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PARTOGRAMA

Revalida 2012
Questão 110
Revalida 2013
Questão 90

Comentário Aristo
No topo do partograma temos a progressão da dilatação (triângulos) e da
CCQ: Avaliação de distocias no Partograma. Você não pode se assustar com descida da apresentação fetal (círculos cortados).
questões de Partograma, lembre-se que ele está lá pra facilitar a visualização
da condução de trabalho de parto. No meio temos a frequência cardíaca fetal (FCF).

Note que a paciente da questão não tem comorbidades, está em uma Na parte de baixo temos as contrações, sendo cada quadrado uma contração
gestação a termo e dá entrada em trabalho de parto espontâneo. Portanto, e são preenchidos totalmente ou pela metade de acordo com a duração
vamos apenas conduzir esse trabalho de parto fisiológico. desta contração, conforme a legenda.

Por último, note que a bolsa foi rota na sétima hora do registro
Temos que avaliar também as linhas diagonais que cortam o Partograma: Alternativa B - incorreta. A parada secundária da descida é definida como
linha de alerta e linha de ação, sequencialmente. Ao preencher o parada na descida da apresentação fetal. Só podemos dar esse diagnóstico
Partograma, quando notamos que a evolução ultrapassa a linha de alerta, é quando a paciente já está com dilatação cervical total e mesmo assim não
preciso ficar atento para possíveis distocias. Ao ultrapassar a linha de ação, há progressão na descida.
é preciso realizar alguma medida que estimule a progressão do trabalho de Alternativa C - correta. Houve duas avaliações repetidas com a mesma
parto. dilatação (6cm) na nona e décima hora de observação, além de ultrapassar
a linha de ação, apesar de contrações efetivas. Podemos concluir que há,
Note que, ao se aproximar da linha de ação, a bolsa tornou-se rota. Não então, PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO, possivelmente por
sabemos se foi uma bolsa rota espontaneamente, mas a amniotomia desproporção cefalopélvica, o que indica realização de cesariana.
artificial pode ser indicada para acelerar partos prolongados. Alternativa D - incorreta. A ocitocina ajuda a otimizar as contrações durante
o trabalho de parto. No entanto, a paciente apresenta 4 contrações em 10
Agora que você já sabe ler o Partograma, vamos analisar qual o diagnóstico min, sendo duas com mais de 40 segundos. Ou seja, as contrações já estão
que ele sugere: efetivas e não há indicação de ocitocina.
Alternativa E - incorreta. A analgesia é uma opção em partos prolongados,
Alternativa A - incorreta. A fase ativa prolongada é definida pela progressão pois ajuda no relaxamento da gestante e pode ser útil em casos de exaustão
menor que 1cm por hora de dilatação durante o trabalho de parto. Neste materna. No entanto, a paciente ainda não chegou à dilatação total para
caso a paciente teve uma dilatação prolongada, mas houve parada dessa pensarmos em parada secundária da descida. Portanto, a única alternativa
dilatação com 6cm. correta está na letra C.
Revalida 2014
Questão 98
Comentário Aristo

CCQ: Saber reconhecer uma parada secundária da descida

As questões sobre partograma são muito comuns na prova! Por isso, treine
bastante as questões relacionadas a esse tema. Vamos aproveitar essa
questão para revisar brevemente sobre o tema.

Primeiramente, vamos relembrar os símbolos do partograma. A altura do


triângulo representa a dilatação, a do círculo representa a altura da
apresentação e a indicação no interior do círculo representa a atitude fetal
e sua variedade de posição. Por exemplo, na décima hora de abertura do
partograma da questão, temos dilatação total (10cm), altura de
apresentação no plano zero de De Lee e feto fletido em posição ODT. No
partograma da questão, a dilatação ocorreu de forma adequada,
progressiva, sem ultrapassar a linha de alerta. Já a descida da apresentação
permaneceu a mesma em dois exames cervicais sucessivos, com intervalo
de 1 hora ou mais, definindo uma parada secundária da descida. Esse tipo
de problema é normalmente causado por desproporção cefalopélvica e,
nesse caso, podemos perceber que a apresentação do feto está transversal,
sendo que a mais rotineira para o nascimento é a OP (occipito-púbica).

A conduta é a realização do parto. O fórceps pode ser uma opção quando a


apresentação está baixa o suficiente para o seu uso, normalmente com um
plano de De Lee superior a +2. Porém, nesse caso, como a apresentação está
em plano zero de De Lee, a indicação é de cesariana.

