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Doenças Hepáticas, Distúrbios do Trato Digestório e Doenças Renais

A doença hepática alcoólica pode se apresentar de três


Fígado diferentes formas: ESTEATOSE HEPÁTICA, HEPATITE
O fígado é considerado o órgão central do metabolismo, ALCÓOLICA AGUDA E CIRROSE ALCÓOLICA!
possui heterogeneidade funcional e grande capacidade
metabólica. Recebe sangue venoso proveniente da ESTEATOSE HEPÁTICA: é uma forma comum da doença, é
circulação portal, rico em nutrientes, e por outro lado caracterizada pelo acúmulo de triglicérides no citoplasma
também é irrigado por sangue igualmente rico em das células. Apesar disso, a função hepática é preservada e
oxigênio, advindo da artéria hepática. mantendo a abstinência alcoólica, ocorre a reversão total do
quadro - presente em 80% dos casos em que há ingestão
Principais funções: excessiva de etanol, sendo o seu consumo superior à 80
É responsável por mais de 500 reações de síntese e g/dia.
degradação de moléculas
Formação da bile HEPATITE ALCÓOLICA AGUDA: esses possuem longo
Glicogênese, glicogenólise e gliconeogênese histórico de consumo de álcool, por volta de 15 a 20 anos e
Síntese de ureia podem apresentar também colestase significativa.
Metabolismo do colesterol
Armazenamento de ferro, vitaminas lipossolúveis e Bl2 Colestase: alteração hepática na qual a bile não
Síntese de proteínas plasmáticas, tais como albumina, consegue fluir adequadamente para o duodeno.
globulina, transferrina, ceruloplasmina, os fatores de
coagulação e as lipoproteínas.
Metabolismo de alguns polipeptídeos hormonais Possui uma taxa de mortalidade de 30 a 60%. Atinge com
Detoxificação de diversas drogas e toxinas externas maior gravidade mulheres e, em geral, para ambos os sexos
ao organismo. ocorre a piora nos 10 primeiros dias de hospitalização por
conta da baixa ingestão de calorias (sem álcool e dieta
pouco palatável do hospital).
Doença Hepática Alcóolica - DHA
Doença associada ao consumo de álcool, além de variáveis CIRROSE ALCÓOLICA: maior grau de dano hepático por
individuais. consumo excessivo de álcool! Cerca de 60 a 70% dos
pacientes sobrevivem após um ano do diagnóstico e 35 a
Difícil avaliar a quantidade de álcool suficiente para 50% após o período de cinco anos.
ocasionar danos hepáticos por conta do genótipo de cada
indivíduo. Porém, alguns preditores como a ingestão de Inflamação crônica que se desenvolve devido à deposição de
grandes volumes durante longos períodos, aumentam o colágeno – fibrose – no espaço de Disse, em torno da veia
risco de desenvolvimento de lesão hepatocelular. centrolobular e do trato portal. Essa barreira de colágeno
Estima-se que o consumo de 60 a 80 g/dia de etanol para isola áreas de hepatócitos que acabam por entrar em
homens e de 40 a 60 g/dia de etanol para mulheres necrose, formando nódulos de regeneração, que
durante dez anos aumenta o risco para o desenvolvimento comprometem a vascularização do órgão. Então, essas
de doença hepática alcoólica. áreas são preenchidas por tecido cicatricial e deixam de
exercer as suas funções hepáticas.

