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PEDAGOGIA
REGIANE
BIRIGUI
2016
FACULDADE BIRIGUI – FABI
PEDAGOGIA
REGIANE
Orientadora:
BIRIGUI
2016
REGIANE
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Profª.Ms.
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Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................35
REFERÊNCIAS...........................................................................................................37
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INTRODUÇÃO
A escola ativa aparece no Brasil no século XX, esse modelo de escola foi
criada baseada nos princípios da escola nova, porém surge também para acabar
com as mazelas da escola tradicional, que mesmo com a escola nova ainda tinha
conhecimento de casos desse modelo de escola. A escola ativa influenciou de forma
direta nas reformas que aconteceram no sistema educacional brasileiro, constatação
essa que pode ser encontrada na Constituição Federal de 1934 e na LDB
4.024/1961, e também na Lei 5.692/1971, leis essas que revisaram e modificaram a
educação básica no Brasil.
A grande diferença desse modelo escolar, é que na escola ativa as relações
pessoais são privilegiadas, e o professor é considerado e visto como um facilitador
do processo de aprendizagem do aluno, no qual o aluno toma a iniciativa de
aprender. O aluno é estimulado a colocar em pratica as suas iniciativas, sua
criatividade, respeitando a liberdade individual de cada aluno, no qual esses valores
são utilizados em diversas relações, não apenas no processo de aprendizagem.
Desta forma, ao organizar a grade curricular das matérias é levado em
consideração a necessidade de atender e responder as vivencias e aos interesses
dos alunos, no qual os programas aparecem mais abertos a alterações, desta forma
a aula deixa de ser apenas explicativas e passa a ter mais aulas em formas de
oficinas, no qual o alunos iram aprender e colocar em pratica as técnicas para que
possam descobrir o mundo de maneira que satisfaça o seu interesse, e o professor
e o aluno juntos podem aprender de forma mais agradável, até mesmo elaborarem o
próprio conteúdo das oficinas, pois nesse modelo de escola o protagonista é o
processo de aprendizagem e não exames e avaliações.
A violência contra o ser humano faz parte de uma trama antiga e complexa:
antiga, porque data de séculos as várias formas de violência perpetradas
pelo homem e no próprio homem; complexa por tratar-se de um fenômeno
intrincado, multifacetado. (OLIVEIRA E MARTINS, 2007).
A violência encontrada nas escolas não é algo recente, se fizer uma pesquisa
na história irá deparar que a violência escolar já existe a muitos e muitos anos, o que
muda são as formas de violências, novas formas nascem constantemente, e esse
tema de violência, e violência na escola se tornou um tema de pesquisas e estudos
de profissionais de diversas áreas, pois essa violência afeta o convívio em
sociedade em geral.
Segundo relato de Sposito (2001),
monopólio de uma relação com a cultura que elas não lhe devem jamais
completamente” (BOURDIEU E PASSERON, 1992, p. 140).
Essa violência realizada pelas instituições tem origem forçada, assim como a
cultura simbólica utilizada por essas instituições, uma vez que essas atitudes não
pactuam com a realidade entendida como natural, pois o sistema simbólico de cada
cultura existente é uma vivência social, e manter essa cultura é algo fundamental
para que consiga perpetuar essa determinada sociedade, no qual cada membro
dessa sociedade precisa interiorizar sua cultura.
Para que consigam entender melhor a relação existente entre a escola e a
pratica de violência que acontece nessas instituições, é preciso compreender que
essa relação passa pelas reestruturações das relações sociais que estão exposto
nas escolas. Segundo Oliveira e Martins (2007):
A escola brasileira vive uma realidade no qual seu numero de alunos aumenta
constantemente, pois vivemos um cenário onde o ensino é massificado e a
população pobre se eleva com a mesma frequência, e os investimentos na
educação são baixos, sendo assim a escola acaba sendo considerada uma grande
instituição geradora de desigualdades sociais, e consequentemente causa o grande
problema de violência nas escolas, pois devido a esse problema acaba por realizar a
exclusão dos alunos.
No cotidiano das escolas publicas brasileira é fácil deparar com o mesmo
problema em diversas escolas, no qual o professor tem grande dificuldade em achar
um ponto de equilíbrio no dialogo com seus alunos, e por consequência acabam
maltratando e ignorando os problemas enfrentados por eles, e quando os alunos
tentam ao menos explicar, os professores também não querem nem ouvi-los, e
alguns professores ainda acabam humilhando o aluno quando não consegue
entender determinar matéria ou quando não conseguem responder uma pergunta
feita por esse professor.