Vamos analisar as alternativas:


Alternativas A, C e D - Incorretas: Essas alternativas não tem “parada
secundária da descida” como resposta.
Alternativa B - Correta: Conforme discutido acima, o diagnóstico é de
parada secundária da descida e a conduta nesse caso é a cesariana.
Revalida 2016
Questão 49

partograma, que indica a dilatação (pequenas bolinhas vermelhas) e altura


da apresentação (círculos com a variedade de posição).

Note que a dilatação evolui aproximadamente 1cm/hora e a apresentação


também tem descida progressiva, evoluindo mais rapidamente no período
expulsivo (dilatação total). Em nulíparas, a dilatação pode durar até 10-12
horas sem que isso signifique que há um problema. Aqui, temos uma
primigesta com 8 horas de evolução da dilatação. A altura da apresentação
não pode permanecer inalterada após uma hora de período expulsivo, que
também não aconteceu no caso. Temos, então, uma evolução normal do
trabalho de parto, como indica a alternativa D.

Vejamos:

[Alternativa A - Incorreta]: O período pélvico prolongado é quando a


descida é mais lenta do que o esperado no período expulsivo. Pelo
partograma apresentado, quando a paciente atingiu dilatação total a
apresentação já estava baixa, então não é o caso.
[Alternativa B - Incorreta]: A parada secundária da dilatação ocorre quando
a dilatação deixa de evoluir 1cm/ hora em algum momento da fase ativa.
Vimos que neste caso a evolução atingiu praticamente 1cm/hora, então não
houve parada secundária.
[Alternativa C - Incorreta]: Já a parada secundária da descida ocorre quando
a temos uma apresentação mantida após 1hora de período expulsivo.
Atenção, a dilatação tem que estar total para esse diagnóstico, apresentação
Comentário Aristo mantida durante a fase ativa não qualifica como parada secundária da
descida.
CCQ: Avaliação da evolução do trabalho de parto no partograma. [Alternativa D - Correta]: Um outro diagnóstico que não aparece nas
alternativas, mas deve ser lembrado é a fase ativa prolongada. Em que temos
A paciente dá entrada no pronto socorro com 4cm de dilatação e 4 uma dilatação lenta (mais de 1 cm/hora), associada a contrações ineficazes.
contrações a cada 10 min. Logo, está na FASE ATIVA do trabalho de parto e, Nesse caso, devemos realizar medidas de melhora das contrações, por
assim, é aberto o partograma. A questão só nos traz a parte de cima deste
exemplo, com ocitocina, antes que evolua para uma parada secundária da
dilatação.
Revalida 2017
Questão 82
Em primeiro lugar guarde no fundo do seu coração uma informação: só
devemos abrir um partograma quando a gestante estiver em fase ativa do
trabalho de parto. Para isso, devemos consolidar que a fase ativa é um
conjunto de fatores, não devemos olhar nada de forma isolada.

Nela teremos uma gestante com uma dilatação em torno de 3 a 5


centímetros, com o colo caminhando para os 100% de apagamento e, por
último, mas talvez o mais importante, com pelo menos 80 Unidades de
Montevidéu (UM) de contração uterina.
As UM são a soma das amplitudes das contrações uterinas que ocorrem em
um intervalo de 10 minutos, então, por exemplo, se ocorrerem três
contrações de 20 segundos em 10 minutos, as UM são igual a 60.

Sabendo disso, vamos às alternativas!

Alternativa A - Correta: Veja que nas 3 avaliações registradas no partograma


a paciente está com uma dilatação estacionada em 3 centímetros, o feto não
é palpado via vaginal e as contrações não alcançam 80UM em nenhuma dos
três momentos.

Sendo assim, a paciente ainda não entrou em fase ativa do trabalho de parto,
ou seja, ainda está na fase latente.
Comentário Aristo
Alternativas B, C e D - Incorretas: A parada secundária da dilatação, a parada
CCQ: Identificar fase latente do trabalho de parto secundária da descida e o parto Taquitócico só podem ser diagnosticados na
fase ativa do trabalho de parto.
Olá, eterno estudante! Como vão as coisas? Dúvida nessa questão? Então
vem comigo pra gente acabar de vez com essa pulga atrás da orelha. Como a paciente ainda está em fase latente, não há como essas alternativas
serem corretas.

Por conta disso, a resposta certa é a letra A.


PARTO
Revalida 2013
Questão 36

termo, ou seja, com idade gestacional maior ou igual a 42 semanas, está


associada a aumento das complicações maternas, fetais e neonatais.

