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CURSO DE PSICOLOGIA
CÈLESTIN FREINET
CURITIBA
2021
ANGELICA BALDISSARELLI LOCATELLI
ATHYEINE CRISTHYNE PEREIRA
RIBAS
GIOVANNA SILVA VIEIRA
MARLON FRANCO MACIEL
PEDRO PERCEGONA
THIAGO PEREIRA DE CARVALHO
CÈLESTIN FREINET
CURITIBA
2021
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Sumário
1 Introdução...........................................................................................................................3
2 Biografia.............................................................................................................................3
3 Pedagogia do Trabalho.......................................................................................................4
4 Escola Moderna..................................................................................................................4
5 As Invariantes Pedagógicas................................................................................................5
5.2 As reações da criança..................................................................................................6
5.3 As técnicas educativas.................................................................................................7
6 As Técnicas da Pedagogia Freinetiana...............................................................................8
7 Considerações Finais........................................................................................................11
8 Referências........................................................................................................................12
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Introdução
Biografia
continuam com a cooperativa e depois abrem a escola de Freinet. Na segunda guerra mundial
foi preso em um campo de concentração agravando ainda mais suas doenças.
Após 1 ano é libertado e entra para resistência francesa ao nazismo.
Após o término da guerra ele reorganizou a cooperativa e sua escola.
Freinet havia tido uma filha com seu grande amor, filha essa que, após sua morte
(1966), junto a mãe, continuou a escrever e divulgar seu trabalho.
Pedagogia do Trabalho
Freinet não titubeou ao dizer que o conhecimento vem com a prática, com o contato
com o novo, bem como das significações que a criança faz destes. Para ele, isso era uma
certeza absoluta, de modo que toda a sua teoria apresenta a pauta da ação como forma de
produzir conhecimento. Pode-se observar muito dessa questão do fazer, em sua teoria, como
por exemplo no estudo do meio, aula-passeio e jornal mural, além de contar com a questão
individual, necessitando de um certo interesse da criança em aprender e ressignificar o que
foi absorvido.
Deste modo, o foco é a produção de conhecimento, sendo que este é concebido com o
contato com o novo, bem como das significações que a criança os faz destes. Freinet acredita
que a criança é a artesã de sua própria cultura, neste sentido, ele mostra a importância do
desenho para a criança, chegando a compará-lo com a escrita. Freinet relata também que o
desenho, enquanto uma forma liberdade, não deve ser visto apenas como uma forma de
produzir conhecimento, mas também como descontração. Parte dessa teoria é semelhante à de
Vygotsky, ao falar que desenhar é uma preparação para a escrita, uma vez que a escrita é um
sistema de representação simbólico, sendo o desenho a representação da forma do objeto e a
escrita é a nomeação do objeto.
Escola Moderna
O conceito da escola moderna elaborado por Freinet, tem como pilar ser uma escola
onde não são ignorados os fatores sociais e culturais da criança, e de acordo com o instituto
ICEM. Ademais, acredita-se em um senso cooperativista, pedagogia de livre cooperação
entre educadores e educandos, de caráter internacional, que por sua vez, possibilita uma
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Vale ressaltar que a escola nova/ popular, nada tem a ver com a escola moderna.
Anteriormente, Freinet era vinculado a escola nova, mas por não compactuar com as ideias,
acabou fundando a sua forma de trabalho escolar. Segundo a autora Elisé Freinet, a Escola
Nova é “[…] uma teoria aparentemente perfeita no plano das ideias, (mas) na realidade é
isolada da prática, deixada ao acaso do improviso, quando é na prática que se pode encontrar
solução para os problemas da vida cotidiana”
Muitas das críticas direcionadas à Freinet, referem-se à escola moderna, por propor o
livre cooperativismo, autogestão escolar e o trabalho livre.
Deste modo, a escola moderna, por apresentar uma cooperação internacional entre
aluno, professor e pedagogo, possibilita uma construção dinâmica entre estes, além de
auxiliar a produção do conhecimento através das práticas em campo, marcando a coesão da
teoria proposta por Freinet.
As Invariantes Pedagógicas
As reações da criança
Freinet observou que todos, crianças e adultos, têm uma tendência natural a reagir em
contrariedade a qualquer força impositiva. Automaticamente se manifestam gestos ou
pensamentos de resistência, ainda que tão logo reprimidos, de modo a dificultar o trabalho
cooperativo. Por isso que, na medida do possível, as crianças devem ser ouvidas, a fim de que
tomem a iniciativa das atividades, competindo ao educador mais o papel de prepará-la para a
tarefa do que conduzi-la. A atividade, ainda, deve ter alguma motivação por parte da criança,
e não existir apenas em função da exigência da escola.
Além disso, algum grau de disciplina se mostra necessário para a organização e boa
convivência no ambiente escolar, e as crianças tendem a aceitá-las com tranquilidade. Por
outro lado, as medidas disciplinares que possam ser interpretadas como supérfluas devem ser
evitadas, pois geram resistência, devendo ser substituídas pela ideia de cooperação.
Pela abolição da Escola Tradicional, Freinet propõe que o educador não seja um mero
árbitro do fracasso, senão, antes, seja um apoiador da busca por novos caminhos ao sucesso.
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Propõe, também, que a educação deve estar calcada no trabalho motivado, capaz de
desenvolver as virtudes da criança, e não em jogos que despertam o interesse superficial.
Sobre esse tópico, Freinet formulou as seguintes invariantes:
As técnicas educativas
13. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às
vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis
é colocar o carro na frente dos bois.
14. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um
circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do
indivíduo, como ensina a escolástica.
15. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua
fora da realidade e fica fixada na memória por meio de palavras e
idéias.
16. A criança não gosta de receber lições autoritárias.
17. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende
aos rumos de sua vida.
18. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções.
Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se
exercida publicamente.
19. As notas e classificações constituem sempre um erro.
20. Fale o menos possível.
21. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela
prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade
cooperativa.
22. A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
23. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao
fim desejado e não passam de paliativo.
24. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da
vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
25. A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
26. A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao
anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
27. A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um
regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos
democratas.
28. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à
criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só
assim é possível educar dentro da dignidade.
29. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é
uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la
ou modificá-la.
30. É preciso ter esperança otimista na vida.
Portanto, finaliza Freinet com a ideia de que a esperança na vida une todas as
invariantes no propósito comum de formação das crianças que serão os homens de amanhã.
Para SCARPATO (2017, p. 623), a liberdade, para Freinet, significa cada homem
construir sua concepção de mundo com respeito mútuo, expressando seu ponto de vista, que
interferirão nos fatos cotidianos da vida pessoal e do grupo, com discernimento, livre de
imposições e incompreensões.
Assim, é extremamente importante que a escola forneça aos alunos um ambiente
propício para sua livre expressão. E é nesse contexto de uma educação mais livre e de
prestígio à autonomia dos alunos que surgem as Técnicas Freinetianas.
De acordo com SAMPAIO (1989, p. 218), elas têm que ser compreendidas em sua
totalidade, como um conjunto coeso, o qual chama de “Pedagogia da Totalidade”, sendo as
principais delas: a) imprensa na escola; b) texto livre; c) jornal escolar; d) correspondência
interescolar; e) livro da vida; f) jornal-mural; g) fichário escolar cooperativo; h) estudo do
meio; i) aula-passeio; j) biblioteca; l) fichário autocorretivo; m) planos de trabalho; n) cantos
de atividade; e o) complexos de interesse.
As técnicas mais relevantes, no entender do grupo, serão sucintamente comentadas
nos parágrafos seguintes.
Uma das primeiras técnicas de Freinet era a chamada “aula-passeio”. Foi pensada a
partir da constatação de que a atenção dos alunos estava voltada muito mais para fora da sala
de aula do que dentro, onde “estavam presos” à leitura “estéril” de manuais que não lhes
diziam muito. Por isso, Freinet decidiu levá-los ao ambiente externo. Conforme explica
LIMA (2017, p. 88), os estudantes saíam todos pelo bairro, para observar e contemplar todas
as paisagens e possíveis acontecimentos, por vezes paravam “para ver e ouvir o sopro do
vento, as águas dos rios, os pássaros, as flores além de conhecer e apreciar o trabalho dos
habitantes e moradores daquele local” e que, após os passeios, era “nítido o desejo dos alunos
em compartilhar e contar suas vivências”.
Fazendo jus ao nome, o texto livre era um texto escrito pelos alunos de maneira livre
na forma e no tema, elaborado no momento em que a inspiração chegasse (SAMPAIO, 1989,
p. 219). Nas palavras de LIMA (2017, p. 90) é uma manifestação que compreende o registro
das percepções das impressões da vida do aluno; permitia-lhe exteriorizar seus problemas,
seus sonhos, suas fantasias, seus desejos e sua visão de mundo. Esses textos livres eram lidos
perante o grupo em um dia previamente designado para tal, possibilitando sua discussão entre
os alunos e o professor e propiciando oportunidade para que fossem realizadas possíveis
intervenções e modificações no texto, após o que ele iria numa página do jornal escolar.
(Lima, 2017, p. 90).
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colagens de jornais, fotos, cartas, enfim, tudo que fosse revelante o suficiente para ser
documentado. O “livro” era preenchido pelos próprios alunos ou pelos professores, conforme
o que fosse ditado a eles pelos alunos.
Outra técnica, o jornal-mural, consistia num painel fixado na parede da sala de aula,
contendo três colunas: “eu proponho”, “eu critico” e “eu felicito”, no qual os alunos se
identificavam e registravam suas queixas, seus anseios e comentando aquilo de que gostaram,
tópicos que eram posteriormente discutidos em reunião (SAMPAIO, 1989, p. 207).
Considerações Finais
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Referências