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas (sem liame subjetivo), ou por várias pessoas em concurso (com
liame subjetivo), embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as
outras (reciprocamente);

• II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;

• III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares


influir na prova de outra infração.
• Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:

• I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração


(concurso);

• II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51,


§ 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. (aberratios)
• Concurso de crimes
• Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas
as seguintes regras:

• I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum,


prevalecerá a competência do júri;

• Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:


• a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;

• b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as


respectivas penas forem de igual gravidade;

• c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;


Súmula 122 do STJ

• Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos


crimes conexos de competência federal e estadual, não se
aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal.
• Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:

• I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;

• II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.

• § 1o Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu,


sobrevier o caso previsto no art. 152. (doença mental)

• § 2o A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido


que não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO

• Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que,


concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que
anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71,
72, § 2o, e 78, II, c).
• Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem
querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à jurisdição do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, àquele ou
a estes caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção
da verdade.

95
Atenção

• Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território

brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde

houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido

no Brasil, será competente o juízo da Capital da República.


• Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da

República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações

nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro

porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se

afastar do País, pela do último em que houver tocado.



• Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do

espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a

bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente

ao território nacional, serão processados e julgados pela justiça da

comarca em cujo território se verificar o pouso após o crime, ou pela da

comarca de onde houver partido a aeronave.


Órgão da Justiça Federal
• São órgão da Justiça Federal
• Segundo o Art. 106 da CF
• Tribunais Regionais Federais
• Juízes Federais

• Cuidado: o STJ é um Tribunal Nacional – não faz parte da Justiça


Federal.
Competência da Justiça Militar

• JMU – julga civil

• JME – NUNCA julgará civil (apenas militares estaduais)


Questão: Quem julga crime eleitoral conexo a crime
doloso contra a vida?

• R: O crime eleitoral é julgado pela Justiça Eleitoral e o crime


doloso contra a vida será julgado pelo Tribunal do Júri, porque a
competência desses crimes está previsto na CF.
• Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns
que lhes forem conexos. Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a
caso, a existência de conexão de delitos comuns aos delitos
eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça
competente. STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019 (Info 933).
Competência dos Juízes Federais

 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

 IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou


interesse (BIS) da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

 V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução


no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
 V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
 § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de

assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil

seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo,

incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

 VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema

financeiro e a ordem econômico-financeira;

 IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;


• STJ Súmula nº 140 - Competência - Crime - Índios - Processo e
Julgamento

• Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o


indígena figure como autor ou vítima.
Competência dos Juízes Federais
• Crime contra Sociedades de Economia Mista
• BB

• Petrobras
• Súmula 42 STJ – 'Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em
que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.'
Competências dos Juízes Federais
 Crimes contra os Correios:
▪ Exploração direta pela ECT: JF
▪ Franquia: Justiça Estadual

 Fundação Pública Federal – FURG


▪ Justiça Federal

 Bens Tombados
▪ Depende de quem tombou.
Competências dos Juízes Federais

• Desvio de Verba Federal

• - Súmulas 208 e 209 do STJ.

• Verba já incorporada ao patrimônio do Município – JE


• Verba sujeita a prestação de contas junto ao TCU – JF
Competências dos Juízes Federais
• Crimes Contrabando e Descaminho

• Súmula 151 STJ - A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou
descaminho defi ne-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.

• Crime cometido contra Funcionário Público Federal em razão de sua função


• Justiça Federal - Súmula 147 do STJ - Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes
praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
• Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso
de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual
foi apresentado o documento público, não importando a qualificação
do órgão expedidor.

Você também pode gostar