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SPRING
Semester
A Campus Tales Story

Q. B. TYLER
STAFF

Disponibilização e TM: Sidriel Wings

Revisão: Gaia Wings

Formatação: Jewell Designs

Junho 2022
SINOPSE

Eu tinha nove anos quando conheci Everett Cartwright e o reivindiquei como meu
melhor amigo.

Eu tinha dezesseis anos quando lhe dei minha virgindade.

Agora, aos 20 anos, as linhas de nossa amizade ficaram confusas à medida que
nosso relacionamento muda para algo diferente.

Algo mais profundo.

Não era para acontecer assim.

Eu não deveria apaixonar-me pelo meu melhor amigo.

Ele não deveria se apaixonar por mim.

E quando finalmente confessamos nossos sentimentos, ele não deveria ter


namorada.

Mas apaixonar-me pelo meu melhor amigo foi fácil.

Foi o que veio depois que quase nos destruiu.

Spring Semester pode ser lido como romance independente.


Duas almas às vezes são criadas juntas e apaixonadas antes de
nascerem.

— F. Scott Fitzgerald —
PRÓLOGO
Leighton

— Nós realmente não deveríamos continuar fazendo isso, Leigh.

Observo enquanto ele puxa seu jeans sobre sua pélvis, bloqueando-me
com sucesso do glorioso pau que estava dentro de mim não mais do que quatro
minutos atrás. Eu estico meu corpo nu que ainda está esparramado na minha
cama e passo meus olhos pelo meu melhor amigo.

— Mas é divertido. — rio e ele me encara. — Ah, vamos, Everett, relaxe.


— rastejo pela cama até onde ele está sentado e descanso minha cabeça em seu
ombro musculoso. — Por que você está tão tenso ultimamente? É sobre sua aula
de química?

— Não. — ele resmunga e se levanta. — Estamos namorando outras


pessoas, Leighton. Não é justo com nenhum deles.

Eu caio de volta nos cobertores e reviro os olhos. — Dificilmente. Você


não a ama, e estou literalmente namorando Adam porque ele faz meu dever de
casa de estatística.

— Esse não é o ponto, Leigh. — ele passa a mão pelo cabelo loiro, os
cachos selvagens e desgrenhados que puxei enquanto sua boca estava entre
minhas coxas.

Eu pulo para fora da cama e sigo sua mão pelo cabelo, empurrando-o
para o lado como amo e sei que ele secretamente também. — Então qual é o
ponto? Ela nem vai ficar. — pisco meus olhos cor de cinza para ele várias vezes
mostrando meu ponto de vista. Colocando para fora. Tenho colocado. Pelo que
parece cem anos.

Ok quatro, mas tanto faz.

Everett e eu somos melhores amigos desde que estávamos na quarta


série e ele bateu em um aluno da quinta série por puxar minhas tranças. Ele
começou a me levar para casa todos os dias pelo resto do ano para que ninguém
mexesse comigo e, a partir de então, éramos inseparáveis. E então, seis anos
depois, nossos genitais se tornaram inseparáveis.

Estamos agora em nosso primeiro ano de faculdade em Camden Graf,


em Washington DC, depois que ambos voamos na gaiola de nossa pequena
cidade no Arizona. Meus pais me disseram que eu só poderia ir tão longe se
Everett viesse também, então passamos todo o último ano do ensino médio
estudando – e não apenas a anatomia um do outro – e ambos fomos aceitos
cedo.

Mas agora, com quase vinte anos, Everett e eu ainda estamos fazendo a
mesma merda, em um dia diferente e, evidentemente, ele desenvolveu uma
consciência culpada.

Não importa que ele tenha aquele pesadelo loiro de uma namorada
primeiro. O que eu deveria fazer? Sentar e vê-los se beijando? Eu precisava de
algo... bem, alguém para passar o tempo até que ele se cansasse dela. Assim
como na escola quando ele namorou Arianna Drake. A garota mais popular da
escola, líder de torcida, Rainha do Baile – era tudo tão clichê que eu podia gritar.
Mas, para minha surpresa, Everett veio até mim depois de cada
encontro que teve com ela para que eu pudesse apagar seu cheiro. Isso durou
três meses antes de eles se separarem. Ele não namorou ninguém em nosso
primeiro ou segundo ano de faculdade, pois estávamos basicamente grudados no
quadril, literalmente, com essa liberdade recém-descoberta de não ter toque de
recolher e poder dormir na mesma cama ou ficar no quarto um do outro com a
porta fechado. O colega de quarto de Everett tinha uma namorada mais velha que
morava fora do campus, então ele raramente estava lá, o que significava que
basicamente me tornei colega de quarto honorária de Everett. E agora, no
penúltimo ano, nós dois moramos fora do campus com nossos próprios quartos.

Seus olhos azuis disparam para os meus, e sei pelo tamanho de suas
pupilas que ele está ficando irritado comigo. — Me desculpe, porra, eu mesmo te
disse isso, — ele vocifera e franzo meus lábios em seu comentário hostil. Lábios
que sei que estão inchados e vermelhos de sua mordida constante.

Everett Cartwright é o menino de ouro. A estrela americana do lacrosse,


o rei do baile e a borboleta social - podemos chamar os caras de borboletas? Seja
como for, ele é perfeito. Ele faz caridade... em algum lugar... e sempre tenta fazer
a coisa certa. Everett, que não está apenas traindo sua namorada igualmente
perfeita, mas fazendo isso com sua melhor amiga não tão perfeita que ele gosta
de morder, sufocar e foder.

— Porque você me conta tudo. Agarro sua bunda enquanto atravesso


meu quarto para vestir uma de suas camisetas de lacrosse.
— Isso é meu? — ele puxa seu moletom sobre o torso, me dando um
pequeno vislumbre de seu delicioso corte em V quando sua camiseta sobe.

Olho para baixo e depois para ele. — Sim?

— Por que você tem isso?

— Não sei. Eu gostei. — dou de ombros.

— Não use isso perto de Alli. — ele resmunga e reviro os olhos. — Ela já
acha que estamos transando.

— Bem, nós estamos.

— Nós estavamos.

— Claro, Cartwright. — prendo meu longo cabelo castanho escuro em


um rabo de cavalo alto. Cabelo que agora é um ninho de rato completo devido
aos puxões incessantes de Everett. Cabelo que Everett me disse em várias
ocasiões o quanto ama. Eu o peguei em muitas ocasiões submergindo seu rosto
em meus cabelos e respirando meu cheiro como se fosse sua máscara de
oxigênio. Eu pensei em cortá-lo, mas Everett ficou de joelhos e implorou - tanto
com suas palavras quanto com um orgasmo - para mantê-lo por muito
tempo. Então, agora meu cabelo está a poucos centímetros da minha cintura.

— Estou falando sério, não devemos continuar fazendo isso. Não é justo
com Alli ou... Adam. — ele cospe seu nome como se tivesse um gosto horrível.

— Por que você diz o nome dele assim? — Coloco um fio de cabelo
atrás da orelha enquanto ligo meu laptop para começar meu trabalho de filosofia.
Eu encontro seu olhar assim que a raiva passa por eles. — Ele é errado
para você, Leigh.

— Eu sei. Você ouviu a parte sobre meu dever de casa de


estatística? Não é como se eu tivesse você para enganar mais. Você teve que ir e
fazer estatísticas no ano passado, — lamento.

— Eu disse para você ir comigo. Mas estamos fugindo do assunto.

— Qual assunto?

— Você está dormindo com ele? — ele deixa escapar e as palavras


pairam no ar entre nós. Eu digo a ele a verdade? Ou vou mentir e mantê-lo na
ponta dos pés. Pense rápido, Mills. — O quê?

— Você me ouviu, Leighton Alexandra Mills. Você está dormindo com


esse idiota?

— Ooooh nome completo, você vai me bater agora? — agito meus cílios
para ele.

— Responda-me, — ele range.

— Importaria se eu estivesse?

Se eu não o conhecesse melhor, diria que ele parece magoado. Ou


talvez esteja com ciúmes. Eu sei porque sei como é o ciúme. Meu coração dispara
toda vez que ele sai para se encontrar com Alli depois de estar comigo. E o olhar
de Alli toda vez que ela olha para mim quando percebe que ele passou a tarde
inteira comigo. Alli e eu nos odiamos pelas mesmas razões, mas diferentes. É algo
que empurrei no fundo da minha alma e nunca me deixei pensar.
Ela não ama Everett, e eu amo.

Ele nunca vai te querer assim. Eu ouço suas palavras claras como o dia
ressoando em mim.

— Isso está feito, Leighton. Terminamos.


CAPÍTULO 1
Everett

Paro por um segundo depois de bater a porta da frente de Leighton


atrás de mim. Estou meio que esperando que ela corra atrás de mim e me diga
que não dormiu com Adam. Que ela nunca deixou ninguém tocá-la além de
mim. Que me pertence. Mas então eu me lembro que minha melhor amiga
teimosa, atrevida, mais sexy que o pecado não corre atrás de ninguém. É por isso
que os homens ficam loucos por ela.

É por isso que sou louco por ela.

Desço em direção ao meu jipe antes de lançar um último olhar para a


porta da frente. Eu mal tinha comprimentado a colega de quarto dela que estava
sentada no sofá com literalmente uma xícara de chá, pronta para ouvir as últimas
da saga Leighton e Everett. Skyler Mitchell é mais perspicaz do que a maioria e
pegou nosso pequeno segredo sujo segundos depois de nos conhecer, o que me
levou a suborná-la com Starbucks de um ano para manter seus pensamentos para
si mesma. Ela é a presidente do comitê — Leighton e Everett se amam— e fez
questão de nos chamar a atenção toda vez que tento escapar do quarto de
Leighton.

Ou quando temos nossas festas do pijama.


Mas ela passou o primeiro semestre aqui transando com seu professor,
então ela não está em nenhum lugar para julgar alguém por relacionamentos
inadequados.

Você não está em um relacionamento com Leigh, babaca, minha mente


grita comigo, e meu pau imediatamente protesta. Por que diabos não estamos?

Meu telefone apita me tirando de meus pensamentos e desanimo


quando percebo que é Alli, que também serve como um lembrete de por que não
estou em um relacionamento com Leigh.

Alli Chem Lab: Oiii! O que você está fazendo?

Jogo meu telefone para o lado, planejando ignorá-la por enquanto,


quando meu telefone começa a tocar. Sentimentos de pavor me inundam
instantaneamente quando pressiono o Bluetooth no meu carro. — Oi, Alli.

— Querido, você pode vir comigo para esta festa hoje à noite?

Deixo escapar um gemido baixo quando sua voz vem pelo alto-
falante. — Esta noite? Eu meio que tenho que estudar.

— É sexta-feira à noite, vamos lá... — ela choraminga. — A propósito,


onde você está? Eu mandei uma mensagem para você algumas vezes.

Tradução: Você está com Leighton de novo?

— No carro.
— Oh... — ouço a pergunta em apenas uma palavra. — Bem, onde
você estava?

Solto um suspiro. — Biblioteca. — A mentira sai antes que eu possa


pegá-la, e estremeço com o fato de estar sendo desonesto com ela. Mas estou
cansado do mesmo velho por que você sai tanto com Leighton? Você a vê mais do
que a mim. Está começando a me dar nos nervos.

Então termine com ela!

Eu sei que fiz isso comigo mesmo. Convidei Alli para sair para provocar
o ciúme de Leighton, mas tudo o que fez foi fazê-la arrumar um namorado.

Porra de idiota. Odeio esse cara. Agarro o volante pensando nele


transando com ela.

Sobre ele a beijando. Tocando. Apenas... estando perto dela.

Tudo isso me deixa irado.

Ela não dormiria com ele.

Diga-me que não está dormindo com ele, Leigh.

— Everett? — Sua voz me desperta e esfrego minha testa quando chego


a um semáforo. — Sim. Quero dizer, sim, encontro você em qualquer lugar.

— Um grupo de nós está ficando na minha casa. Venha cedo?

— Sim, tudo bem. Certo. — paro na minha vaga de estacionamento do


lado de fora da casa que compartilho com dois outros caras do time de lacrosse.

— Ok... e querido?
— Ahn?

— Não traga Leighton.

***

Atravesso a porta da minha casa ao som de aplausos e viro a esquina


para ver meus colegas de quarto Pat e Dave jogando Xbox.

— Ei, babacas. — caio no sofá ao lado deles e apoio meu pé na mesa de


café. Um cachimbo fica em cima dele, me provocando, e se eu tivesse certeza de
que não faria um teste de drogas este mês, eu cederia. Eu alcanço o saco de
Doritos ao lado dele.

— Como está a esposa? — Pat pergunta sem se virar.

— Como está a italiana fofa? — Dave pergunta e gemo pensando na


obsessão de Dave com Skyler.

— Skyler ainda está presa. E... Leighton não é minha esposa.

— Para sua decepção, — Pat interrompe. — O que não sei por que você
está tão chateado. Você está dormindo com duas garotas e a mais gostosa nem se
importa. — ele acena com o braço enquanto vejo o time de Dave enfrentar o de
Pat. — AH, QUE PORRA!

Cerro os dentes, tentando não me incomodar que ele tenha chamado


Leighton de gostosa. — Eu não dormi com Alli.
Ambos largam seus controladores e se viram. — Pare com essa merda,
— Pat diz para Dave. — O quê? — Pat pega o cachimbo, acende e dá uma longa
tragada. — Você não está fodendo Malibu Barbie?

Reviro os olhos e me levanto. — Estou fora daqui.

— Não, espere, espere, espere, não dê ouvidos a esse idiota, — diz


Dave. Ele olha para mim e depois para Pat. — Mas por quê?

Dou de ombros, enquanto penso sobre por que mantive Alli à distância.

Você sabe porquê.

— Você pode apenas ser homem e dizer a Leighton que você a ama, seu
covarde? — Pat se vira. — Despause, eu já tive o suficiente dele. — eles se voltam
para a televisão e mostro os dois dedos do meio para cada um deles.

Subo as escadas em direção ao meu quarto e me jogo na cama antes de


pegar meu telefone.

Talvez eu devesse ligar para Leighton.

De jeito nenhum, você sempre cede primeiro.

— Foda-se, — grito enquanto pressiono seu contato. Ela atende no


primeiro toque e eu não consigo parar o sorriso puxando meus lábios que talvez
ela estivesse esperando que eu ligasse.

— Everett.

— Leighton.

A linha está silenciosa, e juro que posso ouvir seus nervos pelo telefone.
— O que você quis dizer quando disse que terminamos? Quer dizer que
você terminou... comigo?

Eu ouço a tristeza em sua voz e meu pau traidor imediatamente


endurece quando imagino seu lábio inferior se projetando enquanto ela torce um
fio de cabelo em torno de seu dedo. — Não. Eu não deveria ter dito isso. Claro, eu
não terminei com você. Sempre seremos amigos, Leigh. Eu a ouço fungar e me
sento na minha cama para ouvir mais de perto. — Leigh, você está... chorando?

— Não, seu idiota, alergias.

Eu sorrio. — Você não tem alergia.

— Bem, tanto faz. Você estava sendo um idiota!

O sorriso cai e minhas sobrancelhas franzem em aborrecimento. —


Você não me diria se estivesse transando com outro cara!

— Por que isso Importa?!

— Porque é foda, Leighton, — eu vocifero.

— Não, tudo bem! Não, não dormi com Adam. Mas acho que deveria, já
que você não vai mais me foder.

Retroceda, Cartwright. Recue! — Eu não...

— Você disse que não deveríamos fazer mais isso. Então, o que, você só
estava dizendo isso para me irritar?

Sim, tipo isso. — Bem, não... — eu minto.

— Então, você quis dizer isso?


Esfrego uma mão sobre meus olhos. Isso não vai acabar bem. — Você
está sendo uma vadia, Leigh.

— E você está sendo um idiota! — ela argumenta de volta.

Nada de bom virá disso. Saia do telefone. — Eu tenho que ir. Falo com
você mais tarde.

— Ok. — Clique.

***

Deixei-me pensar na minha conversa com Leighton por uma hora antes
de me levantar para tomar banho esperando que isso ajudasse a aliviar a tensão
de discutir com minha melhor amiga. Eu deixo minha cabeça cair para trás para
permitir que a água quente do meu chuveiro chova no meu rosto e no meu
torso. Meus ombros parecem que estão em nós e minhas costas estão tensas e
rígidas. Eu odeio brigar com Leighton; isso me faz sentir como se tivesse ido
fisicamente para a guerra.

Minha cortina do chuveiro desliza sobre o metal, e meus olhos voam


imediatamente para quem diabos está no banheiro quando Leighton entra no
chuveiro comigo.

Meus olhos se arregalam ainda mais quando percebo que ela está
realmente aqui. Parecendo sexo em uma porra de uma vara. — O que você está
fazendo? — pergunto, embora a capacidade de falar esteja diminuindo
lentamente enquanto observo seu corpo perfeito. Ela é magra por causa do
futebol e, embora esteja fora de temporada, ela ainda treina três vezes por
semana com o time. Meus olhos percorrem seu rosto. Olhos arregalados que
geralmente estão delineados com delineador e cílios que estão sempre
perfeitamente curvados agora estão vazios de qualquer coisa. Uma camada de
sardas cobre seu nariz como se ela tivesse sido polvilhada com canela, e observo
enquanto ela o amassa daquele jeito fofo que faz quando está tentando conseguir
o que quer comigo. Eu sigo a trilha para suas maçãs do rosto e seu beicinho que
está atualmente franzido, esperando que eu a beije.

Suas feições são tão marcantes que levo um minuto para recuperar o
fôlego ao redor dela. Sua mãe é das Filipinas e seu pai é da Escócia, dando a ela
um visual exótico que faz as cabeças girarem em todos os lugares que ela vai. Sua
pele é naturalmente bronzeada devido às suas raízes filipinas, o que lhe dá um
brilho de bronze o tempo todo e me faz querer correr meu nariz por toda a pele
para sentir o cheiro do sol nela. Eu corro meu olhar por seu corpo, querendo tocá-
la. Reivindicá-la.

— Eu vim para me desculpar, — ela sussurra, — Mas pelo jeito que você
está olhando para mim, parece que estou perdoada. — olho para ela enquanto
seus dentes roçam seu lábio inferior. — Eu odeio quando você está com raiva de
mim.

— Eu também odeio. — me aproximo e me inclino, pressionando meus


lábios em sua clavícula e beijos em seu peito. Minhas mãos agarram seus quadris
e a puxo contra meu peito, seus mamilos duros roçando meu abdômen e
deixando meu pau ainda mais duro.

— Beijar e fazer as pazes? — ela sussurra e quando eu me afasto, vejo o


olhar diabólico em seus olhos. Foder e fazer as pazes é mais parecido com isso.

— Foda-se, sim, — vocifero para ela enquanto capturo sua


boca. Esfrego minha língua contra a dela, alimentando-a com minhas desculpas
da única maneira que posso com Leighton. O que temos é sagrado, e não acho
que seja uma conexão que vá desaparecer. Nunca senti por ninguém o que sinto
por ela. Ela é minha melhor amiga e às vezes sinto minha outra metade. Ela me
entende em um nível que ninguém mais entende, e odeio a ideia de que um dia
alguém possa conhecê-la melhor do que eu.

— Você está na sua cabeça. — ela passa as mãos pelo meu peito e as
pressiona no meu coração. — E seu coração está batendo forte. O que está
errado?

— Nada, Leigh. — sorrio para ela, não querendo entrar nisso agora.

Ela faz beicinho e envolve os braços ao meu redor, empurrando a


cabeça para o meu peito. Meu pau descansa contra sua barriga e se contorce
quando sua pele lisa esfrega contra mim. — Eu não... dormi com Adam ou
qualquer um... enquanto estivermos... — ela para. — Tenho mais respeito por
você do que isso.

Eu não digo nada em resposta. Em vez disso, pergunto: — Pat e Dave


ainda estão lá embaixo? — ela acena com a cabeça enquanto eu a noto tentando
piscar as lágrimas de seus olhos. — Bem, mantenha-se quieta quando você gozar,
sim? — sorrio para ela.

***

— Oh, meu DEUS! — ela grita. Sim, grita assim que minha língua se
move em seu clitóris. Ela grita como se estivesse em uma cena de O Exorcista. Eu
sinto seus dedos se movendo contra meu couro cabeludo enquanto ela esfrega
meu rosto, tentando o seu melhor para perseguir o orgasmo que estou
prolongando. — Jesus, Everett, por favor.

Eu cavo meus dedos em suas coxas, as unhas mordendo sua carne


enquanto mordisco o espaço entre suas pernas. Ela sempre teve gosto de mel
sobre sua pele. Doce, delicioso, requintado. Eu brinquei com minha namorada no
ensino médio, e ela não tinha nem metade do gosto de Leighton.

Leighton também teve um maldito ataque quando descobriu, então, no


geral, essa experiência não foi agradável. Ela não falou comigo por uma semana
depois, e eu finalmente tive que aparecer na casa dela quando eu sabia que seus
pais não estavam em casa e prendê-la para fazê-la falar comigo. Terminou comigo
comendo sua boceta por uma hora e meia.

Até hoje, eu ainda não acho que ela superou isso.

— Goze, querida. — deslizo minhas mãos sob sua bunda e aperto com
força. Eu ouço a palavra b mesmo quando ela goza, e sou grato por Leighton estar
muito perto de seu orgasmo para ouvi-la. Deslizo dois dedos em sua boceta
enquanto continuo a lamber seu doce clitóris. Seu corpo fica completamente
relaxado e sorrio ao testemunhar sua total submissão. — Abra seus olhos, —
ordeno, e vejo enquanto ela luta para abri-los, mas finalmente o faz e eles
pousam em mim e vejo que suas pupilas estão dilatadas e cheias de luxúria.

Eu sei o que estou fazendo e sei o que quero ouvir. Eu sempre quero
ouvir isso depois que brigamos, e sei como tirar isso dela. Seus olhos se enchem
de lágrimas e vejo uma delas escorrer pelo seu rosto e eu gostaria de poder
lambê-la. Eu levanto uma sobrancelha para ela, como se eu a estivesse
desafiando a vir e então ela vem. Difícil.

— Foda-se. Eu te amo, — ela choraminga enquanto agarra os lençóis


debaixo dela.

E assim, mal posso esperar mais um segundo para estar dentro dela. Eu
mal a deixei descer quando estou dentro dela, minha mão em volta de sua
garganta. — Foda-se, — resmungo. — Você ainda vai. Eu enlouquecerei se sua
boceta não cortar essa merda, e eu não estiver usando camisinha.

— Então? — ela consegue ofegar e eu instantaneamente me castigo por


deslizar enquanto ela ainda está no auge de um orgasmo. É provável que ela
concorde com qualquer coisa neste momento. Dê o fora, Cartwright. Eu libero um
pouco de pressão em sua garganta e ela gagueja levemente enquanto tenta
respirar fundo. — Venha... dentro... de mim, — ela consegue engasgar e puxo
meu rosto de seu pescoço para olhar para seu rosto perfeito.
— Oh, porra... — resmungo quando sinto o formigamento familiar em
minhas bolas. — Leighton, eu tenho que sair.

— Não! — ela choraminga, e fecho meus olhos quando sinto isso


chegando. — Eu quero gozar com você. — Eu constringi sua respiração, então
suas palavras estão saindo ofegantes e lentas e sei que ela está prestes a gozar de
novo, então eu libero minha mão de sua garganta. Tudo o que preciso são dois
golpes em seu clitóris quando eu a sinto explodir. Suas pernas deslizam ao meu
redor, seus tornozelos travando atrás das minhas costas para me manter no lugar
enquanto ela se desfaz em meus braços. Seus dedos arrastam pelas minhas costas
com tanta força que eu não ficaria surpreso se ela perfurasse a pele. Seus lábios
estão nos meus em um instante, mordendo e depois beijando a picada de seus
dentes. Eu gozo com um rugido dentro dela, minha cama batendo contra a
parede enquanto eu a fodo implacavelmente.

Quando consigo sair, há um rastro de esperma do meu pau para sua


boceta e assisto paralisado enquanto meu esperma vaza dela. Eu resisto ao
desejo possessivo que corre em minhas veias para empurrá-lo de volta para
dentro. Eu olho para ela antes de deixar minha cabeça cair em seu peito. Depois
de alguns momentos, pergunto a ela: — Você não foi irresponsável com sua
pílula, foi?

— Não. Todos os dias, três da tarde. — E eu me sinto um pouco melhor


sobre nosso sexo imprudente. Normalmente usamos camisinha, mas de vez em
quando, escorregamos e passamos a próxima semana em estado de paranoia
com o pensamento de uma gravidez não planejada. Eu caio ao lado dela em uma
pilha exausta, suas pernas emaranhadas nas minhas enquanto ela se aconchega
ao meu lado. — Eu quis dizer o que eu disse, você sabe.

— Quando? — pergunto a ela.

— Eu te amo, — ela sussurra, e sei que a única razão pela qual ela está
dizendo isso é porque meu quarto está um pouco escuro e completamente
silencioso. O ar está parado e o único som que se ouve é a nossa respiração. Os
momentos logo após fazermos sexo Leighton é vulnerável, suave, e isso me faz
querer contar tudo a ela. Sua guarda geralmente volta em algum lugar entre cinco
e dez minutos depois, então eu sei que preciso falar se eu quiser mantê-la assim.

Eu te amo, Leighton, vamos nos dar uma chance. Eu quero sussurrar


essas palavras no quarto silencioso enquanto as pontas dos dedos dela sobem e
descem pelo meu braço.

— Leighton... — O som de um telefone celular me interrompe, servindo


como um lembrete severo de que existem pessoas fora de nós dois que podem
não estar totalmente de acordo com a nossa tentativa. Eu me encolho quando
percebo que é meu celular. Eu ignoro, sabendo quem provavelmente é quando
sinto Leighton se afastando de mim. — Espere.

— Não, está tudo bem, eu sei que você provavelmente precisa ir. — Eu
não posso vê-la, mas posso ouvir o beicinho em sua voz.

Eu puxo seu corpo de volta para o meu e a coloco ao meu lado antes de
alcançar a lâmpada ao meu lado e acendê-la. Ela aperta os olhos para o súbito
clarão de luz, e isso ilumina a névoa do sexo ao nosso redor. Suas bochechas
estão coradas, seu cabelo está selvagem e descontrolado, e há um sorriso
puxando os cantos de seus lábios inchados. Eventualmente, o telefone para de
tocar, e me preparo para falar novamente quando ela fala primeiro.

— Você quer ficar esta noite? Skyler está no Aidan e Peyton foi festejar
em Georgetown no fim de semana.

Meus olhos saltam para o relógio na minha mesa de cabeceira e sei que
Alli está me esperando em breve. Foda-se. — Eu uhhh, eu meio que tenho planos.

— Planos? — ela pergunta, como qualquer outro plano que eu tenha,


ela deveria estar a par, quando a realização se dá conta dela. — Eu vejo.

— Ei. — alcanço seu queixo e levanto para eu olhar para ela. — Vou
terminar com Alli.

Seus olhos se arregalam e ela desvia o olhar, deixando-os flutuar pelo


meu quarto, presumivelmente porque ela sabe que eu posso lê-la no segundo em
que nossos olhos se encontram. — Você vai? — Pela primeira vez, eu ouço – a
esperança em sua voz.

— Porra. — resmungo enquanto me sento e puxo seu corpo nu para o


meu colo. Minha pele nua imediatamente percebe e meu pau pula em resposta às
suas curvas exuberantes pressionadas contra mim. — Você realmente não
descobriu o que você significa para mim até agora? — ela lança seu olhar para
baixo enquanto afunda os dentes em seu lábio. Agarro seu rosto, querendo olhar
para ela enquanto finalmente digo a verdade. — Eu tenho que soletrar para você?
— sussurro contra seus lábios impedindo-os de tocá-la, mas perto o suficiente
para que ela possa sentir minha respiração. Eu empurro os fios que emolduram
seu rosto para trás e para fora de seus olhos para que eu possa procurá-los por
hesitação ou dúvida sobre o que estou prestes a dizer a ela.

Seus olhos se fecham e sua voz doce me envolve. — O que... e quanto a


Alli? — esfrego meu nariz contra o dela. — Você quer dizer a garota que eu
chamei para te deixar com ciúmes?

Ela se encolhe. — Seriamente? Bem... funcionou.

Respiro fundo, preparando-me para falar em voz alta as palavras que


guardei para mim por tanto tempo. — Não foi minha ideia mais
inteligente. Leighton... é você há tanto tempo.

— Eu? — ela guincha e sei que ela está tentando protelar.

— Sim. Você. — Diga-me que você me quer também, baby.

Eu assisto enquanto as lágrimas deslizam pelo seu rosto e seus olhos se


fecham lentamente. Quando abrem, são tão brilhantes que a água amplifica as
manchas de mel em suas íris. — Ela disse... ela disse que você nunca... me quer...

— Quem disse isso? — Minhas sobrancelhas franzem em questão e


irritação. Quem disse isso claramente não tem olhos.

— Stacey Peters. — ela morde o lábio inferior, o que eu acho que é


vergonha.

— Stacey Peters? Como do ensino médio? — Aquela estágia que passou


metade do nosso último ano enviando descaradamente em meus DMs1?

Ela acena. — Ela disse que você nunca pensaria em mim dessa maneira.

1
Abreviação para "Direct Message", que, em português, significa "mensagem direta"
Eu bufo. — E você comprou essa merda? Você lidou com garotas
vadias. Inferno, você fala fluentemente garota puta, — provoco, e ela estreita os
olhos para mim. — Ela estava com ciúmes, Leigh.

Suas sobrancelhas sobem até à linha do cabelo como se fosse a primeira


vez que ela ouviu a teoria de que garotas atiram em outras garotas porque estão
cheias de inveja. — Com ciúmes?

— Sim, ela me queria... e eu estava tão afim de você. Eu estou tão afim
de você.

— Você está?

Eu rio e bato meus dedos em sua testa. — Deus, você é burra.

— Cala a boca. — ela afasta minha mão. — Então, espere, por que você
está apenas dizendo algo agora?

Porque eu era uma merda de galinha? Eu não acho que eu era bom o
suficiente para você? Eu não acho que você sentiu o mesmo, e não queria
arruinar nossa amizade? Faça a sua escolha, Leigh. — Bem, você não estava
exatamente me enviando sinais de que sentia o mesmo.

— Antes ou depois de passar metade do ensino médio de joelhos na


sua frente? Jesus, Cartwright, como você pode não ver?

— Como você não viu? — pergunto a ela.