Fatores que aumentam a suscetibilidade à doença


hepática alcoólica:
Doença hepática Gordurosa
Ingestão alcoólica diária prolongada: de 15 a 20 anos; Acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos, resultante de
Ingestão esporádica de grande quantidade de álcool: um processo agudo ou crônico.
“farras” alcoólicas;
Ingerir bebidas alcoólicas sem alimentação; AGUDA/ESTEATOSE MICROVESICULAR: em geral está
Fatores genéticos; associada a disfunções hepáticas graves, nas quais se
Sexo feminino: mais suscetível ao dano alcoólico; observa alterações na via de betaoxidação dos ácidos
Ingestão de bebidas alcoólicas com alta concentração graxos livres. Pode ocorrer em gestantes e pessoas com
de etanol: cachaça, uísque, absinto; síndrome de Reye.
Ingestão de bebidas alcoólicas de tipos diferentes.
ESTEATOSE MACROVESICULAR: resultante de alterações insuficiência hepática aguda ou crônica.
fisiopatológicas crônicas. Muita síntese, pouca oxidação e
redução da secreção de lipídios pelo fígado. Está associada Ocorre o rompimento da barreira hematoencefálica (protege
a outras comorbidades, tais como a doença hepática o sistema nervoso central de substâncias e compostos
alcoólica, os distúrbios metabólicos, acometimentos virais tóxicos presentes no sangue e, para tanto, possui
como a hepatite C, obesidade, resistência à insulina, permeabilidade altamente seletiva). Esse rompimento
diabetes e caquexia. acontece por conta de exposição a substâncias tóxicas, do
sangue para o cérebro e do cérebro para o sangue.
A esteatose hepática está significativamente
correlacionada à superprodução de glicose, VLDL, A detoxificação acontece em maior parte no fígado,
proteína-e reativa (PCR), fatores de coagulação, acúmulo hepatócitos, por meio do ciclo da ureia e em parte por meio
de gordura intra-abdominal e perfil inflamatório com da ação da enzima glutamina sintetase. Caso essas funções
excesso de fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), estejam comprometidas, os altos níveis de amônia (NH3) no
interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6). sangue (hiperamonemia) afetam células nervosas, uma vez
que estas possuem grande facilidade de se difundir por meio
A evolução da doença pode ser benigna caso a mesma não da barreira hematoencefálica, contribuindo para o
vire uma inflamação ou fibrose em pacientes não recrutamento de células imunes, o que acarreta
alcoólicos. Em casos mais graves, é observada necrose, neuroinflamação.
fibrose e inflamação dado o alto estresse oxidativo, a
presença de radicais livres e peroxidação lipídica. Dependendo do estágio da doença, os sintomas são
comprometimentos cognitivos, alterações de personalidade,
Doença Hepática Gordurosa Não comportamento e sono, avançando para situações mais
graves como o coma.
Alcoólica
Esta classificação é um termo abrangente que designa
diversas doenças no fígado, relacionadas ao depósito de
lipídios no citoplasma de suas células (hepatócitos), em
Doenças do Trato Digestório
pacientes que não apresentam alto consumo de álcool. O sistema digestório compreende desde a boca até o ânus,
passando pela faringe, pelo esôfago, estômago, pelos intestinos
Inclui desde a esteatose hepática benigna, até a esteato- delgado e grosso, e pelo reto, e as estruturas acessórias como a
língua, as glândulas salivares, os dentes, o fígado, pâncreas e a
hepatite não alcoólica.
vesícula biliar. É responsável pelo processamento dos alimentos, o
que inclui a sua quebra em partículas menores, digestão,
A doença hepática gordurosa não alcoólica está associada aproveitamento dos nutrientes e eliminação.
a outras comorbidades metabólicas como problemas com
a insulina, hiperglicemia, hipertensão, obesidade e
síndrome metabólica. Apesar disso, indivíduos
Disfagia
considerados eutróficos que apresentem resistência à A deglutição, que apresenta quatro fases: oral, preparatória,
insulina também podem apresentar a doença. faríngea e esofágica. A disfagia é qualquer dificuldade nesse
processo !
Os mecanismos dessa patologia incluem o aumento da
lipólise (liberação de ácidos graxos não esterificados do Ocorre devido a problemas na precisão e sincronia dos
tecido adiposo), aumento da lipogênese (aumento da movimentos dos músculos e das estruturas associadas à
síntese de novo de ácidos graxos) e diminuição da deglutição, seja pela disfunção mecânica ou por problemas
betaoxidação. associados ao controle do sistema nervoso central.