A taxa de mortalidade perinatal nesses casos chega a ser o dobro da taxa a


termo. Portanto, quando o trabalho de parto não se inicia
espontaneamente, essas pacientes têm indicação de indução do trabalho de
parto.

Alternativa A - Incorreta: A gestante não deve receber “alta” do pré-natal


até o nascimento do concepto. Há necessidade de manutenção da atenção
ao binômio materno-fetal, mesmo que a paciente seja direcionada a uma
maternidade de referência.
Alternativa B - Correta: Nas gestações de baixo risco, sem complicações, está
indicada avaliação da vitalidade fetal a partir das 40 semanas de IG, por
exemplo, com a realização de cardiotocografia. Conforme dito, nas gestações
Comentário Aristo que se aproximam das 42 semanas, devemos agendar a indução de trabalho
de parto.
CCQ: A indução de trabalho de parto é indicada nas gestações com mais de Alternativa C - Incorreta: O controle da movimentação fetal através do
42 semanas de idade gestacional por aumento das complicações maternas mobilograma está sempre indicado no terceiro trimestre gestacional. Não
e perinatais com o pós-datismo devemos aguardar o trabalho de parto espontâneo por aumento das
complicações maternas e perinatais.
Mentorando, a questão traz conceitos clássicos de pós-datismo e Alternativa D - Incorreta: Em uma semana, a paciente já estará com mais de
necessidade de indução de trabalho de parto. Sabemos que a gravidez pós 42 semanas de IG, sendo indicada indução de trabalho de parto.
Alternativa E - Incorreta: Em uma semana, a paciente já estará com mais de
42 semanas de IG, sendo indicada indução de trabalho de parto.
Revalida 2013
Questão 88
quando avaliamos as contrações, chegamos na provável causa para essa fase
ativa mais longa, que são contrações ineficazes (duas contrações fracas em
10 min). Trata-se de uma distócia funcional, que pode ocorrer por exaustão
materna, principalmente em primigestas. A ocitocina ajuda a melhorar as
contrações nesse caso, tornando-as mais intensas e mais numerosas. Então
temos o diagnóstico de uma fase ativa prolongada, com provável distócia
funcional e podemos usar a ocitocina para conduzir o caso.
[Alternativa B: incorreta] A fase de latência é o período que precede o
trabalho de parto, quando a dilatação ainda é menor que 4cm e não há
contrações eficazes. Não é o caso desta paciente que já está em fase ativa
do trabalho de parto.
[Alternativa C: incorreta] O período pélvico prolongado ocorre quando a
paciente já atingiu dilatação total, mas a descida está lenta. Nesse caso a
amniotomia pode ajudar a abaixar a apresentação, mas uma outra opção é
Comentário Aristo o uso de fórceps de alívio ou vácuo extrator. Não é o caso desta paciente,
que ainda não atingiu dilatação total.
CCQ: Diagnósticos da assistência ao parto normal A questão descreve a [Alternativa D: incorreta] A desproporção cefalopélvica é um diagnóstico
evolução de um parto normal que não evolui, e pede pra você dar o feito quando a dilatação se mantém a mesma após 2h na fase ativa mesmo
diagnóstico intraparto. com contrações efetivas. Neste caso precisávamos primeiro tentar melhorar
as contrações para, se a dilatação ainda se mantivesse igual, pensarmos
Ela poderia também colocar os dados num Partograma pra você avaliar o neste diagnóstico.
que aconteceu. [Alternativa E: incorreta] A **parada secundária da descida **é a
manutenção da altura após 1h de período expulsivo e também pode
As três principais coisas que precisamos avaliar pra chegar num diagnóstico significar que há desproporção cefalopélvica. Neste caso, a alternativa é a
intraparto são: dilatação cervical, altura da apresentação e contrações. A realização de Cesária já que não há espaço para progressão do feto pelo
dilatação idealmente deve evoluir 1cm/ hora na fase ativa, a descida deve canal de parto.
abaixar 1 na escala de De Lee por hora no período expulsivo, e as contrações
devem se manter efetivas (3 ou mais contrações de moderada intensidade Pra aproveitar, o último diagnóstico intraparto, que a questão não traz nas
em 10 min). alternativas é o parto Taquitócico, que é aquele em que dilatação, descida e
expulsão ocorrem em menos de 4h.
[Alternativa A: correta] no caso apresentado, temos uma paciente com
dilatação mantida por 3h na fase ativa, o que é mais tempo que o ideal. Mas Nesses casos há maior risco para lacerações e atonia uterina. Portanto, a
alternativa correta é a A.
Revalida 2015
Questão 11

2) Bossa serossanguinea: Também conhecida como caput succedaneum, é


um acúmulo de material serossanguinolento no subcutâneo do bebê e nos
indica que o útero fez grande força contra a cabeça dele (mais um sinal de
que existe uma barreira ali).