Ela pisca os olhos algumas vezes, como se a neblina tivesse se dissipado


e ela pudesse ver tudo claramente pela primeira vez. — Eu nunca pensei... quero
dizer, olhe para você...
— Eu não estou acompanhando.

— Você é gostoso.

— Isso parece ser o consenso entre as senhoras. — ela levanta uma


sobrancelha para mim, e eu rio. — Estou brincando, Leigh, relaxe.

— Mas é isso que estou dizendo: caras como você namoram loiras,
alegres, lindas líderes de torcida… a garota mais popular blá blá blá.

— Quem disse que é isso que eu quero? Além disso, de onde você tirou
a ideia de que não é gostosa? Porque eu tenho certeza que você já viu o jeito que
os caras quase te desnudam com os olhos no segundo em que você entra em uma
sala. Eu basicamente ameacei fazer danos corporais a Pat e Dave na primeira vez
que eles te conheceram. Eles estavam praticamente tropeçando em seus paus no
dia em que me mudei quando apareceu com aqueles minúsculos shorts de
futebol com uma garrafa de tequila.

— Ah, pare. Eles não me veem assim. — ela revira os olhos e eu bufo
com sua ingenuidade.

— Certo, porque eu disse a eles que você estava fora dos


limites. Indefinidamente.

Ela me olha como se não acreditasse em mim, seu olhar estreito e


cético. — Everett…

— Leighton, eu quero fazer isso. Eu quero estar com você. Você quer
estar comigo? — Olho em seus olhos, cor de ônix, enquanto a vejo baixar a
guarda. Suas feições não são duras ou rígidas como quando estamos fora desta
bolha. — Não tenha medo... disso. Eu não te machucarei. Eu não vou nos quebrar.

Seus olhos se enchem de lágrimas como se eu tivesse falado seus


maiores medos em duas frases. Eu limpo a umidade debaixo de seus olhos e a
puxo para o meu peito. — Diga sim, Leigh. Por favor.

— Sim. — ela se afasta e me encara. — Foda-se sim.


CAPÍTULO 2
Everett

Os sons de Cardi B me cercam no segundo em que entro na casa de


Alli. Sua casa tornou-se famosa por seus pré-jogos – eles são basicamente festas
completas antes da festa, então não estou chocado com o número de pessoas
aqui. Meus olhos varrem sua sala de estar enquanto observo as pessoas tentando
jogar moedas em um copo e dois dos meus companheiros de time de lacrosse
jogando beer pong. Eu aceno para eles enquanto vou para a cozinha, onde
presumo que encontrarei Alli tirando muitas fotos e selfies com suas irmãs da
fraternidade.

— EVERETT! — ouço meu nome gritado por algumas garotas diferentes


enquanto chego à cozinha, e então Alli está em meus braços, estendendo a mão
para me dar um beijo. Eu rapidamente evito seus lábios e consigo sair de seu
alcance sem envergonhá-la completamente. Seu cabelo loiro platinado está
enrolado e fluindo pelas costas e seus olhos azuis fortemente maquiados são
brilhantes e iluminados, provavelmente devido a muitas fotos. Seus lábios estão
vermelhos brilhantes, servindo como um lembrete para mantê-los longe de
qualquer parte de mim.

— Estou tão feliz que você está aqui. — ela ri. — Você quer uma
bebida? — ela segura o copo solo vermelho que cheira a vodka pura na minha
boca e dou um passo para trás.
— Não... na verdade, Alli, você acha que nós poderíamos ir lá para cima
por um segundo? — Preciso ficar a sós com Alli, e sugerir que 'conversemos' seria
a maneira mais rápida para ela me evitar a noite toda.

— Ah... — ela sorri e levanta uma sobrancelha. — Lidere o caminho. —


ouço as amigas dela rirem e aplaudirem, e quando saímos, alguém grita: — Acabe
com isso! — assim que chegamos às escadas.

Reviro os olhos enquanto a sigo até seu quarto e fecho a porta. Só


estive aqui algumas vezes, e tenho certeza de que esta será a última. Deixo meus
olhos vagarem pelo quarto enquanto me preparo para terminar com Alli, e uma
pontada de culpa passa por mim. Não por terminar com ela porque foda-se. Eu
quero Leighton. Mas culpado por tê-la envolvido em primeiro lugar. Alli é uma
garota legal, embora um pouco pegajosa e irritante; ela é um doce, e é óbvio que
realmente gosta de mim, e estou prestes a terminar com ela depois de ter
passado os últimos três meses transando com a garota por quem estou
apaixonado pelas costas.

Eu me sinto como um idiota do caralho.

Mas, eu não sou um idiota. Preocupo-me com os sentimentos das


pessoas e não pretendia magoar Alli.

Eu nem estava planejando continuar dormindo com Leigh quando


começamos a namorar.

Alli e eu estávamos namorando há duas semanas quando Leighton e eu


ficamos bêbados e acidentalmente voltamos aos nossos velhos hábitos. E então
fizemos isso mais três vezes naquela manhã.
Ela pula na cama, quicando algumas vezes porque o álcool
provavelmente a deixa um pouco desorientada e aponta o dedo para mim.

— Alli... — paro. — Não é por isso que eu queria vir aqui.

— Oh vamos lá. Quando você já vai me foder? — Ela alcança a bainha


de sua camisa quando eu levanto a mão. Eu vi os peitos dela quando ela me
mostrou — e Dave e Pat, devo acrescentar, — mas fora isso, mantive as coisas em
segredo sobre a ação das roupas.

— Pare, Alli. Quer saber, eu deveria ir e podemos conversar sobre isso


quando você estiver sóbria. Eu alcanço a maçaneta quando ouço sua voz
estridente perfurando o ar.

— Espere! Falar de quê? — Ela está fora da cama e de pé na minha


frente. Seus braços estão cruzados e empurrando seus seios para cima deixando
seu decote mais definido. Ela morde o lábio inferior e, apesar do fato de me
deixar mais duro do que granito quando Leighton faz isso, não sinto nada.

Eu puxo minha orelha, o que Leighton diz ser o meu aviso de que algo
está me incomodando. Um sinal, tenho certeza, está perdido em Alli. — Isso...
nós... Alli, não está funcionando.

— O... o quê? O que você quer dizer?

— Isso foi divertido, mas...

— Isso foi divertido? Que porra? Você está terminando comigo? —


ouço a inflexão em sua voz e fico imediatamente irritado. Alli tem uma opinião
muito boa de si mesma, o que é ótimo para ela, mas o ato da princesa é irritante
pra caralho.

Eu limpo minha garganta em uma tentativa de mascarar a irritação. —


Sim, Alli, eu estou. Não é justo para nenhum de nós.

— O que isso significa? — Eu não digo nada enquanto me preparo para


expressar isso tão delicadamente quanto posso quando ela bufa. — É
sobre ela, não é?

Eu fecho meus olhos e belisco a ponta do meu nariz enquanto me chuto


por deixar isso se tornar sobre Leighton. — É sobre um monte de coisas, Alli.

— Besteira. Isso é sobre sua amizade tóxica e codependente


com Leighton. — ela cospe seu nome como se a repugnasse, e mordo minha
língua para evitar dizer qualquer coisa.

— Trata-se de fazer o que me deixa feliz, Alli, e de querer fazer a coisa


certa.

Ela dá um passo para longe de mim e vira as costas para mim. Seus
ombros estão curvados em torno de suas orelhas, e posso sentir a tensão
irradiando dela em ondas. — Você ama ela? — ela sussurra. Eu não digo nada e
quando ela se vira, espero odio ou raiva, mas tudo que vejo é tristeza e mágoa.

— Eu nunca quis te machucar, Alli. Isso é comigo. Eu assumo a


responsabilidade por isso, eu só... eu não sabia como entender...

— Entendo. — ela levanta a mão e se deita na cama. Ela olha para mim
com lágrimas nos olhos. — Você a ama.
— Sim. — Minha voz não é baixa ou nervosa, é forte e cheia de
convicção. Posso me sentir mal, mas estou falando sério sobre como me sinto em
relação a Leighton, e não vou minimizar isso para ninguém.

— Por que... por que não eu? — ela não olha para mim, seus olhos azuis
fixos no chão enquanto ela fala suas inseguranças no quarto silencioso.

— Eu me importo com você também.

Você é o pior, Cartwright. Solto um suspiro enquanto me sento ao lado


dela na cama. — Eu nunca tive muito controle sobre meus sentimentos por
Leigh. Você não pode controlar quem você ama, Ali. Lamento não ter percebido
antes. — Eu sei que estou distorcendo um pouco a narrativa, mas não quero ir
mais fundo dizendo a ela que eu estava muito ciente dos meus sentimentos por
Leighton.

— Ela sabe quão sortuda é? Você nunca olhou para mim do jeito que
você olha para ela. Você acha que estava escondendo? Você a encara com
estrelas nos olhos.

Eu quero dizer a ela que eu sou o sortudo, mas me abstenho de dizer


isso ou o fato de que ela nunca deveria ter me tolerado olhando para outra
mulher. — Eu sou um idiota, e tudo que posso dizer é que sinto muito, Alli, mas
há uma centena de caras que morreriam para estar com você.

— Só não você…
— Você vai encontrar alguém, Alli... que olhe para você assim. — ela
não diz nada por um momento e fico me perguntando se essa conversa está
prestes a tomar um rumo feio. — Por favor, não me odeie.

Ela solta um suspiro e se levanta. Eu ainda posso ver a mágoa escrita em


todo o seu rosto, mas também vejo sua guarda subindo. — Bem, você pelo menos
vai hoje à noite? Não quero contar a todos os meus amigos que acabei de levar
um fora.

— Al...— Eu quero dizer a ela que não me importo porque tudo que eu
quero é me enroscar na cama com Leighton e fazer amor com ela até ao sol
nascer, mas talvez eu deva isso a Alli.

— Por favor, Everett! Você prometeu que iria comigo. Eu não quero ser
a única perdedora sem um encontro.

— Você não é uma perdedora, e tenho certeza de que muitos de seus


amigos são solteiros. — Sem mencionar que um mixer de fraternidades é
provavelmente o lugar perfeito para encontrar um novo cara.

— Everett! Eu não te pedi muito... e você está terminando comigo por


outra garota. Só estou pedindo que você me dê esta noite. — seus olhos
suplicam, quase implorando.

— Eu não vou fingir que estamos juntos. Sem beijos, sem toques,
Alli. Nós não estamos juntos, — digo a ela. A última coisa que preciso é fazer uma
charada ridícula e ter de volta para Leighton que nós estávamos um sobre o outro
em alguma festa.
Foda-se isso.

— Tudo bem, Everett. — ela não diz nada antes de passar pela porta do
quarto e sumir de vista.

Este parecia ser um rompimento bastante amigável. Eu esperava que


Alli jogasse coisas e tivesse um ataque e possivelmente me batesse; Poderia ter
sido muito pior.

O que são algumas bebidas em uma casa de fraternidade?

***

Puta merda, tudo dói.

O latejar atrás dos meus olhos é exacerbado pelo fato de que estou a
segundos de vomitar. Meu estômago revira no segundo em que movo a cabeça, e
congelo enquanto espero a náusea passar. Porra, estou de ressaca. Tento me
mover para o meu lado, sabendo que sempre me sinto pior quando estou deitado
de costas e consigo esbarrar em alguém. — Foda-se, — resmungo. — Leighton. —
Eu quero abraçar ela apesar da minha ressaca, e franzo a testa quando tudo
parece... diferente. Seu cabelo parece diferente e a pele dela — a pele nua que
conheço tão bem quanto a minha parece estranha.

Abro um olho e eles quase voam para fora do meu crânio quando vejo
quem está na cama ao meu lado.
Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus. Olho em volta percebendo que
estou no quarto de Alli e Alli está na cama bem ao meu lado, dormindo
pacificamente. Fecho os olhos e rezo para que seja um sonho, mas quando os
abro, ainda estou neste pesadelo infernal.

— QUE PORRA?! — grito enquanto me sento tão rápido que estimula


minha náusea. Mas a ressaca não tem nada a ver com o fato de que estou nu na
cama com uma mulher que não é Leighton Mills.

— Oh meu Deus, owwww, — Alli geme enquanto seus olhos se


abrem. — Jesus, Everett, muito alto? — ela se senta e percebo que
ela também está nua quando o lençol cai abaixo do peito.

— Que porra é essa, Alli! — Estou fora da cama e vestindo minha boxer
que encontro no chão ao lado da cama.

Ela coloca as mãos sobre os olhos e geme. — O que você quer dizer,
que porra é essa?

— Por que estamos na cama juntos? Que porra estou fazendo aqui? —
Eu quebro meu cérebro enquanto tento me lembrar do que diabos aconteceu
ontem à noite que teria me trazido aqui, mas não me lembro muito depois de sair
do pré-jogo de Alli. — O que aconteceu?

— Bebemos. — ela ri. — Tomamos muitos tiros.

— Besteira. Acho que tomei uma cerveja antes do jogo e uma dose de
gelatina.
— Mas você bebeu muito na fraternidade. — Por que diabos eu faria
isso? Eu encontro minha calça jeans e pego meu telefone. Estou irado pra caralho
quando não consigo encontrá-lo. Quando foi a última vez que falei com Leighton?

— Onde está meu telefone, Alli? — vocifero.

— Não sei! E você está realmente em cem agora. Eu precisarei que você
diminua o tom. — ela fecha os olhos e esfrega as têmporas.

— Foco! O que aconteceu quando voltamos aqui?

— Bem... eu acho que isso é óbvio, não? — ela olha por baixo do lençol
e depois aponta para mim e depois volta para seu corpo nu.

Suas implicações ecoam em minha mente e meu coração começa a


bater forte. — Nós não fizemos sexo, — grito. Não sei se estou tentando ignorar o
que está escrito na parede ou me apegar à esperança de que as coisas não sejam
o que parecem, mas o olhar no rosto de Alli prova que estou apenas brincando
comigo mesmo.

— Sim... Everett, nós fizemos.

O doce sorriso de Leighton passa pela minha mente. Ela se contorcendo


debaixo de mim ontem, depois que decidimos finalmente dar aquele passo que
nós dois queríamos por muito tempo. Ela sussurrando em meu ouvido que ela me
amava assim que ela gozou em torno do meu pau. Eu não foderia isso. —
Não. Eu... eu não teria feito isso. Não tem jeito.

— Sério? Uma mulher nua na cama com você, e você recusaria?


— A menos que você milagrosamente se torne Leighton, sim. Eu teria,
— vocifero, e suas sobrancelhas disparam para a linha do cabelo.

— Você estava me traindo com ela, não estava?

— Qual foi a sua primeira pista? — estalo. Estou atacando e eu sei


disso. Estou com raiva. Lívido. Irritado. Sem mencionar a violenta ressaca. Eu
queria destruir todo mundo porque sei que no segundo em que Leighton souber a
verdade, isso destruirá a nós dois.

Ela deixa sua cabeça cair e a balança lentamente e começo a me


arrepender de deixar escapar minha confissão. — Eu sou tão estúpida.

— Você não é estúpida, Alli. Você simplesmente não é ela.

— Bem, claramente ontem à noite seu pau não se importou.

A bile sobe na minha garganta e engulo. Não. Eu não trairia


Leigh. Nunca. Eu coloco minha camisa e pego minha jaqueta. — Foda-se isso. Eu
não acredito em você. — balanço minha cabeça e passo a mão pelo meu cabelo.

— O quê? — ela franze os lábios.

Coloco a mão na testa para tentar acalmar a dor de cabeça que está
piorando a cada segundo. — Que nós fodemos? Eu não compro.

— Quero dizer, é meio óbvio, Everett. Eu acho que você está em


negação.

— Eu não... eu não poderia fazer isso com ela. — ouço a súplica na


minha voz, e me pergunto quem estou tentando convencer. Ela ou eu.
O fogo queima em seus olhos e se olhares pudessem matar, eu seria um
homem morto. — Mas você poderia fazer isso comigo? — ela zomba e revira os
olhos. — Você sabe o quê? Essa merda de cara legal que você colocou é tudo uma
encenação. Então talvez você devesse largar isso agora. — ela desce da cama nua
e veste uma camiseta. — Agora, saia da minha casa.
CAPÍTULO 3
Leighton

O som da porta do meu quarto fechando me tira do sono. Por um


momento, estou desorientada e imediatamente alcanço Everett, como presumo,
ele deslizou na minha cama depois que terminou de brincar com Alli.

Graças a Deus, ele terminou com ela.

Eu franzo a testa quando sinto lençóis frios sob meus dedos, e me sento
levemente enquanto a névoa pós-sono se dissipa. Lembro-me rapidamente do
que aconteceu pouco antes de fechar os olhos e sentimentos de inquietação
assombram minha pele.

O telefone de Everett estava desligado.

Ele parou de responder minhas mensagens no meio da noite e eu nunca


mais ouvi falar dele. Agora, não era inédito que seu telefone morresse, mas ele
sabia meu número tão bem quanto sabia o seu próprio, então sempre encontrava
uma maneira de entrar em contato comigo quando isso acontecia.

Assim que me sento completamente, meus olhos o encontram sentado


na minha mesa de frente para minha cama, mas olhando para o chão. Seus
ombros estão caídos e seu rosto está triste, quase derrotado. Como quando nosso
time de lacrosse do ensino médio perdeu o campeonato estadual. Ele mal falou
com alguém por semanas. Até eu.

— Ei, — sussurro. — O que você está fazendo aí?


Seus olhos encontram os meus. Eles estão vazios e sem vida e observo
enquanto ele os fecha lentamente e descansa os cotovelos nas pernas. Ele engole
antes de seu olhar encontrar o meu lentamente. — Eu acabei de ganhar você...
e... — ele limpa a garganta. — Leigh, eu estraguei tudo... eu acho.

Temendo o pior, puxo meus cobertores em volta do meu peito


enquanto tento me proteger de tudo o que ele tem a me dizer. De repente estou
congelando, arrepios aparecem em todos os lugares e sinto as lágrimas pinicando
em meus olhos. Eu sinto como se alguém estivesse esmagando meu peito e meu
coração bater tão forte e rápido.

Ele não iria. Ele disse que não iria nos quebrar. Ele prometeu.

— Continue…

— Eu não sei, Leigh. Algo aconteceu... — ele esfrega a nuca. — Eu


realmente não sei o que exatamente.

— Que porra isso significa? — grito. Os arrepios se transformaram em


arrepios completos, e agora sinto minhas mãos tremendo sob o cobertor,
preparando-me para o que ele tem a dizer.

— Eu... eu acordei esta manhã e eu... eu estava tão fodido na noite


passada, Leigh. Mais bêbado do que na noite da festa de formatura de Brian.

Aquela noite é um grande borrão. Tenho flashes dele me fodendo


contra o Maserati de duzentos mil dólares do pai de Brian e depois vomitando
minhas tripas no jardim de rosas da mãe dele. Everett e eu acordamos na manhã
seguinte em um colchão de ar completamente vazio que deveríamos ter
estourado durante a noite com ressaca que duraria dois dias. Para ele dizer quefoi
pior do que isso, significa que eu posso nem querer saber o que ele tem a me
dizer.

Sim, você quer. Chame isso de curiosidade mórbida. Ou talvez a


ignorância realmente seja uma benção?

A ansiedade aperta minha garganta e sinto que não consigo falar. —


Eu... eu tenho que saber? — sufoco.

— Eu prefiro que você ouça isso de mim do que... de qualquer outra


pessoa. — ele olha para as mãos antes de olhar para mim com tristeza.

— Então, há algo para... — engulo as lágrimas que estão se formando


na minha garganta. — … saber. — solto um suspiro. — Apenas me diga que você
não dormiu com ela.

— Eu…

Eu vou matá-lo. Ele não transou com ela esse tempo todo, e AGORA ele
decide? Depois do que aconteceu entre nós ontem? — Everett. — Meu lábio
treme e balanço minha cabeça. — Você não fez.

— Eu... eu não sei. — ele deixa cair a cabeça em suas mãos. — Eu


acordei esta manhã e nós dois estávamos nus, e eu... — Eu não me incomodo em
ouvir o resto antes de sair da cama e correr para o banheiro. Eu o ouço se
movendo atrás de mim, mas bato minha porta na cara dele antes que ele possa
me seguir para dentro.

— SAIA! — grito pela porta.


— Leigh... querida, por favor, não faça isso. Apenas fale comigo. —
Conversar? Falar sobre o quê?

— Não, vá! — bato meu punho contra a minha porta. — VÁ. Estou
falando sério, Everett. Quero você fora da minha casa.

— Eu não me lembro de nada, Leigh! — Eu o ouço dizer, e sua voz soa


derrotada, mas estou muito brava para me importar. Por que ele faria isso? Como
ele pode fazer isso comigo? — Eu não posso dizer com certeza, e Alli diz que sim,
mas eu não acredito. Eu estava tão fodido na noite passada. Não me lembro de
nada!

Abro a porta com tanta força que fico surpresa por não puxá-la das
dobradiças. — Isso deveria me fazer sentir melhor? Isso desculpa tudo? Quê? Eu
deveria estar tão loucamente apaixonada por você que não preciso
responsabilizá-lo por agir como um babaca bêbado? — o empurro com força,
embora ele mal se mova um centímetro. — TE ODEIO!

Seu rosto parece que eu acabei de destruí-lo com essas três palavras.

Bom. Estamos quites agora.

Dificilmente.

— Leigh, baby, apenas... me escute, por favor. Eu te amo. Eu sempre te


amei. Você sabe que eu não faria isso... eu nunca machucaria você.

— Como você chama isso? — grito enquanto solto um suspiro. Eu


balanço minha cabeça, meu corpo finalmente sucumbindo à dor enquanto as
lágrimas deslizam pelo meu rosto. — Eu costumava ver você como essa pessoa
que nunca me machucaria. Mas isso? Isso é besteira. Se você me amasse você
nunca teria se permitiu estar nesta situação. Por que diabos você estava na cama
com ela? Por que você concorda em ir para o quarto dela? Como... como você
pôde fazer isso comigo? Conosco? — As perguntas dela estão chegando
rapidamente, e não sei o que dizer ou como explicar isso para tornar mais
fácil. Fazer com que tudo desapareça.

— Eu... eu não sei, Leigh. Mas você me conhece... — ele pega minha
mão e a coloca sobre seu coração antes que eu possa me soltar. — Você sabe que
eu morreria antes de te machucar.

— Bem, acho que começarei a planejar seu funeral. — digo antes de


arrancar minha mão. Eu enxugo as lágrimas dos meus olhos e dou alguns passos
para longe dele. — Eu deveria saber que isso aconteceria. — balanço minha
cabeça. — Como você o conquista é como você o perde. Só nunca imaginei que te
perderia na noite em que te ganhei.

Seus braços estão segurando meus bíceps com força no segundo em


que as palavras saem dos meus lábios. — Você não tem permissão para jogar essa
merda na minha cara. Você não tem permissão para segurar isso na minha cabeça
como se eu pudesse ser capaz de fazer com você o que fiz com Alli
ou qualquer garota que eu tentei entreter enquanto lido com meus sentimentos
por você. Isso não é justo e você sabe disso.

Justo? Ele está me dizendo o que não é justo? — O que não é justo é
você dizer que me ama e depois ficar com outra garota na mesma noite!

— Eu não sei se eu fiquei com ela, Leigh.


Ele acha que eu sou estúpida? — Besteira. Vocês dois estavam
nus? Algo aconteceu.

Ele passa a mão por aquela cabeça sedosa e linda de cabelos loiros que
eu gostaria de estar puxando quando ele se chocava contra mim. Não,
Leighton. — Eu não posso... eu não posso dizer de uma forma ou de outra. Mas
eu vim até você. Eu poderia ter mentido. Eu poderia ter tentado esconder isso de
você.

— E se Alli não fosse uma vadia tão vingativa que provavelmente está
mastigando enquanto falamos para chegar até mim, você
provavelmente teria escondido isso de mim. Você sabia que Alli iria estragar seu
disfarce. Não tente fingir que está me contando porque está tentando fazer a
coisa certa, Everett. — bufo.

— É isso! Quando eu já menti para você? Sobre qualquer coisa! — As


palavras explodem fora dele.

— Eu não sei, você me diz?

— Olha, — ele vocifera, — Eu entendo que você está chateada, e com


razão, mas não seja infantil.

— ESTOU SENDO INFANTIL?

— Sim, Leighton, você está. Você sabe muito bem que eu nunca menti
para você. Nunca. — Sua voz é dura e fria e por um minuto inteiro, eu juro que
nenhum de nós pisca enquanto seguramos o olhar um do outro. Finalmente, eu
desvio o olhar.
— Tudo bem. — Vou em direção à porta do meu quarto e a abro. — Eu
ainda preciso que você vá embora.

— O... o quê? — Ele dá um passo para trás e uma parte de mim espera
que ele não tente lutar comigo em ficar. Que ele me dê o espaço que
preciso. Inferno, que ele provavelmente precisa também.

— Eu preciso que você vá. — minha voz vacila, sem convicção, e eu sei
que basta um — Leighton— para eu deixá-lo ficar. Eu não sou forte o suficiente
para isso.

Como se pudesse ouvir meus pensamentos, sinto sua mão na minha


bochecha. — Leighton…

Seja forte. Não deixe que ele te chupe. — Não! — choro, as lágrimas
escorrendo pelo meu rosto e afasto suas mãos. — Não... você... você tem que
ir. Preciso de tempo. Eu preciso de espaço.

— De mim? Leighton, ela não significa nada. Eu te falei isso. — Sua voz
está suplicando e sei que preciso que ele vá antes que aquela vozinha no fundo da
minha mente que está me implorando para acreditar nele comece a ficar mais
alta. Eu precisava de espaço para limpar meus pensamentos e não posso fazer
isso enquanto seus olhos azuis estão olhando para minha alma como se ele
conhecesse cada centímetro dela.

— Não importa, Everett. Você me disse que não ia nos quebrar. Você
prometeu!

E você fez na primeira fodida noite.


— Por favor, baby... apenas... podemos superar isso? Diga-me o que
posso fazer, farei qualquer coisa, — implora.

— Não há nada que você possa fazer, Everett. E não sei se podemos. —
balanço minha cabeça enquanto evito seu olhar. — Eu vou te ligar.

— Quando?

— Quando eu descobrir. Quando... não doer tanto. Fecho os olhos e


cheiro sua colônia no meu espaço pessoal.

— Por favor... não. — recuo contra a porta, mas sinto sua presença me
cercando.

— Olhe para mim, querida.

— Não... por favor, — choramingo e odeio o som da minha voz. Eu


pareço tão lamentável e fraca.

Eu odeio isso.

Eu o odeio.

Eu me odeio.

— Por favor, — ele sussurra e posso sentir sua respiração em meus


lábios. — Sinto muito por ter feito isso. — Meus olhos se abrem e sinto o buraco
no meu coração se contrair. — Diga-me como consertar isso. — Suas mãos
seguram minhas bochechas e me derreto nele. Se eu fosse mais forte, eu o
afastaria. Mas eu só quero fingir que isso não é um problema. Eu quero fingir que
isso não ficará escondido nos cantos da minha mente toda vez que ele não
responder minha mensagem ou sempre que ele estiver fora sem mim. Por um
segundo, eu só quero ser Leighton e Everett, duas pessoas que se amam há tanto
tempo e podem finalmente ficar juntas.

Eu não quero ser forte; Eu só quero que ele me ame.

É injusto, realmente. Para o mundo balançar ele na minha frente assim


apenas para arrancá-lo de uma maneira tão cruel. Eu não sabia que o carma
voltava tão rápido. Isso é o que é isso, certo? Carma? Eu dormi com o homem de
Alli, então ela dormiu com o meu?

— Eu não sei se você pode consertar isso, Everett. — olho em seus


olhos da cor do oceano e a dor refletida neles espelha a minha. — Por favor...
apenas vá.

Seus ombros caem com a derrota. — Me ligue... por favor, Leigh.

Eu não digo nada enquanto o vejo descer as escadas


lentamente. Espero até ouvir minha porta da frente fechar antes de cair no chão e
um soluço tão alto e doloroso me rasga.

***

— Foda-se ele, sério, — Peyton White, minha outra colega de quarto,


diz enquanto apoia os pés em nossa mesa de café. — E foda-se seriamente por
me fazer encurtar meu fim de semana em Georgetown. Esses caras do Beta Pi
com certeza sabem como festejar. — Ela toma um gole do rosé direto da garrafa
antes de passar para mim. Eu chamei ela e Skyler para casa com um SOS no
segundo em que consegui me levantar do chão, e na verdadeira forma de melhor
amiga, ambas vieram correndo. Apesar do fato de Skyler ter planejado um fim de
semana romântico com Aidan, e Peyton provavelmente tinha um fim de semana
semelhante planejado com uma fraternidade inteira, elas vieram quando liguei.

Skyler entra na sala com uma segunda garrafa de vinho, meio litro de
sorvete e pelo menos dois cobertores debaixo do braço. — Nós não sabemos com
certeza se ele dormiu com ela e se ele estava tão bêbado, então ele
provavelmente tinha um pau de uísque... — eu a encaro. — SE eles tentassem
alguma coisa!

— Esse não é o ponto! — argumenta Peyton. Ela coça o piercing no


nariz e passa a mão pelo cabelo loiro antes de prendê-lo em um coque. — Por que
ele estava na cama com ela?

— Olá! — aponto para Peyton. — Obrigada? — olho para Skyler como


se dissesse, 'argumente esse ponto, por favor.'

Skyler sopra um cabelo castanho claro de seus olhos e esfrega os


lábios. — Talvez ele estivesse tão bêbado que precisava de um lugar para
desmaiar?

— Nu? — Peyton revira os olhos. — Esse não pode ser seu único
argumento.

Skyler abre o pote de sorvete e me entrega com uma colher. — Não


estou sendo ingênua! Eu só estou... — ela olha ao redor da sala, como eu
suponho que está tentando encontrar as palavras certas. — Everett é tão louco
por você. — ela olha para mim, e olho para o copo de chocolate com menta. —
Ele te ama tanto. Ele sempre amou! Você já viu o jeito que ele olha para você
quando pensa que ninguém está olhando? Você já viu o jeito que você olha para
ele enquanto todos estão olhando? Vocês dois pertencem um ao outro.

— Talvez, mas o cara certo na hora errada ainda é o cara errado, —


argumenta Peyton.

Meu coração fica apertado ao ouvir as palavras de Peyton. O que isso


significa? Eu tenho que esperar ainda mais para estar com ele?

Eu ainda quero estar com ele agora?

