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DIREITO BACHARELADO
PESQUISA DE JURISPRUDÊNCIA
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS
GOIÂNIA – GO
SETEMBRO - 2022
ALESSANDRO CÉSAR RODRIGUES MENDONÇA
PESQUISA DE JURISPRUDÊNCIA
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS
GOIÂNIA – GO
SETEMBRO - 2022
1. INSTRUÇÕES
a) Pesquisar uma jurisprudência (ementa) da área criminal no site do TJGO e uma no site do STJ
que tenham relação com 1 Princípio do Direito Processual Penal estudado em nossas aulas
(você não pode escolher o mesmo Princípio para pesquisa no TJGO e no STJ), copiando-as,
inclusive com as referências de Relator(a), número do Recurso/Processo, Órgão Julgador (Câmara,
Turma ou Seção Criminal), data do julgamento e data de publicação do julgamento. (Observação:
todos estes dados podem ser encontrados na própria página da pesquisa de Jurisprudência).
b) Após copiar as ementas das jurisprudências selecionadas com os dados supracitados, deve-se
analisá-las, enaltecendo a relação entre o Princípio escolhido e o que fora decidido pelo Tribunal
(máximo de 10 linhas para comentário por cada ementa de jurisprudência).
c) A pesquisa deve ser direcionada para o site do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e do
Superior Tribunal de Justiça, conforme endereços eletrônicos abaixo:
https://www.tjgo.jus.br/jurisprudencia/juris.php
https://scon.stj.jus.br/SCON/
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2. O Supremo Tribunal Federal definiu, em repercussão geral (Tema 280), que o ingresso forçado
em domicílio sem mandado judicial apenas se revela legítimo a qualquer hora do dia, inclusive
durante o período noturno quando amparado em fundadas razões, devidamente justificadas pelas
circunstâncias do caso concreto, que indiquem estar ocorrendo, no interior da casa, situação de
flagrante delito (RE n. 603.616/RO, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 8/10/2010). No mesmo
sentido, neste STJ: REsp n. 1.574.681/RS.
5. Com efeito, embora os policiais hajam afirmado que, antes do ingresso, viram o réu dispensar
uma porção de crack no quintal da residência e que apreenderam a referida porção, tal assertiva é
frontalmente contrastada pela fotografia de fl. 53, pelo boletim de ocorrência, pelo auto de
apreensão e pelo laudo pericial, nos quais consta apenas a apreensão das seis porções de crack
encontradas no guarda-roupas do réu, além da maconha encontrada no congelador.
6. Como decorrência da proibição das provas ilícitas por derivação (art. 5º, LVI, da Constituição da
República), é nula a prova derivada de conduta ilícita no caso, a apreensão de drogas, pois evidente
o nexo causal entre uma e outra conduta, ou seja, entre a invasão de domicílio (permeada de
ilicitude) e a apreensão das referidas substâncias.
7. Ordem concedida para, considerando que não houve fundadas razões, tampouco comprovação de
consentimento válido para o ingresso no domicílio do paciente, reconhecer a ilicitude das provas
por tal meio obtidas, bem como de todas as que delas decorreram, e, consequentemente, absolvê-lo
em relação à prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, com fulcro no art.
386, II, do CPP.
(HC n. 711.038/SP - 2021/0390641-0, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado
em 9/8/2022, DJe de 18/8/2022.)
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O princípio in dubio pro reo significa dizer, quando o juiz tiver qualquer dúvida razoável quanto à
culpa imputada ao réu, à decisão deverá ser em favor do réu. Uma vez que a garantia da liberdade
do agente deve prevalecer sobre a pretensão punitiva do Estado.
Conforme preceitua o art. 5º, LVI da CF/88 e o art. 157 do CPP, são inadmissíveis no processo, as
provas obtidas por meios ilícitos que violam as normas constitucionais ou legais, devendo ser
desentranhadas do processo.