Em casos de desaceleração prolongada ou parada da descida, por exemplo,


devo desconfiar de desproporção céfalo-pélvica e a indicação é parto por
cesárea.

Então, vamos às alternativas!

Alternativa A - Incorreta: A administração de ocitocina serve para ajudar na


contração uterina, mas a mãe não está com esse problema, tanto que
chegou a lesar o bebê e gerou uma bossa serossanguinea.
Comentário Aristo Alternativa B - Correta: Aí siiiim!!! Se tenho o diagnóstico de desproporção
céfalo-pélvica, a indicação é de cesárea! Fique ligado que hoje, por ter o
CCQ: Identificar e saber que desproporção céfalo-pélvica é indicação para conhecimento de que a pelve materna é muito dinâmica durante o TP,
cesárea acreditasse mais que essa desproporção seja mais por um posicionamento
errado da cabeça do feto na pelve materna do que simplesmente pela
Ficou com dúvida nessa questão, caro colega? Se preocupa não que vamos criança ter uma cabecinha grande demais.
dar um jeito de descomplicar isso agora!! Alternativa C - Incorreta: Se há uma desproporção, tudo nos indica que a
cabeça da criança não passará pelo canal do parto, então não adianta
A questão nos traz uma paciente em idade gestacional já a termo e que aguardar a evolução.
parece ter uma boa evolução do trabalho de parto (TP), mas fique atento Alternativa D -Incorreta: As indicações para utilização de fórceps ou vácuo
aqui com duas coisas aqui que nos indicam desproporção céfalo-pélvica: extrator não cabem nessa discussão agora, mas entenda que eu preciso ter
certeza de que não existem barreiras no canal do parto e garantir que o bebê
1) Parada da descida: O bebê está em uma altura no plano de De Lee que passará pela pelve materna, senão será mais uma força sobre um feto que
não condiz com a dilatação do colo. A dilatação já alcançou seu diâmetro está diante de uma passagem desfavorável.
máximo e a cabeça do neném ainda está muito interna na pelve materna
(lembre-se que o plano 0 é ao nível das espinhas isquiáticas, abaixo são os Por conta disso, nossa resposta correta é a letra B
planos positivos e, acima, os negativos), o que nos indica um problema na
passagem da cabeça fetal pelo canal de parto.
Revalida 2015
Questão 98
De acordo com o caso clínico descrito e, considerando que entre a última e
penúltima avaliações tivemos um período de 1h (ao invés de 30min do
descrito), teríamos um partograma semelhante com o abaixo:

Como podemos perceber, o partograma foi aberto no período adequado,


enquanto a paciente realmente estava em trabalho de parto. A dilatação
progrediu de forma adequada, sem atingir a linha de alerta (primeira linha
diagonal à esquerda). Além disso, de acordo com o enunciado, o líquido
amniótico estava claro e os batimentos cardíacos fetais estavam adequados
(referência: 110- 160 bpm) sem desacelerações, indicando ausência de
sofrimento fetal agudo.

Para finalizar, a descida progrediu 1cm em uma reavaliação de 30 min, logo,


está ocorrendo de forma adequada, sem configurar um período expulsivo
prolongado (quando a expulsão fetal não se dá em 2 horas para nulíparas e
Comentário Aristo em 1 hora para multíparas, após a dilatação total), nem uma parada
secundária da descida (quando ocorre ausência de progressão da descida
CCQ: Saber reconhecer um parto de evolução adequada em dois exames cervicais sucessivos, com intervalo de 1 hora ou mais).

Questão longa, contando a progressão de um trabalho de parto, para te Dessa forma, trata-se de um trabalho de parto sem intercorrências até o
perguntar se existe alguma indicação de intervenção. Essa questão poderia momento, sendo que a conduta é aguardar a evolução, mantendo a
ter sido resolvida simulando um partograma e já te adianto que as provas avaliação materno-fetal.
frequentemente cobram a interpretação de partogramas. Então, vamos Vamos as alternativas:
aproveitar essa oportunidade para revisar um pouco sobre o tema. Alternativa A, B e D - Incorretas: Conforme discutido acima, trata-se de uma
evolução adequada, sem necessidade de intervenções no momento.
Alternativa C - Correta: Como revisado.
Portanto, o gabarito é a letra C.
Revalida 2016
Questão 6
Se < 34 semanas, iremos internar a paciente e conduzir de forma
conservadora até as 34 semanas, exceto se houver sinais sugestivos de
Corioamnionite!

Além disso, a paciente não realizou as consultas do pré-natal e apresenta


sinais sugestivos de Corioamnionite (febre + taquicardia materna +
taquicardia fetal).

Neste caso, devemos interromper a gestação, realizar Antibioticoprofilaxia


para GBS (ausência de cultura conhecida no pré-natal e um dos seguintes:
*febre intraparto (T axilar >= 38ºC), ou trabalho de parto pré-termo (<= 37
semanas), ou bolsa rota por >= 18 horas), e antibioticoterapia para tratar
infecção vigente.

Vamos as alternativas:

Alternativa A – Incorreta: Como vimos, pacientes com mais de 34 semanas


Comentário Aristo ou sinais sugestivos de Corioamnionite devem ter a gestação interrompida.
Alternativa B – Incorreta: A paciente possui indicação de resolução imediata
da gestação. Além disso, corticoterapia só está indicada para gestações < 34
CCQ: Pacientes com rotura prematura de membranas ovulares com mais de
semanas.
34 semanas devem ser encaminhadas para interrupção da gestação
Alternativa C – Incorreta: Como vimos, não há indicação para corticoterapia.
Alternativa D – Correta: Como vimos, devemos induzir o trabalho de parto
Pessoal, questão sobre manejo da rotura prematura de membranas ovulares
e realizar Antibioticoprofilaxia para GBS e antibioticoterapia para tratamento
(RPMO). Tema de grande importância nas provas.
da infecção vigente.
Frente a um quadro de RPMO, devemos avaliar a idade gestacional se >34
semanas, como é o caso da nossa paciente, iremos interromper a gestação.
Revalida 2020
Questão 02
das condições materno-fetais, sendo sempre que possível será indicado
parto pela via vaginal. As indicações absolutas de cesárea são apresentação
anômala (transverso), inserção baixa de placenta (placenta prévia total),
vasa prévia, descolamento prematuro de placenta (caso seja a via mais
rápida) ou prolapso de cordão.

Temos também indicações relativas por fatores maternos - duas cesáreas


prévias, cirurgias vaginais prévias, herpes genital ativo, infecção pelo HIV (se
carga viral acima de 1000 cópias) - ou fatores fetais - malformações, gemelar
com o primeiro "não-cefálico", macrossomia (com fetos acima de 4500g).

No caso clínico acima, a paciente apresenta 36 semanas de IG + 4 contrações


de 40 segundos em 5 minutos de observação + colo com 10 cm de dilatação
= assistência ao trabalho de parto. Nesse caso, como o feto está cefálico,
fletido, na descida, o parto é por via vaginal.
Comentário Aristo
Vamos analisar as alternativas:
CCQ: Saber que no TP sem fatores de risco a conduta é parto via vaginal
Alternativa A – Correta: Conduta correta, pessoal! Deve conduzir a gestante
Fala, pessoal! Questão de nível fácil sobre conduta no trabalho de parto (TP). até o centro obstétrico mais próximo para o parto via vaginal.
Alternativa B – Incorreta: Não tem indicação de cesárea.
O TP é diagnosticado quando há contrações regulares (2 - 3 contrações em Alternativa C – Incorreta: O feto está com o BCF bom (entre 110-160bpm),
10 minutos) + dilatação cervical progressiva (2 - 3 cm) OU apagamento sem sinais de sofrimento fetal ou de alteração que necessite de fórcipe de
cervical > 80%. Entre 37 semanas a 41 sem + 6 dias é a termo, sendo que se alívio. As indicações de uso de fórcipe são mães cardiopatas ou
iniciado antes de 37 semanas é considerado TP prematuro pneumopatas, sofrimento fetal agudo em parto vaginal iminente,
sofrimento materno com partos prolongados por causa motora (discinesias)
A conduta vai depender das condições materno-fetais, sendo sempre que e cabeça derradeira.
possível será indicado parto pela via vaginal. As indicações absolutas de Alternativa D – Incorreta: A paciente está com mais de 3 contrações efetivas
cesárea são apresentação anômala (transverso), inserção baixa de placenta em 10 min, não necessita de ocitocina. O uretotônico se utilizado nesse caso
(placenta prévia total), vasa prévia, descolamento prematuro de placenta caracteriza uma iatrogenia, com risco de rotura uterina.
(caso seja a via mais rápida) ou prolapso de cordão. A conduta vai depender
Portanto, o gabarito é a letra A
Revalida 2021
Questão 97

Diante de uma paciente hipotensa e taquicárdica, com revisão do trajeto


normal, a provável causa será atonia uterina.

O manejo inclui controle de sinais vitais e diurese, administração de


oxitocina e soro fisiológico e massagem bimanual do útero (manobra de
Hamilton).

A massagem deve ser uterina bimanual, em que se comprime o fundo do


útero com uma mão contra a outra mão introduzida na vagina, a qual faz
pressão no fundo de saco anterior.

Alternativas

A - Correta: A paciente encontra-se hipotensa e taquicardia, portanto,


instável hemodinamicamente. Medidas de ressuscitação devem ser
Comentário Aristo prontamente iniciadas, com reposição volêmica com solução isotônica
inicialmente.
Comentário da questão Hemorragia pós-parto (HPP): B e C - Incorretas: O quadro de hipotensão e taquicardia indica instabilidade
hemodinâmica em paciente que apresenta sangramento, com potencial
Define-se HPP como a perda sanguínea vaginal estimada em mais de 500 mL risco de evoluir para choque hipovolêmico. Medidas de ressuscitação
após parto vaginal ou mais de 1.000 mL após cesariana. As principais volêmica devem ser realizadas inicialmente.
etiologias geralmente são atonia, trauma e coagulopatia, que pode ser D - Incorreta: Inicialmente, a paciente deve ser estabilizada com reposição
primária ou secundária. volêmica e medidas para conter o sangramento. Não é necessária internação
em leito de UTI nesse momento.
Rotura Previa de Membrana Ovular
Revalida 2012 Além disso, não é necessário colher cultura de pacientes que já
Pergunta 79 demonstraram colonização por streptococo previamente: bacteriúria por
streptococo documentada, filho anterior com sepse neonatal por
streptococo.

Bom, no caso em questão, a paciente tem dois motivos para a profilaxia:


trabalho de parto prematuro (35 semanas de gestação) e história de sepse
neonatal em recém-nascido anterior. Vamos avaliar qual alternativa traz a
melhor condução para esse caso?

Alternativa A - incorreta. A clindamicina não é a droga de escolha na


profilaxia contra este microrganismo. Além disso, a cesariana não protege
quanto à transmissão vertical. Afinal, a bolsa já é rota, além de não ser
indicada resolução por via alta apenas para evitar essa transmissão.
Alternativa B - incorreta. A colonização por streptococo não justifica a
indicação de cesariana e, quando realizada Antibioticoprofilaxia adequada,
o risco, mesmo no parto vaginal, é reduzido drasticamente.
Alternativa C - incorreta. A realização de Antibioticoprofilaxia é
independente de febre ou outros sinais de infecção materna.
Comentário Aristo Alternativa D - Incorreta. A clindamicina não é a primeira opção para
Antibioticoprofilaxia contra streptococo. Ela pode ser usada no caso de
CCQ: Profilaxia de transmissão vertical de Streptococcus do grupo B. O alergia a penicilinas, mas, se for o caso, a dose é de 900mg a cada 8 horas.
streptococo do grupo B (ou Streptococcus agalactiae) é o principal agente Alternativa E - correta. No caso de colonização por strepto B ou cultura
causador de infecções perinatais, incluindo endometrite e sepse neonatal. desconhecida com fatores de risco, realizamos profilaxia com penicilina
Por isso, é indicado rastreio universal para todas as gestantes por meio de cristalina com dose de ataque de 5 milhões, seguida por 2,5 milhões a cada
swab retal e vaginal entre 35 e 37 semanas. Quando é detectada a presença 4 horas, até o clampeamento do cordão umbilical.
da bactéria na cultura realizamos Antibioticoprofilaxia para diminuir o risco
de transmissão vertical. No entanto, em alguns casos, consideramos a A segunda opção para a profilaxia na ausência da penicilina cristalina é a
paciente de risco para infecção e, por isso, é indicada profilaxia mesmo sem ampicilina, feita em dose de ataque 2g e seguida por 1g a cada 4h até o
o rastreio. São eles: trabalho de parto prematuro, rotura prematura de clampeamento do cordão.
membranas ovulares por mais de 18 horas e febre materna no intraparto.
Revalida 2012
Pergunta 99
houvesse trabalho de parto, a tendência é não fazer tocólise e seguir com o
parto (é aceito tocólise por 48h visando corticoterapia, desde que com
internação e monitorização materna).
Caso não tenha trabalho de parto, como na questão, a conduta é
conservadora até as 34 semanas, com medidas que buscam monitorar e
reduzir riscos maternos e fetais, com parto caso entre em trabalho, ou caso
infecção, ou caso sofrimento fetal.