A doença pode ser classificada conforme as suas A disfagia é classificada em orofaríngea e esofágica:
características histológicas nos seguintes tipos:
Apenas gordura; DISFAGIA OROFARÍNGEA: dificuldade em iniciar o ato de
Gordura + inflamação; deglutir e pode apresentar engasgos ou não. Ocorre devido a
Gordura + degeneração “em balão”. acometimentos no mecanismo neuromuscular de controle
do movimento do palato, faringe e esfíncter esofágico
superior, como esclerose múltipla, acidente vascular
Encefalopatia Hepática encefálico, doença de Parkinson, neoplasias e distúrbios
Sua causa é multifatorial e é uma manifestação clínica da neuromusculares, como a poliomielite bulhar e a miastenia
grave;
DISFAGIA ESOFÁGICA: pacientes com disfagia esofágica Nos dois casos, o que ocorre é o desequilíbrio entre os
apresentam problemas com as ondas peristálticas. O fatores lesivos à mucosa (ácido clorídrico, a pepsina, bile e
peristaltismo esofágico é um processo neuromuscular os medicamentos ulcerogênicos) e os fatores protetivos (a
controlado pelo sistema nervoso central e por mecanismos própria barreira mucosa, a sua secreção e a presença de
locais e miogênicos. Obstruções no esôfago, por tumores prostaglandinas).
ou divertículos, bem como problemas diversos de
motilidade não específicos, força, espasmos difusos ou Cerca de 70% dos diagnósticos de úlcera gástrica e 90% das
ainda por problmas secundários à degeneração crônica úlceras duodenais a bactéria Helicobacter pylori está
dos tecidos por doenças como a esclerose e o presente. Ela é capaz de alterar o muco e proporcionar a
escleroderma levam ao desenvolvimento da disfagia retrodifusão de íons H+, contribuindo para o desbalanço entre
esofágica! os fatores agressores e protetores!

ACALASIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA: A acalasia é o


resultado da falência do esfíncter esofágico inferior por Doenças Inflamatórias Intestinais
conta da diminuição das células ganglionares no plexo de
As doenças inflamatórias intestinais mais frequentes são a
Auerbach, reduzindo a inervação colinérgica da
retocolite e doença de Crohn:
musculatura esofágica. Nesse tipo de acometimento o
prognóstico é que a doença piore, permitindo apenas a
RETOCOLITE ÚLCERATIVA INESPECÍFICA: diarreia com
ingestão de líquidos e podendo ocorrer regurgitação
sangue devido à inflamação crônica na mucosa que reveste o
(refluxo).
cólon.

DOENÇA DE CROHN (DC): crises frequentes de diarreia, além


Refluxo Gastroesofágico de dor abdominal. Inflamação em qualquer parte do trato
O esfíncter esofágico inferior não se contrai permitindo o digestório, desde a boca até o ânus, mas principalmente no
retorno do conteúdo acidopéptico gástrico. Como íleo terminal e o cólon - o grau e a localização são
consequência observa-se inflamação da mucosa determinantes para o tratamento!
esofágica. A queixa sintomática mais comum é a
queimação dolorosa epigástrica e retroesternal. Causas: fatores ambientais, genéticos, luminais –
relacionados à microbiota intestinal, aos seus antígenos e
O controle da pressão do esfíncter esofágico inferior é feito produtos metabólicos e aos antígenos alimentares –, a
pelos sistemas nervoso e humoral > A gastrina aumenta a imunorregulação e a própria barreira intestinal – imunidade
pressão na fase gástrica da digestão, e a colecistocinina e inata e permeabilidade intestinal.
a secretina diminuem na fase intestinal da digestão. No
entanto, algumas substâncias e condições associadas
podem alterar a pressão do órgão, por exemplo: o álcool, a Constipação Intestinal
cafeína, as xantinas e a teobromina, além de quadros como
Os principais sintomas são a redução do número de
hérnia de hiato e fatores que levam ao aumento da pressão
evacuações, com fezes endurecidas e esforço ao evacuar por
intra-abdominal – como a gravidez e obesidade.
conta de alterações no trânsito intestinal, especialmente no
intestino grosso.

