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4ºAno: Laboral
Estudantes:
Ilda Tembe
Marques Mavumela
Resumo ...................................................................................................................................... 3
Abstract ..................................................................................................................................... 3
1.Introdução.............................................................................................................................. 4
1.1.1.Geral ................................................................................................................................. 5
1.1.2.Específicos ........................................................................................................................ 5
1.2.Metodologia........................................................................................................................ 5
2.2.Classificação ....................................................................................................................... 7
2.5.Negociação........................................................................................................................ 10
2.6.Conciliação........................................................................................................................ 11
2.7.Mediação ........................................................................................................................... 12
2.8.Arbitragem........................................................................................................................ 14
2
Os Meios de Resolução dos Conflitos Colectivos de Trabalho
Este trabalho visa analisar os meios de resolução dos conflitos colectivos de Trabalho. Num
mundo ideal, os conflitos não existiriam. No entanto, a realidade reflete algo diferente, e
frequentemente é necessário resolver conflitos coletivos de trabalho. Estes conflitos podem ser
definidos como um impasse que surge entre os trabalhadores, coletivamente considerados, e
as respetivas entidades empregadoras, acerca de condições de trabalho. A negociação pode
ser facilitada por um Mediador. A mediação não é uma forma de solução, é um meio para as
partes chegarem num acordo ou convenção. Mediador deve ser equidistante, mas não como
juízes e árbitros, pois pode fazer sugestões. A mediação é uma técnica auxiliar para que, na
negociação coletiva, seja facilitada a obtenção do consenso.
Palavra-passes: Conflito Colectivo. Resolução de conflitos. Trabalho.
Abstract
This work aims to analyze the means of solving collective labor conflicts. In an ideal world,
conflicts would not exist. However, reality reflects something different, and it is often
necessary to resolve collective work conflicts. These conflicts can be defined as an impasse that
arises between workers, collectively considered, and their respective employers, regarding
working conditions. The negotiation can be facilitated by a Mediator. Mediation is not a form
of solution, it is a means for the parties to reach an agreement or convention. Mediator must
be equidistant, but not like judges and referees, as he can make suggestions. Mediation is an
auxiliary technique so that, in collective bargaining, consensus is reached.
Passwords: Collective Conflict. Conflict resolution. Work.
1
Benedita de Sousa João Mendonca (2023) – Estudante do 4º ano, curso de licenciatura em Direito
2
Ilda Tembe (2023) – Estudante do 4º ano, curso de licenciatura em Direito
3
Marques Mavumela (2023) – Estudante do 4º ano, curso de licenciatura em Direito
4
Minaty José Ramos Francisco (2023) – Estudante do 4º ano, curso de licenciatura em Direito
3
1.Introdução
O estudo do conflito humano apresenta uma abrangência muito grande, pois inclui
todo o espectro das actividades dos seres humanos e dos grupos por eles formados.
Neste estudo será focalizado o conflito produzido no panorama de relações sociais
intersubjectivas, especialmente no conflito colectivo do trabalho, colocando ênfase nos
aspectos que possam contribuir na construção de ferramentas que ajudem a
desenvolver um processo fundamentado nos interesses das partes, que facilite o
entendimento, a comunicação e o aprendizado.
4
1.1.Delimitação dos Objectivos
“Toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois assim torna mais fácil
conduzir a investigação6”. Os objectivos podem ser gerais e específicos (particulares).
Assim, o estudo resultante deste projecto vai ser guiado pelos seguintes objectivos:
1.1.1.Geral
1.1.2.Específicos
1.2.Metodologia
Para qualquer trabalho científico quer teórico assim como prático há necessidade de
se basear em métodos e técnicas de pesquisa para a materialização do mesmo, é a partir
deste ponto de visto, que o grupo, para o processo de realização, melhoramento e
aperfeiçoamento deste trabalho baseou-se em fontes bibliográficas, tais como:
dissertações, monografias, artigos, revistas. Portanto, todos os manuais electrónicos
como físico explorados estado patentes na página de referência.
6
ANDRADE (1997: 26).
5
2.Os Meios de Resolução dos Conflitos Colectivos de Trabalho
2.1.Noções Gerais
É fácil observar que os seres humanos vivenciam conflitos ao longo de suas vidas, que,
necessariamente, não são combates. Para a psicologia moderna, o conflito é inerente à
própria vida, consolidando um mecanismo que permite a evolução da espécie
humana, para reconhecer suas fraquezas e melhorá-las. Assim, o conflito pode trazer
benefícios para a sociedade por proporcionar mudanças muitas vezes positivas e a sua
neutralização, além de não ser possível, muitas vezes não é viável. Assim, é necessário
compreender o conflito sem a utopia de neutralizá-lo, pois sua compreensão é a única
forma para lidar com essa realidade, já que o conflito é parte integrante da existência
humana9.
7
RODRIGUEZ (2008).
8
SILVA NETO (2013).
9
CÓRDOBA (1985).
6
O conflito de trabalho, considerado de maneira genérica, refere-se a todos os
antagonismos surgidos nas relações de trabalho10. Ainda DINAMARCO (2003) diz que
distinguem-se, basicamente, em individuais e colectivos, sendo que os primeiros têm
origem no contrato de trabalho e se produzem entre um trabalhador ou um grupo de
trabalhadores e a empresa. O conflito colectivo de trabalho, como veremos adiante de
maneira mais detalhada, abrange um grupo de trabalhadores e uma ou várias
empresas, referindo-se sempre aos interesses gerais do grupo.
2.2.Classificação
10
DINAMARCO (2003).
11
RUSSOMANO (1995. P.98).
12
BARROSO (2010).
7
que esta cláusula tem que ter como titulares da obrigação às entidades de classe
e não seus representados.
c) Conflitos intra-sindicais ou conflitos internos: são aqueles que surgem dentro
do sindicato, seja entre seus órgãos administrativos ou entre estes e estes e seus
associados. Pelo fato de ser um conflito interno do sindicato, em regra geral, são
resolvidos pelos órgãos superiores da entidade, não impedindo, por sua vez,
que a parte interessada recorra ao a via judicial.
d) Conflitos extra-sindicais ou externos: são divergências que tem como partes o
sindicato e um terceiro que não faça parte do quadro associativo da entidade.
Um exemplo clássico deste conflito são as rejeições de pedido de inscrição para
se associar ao sindicato, seja de trabalhador, para o sindicato profissional, ou de
empresário, para o sindicato patronal.
e) Conflito entre trabalhadores: estes conflitos podem surgir nos casos em que
houver contratos de equipe, ou seja, quando um grupo de trabalhadores,
considerando um conjunto, é contratado para prestar serviço para determinado
empregador, com pagamento de remuneração global. Assim, caso haja
discordância entre o rateio desta remuneração, tem-se o conflito entre
trabalhadores13.
13
DAMIANO (2001, p. 39).
8
supõem uma fonte anterior e, quando submetidos ao Poder Judiciário, são
comumente chamados de dissídios coletivos de natureza jurídica.
Os conflitos económicos ou de interesses não se relacionam com os direitos
preexistentes. Eles objectivam a modificação ou elaboração de novas normas
que assegurem novas condições de trabalho e produzem-se por ocasião das
reivindicações de uma categoria profissional. Na linguagem quotidiana são
chamados de dissídios colectivos de natureza económica e se caracterizam por
visarem a novas condições económicas, geralmente melhoria de salários.14
14
CÓRDOBA (1985).
9
em normas preexistentes, enquanto os conflitos económicos carecem de tais
normas ou possuem outros fins15.
2.5.Negociação
15
DINAMARCO (2003).
16
LEITE (2003).
17
DELGADO (2008).
10
submissão) e a transação entre as partes. Sendo assim, para uma melhor análise do
tema, passa a conceitua-los18.
2.6.Conciliação
A conciliação representa uma forma consensual de solução das lides de trabalho, com
o auxilio de um terceiro (conciliador). Representa com o auxilio de um conciliador, que
18
DAMIANO (2001, p. 45).
19
DELGADO (2008).
20
DAMIANO (2001, p. 43).
11
tem papel fundamental de manter os canais de dialogo abertos e promover a
aproximação entre as partes, a qual, poderá resultar na celebração de um instrumento
normativo de trabalho, ou seja, um acordo21.
2.7.Mediação
21
RUSSOMANO (1995. P.99).
22
FERNANDES (2011). P. 121.
12
A mediação é uma espécie de solução extrajudicial de disputas com vistas a solucionar
disputa de natureza complexa, resultante de relacionamento anterior entre os
interessados. Neste procedimento, os interessados buscam, com o auxílio do
mediador, manter diálogos amistosos com o objectivo de tentar firmar um acordo entre
si. A finalidade principal da mediação é a pacificação da relação existente entre os
interessados. A postura do mediador deverá ser neutra, não sendo indicado que este
participe da elaboração da solução23.