Assim a escola acaba sendo considerada como o maior aparelho ideológico
capaz de reproduzir a ideologia de que devem existem as classes dominantes e as
dominadas. Podemos perceber na citação de Bourdieu (2001):
portar, dentre outros, e somente apos conseguir entender todo esse novo processo
que podem considerar inseridos na sociedade de forma ativa.
E essa relação de dominantes e dominados, recebe grande influencia do
Estado. A violência é encontrada nas estruturações de classes criada pela
sociedade capitalista, no qual decorrem da divisão social existentes no trabalho que
se baseia de forma clara e subjetiva, na apropriação dos diferentes meios de
produção.
Para o Estado, a escola trata todos os alunos da mesma maneira, todos
recebem as mesmas oportunidades, os mesmos conteúdos, as mesmas avaliações,
e consequentemente todos respeitam e cumprem as mesmas regras, dessa maneira
todos recebem as mesmas chances de vencer o “sistema”, porém na pratica o que
acontece é bem diferente, mesmo que de forma implícita.
A principal violência praticada pelo Estado é a violência simbólica, no qual seu
modo de operar nessa ação é através da neutralização dos objetivos dos alunos
num geral, no qual ele determina o que será repassado e de que forma será
repassado aos alunos, determinando o que vão e podem apreender, sendo assim,
fica claro o objetivo do Estado, o que ele se preocupa é apenas a integridade de
participar ou não da vivência cultural em sociedade, e quem vai participar dessa
vivência, que continuará sendo dominados os de classes inferiores e o de classes
superiores continuará dominando os demais.
Para Durkheim (2002),
Sendo assim, fica claro que o Estado enquanto estiver como responsável pelo
monopólio criado por ele mesmo e colocam em duvida e de forma clara a famosa
igualdade de oportunidades disponíveis para todos, e mostra que o sistema escolar
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utilizado não deixa claro que essa igualdade realmente aconteça. Pois, a realidade
brasileira em que vivemos mostra que existe uma grande parte da população que
hoje encontram-se desempregada e abandona pelo Estado, que faz um papel claro
de agente facilitar e que apoia as realizações das classes superiores em relação as
classes inferiores (dominantes e dominados).
Para Bourdieu (1983),
Devido a diversos cenários que a escola já passou, e por ser considerada tão
ruim por muitas pessoas, em meados dos anos 60 alguns autores já pregaram o fim
da escola, e tinham como base a alegação no qual a escola era apenas uma
instituição ideológica do Estado, e o único interesse do Estado nas escolas eram a
criação e produção de massa falida, ou seja, a escola publica serve apenas para
criar a mão de obra para a sociedade média e alta, e pregava sua ideologia
dominante. Atualmente, existem pessoas que lutam para que possamos conquistar a
credibilidade da escola e conseguir transformá-la em uma escola justa e real para
todos.
A escola é o primeiro local no qual os alunos começam a fazer perguntas e
procurar as respostas no qual são de extrema importância para a compreensão da
vida, assim como é na escola que irá conhecer a historia do país e as
transformações produzidas pela humanidade com o passar dos anos. A escola
precisa ser modificada, receber diversas transformações para que então possamos
alcançar a escola como ela deveria ser, e não lutar pelo fim das escolas, e preciso
também entender que casa pessoa age e pensa de uma maneira, nem todos
pensam da mesma forma.
Entendendo esse ponto dos alunos, a escola terá que ser mais flexível,
menos autoritarista e menos conservadora, pois a sociedade traz consigo os valores
do capitalismo, no qual as pessoas já começam a discursar sobre isso e questionar
mais seus direitos, como sua própria capacidade de tomar decisões, sua
criatividade, sua liberdade individual, dentre outras.
A escola é uma instituição da sociedade, dentre as diversas existentes, desta
maneira ela não deve e nem pode ser considerada a única instituição que cria a mão
de obra submissa existente, pois existem diversas outras instituições que também
ajudam nessa criação, como por exemplo, os meios de comunicação, a família e as
próprias leis existentes país, a escola tem grande parcela de culpa, mas ela é
apenas mais uma instituição que participa dessa jogada que o Estado faz com a vida
social das pessoas.
A escola precisa entender as crianças e os modelos sociais vividos por esses
aluno, como já foi dito anteriormente, pois assim conseguira colocar em pratica um
processo de aprendizagem mais critico, mostrando através dessa critica a
historicidade de cada modelo de escola, e mostrando a “evolução” desses modelos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS