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DIÁRIO DE BORDO I – Período de observação

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III


ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FREI DANIEL
TURMA/SÉRIE: 7º ANO (701); 7º ANO (702)
PROFESSOR RESPONSÁVEL: ANA VALÉRIA NASCIMENTO
ESTAGIÁRIO: MATHEUS VALTER DA SILVEIRA PEREIRA
DATA: 23/03/2023 INÍCIO: 14:00 TÉRMINO: 18:30
TEMPO DE OBSERVAÇÃO DA AULA: 5H
OBSERVAÇÕES
O dia 23 de Março de 2023 marcou a minha primeira oportunidade no Estágio Supervisionado III. Ao chegar
na escola, me direcionei à Direção e aguardei a professora Ana Valéria. Por volta de 14 horas, eu e a
professora nos encontramos e fomos para a sala da turma 702. Além de mim, havia outra estagiária
desenvolvendo atividade neste dia, por orientação da professara. Por ser minha primeira experiência em
uma escola estadual, muitas coisas foram novas para mim, a exemplo da grande movimentação de alunos
em um mesmo espaço no horário de chegada. Ao chegarmos na turma 702, nos deparamos com alunos
dispersos, fora das suas respectivas carteiras e por vezes no corredor. Então, pedimos para que eles
sentassem.
A professora utilizou pincel, apagador e quadro branco para ministrar a aula. No que se refere à metodologia
utilizada em sala, dividiu-se em dois momentos, o primeiro com a apresentação do conceito de módulo,
generalizações do jogo de sinal e potenciação; e o segundo com a aplicação de uma lista de problemas. Os
alunos, embora já estivessem sentados, continuavam com as conversas paralelas entre si. Até que logo após
as questões serem disponibilizadas na lousa, me coloquei a disposição dos discentes para tirar suas dúvidas,
ou resgatar o conceito de módulo e operações básicas envolvendo jogo de sinal. Segue o registro da
atividade:

Minha coparticipação na aula, nesta ocasião, se deu por meio do auxílio aos estudantes, a medida em que a
professora Ana disponibilizava a lista de exercícios. Sendo assim, eram questões que demandavam
participação ativa neste processo, e por consequência, meu papel em sala estava pautado no atendimento
aos alunos durante a resolução dos problemas, caso surgissem dificuldades e/ou dúvidas. Conforme as
dúvidas eram sanadas, ficou perceptível a dificuldade que os educandos tinham em operar utilizando-se do
jogo de sinal. Após esse momento, a professora sugeriu que nós, enquanto estagiários, fizéssemos a
resolução dos exercícios junto à turma.
Posteriormente, nos direcionamos para a sala 701. Logo que entrei, me dei conta que os alunos eram bem
bagunceiros e dificilmente estavam em seus assentos. Solicitei que sentassem em suas carteiras. A
professora Ana Valéria optou por replicar o exercício aplicado na turma 702, mantendo os enunciados e
alterando apenas os números, uma vez que a ementa de ambas as turmas abrangia, inclusive, operações com
números inteiros. O decorrer na aula foi, por vezes, interrompido pelas conversas paralelas dos alunos, nos
colocamos a disposição dos mesmos quando a lista de exercícios foi disposta na lousa. Boa parte da
dificuldade dos educandos estava concentrada na exponenciação. Está descrito abaixo um dos erros que os
alunos cometeram.
43 = 4 × 3
Uma possível explicação para os erros, é a deficiência da educação matemática em trabalhar os conceitos,
a maioria dos professores chegam na sala de aula dispostos a trabalhar apenas cálculos, esquecendo de
fundamentar o conteúdo exposto. A medida em que os alunos apresentavam dificuldade, nós intervíamos,
o que favoreceu o processo de ensino e aprendizagem. Os conceitos de módulo, oposto e simétrico
confundiram os alunos, perguntas como “qual o módulo do simétrico de +1?” e “qual o oposto do oposto
de −3?” demoraram certo tempo para serem compreendidas, até que os alunos passaram a solicitar a ajuda
dos estagiários. Muitos deles alegavam não terem visto em sala tais conceitos.
A importância da intervenção em sala de aula, reside na criação de oportunidades para a construção e
significação de saberes necessários, tanto para a profissão docente, quanto para a qualificação dos alunos.
Aliado a isso, está a consolidação do ensino da matemática na rede pública, muitas vezes subjugada pela
falta de investimento governamental.
DIÁRIO DE BORDO II – Período de observação
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FREI DANIEL
TURMA/SÉRIE: 6º ANO (601); 6º ANO (602); 7º ANO (703)
PROFESSOR RESPONSÁVEL: CLÉBER PEDRO QUADROS DE CASTRO
ESTAGIÁRIO: MATHEUS VALTER DA SILVEIRA PEREIRA
DATA: 28/03/2023 INÍCIO: 14:00 TÉRMINO: 18:30
TEMPO DE OBSERVAÇÃO DA AULA: 5H
OBSERVAÇÕES
No dia 28 de março de 2023, terça feira, eu e o professor Cléber chegamos em sala no horário, exatamente
às 14h. Primeiramente nos direcionamos para a sala da turma 601. O professor sugeriu que eu revisasse os
assuntos da prova, explorando as operações com números naturais e tópicos de potenciação. Os recursos
que utilizei foram a lousa, pincel e apagador. Embora os alunos estivessem dispersos, pedi para que eles
copiassem as questões e tentassem solucioná-las.

Inicialmente, dispus duas das operações com números naturais: adição e subtração. Antes de começar a
explicação na lousa, teci comentários motivadores que permeavam o cotidiano dos educandos. Na adição,
foi possível verificar em que nível estava a aprendizagem dos alunos utilizando contas triviais, por exemplo
866 + 981. Os educandos não apresentaram dificuldade para desenvolver as soluções.
Nas operações de subtração os alunos não apresentaram dificuldade. Posteriormente, escrevi na lousa duas
multiplicações, ambas com o multiplicador contendo apenas uma casa decimal. Um problema surgiu
durante a operação de multiplicação, pois os discentes não tinham o pleno domínio da tabuada, a alternativa
foi ensinar métodos recursivos para multiplicar os números, e na semana seguinte me responsabilizei por
disponibilizar a tabuada para os alunos. Além disso, coloquei no quadro questões de divisão e alguns itens
de exponenciação. Foi possível explicar o mecanismo na divisão cujo resto é diferente de zero. No que diz
respeito ao proveito dos alunos nas operações envolvendo exponenciação, um erro comum foi identificado
quando o expoente não era interpretado como o número de vezes que um fator é multiplicado, mas como
multiplicador, isto é, uma exponenciação genérica 𝑎𝑛 era solucionada equivocadamente multiplicando-se
𝑎 por 𝑛. Nesse momento, percebi ser útil minha coparticipação para que os alunos conseguissem solucionar
as questões da maneira adequada.
Nas turmas 602 e 703, o professor Cléber pediu para que eu repetisse a revisão feita na turma 601, como
forma de sanar as possíveis dúvidas dos discentes. Ambas as turmas não apresentaram objeção nas
operações de adição e subtração; porém, tiveram pouco proveito nas operações de multiplicação, divisão e
exponenciação, cometendo os mesmos erros da turma anterior. A falta do pleno domínio da tabuada torna
a multiplicação difícil do ponto de vista da fluidez da aula, os alunos optam por contabilizar as unidades
para encontrarem o resultado das multiplicações parciais, utilizando-se de “pauzinhos”. Uma alternativa
para solucionar a problemática é disponibilizar uma tabuada para cada aluno e realizar sabatinas periódicas
com os mesmos, e após isso, implementar multiplicações com mais de uma casa decimal, principalmente
aquelas nas quais o multiplicador contém um número maior do que 5, uma vez que a tabuada acima do
número 5 é um desafio entre os educandos.
De um modo geral, nós na função de licenciandos, compreendemos no que consiste esse momento de
inserção no ensino público e sua importância para a formação de docentes de matemática. Além disso,
entendo a importância de reflexões sobre os processos de ensino, aprendizagem, avaliação, como fatores
que favorecem a consolidação do processo de ensino e aprendizagem.
DIÁRIO DE BORDO III – Período de observação
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FREI DANIEL
TURMA/SÉRIE: 7º ANO (701); 7º ANO (702)
PROFESSOR RESPONSÁVEL: ANA VALÉRIA NASCIMENTO
ESTAGIÁRIO: MATHEUS VALTER DA SILVEIRA PEREIRA
DATA: 30/03/2023 INÍCIO: 14:00 TÉRMINO: 18:30
TEMPO DE OBSERVAÇÃO DA AULA: 5H
OBSERVAÇÕES
No dia 30 de março de 2023, quinta feira, eu e a professora Ana Valéria chegamos em sala no horário,
exatamente às 14h. Na ocasião a professora pediu que eu revisasse, na lousa, o conteúdo da avaliação
bimestral. Ao chegar na sala da turma 702, me deparei com alunos dispersos, fora de suas respectivas
carteiras e também fora de sala. Solicitei que todos se acomodassem em seus lugares. Conforme o pedido
da professora, iniciei a revisão. Inicialmente, escrevi na lousa questões envolvendo exponenciação. Segue
o registro.

Logo percebi que os alunos tinham dificuldade em dispor a exponenciação como multiplicação de fatores
iguais. A potência 62 era solucionada como sendo a multiplicação entre os números 6 e 2, daí surgiu a
necessidade de uma breve explicação da operação. Além disso, os educandos não conseguiram solucionar
as potenciações cuja base era um número negativo, este fato tornou útil minha intervenção, como mostra o
registro.
Em determinado momento desta tarde, houve um desentendimento entre dois alunos do Ensino Médio, a
Coordenadora pediu para que os professores fossem para as salas como forma de controlar a grande
movimentação no hall da escola. Os alunos foram identificados e punidos.
A pedido da professora Ana Valéria, dispus esta mesma revisão para a turma 701. Novamente, foram
identificados erros nas operações de multiplicação gerados pela má interpretação. Este equívoco é comum
nas turmas do Ensino Fundamental, e está diretamente relacionado à técnica da regra de sinais e propriedade
da exponenciação presente no conteúdo bimestral. Vale mencionar, inclusive, assim como na turma anterior,
termos conceituais como “módulo”, “oposto” e “simétrico”, tomaram tempo dos alunos, muitos deles
alegaram nunca ter visto o conteúdo, fato que foi negado pela professora Ana Valéria. Um aluno pediu para
ir solucionar, na lousa, os problemas envolvendo o conceito de módulo, simétrico e oposto. Segue o registro.