— Concordo que talvez você precise de algum espaço para processar


isso. Mas se você ainda não tiver certeza em alguns dias, acho que há uma razão
para isso. Seja honesta com ele, Leighton. Vocês podem ser desonestos com todo
mundo em sua vida, — Skyler diz com um olhar aguçado, — Mas vocês sempre
foram abertos um com o outro.

Concordo com a cabeça enquanto dou uma mordida na sobremesa de


menta e, por um segundo, rezo para que cure a dor no meu peito. — Estou sendo
boba? Quero dizer, eu tenho o direito de ficar brava se ele dormiu com ela?

— Ah, sim? — Peyton interrompe. — Sky disse que quase tirou a porta
das dobradiças quando estava saindo ontem porque achou que você estava
dormindo com Alan!

— Adam, — corrijo.
— Irrelevante! Eu literalmente conheci o cara duas vezes. Não consegui
nem mesmo escolhê-lo em uma escalação, — Peyton diz enquanto pega em suas
unhas.

— Ele está na nossa aula de estatística!

Peyton pega o sorvete de mim e dá uma mordida. — Então?

— Oh meu Deus, fora do assunto. Eu nunca dormi com Adam. Eu digo a


elas.

— E ele disse que nunca dormiu com Alli. Você também disse que ele
estava apenas tentando te deixar com ciúmes, — Skyler diz. — Então, que motivo
ele teria para dormir com ela agora?

— Que razão os idiotas têm para fazer qualquer coisa? O raciocínio está
em seu nome! Eles são uns filhos da puta! — Peyton retruca.

— Everett não é um filho da puta! — Skyler franze a testa, e se eu não


soubesse melhor, diria que ela estava relacionada a ele com o jeito que ela o está
defendendo. — Ele é gentil, carinhoso, atencioso e adora o chão que Leigh
pisa! Literalmente. Acho que se ela pedisse, ele beijaria o chão sob seus pés.

Peyton toma outro gole de vinho, e seus olhos cor de avelã rolam em
um círculo completo. — Olha Leigh, você sabe o que quer que você escolha fazer,
eu te protejo cento e dez por cento. Esta é uma zona livre de julgamento... eu
só... eu não quero ver você se machucando, e sei que é fácil ter uma visão de
túnel quando você está apaixonado.
— Eu sei. — Tomo um gole do rosé e deixo as bolhas escorrerem pela
minha garganta. Eu sei que Skyler e Peyton estão apenas tentando ajudar, e estou
grata por estarem discutindo dos dois lados. Se ambas fossem a favor ou contra
resolver as coisas com Everett, não sei como conseguiria permanecer
objetiva. Skyler é Team Everett e Peyton certamente não é, mas antes de tudo eu
sei que ambas são Team Leighton, que é tudo que poderia pedir as minhas
melhores amigas. Melhores amigas com quem quero ficar bêbada e esquecer
esse dia horrível. Como agora.

Tomo um longo gole da garrafa, engolindo o resto do álcool. —


Podemos obter algo mais forte do que isso?
CAPÍTULO 4
Everett

Uma nuvem de fumaça me cerca sob a iluminação baixa da nossa sala


de estar. O sol está apenas começando a se pôr, no que é possivelmente o pior
dia que tive em anos, criando um brilho amarelado nas paredes através da
janela. Pat está sentado ao meu lado nas últimas dez horas desde que voltei da
Leighton esta manhã tentando me tirar do transe em que estou, mas nada
funcionou.

— Tem certeza que não quer fumar um? — ele segura o cachimbo na
minha frente e por um momento considero levar um golpe e mandar meu futuro
como atacante titular e capitão de lacrosse no próximo ano em chamas junto com
meu futuro com Leighton.

Eu suspiro. — Não.

Ele estende a mão e pega uma fatia da pizza que pedimos mais cedo
que ele praticamente enfiou na minha garganta sabendo que, além de tudo, eu
estava lutando contra uma ressaca enorme. — Você realmente não se lembra? —
ele pergunta pelo que parece ser a milionésima vez, e minha cabeça se vira para
dele.

— Não, Pat, não, — vocifero.

— Merda. Você deve ter ficado realmente destruído.


— Eu não sei o que teria me possuído para ficar bêbado, sabendo que
Leigh estava esperando que eu voltasse mais tarde. — inclino minha cabeça
contra o encosto do sofá e solto um gemido. — Ela está tão chateada comigo.

— Ela voltará, cara. Ela sabe como você se sente sobre ela.

— Isso é o que torna isso muito pior. Se isso fosse uma semana atrás,
ela ficaria irritada, mas não me odiaria. Ela não estaria nos repensando. Eu a
perderei, cara. — As palavras fazem o latejar surdo em meu peito voltar à
vida. Meu coração começa a bater mais rápido, e sinto uma onda de náusea rolar
por mim.

Ela tem que me perdoar.

— Você não vai perdê-la. Vocês dois são... — ele dá outra tragada no
cachimbo, — Eu não sei, cara; Estou bem chapado, mas... como o negócio real ou
algo assim. — ele toma um longo gole de sua cerveja. — Você quer sair? — Seu
cabelo castanho desgrenhado cai para a frente e ele passa a mão por ele para
empurrá-lo para trás.

— Você acha que eu estou com vontade de estar perto de um monte de


gente do caralho? — puxo o capuz do meu moletom de lacrosse da CGU sobre a
cabeça e cruzo os braços, totalmente preparado para ficar de mau humor pelo
resto da noite quando Pat coloca o telefone na frente do meu rosto.

— Tem certeza disso? — olho para o último upload de Instagram de


Skyler Mitchell. É uma foto de Skyler, Leighton e Peyton em um de nossos amigos
em comum, o apartamento de Seth. Ele mencionou ter um pré-jogo antes de
possivelmente ir a bares mais tarde, mas eu descartei isso no segundo em que
deixei Leighton esta manhã.

Ela vai sair?

Na foto, Leighton está tomando uma dose enquanto Peyton parece


estar torcendo por ela enquanto Skyler pede para a câmera. Suas personalidades
em poucas palavras. Parece uma foto espontânea, mas o fato de Skyler postá-la,
marcar Leigh e onde elas estão significa que elas queriam que eu visse isso. Eu sei
ler subtweets2 e, mais importante ainda, falo fluentemente Leighton Mills.

Leighton quer que eu saiba onde ela está. Ela quer que eu vá buscá-
la. — Estarei pronto em trinta.

— Tudo bem! Vamos buscar sua garota! Vou mandar uma mensagem
para Peyton para garantir que fiquem lá. — Pat engole o copo de água à sua
frente.

— Esse é o único motivo? — levanto uma sobrancelha para ele.

— Ok, e talvez porque eu esteja tentando fazer minha jogada. — ele me


encara. Pat tem tentado ficar com Peyton por algum tempo, e apesar do fato de
que os padrões de Peyton parecem mais baixos do que baixos, ela conseguiu
manter Pat fora de suas calças.

— Pela milionésima vez.

2 Mensagem postada.
— Ei, você quer chupar minha bola esquerda? Você não está em
posição de dar conselhos sobre as mulheres agora, idiota.

***

Dave, que não está a par dos acontecimentos da noite, entra pela nossa
porta no momento em que pego uma cerveja na geladeira. Ele esteve na
biblioteca o dia todo e posso dizer que ele está pronto para se soltar depois de
ficar olhando para as besteiras de biologia o dia todo. Eu, por outro lado, não
quero estar embriagado quando ver Leigh, sem mencionar que a sala parou de
girar cerca de vinte minutos atrás, então não estou com pressa para ficar bêbado
novamente, mas sei que preciso de algo para tirar a borda fora.

— Nós vamos para a casa de Seth? — Dave entra na cozinha e pega um


pedaço de pizza de antes e uma cerveja da geladeira. — Dê-me dez minutos para
ficar pronto.

— Sim, nós estamos indo para que E possa ter sua garota de volta, —
Pat diz a ele.

— Qual garota? — ele pergunta enquanto abre a lata de uma cerveja


Natural Light.

— A única que ele reivindica, — Pat responde.

— O que há com Leigh? — ele olha para trás e para a frente entre mim
e Pat.
— Longa história, — digo a ele.

— Notas do penhasco. — Dave morde sua pizza enquanto Pat olha para
mim.

— Leigh acha que ele fodeu Alli.

— Noite passada? Você fez? — Dave estreita o olhar para mim e tenho
certeza de que ele está se lembrando da nossa conversa de ontem, onde eu disse
a ele que nunca fiz sexo com ela.

— Ele não sabe, — Pat responde e eu atiro-lhe um olhar.

— O que você quer dizer com não sabe? Como se você não se
lembrasse? — Dave tira os óculos do rosto que ele usa enquanto está olhando
para um computador por longos períodos de tempo. Ele balança a cabeça. —
Merda, eu sabia que ela ia ser uma chata.

— Não, eu só... eu estava fodido, e não me lembro de nada. Acordei


esta manhã e estávamos nus na cama juntos.

— Foda-se, cara. E você contou a Leigh? — ele pergunta de uma


maneira que parece mais por que diabos você contou para Leigh?

— Se eu não tivesse, Alli teria.

— E isso é depois que vocês disseram um ao outro que se amavam e


toda essa merda? — Dave pergunta e aceno enquanto ele junta tudo.

— Você vê por que ela está chateada? — Pergunto-lhe.


— Merda, bem, eu vi o post de Skyler, e estou sempre querendo vê-la,
então estou dentro. — Dave bebe o resto de sua cerveja e esmaga a lata vazia no
balcão.

— Não leve a porra do dia todo, — grito para ele enquanto subo as
escadas para tomar banho. Embora, eu esteja um pouco agradecido por eles
estarem vindo comigo; eles vão distrair Skyler e Peyton e talvez me dar uma
chance de ficar a sós com Leighton.

Aqui está a esperança.

Eu me pergunto brevemente se estou cometendo um grande erro ao


aparecer neste pré-jogo quando Leighton disse que queria espaço. Mas então por
que ela iria para a casa do nosso amigo em comum? Sabendo que havia uma
chance de eu aparecer? E deixar Skyler postar uma foto?

Ela quer que eu vá buscá-la. Ela quer que eu lute por ela.

Eu aceno para o meu reflexo no espelho antes de tirar minhas roupas e


entrar na água escaldante pela segunda vez hoje.

Estou indo atrás de você, querida.

***

Quando chegamos à casa de Seth, são quase onze horas da noite, e a


festa não é mais pré-jogo, então duvido que vamos a bares porque isso se tornou
uma festa em casa. No segundo em que entro, Dave e Pat estão em suas
respectivas missões, e fico procurando minha garota. Sou grato por sempre ter
impedido Alli de se misturar com meus amigos com muita frequência, então não
estou preocupado em encontrá-la. Alli é festeira, na maioria das vezes, meus
amigos não são.

Abro caminho pelo saguão lotado e entro na cozinha, onde há uma fila
para o barril, e meus olhos imediatamente encontram a pele nua que está
praticamente brilhando. É apenas abril, e as costas inteiras de Leighton estão de
fora. A blusa de seda branca que ela está usando revela suas costas lisas e
tonificadas com duas cordas amarradas em um laço elegante atrás do
pescoço. Seu longo e grosso cabelo está preso em um coque, expondo tanta pele
que eu quero arrancar os olhos de todos os caras aqui só para que eles não
possam se deliciar com ela. Eu arrasto meus próprios olhos para baixo em seu
corpo para encontrar jeans pretos apertados enfiados em botas, e tudo que posso
imaginar é cada peça de roupa que ela está vestindo espalhada por todo o chão
do meu quarto.

Eu assisto enquanto o cara enche seu copo até à borda, seus olhos
descaradamente perambulando por ela, e flexiono meu punho. Eu observo
enquanto ele sussurra algo em seu ouvido e ela ri, e em circunstâncias normais eu
suspiraria de alívio por seu sorriso falso como o inferno e sua risada ainda mais
falsa, mas tudo o que posso ver é vermelho quando a mão dele a toca passando
os dedos por sua pele.

Eu vou literalmente quebrar sua merda, idiota.


Eu atravesso a fila antes que eu possa pensar e puxá-la em meus
braços. — Everett?

— Eu sei que você sabe melhor do que isso, — vocifero para o colega
de quarto de Seth.

— E! — ele sorri, como se não estivesse descaradamente sentindo


Leighton. Como se ele não estivesse quebrando o único código de irmão que eu
aderi. Não foda com a garota de outra pessoa. — Seth disse que você não viria!

— Então, você decidiu fazer um passe em Leigh?

— Everett, pare com isso. Você está sendo um idiota. — Ela sai do meu
alcance e empurra meu peito antes de ir embora. Estou imediatamente atrás dela
em um canto, ignorando a babaca do barril, e faço uma oração silenciosa
enquanto planejo entrar no meu próprio círculo do inferno.

— Peyton, Sky. — aceno para elas e Peyton me encara antes de tomar


um longo gole de sua bebida. Seus lábios vermelhos formam uma linha reta e ela
torce o nariz para mim.

— Cartwright, — ela vocifera e meus olhos imediatamente flutuam para


Skyler, alguém que eu estou rezando para ser minha aliança em tudo isso.

Ajuda. Eu tento dizer a ela com meus olhos.

Ela pisca os cílios várias vezes e coloca uma mecha atrás da orelha. —
Vamos, Peyton, vamos dançar. — Eu ouço a implicação. Estou tentando. Mas você
tem que trabalhar para isso.
— E deixá-la com ele? — Peyton aponta para mim antes de olhar para
Leighton. — É isso que você quer?

Os olhos de Leighton disparam para os meus. — O que você está


fazendo aqui?

— Eu... eu queria ver você. Eu te amo, — deixo escapar, e vejo como os


olhos de Skyler quase saltam de seu crânio me fazendo desejar que tudo que eu
tinha que fazer era conquistar Skyler. Eu só encontrei Aidan algumas vezes
quando estávamos todos na casa de Leighton e Skyler, mas parece que ele
transformou Skyler em uma verdadeira romântica.

Graças a Deus. Eu estaria morto se tudo o que ela tivesse fosse a cínica
Peyton.

Embora, eu observe como os olhos de Peyton suavizam um pouco antes


de olhar para Leighton. — Eu tomarei um bebida. Você quer, Leigh?

Leighton balança a cabeça. Antes que eu possa piscar, elas nos


deixaram sozinhos, e pela primeira vez talvez as coisas pareçam estranhas entre
mim e Leigh. Eu limpo minha garganta antes de me aproximar e sussurrar: —
Você quer ir a algum lugar mais calmo?

Ela visivelmente estremece e vejo os arrepios aparecerem por toda


parte. Sorrio para mim mesmo enquanto observo o efeito que tenho nela. — Não
fique arrogante. Só porque meu corpo responde a você não significa que minha
mente e meu coração estão na mesma página. — ela dá um passo para trás. —
Não me toque, — ela sussurra.
Eu engulo e aceno. Não sei como vou respeitar os desejos dela, mas
sigo atrás dela enquanto subimos as escadas e entramos no quarto de Seth. Eu
espreito minha cabeça no banheiro conectado apenas para ter certeza de que não
há ninguém por perto antes de soltar um suspiro de alívio.

Sozinho, graças a Deus.

— Conversar. — Suas palavras cortam o silêncio e a tensão crescente


entre nós e me viro para olhar para ela. Ela está de pé contra a porta, com os
braços cruzados sobre o peito, um olhar de raiva, dor e preocupação em seu
rosto.

— Eu cometi um erro, — sussurro. — Mas acabou. Alli e eu


terminamos.

Ela bufa e revira os olhos. — Excelente.

— Leigh...

— O que aconteceu? Como... como você pôde dormir com ela?

— Eu não sei... e ainda não me lembro de nada disso. — Detesto


continuar usando isso como desculpa, mas passei a maior parte do dia tentando
abalar minha memória e sempre saí vazio. Talvez nós tentamos? Mas baseado em
quão duro eu desmaiei, não havia como eu ficar duro o suficiente para fodê-la.

— Isso não é desculpa! O que importa? O que você faria se eu dormisse


com outro cara? O que você pensaria se eu dissesse que dormi com Adam? Ou
acordei nua na cama com ele? Deus, você perdeu o controle quando Rob me
tocou SABENDO que eu não iria tocá-lo com uma vara de três metros. — ela bate
o pé. — Você estaria enlouquecendo se soubesse que eu dormi com outra
pessoa. E eu devo aceitar que você fodeu Alli ou algo assim porque você me disse
que me ama e terminou com ela? — ela zomba e começa a andar de um lado para
o outro com raiva. — Isso foi certamente um baita presente de despedida.

— Não foi assim, Leigh. Eu não sei o que me deu para voltar para a casa
dela depois que saímos. Eu terminei com ela antes mesmo de sairmos e...

Ela para e olha para mim e imediatamente eu sei que isso não vai
acabar bem. — QUÊ? Espere... — ela levanta a mão. — Você terminou com ela e
depois ainda saiu com ela para alguma merda de fraternidade? Quão desesperada
ela pode estar? Quão burro você pode ser?

— Eu... eu não sei. Me desculpe... eu só pensei que devia...

— Devia? Você não devia merda nenhuma a ela. Vocês passaram três
meses dando uns amassos e de mãos dadas. Jesus Cristo, Everett. Às vezes, eu
realmente me ressinto dessa merda de cara legal. Cresça, sério.

Deixei escapar um suspiro, preparando-me para a vadia Leigh fazer sua


presença.

Não revide. Apenas pegue isso. Ela só está com raiva. E Leigh só sabe
lutar de um jeito. Sujo. Como. Porra.

Meu maxilar fica tenso quando me lembro que essa luta não vai levar
ao sexo de reconciliação.

— Você tem algo que você quer dizer? —ela me encara, desafiando-me
a desafiá-la.
Seus olhos negros se estreitam e seus lábios franzem em uma carranca.

— Não, — digo a ela. — Leigh, me desculpe. Você não tem ideia de


como sinto muito por foder as coisas entre nós. — sento na cama de Seth e olho
em seus olhos raivosos. — Mas... você será capaz de me perdoar? Você é... minha
melhor amiga e... porra, como a melhor pessoa que eu conheço. Você tem sido a
pessoa mais importante para mim desde que tinhamos o que... malditos nove
anos? Se você me diráque é isso, então eu preciso saber agora para que eu
possa... eu não sei... tentar descobrir o que é a nova normalidade, — engulo, —
Sem você.

As palavras saem mais duras do que eu pretendia. Eu sei muito bem


que Leigh provavelmente precisa de tempo. Tempo que darei a ela se ela
pedir. Eu não pretendia que soasse como se fosse agora ou nunca. Mas ela não
responde. Seu lábio treme e então está entre seus dentes. — Se eu sou sua
melhor amiga, e a melhor pessoa que você conhece... como você pôde fazer
isso? Você me fez sentir como se eu não fosse o suficiente. — ela mexe com as
mãos e olha para o chão, um dos sinais de que está envergonhada e saio da cama
em um instante para tentar combater sua humilhação.

— Pare, — digo a ela.

Eu alcanço seu pulso e o viro, correndo meu dedo sobre a tatuagem que
ela tem lá. O que combina com a que tenho na minha caixa torácica. A dela
dizia não importa onde e a meu dizia não importa o quê. Meus pais passaram por
um divórcio desagradável no último ano do ensino médio e na noite em que meu
pai se mudou, Leighton apareceu na minha casa com um quinto de Bacardi e a
ideia de fazer tatuagens combinando.

Fomos com isso... bem, fodemos com isso, e na manhã seguinte


tínhamos tinta permanente solidificando nossa amizade para sempre.

Eu trago seu pulso para minha boca e corro meus lábios sobre a pele. —
Não importa onde, não importa o quê, — murmuro e ela engasga com o toque
íntimo.

— Eu... eu disse para você não me tocar, — ela sussurra, mas eu ouço a
convicção deixando sua voz. Ela parece frágil, assustada e não como minha garota
forte e corajosa. Eu me odeio por fazer isso com ela. Para sua autoconfiança. —
Eu sabia que ia desmoronar se você me tocasse. — Seus olhos estão vidrados e
me pergunto se é por tristeza ou por causa do que suponho que ela tomou antes
de eu chegar aqui.

— Porque você sabe o que eu sinto por você. — me inclino e pressiono


minha testa na dela. — Por favor... por favor, me perdoe. Eu quero isso... eu
quero nós.

Seu lábio treme e eu vou em frente, esperando que ela não me


impeça. Eu seguro seu rosto e lentamente passo meus lábios nos dela. Ela suspira
contra a minha boca como se estivesse carregando o peso do dia e finalmente se
soltando. — Você não pode... você não pode fazer isso comigo de novo.

— Nunca. Porra. Nunca. — Eu a empurro com força contra a porta e


coloco minha coxa entre suas pernas sabendo que ela adora se esfregar em
mim. — Posso te levar para casa? — pergunto a ela enquanto puxo seu coque
oferecendo seu pescoço para mim. Eu pressiono minha língua em seu ponto de
pulsação e desenho círculos preguiçosos com a ponta.

Ela engole e sinto seu aceno contra meus lábios. Porra. Ela está me
perdoando. Eu me afasto para olhar para ela e lhe dou o maior sorriso.

— Você não está fora do gancho, Cartwright. — ela franze as


sobrancelhas. — E você está me comprando pizza.

***

Nós voltamos para sua casa e apesar do fato de que ela está bêbada e
passou todo o caminho para casa praticamente no meu colo, eu mantive minhas
mãos principalmente para mim. Compramos pizza no caminho, e mal passamos
pela porta da frente quando ela a mordeu. — Você comeu antes de sair?

Ela estremece e balança a cabeça enquanto tira os sapatos. — Não.

— Você sabe que eu odeio essa merda. — lanço-lhe um olhar e ela


encolhe os ombros timidamente enquanto se senta no sofá e coloca os pés em
sua mesa de café. Eu me sento ao lado dela e coloco suas pernas no meu colo
para trazê-la para mais perto de mim. Eu puxo seu cabelo do coque e alguns
grampos, deixando seu cabelo cair sobre seus ombros. Eu pressiono meus lábios
em sua pele nua e ela se inclina para o meu toque.
— Eu... acho que devemos ir devagar. — Seus lábios falam, mas seu
corpo está dizendo algo completamente diferente. Suas pernas estão
pressionadas juntas e suas bochechas estão ficando rosadas sob meu olhar.

— Você está dizendo isso para o cara que literalmente te feriu até você
chorar. — ela zomba e me empurra de volta. — Eu não chorei.

Eu rio. — Estou brincando, bem, não sobre a coisa do choro porque


você chorou. Mas podemos ir tão devagar quanto você quiser, baby. O que você
quiser, — sussurro. — Estou apenas... feliz por você não me odiar.

— Eu nunca poderia odiar você, — ela me diz.

— Você disse isso antes... — Lembro-me de suas palavras que estão


soando na minha cabeça desde que ela as falou.

— Eu não quis dizer isso.

Eu concordo. — Eu não ficaria surpreso se você o odiasse. Quase


estraguei tudo.

Ela balança a cabeça e puxa o cabelo para o lado como ela faz quando
está nervosa. — Não falaremos sobre isso.

Conheço Leighton o suficiente para saber que isso não acabou, mas
também sei que ela está bêbada e meu tempo com ela antes que esteja pronta
para desmaiar está contado.

— Apenas me prometa uma coisa?

— Mmmm? — ela inclina a cabeça no meu ombro e pressiono meus


lábios em sua testa. — Não me afaste de manhã.
***

A sensação de alguém se movendo me tira do sono, e vejo Leighton


puxando o cabelo para cima em um rabo de cavalo. Eu a carreguei escada acima
para a cama ontem à noite e consegui despi-la e vesti-la com uma calça de
moletom e uma camiseta, ambas pertencentes a mim, antes de sucumbir ao sono
ao lado dela. Eu tinha pensado em acordá-la para fodê-la sem sentido, mas queria
que ela estivesse sóbria e, mais importante, consciente antes de abrirmos aquela
porta novamente.

— Ei. — estico minhas mãos em direção à cabeceira de sua cama e me


sento levemente. — É cedo, volte para a cama.

Ela estreita o olhar para mim. — Acho que você deveria ir embora.

— O quê?

Ela balança a cabeça e se inclina contra a mesa. — Isso não melhorou


tudo, Everett. Você me atacando enquanto estou bêbada e vulnerável não
significa que está tudo bem. Eu estava muito perdida quando você me viu, e
deixei suas doces palavras e toques me convencerem de que eu tinha
superado. Não superei, Everett.

Eu sento mais. — Baby…

— Não, — ela grita. — Eu sei que você estava bêbado, e talvez você
realmente não se lembre. Mas isso não desculpa nada, Everett. Isso não torna
tudo automaticamente perdoável.
— Eu sei. Não estou tentando usar isso como desculpa, eu só…

— Eu sei. Você me ama. — ela diz como se dissesse: — Então você já


disse antes.

— Sim. — concordo. — Demoramos quanto tempo para chegar


aqui? Eu só... não podemos começar de novo?

— Recomeçar? Onde, quarta série? Confie em mim, se você


fosse qualquer outro cara no mundo, eu nem pensaria duas vezes em você. Nossa
história é a única coisa a seu favor agora.

— Bem, isso deve significar alguma coisa, certo? Você me conhece,


você sabe quem sou. Eu não traio... — Faço uma pausa porque traí em mais de
uma ocasião e com diferentes garotas. — Eu nunca trairia você.

— Você fez. — Porra. — Talvez você não tenha transado com ela, mas
algo aconteceu naquela cama e não é justo você pensar que eu deveria superar
isso assim. — ela estala. — Só porque você estava bêbado e não se lembra. Eu
tenho que responsabilizá-lo por suas ações, Everett.

É isso.

Este é o fim de onze anos de amizade. Arruinei onze anos em uma


estúpida noite de bebedeira da qual não me lembro.

— Leigh...

— Não estou dizendo que este é o fim. Eu só pedi espaço e você me


atropelou e me tocou e me beijou e me trouxe para casa e... eu preciso pensar.
Minhas mãos começam a suar e minha garganta parece mais seca do
que um dia de verão em Phoenix. — Pensar sobre o quê? Eu? O que há para
pensar? Se você puder me perdoar?

— Eu te perdoei, Everett. Não é sobre isso. — ela balança a cabeça e


levanta o pulso para revelar sua metade da nossa tatuagem. — Isso significa que
eu sempre vou te perdoar. — Eu estou fora da cama e me movendo pelo quarto
em direção a ela, mas ela levanta as mãos, o que me impede. — Mas isso não
significa que eu acho que devemos ficar juntos. Não significa que confio em você
o suficiente para lhe dar meu coração.

— Leigh, eu tenho seu coração, por mais tempo do que nós dois
percebemos.

Ela engole e torce os lábios em uma carranca que me faz sentir como se
meu mundo estivesse desabando ao meu redor. — Parece que você devolveu.
CAPÍTULO 5
Everett

Você fez isso.

Você pediu espaço.

Você disse a ele para não entrar em contato com você.

Eu não esperava que ele ouvisse! Minha mente discute enquanto


caminho pelo campus em direção para minha aula das onze e meia. Normalmente
Everett anda comigo já que nossas aulas são em prédios adjacentes, mas agora,
enquanto procuro por ele no pátio, não o vejo em lugar nenhum.

Ele está pulando?

Meus dedos coçam para mandar uma mensagem para ele perguntando
se vai para a aula quando eu o vejo do outro lado do pátio. Ele está andando
praticamente na minha linha, mas a pelo menos cinquenta metros de
distância. Seu capuz está puxado para cima, mas posso dizer por seu andar, por
sua estatura, tudo grita o homem que amo desde os nove anos. Ele está sozinho,
e resisto ao desejo de atravessar o gramado entre nós para que possamos
caminhar juntos, mas ignoro o impulso e continuo andando. Eu lanço outro olhar
para ele e posso dizer que ele está olhando diretamente para mim. Posso sentir
meu coração na garganta antes de virar a cabeça para a frente e continuar minha
caminhada. O vento chicoteia ao meu redor e puxo minha jaqueta mais apertada
ao meu redor enquanto subo os degraus do prédio financeiro de tijolos cinza.
***

Viro minha chave na fechadura da minha casa, e sou recebida com uma
bunda nua assim que entro na sala de estar. — Ah, pelo amor de Deus! — grito
assim que vejo o ex-professor de Skyler fodendo ela. — Preciso ver isso agora? —
coloco minha mão sobre meus olhos.

Eu me importo que eu acabei de encontrar minha colega de quarto e


seu namorado fodendo? Não, na verdade não. Estou chateada por ter que
testemunhar alguém fazendo sexo quando estou passando por retiradas de 'sexo
com Everett'?

Sim.

— Ah porra! — Skyler grita quando Aidan sai de cima dela.

— Você não tem um apartamento próprio para fazer


isso? Um sem colegas de quarto? Olho para seu namorado muito mais velho
antes de fechar os olhos. Aidan agora leciona na Brookfield School of Law, do
outro lado da cidade, que pode ser pelo menos a quarenta minutos de carro a
esta hora com o trânsito, o que significa que ele não deve ter aula hoje.

— Merda, por que você não está na aula! — a ouço gritar. Abrindo meus
olhos assim que ambos vestem suas roupas.

— Estou pulando, e me poupe da palestra, professor. — aceno para


Aidan. — A propósito, bela bunda. — levanto uma sobrancelha para ele e vejo
como o rosa inunda suas bochechas sob sua barba. Saio da sala em direção à
cozinha para ouvir Skyler logo atrás de mim.

— Eu sinto muito. Eu não estava esperando você em casa e… tenho


horário de expediente às quatro. Aidan apenas me surpreendeu... merda. Devo
dizer a ele para ir?

— Não, Sky, está tudo bem. Eu não me importo. — aceno para ela. — É
a sua casa também, e o seu sofá se estivermos ficando técnicos. — Skyler vem de
dinheiro, francamente uma tonelada de dinheiro, e é por isso que nossa casa é
mobiliada com a merda mais chique e nada da Ikea. Juro que os Mitchell têm
ações em West Elm.

— Eu sei, mas eu... eu não quero que você fique desconfortável, — ela
sussurra.

— Sobre ver a bunda do seu namorado? Sky, eu vou viver.

— Ok, deixarei como uma meia ou algo na porta da próxima vez. — ela
ri, e assim me faz sentir um pouco melhor. Skyler tem um bom coração e a
disposição mais alegre de todos. Os. Tempos. Seria irritante pra caralho se ela não
fosse tão querida. Ela tem sido minha rocha na semana passada e basicamente
disse a Aidan para ficar longe para estar à minha disposição. Inferno, eu não a
culpo por tentar uma rapidinha. E eu certamente não culpo Aidan por aparecer e
tentar tirar sua namorada de sua colega de quarto carente. Aidan adora aquela
garota como se não tivesse juízo.

Parece familiar? Meu coração bate.


— Seria ótimo. — dou a ela um polegar para cima.

— O que há com você abandonando de qualquer maneira? — ela pula


no balcão e começa a balançar os pés enquanto faço um sanduíche.

— Eu não conseguia me concentrar e a aula de hoje era opcional, —


digo a ela.

Ela inclina a cabeça para o lado e me dá um olhar que me faz querer


chorar. Não consigo lidar com a pena de Skyler. Mesmo que ela não chamasse
isso de pena, sei que ela sente o que estou passando. — Você... você viu Everett?

— Caminhando para Análise Financeira, sim. — me inclino sobre o


balcão e descanso minha cabeça em meus antebraços.

— Ele viu você?

— Acho que sim, — digo sem olhar para cima.

— Vocês ainda não conversaram?

— Não.

Sinto movimento na minha visão periférica e quando olho para cima,


Aidan está se movendo para a cozinha, a culpa pela intrusão estampada em seu
rosto. — Desculpe interromper. Amor, eu tenho que ir.

— Espere agora? — Seus olhos se arregalam quando ela pula do balcão


e corre pela sala em seus braços tão rápido que é como se houvesse uma atração
magnética entre eles.

— Sim, eu tenho uma palestra às seis. — ele se inclina e esfrega o nariz


no dela, e ela franze a testa ligeiramente.
— Espere... — ela olha para mim, e coloco minhas mãos para cima
antes de sair da sala para dar-lhes um pouco de privacidade. Fico do lado de fora
da cozinha porque, evidentemente, sou uma ávida por punição e quero me
atormentar testemunhando como Aidan e Skyler são realmente perfeitos.

— Sinto sua falta, — ela diz a ele e ouço o som de um beijo lento. — E
não terminamos. — franzo a testa quando de repente me sinto como a pior
colega de quarto por bloquear minha garota de um orgasmo.

— Eu sei, eu também sinto sua falta. Minha cama é solitária pra caralho
sem você. Mas sua amiga precisa de você.

E eu entendo isso. — As palavras vão direto ao meu coração; Aidan é


realmente uma joia. — Mas eu preciso de você. Você voltará mais tarde?

— Se eu tiver sorte, talvez. — ela deve dar-lhe um olhar porque ele


ri. — Eu estou brincando. Claro, senti falta de dividir uma cama com você.

— Eu senti falta de acordar com sua boca entre minhas pernas.

Eeeee essa é a minha deixa. Subo as escadas de dois em dois o mais


silenciosamente que posso, para não alertá-los de que estava
espionando. Quando abro a porta, minha boca se abre quando vejo o que está na
minha cama. Eu engulo enquanto pego o buquê de rosas brancas e as levo
lentamente ao meu nariz. — Ele os deixou um pouco antes de você chegar em
casa. Ouço a voz de Skyler atrás de mim e vire-me para vê-la me dando um sorriso
triste. — Ele não parecia bem, Leigh.

— Pior que eu?


— Muito pior.

Eu me pergunto se ela está apenas dizendo isso porque eu não sabia


que era possível que alguém pudesse parecer pior do que eu agora. Meu cabelo
parece que não passo uma escova nele há dias. Mal estou usando maquiagem e
estou no terceiro dia usando o mesmo par de leggings.

— Sinto falta dele. Isso me torna patética? — odeio o jeito que minha
voz soa. Eu odeio não ter certeza de mim mesma. Eu odeio tudo sobre isso.

— Não! — Ela corre pelo quarto e me envolve em um abraço. Ela é pelo


menos sete centímetros mais baixa do que eu, fazendo com que sua cabeça
descanse bem debaixo do meu queixo. Ela se afasta e olha para mim. — Eu nunca
te chamaria de patética. Essa coisa toda com Everett é tão... cinza.

Eu atiro-lhe um olhar. — Não, não é.

— Sim, querida, é. Eu acho a situação ruim? Sim. Acho que ele está
errado? Também, sim. Ele não deveria ter se permitido entrar naquela
situação. Eu assino completamente isso. Mas... vocês estavam tecnicamente
juntos? Ele ainda estava com Alli, se você quer ser real.

— Sério?

— Leigh, Everett provou que a única pessoa com quem sua lealdade
está é você. Quem não faz merda nenhuma quando está bêbado?

— Então, estamos apenas permitindo isso então? Então, se ele fosse


Aidan, você o perdoaria? — Ela morde o lábio inferior. — É diferente.
— Como? Porque eu conheço Everett onze anos e você conhece Aidan
onze meses?

Ela continua a mastigar o lábio inferior, e eu instantaneamente me sinto


uma merda por falar com ela assim. — Não desconte essa merda em mim,
Leigh. Só estou dizendo que é complicado. Se não fosse você não estaria sofrendo
tanto. — Olho para as rosas na minha cama e passo o dedo sobre uma das
pétalas. — Vá vê-lo, Leigh. Pare de ser tão teimosa. Ou você pode perder dez anos
e então um dia ele vai confessar seu amor por você assim que você embarca em
um voo para Paris para um novo emprego, e você terá que sair do avião porque
você percebe que foi estúpida esse tempo todo e você o ama também. — ela
pisca para mim quando um sorriso encontra seus lábios.

Eu pisco meus olhos várias vezes para ela. — Você acabou de nos
comparar com Ross e Rachel de FRIENDS?

— Pode ser.

— Então, você concorda que eles não estavam de dando um tempo


então? — levanto uma sobrancelha para ela. É um vai e vem que temos toda vez
que assistimos a essa temporada. Eu acredito que eles não estavam de dando um
tempo, e Skyler, sempre estudante de direito, vê os dois lados – e às vezes fica do
lado do terrível Ross.

— Não, Rachel é uma idiota. Quero ser justa, você também é. Olha,
você entende o que estou dizendo! — ela coloca as mãos nos quadris. — Vá falar
com ele. — concordo com a cabeça e solto um suspiro enquanto pego minhas
chaves e sigo para a porta quando ouço Skyler dizer meu nome. — Uhhh, garota,
você pode querer tomar banho primeiro.

***

Acabei de tomar banho, me depilei, fiz esfoliação e me sinto como eu


mesma de novo. Meu cabelo tem seu brilho, que atualmente está ostentando
ondas soltas que caem em cascata pelas minhas costas. Estou vestindo um par de
leggings limpas por baixo de um longo suéter com decote em V que mostra mais
do que uma pitada de decote sob uma jaqueta de couro. Coloquei maquiagem,
perfume e joias, mas francamente não sei por que fiz tudo isso quando nem
tenho certeza do que quero.

Porque você estava pensando com sua vagina recém-depilada.

Reviro os olhos para o meu subconsciente enquanto bato na porta dele


mais tarde naquela noite. Eu vejo as luzes piscando em sua sala me fazendo
acreditar que eles estão todos em casa, o que infelizmente significa que
provavelmente teremos uma audiência. Vou bater de novo quando Pat e Dave
atendem a porta juntos, e resisto à vontade de fazer uma piada sarcástica. Meus
olhos voam para a frente e para trás entre eles enquanto eles pisam no hall e
fecham a porta atrás deles.

— Uh... o quê? — pergunto me perguntando por que eles parecem


céticos em me deixar entrar.
— E aí, Leigh? — Dave pergunta e franzo a testa. Pat cruza os braços na
frente do peito enquanto ele me avalia. O que é essa rotina de policial bom e
policial ruim?

— Não muito, Everett está aqui?

Dave e Pat trocam um olhar antes de Pat falar. — Por quê?

— Porque o quê? — pergunto.

— Por quê você está aqui? Porque francamente Everett não aguenta
muito mais, então se você está aqui para gritar com ele ou dizer que ele não é
uma merda, então por mais que eu goste de você, você vai ter que ir.

Eu pisco meus olhos várias vezes como se eu não tivesse sido convidado
a sair. — Desculpe?

— Dave está certo. Ele... não está indo bem, e você vindo aqui
parecendo... assim, — ele acena com a mão para cima e para baixo no meu corpo,
— Provavelmente vai matá-lo quando você arrancar seu coração novamente.

— Por que você está falando comigo como se eu tivesse feito algo
errado?

Dave levanta as mãos em defesa. — Nós não estamos, mas ele já se


sente mal o suficiente. Por que você está chutando em um cachorro morto? Você
não quer nada com ele, então por que está aqui?

Estou prestes a repreender os dois por suas atitudes de merda, mesmo


que eu os admire por defender Everett, quando a porta se abre atrás deles.
— O que diabos está acontecendo? — ele olha de Dave para Pat para
mim e levo um segundo para examiná-lo. Skyler estava certa, ele parece estar
passando por isso. Sua barba tinha crescido um pouco mais, o que só com sucesso
me transforma em uma bagunça com tesão. Seu cabelo está espetado em várias
direções diferentes e seus olhos são de um azul sem vida com olheiras por baixo
deles. Agora que ele não está com seu capuz habitual, escondendo seu físico do
mundo, posso ver que ele perdeu algum peso, mas está encorpado em seus
braços. Porra, ele ainda parece bom.

— Nada... — Dave encolhe os ombros enquanto passa por ele e volta


para dentro, deixando-nos sozinhos com Pat.

— Se perca, — ele vocifera para Pat, que revira os olhos. Ele me lança
um olhar pelas costas de Everett antes de fechar a porta.

— Ei.

— Oi.

— Você está bonita... — ele me diz.

— Obrigada. Posso... posso entrar? Está meio frio aqui fora. — Eu puxo
minha jaqueta mais apertada ao meu redor. Por que estou tão nervosa? Eu nunca
fico nervosa perto de Everett.

Seus olhos se arregalam, presumivelmente com a minha expressão de


desconforto. — Claro, entre. — ele abre a porta para mim, e entro para ver Dave
e Pat assistindo televisão no sofá. Eles estreitam seus olhares para mim, e Everett
deve pegá-los porque ele retruca: — Vocês tem algum problema?
Ambos lhe dão os dedos do meio e ele me conduz para a cozinha. —
Você está com fome ou com sede? — ele me pergunta enquanto se inclina contra
o balcão.

— Não. Temos que estar aqui? Quero dizer... talvez devêssemos ir para
o seu quarto? — suas sobrancelhas vão até à linha do cabelo. — Eu só quero
dizer... por privacidade?

— Sim, vamos lá, — ele me diz, e o sigo escada acima.

No segundo em que ele fecha a porta atrás de nós, parece que o tempo
parou. Não sinto falta do jeito que seus olhos percorrem meu corpo, e não
consigo parar a reação do meu corpo a isso. — Você está indo a algum lugar?

Olho para baixo e balanço a cabeça. — Não... bem, eu estava pensando


em ir à biblioteca mais tarde.

Ele limpa a garganta e olha pela janela de seu quarto. Uma árvore fica
do lado de fora de sua janela bloqueando a visão dos últimos momentos de sol. —
Sozinha? Ou a Sky vai com você? Ou você está, você sabe, apenas... andando
sozinha à noite? Ele está nervoso, e porra, é fofo. Em circunstâncias normais, o
Everett Cartwright que conheço estaria me dizendo que de jeito nenhum eu vou à
biblioteca à noite sozinha.

— Ou... ou talvez você possa vir comigo? — Eu mexo na minha bolsa


enquanto meus olhos procuram em seu rosto por qualquer sinal de que talvez ele
tenha perdido o interesse em nós.
Mas seus olhos estão claros, e vejo o sorriso neles antes daquele
puxando seus lábios. — Tenho um trabalho para entregar na segunda-feira.

— Você começou?

Ele olha para o lado e empalidece ligeiramente. — Tenho muita coisa na


cabeça.

— Eu também, — digo a ele honestamente. Ele não diz nada, então eu


continuo. — Ouça, Everett... sinto sua falta. — balanço minha cabeça enquanto as
lágrimas brotam em meus olhos. — O tempo todo. Houve uma centena de coisas
apenas hoje que eu queria enviar uma mensagem para você. — dou um passo em
direção a ele e ele fecha a brecha, colocando-nos de igual para igual. — Estou
com medo, — digo a ele. — Estou com medo de que não seremos nós depois
disso e... nos perder me mudaria, Everett. Seria um daqueles casos em que eu
olharia para trás no final da minha vida e pensaria, foi aí que minha vida
mudou. Foi aí que eu mudei. — respiro fundo. — Nós não sobreviveríamos
terminando... — rio. — Se as garotas fossem para namorar sua melhor amiga, eu
estaria namorando Skyler.

Seus olhos se iluminam e ele levanta uma sobrancelha. — Posso


assistir? — Lanço-lhe um olhar zombeteiro e empurro seu ombro. Ele pega meu
braço com um e envolve o outro braço ao meu redor. Ele se inclina, passando o
nariz pelo meu rosto e o ouço inalar minha pele. — Deus, eu senti sua falta. Eu
sinto muito, querida. Para tudo. Apenas saiba que eu nunca vou desistir de você.
— ele se afasta e seus olhos azuis estão queimando com fogo e meu sexo
imediatamente reage a isso. Um formigamento acende entre minhas pernas e eu
instantaneamente as pressiono juntas na tentativa de reprimir a sensação.

— Promete? — Não era isso que eu pretendia dizer, mas escapa por
conta própria.

Ele balança a cabeça antes de suas mãos deslizarem pelos meus braços
e para o meu pescoço, antes de deslizar pelo meu rosto e no meu cabelo. Ele
esfrega meu couro cabeludo suavemente, sabendo o quanto eu amo
isso, especialmente quando estamos no chuveiro, e gemo sob seus dedos. — Nós
fazemos isso, Leighton. Você precisa estar com tudo. Você não pode fugir de mim
ao primeiro sinal de problema.

— Eu não corri…

— Você me excluiu a semana toda.

Não começamos bem. Eu dou um passo para trás. — Devemos


repetir por que senti a necessidade de colocar espaço entre nós?

Ele dá um passo mais perto. — Não. — ele balança a cabeça. —


Não. Mas eu nunca pretendo estar em uma situação como essa.

— Bem, eu não sentirei a necessidade de te deixar de fora


então. Aconteceu tudo na semana passada, Everett. — ele acena em
compreensão. — Estou dentro, Leigh. Você. Eu. Nós. Isso.

Eu mordo meu lábio inferior me perguntando se ele está planejando


selar isso com um beijo, mas ele se senta na cama e estende a mão para
mim. Quando estou ao alcance do braço, ele me puxa para seu colo e submerge
seu rosto no meu pescoço. — Eu te amo. — Eu canto em resposta, deixando meus
olhos se fecharem enquanto seu nariz encontra meu ponto de pulsação e sua
língua sai para lamber a pele. — Diga-me, você sentiu minha falta, baby? Você
esfregou sua boceta doce porque eu não estava por perto para fazer você gritar?

— Porra. — solto um suspiro. — Everett... — Sua mão sobe pela minha


perna e se acomoda no ápice das minhas coxas, esfregando seus dedos contra a
costura bem em cima da minha boceta. Minhas leggings não são particularmente
finas, mas o suficiente para que eu possa sentir a pressão no meu
clitóris facilmente.

Sinto sua respiração no meu rosto. — Isso é bom? — Meus olhos se


fecharam no segundo em que ele começou a me esfregar e quando eles se
abrem, seus penetrantes olhos azuis estão olhando diretamente para mim. —
Fazer você gozar está no topo da minha lista de passatempos favoritos, e eu não
faço isso no que parece uma eternidade. Por favor deixe-me.

Eu acredito nisso. Quando Everett e eu começamos a brincar todos


esses anos atrás, a primeira vez que ele me fez gozar, você pensaria que alguém o
teria coroado rei da porra do mundo. Ele não calou a boca por dias sobre
isso. Não para qualquer outra pessoa ou qualquer coisa, mas ele estava tão
orgulhoso do fato de ter feito gozar.

E para ser honesta, eu também. Algumas das minhas amigas estavam


começando a perder seus v-cards na mesma época e nenhuma delas sabia como
era um orgasmo. Eu sabia, e estava tendo-os diariamente.
— Everett... — agarro sua mão apesar da sensação de tontura e me
inclino para a frente para pressionar minha testa na dele. — Eu só... acho que
devemos ir um pouco mais devagar...

— A última vez que você disse isso, você correu, — ele sussurra.

— Eu sei, mas estou sóbria, e estou lhe dizendo que quero isso, mas não
quero voltar para a cama ainda. Sabemos que temos essa química sexual
insana. Isso nunca vai mudar, mas preciso saber que estou apaixonada por mais
do que apenas nossa vida sexual. Eu preciso saber que eu te amo mais do que
apenas meu melhor amigo. Precisamos... — olho ao redor o quarto enquanto me
esforço para explicar o que quero dizer, — Namorar.

— Ok... — ele para. — Mas as pessoas fodem quando estão namorando


normalmente. — ele estreita os olhos, confuso.

— Sim, mas normalmente não, na primeira noite. Ok, às vezes na


primeira noite, mas... ugh... — zombo quando vejo o sorriso em seus lábios. —
Everett, você entende o que estou dizendo.

— Eu entendo. Vamos manter as coisas PG3 por enquanto. — ele


envolve seus braços ao meu redor completamente e pressiona um beijo no meu
ombro.

Espere, não ficaremos loucos! Eu ainda quero gozar. — Ei ei ei. —


coloco uma mão para cima. — O que é PG?

— Como beijar?

3
Abreviatura de orientação parental, referindo-se a uma classificação onde partes ligeiramente sexuais ou
violentas podem não considerar adequadas (como) em filme.
— Isso não é PG. Um beijo talvez, mas não acho que haja língua até PG-
13. — Eu bato no meu queixo enquanto tento me lembrar de alguns filmes pré-
adolescentes.

— Sexo é PG-13, querida.

Ok, ele tem um ponto. — Bem... e quanto ao PG-13 sem sexo? — seus
olhos se arregalam. — Que tipo de filme de merda é esse?

— Eu não sei... um desbotamento para preto? Todo sexo a portas


fechadas? Não sei.

— Então, eu não vejo seus seios?

— Você viu meus seios, Everett.

— Hoje não. Eu sinto que foi a muito tempo. Você os furou? Eles
cresceram? — ele brinca.

Eu reviro os olhos para o meu melhor amigo dramático... namorado...


melhor amigo barra namorado. — Eles parecem iguais.

— Eu serei o juiz disso. — ele me diz enquanto puxa meu suéter um


pouco para a frente para que ele possa olhar para baixo da minha camisa e
estremeço quando ele lambe os lábios. — Ainda linda, — ele murmura.

— Ok, então biblioteca? — Se não sairmos daqui, faremos sexo. Já


estou a dois segundos de arrancar minhas roupas e sentar em seu rosto.

— Sim, se eu estiver aqui mais um minuto com você, enlouquecerei.


CAPÍTULO 6
Everett

— Everett... — Eu não posso parar a risada de escapar dos meus lábios


enquanto sua boca arrasta beijos para cima e para baixo no meu pescoço.

— O quê? — ele murmura contra a minha pele, e sinto seus dentes


roçando meu ponto de pulsação que está piscando com desejo no meu pescoço.

Eu me afasto um pouco e olho ao redor da sala de estudo particular que


ele quase insistiu em que ficássemos. Agora eu vejo o porquê. O pequeno espaço
de estudo não é maior do que meu quarto e Everett está basicamente em cima de
mim desde que entramos. — Eu não disse que precisava estudar? E não estamos
levando as coisas devagar?

— Nós estamos! Se não estivéssemos, minha boca estaria na sua boceta


e não no seu pescoço. — ele puxa meu cabelo levemente e meu sexo aperta.

Porra. Puxe meu cabelo novamente.

— Everett... — viro meu rosto para olhar para ele e meu nariz roça seu
lábio suavemente. Eu corro minha língua sobre meu lábio inferior e suas mãos
estão no meu rosto instantaneamente, correndo o polegar sobre a trilha que
minha língua fez.

— Eu senti tanto sua falta. — Sua voz é rouca e baixa e fala comigo no
nível mais primitivo. Ela me lava como uma chuva quente de verão. Sedutor e
erótico e fazendo minha pele formigar.
Puta merda, ele está me seduzindo?

O que quer que ele esteja fazendo, eu quero. Eu quero seus lábios nos
meus. Eu queria seu corpo esfregando contra o meu. Eu queria cada pedacinho
dele que está me oferecendo em uma bandeja de prata.

Meus olhos traçam sobre suas feições e pousam em seus lábios. — Me


beija.

Seus lábios se curvam um pouco antes dele pressionar sua boca na


minha. Sua língua desliza em minha boca e assim, estou em casa. Ele tem um
gosto familiar. Como conforto. Assim como o Lar.

Ele sempre estará em casa.

Nas primeiras duas semanas do primeiro ano, eu estava com tanta


saudade de casa. Sentia falta dos meus pais, da minha cama e do meu gato. Eu
até senti falta do meu irmão chato. Tudo que eu queria era me enrolar nos braços
da minha mãe. Se não fosse por Everett basicamente me balançando para dormir
todas as noites, eu estaria no primeiro voo de volta para o Arizona.

Everett é meu cobertor de segurança. Ele sempre me fez sentir segura e


protegida. Desde os nove anos.

Por que estou lutando contra o pensamento de que ele poderia ser
mais?

Ele se afasta e inclina a cabeça para o lado. — Eu posso ouvir você


pensando.

— Não, você não pode.


— Você esquece que praticamente compartilhamos um cérebro.

— Oh sério? Então o que estou pensando agora? E mais importante, por


que não estou me saindo melhor nas estatísticas? — levanto uma sobrancelha
para ele e ele balança a cabeça.

— Você está pensando... por que eu disse que deveríamos levar as


coisas devagar? E por que esse idiota colocou calça de moletom cinza? Pequena
vagabunda.

Minha boca cai aberta em sua perfeita personificação de mim. — Eu...


por que você está de calça de moletom cinza? — Meus olhos caem para sua
virilha por conta própria e depois voltam para seus olhos que parecem estar
respondendo à minha pergunta por conta própria.

— Eu não sei do que você está falando? — ele sorri e volto para o meu
livro. — Não me toque, você está tentando me quebrar, e eu estou tentando ser
forte.

Eu quis dizer isso como uma piada, e assumi que ele diria algo sarcástico
em resposta, mas o silêncio toma conta da sala instantaneamente. Eu viro meu
olhar para ele, e seus olhos azuis estão tristes e cheios de vergonha e
arrependimento. — Eu nunca tentaria quebrar você. Eu sei que estraguei tudo e...

— Espere, espere, espere, eu estava brincando! Isso não é o que estava


dizendo! Não estávamos apenas dando uns amassos? — me inclino para
continuar, e ele se afasta e balança a cabeça para a minha surpresa.
— Eu sei... eu só... você me pediu para não quebrar você e então eu fiz,
então acho que essa palavra apenas... me desencadeou um pouco.

— Oh. — Solto uma pequena lufada de ar antes de voltar ao meu


livro. — Desculpe.

Ele pega minha mão e a puxa na sua, pressionando um pequeno beijo


na pele. Levo um segundo para agarrar seu queixo bem barbeado. Ele raramente
ostenta qualquer pêlo facial, e ele me perguntou literalmente um milhão de vezes
ao longo dos anos se eu acho que ele fica mais bonito com barba. Eu sempre
pensei que ele estava apenas sendo vaidoso, mas talvez ele só quisesse ficar
bem para mim. Ele queria que eu o achasse atraente. O pensamento me atinge
como uma tonelada de tijolos enquanto olho para o homem que eu acreditava
que poderia conseguir qualquer garota que ele quisesse.

Mas todo esse tempo ele só me queria.

— Leighton. — meus olhos disparam de seu maxilar para encontrar seus


olhos e estou cativada por sua cor enquanto me movo em seu colo para montar
nele. Deslizo minhas mãos para cima de seu peito até seus ombros e aperto
minha pélvis sobre ele. Seu pau grosso empurra debaixo de mim e ele acalma
meus quadris. — Isso está demorando? — ele aperta seu aperto e estremeço sob
a deliciosa dor disparando através de mim.

Eu me movo de novo, apesar do aperto que ele tem em mim e dou a ele
um sorriso malicioso. — Talvez um pouco mais rápido do que lento. — Eu queria
mais e mais e mais rápido. Eu sei que preciso ter certeza de que meu coração está
pronto antes de abrir minhas pernas novamente, mas estou desmoronando sob
seu olhar e toques gentis e palavras sensuais. Ele tem um poder sobre minha
mente, corpo e coração que não apenas me faz sentir viva, mas também me
assusta pra caralho. Mas eu prospero com isso.

Eu pressiono meus lábios nos dele e deslizo minha língua em sua boca
enquanto começo a esfregar contra ele, montando-o através de nossas roupas
como se fosse seu pau. Ele se afasta, agarrando um punhado do meu cabelo e
agarrando meu pescoço, os dentes primeiro. — Oh merda, — eu gemo. — Oh
Deus, Everett! — estou tentando para manter minha voz baixa para não alertar
todo o terceiro andar da biblioteca sobre o que está acontecendo nesta sala de
estudo, mas eu quase não me importo.

Sua mão se move por baixo do meu suéter e aperta meu seio através do
meu sutiã. — Porra, você me deixa tão louco, — ele murmura contra a minha
pele. Seus lábios ainda estão chupando meu pescoço e eu não preciso de um
espelho para saber que há uma contusão significativa se formando na minha pele.

Eu ainda estou esfregando contra ele, seu pau duro e querendo debaixo
de mim. Ele empurra para cima em mim assim que eu moo para baixo e gememos
em uníssono. — Você vai gozar, não é? — ele ri, antes de puxar minha cabeça
para trás para olhar nos meus olhos. Seus olhos estão escuros e cheios de fome
que posso sentir no meu clitóris que pulsa toda vez que ele pisca.

Minha calcinha está encharcada e enfiada entre meus lábios de tanto


montá-lo, tornando o prazer tão intenso que é quase desconfortável. Meu corpo
inteiro está se contraindo, como uma bobina preparada para se romper, e sinto o
ar deixando meus pulmões a cada segundo que passa.
— Diga-me que você me ama primeiro. — Seus olhos estão fixos em
mim, seu coração aberto e exposto enquanto nós dois nos preparamos para cair
no precipício. — Antes mesmo de pensar em gozar, quero que me olhe nos olhos
e diga que me ama. Que você me pertence. Que você quer isso tanto quanto
eu. Você é cautelosa, eu posso dizer. Se entregue, baby, eu preciso que
sejamos nós.

Eu tremo em seus braços, tentando segurar o orgasmo que não está a


mais de uma batida de distância. Ele me levanta pelos braços e fora de seu pau e
me segura lá. Meu clitóris formiga enquanto os sentimentos inebriantes flutuam
para longe. — Não! Everett! — grito enquanto tento voltar para o colo dele.

— Diga-me, — ele exige.

— Você sabe que eu amo, — eu lamento. Na verdade choro. As


lágrimas brotam dos meus olhos com a dor de estar tão tensa sem liberação. —
Isso não é justo.

— Diga, Leigh. Diga isso e eu deixarei sua linda boceta cair no meu colo.

Eu estalo. — Eu te amo, tudo bem! — agarro seu queixo, lágrimas


ameaçando cair pelo meu rosto pelo quão excitada eu estou em todos os
sentidos. — Eu te amo tanto, seu idiota possessivo! Eu quero isso, mas juro por
tudo o que é sagrado, arrancareiseu pau se você me machucar de novo.

Ele sorri. — Aí está minha garota. — ele me solta e caio em seu colo
novamente. Ele agarra meus quadris e nossos lábios batem violentamente
enquanto nos esfregamos um contra o outro. Mais forte e mais rápido a cada
golpe. Seus dentes mordem meu lábio inferior, sugando-o em sua boca e eu
gemo. — Goze para mim, querida.

Meu orgasmo perdido há muito tempo voltou instantaneamente, como


se estivesse retornando em resposta ao seu comando. Estremeço em seus braços
enquanto meu corpo sucumbe ao prazer, cravando minhas unhas em seu ombro
enquanto flutuo de volta à Terra. — Você vai destruir minhas costas mais tarde,
não é? — ele vocifera no meu ouvido.

Everett e eu temos uma queda por marcar o outro, especialmente


quando estamos sem o outro por um longo período de tempo. Vai de mãos dadas
com o desejo de suas mãos em volta da minha garganta. Com puxar meu cabelo e
morder minha pele. É raro que as costas de Everett não estejam arranhadas além
da crença após uma sessão particularmente difícil. Uma vez no ensino médio, fui
para um acampamento de futebol por um mês e duas horas depois de voltar para
casa, Everett tinha arranhões nas costas como se um gato o tivesse atacado.

Estou prestes a responder a ele quando há uma batida na porta da sala


de estudo e nossos olhos saltam para o barulho. — Se você não está realmente
estudando, pode sair? Vá para outro lugar e faça isso. — Um cara que parece que
ainda não ganhou bolas, muito menos atingiu a puberdade, ouve-se do outro
lado. — Vou abrir a porta.

— Você vai se arrepender, — Everett resmunga, e mordo meu lábio


quando o formigamento retorna com seu comentário tipo alfa.

— Vamos, estou com fome de qualquer maneira, — sussurro.

Seus olhos saltam para os meus com um brilho neles. — Por mim?
— Não, por comida. — reviro os olhos.

— E talvez também por mim?

— Como desejar. — dou-lhe um olhar aguçado quando saio de seu colo,


sabendo que ele não gozou, mas eu certamente gozei. Lanço-lhe um olhar cheio
de malícia. — Você achou que eu ia tornar isso tão fácil para você?

***

O cheiro de xarope de bordo enche o ar enquanto coloco panquecas em


nossos pratos. Apesar de já passar das dez da noite, eu estava com vontade de
tomar café da manhã. Estou surpresa por não ter queimado minha casa com o
jeito que Everett está me distraindo. Ele fica bem atrás de mim quase o tempo
todo, sua ereção cavando nas minhas costas e seus lábios no meu pescoço. Em
um ponto ele deslizou a mão entre as minhas pernas e me esfregou suavemente
enquanto eu batia a massa.

Agora estamos sentados na mesa da minha sala de jantar alimentando


um ao outro com panquecas quando ele sente falta da minha boca espalhando
xarope de bordo na minha pele. — Ei! — eu rio.

— Oh merda, deixe-me pegar isso. — ele sorri e pressiona os lábios na


pele pegajosa, passando a língua pelo meu queixo e bochecha para coletar a calda
doce. — Você faz a calda ter um sabor mais doce.

Este homem está me desgastando lenta mas seguramente.


Estou me inclinando para beijá-lo quando seu telefone, que está sobre a
mesa entre nós, começa a tocar. Eu pego um olhar para o nome e, em seguida,
para ele interrogativamente.

— Por que Alli está ligando? — Não acho que Everett esteja fazendo
algo obscuro, necessariamente, mas estou irritada por ele não ter deixado claro
para não entrar em contato com ele.

— Não sei. Eu... eu não responderei.

O ciúme desliza pela minha espinha e agarra meu cérebro, e eu não


ficaria surpresa se estivesse ficando mais verde a cada segundo. — Ela está
ligando? — desabafo.

— Não. Talvez uma vez desde que terminei com ela.

Cadela. — Você viu ela? — Certo, Leigh, controle a loucura.

Everett já sabe que você é louco. Eu discuto comigo mesma. De que


adianta escondê-lo?

— Leigh... — ele esfrega a mão no meu braço e aperta nossas mãos.

Eu deslizo minha mão para fora de seu alcance e cruzo meus braços. —
Você viu ela? É uma pergunta simples, Everett.

— Não, eu não vi e não quero que você se preocupe. Ela não significa
nada.

— Ela significou o suficiente para você sair com ela. — argumento,


petulantemente.

— Leighton, — ele vocifera.


— Por que você está me repreendendo por estar chateada?

— Eu não estou querida. Eu só... odeio que você esteja chateada. —


olho em seus olhos quentes, cheios de bondade e arrependimento e amor e
mágoa. Olhos que eu sei que estão cheios de verdade. — E eu me odeio por fazer
isso com você. — ele olha para longe de mim e para a porta da frente da minha
casa. Ele balança a cabeça. — Eu só quero fazer você feliz, — ele murmura. — Por
que isso é tão difícil? — Suas palavras com sucesso me tiram o fôlego. Meu peito
aperta e por um segundo, eu sinto que meu coração pode explodir do meu
peito. Everett Cartwright me deixa feliz. Desde que tínhamos nove anos, quando
liguei nossos dedinhos e disse a ele que éramos melhores amigos. As coisas não
eram tão complicadas então. A felicidade era um conceito tão simples. Uma
simplicidade que anseio quando levamos nosso relacionamento para um
território desconhecido.

— Você faz. — Eu mordo meu lábio e atravesso a mesa para sentar em


seu colo na tentativa de aliviar o clima. Eu esfrego meu nariz contra o dele, e um
sorriso flutua em seu rosto. — Desculpe, — sussurro, — Por ser louca.

Ele levanta uma sobrancelha para mim e belisca meu lado de


brincadeira. — Eu gosto de você um pouco louca.

***
Eu bato minha mão na cama, enquanto meu rosto é empurrado com
força no colchão. — MAIS FORTE! — grito quando Everett bate em mim por
trás. Uma mão está no meu cabelo, puxando com força enquanto ele
simultaneamente me empurra para baixo, e sinto minha boceta começar a pulsar
em preparação para o orgasmo que sei que está a apenas alguns momentos de
distância. — Fique abaixada, Mills, — ele vocifera enquanto solta meu rosto e dá
um tapa forte na minha bunda.

Porra. De novo. Por favor!

— Você quer mais? — elepergunta e me questiono se falei em voz alta


ou se ele realmente pode ouvir meus pensamentos.

— Sim! Mais!

— Pergunte-me gentilmente.

— Não, — atrevo e começo a salivar por sua resposta ao meu


comentário. Eu mordo meu lábio inferior, preparando-me para sua reação
quando sinto suas unhas cravando em minha bunda. Eu grito e enrolo os dedos
dos pés enquanto a dor deliciosa toma conta. — Por favor.

A ideia de — levar as coisas devagar— havia sido esquecida há muito


tempo no segundo em que estávamos sozinhos no meu quarto. Bastou apenas
um olhar para nossas roupas começarem a voar e seu pau deslizar pela minha
garganta.

Eu tremo quando seu pau grosso me estica. Ele me fode tão forte; Eu
juro que posso sentir seu pau na minha alma. Mas eu preciso de mais. Minha mão
imediatamente vai entre minhas pernas e roço seu pau enquanto ele entra e sai
de mim. Esfrego meu clitóris, desesperada por mais fricção entre as estocadas
quando suas bolas batem contra o meu sexo. Suas mãos apertam meus quadris e,
de repente, me sinto vazia. Meu sexo imediatamente fica frio sem seu pau dentro
de mim me aquecendo.

Franzo a testa. — O que você está fazendo? — ele me vira de costas e


olha para mim. — Eu disse que você poderia tocá-lo? — ele acaricia seu pau da
raiz às pontas, esfregando os sucos do meu sexo por toda parte. Nós renunciamos
aos preservativos desta vez com pressa para ele entrar em mim, e eu aperto com
a sensualidade disso.

— Eu estava perto…

— E? — ele levanta uma sobrancelha para mim. — Se você quiser gozar,


eu cuido disso se você pedir com jeitinho.

— Foda-se, — digo antes de afundar meus dentes em meu lábio inferior


na tentativa de irritá-lo.

Ele estala a língua contra os dentes antes de se inclinar para a frente


fazendo cócegas no meu clitóris com a ponta de seu pau duro. Uma gota cremosa
se forma na cabeça e observo enquanto ele a limpa contra minha fenda. Ele abre
meus lábios e gemo quando o ar atinge minha boceta molhada. — É meu trabalho
fazer você gozar, Leighton. — ele se inclina e paira sobre mim, seu pau
esfregando contra minha pélvis. Eu tento me arquear para colocá-lo dentro de
mim, mas não adianta, pois faz cócegas na área ao redor do meu umbigo. — E eu
levo meu trabalho muito a sério, — ele sussurra contra meus lábios antes de
deixar sua língua sair para lambê-los.

Ele arrasta sua língua pelo meu corpo, parando no meu mamilo
direito. Ele suga em sua boca, mordiscando suavemente a protuberância sensível
que sempre me faz chorar. Everett adora me morder em todos os lugares, mas há
algo nos meus mamilos que o torna mais agressivo. Ele morde mais forte do que
em qualquer outro lugar e sempre causa uma reação em algum lugar entre gritar
de prazer e de dor. A linha é fraca, mas adorei procurá-la.

Ele morde um pouco mais forte a cada poucos segundos e eu já sinto as


marcas na minha pele de seus dentes se formando. Ele me deixa ir com um
pop. — Faz mais de uma semana desde que lambi sua boceta.

— Confie em mim, eu sei. — engulo em preparação para sua boca entre


minhas coxas. Eu amo tudo sobre o sexo violento, a agressão, os papéis de
dominante e submisso que assumimos no quarto porque são tão diferentes do
nosso dia a dia. Mas quando sua boca está em mim, ali, ele é apenas Everett. O
rapaz nervoso que ficou vermelho beterraba na primeira vez que perguntou se
podia me provar. O menino que foi provocado por ter uma melhor amiga. O
homem por quem estou loucamente apaixonada.

Nesses momentos, ele não é agressivo. Ele não morde ou espanca ou


puxa. Ele adora e ama e me vira do avesso em toques suaves e quentes. Sua
língua é forte e implacável, mas é suave e doce enquanto ele faz amor comigo. É
como se sua língua estivesse me dizendo que me ama com uma voz que só minha
boceta pode entender.
É insano.

— Foda-se, — ele sussurra, eu penso consigo mesmo, porque eu mal o


ouço sobre minha respiração pesada. — Eu nunca vou não querer isso. — ele
pressiona os lábios no meu sexo e desliza a língua por minha boceta.

— Oh meu Deus. — Meus olhos imediatamente se fecham quando sinto


meu corpo começar a construir.

— Olhe para mim, baby, — ele me diz, embora suas palavras estejam
abafadas porque sua língua não se moveu do meu clitóris. Eu olho para ele e
quase gozo ali mesmo quando vejo minha umidade em sua língua, misturando-se
com sua saliva. Eu costumava ficar envergonhada com quão molhada eu poderia
ficar, mas Everett com sucesso fodeu toda a humilhação de mim anos
atrás. Agora, eu tento afogá-lo toda vez que transamos.

Ele desliza dois dedos dentro de mim e os enrola para cima e eu enrolo
os dedos dos pés no colchão. — Everett!

— Você sabe o que eu quero.

A coisa favorita de Everett é me fazer esguichar, e embora eu não possa


sempre, às vezes ele pode forçar meu corpo a isso se eu estiver perto o suficiente
da borda enquanto estamos nessa posição. Eu aceno quando me sinto caindo
sobre a borda. — Oh meu Deus, eu estou gozando. — Eu agarro sua cabeça,
segurando-o no lugar, nossos olhos travados neste momento íntimo e bem na
hora as palavras saem dos meus lábios. — Eu te amo pra caralho. — As lágrimas
brotam dos meus olhos, e eu tento mover a cama para longe de sua boca, mas ele
se move comigo, prendendo minhas pernas para baixo e mantendo sua boca
presa a mim enquanto um fluxo de fluido voa do meu sexo.

— Sim, sim, porra, sim, — ele vocifera como se fosse um homem em


um deserto que acabou de encontrar água. Ele bebe de mim como se estivesse
sedento, lambendo o espaço entre minhas pernas como se eu fosse uma fonte.

Quando finalmente flutuo de volta à Terra, meus braços e pernas


parecem desossados e tudo que eu quero é me aconchegar nos braços de Everett
e dormir.

— Então são dois orgasmos para a princesa Leighton.

— Ninguém te disse para sair. — bocejo e deixo meus olhos se


fecharem. — Você sabia o que estava fazendo e uma vez que você me faz
esguichar, o jogo acaba.

Ele ri e eu o sinto empurrar meu cabelo molhado do meu rosto. Ele dá


um beijo na minha testa, e então estou me movendo lentamente em seus braços
e felizmente para fora da poça que fiz na minha cama. Ele puxa o cobertor sobre
nós e beija meu nariz uma última vez. — Eu te amo.

Eu pressiono meus lábios em seu peito nu e aceno. — Nós podemos


foder quando eu acordar.

— Você aposta sua bunda que nós vamos. — Sua voz é uniforme e
calma. — E eu literalmente quero dizer sua bunda.
CAPÍTULO 7
Everett

Foram possivelmente as melhores três semanas da minha vida. Claro,


eu sempre gostei do meu tempo com Leighton, mas há algo tão diferente sobre
nós agora.

Ela é realmente minha agora.

E foda-se se eu não amo ser dela.

Especialmente todas as manhãs com seus despertadores especiais.

Dave e Pat finalmente pararam de me criticar por ter sido chicoteado


porque perceberam que eu não poderia dar a mínima para o que seus traseiros
pensavam. Eu tenho Leighton. A garota por quem estou apaixonado desde que
me lembro.

A faculdade é ótima. Ainda estou a caminho de me formar summa cum


laude4, estamos invictos no lacrosse e estou passando todas as noites dentro da
minha pessoa favorita no mundo. E o sexo... o sexo que eu achava que já era
alucinante, de alguma forma ficou melhor.

Nada pode me derrubar.

4
Deriva da língua latina... significado, com (maior) honra.
Estou sentado no pátio no primeiro dia verdadeiramente quente do ano
quando sinto mãos sobre meus olhos e um beijo molhado na minha bochecha. —
Adivinha quem?

— Umm... Skyler? — estou brincando.

—Foda-se. — ela zomba enquanto joga sua bunda atrevida no meu colo
e se move muito.

— Merda, baby, você não pode? — agarro seus quadris para impedi-la
de se mover quando ela olha para mim com aqueles olhos diabolicamente sexy.

— Estou com tesão pra caralho, podemos ir para casa por favor? — ela
choraminga. Eu empurro suas bochechas juntas e pressiono meus lábios nos dela.

— Eu preciso parar em um dos horários de expediente do meu


professor, mas encontro você no meu carro em vinte? — olho para o meu relógio
antes de encontrar seu olhar.

— Ok, eu pegarei alguns refrigerantes no refeitório. Acho que estamos


sem dispensa e não estou com vontade de ir ao supermercado.

É quinta- feira com sede e a primeira depois de uma semana infernal de


meio de semestre, então alguns de nós estão querendo se soltar. Eu não tenho
aula às sextas-feiras, e a aula de Leighton foi cancelada, então já estamos nos
preparando para causar sérios danos aos nossos fígados esta noite.

— Ok, mas você pode conseguir algo além da dieta? — dou-lhe um


olhar aguçado e ela passa a língua pelo dedo médio lascivamente antes de me
soprar um beijo.
Pequena provocação.

***

Estou encostado no meu carro esperando por Leighton quando percebo


um movimento com o canto do olho. — Baby, eu... — olho para cima do meu
telefone esperando que seja Leighton com duas garrafas de coca diet só para me
irritar quando Alli aparece. Seu rosto está pálido e ela mal está usando
maquiagem, o que é diferente dela.

— Ei, Everett. — Sua voz é baixa e insegura, e eu imediatamente


defendo que ela está prestes a me contar uma história triste sobre como eu a
machuquei e ela me quer de volta.

— Alli... — Eu imediatamente procuro no perímetro do estacionamento


por Leighton. Eu não tenho certeza se ela perderia a cabeça sobre nós
conversando, mas eu não podia ter cem por cento de certeza. — Ummm... como
você está? — pergunto, tentando manter as coisas leves. Eu sei que não devo
nada a Alli necessariamente, mas como todo mundo disse com tanta eloquência,
eu meio que fodi com ela.

Ela solta um suspiro e aperta os olhos fechados. — Grávida.

Eu pisco meus olhos várias vezes para ela enquanto ela lentamente abre
os dela. — O quê?
— Estou grávida, Everett. E antes que você fique nervoso e estranho e
desdenhoso, é seu.

Há um milhão de pensamentos passando pela minha cabeça agora e


nenhum deles parece apropriado para deixar escapar neste momento, então eu
vou com o menos ofensivo. — O quê?

As lágrimas inundam seus olhos azuis e ela as afasta. — Minha pílula


deve ter falhado. não sei... e...

Eu levanto minhas mãos, mas por quê? Não sei. Talvez para fazê-la
parar de falar ou para impedi-la de dar um passo mais perto ou talvez porque
estou desesperado para que ela retire essas palavras. — Nós não fizemos sexo,
Alli, — eu interrompo.

— Ainda segurando isso, hein? — ela grita, seus olhos azuis irritados e
duros. — Eu não teria fodido você sem camisinha.

— Mesmo se usássemos uma, eles não são 100% eficazes, bio major5.
— O sarcasmo escorre de sua voz.

— É muito cedo para você saber se...— Eu começo a fazer algumas


contas na minha cabeça quando ela interrompe.

— Quatro semanas. Eu estava atrasada. Acabei de sair do posto de


saúde... ia perguntar se podíamos nos encontrar e então vi você aqui... sozinho...
sem sua sombra. — meus olhos saltam para os dela, avisando-a quando ela
levanta as mãos. — Olha, eu não estou tentando destruir as coisas com sua

5
Refere-se ao seu curso na faculdade.
preciosa Leighton. — Não, farei tudo sozinha. Meu coração salta ao ouvir o nome
dela sair dos lábios de Alli. Leighton vai me odiar. Ela me deixará...
porra. Porra. Porra. — Mas...

— Você está ficando? Quero dizer, eu apoio... mas... você não pode
estar, certa? Eu tropeço em minhas palavras, não querendo soar como um idiota
patriarcal que não acredita em dar escolhas das mulheres. Eu balanço minha
cabeça, decidindo tomar uma abordagem diferente. — Você quer ser capitã de
torcida, e você gosta de um monte de merda. Você mergulha seu fígado em vodka
três vezes por semana. Você quer ser presidente da Beta Sig, como você fará tudo
isso com uma porra de um bebê?

Ela puxa o rabo de cavalo e fecha os olhos. — Eu não... eu não sei,


Everett, mas acho que não conseguiria fazer isso. É... um bebê.

— Um que você quer criar comigo? — Isso é besteira e não como eu


imaginei que aconteceria na primeira vez que me disseram que eu seria pai.

Em primeiro lugar, esta é a mãe errada.

— Ouça, estou tão chocado quanto você. Eu só queria te dar uma dica,
estou grávida e... é seu.

— Você é uma maldita mentirosa. — As palavras são mais altas que as


minhas, embora eu possa ou não ter pensado nisso pelo menos uma dúzia de
vezes durante esta conversa. Leighton se move em nossa direção, suas mãos
tremendo apesar do saco de dois litros em suas mãos. Eu vou removê-las de seu
alcance e embora ela recue, ela me deixa pegar as sacolas pesadas dela.
— Eu não sou, Leighton, — Alli responde.

Leighton olha para mim. As lágrimas estão lá, mas elas não começaram
a deslizar pelo seu rosto doce. — Diga-me... diga-me que ela está mentindo,
Everett. Por favor, — ela implora comigo. Na verdade pleiteia. Eu nunca vi
Leighton Mills me implorar por nada além de um orgasmo. Seu lábio inferior
treme e quando estou prestes a falar, Alli interrompe.

— Ele não pode. É o bebê dele. Não estou com ninguém desde aquela
noite em que dormimos juntos.

Posso ver que suas palavras afetam Leighton, embora ninguém mais
pudesse dizer. Ela olha para longe de nós dois e cerro os dentes, chateado que
Leighton está sofrendo o peso disso. — Alli, obrigado por... me contar. Podemos
continuar essa conversa... — Olho para Leighton, que parece estar segurando a
porra de um fio, — Mais tarde?

— É claro. Você tem meu número. — ela lança um olhar para Leighton,
tentando enfiar a faca mais fundo, tenho certeza, mas Leighton nem parece
notar.

Eu prendo Leighton contra o meu carro antes que ela possa decidir que
não quer que eu a toque. — Querida, diga alguma coisa.

— Você... você vai ter um bebê? — ela solta um suspiro quando a


primeira do que eu suponho ser várias lágrimas começam a cair. —
Com ela? Como? Por quê? — Suas narinas se dilatam e ela torce os lábios em um
beicinho que me faz acreditar que ela está mastigando o interior de sua bochecha
para não quebrar completamente. Não tenho certeza se ela estava me fazendo
essas perguntas ou o universo, mas estou quieto porque, francamente, não tenho
as respostas.

— É engraçado, — ela continua. — Eu sempre... eu sempre pensei que


seria a mãe quando você decidisse ter um bebê. — ela pisca as lágrimas de seus
olhos e olha ao redor do estacionamento. Eu envolvo meus braços ao redor dela e
ela deve estar em choque porque aconchega seu rosto contra o meu peito.

— Eu quero isso... você e eu tendo bebês. Eu quero isso, querida. —


fecho meus olhos e amaldiçoo cada poder superior por fazer isso comigo. Eu só
quero Leighton. Tudo o que me importa é Leighton, e isso vai arruinar tudo.

— Você dormiu com ela... oficialmente. — ela se afasta e torce o


nariz. — Eu estava segurando a esperança de que você não o fizesse.

— Ainda não me lembro... não me lembro de tocá-la. Eu…

— Isso importa? A prova está no forno. Ou... seu útero... eu não sei. —
ela olha para mim e faz seu caminho para o outro lado do carro. — Podemos ir
para casa? Eu quero começar a beber. Estou ficando absolutamente bêbada esta
noite.

***

— Você fez o quê? — Os olhos de Peyton estão arregalados e como se


estivessem prontos para matar. Ela bate a mão no balcão ao lado das doses que
elas serviram e aponta para mim. — Eu sabia que você era um idiota obscuro do
caralho, — ela vocifera e os olhos de Skyler atiram para os meus como se
dissesse que eu estava do seu lado. Eu estava torcendo por você, mas agora...

Leighton está sentada no balcão, comendo pretzels diretamente de


uma sacola enquanto ela bebe o que é possivelmente o maior copo de vodka pura
que eu já a vi ingerir.

— Paternidade... testes de paternidade. Você não pode ser tão estúpido


que você está apenas acreditando na palavra dela. Vocês estão separados há um
mês. E foi apenas uma vez em questão, certo? — Skyler diz enquanto olha para
mim e para Leighton. Eu aceno enfaticamente. — Vamos todos relaxar. — Os
olhos de Skyler se arregalam quando ela toma uma das doses que Leighton
derramou. — Ela disse isso... de verdade? Um bebê?

Eu não estava empolgado que Skyler e Peyton soubessem da notícia


antes que eu tivesse uma chance real de falar com Leighton, mas elas estavam em
casa e Leighton quebrou cerca de um minuto de seu primeiro gole, que ela levou
cerca de dois segundos depois que passamos. a porta. Eu não podia nem culpá-la.

— Grávida. — Leighton aponta para mim. — Papai do bebê. — ela


soluça quando se vira para mim. — Eu realmente pensei que você não transou
com ela. Eu pensei... eu pensei que nós dois só ficaríamos um com o outro para
sempre. Ela olha para baixo em seu colo. — Acho que foi apenas uma ilusão.

— Não é! — Eu imploro enquanto atravesso a cozinha para ficar na


frente dela. Eu levanto seu queixo ligeiramente para encontrar meu olhar. —
Você é a única pessoa que eu já... — eu me viro e olho para Skyler e Peyton. —
Vocês se importam?
— Então, você pode fazer uma lavagem cerebral em nossa amiga? —
Peyton bate o pé e desvio para Skyler esperando que ela opte por nos dar um
pouco de privacidade e forçar Peyton a sair da sala, mas ela apenas me encara
com uma expressão solene.

—Eu... eu sempre estive do seu lado, Everett, mas... Leigh? — ela olha
para Leighton e depois para mim antes de colocar um fio de cabelo atrás da
orelha.

— Eu não sou a única pessoa que você já... — Leighton sussurra. — E


agora ela está grávida.

— Por favor, não corra... por favor, não me deixe.

— Ah, então isso é tudo sobre você? — ela estreita o olhar para mim
antes de estalar os olhos para suas amigas. — Fora.

Eu quase quero me virar e implorar para que suas amigas fiquem, mas
agora, de repente, elas parecem estar com pressa de ir embora.

— Não importa, esta é a segunda vez em um mês que você quebra meu
coração em um milhão de pedaços. Você está pedindo que eu não deixe você até
quando? Você e Alli vão brincar de casinha em alguma fraternidade patrocinada
fora do campus? Passo. — ela bufa sarcasticamente, mas eu posso ver a dor em
seus olhos

— Isso não acontecerá, Leigh. No máximo, aprenderíamos a, não sei,


ser pais. Mas eu nunca ficarei com ela. Eu quero estar com você.
Ela acena com a cabeça. — Sorte minha. — ela toma um grande gole de
sua bebida e estremeço. Quero tomar a bebida dela, sabendo que nada de bom
viria disso, mas tenho quase certeza de que estaria arriscando minha vida.

— Leighton... olhe para mim, — ordeno, e apesar de sua devastação,


sua irritação, sua raiva, seus olhos voam para os meus. — Eu cometi um erro. Mas
você me aceitou de volta sabendo que havia uma chance de ter dormido com ela,
e agora parece que dormi. E é foda. Você não merece essa merda. Mas eu te
amo. Eu te amo mais do que me odeio agora, e eu sei que é egoísta, mas eu estou
pedindo... implorando que você fique comigo nisso. Eu sei que isso significa que
Alli tem que estar em nossas vidas, mas eu não a quero... não existe eu e
ela. Somente eu e você.

***

Apesar do fato de estarmos nos preparando para sair mais tarde, às


cinco e meia Leighton está bêbada, e posso vê-la se fechando na minha frente. Eu
deixei de beber por razões óbvias, então quando ela começa a tropeçar no andar
de cima, eu a sigo de perto para acalmá-la, se necessário. Observo enquanto ela
tira os sapatos e se deita na cama. Ela olha para o teto por alguns momentos,
então fecha os olhos e pressiona o rosto no travesseiro. Eu vejo como seus
ombros começam a tremer sob a força deste dia de merda.
— Baby... — Estou ajoelhado ao lado de sua cama em um segundo,
esfregando suas costas e acariciando seu cabelo. — Eu sinto muito. Então, porra,
desculpe.

Quando ela se vira para mim, seus olhos estão vermelhos e o espaço
embaixo deles já está começando a inchar um pouco. — Como... como isso pode
acontecer? Não é justo.

— Você está certa, não é justo. É tão foda. — Eu estive tão focado em
Leighton e como ela está lidando com isso que eu não acho que eu poderia ser pai
em nove meses. Eu solto um suspiro. — Não estou pronto para ser pai.

Seu lábio treme e eu quero esfregar meus lábios nos dela para tentar
tirar a dor. — Você vai esquecer tudo sobre mim.

— O quê? — estreito meus olhos para ela. Ela é louca? Ela é o centro do
meu mundo. Eu nunca a esqueceria.

— Você vai ter um bebê e... eu não serei mais importante.

— Você sempre será importante, Leigh. A mais importante.

— Não é mais importante que seu bebê. — ela suspira. — Por que não
poderia ter sido eu? — ela choraminga. — Eu amaria tanto seu bebê, Everett. —
Seus olhos estão vidrados e eu não tenho certeza se é tudo das lágrimas ou do
álcool batendo forte e rápido. Ela fecha os olhos.

— Eu daria qualquer coisa para ser você, — sussurro enquanto pego sua
mão na minha. Eu me levanto ao lado de sua cama e rastejo atrás dela, puxando-a
contra o meu peito, esfrego meus dedos para baixo do seu rosto suavemente e
ela suspira enquanto sucumbe a um sono induzido pelo álcool. — Por favor, não
desista de nós, Leigh.

Ela se vira e se aconchega primeiro no meu peito, e aprecio sua


vulnerabilidade.

Ela quer que eu a conforte. Ela quer que eu melhore isso. Ela não me
odeia. Ainda.
CAPÍTULO 8
Leighton

Antes mesmo de estar totalmente acordada, meu coração fica apertado


no peito. Aperta tanto que estou desesperada para voltar ao meu estado de coma
anterior para não ter que lidar com a tempestade de merda da minha vida.

Everett engravidou Alli. Everett será pai.

Everett está tendo um bebê com outra pessoa.

Nada sobre isso é justo e tenho autoconsciência suficiente para saber


que terei dificuldade em lidar com isso. Eu não tenho certeza se estou
necessariamente chateada com o potencial incidente único em que meu homem
fodeu outra mulher... embora, isso realmente me irritou.

Mas é mais do que isso. Ela vai tê-lo de uma maneira que eu não
posso. Uma maneira que nunca poderia tê-lo. E ela vai tê-lo para sempre... ou
pelo menos nos próximos dezoito anos. Uma letra muito familiar de Kanye West
flutua na minha cabeça e me lembro do comentário de Skyler.

Alli poderia estar cheia de merda? Claro, ela é mesquinha e me odeia,


mas ela realmente iria tão longe? Fingindo uma gravidez? Ou talvez ela estivesse,
mas não é o bebê de Everett? Isso é tudo uma manobra para que ela possa tê-lo?

— Eu posso ouvir você pensando. — Estou em braços fortes e por um


segundo deixo que eles me acalmem nessa falsa sensação de segurança. Por um
segundo, finjo que o início de um tornado não está girando em torno de nós,
ameaçando destruir a base sólida que passamos onze anos construindo. Eu me
viro em seus braços e olho para os olhos azuis sonolentos.

— Você pode me culpar? — sussurro. Seu peito está nu e eu pressiono


meu rosto no espaço quente logo acima de seu coração. Há um leve punhado de
cabelo, mas na maior parte, ele está bem nu. Ele me puxa com mais força contra
ele e esbarro em seu pau que provavelmente está no ar há mais tempo do que
nós dois.

Ele se afasta um pouco para que eu não me esfregue diretamente nele,


e não consigo decidir se estou aliviada ou irritada. Fisicamente, estou pronta para
atacar. Mentalmente, não consigo lidar com esse nível de intimidade enquanto
estou combatendo uma ressaca emocional que rivaliza com qualquer outra física
que já experimentei. — O que você pensa sobre? — ele pergunta.

— O que acontece agora?

— Eu não sei... — ele se afasta de mim para olhar para o meu teto, e
imediatamente sinto a ausência de seu toque. Eu sei que esta situação é maior do
que apenas meus sentimentos, e temo que Everett use isso como uma razão para
não confiar em mim. Ele não arriscaria me perturbar revelando seus medos e eu
odeio isso.

Eu me sento e olho para ele. — Sim, você sabe, — murmuro. — Fale


comigo. Não me deixe de fora, Everett. Agora não.

Ele vira a cabeça para olhar para mim e estende a mão para passar a
mão pelo meu rosto. — Isso não é problema seu, e odeio que isso acabe
machucando você.
Eu franzo minhas sobrancelhas e balanço minha cabeça. — Não é um
problema, Everett. É um bebê. E por mais que eu queira odiar... ele, ela, tanto
faz... eu não posso. Porque é seu bebê. Mesmo que não seja meu também. Não
esconda as coisas de mim. Estou aqui. Eu quero estar... eu só... — solto um
suspiro. — Só vai levar algum tempo para se acostumar.

Ele acena com a cabeça e estende a mão para me puxar para baixo pela
parte de trás do meu pescoço. — Obrigado, — ele sussurra. — Eu estava
preocupado que eu teria que fazer isso sem você.

Bem, você está... minha mente pensa involuntariamente, e eu fecho


meus olhos com o pensamento. Vai levar algum tempo para treinar meu cérebro
para não voltar imediatamente ao sarcasmo ou maldade ou raiva com Everett – e
até mesmo Alli. — Acho que devo ligar para meus pais. — ele diz.

— Eve e Mike vão enlouquecer, — digo. — Não, sério, eles


provavelmente vão voar para cá. — olho para o teto e um sorriso encontra meu
rosto. — Na verdade, isso não seria a pior coisa. Estou com vontade de comer um
bife. — Everett olha para mim e eu rio. Apesar de seu divórcio desagradável, eles
ainda aparecem para Everett. Eles tinham feito suas caras educadas e lidado com
formaturas e dia de mudança para a faculdade três vezes e fins de semana em
família e jogos de lacrosse do campeonato. Eles vestiram suas roupas de pais da
CGU e jogaram bem no fim de semana e sempre terminavam com um jantar
chique para o qual eu sempre era convidada. Às vezes o padrasto de Everett
vinha, mas Everett não gosta muito dele, então Eve manteve suas aparições no
mínimo.
— Meu pai vai chutar minha bunda. Ele sempre me avisava sobre
proteção. — ele geme. — Claro, ele parou quando descobriu que eu só estava
transando com você.

— Como deveria. Ele sabe que eu lhe daria netos lindos pra caralho, —
brinco, e percebo que, em vez de sarcasmo ou raiva, talvez o humor seja meu
mecanismo de defesa em tudo isso.

— Vai dar a ele alguns netos bonitos pra caralho, — Everett corrige.

Eu reviro os olhos. — Que tal você se concentrar na que você


engravidou agora, ok? — Ah, aí está o sarcasmo. Bem na hora. Estou fora da cama
e vestindo um par de leggings e posso sentir o olhar de Everett me seguindo pelo
quarto.

— Você quer que eu vá? — ele pergunta, e suspiro, balançando a


cabeça.

— Não... não, eu não. Se você for embora, eu pensarei que você está
com ela e eu só... odeio que você tenha que passar um tempo com ela.

— Baby... — posso senti-lo se preparando para me acalmar, e eu não


quero ouvir isso.

— Não. Eu sei que é estúpido e bobo, mas estou com ciúmes, ok? Estou
com ciúmes e odeio que ela ganhe. — corro uma escova pelo meu cabelo e o
torço em um coque no topo da minha cabeça.

— Eu não acho que ela ganha, querida. Toda a sua vida está prestes a
ser virada de cabeça para baixo.
— Você está defendendo ela? Ela provavelmente engravidou de
propósito, — retruco enquanto tiro a camiseta de Everett e a substituo por uma
minha.

— Leigh... eu duvido disso. — ele bufa quando se levanta, e eu odeio


que ele esteja descartando minha ideia tão rapidamente. Ele veste um moletom e
fica na minha frente, colocando as mãos nos meus ombros. — Eu fico com
ciúmes. E não posso culpá-la por se sentir assim pelo fato de que haverá um bebê,
mas não quero que sinta ciúmes de Alli. Se você está pensando que ela me —
ganhou, — então pare com isso. Ela não. Eu sou seu, Leigh. — ele diz enquanto
seus olhos perfuram os meus.

Eu suspiro e aceno lentamente, tentando sacudir minhas inseguranças


do meu cérebro com cada aceno de cabeça. Nós nos arrastamos para o banheiro
para escovar os dentes e fazer outras atividades matinais que têm casal escrito
sobre eles antes de descer. Quando chegamos ao fundo, vejo Peyton tomando
um copo de suco de laranja que tenho certeza que está batizado com algo
enquanto ela verifica seu telefone. — Ei.

— Ei, — Peyton me olha e posso dizer que ela está tentando ler a
situação enquanto seus olhos se movem para a frente e para trás entre mim e
Everett.

— Onde está Sky?

— Lá em cima chupando o pau de Aidan, eu suponho. — ela diz


enquanto se volta para o telefone. — Um simples ela ainda não acordou teria sido
suficiente. — reviro os olhos enquanto abro a geladeira, e com certeza, veja uma
garrafa de champanhe recém estourada. Ela ri para si mesma e quando eu me
viro, ela bebe o resto de seu champanhe. — Onde está o fogo?

— Vou a uma festa diurna no Alpha Pi. — Ela já está vestida para o dia,
ostentando sua jaqueta de couro e seu top favorito com um par de jeans
da sorte. E não me refiro à marca.

— Sozinha?

— Não, ho. Você vem. — ela pega seu compacto e verifica seu batom
vermelho brilhante no espelho antes de franzir os lábios.

— Eu? — pergunto assim que Everett, cujas orelhas se animaram do


outro lado da sala, diz: — Quem?

Peyton levanta o dedo médio e o segura atrás da cabeça em direção a


Everett. — Você está vindo, Skyler tem planos com Aidan, e não pode estar de
plantão em Leighton hoje. Ela disse que deveríamos ir fazer manicure pedicure ou
ver um filme ou alguma merda, mas não é assim que eu evito minha garota de
ficar pensando em besteiras. — ela se vira e olha para Everett para levar para casa
a parte sobre o que exatamente ela está se referindo como 'besteira'. — Estamos
ficando bêbadas.

— Pey... eu aprecio o sentimento, embora eu realmente não precise de


uma babá... — Eu a encaro.

— Claramente isso foi uma piada, mas você acabou de descobrir que o
amor da sua vida pode ter engravidado outra garota, você pode ficar chateada,
você pode precisar de suas amigas e você pode ficar bêbada. com essas amigas e
deixar os caras gostosos da fraternidade te embebedarem. — ela olha para
Everett novamente. — Eu sei que você o conhece há cem anos, mas as pessoas
mudam, querida. Nem todo mundo fica amigo de seus amigos de infância para
sempre.

— Suficiente! — Everett grita enquanto se move para a cozinha. Sinto


sua raiva sob minha pele e sei que preciso acalmá-lo antes que ele exploda.

— Querido... — Eu não sei como eu perdi, mas o olhar nos olhos de


Peyton me mostra que ela está mais do que algumas mimosas, e ela está pronta
para ir para a jugular de Everett.

— Peyton, não comece essa merda. — Os olhos de Everett estão mais


escuros do que o habitual azul brilhante e posso ver o tom em suas bochechas de
quando ele está irritado.

— Que merda? — ela se levanta e bate a mão contra o balcão. — Você


engravidou outra garota! Quando você professa estar tão apaixonado pela minha
melhor amiga!

— Ela era minha maldita melhor amiga primeiro, Peyton. Não fale
alguma merda como se eu não me importasse com ela ou você a conhecesse
melhor do que eu.

— Ok, não fale de mim como se eu não estivesse na sala. — Eu


interrompo e olho para os dois. — Leigh, você não precisa disso. Eu sei que você
está muito perto e muito envolvida na situação, mas você não está vendo isso
pelo que é. Você vai o quê? Ajudá-lo a criar um filho com outra mulher com quem
ele traiu você?
— Peyton... pare com isso, — digo a ela. Não só eu não queria ouvir, eu
certamente não queria ouvir agora na frente de Everett.

— É uma merda. — ela aponta para mim.

— Peyton, isso não é da sua conta, — Everett vocifera — E você está tão
desesperada para não ser uma quinta roda, você está usando isso para recrutar
uma nova ala. Não projete sua miséria em mais ninguém, — continua ele.

— Everett! — grito.

Os olhos de Peyton se arregalam e ela dá um passo para trás. — Você


acha... você acha que eu sou miserável? Se você fizer isso, você não está
prestando atenção. Que motivo eu teria para querer entrar em um
relacionamento? O que eu vi aqui? — ela aponta para a frente e para trás entre
mim e Everett. — Não, eu prefiro que meu homem não durma com outras
mulheres e as engravide. Boa tentativa embora. Por favor, explique-me
como você passou em psicologia. Não, você está me atacando porque eu
manterei isso real com Leighton e isso te assusta pra caralho, porque eu posso ser
capaz de acabar com a baboseira que você tem sobre ela.

Eu posso ver Everett se preparando para seu retorno, então eu levanto


minha mão. — Vocês dois, o suficiente, — grito e olho para Everett. — Você pode
nos dar um segundo? — ele estreita o olhar para ela antes de voltar para as
escadas sem outro olhar para mim. Eu olho para ela antes de apontar para a
nossa porta da frente. Eu a sigo para fora e a fecho lentamente atrás de nós. São
apenas dez da manhã, o que significa que ainda está frio, mas é abril, então já
está girando em torno de cinquenta graus.
— Ouça, Leigh, me desculpe por ter falado assim. — Ela parece
arrependida, e eu sei que ela se sente mal, o que me acalma um pouco.

Não tenho certeza do que quero dizer a ela. Eu quero gritar com ela e
abraçá-la e chamá-la de pior amiga e melhor amiga. Eu quero questioná-la por me
julgar e agradecê-la por vocalizá-lo. Estou tão em conflito e odeio que os
sentimentos do homem atualmente fervendo no meu quarto causem tanto
conflito.

— Diga alguma coisa, — diz ela enquanto se inclina contra o corrimão


de aço ligado às nossas escadas.

— Você acha que eu sou idiota?

Seus olhos se arregalam como se ela estivesse chocada. — Você acha


que não é?

— Acho que Everett cometeu um erro, mas... acho que ele me ama. Eu
sei disso sem o pau dele dentro de mim Pey.

Uma porta se abre e Skyler sai puxando seu roupão sobre ela. — Estou
ficando muito cansada de ser interrompida durante o sexo.

— Desculpe, Everett e Peyton entraram na Terceira Guerra Mundial. —


estremeço.

— Não, não foi isso que eu ouvi. Everett batendo na minha porta e me
chamando aqui embaixo para ter certeza de que você tinha alguém além da
opinião do devorador de homens foi o que nos interrompeu. Para ser justa, acho
que ele não sabia que estávamos fazendo sexo, mas ainda assim. — ela leva a
xícara de café aos lábios e sopra o vapor. — Então o que está acontecendo?

— Everett teve um ataque porque quero levar Leigh para uma festa
diurna, — diz Peyton.

— Foi mais do que isso e você sabe disso. — interrompo. — Você fez
parecer que estava pronta para me apresentar a um grupo de irmãos de
fraternidade excitados como uma mulher solteira. — dou-lhe um olhar aguçado, e
Peyton dá de ombros.

— Olha, só estou dizendo que você tem vinte anos e talvez isso... seja
um sinal. Deus trabalha de maneiras misteriosas e tudo mais.

— Você não é religiosa, — Skyler interrompe.

— Estou realmente chocada que você não se transformou em uma


estátua de sal, — acrescento.

Peyton dá um tapa no meu ombro e balança a cabeça antes de coçar o


piercing no nariz. — Ouça, você tem cem por cento de certeza de que Everett é o
cara certo? Porque é melhor você ter certeza antes de embarcar nessa jornada
com ele, e acho que será mais difícil do que você pensa se acostumar com esse
novo normal. Só porque você o conhece há onze anos e pode operar o pau dele
antes de operar um carro, não significa que ele é o seu felizes para sempre. E
entendo que os relacionamentos não são fáceis e nem tudo é um passeio no
parque, mas isso pode ser literalmente um passeio pelo inferno.
Movo meus olhos para Skyler, que está pulando em seus calcanhares,
provavelmente porque minha amiga perpetuamente fria está em quase nenhuma
roupa além de um roupão de seda fina. — Eu vejo o lado dela, Leigh. — Seu rosto
está triste, e sei que ela sente que está me decepcionando. Ela é a
otimista. Aquela apaixonada. A feliz.

Meus olhos se enchem de lágrimas e torço o nariz. — Você deveria ser o


Time Everett.

— Eu sou Team Leighton. Eu só... eu quero que você seja feliz. Essa
coisa toda não é justa com você. Eu sinto por Everett também, não me entenda
mal, mas se ele se lembra ou não, — ela encolhe os ombros. — Ele fez a cama
dele…

— Não sinta que você tem que se deitar com ele. — Peyton fala e
Skyler, que eu esperava que dissesse que não era para onde ela estava indo com
isso, apenas concorda com a cabeça.

***

— Ei. — entro no meu quarto para ver Everett totalmente vestido e


sentado na beira da minha cama com os braços apoiados nos joelhos. Sua cabeça
se levanta para encontrar a minha e então ele sorri como se não me visse há uma
eternidade. Como se apenas eu entrar no quarto o fizesse se sentir melhor. Mas
tão rápido quanto ele sorri, ele franze a testa como se estivesse lembrando onde
eu estive.

— Suas amigas terminaram de cagar em mim?

— Isso não é justo, Everett.

Eu vejo a dor em todo o seu rosto e isso faz meu coração bater dentro
do meu peito ver a vulnerabilidade estragar suas feições perfeitas. — Não
é? Então, como você chama o que Peyton estava dizendo?

— Ela sabe que estava fora da linha e pediu desculpas. — ofereço,


fracamente.

— Estou sentindo um mas…

— Esta situação é difícil de navegar. Em um minuto acho que podemos


fazer isso e no próximo…

— E suas amigas estão tornando as coisas mais fáceis julgando


você? Julgando-me? — ele interrompe.

— Ninguém está julgando você, Everett.

— Peyton certamente está.

— Não é julgamento. Ela nunca julgaria alguém por transar com alguém
e engravidar acidentalmente. Há uma razão para ela tomar o Plano B como se
fosse uma vitamina diária. Não aja como se fosse sobre isso. Ela está com raiva de
você por minha causa. E acredito que você tinha algumas coisas para dizer
também.

— Ela começou.
— Eu não me importo com quem começou…

— Leigh, eu vou aceitar merda de você, mas não de suas amigas. — ele
esbraveja.

Ele realmente acabou de dizer isso para mim? — Aceitar merda? Sério?

— Você sabe o que eu quero dizer.

— Não, na verdade não. Me esclareça. É isso que você acha que é


isso? Aceitando minha merda? Ok, bem, você pode ir. — dou de ombros. Eu não
quero que ele vá, mas se ele quiser, que assim seja.

— Isso não foi o que eu quis dizer.

— É o que você disse. Literalmente. — grito.

— Eu só quero dizer, você atacando e ficando chateada é... eu entendo


isso, e aceito, e quero que trabalhemos nisso, mas não estou em um
relacionamento com Peyton ou Skyler. — Eu não digo nada quando ele fala. — E
eu já posso ver que elas estão chegando até você.

— Chegando a mim? Que porra? Você sabe que estou tão cansada de
todos aqui pensando que não tenho controle sobre meus próprios
pensamentos. Que eu sou tão fortemente influenciada pelo seu pau ou minhas
amigas. Você quer ouvir alguns dos meus próprios pensamentos? Em primeiro
lugar, toda essa situação é uma merda, Everett. Meu corpo começa a tremer de
raiva e exaustão e sei que preciso controlar meu temperamento antes de perdê-
lo. — Em segundo lugar, eu não acredito nessa besteira, não me lembro de foder
com ela por um segundo. Então, precisarei seriamente que você mude sua
narrativa.

— Eu não!

Eu coloco minha mão para cima. — Para mim chega. Eu te amo mas…

— Não. — ele se move em minha direção. — Eu me recuso a


aceitar. Isso não pode acabar. — ele vira meu pulso e passa o dedo sobre o
roteiro, lembrando-me de quão profundo é o nosso amor. — Fuja comigo.

— Então, você será um abandono da faculdade e um pai caloteiro acima


de tudo? — fungo de volta uma memória dolorosa. — As crianças crescem
odiando esses pais, lembra?

Eu não tenho lembranças do meu pai biológico, e cerca de milhões de


cartões de aniversário recheados aleatórios no meu quarto enviados com
cinquenta dólares a cada aniversário. Eu nunca o conheci, então eu nunca
necessariamente senti falta dele. Felizmente para mim, eu tive um padrasto
maravilhoso que preencheu esses sapatos, mas isso não impede os buracos e os
sentimentos de rejeição que surgem quando lembro que ele partiu no segundo
em que minha mãe soube que estava grávida.

— Mas você vai me odiar. — ele segura meu rosto e se inclina hesitante
para roçar seus lábios nos meus. Eu suspiro em sua boca e envolvo meus braços
ao redor de seu pescoço.

— Nunca.
— Podemos levar isso dia após dia. Na sua velocidade... O que você
quiser. Eu só... não posso fazer isso sem você, Leigh.

— Você não vê como egoísta é pedir isso de mim? — me afasto, as


lágrimas escorrendo dos meus olhos.

— Não! Porque eu faria isso por você! Eu faria o que fosse preciso para
estar com você se soubesse que você me ama. E sei que você me ama, Leigh.

— Essa não é a questão! Você está me pedindo para assistir você ter um
bebê com outra mulher.

— Que não significa nada para mim! — ele interrompe, enquanto suas
mãos apertam ao meu redor para evitar me afastar de seu alcance.

— Ela será a mãe do seu filho; ela deve significar alguma coisa.

— Só quero dizer... ela não é você. Ninguém jamais poderia ser você.

— E se seus pais ou os pais dela quiserem que vocês dois se casem, e


daí?

— Você tem lido muitos de seus livros. Estamos em 2019. Você não
precisa se casar só porque vai ter um bebê. — ele balança a cabeça. — Não vou
me casar com ninguém além de você. — Eu nem me permito apreciar a agitação
na minha barriga com o seu comentário. Ele quer se casar comigo. Ele quer para
sempre comigo.

Mas o que trariam os próximos nove meses?


Estou prestes a responder quando o telefone dele ganha vida. Ele
atravessa o quarto para pegar seu telefone e um gemido baixo sai de seus
lábios. — Porra.

— É Alli?

Ele balança a cabeça. — O meu pai. Liguei para ele quando você estava
lá embaixo, e agora estou me arrependendo de tudo.

— Você deveria dizer a ele; Apenas acabe com isso.

Ele solta um suspiro, seu dedo pairando sobre a tela. — Você ficará?

Concordo com a cabeça e observo enquanto ele desliza lentamente o


dedo. — Oi, pai. — ele solta um suspiro. — Espero que você esteja sentado.
CAPÍTULO 9
Everett

— CARTWRIGHT! — Treinador Peck grita do outro lado do campo.

Eu desacelero para uma corrida antes de ir para a linha lateral enquanto


meus companheiros de equipe continuam a correr depois de uma scrimmage6 de
merda que provavelmente poderia ser atribuída aos meus quatro passes
perdidos. Eu já sei que o treinador vai me dar um empurrãozinho, mas também
sei que apesar do meu dia de folga – semana de folga, duas semanas... que ainda
sou o melhor jogador do time de longe.

O treinador Peck cruza os braços sobre o moletom da CGU e vira o boné


para trás, provavelmente para que eu possa ver melhor a decepção em seu
rosto. — Eu deveria fazer você correr até ao jogo de amanhã, — ele retruca. — O
inferno está acontecendo com você? Você está fora do seu jogo há semanas. —
ele me encara.

Eu não posso nem discutir. Antes dessa situação com Alli, eu não estava
exatamente dando cem por cento quando Leighton não estava falando comigo.

Deixo escapar um suspiro e esfrego a mão no meu rosto. — Eu sei,


treinador. Mas eu juro, estarei pronto para o jogo de amanhã.

6
Jogada. Linha de scrimmage: É uma linha imaginária, que corta o campo de uma lateral a outra, e indica onde a
jogada vai começar.
— Você não tem provado isso durante o treino. Eu deveria colocar você
no banco.

A raiva desliza pela minha espinha, suas palavras arranhando minha


pele. — E colocar quem? Michaels? Ele não tem metade da habilidade que eu
tenho, — argumento.

— Pelo menos ele está focado, e não sabia que estava pedindo sua
opinião ou aprovação. Esta é a minha maldita equipe; um que você mal agiu como
se quisesse fazer parte.

— Desculpe-me se eu tenho muita coisa acontecendo agora.

Ele suspira e joga sua prancheta no chão. Observo sua caneta voar e se
perder na grama. — É exatamente por isso que aconselho meus jogadores a não
começarem relacionamentos em uma temporada… sua mente está nas coisas
erradas. — meus olhos saltam para seus olhos castanhos raivosos. — Você acha
que seus companheiros de equipe não deduraram você e a garota pela qual você
está obcecado desde o segundo em que seu pau ficou duro pela primeira vez?

— Não é sobre ela, — vocifero. Eu não contei aos meus companheiros


sobre Alli e felizmente ela guardou isso para si mesma, então as coisas não
aconteceram. Mas sei que é apenas uma questão de tempo. Como quando ela
começa a aparecer.

— Bem, seja o que for, está fazendo você jogar como uma merda e não
quero que você ponha em risco o jogo de amanhã porque sua cabeça está tão
enfiada nabunda de uma garota. Você está no banco.
Eu balanço minha cabeça para evitar que meus pensamentos rebeldes
pensem na bunda de Leighton. — Você está brincando comigo?

— Eu certamente não estou brincando com você, e aconselho você a


prestar atenção ao seu tom antes de ficar no banco para o jogo fora da próxima
semana também.

Eu engulo em seco, tentando empurrar minhas palavras pela minha


garganta antes de me ver expulso do time de lacrosse completamente. Eu
esperava ser capitão no ano que vem, e odeio que em duas semanas eu poderia
ter matado minhas chances.

Eu suspiro e engulo meu orgulho, me preparando para lançar um pouco


de luz sobre o que me deixou tão fodido nas últimas semanas. — Essa garota,
uma garota diferente... não minha garota... está alegando que está grávida e é
meu.

Ele estreita os olhos e olha atrás de mim para os membros da minha


equipe que sei que ainda estão correndo. Quando seus olhos se voltam para mim,
posso sentir o julgamento irradiando dele. — Você trai sua garota?

— Não! Bem... é confuso. A noite em que supostamente aconteceu foi a


noite em que Leighton e eu nos tornamos oficiais. — Eu caio no banco com a
cabeça nas mãos, grato que meus companheiros de equipe e os outros
treinadores estão longe o suficiente para não me ouvir. — Não me lembro de
nada daquela noite.

— Mesmo em seu estupor bêbado, você não consegue se lembrar de


embrulhar? — ele repreende.
Eu olho para cima para encontrá-lo olhando para mim como um pai
repreendendo uma criança. E Deus sabe que eu ouvi sobre isso o suficiente nas
últimas duas semanas de meus pais. — Eu tinha que ter. Não tem jeito. Eu nunca
tinha dormido com ela antes e para eu fazer isso na noite em que comecei a
namorar Leighton, eu só…

Ele assente e esfrega o queixo. — Ouça, isso é um golpe e eu entendo


como isso está afetando sua concentração, mas – eu ainda tenho que colocar
você no banco. — Antes que eu possa protestar, ele levanta a mão. — Eu não
quero, e você é meu melhor jogador, mas sua cabeça não está no jogo.

Eu olho para o campo para o mar de camisas brancas e azuis correndo


entre as linhas em parte por causa do meu jogo de merda e solto um suspiro. —
Sim. Entendo.

— Não é permanente e não é pessoal, Cartwright. Você entende isso,


certo?

— Sim. — puxo o colete de treino por cima da minha cabeça e a jogo


para o lado. — Tanto faz, — eu resmungo.

***

Alli Chem Lab : Podemos conversar?

Ainda estou olhando para o texto de três palavras enquanto espero por
ela do lado de fora da casa da fraternidade. A fila da irmandade está localizada
fora do campus e, o mais importante, em algum lugar em que Leighton Mills não
estaria. Vejo Alli descendo a colina em direção a sua casa, seu cabelo loiro fluindo
ao redor dela e suas letras estampadas em seu peito. — Ei, Everett. — Percebo
que seu rosto está um pouco mais cheio e ela está praticamente se afogando no
moletom sobre seu corpo pequeno, me fazendo pensar se ela está aparecendo e
se está tentando esconder.

Você está aparecendo com seis semanas?

— Alli. — concordo.

Ela desliza seus óculos de sol para o topo de sua cabeça revelando olhos
cansados. — Então como você está?

— Estive melhor. O que está acontecendo? — desisto da pergunta dela,


não querendo entrar nisso agora.

— O que está errado? — ela franze as sobrancelhas como se estivesse


preocupada.

— Você pode apenas me dizer por que você precisava se encontrar? —


grito. Estou irritado com o dia, com ela, com tudo, e tudo o que quero é rastejar
para a cama com minha garota e dormir o dia todo.

Seus olhos se arregalam e seus lábios formam uma linha reta. — Tudo
bem, desculpe-me por me importar. Ouça, meus pais querem conhecê-lo.

Porra. Eu soltei um suspiro. — Como agora?

— Sim.

— Quero dizer, é necessário... como agora?


— Everett, estou grávida. Eles estão um pouco curiosos sobre o cara
que contribuiu para isso. — A bile sobe na minha garganta como sempre faz
quando penso no que fiz. O que nós fizemos. Eu engulo e respiro fundo.

Por que diabos eu não me protegi? — Eu estava querendo falar com


você sobre isso antes, mas Leighton está sempre... lá. — ela vira o nariz no ar e
revira os olhos em um círculo.

— Tudo bem, o suficiente, — digo a ela. — Os comentários sobre Leigh


estão ficando velhas. Seu problema é comigo, não com ela.

— É sobre vocês dois. É sobre o fato de que eu sabia que algo estava
acontecendo, e você mentia na minha cara. É sobre o fato de que você estava me
traindo... com ela!

Eu engulo com culpa. — Eu sei, Alli. Confie em mim, eu me sinto um


merda.

— Você? Um cara que se sente um merda, um cara que é um pouco


humilde não me repreenderia por não gostar da garota com quem ele me traiu.

— Eu não estou repreendendo você, mas eu não deixarei você insultá-la


também, — eu a aviso. — Corta essa merda.

— Tanto faz. Você virá para o brunch no sábado ou o quê? — Suas mãos
caem em seus quadris e ela inclina a cabeça para o lado.

— Brunch? — Estou bastante certo de que uma mulher em sua


condição não deveria estar tomando brunch.
Ela solta um suspiro irritado. — Não como um brunch embriagado,
obviamente. Ao contrário da crença popular, o brunch existe sem mimosas.

Nenhum estudante universitário.

— Tudo bem, brunch.

— Ok, então me pega às onze?

— Pegar você? Alli, não é um encontro. Te encontro no restaurante. —


Eu nem espero ela protestar antes de me afastar dela e voltar a subir a colina em
direção ao campus. — Me mande uma mensagem para onde ir, — digo por cima
do ombro.

***

Bato a porta da frente, grato por não ver Pat ou Dave em seus lugares
habituais no sofá e jogo minha mochila no chão em frente à porta. Eu superei
essa merda. Sinto como se minha cabeça estivesse girando entre o treino e
Alli. Parece que minha vida inteira está pegando fogo e ainda por cima, meu
relacionamento com Leighton é tão frágil que estou com medo de respirar. Subo
as escadas com dificuldade, preparado para tirar a soneca mais longa, sabendo
que Leighton ainda está na aula quando um perfume familiar me envolve. Abro a
porta para ver Leighton sentada na minha cama, de pernas cruzadas e olhando
para a porta como se estivesse esperando que eu entre.
— Bem, esta é uma boa surpresa. — Sorrio para ela enquanto minhas
pernas alcançam a distância entre nós e pressiono um beijo em seus lábios. — Eu
pensei que você tinha aula?

— Cancelada, — ela sussurra, — E queria estar aqui. — Eu mandei uma


mensagem para ela depois do treino, informando que eu estava no banco e
depois de uma série de emojis de rosto triste, ela me disse que me veria mais
tarde e que faria tudo melhor. Sento-me na cama ao lado dela e ela
imediatamente sobe no meu colo antes de envolver os braços em volta do meu
pescoço. — Eu sinto muito. — ela apimenta beijos na minha bochecha e pescoço
e agarro seu queixo para olhar para ela.

— Você não tem nada do que se desculpar. — pressiono um beijo em


sua testa e a seguro mais apertado no meu corpo. — Estou tão feliz que você está
aqui. — puxo seu cabelo de seu rabo de cavalo alto e mergulho meu rosto nele,
deixando o cheiro de suas tranças me acalmar. — Este dia foi tão ruim.

— Por quê? O que mais?

Respiro fundo enquanto me preparo para uma possível discussão. —


Alli quer que eu conheça os pais dela.

Ela fica tensa em meus braços e assim que eu esfrego minha mão em
seu braço nu para acalmá-la, eu a sinto se afastando e saindo dos meus braços. Eu
tento segurá-la, mas ela está fora do meu alcance e sentada ao meu lado. — Por
quê? — ela franze o rosto e envolve os braços ao redor de si mesma.

— Leighton…
— Por que você precisa conhecer os pais dela? Ela está apresentando
você como seu namorado?

— Não! Sem chance. Ela sabe que estou com você.

— Sério? Porque essa coisa de 'conhecer os pais' não soa como se ela
soubesse disso. — Os pais dela querem me conhecer. O que eu devo falar? Não?
— Confie em mim, eu queria. A última coisa que quero é conhecer os pais de
Alli. Falar com os pais de qualquer garota nessa situação é assustador pra caralho,
mas falar com os pais de uma garota com quem eu não tenho planos de ficar? Me
faz soar como um idiota e eu não estou ansioso para ser essa pessoa.

Leighton solta um suspiro e olha para a porta, e me pergunto se ela está


se preparando para sair. — Apenas brunch?

— O que você quer dizer?

— Você gosta... de passar o dia juntos como uma grande e feliz porra de
família? — ela se levanta e cruza os braços e eu tomo nota de suas pernas
tonificadas que eu lamento não estarem enroladas na minha cintura tão cedo.

— Baby... não é assim.

Ela fecha os olhos e balança a cabeça. — Mas é assim. Você e... ela e
este bebê. Você é uma família. Uma família da qual não faço parte.

Eu estou fora da cama instantaneamente segurando seu rosto na minha


mão. — Você é minha família.

Ela sai do meu alcance, um sorriso triste encontra seus lábios que me
quebra. Eu quase posso ouvir as palavras girando em torno de seu cérebro. O —
bem, na verdade …— O pensamento de que mesmo sabendo que ela é uma
grande parte da minha vida, que isso faz parte da minha vida que acidentalmente
a excluí. Que ela é apenas família por procuração. Que Alli terá dificuldade em
aceitá -la como família. E enquanto Leighton não dá a mínima, eventualmente ela
vai desistir da luta porque Alli é a mãe e Leighton não é.

— Claro, Everett, — ela suspira, derrotada.

***

Entro no estacionamento anexo ao Sorority Row e solto um suspiro


enquanto a ansiedade se desenrola no meu peito. O latejar que começou nas
minhas têmporas de alguma forma se moveu para o meu peito, tornando-o
apertado e quase impossível de respirar com facilidade. Apesar dos meus
protestos, agora estou pegando Alli porque uma de suas irmãs da fraternidade —
precisava do carro dela no último minuto. — Por mais que eu queira dizer a ela
para pegar um Uber, a contragosto eu disse que sim quando ela me implorou
para buscá-la. Respiro fundo, tentando aliviar a pressão quando meu telefone
apita com um alerta. Parte de mim tem medo de abri-lo, sabendo que as pessoas
estão bebendo na Leighton. Ela me disse para vir depois e, francamente, mal
posso esperar até poder usar álcool e uma Leighton bêbada para apagar o que
prevejo que será um dia difícil.

Eu saio do meu carro, desejando poder tomar uma dose para acalmar
meus nervos quando Alli sai de casa. Ela está usando um vestido de verão azul-
marinho e sapatilhas por baixo de um suéter branco, com um chapéu na cabeça,
me fazendo pensar se tudo isso não passa de uma manobra e se estamos
realmente fazendo aquela viagem clichê de irmandade para Foxfields7. Uma
ocasião que tem toda a vida grega parecendo modelos de Ralph Lauren, fingindo
assistir corridas de cavalos entre beber champanhe Veuve Clicquot direto da
garrafa.

Do lado de fora, Alli é uma debutante polida que foi preparada para isso
durante toda a vida, tornando-a um legado na CGU e presidente inevitável de sua
irmandade quando chegar a hora. Ela acena para mim, e assim que estou ao
alcance do braço, ela se empurra em meus braços. — Obrigada por fazer isso. —
ela me segura por um tempo e quando tento me afastar, noto o olhar em seus
olhos. Esperança.

Bem, foda-se. Pelo que ela está me agradecendo, exatamente? Por mais
que eu não queira passar pelas formalidades embaraçosas de conhecer os pais da
garota que engravidei acidentalmente, sei que isso precisa ser feito. — Ummm,
sim... com certeza.

— Você vai ter que me avisar quando o seu estiver na cidade. — Eu


congelo, pensando em como isso aconteceria. Especialmente porque eu queria
Leighton lá.

Sem mencionar que meus pais estão zangados e desapontados. Acho


que não vi toda a extensão de sua fúria e não verei até que um teste de

7
Uma tradição de corrida de cavalos no norte da Virgínia frequentada especialmente por estudantes da
UVA, bem como estudantes de Georgetown e William & Mary. Os alunos se vestem em suítes e vestidos de
primavera tradicionais e, devido a grandes quantidades de álcool, tendem a ser muito sociais.
paternidade seja concluído. Evidentemente, eles são tão céticos quanto o resto
de nós. Particularmente meu pai, mas provavelmente porque ele é advogado e
raramente acredita em qualquer coisa sem provas, especialmente quando recebe
a história completa sem censura sobre o relacionamento de Alli e meu e o
envolvimento de Leighton com o fim dele.

Não respondo porque a ideia dela conhecer meus pais é outra


formalidade na qual não quero pensar. — Você quer entrar? Estou quase
terminando de me arrumar.

Eu penso em apenas dizer que vou esperar do lado de fora, mas acho
que ter uma atitude ruim não é a maneira de sair disso vivo, então eu concordo e
entro atrás dela. — Você quer subir? — ela pergunta enquanto está no pé da
escada, aquele olhar de esperança ainda em seus olhos e meus olhos piscam para
os dela com raiva.

— Não, Ali. Eu não, e tenho sido claro sobre o porquê. Quero ser
cordial, mas não confunda isso com qualquer outra coisa. Nós não estamos
juntos, e sugiro que você não tente fingir que estamos porque eu não jogarei
junto. Minha postura é rígida, meus punhos cerrados ao meu lado, não porque eu
quero machucá-la ou alguém, mas porque estou frustrado. E com raiva por
Leighton ter previsto isso. Ela está nervosa com o fato de que Alli pode tentar usar
isso como uma maneira de me fazer escolhê-la, e que ela tentaria fazer um show
para seus pais.

Ela pisca os olhos várias vezes, e noto o brilho em seus olhos. — Você
pode pelo menos fingir que gosta de mim? Não fiz isso para tornar sua vida difícil,
Everett. Nós dois estamos nessa situação e se voltar contra mim não está
ajudando.

— Não está flertando comigo ou o que quer que você esteja fazendo.

— Eu não estava flertando. Perguntei se você queria subir porque


minhas irmãs estão na cozinha bebendo e eu não queria que elas te
incomodassem porque as notícias são rápidas: elas não são suas maiores fãs. —
ela zomba. — Mas tudo bem, espere aqui.

Eu corro a mão pelo meu cabelo. Porra. Controle-se, Everett. Eu preciso


parar de agir como se tudo isso fosse um ato provocado por uma mulher
desprezada.

Mesmo que ela seja.


CAPÍTULO 10
Leighton

Estamos na terceira rodada de shots, cachimbos de cerveja e mimosas e


Everett praticamente virou um fantasma. Enviei mensagens de texto e Snapchat e
até tentei fazer FaceTime com ele, todas as quais ficaram sem resposta. Eu sei
que ele está com os pais de Alli, mas exacerbada por todas as doses, cervejas e
mimosas, fiquei irada com o fato de estar sendo ignorada para apaziguá-los. Irada
e um pouco irracional.

Ok, completamente irracional.

Há momentos de clareza que tenho enquanto estou bêbada. Momentos


em que já sei que me arrependerei do meu comportamento bêbado pela
manhã. O momento em que eu digo um pedido de desculpas silencioso ao meu
eu sóbrio de que terei que lidar com as consequências de agir como uma
completa idiota. Ou, neste caso, a namorada psicopata que os caras nos chamam
com tanta eloquência.

Esse momento vem depois do segundo texto. E então novamente após


a terceira chamada.

Eu estou bêbada.

E com raiva.

E machucada.
E bêbada.

E tenho autoconsciência mais do que suficiente para saber que é uma


combinação perigosa.

— Por que... — fungo enquanto me sento na beirada da minha


banheira. — Por que você não está aqui? Ou atendendo minhas ligações? — As
lágrimas deslizam pelo meu rosto enquanto a devastação que estou tentando
manter trancada se infiltra em meu cérebro e escorre pela minha boca. — Quanto
tempo deve durar um brunch? Já se passaram três horas e... você pode vir ficar
comigo? — fungo novamente. — Eu odeio tanto isso. Odeio que eu tenha sido
reduzida a... isso. Uma... reflexão tardia. Eu sinto falta de ser importante. Mesmo
antes de estarmos juntos, eu sabia que era importante, e agora... agora você nem
atende minhas ligações. Meu lábio treme assim que passos rápidos sobem as
escadas e entram no meu quarto e então minhas duas melhores amigas estão de
pé na minha frente, segurando copos cheios de licor olhando para mim com olhos
tristes e raivosos.

Skyler estende a mão enquanto Peyton fala. — Dê-nos o


telefone, agora.

— Liga para mim. — Minha voz treme quando pressiono o botão


terminar e aperto os olhos.

— Você é melhor que isso, Leigh, — Skyler diz.

— Melhor que minha dor? Eu não acho que isso seja possível. — Um
toque de ciúme ondula através de mim quando penso em Skyler com seu
relacionamento perfeito e Peyton com seu contentamento por ser
solteira. Ambas estão felizes com seu status de relacionamento descomplicado,
enquanto passo tanto tempo me sentindo enjoada, ciumenta, ansiosa, triste
e traída.

Tem aquela palavra que eu tento não pensar porque é um erro. E


ele não se lembra. E não estávamos juntos. Há tantas complicações e áreas
cinzentas que me fazem sentir que não deveria me sentir traída porque ele nunca
me trairia.

Mas isso não para do jeito que eu me sinto porque os sentimentos


estão além da razão e da razão, que eu mal tenho em primeiro lugar depois de
três doses de tequila.

— Me passa seu telefone. — Peyton toma um longo gole de seu canudo


e estreita o olhar antes de colocar uma mecha loira atrás da orelha.

— Não, eu estou bem. Não há mais ligações. — tento protestar.

— Sim, besteira, — argumenta Peyton. — Você vai se odiar amanhã.

Engulo em seco, ouvindo o que já sei falado em voz alta. — Por que ele
não está respondendo?

— Porque ele está em algum brunch da família Stepford e ele tem boas
maneiras! — Peyton diz e eu posso ouvir a exasperação em sua voz. — Talvez Alli
pegou o telefone dele. Talvez eles o tenham levado para algum calabouço na
Virgínia sem serviço e o tenham amarrado no canto onde planejam mantê-lo até
que Alli dê à luz. Faça sua escolha. — Peyton dá de ombros.
— Pey! Você não está ajudando. — Skyler levanta a mão e se senta ao
meu lado na banheira, colocando sua mão sobre a minha. — Everett te adora. Ele
provavelmente está sentado à mesa, pensando em você, mas não quer ficar no
telefone o tempo todo. É como sentar em uma aula onde você sabe que o
professor é um defensor das mensagens de texto. Agora imagine que a atenção
está totalmente voltada para você. Ele provavelmente está sendo questionado e
interrogado e isso significa que ele não pode receber todas as suas mensagens e
ligações bêbadas, — ela diz, e mesmo em meu estupor bêbado eu posso dizer que
ela está me acalmando um pouco.

— Mas e se eu precisasse dele? — Ele não... estaria lá.

— Querida, ele estava respondendo aqui e ali no começo, mas você


está bêbada e ele sabe disso, e ele sabe que eu estou aqui e Peyton está aqui e
Pat e Dave estão aqui.

— Mas ele não está aqui. — faço beicinho.

— E ligar para ele sem parar vai mudar isso? — A sinceridade irradia de
seus olhos castanhos como uma irmã mais velha que eu nunca tive, apesar de ser
seis meses mais nova que eu.

— Telefone. — Peyton pressiona e finalmente eu concordo, colocando


meu telefone na mão dela. — Diga-me se ele ligar ou enviar mensagens ou…

— Sim, sim, tanto faz. — ela o desliza no bolso de trás de sua calça
jeans. — Agora vamos lá, vamos chicotear os caras no flip cup.
Algumas rodadas de flip cup, e apenas uma mensagem de Everett que
me disse que me amava e que me veria em breve, e eu oficialmente superei
isso. Estávamos por volta das cinco horas, fazendo-me imaginar que tipo de
brunch durou cinco horas, a menos que ele de alguma forma tenha batido com os
pais dela.

A maioria das pessoas saiu para ir para casa para tomar banho à noite
ou cochilar ou comer, deixando eu, Peyton e Skyler sozinhos com os colegas de
quarto de Everett.

— Isso é muito chato. — soluço antes de tomar um gole de champanhe


direto da garrafa. As bolhas se acumulam em cima de todo o álcool que bebi e
posso me sentir chegando ao fim da minha corda.

— Talvez você devesse tomar um pouco de água, — diz Pat.

— Ou talvez, — Dave entra na sala empunhando seu bong, — isso vai


limpar sua mente.

Acalme-se um pouco. — Ele acende a tampa e leva uma tragada antes


de passá-la para mim. — Eu estou calma!

— Não, você não está. Você é tensa pra caralho, — acrescenta Dave.

— Você me culpa? —Eu grito.

— Você não pode cutucar o urso? — Peyton diz enquanto arranca o


cachimbo de Dave. — E não dê isso a ela, ela está muito bêbada e isso vai acabar
com seus sentimentos. Você nunca fumou com uma garota antes? Maldito
novato. — ela revira os olhos e toma um trago antes de entregá-lo a Pat.
— Não podemos culpá-lo, mas E tem muito em seu prato, e você ser
louca não está ajudando, — Pat diz e Peyton e Skyler lhe lançam um olhar.

— Você sabe alguma coisa sobre mulheres? — Skyler estreita os olhos


com raiva e coloca as mãos nos quadris.

Os olhos de Pat mudam entre nós três, mas me dão um olhar triste. —
Eu não... desculpe. — ele balança a cabeça.

— Ele não sabe merda nenhuma, — acrescenta Dave. — Ele só quer


dizer, ele pensando que você está brava com ele ou você vai deixá-lo quando ele
precisar de você, não está ajudando.

Eu me inclino para trás no meu sofá, colocando meus pés em cima da


mesa de café na minha frente e deixo minha cabeça cair para trás contra as
almofadas. — Só sinto falta de quando era fácil. Quando não tínhamos esse
grande elefante desconfortável à espreita no canto.

— Alli é o elefante? Porque ela está grávida? — Pat pergunta, seus


olhos dilatados piscando em rápida sucessão.

— Uau, você está chapado. — Skyler bufa antes de balançar a


cabeça. Ela olha para o colo e, de repente, pula para cima. — Oh! Aidan está
ligando. — ela aplaude antes de sair correndo da sala.

— Viu, por que não posso ter isso? — faço beicinho enquanto aponto
para ela.

— Porque seu namorado é um idiota e Aidan tem tipo doze graus,


portanto, não é um idiota, — Peyton interrompe enquanto acena com a mão.
— Isso não é justo. Nós nem sabemos se o bebê é dele! — Dave
argumenta.

— Ainda não estou convencido, — diz Pat enquanto desliza o chapéu


para trás e abre outra cerveja. Ele toma um gole antes de continuar. — Ele é
louco por você, Leigh. Sério, louco. Eu simplesmente não consigo vê-lo fodendo
Alli.

Eu me encolho ao ouvir as palavras soletradas tão grosseiramente. —


Você não pode?

— Desculpe, fazendo amor com Alli, — Pat se corrige.

— Isso é pior! — soco seu ombro antes de me levantar e subir as


escadas para o meu quarto. Eu caio na minha cama, o peso das palavras de Pat
pesando no meu coração me fazendo querer deitar e simplesmente esquecer.

***

Uma mão esfregando minhas costas me tira do sono, e me sinto grogue


e desorientada e, por um momento, me pergunto se ainda estou bêbada ou
atravessando o território da ressaca.

— Baby. — Eu ouço a palavra no meu ouvido, sua respiração dançando


no meu pescoço e instantaneamente, estou molhada.

Meus olhos se abrem e noto que ainda está claro, embora eu não tenha
certeza de que horas são exatamente. Quando me viro em seus braços, encontro
olhos tristes e preocupados. Ele me puxa para mais perto dele e dá um beijo na
minha testa.

— Você me ignorou, — digo a ele quando meu lábio inferior aparece.

Definitivamente ainda bêbada.

— Eu não queria... — ele para. — Eu só... foidifícil continuar


respondendo a você em meio ao fogo rápido deles me fazendo perguntas. Fiquei
na berlinda por horas.

— Sobre o quê?

— Tudo. — ele balança a cabeça antes de virar de costas. — Podemos


simplesmente não falar sobre isso? Eu só quero deitar com você e esquecer tudo,
menos você e eu.

— Não é tão fácil, — digo a ele enquanto me sento e sinto as bolhas do


champanhe girando em torno do meu cérebro. — E talvez agora seja mais
fácil ignorar o que está acontecendo, mas eventualmente haverá um bebê que
você cuidará, e será mais difícil ignorar um mundo fora de você e de mim.

— Leighton...— Ele começa quando seu telefone toca na mesa de


cabeceira no que se tornou seu lado da cama. Ele ignora o primeiro toque até que
comece a tocar.

— Deus, O QUÊ? — ele grita enquanto pega seu telefone. — Dave, o


que você quer? Estou com... espera, o quê? Não, espere. — ele puxa o telefone
para longe da orelha e bate na tela algumas vezes e seus olhos imediatamente se
arregalam. — Filho da puta, — ele vocifera, e eu franzo a testa e tento me inclinar
para ver, mas ele desliga e coloca o telefone de volta no ouvido. — Obrigadopor
me ligar, isso é besteira, você sabe. Sim... bem, obrigado.

— O que está errado? — inclino minha cabeça para o lado, me


perguntando o que poderia ter feito ele ficar tão agitado com seu melhor amigo
quando ele solta um suspiro.

— Alli... postou algo. Acho que no brunch. Eu nem percebi. — ele me


entrega seu telefone e clico na história do Instagram que mostra ela sorrindo para
a câmera e ele olhando para o telefone com as palavras — quando o mozão não
presta atenção. — franzo a testa e toco na tela para ver uma foto apenas com ela
e seus pais que estou assumindo que Everett tirou para eles. Eu toco
novamente. Fotos pretensiosas de sua comida. Toco. E finalmente um vídeo
mostrando que os quatro estavam no brunch. Embora, novamente, não pareça
que Everett está prestando atenção na fração de segundo que ela mostrou a
ele. — Diga algo.

— Ela está enviando uma mensagem... para mim, tenho certeza. — Jogo
o telefone na cama e balanço a cabeça.

— Estou tão puto, — ele vocifera e sai da cama para andar de um lado
para o outro. — Estou ligando para ela.

— Dizendo o quê?

— Bem, primeiro, para acabar com isso. Deixei claro que não estávamos
juntos e os pais dela não pensam nada diferente. Isso não era uma treta
de mentirinha do Meet the Parents8. Deixei claro que foi um acidente e que não
ficaríamos juntos só porque estamos nessa situação.

— E? O que importa? Francamente, as opiniões de seus pais são


irrelevantes. Ela está fazendo de mim e de você um tolo. Eu envolvo meus braços
em volta do meu corpo e falo as palavras que eu não quero, mas eu preciso. — Eu
acho que você deveria ir.

— Ir? Espere... Leigh.

— Eu mal posso lidar com isso ; Não sei o que farei quando ela começar
a aparecer ou contar às pessoas que está grávida. Ela não vai tornar isso fácil. Ela
postou isso para que não haja dúvidas de paternidade quando as pessoas
souberem que ela está grávida.

— Eu com certeza posso questionar isso e vou. Ela sabe que estou
solicitando um teste de paternidade. Mas, além disso, ela não pode me obrigar a
ficar com ela.

— Não, mas ela pode tornar muito difícil para você estar comigo.

Suas sobrancelhas disparam até à linha do cabelo. — Como? Eu... eu


faria qualquer coisa para estar com você.

As palavras me estrilam porque eu faria qualquer coisa também, mas


parece que quebrar meu próprio coração uma e outra vez é o que é necessário
para estar com ele. Eu quero o melhor para mim. Eu mereço melhor. —Eu sei. —
Solto um suspiro, grata por não estar mais bêbada quando vi sua história no

8
Meet the Parents (no Brasil: Entrando numa Fria; em Portugal: Um Sogro do Pior) é um filme
estadunidense de 2000.
Instagram pela primeira vez, porque provavelmente teria quebrado alguma
coisa. — Estou bêbada e cansada e realmente acho que você deveria ir.

Suas bochechas ficam vermelhas e ele franze a testa. — Leigh, você está
terminando comigo?

Meus lábios formam uma linha reta enquanto olho para minha janela e
vejo o sol se pôr em DC criando um brilho estranho e triste no meu quarto. — Não
sei.

— Leighton, por favor... eu te amo. — Sua voz treme e eu já posso ouvir


a emoção crescendo.

— Eu sei que você ama. — olho para ele e posso sentir as lágrimas se
formando na minha garganta e no fundo dos meus olhos. O formigamento
dispara pelo meu peito e rosto, como quando estou prestes a desmoronar em
soluços. — Mas eu só me conheço.

— Eu não posso perder você, — ele sussurra e quando eu não digo


nada, ele cai de joelhos na minha frente. — Por favor, — ele implora. — Não faça
isso. Não nos quebre.

E rapidamente, eu fui de triste a furiosa. — EU?! — Eu me levanto tão


rápido que seus olhos se arregalam e ele desequilibra um pouco. — EU NÓS
QUEBRAR? — grito. Eu grito tão alto que sei que Skyler e Peyton provavelmente
já estão servindo as doses para quando isso acabar. — VOCÊ, — aponto meu dedo
para ele, — VOCÊ fodeu alguma cadela na NOITE em que decidimos ficar juntos.
— ele começa a falar e coloco minha mão para cima. — EU ESTOU FALANDO, —
vocifero. — Você transou com ela, e eu te perdoei. Nós seguimos em frente. Nós
estamos felizes. Eu atribuí isso a você estar bêbado e confuso e talvez Alli
manipulou você com alguma merda sobre estar magoado que você a traiu
comigo. Não sei. — coloco minhas mãos sobre meus olhos enquanto falo o
ridículo em voz alta.

Eu dei desculpas para ele.

Racionalizei seu erro.

Eu o deixei entrar quando deveria ter fechado a porta para nós para
sempre, porque pensei que talvez ele realmente não tivesse dormido com ela.

Como eu pude ser tão estupida?

— E DEPOIS, ela volta e nos diz que está grávida! E ela é vingativa e
manipuladora e quer você e ME ODEIA. Ela sempre me odiou. Você usou uma
garota para me deixar com ciúmes porque não teve coragem de me dizer que
tinha sentimentos por mim. E OLHA ONDE ISSO NOS LEVOU! Agora essa garota de
alguma forma tem sentimentos por você e seu bebê dentro dela! E você tem a
audácia de dizer que eu quebrei a gente? Meu peito está arfando, meus olhos
estão arregalados e minha garganta está dolorida de literalmente gritar. — Como
você ousa?

— Leigh, eu sei, eu estraguei tudo e...

— Eu nunca quero falar com você de novo, — grito. Você não quer dizer
isso, meu subconsciente grita. Diga a ele que você não quis dizer isso!

— O... o quê? Não, Leigh, você não quer dizer isso. — ele diz, seus olhos
arregalados e cheios de preocupação. Quando eu não respondo imediatamente,
ele pega minhas mãos nas suas e esfrega os lábios sobre elas. — Eu preciso de
você. — ele diz baixinho.

— Não, você não. Você precisa assumir a responsabilidade e estar lá


para Alli e seu bebê.

Não há mais espaço para mim, pelo menos não agora.

— Claro que existe. Você sempre será a pessoa mais importante para
mim, e sabe disso. — ele se levanta e dou um passo para trás colocando minhas
mãos para cima.

— Eu simplesmente não posso ver você fazer isso com outra


mulher. Uma mulher que não respeita a mim ou a nós e...

Ele passa a mão pelo cabelo e por um momento sou transportada de


volta para quando éramos muito mais jovens. Os Leighton e Everett mais jovens
provavelmente ficariam horrorizados com nós dois. — Então, você não me ama o
suficiente para ficar comigo?

Meu coração dói ao ouvi-lo falar assim. Como se fosse tão simples
quanto amá-lo ou não amá-lo. Ele me machucou, partiu meu coração, e a menos
que eu o deixe ir agora, ele vai continuar a fazê-lo. Mesmo que seja
inadvertidamente. Toda vez que ele vai a uma consulta médica com ela, ou a vê,
em vez de passar tempo comigo, o meu lado irracional vai perder a porra da
cabeça. E isso antes mesmo do bebê nascer.

O que acontece quando nascer e se tornra o centro de seu universo?


O que acontece quando Alli dar à luz e ele começar a vê-la como a mãe
do bebê que ele ama e adora e não apenas a menina que ele engravidou?

— Acho que não. — coloquei uma mão sobre meu peito para tentar
aliviar a dor do meu coração quebrando dentro dele.

— Você não quer dizer isso, — diz ele imediatamente.

— Não importa o que eu quero dizer ou não. Você sabe como me sinto
sobre você, Everett, mas... em algum momento, eu tenho que escolher o que é
certo para mim. E isto? Não é certo para mim. — torço minha boca para me
impedir de chorar. — Eu sinto muito. Eu só... eu não posso.

— Então, eu não posso nem mantê-la como minha melhor amiga? —


Seu rosto está dolorido, pior do que quando eles perderam o campeonato de
lacrosse no ensino médio. Pior do que na noite em que seu pai se mudou. Pior do
que na noite em que éramos adolescentes estúpidos e recebemos multas por
álcool quando os policiais prenderam a festa do nosso amigo. — Eu não posso ter
você de jeito nenhum? — ele pergunta.

— Posso... posso ter algum espaço?

Ele solta um suspiro, abaixando a cabeça em derrota e esfrega o espaço


sob os olhos. — Espaço de mim? Sem falar... de jeito nenhum? Ele torce a boca e
mesmo desse ângulo eu sei que ele está cerrando os dentes.

As lágrimas se formaram e estão deslizando pelo meu rosto


rapidamente, mas eu não faço um movimento para enxugá-las e nem ele e me
pergunto brevemente se ele está com medo de me tocar. — Não sei. Por
enquanto, sim.

Ele olha para mim e seus olhos azuis estão brilhando naquele lindo tom
de azul que só aparece nas poucas vezes em que ele está realmente irritado. É
uma pena que esta é a única vez que eu posso vê-lo porque é uma cor
verdadeiramente bonita. — Mas eu te amo. Eu só quero você, — ele implora.

— Eu sei. — concordo com a cabeça porque não duvido do amor de


Everett por mim. Não é sobre isso. É sobre tantos outros fatores, e todos eles
levam ao fato de que temos apenas vinte anos e lidamos com coisas da vida real
para as quais não estou pronta. Não estou pronta para ser madrasta ou estar com
um homem que já teve, por falta de frase melhor, drama de mamãe. Eu quero ser
livre para viajar depois da faculdade e cometer erros e não me preocupar em
estragar uma criança. E então, é claro, há o pensamento mesquinho no fundo da
minha cabeça que diz que talvez eu esteja no caminho de Alli e Everett ficarem
juntos a longo prazo. Talvez eles sejam o fim do jogo, e eu tenho sido apenas um
obstáculo na estrada. Eu sou o cobertor de segurança do qual ele eventualmente
precisava se libertar. Ela está grávida e tendo um bebê, seu bebê, e isso significa
alguma coisa.

Potencialmente mais de onze anos de amizade.


CAPÍTULO 11
Everett

Deus, eu sinto falta dela. Faz uma semana inteira desde que falei com
Leighton. Sete dias inteiros e é o mais longo que já passamos sem falar. Bem, é o
mais longo que ela passou sem falar comigo. Eu mandei uma mensagem para ela
e liguei para ela e deixei mensagens de voz. Enviei os e-mails dela para o e-mail da
escola e para o Gmail pessoal. Deixei mensagens com Skyler e Peyton e mandei
flores, pizza e cupcake Georgetown que tenho certeza que suas colegas de quarto
comeram antes mesmo de vê-los. Enviei-lhe balões porque, embora eles não
necessariamente digam que sinto muito, ela os ama e eles a fazem feliz, e tenho
rezado para que isso a faça sorrir, mesmo que apenas por um momento.

Um sorriso, eu teria causado.

Estou sentado no meu sofá, segurando uma garrafa de uísque debaixo


do braço quando Pat entra. — Você esteve aqui o dia todo? — É sábado, e não
tenho planos de deixar este sofá no futuro imediato. Consegui ir a todas as
minhas aulas e praticar e seguir os movimentos da minha vida, tudo isso sentindo
a ausência de Leigh no meu coração, na minha mente e na minha alma. Eu a sinto
como um membro fantasma toda vez que me movo, tão profundamente que meu
corpo dói fisicamente por ela.

— Sim, — digo a ele enquanto eu desenrosco a tampa e tomo outro


longo gole.
— Você quer sair? — lanço um olhar para ele e levanto uma
sobrancelha para ele antes de mudar o canal para o SportsCenter. — Quer que eu
veja se as meninas vão sair?

— Eu duvido. Tem sido o silêncio da mídia social das três durante toda a
semana e isso está me deixando louco. Skyler postou seu maldito café com leite
da Starbucks ontem e eu quase caí da cadeira quando meu telefone tocou com o
alerta.

— Você tem todos as três configuradas com alertas? — ele me lança um


olhar incrédulo.

— Claro que sim. — levanto a mão. — Salve isso. Eu quero vê-la, e se a


única maneira que posso é através dos olhos delas, então que seja.

— Por que não aparece na casa dela? — ele dá de ombros.

— Ela pediu espaço.

— Então?

— Então, eu deveria respeitar isso. Ela não quer que eu lute por
ela. Agora não. Ela não sabe o que quer.

— Ela quer você, E. Qualquer um pode ver isso.

— Talvez não com toda a minha maldita bagagem. — suspiro.

Ele não diz nada antes de tirar os sapatos e pegar o telefone. — Você
quer pizza?
***

Leighton

Estou deitada no sofá, olhando para a televisão enquanto chego às sete


horas de FRIENDS. Ou talvez oito horas? Eu puxo o cobertor em volta do meu
pescoço e respiro fundo, tentando afastar a dor, a náusea, a tristeza. Eu tento
desligar meu cérebro para me concentrar no meu programa favorito quando a
porta se abre e Skyler entra. Peyton está no sofá ao lado, assistindo, embora eu
ache que ela tenha adormecido. Quando Skyler acende a luz e estremeço com a
explosão de iluminação assim como Peyton choraminga.

— Por que vocês estão sentadas no breu?

— Não estamos. Eu tenho uma vela acesa. — aponto para nossa única
fonte de luz além da TV que cheira a chuva de abril e primavera e tempos mais
felizes.

— Desligue, eu estava cochilando! — Peyton exige.

— São seis e meia. Peyton, você não acha que devemos sair?

— Ugh, Leighton e eu decidimos ter um fim de semana preguiçoso. —


ela diz enquanto se aconchega ainda mais em seu cobertor.

— Exatamente, — digo do meu lugar no sofá. — Vá sair com Aidan.


— Oh, o quê? Eu não estou convidada? Isso é treta. — ela se joga no
sofá ao meu lado e tira o casaco. — Eu acabei de sair com Aidan. Achei que
faríamos algo hoje à noite.

— Bem, isso é o que eu pretendo fazer, — digo enquanto aponto para a


televisão.

— Everett deixou mais presentes hoje? — ela olha para Peyton e depois
ao redor da sala para ver se ele enviou mais alguma coisa. Eu tenho pelo menos
três dúzias de flores sortidas ao redor do quarto que não tenho coragem de jogar
fora... mas também não tenho estômago para mantê-las no meu quarto. Todos os
seus dons fazem é me lembrar que não estamos falando. Que ele deixou um
enorme buraco no meu peito que passei uma semana tentando preencher.

Falando nisso.

— Tem mais cupcakes? — olho para cima e Skyler e Peyton


compartilham um olhar. — Vocês comeram o resto?

— Vou pedir mais! — Skyler diz, abrindo seu telefone e apertando


freneticamente alguns botões, provavelmente porque ela assume que eu estou
chateada que ela e Peyton comeram minhas guloseimas que Everett enviou.

— Não traga essa merda aqui. Eu tive que malhar mais uma hora todos
os dias esta semana graças a esses pequenos filhos da puta.

— Bem, ninguém lhe disse para comer quatro.

— Eles são craque! — Peyton olha para Skyler antes de cair no sofá. —
Peça mais veludos vermelhos.
— Ele me mandou uma mensagem de novo. — digo a elas.

— O que disse? — Skyler pergunta.

— Pensando em você. — fecho meus olhos, olhando para o teto


enquanto uma lágrima desliza pela minha têmpora e pelo meu cabelo. Eu bufo e
balanço a cabeça — Engraçado, porque eu não consigo parar de pensar nele.

— Leigh... — Skyler agarra minha perna e a esfrega debaixo do meu


cobertor. — Eu me trocarei, e então podemos pedir alguma comida?

Skyler sai da sala e olho para Peyton. — Estou sendo uma vadia por não
responder? — Meus lábios formam uma linha reta quando percebo o que
perguntei e, mais importante, quem perguntei. — Certo. Conheça meu público.

Ela me ignora antes de se sentar. — Você não está sendo uma


vadia; você pediu espaço. Mas também sei que você o ama, então não acho que
responder doeria. Talvez você possa dizer 'mesmo'. — ela encolhe os ombros. —
Mas eu sei que você está preocupada em ser sugada de volta. Eu sei que você
pode se envolver no turbilhão, mas você está no controle desta situação,
Leigh. Só você pode decidir o que é certo para você. Quando você fala, se você
decide se encontrar, se você o aceita de volta. Mas, direi, todo esse vai e vem não
é saudável. Se você levá-lo de volta, você precisa dizer que o passado está no
passado e levar tudo o que vem com calma. Aceite suas falhas e seus erros e
perdoe. Talvez seja difícil esquecer, ou mesmo impossível, mas você tem que
perdoar. Você não pode puni-lo para sempre.

