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4° Ano
Maputo
2022
Idalina Mário Jaquissone
Índice
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................4
CONCLUSÃO...........................................................................................................................9
Referências bibliográficas........................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
Por essa via de raciocínio, conduz-se a análise das reflexões feitas por alguns autores sobre o
fenómeno da formação inicial de professores em Moçambique.
Para orientar o debate, procuramos trazer o posicionamento de autores que articulam matrizes
teóricas clássicas e interpretações actuais, procurando estabelecer um diálogo entre autores
nacionais e internacionais.
Para elaboração deste trabalho usou-se como metodologias a revisão bibliográfica, que de
acordo com Gil, (2010, p. 50), é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
Encontramos um outro posicionamento que não diverge com os dois primeiros autores,
Niquice (2002, p. 103-104), discutindo os factores que constrangem o processo de formação,
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Para o nosso entendimento, a formação de professores pode ser definida como processo de
aquisição, assimilação, reconstrução e construção de conhecimentos científicos,
desenvolvimento de habilidades, hábitos, convicções, atitudes e comportamentos, que
começa desde o nível de formação no ensino geral até ao nível de formação específica
profissional especifica para uma determinada área de ensino.
Uma das ideias-força consiste em inserir a formação, tanto a inicial como a continuada, em
uma estratégia de profissionalização do ofício de professor. Trata-se de uma perspectiva a
longo prazo, de um processo estrutural, de uma lenta transformação. Podemos ajudar a criar
as condições para essa evolução; porém, nenhum governo, nenhuma corporação ou nenhuma
reforma pode provocá-la em um curto espaço de tempo, de forma unilateral (PERRENOUD,
2002, p. 9).
De acordo com Cortesão (1991, p. 94) a formação de professores poderá conceber-se como
processo de aquisição de saberes, de saber fazer, e de atitudes, quer uma forma de
transmissão e manutenção de valores adquiridos feita ou por meio de inspiração, de cópia, de
um modelo, ou através da conquista de aprendizagens.
Buscando entender a questão da formação inicial de professores, Langa (2022, p. 73) refere
que o momento de estágio pré-profissional é um dos mais importantes na componente de
formação inicial de professores, em especial para o nível do ensino primário (EP), dada a
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De acordo com INDE/MINED (2019, p. 49) citado por Langa (2022, p. 52), o sucesso da
formação de professores e educadores de adultos passa pelo investimento na constituição de
um corpo docente competente e com experiência de ensino no nível primário, particularmente
nas áreas de Ciências da Educação e Didáctica. Deve ser garantida a formação de formadores
de forma a serem capazes de ensinar a ensinar, através de um sistema de formação inicial,
articulado com um programa de desenvolvimento profissional contínuo.
Segundo Garcia (1999, p. 104 a 108) avaliar a formação de professores é uma prática pouco
habitual no sistema educativo.
Ambas fazem parte da formação geral do currículo profissional dos professores e são
diferenciados da seguinte forma:
Para a formação geral do professor Garcia (1999) expõe sobre três dimensões: conhecimento,
moral e estética. Enquanto a formação especializada está mais relacionada com a formação
profissional. O autor atenta que há um esforço para separar a formação geral da formação
profissional e dessa forma tornar mais produtivos os objectivos, conteúdos e capacidades
aliando teoria e prática, tanto do trabalho intelectual quanto físico, isso denota uma formação
politécnica.
Honoré (1980) propõe que se utilize o termo formática para referir-se a área do conhecimento
que estuda os problemas relativos à formação.
Menzé (1980) afirma que a, teoria da formação tem o trabalho de tornar claro os pressupostos
antropológicos da formação, determinar o caminho que o homem tem de percorrer no
processo de se tornar ‘homem’ e indicar de que maneira é possível ajudá-lo neste
empreendimento através de um estímulo metódico, de acordo com um plano (apud GARCIA,
1999, p. 20).
Outra questão para a teoria da formação está na acção formativa que segundo Berbaum
(1982, apud GARCIA, 1999, p. 20) corresponde “a um conjunto de condutas, de interacções
entre formadores e formandos que pode ter múltiplas finalidades explícitas ou não em relação
às quais existe uma intencionalidade fundamental da formação.”
Berbaum (1980, citado por Garcia, 1999, p. 20) enfatiza que a acção formativa desenvolve
num contexto específico, com uma determinada organização material e com certas regras de
funcionamento, em que formadores e ou formandos escolhem os meios, métodos, objectivos
específicos, formas de avaliação.
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O que exige, para sua realização que se “produzam mudanças através de uma intervenção na
qual há participação consciente do formando e uma vontade clara deste e do formador de
atingir objectivos explícitos” (GARCIA, 1999, p.21). Portanto, entende-se no posicionamento
do autor a ideia de que deve haver uma sintonia entre as figuras do formando e do formador,
tidas como objectos da formação do professor e ao mesmo tempo objectos de avaliação da
formação inicial do professor. Para um maior esclarecimento, encontramos Langa (2022, p.
78), que refere que no processo de formação de professores, há que se ter um senso profundo
de responsabilidade pelo fato de que serão esses profissionais do futuro aos quais novas
gerações terão diálogo sobre o passado, o presente e o futuro da humanidade no que concerne
à cultura de conhecimentos acumulados e por desvendar. Assim, a formação requer um
requinte de procedimentos com margens minúsculos e reduzidos na assertividade sobre os
reais saberes docentes para uma prática profissional efectiva.
Portanto, em virtude da linha de pensamento defendida pelo autor, pode-se concluir que com
competências a serem constituídas na educação básica, a formação inicial dos professores
para actuarem na mesma educação básica deve levar em conta os princípios pedagógicos
estabelecidos nas normas curriculares nacionais: a interdisciplinaridade, a transversalidade e
a contextualização, e a integração de áreas em projectos de ensino, que constituem hoje
mandados ou recomendações nacionais.
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CONCLUSÃO
Referências bibliográficas
GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto
Editora: Portugal, 1999.
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.