Parte da doutrina tem apontado que a principal diferença entre mediação e conciliação
está na atividade do órgão. Na mediação a atividade do órgão é muito mais intensa,
não se limita apenas a dirigir o debate, como acontece na conciliação, mas intervém
ativamente nele e propõe a solução24. O mediador efetua proposta de solução do
conflito, diferentemente do conciliador, que apenas estimula as partes ao acordo, sem
nele interferir.
A negociação pode ser facilitada por um MEDIADOR. A mediação não é uma forma
de solução, é um meio para as partes chegarem num acordo ou convenção. Mediador
deve ser equidistante, mas não como juízes e árbitros, pois pode fazer sugestões. A
mediação é uma técnica auxiliar para que, na negociação coletiva, seja facilitada a
obtenção do consenso.
23
COSTA (2003).
24
XAVIER (2011), p.110.
13
colocando fim a ela pelo acordo direto. Por isso, por não ter o mediador o poder
decisório, entende-se que não é um meio de resolução, mas sim como um processo
auxiliar que poderá levar a resolução do conflito pelo acordo direto entre os
litigantes25.
2.8.Arbitragem
Existem referencias históricas dessas formas de solução de litígio a mais de 3000 mil
anos, e ainda, no Código de Hamurabi, na Grécia Antiga e em Roma27.
Com relação ao Direito Romano, a arbitragem iniciou-se para dirimir conflitos entre
Estados, posteriormente, entre particulares. Esse instituto tinha uma característica
25
DAMIANO (2001, p. 40).
26
DELGADO (2008).
27
XAVIER (2011), p.112.
14
contratual, pelo fato das cláusulas compromissórias da arbitragem. No período
Justiniano, a decisão arbitral tinha valor intrínseco, pois as partes se obrigavam a
cumprir o laudo arbitral. Posteriormente, na Idade Média, de acordo com Gianni
Schizzerroto, «as causas para o desenvolvimento da arbitragem durante a Idade Média
são cinco: ausência de leis; falta de garantias jurisdicionais; grande variedade de
ordenamentos; fraqueza dos Estados; e conflitos entre Estado e Igreja».
A arbitragem não é muito utilizada para a solução dos conflitos coletivos de trabalho
no ordenamento jurídico, que se utiliza mais da solução jurisdicional. Com isso,
utilizará como base, no presente estudo, o instituto português, por entender ser mais
avançado e difundido.
2.8.1.Tipos de Arbitragem
Segundo Lei da Família, Art. 188 a arbitragem pode ser voluntária ou obrigatória. A
arbitragem é voluntária sempre que for acordada pelas partes. 3. A arbitragem
voluntária segue o regime dos artigos 190 a 193 desta lei e da legislação específica que
28
FERNANDES (2011). P. 120.
15
regulamente a arbitragem laboral. 4. A arbitragem é obrigatória nos termos do artigo
seguinte29.
2.9.Decisão judicial
29
Art. 188.
30
DAMIANO (2001, p. 60).
31
RODRIGUEZ (2008).
16
A importância da compreensão da função das razões da decisão judicial é grande sob
diferentes perspectivas. Sob uma perspectiva, por exemplo, pode-se pretender
examinar as funções para reconstruir, por auxílio delas, um dever constitucional de
outorgar razões às decisões judiciais. Com o fim de estabelecer a função aqui
examinada, busca-se fundamentos no direito constitucional, haja vista a atividade
jurisdicional inserir-se no quadro do Estado Constitucional como um poder sujeito ao
direito e legitimado pela democracia.
17
3.Considerações finais
Ao findo deste trabalho desprende-se que em relação aos meios de resolução dos
conflitos coletivos de trabalho, a doutrina se divide quanto às classificações dessas
formas, assim, apresentará alguns desses posicionamentos doutrinários, utilizando, no
final, a classificação que entende mais correta para o presente estudo, dividindo os
meios de resolução em autônomos (autocomposição – negociação coletiva) e
heterônomos (arbitragem e meio jurisdicional), além dos meios acessórios de solução
dos conflitos coletivos (conciliação e mediação) e os meios de pressão (greve e lock
out).
18
4.Referências bibliográficas
Manuais
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de direito coletivo do trabalho. São Paulo: 2010.
CÓRDOBA, É. As relações colectivas do trabalho na América Latina. São Paulo: LTr. 1985.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 7.ª ed., LTR, São Paulo,
2008.
RODRIGUEZ, Américo Plá. Formas de solução dos conflitos coletivos de trabalho: análise do
“poder normativo da justiça do trabalho no Brasil. Dissertação do 2º ciclo em Ciências
Jurídico-Empresariais, Direito do Trabalho. Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra. 2008.
Legislação
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