Após as 34 semanas, a conduta é ativa. O risco de infecção materna é maior


que o benefício da manutenção da gestação. Nesse sentido, o que faremos
na questão?
• Internação.
• Repouso relativo.
• Antibioticoprofilaxia (NÃO TEM EVIDÊNCIA CONCRETA DE MELHORA DE
DESFECHO, mas é preconizado pelo ministério um curso de antibióticos por
7 dias).
Comentário Aristo • Screening para strepto B.
• Monitorização fetal e materna.
CCQ: Manejo da Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO).
Vamos, então, às alternativas:
Capciosa essa questão, mas veja só: temos uma paciente com ruptura
prematura de membranas ovulares pré-termo. Ou seja, não só a membrana Alternativa A - incorreta: Não tem trabalho de parto para inibir.
rompeu antes do trabalho de parto, como rompeu antes de ser a termo. Alternativa B - incorreta: Corticoterapia se dá em 48h, uma vez.
Alternativa C - incorreta: O sulfato é neuroprotetor imediatamente
Nesse sentido, qual é a conduta? antes/durante o parto antes das 32 semanas.
Alternativa D - incorreta: Antibióticos não têm evidência concreta e seu
Se fosse antes das 22 a 24 semanas, discutiríamos abortamento por curso é de em torno de 7 dias, pelo ministério.
inviabilidade e perigo materno. Entre 24 a 34 semanas, a conduta varia. Caso
Revalida 2017
Questão 63
A condução do TPP depende da idade gestacional. Antes das 34 semanas,
precisamos fazer a corticoterapia, para diminuir os riscos do RN prematuro
(reduz a incidência de doença da membrana hialina, enterocolite
necrotizante e hemorragia intracraniana). O protocolo mais comum é fazer
2 doses de betametasona a cada 24h. Nesse caso, precisamos ganhar tempo
pra fazer as duas doses antes do nascimento, e por isso é feita tocólise
(inibição do trabalho de parto).

Depois de 34 semanas, o RN já não corre tanto risco, e a corticoterapia não


é mais indicada. Por isso podemos apenas conduzir o trabalho de parto. O
importante nesse caso é checar a profilaxia para Strepto B. Vamos lembrar?

O Streptococcus beta hemolítico é um germe presente no canal de parto,


que está associado a maior risco de sepse neonatal no RN. Para todas as
gestantes entre 35 e 37 semanas, colhemos cultura com swab vaginal e anal
Comentário Aristo para avaliar se precisaremos fazer antibioticoterapia profilática durante o
trabalho de parto. No caso em questão, a paciente entrou em trabalho de
CCQ: Conduta no trabalho de parto prematuro parto antes de colher esta cultura, então temos que fazer a profilaxia.
Além disso, também fazemos profilaxia quando há risco de infecção
Pra responder essa questão, primeiro precisamos chegar no diagnóstico. A independente da cultura: febre materna intraparto, ruptura prematura das
paciente apresenta contrações efetivas que promovem dilatação do colo membranas ovulares. E como fazemos? A primeira linha é penicilina
uterino, logo, está em trabalho de parto, antes das 37 semanas, então temos cristalina 5 milhões (ataque) e 2,5 milhões de 4/4h até clampeamento do
um trabalho de parto prematuro (TPP). cordão.

Gabarito: Alternativa D.
Parto Pós-Termo
Revalida 2012
Questão 104 CCQ: A indução de trabalho de parto com um escore Bishop inferior a 6 deve
ser feita com preparo de colo uterino
Mentorando, sabemos que a gravidez pós-termo, ou seja, com idade
gestacional maior ou igual a 42 semanas, está associada a aumento das
complicações maternas, fetais e neonatais. A taxa de mortalidade perinatal
nesses casos chega a ser o dobro da taxa em gestações a termo. Portanto,
quando o trabalho de parto não se inicia espontaneamente, essas pacientes
têm indicação de indução do trabalho de parto.