Todas as respostas estavam corretas. Boa parte dos discentes pediam ajuda, se direcionando até mim. Outra
parte se manteve reservada.
Em minha concepção, os discentes veem o professor e/ou estagiário como uma autoridade em sala de aula
e distante deles. Porém, com o desenvolvimento do estágio, é perceptível a necessidade de estabelecer um
vínculo maior com os alunos, conversando com eles, ouvindo suas opiniões, concedendo-lhes espaço para
discussão sobre os exercícios, usando uma linguagem que mais se aproxime dos mesmos, tentando romper
barreiras no ambiente escolar, essencialmente em sala de aula.
DIÁRIO DE BORDO IV – Período de observação
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FREI DANIEL
TURMA/SÉRIE: 6º ANO; 7º ANO
PROFESSOR RESPONSÁVEL: ANA VALÉRIA NASCIMENTO
ESTAGIÁRIO: MATHEUS VALTER DA SILVEIRA PEREIRA
DATA: 01/04/2023 INÍCIO: 08:00 TÉRMINO: 11:00
TEMPO DE OBSERVAÇÃO DA AULA: 3H
OBSERVAÇÕES
No dia 01 de abril de 2023, sábado, houve aula para os alunos que pretendem participar da Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Antes disso, a professora Ana Valéria disponibilizou, para
os estagiários, a prova da OBMEP ocorrida no ano de 2022. Por se tratarem de turmas dos anos 6º e 7º, do
Ensino Fundamental, a professora sugeriu nossa coparticipação na resolução da prova do nível 1, aplicada
na 1ª fase.

O atendimento teve a duração de 180 minutos e foi realizado em dupla com outra estagiária. No que diz
respeito ao objetivo desse momento, permeou, prioritariamente o estímulo do estudo da matemática entre
os alunos das escolas públicas e o consequente ingresso destes na universidade.
A 1ª questão propôs a multiplicação entre os números 100 e 101.
Os alunos apresentaram dificuldade média para desenvolver a operação. Por exemplo, uns alunos
multiplicavam, mentalmente, 0 por 1, e respondiam 1. Outros apresentaram certa dificuldade em dispor as
multiplicações parciais e suas respectivas somas. No entanto, uma parte dos alunos solucionou o problema,
não havendo necessidade da nossa intervenção.
Em seguida, a questão 2 foi proposta com o objetivo de verificar algumas competências, dentre elas o nível
que os alunos estavam em compreender o conceito de sequência. No enunciado haviam termos que
confundiram os educandos, como “quadriculado 1 × 1” e “quadriculado 2 × 2”. Por se tratarem de objetos
sequenciais, a questão solicitava a quantidade de palitos para fazer um quadriculado 5 × 5. Não demorou
muito para os alunos efetuarem a multiplicação do número 5 por ele mesmo, fato que demonstrou a
necessidade da nossa intervenção para que eles compreendessem o real sentido dos quadriculados. Após
isso, os alunos encontraram a resposta correta, porém utilizando artifícios mais trabalhosos, como
contabilizar a quantidade de palitos no quadriculado 4 × 4, depois contabilizando o número de palitos no
quadriculado 5 × 5, totalizando 60 palitos. Na lousa, demonstrei como eles poderiam identificar o termo
sequencial partindo do quadriculado 1 × 1, de modo a tornar a solução menos trabalhosa.

Na questão 3, os alunos apresentaram dificuldade em conceitos básicos sobre antecessor e sucessor,


principalmente envolvendo números decimais. A maioria solucionou a questão pelo método conhecido
popularmente como “eliminação” nas alternativas, e ainda assim encontraram a resposta incorreta. O item
b foi marcado com frequência pela turma, por conta de os mesmos interpretarem o número 3,3 como sendo
menor que 3,25, sendo necessária nossa intervenção acerca do sistema de representação decimal.
Por fim, na questão 4, foi necessária uma breve explicação, na lousa, sobre os conceitos de “horizontal”,
“vertical” e “diagonal”, nesse caso boa parte da turma conseguiu solucionar o problema, em contrapartida
houveram educandos com dificuldade em interpretar o enunciado da questão, por essa razão intervimos
desde a leitura até a interpretação que culminaram na reposta correta.
Cabe, aqui, frisar, que o comportamento dos alunos é fundamental para um bom trabalho em sala de aula.
Além disso, o sistema tradicional de ensino é ultrapassado, a medida em que põe o aluno em uma posição
passiva no processo de ensino e aprendizagem, daí surge a necessidade de se trabalhar com outras
metodologias, aproximando cada vez mais os discentes do ensino, por meio do conhecimento matemático
e suas ramificações.

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