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TESTE DE ZULLIGER Autor: Hans Zulliger Objetivo: Apresentar a triagem dos casos patológicos e descrever a

personalidade do ponto de vista estrutural. Material necessário: Um conjunto dos três diapositivos que conservem as
cores originais; uma tela bem clara com as dimensões de 1,60m x 1,25m; um projetor de diapositivos; folhas de
aplicação; folhas para mapeamento das localizações; canetas esferográficas; um quadro com giz ou folhas de cartolina.
População a quem se destina: Grupos de até 30 pessoas com avaliandos alfabetizados entre 16 e 66 anos. Forma de
aplicação: A aplicação se divide em quatro fases: Estabelecimento do rapport; Instruções - são passadas as
orientações de que os examinandos terão 30 segundos para visualizar cada diapositivo e cerca de 5 minutos para
escrever no local designado da folha de aplicação o que foi visto; Verbalização - Momento para verificar se os
examinandos possuem dúvidas, salientar que não existem respostas certas ou erradas e dar início às projeções. Projeta-
se um diapositivo por vez por 30 segundos e disponibiliza-se cerca de 4m30s em cada diapositivo para que os
avaliandos escrevam o que foi visualizado; Mapeamento das respostas - solicita-se que os examinandos circulem a
área onde se situa o que foi visto, marquem a área com uma seta e escrevam o nome do que foi lembrado. Tempo de
aplicação: Não há limite de tempo. Durante a aplicação, trinta segundos são dirigidos à visualização da figura e cinco
minutos para escrever o que foi visto. A segunda parte - momento de circulação das partes - é livre. Características
principais do teste: Trata-se de uma técnica cujas bases metodológica e teórica fundamentam-se no psicodiagnóstico
de Rorschach. Consta de três diapositivos para aplicação coletiva com grupos de até 30 pessoas, o que implica em
grande economia de tempo e utilidade prática. O manual de aplicação é um livro técnico baseado na experiência
profissional e em resultados de pesquisa do autor, apresentado de forma didática para uso instrumental do psicólogo.
Tipo de resultados: Os resultados são avaliados primeiramente de forma qualitativa (descrição do que foi
visualizado) e, em seguida, quantitativa (pontuação referente ao que foi visualizado). Essas informações,
transformadas em categorias, passam a quantificar aspectos funcionais e dinâmicos da personalidade e, depois,
interpretá-los. Existem respostas globais (desenho inteiro) e da análise das partes (22 partes). Campo de aplicação:
Pesquisa, clínica, avaliações neuropsicológicas, educacional (orientações vocacionais), organizacional e jurídica.
Tipo de avaliação em que é possível utilizar: Avaliação de desempenho; psicodiagnóstico; avaliação de potencial;
psicopedagógica; e preliminar APLICAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS A Qualidade do Ambiente Físico
Todas as estruturas do ambiente físico devem colocar o testando em favorável disposição de reação. De forma que é
preciso considerar as condições do local de trabalho: cadeira, mesa, espaço físico; Atmosféricas: iluminação,
temperatura, higiene; De silêncio: isolamento acústico. A Qualidade do Ambiente Psicológico O psicólogo deve
atenuar o nível de ansiedade do(s) examinando(s) a um mínimo possível através do rapport, bem como: a) Verificar se
o(s) examinando(s) apresenta(m) alguma dificuldade de saúde e/ou impedimentos relacionados b) Esclarecer o(s)
examinado(s) de modo que ele(s) compreenda(m) exatamente as tarefas a serem executadas; c) Memorizar as
instruções e ministrá-las em voz alta e pausada, de uma única vez, e igual para todos (qualquer mudança implica em
alteração ou invalidade dos resultados). Material de Testagem verificar se está em perfeito estado de conservação,
deve constar em quantidade a mais do número de candidato ou examinando: Cadernos de exercício; Folhas de
resposta; Papel ofício A-4 e lápis específicos conforme o teste (para o H.T.P. - teste da casa/árvore/pessoa -, por
exemplo, exige-se o grafite no 2). Questões Relacionadas ao Aplicador ou Examinador Das Condições Técnicas
do Aplicador a) Conhecimento atualizado da literatura e de pesquisas disponíveis sobre o comportamento humano e
sobre o instrumental psicológico; b) Treinamento específico para o uso dos instrumentos; c) Domínio sobre os
critérios estabelecidos para avaliar e interpretar os resultados obtidos; d) Capacidade para considerar os resultados
obtidos à luz das informações mais amplas sobre o indivíduo, contextualizando-os; Valdeci Gonçalves da Silva e)
Seguir as orientações existentes sobre organizações dos laudos finais e, acima de tudo, garantir princípios éticos
quanto ao sigilo e à proteção ao(s) indivíduo(s) avaliado(s). Modo de Atuação do Aplicador O aplicador ou
examinador também deve ter cuidados com os itens seguintes: a) Não aceitar pressão quanto ao emprego de
determinados instrumentos a fim de reduzir os custos para empresa ou escola, que interfiram na qualidade do trabalho
b) Fazer prevalecer o princípio da isonomia, que consiste em tratar a todos do mesmo modo (remarcar um teste
psicológico para um candidato, por exemplo, é dar tratamento diferenciado, o que infringe este princípio legal); c) Não
responder as questões dos examinandos com maiores detalhes do que os permitidos pelo manual Ou seja, as dúvidas
sobre todas as questões devem ser esclarecidas sem que o aplicador dê indicativo de resposta (este item é mais
delicado quando se trata de criança ou pessoa com cuidados especiais); d) Usar um vocabulário apropriado (sem: gíria,
jargão psicológico, palavras chulas, ou rebuscadas); e) Procurar ter equilíbrio emocional; f) Evitar a familiarização do
público com os conteúdos dos testes, o que perderia sua característica avaliativa; g) Assegurar que os testes vão ser
utilizados por examinador qualificado (psicólogo devidamente registrado no Conselho Regional de Psicologia-CRP,
e/ou aluno estagiário de psicologia sob orientação ou supervisão do psicólogo). A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA é
um procedimento clínico que envolve um corpo organizado de princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação
tanto da personalidade como de outras funções cognitivas, tais como: entrevista e observações clínicas, testes
psicológicos, técnicas projectivas e outros procedimentos de investigação clínica, como jogos, desenhos, o contar
histórias, o brincar etc. A escolha das estratégias e dos instrumentos empregados é feita sempre de acordo com o
referencial teórico, o objectivo (clínico, profissional, educacional, forense etc.) e a finalidade (diagnóstico, indicação
de tratamento e/ou prevenção), A particularidade chave é: o diagnostico deve ser FUNDAMENTADO em:
Procedimentos ou processos; Métodos Científicos; Critérios; Instrumentos; Princípios Éticos. Para determinar a
saúde ou doença mental deve se ter em conta: Os critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia, E os
critérios de diagnósticos descritos na CID-10 e DSM- V. O MÉTODO CLÍNICO é definido por Andre Levy (2001,
p. 28) como um método que permite a abordagem do outro, nas relações interindividuais e nas relações sociais. E
também uma démarche (abordagem) activa de pesquisa e de intervenção, que considera os valores e as posições
subjectivas no trabalho científico, alem de permitir explicitar a relação do sujeito com o saber. Características do
método clínico 1. Intersubjectividade – no uso do método clínico podem utilizar-se diferentes procedimentos, fazer
diversas interpretações, não existindo uma única forma de intervir e de compreender o sujeito, existe uma grande
subjectividade inerente a este método. 2. Intuição – muitas vezes existem aspectos que escapam ao domínio do
“racional”, mas que permitem o conhecimento das pessoas, este método engloba alguma dose de intuição. 3. Atitude
de compreensão e procura de significações – a atitude essencial do psicólogo é de compreensão e empatia, o que
significa pôr-se no lugar do outro para compreender o seu ponto de vista. Técnicas do método clínico  Observação
Clínica; Entrevista Clínica; Anamnese; Técnicas psicométricas. CLASSIFICAÇÃO DOS TESTES
PSICOLÓGICOS: Segundo o método utilizado: Psicométricos: é aquele cujas normas gerais utilizadas são
quantitativas, o que quer dizer que o resultado é um número ou medida Projetivos: São aqueles cujas normas são
qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. O resultado se expressa através de uma tipologia. Segundo a
Finalidade: Testes de Velocidade, ou Rapidez: Os testes puros de velocidade medem a rapidez de raciocínio ou
execução de determinada tarefa, caracterizam-se pelo tempo certo de administração e pelo fato de serem homogêneos,
isto é, medirem o mesmo fato comum em todos os itens muito fáceis para se ter como variável apenas a rapidez de
execução. Testes de Potência, ou Nível: São aqueles que medem, não a rapidez da execução, mas a qualidade da
mesma, avaliam a potencialidade do indivíduo em relação a alguma característica. Segundo a Influência do
Examinador Pessoais: Casos em que é extremamente necessária a presença do examinador para explicar a tarefa,
observar atitudes, etc., sua personalidade e sua conduta influem consideravelmente no resultado Impessoais: O
examinador se limita a administrar o rapport, geralmente esses testes são auto-administrados ,pois vêm com
instruções impressas, cabendo ao examinando apenas segui-las para respondê-las . Segundo o Modo de
Administração: Individuais: Aquele que exige apenas a presença de um examinador e um examinando Coletivos: São
realizados em grupo, apresentando como vantagem a economia de tempo Autoadministrados: Testes que possuem
instruções na capa, não determinam tempo e dispensam a presença de um aplicador. Segundo o Atributo Medido
Aproveitamento ou realização: Os testes de aproveitamento servem para medir o grau de eficiência na realização de
uma tarefa aprendida, O objetivo é medir, objetivamente, o conhecimento que o indivíduo adquiriu sobre algo, em
relação ao seu grupo Aptidão: Medem o “potencial ” do indivíduo para aprender ou realizar uma tarefa.
Personalidade: Os testes de personalidade medem as características de personalidade propriamente ditas, que não se
referem aos aspectos cognitivos da conduta. Formas de Projeções Projeção especular: o indivíduo reencontra
características que pretende serem suas, na imagem do outro. Projeção catártica: atribui à imagem do outro
características que erradamente pretende não ter, recusa considerar como suas, deslocando-as para outro; Projeção
complementar: atribui aos outros sentimentos e atitudes que justifiquem as suas. A projeção interpretativa possui
três aspectos nos testes projetivos, a saber: (1) procedimento estritamente projetivo, em que o sujeito atribui a alguma
coisa suas características que considera boas ou ruins, sentimentos etc; (2) procedimento que envolve processos
expressivos, nos quais o sujeito revela em parte a sua personalidade e dinâmica; (3) procedimento de adaptação à
tarefa requerida no teste. Testes expressivos Baseiam-se no grafismo como veículo de expressões ou projeção da
personalidade. Na sua maioria esses testes ou técnicas abrangem procedimentos que envolvem a execução de
desenhos, cópias ou pinturas. Exemplo: PMK, Palográfico, H.T.P., Desenho da Figura humana de Manchover,
Desenho da Família, Grafológico e Teste de Fay. Testes projetivos de completamento Baseiam-se no métodos de
completamento de frases e histórias (esses inspirados no teste de associação de palavras) ou de desenhos. Todos os
procedimentos tem como objetivo estudar os traços de personalidade e a dinâmica dos problemas pessoais.
Apresentam a vantagem da aplicação poder ser coletiva, de simples administração e relativa simplicidade e rapidez de
correção. Exemplo: Wartegg, Madeleine Tomaz, Teste de Frustração de Rosensweig, Fábulas de Düss, Questionário
desiderativo. Testes interpretativos ou de hipótese e circunstância São os testes em que o sujeito exprime o que a
situação estimuladora significa para ele. Envolvem a apercepção, ou seja, integração de uma percepção com a
experiência passada e com o estado psicológico atual do sujeito. Através da apercepção os temas e cenas dos
desenhos, gravuras e quadros são oferecidos como estímulos nos quais o sujeito irá projetar seus desejos e pulsões,
problemas e conflitos, anseios, aspirações, temores, medos, angústia. Exemplo: T.A.T., C.A.T.-A, C.A.T.-H, S.A.T.
testes Construtivos: O sujeito organiza o material do teste da forma que quiser. Exemplo: Pirâmide de Pfister e Sceno
Teste testes Constitutiva: o sujeito estrutura um material não-estruturado. Exemplo: Psicodiagnóstico de Rorschach e
Zulliger; testes Catártica: o sujeito faz uma descarga afetiva no método projetivo. Exemplo: jogos e brinquedos

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