A indução de trabalho de parto consiste em duas fases: na primeira, procura-


se realizar o amadurecimento do colo do útero e, na segunda, promovemos
o início de contrações efetivas. O escore Bishop é um sistema de avaliação
cervical utilizado na prática que permite avaliar quando a paciente necessita
de medidas de maturação do colo ou quando podemos estimular as
contrações com ocitocina.
Na questão, nossa paciente possui um escore Bishop de 3 e cardiotocografia
mostrando boa vitalidade fetal. Diante desse quadro, devemos indicar
indução de trabalho de parto com preparação cervical com Misoprostol.

Alternativa A - Incorreta: A cardiotocografia mostra linha de base adequada,


boa variabilidade da FCF, presença de acelerações transitórias e ausência de
desacelerações. Portanto, indica bem-estar fetal.
Alternativa B - Correta: Conforme discutimos, há indicação de preparo de
colo com Misoprostol.
Alternativa C - Incorreta: A indução com ocitocina deve ser feita com um
escore Bishop ≥ 6.
Alternativa D - Incorreta: O descolamento de membranas amnióticas é uma
das alternativas de pré-indução para estimular o trabalho de parto
espontâneo, mas não é considerado um método de indução de trabalho de
parto.
Comentário Aristo
Alternativa E - Incorreta: Não realizamos dilatação cervical manual para Portanto, a alternativa é letra B.
indução de trabalho de parto.
Revalida 2015
Questão 16
então 237 dias, que dividindo por 7 resultam em 33+6 semanas. Como a
paciente já tinha 8 semanas no dia do ultrassom, temos a idade gestacional
atual de 41 semanas e 6 dias.
Preferimos a idade gestacional cronológica, caso o ultrassom tenha sido feito
no primeiro trimestre e resulte numa idade gestacional maior que 7 dias
comparando com a idade cronológica. Neste caso temos um dia de diferença
entre a idade cronológica e ultrassonográfica, portanto consideramos a
datação pela DUM mais confiável.
O pós-datismo é definido como idade gestacional superior a 40 semanas.
Isso por que no cálculo da data provável do parto, usamos este corte. No
entanto, em gestações de baixo risco, sem comorbidades, podemos
aguardar até 41 semanas para que o parto ocorra espontaneamente.
Atenção: não
confunda com gestação PÓS-TERMO, aquela que passa de 42 semanas.
Temos, então, a idade gestacional e a confirmação de que se trata de
pósdatismo, vamos avaliar a melhor conduta:

Alternativa A - Correta A questão sugere que há bem-estar fetal (BCF de 140


Comentário Aristo bpm, sem desacelerações), e que a gestante está fora de trabalho de parto
(colo uterino fechado). Portanto podemos induzir o trabalho de parto.
CCQ: Saber que gestante em pósdatismo devemos encaminhá-la para uma Lembre-se que após 41 semanas tentamos induzir o trabalho de parto
maternidade para provável indução do parto devido ao risco associado ao pósdatismo.
Questão mais completa, exige que inicialmente você calcule a idade Alternativa B - Incorreta Pós-datismo não é indicação de cesárea, muito
gestacional da paciente, avalie se há pós-datismo e chegue à melhor menos cesárea segmentar (corte longitudinal). Garantindo bem-estar
condução para o caso. materno-fetal, não temos emergência obstétrica e podemos conduzir um
Para chegar na idade gestacional cronológica, usamos a DUM (data da última parto normal.
menstruação), calculando quantos dias se passaram entre a última Alternativa C - Incorreta A desproporção céfalo-pélvica é evidenciada
menstruação e a consulta atual. Dividimos esse valor por 7 e o resultado durante o trabalho de parto quando há parada secundária da dilatação ou
inteiro será o número de semanas e o resto o número de dias. Temos 292 da descida. A insinuação do feto na bacia materna é esperada nos dias que
dias, que dividindo por 7 resultam em 41 semanas e 5 dias de gestação. antecedem o parto e não indica que ela deveria estar em trabalho de parto.
Para chegar na idade gestacional ultrassonográfica, contamos quantos dias Alternativa D - Incorreta Após 41 semanas o risco perinatal aumenta
há entre a realização do ultrassom e a consulta atual, sendo que a conta progressivamente. Por isso, devemos indicar indução de trabalho de parto
começa já com 8 semanas (idade gestacional no dia do ultrassom). Temos
para gestante após esta idade gestacional e não podemos liberá-la para Portanto, ficamos com a Alternativa A como gabarito.
aguardar o trabalho de parto em casa

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