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MCMI

O Inventário Clínico Multiaxial de Millon (MCMI) é um inventário de autorregisto utilizado na avaliação


psicológica do funcionamento da personalidade e do ajustamento emocional e interpessoal.

Definição de MCMI
O Inventário Clínico Multiaxial de Millon (MCMI) é um inventário de autorregisto utilizado na avaliação
psicológica do funcionamento da personalidade e do ajustamento emocional e interpessoal.
O MCMI apresenta diferentes versões, destacando-se as versões MCMI-II e MCMI-III, sendo esta última a
mais recente. É aplicado a indivíduos adultos, com idade igual ou superior a 18 anos em contexto clínico.
Este inventário é constituído por 157 itens cujas respostas assinaladas fornecem informação ao psicólogo
sobre eventuais perturbações de personalidade (Eixo II do Manual de Diagnóstico e Estatística das
Perturbações Mentais, DSM), perturbações clínicas (Eixo I do mesmo Manual) assim como sobre a
gravidade/complexidade das dificuldades/perturbação manifestadas.

Constituição do MCMI
O MCMI-III apresenta assim um conjunto de escalas, articuladas com a teoria de personalidade de Millon
e com as designações do DSM na versão III e IV, estando estas distribuídas pelo grupo das (1) escalas de
validade; (2) escalas de personalidade; e (3) escalas de sintomatologia clínica.
As (1) escalas de validade apresentam como objectivo geral detetar respostas ao acaso, enquadrar o grau de
sinceridade e de desejabilidade social, bem como o nível de alteração ou sofrimento psicológico
manifestado pelo indivíduo.
As (2) escalas de personalidade subdividem-se em escalas severas e escalas básicas/clínicas de
personalidade, sendo estas:
Escalas severas: Esquizotípica; Borderline; e Paranoide.
Escalas básicas/clínicas da personalidade: Esquizoide; Evitante;
Depressivo; Dependente; Histriónica; Narcísica; Antissocial; Agressiva (agressiva-
sádica); Compulsiva; Passiva-agressiva; e Masoquista (auto-depreciativa).
E as (3) Escalas clínicas/sintomatologia clínica, sendo estas: Ansiedade; Somatoforme; Distímica;
Bipolar/Mania; Dependência de álcool; Dependência de drogas/substâncias; e Stress pós-traumático.
Destacando-se ainda as escalas severas de sintomatologia clínica: Perturbação de pensamento/pensamento
psicótico; perturbação delirante/delírio; e depressão major.

Interpretação dos resultados


Os resultados do inventário devem ser interpretados no âmbito de uma avaliação compreensiva que
contemple dados da entrevista clínica e anamnese.
A elevação nas diferentes escalas deve ser considerada de acordo com os valores considerados normativos,
por um lado, e sugestivos de perturbação, por outro, e à luz da configuração da totalidade das escalas.
Neste sentido, a elevação numa ou mais escalas não é por si só sinalizadora de perturbações clínicas ou de
personalidade, devendo ser compreendida como expressão ou mais ou menos saliente de diferentes traços
de personalidade, que mediante determinadas configurações pode indiciar presença de perturbação, como
mencionada pelo DSM.
Palavras-chave: MCMI, personalidade, perturbação de personalidade, avaliação psicológica

References:
Groth-Marnat, G. (2003). Handbook of Psychological Assessment. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc.

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