Gastrite e Úlceras Gastrointestinais As causas do problema estão ligadas a hábitos alimentares


GASTRITE: inflamação da mucosa gástrica! duração curta (adoção de dietas inadequadas e a falta de horários
e episódios transitórios e passageiros. Está ligada a regulares para as refeições). E também por causas
fatores como o tabagismo, a ingestão de bebidas secundárias, como resposta a outros acometimentos, como
alcoólicas, os altos níveis de estresse e o uso de neuropatias, neoplasias intestinais, hemorroidas e doenças
determinados medicamentos. Quando se torna crônica, do intestino grosso, que obstruem a passagem do bolo fecal
ocorre a atrofia crônica e progressiva da mucosa gástrica. ou levam à insuficiência da sua propulsão (empurrar para
frente), além do uso de determinados medicamentos e o
ÚLCERA: doença crônica com períodos de ativação e sedentarismo.
remissão. É caracterizada pela perda de tecido nas áreas
do tubo digestório que entram em contato com a secreção
ácida do estômago. Diarréia
Aumento da frequência de evacuação (geralmente acima enzimas, como a amilase e lipase. O tratamento geralmente
de 3 vezes ao dia). As fezes se encontram semipastosas ou é um jejum alimentar por 2 a 5 dias, com hidratação e
líquidas e há intensa perda de líquidos e eletrólitos, em analgesia até o alívio dos sintomas.
especial sódio e potássio.

Tipos de diarréia:
Doenças Renais
OSMÓTICA: Presença de solutos osmoticamente ativos no
intestino, inadequadamente absorvidos – por exemplo, na
deficiência de lactase.

SECRETÓRIA: Ocorre secreção ativa de eletrólitos e água


pelo epitélio intestinal – por exemplo, por exotoxinas
bacterianas ou por vírus.

EXSUDATIVA: Associada a lesões de mucosa, que levam à


eliminação de muco, sangue e proteínas plasmáticas – por
exemplo, colite ulcerativa, enterite por radiação.

CONTATO MUCOSO LIMITADO: Condições em que há


exposição inadequada do quimo no epitélio intestinal – por
exemplo, síndrome do intestino curto.
Doença renal crônica
A doença renal crônica é um termo genérico que contempla
diferentes características anormais que comprometem os
Pancreatite
rins – tanto a função quanto a estrutura. A definição da
Pode ser classificada como crônica ou aguda:
patologia é baseada em três componentes:

PANCREATITE AGUDA: Inflamação crônica e persistente do


Comprometimento de um componente anatômico ou
órgão que compromete o seu funcionamento adequado.
estrutural – marcadores de dano renal;
Pode levar a diabetes (pâncreas passa a produzir insulina
Comprometimento de um componente funcional –
insuficiente). Está associada ao consumo de bebidas
baseado na taxa de filtração glomerular;
alcoólicas e os principais sintomas a náusea, anorexia, dor
Um componente temporal.
abdominal, diarreia e desnutrição progressiva. É comum
também a queixa de má digestão e esteatorreia (alta
É considerado portador de renal doença crônica qualquer
presença de gordura nas fezes) dada a redução da secreção
indivíduo que:
de enzimas. O avanço da doença pode levar à deficiência de
vitaminas e azotorreia (perda de proteína nas fezes). Como
Por um período maior ou igual a três meses, apresentar
tratamento, para mais de 80% é indicada a suplementação
taxa de filtração glomerular menor que 60 mL/min/1,73
medicamentosa de enzimas pancreáticas e alimentação
m2,.
por via oral;
Alguma evidência de lesão da estrutura renal –
PANCREATITE AGUDA: são variadas as suas causas,
anormalidade urinária-hematúria glomerular,
englobando desde doenças do trato biliar, traumas
microalbuminúria, proteinúria , e/ou alteração em
abdominais e cirurgias na região, a ingestão de álcool, o
exame de imagem (cistos renais etc).
uso de medicamentos como corticosteroides e causas
infecciosas. A doença está ligada à ativação de enzimas A excreção urinária em 24 horas de 30 a 300 mg de
digestivas na célula acinar (responsável pela liberação de albumina caracteriza microalbuminúria, e valores acima
enzimas digestivas e bicarbonato), acarretando lesão e de 300 mg/24h caracterizam a proteinúria ou
inflamação, dada a liberação de citocinas. No entanto, os macroalbuminúria.
seus mecanismos fisiopatológicos ainda não foram
completamente esclarecidos.
Em geral, a causa da doença renal crônica está relacionada
a outras patologias (hipertensão e DM as principais, em
Na forma leve da pancreatite aguda observa-se algum
torno de 60 a 70% dos casos).
edema, dor abdominal, vômito e aumento sérico das
Risco elevado: cardiopatas, idosos e indivíduos com que a função renal geralmente volta ao normal após a
histórico familiar da doença. desobstrução da via urinária.
Risco moderado: portadores de outras doenças renais,
infecções, neoplasias, uso de drogas tóxicas aos rins e
transplantados renais com rejeição recorrente. Litíase Renal
Litíase = cálculos/pedras
A doença renal crônica possui diferentes estágios e é
progressiva. A hipótese é que a doença se desenvolva por
É uma doença multifatorial, comum em países
conta da hipertrofia dos glomérulos presentes nos néfrons
industrializados e é caracterizada pela supersaturação
em resposta a lesões renais, o que levaria à hiperperfusão,
urinária, retenção e pelo crescimento de cristais no trato
hipertensão glomerular com consequente hiperfiltração
urinário. Os cálculos em sua maioria são formados por sais
glomerular e lesão das estruturas do glomérulo. Isso altera
de cálcio (80%), mas também podem ser compostos por
a seletividade da membrana dos capilares glomerulares,
estruvita (mineral que se forma em urina alcalina), cistina e
permitindo o trânsito de macromoléculas, como as
urease (enzima responsável pela degradação da ureia em
proteínas, levando a inflamação e ao acúmulo de tecido
amônia e bicarbonato) a depender do estímulo patológico
cicatricial rico em proteínas de matriz extracelular
(infecções, uso de medicamentos, ácidos úricos, entre
(fibrose), o que acarreta perda do número de néfrons, logo,
outros).
a função renal é reduzida.

Supersaturação: refere-se a uma solução que contém mais


material dissolvido do que poderia ser dissolvido pelo
Lesão Renal Aguda solvente em circunstâncias normais.
Os rins podem apresentar a diminuição ou perda total de
sua função, de modo temporário ou permanente. Variam
desde pequenas elevações na creatinina sérica até a
ausência total de diurese, com acúmulo de produtos
nitrogenados e líquidos. Cresce o numero de diagnósticos
(10%), sendo frequente em pacientes hospitalizados,
sobretudo aqueles em UTI (de 15 a 80%). Desse total, parte
evolui com necessidade de diálise (3,5-5%) com alta taxa
de mortalidade (60%).

Hoje se usa o termo lesão renal aguda ao invés de


insuficiência renal aguda, para abranger mais casos como
pequenas alterações na função renal até a sua parada, com
indicação de diálise. Essa característica de perda funcional
abrupta pode variar quanto à localização da lesão (pré-
renal, renal e pós-renal):

PRÉ-RENAL: ocasionada pela hipoperfusão (pouco sangue)


dos rins, por hemorragia, depleção de volume, insuficiência
cardíaca congestiva, cirrose hepática descompensada,
entre outros. Não causa danos estruturais e, em geral, os
rins voltam à sua função normal em até 45 horas.

RENAL: atinge diretamente o parênquima do rim, na maioria


dos casos, por isquemia ou nefrotoxinas que induzem à
necrose tubular aguda. Tem duração de, pelo menos, uma
semana e pode requerer diálise.

PÓS-RENAL: alguma obstrução na pelve renal, ureter,


bexiga ou uretra, que impede a passagem da urina. Idosos,
diabéticos e pessoas com doença crônica renal apresentam
maior propensão. Em geral, o prognóstico é positivo, dado

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