Estou chocada com a visão de Peyton e ela revira os olhos com o meu
choque que sei que está escrito em todo o meu rosto. — Não me olhe assim. Eu
levo algumas coisas a sério. Só porque eu não tenho nenhum interesse em estar
em um relacionamento não significa que eu não saberia como estar em um.

***

Depois de um fim de semana vegetando no meu sofá com minhas duas


melhores amigas, não sinto nada, exceto alguns quilos mais pesados no estômago
e no coração. Estou andando pelo campus, meus fones de ouvido enfiados em
meus ouvidos, enquanto os sons de Britney Spears Toxic ecoam através deles. Eu
fecho meus olhos e é quase como se eu estivesse de volta ao meu baile de
formatura dançando com Everett naquele lindo salão de baile no hotel no centro
de Phoenix. Decidimos ir juntos em nosso último ano quando nenhum de nós
queria um encontro. Passamos a noite dançando e rindo e suando e depois
fodendo em um hotel que convencemos nossos pais que seria ser muito mais
fácil ficar em casa em vez de voltar para casa depois da festa. Uma festa que nós
abandonamos de qualquer maneira.

Como eu não percebi então que ele me amava? Olhando para trás, os
sinais estavam todos lá. A maneira como ele me tocou e olhou para mim e cuidou
de mim. Seu amor por mim era tão óbvio que me sinto estúpida por não perceber
antes. Se eu tivesse, teríamos evitado toda essa situação. Não haveria Alli, nem
bebê, nem separação. Eu puxo minha bolsa para cima no meu ombro e meus
olhos varrem o pátio sul em busca de Peyton ou Skyler. Eu deveria encontrá-las
para almoçar, mas não as vejo em lugar nenhum. Sento-me em uma mesa
sozinha, colocando minhas coisas ao meu lado e deixando minha cabeça cair em
minhas mãos enquanto meus cotovelos descansam na mesa. Uma brisa fresca de
abril sopra no ar e sinto um calafrio passar por mim. Aperto meu casaco mais
apertado ao meu redor, grata por tê-lo trazido apesar da promessa de um clima
de 18 graus hoje.O clima de Deus DC é inconstante. Eu sinto falta do
Arizona. Tudo sobre o Arizona.

Olho ao redor do pátio novamente procurando por qualquer uma das


minhas amigas quando o vejo em uma mesa distante, olhando diretamente para
mim. Eu me afasto dele, as lágrimas brotando dos meus olhos e não estando
preparada para vê-lo. Especialmente agora. Sem maquiagem, meu cabelo preso
em um coque bagunçado e sujo, e um moletom sob o casaco que eu posso ter
dormido na noite passada.

Não que Everett se importe. Toda vez que Everett me disse quão bonita
eu sou, quão perfeita eu sou, como ele nunca viu algo tão bonito vem voando em
meu cérebro como uma montagem e meu coração palpita. Viro minha cabeça
para a mesa e franzo a testa quando não o vejo mais lá. Viro por cima do outro
ombro, procurando por ele e por um momento me perguntose talvez ele nunca
esteve lá. Talvez eu o tivesse imaginado e minha mente estivesse apenas
pregando peças em mim.

— Procurando por mim? Desculpe, estou tão atrasado. Eu tive que ficar
depois e conversar com meu professor. — Peyton empurra os óculos de sol para a
cabeça e se senta na minha frente, pegando seu Smartwater9 e um hambúrguer
do refeitório. — Merda, está frio aqui fora. Quer comer lá dentro?

***

Everett

Foda-se, ela estava bonita, penso enquanto saio do pátio sul. Levou
tudo em mim para não ir falar com ela, mas quando ela se afastou de mim, tomei
isso como um sinal de que ela definitivamente não queria falar.

Ela terminou comigo para sempre?

Eu a vi estremecer quando o vento soprava, e não queria nada mais do


que aquecê-la em meus braços. Estou indo em direção ao meu carro quando meu
telefone toca. Eu deixo minha cabeça cair para trás quando vejo quem está
ligando e relutantemente atendo. Esses dias eu deixo ela me mandar uma
mensagem se for realmente importante, depois que as duas últimas ligações
estavam apenas ligando para dizer oi e você quer jantar e conversar?

— Ei, Alli.

— Ei, Everett. Escute, tenho uma consulta médica na semana que vem,
queria saber se você poderia ir comigo?

9
Marca de água.
— Sim, eu... eu acho que é uma boa ideia. — eecho os olhos e ouço as
palavras do meu pai no meu ouvido.

Ele estava cético, mas até que eu tenha provas de que a criança não é
minha, preciso me posicionar. — Ótimo, obrigada, — ela diz e então fica em
silêncio.

— Houve mais alguma coisa? — pergunto a ela, já me arrependi de


perguntar porque sei que será algo que envolve um encontro agora.

— Bem... sim, eu só... eu queria saber se você estava ocupado agora?

— Sim, — digo a ela, — Tenho que estudar.

— Bem, nós poderíamos estudar juntos ou...

— Não, estou indo para casa e só quero ficar sozinho.

— Oh... quero dizer, você pode apenas dizer que está saindo com
Leighton. Você não precisa mentir. — ela ri nervosamente.

— Leighton e eu estamos dando um tempo. — Assim que eu digo isso,


eu não sei por que eu disse isso a ela. Talvez porque queira que ela saiba o caos
que ela trouxe para minha vida. Ou que nós dois trouxemos para minha
vida. Talvez uma parte de mim sinta que ela deveria se sentir mal, ou que eu
queira que ela se sinta culpada.

Eu sei que preciso parar de pensar que isso é culpa dela quando não
é. Mas nas profundas fendas escuras da minha mente, eu me sinto assim. Eu
culpo ela, eu e todos por essa situação de merda que tomou conta da minha vida
e me custou Leighton, bem como minha maldita sanidade.
— Oh. Eu não sabia.

— Bem, agora você sabe.

— Você quer falar sobre isso?

— Não, eu não. E você não quer ouvir sobre isso, então eu não sei por
que você está perguntando. Você só quer enfiar o nariz onde não pertence. Ou eu
não sei apreciar o fato de que Leighton está sofrendo e você a odeia.

— Você me faz parecer um monstro, Everett. Eu não sou tão má. —


Meus lábios formam uma linha reta enquanto penso no fato de que ela está
certa. Ela não é má, por si só. Ela odeia Leighton porque ela é a garota com quem
eu a traí. Alli a odeia porque, mesmo antes de saber da minha infidelidade, ela
sabia que Leighton era a mulher mais importante da minha vida por um
deslizamento de terra.

Então, eu acho que o ódio dela é justificado.

— Desculpe, eu não acho que você seja um monstro. Só não estou com
vontade de falar.

— Ok. — Ela cede. — Bem, se você mudar de ideia, me avise.

— Tudo bem... — engulo e olho para o céu, rezando por paciência ou


paz ou tolerância ou qualquer coisa que um poder superior possa me conceder
para me tirar do telefone agora. — Obrigado.

— Falo com você mais tarde, — diz ela e desliga antes que eu possa
dizer outra palavra.

Agora, ouça minhas orações.


CAPÍTULO 12
Leighton
Um mês depois

— Eu não posso acreditar que você está me deixando arrastá-la hoje à


noite! — Peyton aplaude enquanto ela salta para cima e para baixo, suas ondas
loiras soprando no vento fraco. Estamos andando pela Main Street em direção a
este bar que está oferecendo duas por uma dose das nove às onze em
homenagem à última semana de aulas. As finais não começam até à próxima
semana, então estou me permitindo uma noite de folga antes de me esconder na
biblioteca durante a maior parte da próxima semana. Não que eu realmente
precise. A única vantagem de terminar com Everett e também com meu próprio
coração, é que tenho estudado pra caramba. Eu não faço muito, mas como,
durmo e estudo. Comecei o condicionamento para a próxima temporada de
outono para o futebol na semana passada, mas fora isso não faço muito
mais. Esta é a primeira vez que saio em semanas e admito que me sinto bem. —
Sky está tão ciumento.

— De alguma forma eu duvido disso. — coloco um cabelo enrolado


atrás da minha orelha. — Skyler está escondida em algum cama e café da manhã
na Virgínia com seu namorado gostoso, dando merda nela. De alguma forma, eu
não acho que ela se importa que nós sairemos. — reviro os olhos e aliso meu
vestido. Está mais quente que o inferno mesmo às nove e meia, e estou feliz por
ter decidido não trazer uma jaqueta. Minhas costas estão para fora, minhas
pernas estão para fora, e embora meus seios estejam cobertos, Peyton me disse
que eu pareço completamente fodível. Normalmente, eu enviaria uma foto para
Everett, mas resolvi postar algo na minha história do Instagram que mostrasse
que estou saindo e, mais importante, o que estou vestindo.

Ele foi o primeiro a ver.

Olhei para o meu telefone por um minuto inteiro depois, esperando


que ele respondesse, e admito que meu coração ficou apertado quando percebi
que ele não ia dizer nada.

Porque eu disse a ele que preciso de espaço e não disse o contrário


desde a noite em que ele saiu da minha casa. Eu não respondo a nenhuma de suas
mensagens ou ligações e agora, na semana passada, elas pararam
completamente.

Chegamos ao bar e mostramos nossas falsificações para o segurança


que acena para nós sem pensar duas vezes. Há pessoas ao redor do bar, fumando
e conversando, e examino o perímetro externo, imaginando brevemente se veria
Everett. Eu sei que pedi espaço, mas depois de duas doses de tequila depois de
um mês de sobriedade inspirada pelo desgosto, percebo que quero tudo menos
isso.

— Pey.

Ela não olha para mim enquanto examina o bar. — Isso aí, amor?

As palavras abastecidas com tequila estão voando para fora da minha


boca antes que eu possa detê-las. — Quero ligar para Everett.
Seus olhos saltam para os meus e piscam. — Porra, eu sabia que a
segunda dose foi um erro. Não, nós conversamos sobre isso, — ela repreende.

— Eu sei. Eu sei que disse que não queria ligar para ele. — balanço
minha cabeça, meu coração lentamente começando a bater com a ideia de vê-
lo. Merda, não beber por um mês me transformou em um peso leve. — Mas eu
ainda o amo tanto, e eu... — paro de falar quando sinto olhos em mim. Olhos
azuis profundos que conheço melhor do que ninguém estão me despindo do
outro lado da sala.

— Oh, caramba, Leigh, vamos. — Sinto sua mão em volta do meu bíceps
me puxando em direção à porta, mas não me movo.

— Não... eu... — gaguejo quando sinto minha pele esquentar sob seu
olhar. Eu observo enquanto ele bebe sua bebida em um gole e passa por seus
amigos para fazer o seu caminho até mim. Peyton ainda está puxando meu braço,
tentando me fazer segui-la, mas meus pés estão enraizados no lugar, como se
estivessem pregados lá. Eu mordo meu lábio inferior que está pintado de
vermelho e olho para ele enquanto ele se aproxima de mim.

O amor da minha maldita vida. Aquele que escapou.

Aquele que eu afastei.

— Oi, linda. — ele sorri e meus olhos se arregalam com seu


comentário. Ele ainda... me quer? Depois de todas aquelas coisas horríveis que eu
disse? Depois de dizer a ele que nunca mais queria falar com ele? — Eu sei que
você disse que queria espaço, mas...
Eu não o deixo continuar antes de estar em seus braços, apertando-o
com força. Eu envolvo meus braços ao redor de seu pescoço e empurro meu rosto
com mais força em sua camiseta preta. Seus braços imediatamente envolvem
minhas costas para acariciar a pele nua e então sinto seus lábios na minha
têmpora. — Sinto muito, — ele sussurra. — Eu só tinha que vir porque você está
tão linda e...

Esfrego sob os olhos e balanço a cabeça antes de me afastar. — Tenho


saudade de você.

Suas sobrancelhas vão até à linha do cabelo e um sorriso triste encontra


seu rosto. — Você não faz a menor ideia. — Nós nos encaramos por um segundo,
como se estivéssemos nos vendo pela primeira vez.

Eu quebro o silêncio. — Eu fui ao seu jogo no fim de semana passado...


— sussurro.

— Você foi?

— Eu fui, você jogou bem. — concordo. Fui porque estava tentando


apoiar meu melhor amigo. Eu sei que o lacrosse é importante para ele e apesar de
não falar, eu queria estar lá. E também, eu ansiava por vê-lo. Sentei-me na
arquibancada, vestindo uma de suas camisas debaixo da minha jaqueta,
aconchegada com Skyler sob um guarda-chuva enquanto uma chuva quente de
primavera escorria ao nosso redor.

— Eu deixaria tudo escapar por entre meus dedos. Você, lacrosse, meus
amigos... até Pat e Dave se cansaram da minha depressão. A única coisa que não
sofreu foram minhas notas, embora eu tenha feito um teste de
bioquímica. Finalmente, meu pai e meu irmão voaram e me disseram para me
recompor se eu quisesse uma chance de ter você de volta.

— Eu? — Seu pai e irmão disseram isso? Eles o querem comigo? Não
com Alli?

— Eu estava andando por aí sentindo pena de mim mesmo e odiando o


mundo... e confiei demais em você para me fazer sentir melhor. Eu confiei muito
em você para ser minha salvação nesta situação de merda. Mas... eu não estava
sendo seu.

Meu lábio treme e viro meu olhar para a esquerda esperando ver
Peyton, mas ela desapareceu na multidão de estudantes bêbados que estão
balançando suas bundas para Rihanna. Eu me viro para Everett e olho para
ele. Seus bíceps espreitam para fora de sua camiseta preta e seu jeans o abraça
em todos os lugares certos, fazendo o espaço entre minhas pernas bater com a
necessidade. Sinto falta dele. Eu sinto falta dele lá. — Quer tomar uma bebida? —
ele acena em direção ao bar. Começo a segui-lo, mas depois hesito.

— Eu deveria ficar aqui, então Peyton não acha que eu desapareci. —


aponto para o andar indicando, onde eu esperaria.

— Eu vou buscá-la para você. Refrigerante com vodca? — Seus lábios se


curvam em um meio sorriso e o latejar maçante entre minhas pernas se torna
mais agressivo.

— Sim, por favor. — Concordo com a cabeça e me preocupa que algo


tão minucioso como saber o meu pedido de bebida faz meu coração palpitar e eu
posso sentir minha guarda baixando com facilidade.
É por isso que eu pedi espaço. Exigi. Everett sabe como me chupar. Ele
sabe como me fazer amá-lo. Ele faz isso desde a quarta série. Estou olhando para
ele com uma expressão quase sonhadora quando um pesadelo toma forma.

— O que você pensa que está fazendo? — Viro a cabeça para ver duas
garotas que parecem clones literais de Alli me avaliando de cima a baixo. Ambas
estão vestidas com minissaias quase idênticas e tops combinando e luto contra a
vontade de chamá-las de Coisa Um e Coisa Dois. — Nossa amiga está grávida de
seu bebê. Ele não quer você.

Estreito meu olhar. Minha reação é retrucar, discutir, gritar. Mas


percebo que isso provavelmente é apenas para me irritar. Eu tento sair, com um
movimento do meu cabelo por cima do meu ombro. — Você nem acredita nisso.

— Oh sério? Então por que ele e Alli estão tentando resolver isso? —
Loira número um diz.

Ela toma um gole dramático de sua bebida e pisca os olhos para mim
várias vezes.

— Ok, e se você espera que eu acredite nisso, então você é mais burra
do que eu pensava. — coloco uma mão no meu quadril. Tanto para sair. Começo
a me afastar, apesar de querer esperar por Peyton. Mas eu só preciso ficar longe
das crias loiras de Satanás.

— Por que mais ele ficaria aqui para o verão? — A loira número um
pergunta enquanto ela cutuca as unhas como se estivesse entediada com essa
conversa. Meu coração bate no meu peito e me pego ficando sem fôlego com a
pergunta dela. Ele é... o quê?
— Ele ficará aqui para estar lá para Alli e se preparar para o bebê, — a
Loira número dois interrompe. Um sorriso encontra seu rosto, e tenho certeza
que ambas estão emocionadas por terem arruinado com sucesso a minha noite.

— Eu não compro isso por um segundo. — Ele ficará aqui? Como em


DC? Eu sei que Alli é da Virgínia, mas e a casa dele? E quanto a mim?

— Pergunte a ele então. — Loira número dois atrevida antes de ir


embora.

As duas doses de tequila que tomei de repente parecem dez, e elas


estão girando em torno do meu estômago e do meu cérebro e sinto que preciso
expulsá-las do meu corpo. Eu vejo como Everett vem em minha direção com um
sorriso no rosto, embora eu veja como ele cai enquanto ele se aproxima de
mim. — O que há de errado, baby?

Meu coração pula uma batida. Há essa palavra, baby. Não sei dizer se
estou feliz em ouvi-lo me chamar assim, ou triste porque me lembra o significado
literal dessa palavra. Uma criança pequena que ele está tendo com outra mulher.

— Eu preciso usar o banheiro. — Estou longe dele e indo direto para o


banheiro feminino antes que ele possa responder. Abro caminho pela porta, grata
por não haver uma fila e entro na cabine, fechando a porta atrás de mim. Eu
coloco minhas mãos em cada parede para me preparar do vômito desesperado
para deixar meu corpo.

Ele prometeu que não ia brincar de casinha com ela. Ele disse que me
queria.
Mas você disse a ele que não o queria, minha mente responde. Meus
pensamentos são interrompidos por duas risadas agudas.

— Você viu o olhar em seu rosto? — uma voz diz. — Pena que Alli não
estava aqui para ver isso, ela teria ficado tão satisfeita. — Lágrimas quentes
borbulham dentro de mim quando percebo que são as garotas de antes e elas
estão falando sobre mim. Sento-me no vaso sanitário e levanto os pés para dar a
sensação de que estão sozinhas no banheiro. Embora eu tenha certeza de que
estão bêbadas demais para notar ou se importar se o fizeram.

— Você disse a ela que a ex puta de Everett está aqui?

Coloco a mão na boca para abafar meus gritos. Bem, isso não é o pote
chamando a chaleira preta. Na verdade, não sou uma panela ou uma chaleira. Eu
não sou uma puta. Eu dormi com um cara!

MEU CARA.

Eu ignoro a voz irritante na minha cabeça que me disse que Alli


estava tecnicamente namorando com ele enquanto eu estava transando com ele,
o que significa que eu poderia estar montando aquela linha de
sacanagem. Trocadilho pretendido.

— Não, isso só vai deixá-la chateada, eu direi a ela mais tarde.

— Eles estão realmente tentando resolver isso, no entanto? Eu pensei


que ele estava aqui apenas para um estágio e, mesmo assim, ele ainda está em
cima do muro.
— Oh meu Deus Hannah, você pode começar com o programa? Eu não
ia dizer isso a ela. Ela precisa ter a imagem de que eles acabaram. Ou então tudo
isso teria sido em vão.

Meus ouvidos se animam e eu abaixo minhas sobrancelhas esperando


que isso me ajude a decifrar o código em que elas estão falando. O que tudo teria
sido em vão?

— Sim, bem, eu não sabia que Alli engravidar fazia parte do plano. —
uma delas bufa. — Eu pensei que ela nem transou com ele. — Coloco a mão na
boca para abafar o grito borbulhando na garganta quando ouço a porta se abrir.

Não não não não! Eu quero ouvi-las! Os gritos altos de garotas bêbadas
entram no banheiro e não consigo ouvir suas vozes por causa do barulho. Meus
pés encontram o chão e tento espiar pela porta, mas não posso dizer se elas ainda
estão lá. Meu telefone acende com uma mensagem de texto e eu imediatamente
sei de quem é.

Everett: Você está bem aí?

Eu: Sim... por favor, não vá embora. Nós precisamos conversar.

Everett: Claro, eu não vou embora. Não falo com você há um mês. Eu
sinto falta da minha garota.

Eu: também senti sua falta.


Everett: Comecei a comer no pátio sul onde você come para me
evitar. Levou tudo em mim para não te jogar por cima do meu ombro e te levar
para casa quando os caras comiam com você e Peyton.

Eu não respondo ao ciúme dele porque é quase cômico.

Você engravidou uma menina. Eu almoçando com os amigos do sabor


da semana da Peyton não é motivo para ficar com ciúmes.

Eu espreito minha cabeça para fora da cabine, para ver que uma fila
significativa se formou. Lavo as mãos e passo pela fila e pelo bar quando vejo meu
homem encostado na parede perto da porta. Ele parece tão deliciosamente sexy
que faz meus joelhos ficarem fracos.

Foco.

— Everett. — balanço minha cabeça para ele e então me empurro em


seus braços. Eu chego atrás de seu pescoço e trago seu rosto mais perto do
meu. Eu pressiono um beijo em seus lábios, mas me afasto antes que ele possa
aprofundar. Um sorriso está em seu rosto quando nos separamos e antes que ele
possa comentar sobre nosso primeiro beijo em quatro semanas, decido soltar a
bomba. — Algo está errado.

— O quê? O que é isso? — Seu rosto está cheio de preocupação e


quando suas mãos gentilmente acariciam meu rosto, as lágrimas brotam dos
meus olhos.
— Ela... ela fez alguma coisa. Eu não sei o quê. — solto um suspiro. —
Aí—há um plano.

— O que você quer dizer?

Respiro fundo enquanto acalmo meu coração acelerado e preparo


meus pensamentos. — Eu ouvi as amigas dela no banheiro. Uma delas disse que
nem sabia que você e Alli fizeram sexo. — pisco as lágrimas para longe. — Não
fique aqui neste verão, Everett. Venha para casa para... Arizona. Venha comigo.

Ele esfrega o queixo e seus ombros afundam. — É disso que se trata? E


quem te contou sobre isso?

— As amigas vadias de Alli basicamente me disseram que vocês estão


juntos novamente.

— Nós certamente não estamos, — ele vocifera.

Bem, isso é um alívio, mais ou menos.

Eu estreito meu olhar em questão. — Mas você ficará aqui com ela
neste verão?

— Eu não ficarei aqui com ela. Me ofereceram um estágio e meus pais


acharam uma boa ideia. Eles querem que eu dê um passo à frente e seja
responsável.

— Pode não haver nada para você ser responsável! Esse bebê pode não
ser seu, Everett.

Ele morde o lábio e olha para a multidão. — Vou fazer um teste de


paternidade quando o bebê nascer e...
— Não, você pode fazer isso agora, já que já se passaram oito
semanas. Você precisa da verdade. A maneira como eles soavam... simplesmente
não soava bem.

— Que garotas, Leigh? Quem disse algo para você?

Olho ao redor do bar, tentando identificá-las, mas o bar está ficando


mais cheia a cada segundo e não as vejo. — Eu... — balanço minha cabeça. — Eu
não sei, mas Everett, eu juro, não estou mentindo.

— Eu não acho que você jamais mentiria para mim, — diz ele com
sinceridade. Seus olhos azuis estão varrendo sobre mim e eu sei que ele está me
lendo como ele sempre foi capaz de fazer. — Eu só acho que talvez você não
entendeu, ou talvez elas estivessem mentindo para você para ficar sob sua pele e
criar uma barreira ainda maior entre você e eu. — ele balança a cabeça. — As
amigas dela são vadias.

— Farinha do mesmo saco. — levanto uma sobrancelha para ele e ele


tem a decência de concordar comigo. — Mas não, eu estava no banheiro e elas
estavam conversando. Elas nem sabiam que eu estava lá. Uma delas disse que Alli
engravidar não fazia parte do plano, e a outra disse que não fazia ideia de que
vocês faziam sexo. Everett, algo está errado sobre tudo isso, e eu acho... eu acho
que talvez ela esteja tentando te prender ou talvez ela nem esteja grávida. Talvez
tudo isso seja uma porra de um jogo. Você já viu uma ultrassonografia ou foi a
uma consulta com ela ou…

Ele não diz nada; ele apenas olha para a multidão e meu coração
afunda. — Você foi…
— Fui à última consulta médica com ela.

Uma lágrima desliza pelo meu rosto e ele estende a mão para tocá-
la. Eu deixo ele porque eu sou fraca.

Eu sou fraca e gosto de seu toque.

— Só quando eu acho que não pode doer mais... — eu sussurro. Pego


meu telefone para enviar uma mensagem para Peyton pedindo desculpas, mas
estou saindo antes de começar a me mover em direção à porta.

— Leighton... eu sinto muito. — Ele me acompanha enquanto fazemos


nosso caminho para fora. — Mas não estamos juntos. Eu não a toquei ou beijei ou
dormi na casa dela ou saí com ela ou qualquer coisa. Tenho pensado em você
desde que saí de sua casa.

Começo a me afastar do bar quando ouço meu nome sendo


chamado. Eu me viro para ver Peyton correndo em nossa direção, apesar de estar
em saltos de dez centímetros.

— Você está indo…? — ela olha para mim e depois para


Everett. Ninguém diz nada, embora eu saiba que a resposta para suas perguntas
está escrita em todo o meu rosto e na linguagem corporal entre mim e
Everett. Sua mão está descansando na parte inferior das minhas costas e posso
sentir que estou me inclinando para ele. — Você vai se certificar de que ela
chegue em casa em segurança?

Seus olhos se arregalam e ele acena com a cabeça, e admito que estou
chocada que ela está aceitando que eu vá com ele. Ela me puxa para um abraço e
murmura em meu ouvido. — Eu sei que você sente falta dele. E acabei de falar
com Dave e Pat, que disseram que ele tem sido um idiota miserável. Esta situação
é uma droga, mas talvez... talvez eu estivesse errada sobre ele. Talvez tenha
realmente sido apenas um erro. — ela se afasta e balança a cabeça. — Não estou
convencida de uma forma ou de outra, mas... — ela olha para Everett e depois
para mim. — Vocês dois se amando tanto que deveria contar para alguma coisa.
— ela franze os lábios e olha para a noite quente de verão. — Inferno, isso pode
contar para tudo.
CAPÍTULO 13
Everett

A caminhada até à casa de Leighton é tranquila. Os sons da noite de


sexta-feira giram em torno de nós enquanto passamos pela faixa de bares e pela
vizinhança das festas em casa. Tenho medo de deslizar minha mão pela dela
porque não quero empurrá-la. Esta é a primeira vez que nos falamos em um mês
e estou preocupado que assim que eu a tocar, ela vai desligar - ou eu vou atacá-
la.

— Acho que você deveria fazer o teste de paternidade mais cedo ou


mais tarde. Existem procedimentos muito menos invasivos para fazer isso agora.
— ela olha para mim nervosamente. — Eu pesquisei.

Solto um suspiro, minha mente ainda girando pelo que Leighton disse
no bar.

É possível que tudo isso tenha sido armação?

Eu sei que ela está realmente grávida, mas e se eu não for o pai?

Se tudo isso foi um truque de merda, pode apostar que matarei Alli
assim que ela der à luz. E isso contando com o fato de que Leighton não me
vencer.

— Que razão ela teria para foder comigo assim? Foder com a gente?
Ela encolhe os ombros. — Não sei. Para se vingar de nós? Ou talvez ela
realmente ache que é seu. Mas acho que vale a pena investigar talvez mais cedo
ou mais tarde. Eu só... eu não quero ver você se machucar mais com essa
situação.

— Só dói ver isso afetar você e nós.

Fui forçado a ficar não só minha namorada, mas também minha melhor
amiga no último mês, potencialmente porque Alli é uma mulher desprezada?

— Você também sentiu minha falta? — Suas palavras cortam meus


pensamentos e me lembro do que disse antes. Eu viro meu olhar para ela para vê-
la olhando para o chão enquanto caminhamos.

— Claro que senti. Acho que não se passou um minuto sem que eu não
pensasse em você pelo menos uma vez.

Ela continua andando e a vejo estremecer me fazendo desejar ter uma


jaqueta para dar a ela, embora eu tenha certeza que não seja por causa do
clima. Antes de fazer algo bêbado e levemente cavalheiresco, como tirar a camisa
das minhas costas, pergunto a ela: — Você está com frio? — ela balança a cabeça,
seu olhar ainda fixo no chão quando eu a paro. Eu agarro seus braços e a seguro
no lugar. — Leighton, olhe para mim.

Seus olhos encontram os meus e eles estão tristes e derrotados e isso


me mata que eu possa ter quebrado seu espírito. A quebrado. Eu me inclino,
puxando-a em meus braços e acaricio suas costas suavemente. — Eu não espero
que você me perdoe, ou aceite tudo isso, mas eu só... eu espero que você me
deixe tentar fazer isso direito. Eu estive infeliz sem você no último mês. Eu te
amo. Eu sinto sua falta.

Ela não diz nada pelo resto da nossa caminhada, e assim que passamos
por sua porta e ela se fecha atrás de nós, ela está em cima de mim. Seu corpo
minúsculo sobe no meu e me envolve. Suas pernas se entrelaçam em minha
cintura e seus braços em volta do meu pescoço e seus lábios estão nos meus
antes que eu possa piscar. Sua força me envia de volta um pouco, pois eu não
esperava que ela me atacasse e, de repente, estou preso contra a porta. Eu
seguro sua bunda e ela geme em minha boca enquanto eu a acompanho até ao
sofá.

Assim que me sento, um gemido sai de sua garganta e quando ela se


afasta, ela puxa a camisa para fora da saia e a joga do outro lado da sala. — Andar
de cima!

O que ela quer torna-se dolorosamente claro. E digo doloroso porque a


contenção que estou exercitando está fazendo meu pau doer fisicamente no meu
jeans. Meu pau está tão duro, acho que poderia cortar o tecido e o zíper do meu
jeans, porque tudo o que ele quer é estar de volta dentro de Leighton. Onde
pertence.

— Espere baby. Espere espere espere, — digo a ela, apesar de seu


corpo pecaminosamente apertado se contorcendo contra mim. — Só um
segundo. — puxo suas mãos para a minha boca e chovo beijos na ponta dos
dedos.
— Eu não quero esperar. E eu não quero fazer amor doce. Eu quero que
você me foda, Everett. Eu quero que você coloque sua boca na minha boceta e
depois me foda como se tivesse sentido minha falta. — ela descansa sua testa
contra a minha e solta um suspiro profundo. — Eu quero que você me foda, — ela
morde o lábio, — Lá.

Meu cérebro, que está me dizendo que precisamos conversar antes de


ficarmos íntimos, está lentamente ficando na mesma página que meu pau, que
atualmente está gritando com a ideia de estar dentro da bunda apertada de
Leighton. Eu explorei essa área completamente com minha boca e meus dedos,
mas ela sempre esteve muito nervosa para dar o passo. Ela jogando isso em mim
agora, apenas me assegura que Leighton está se sentindo insegura e eu não
quero tirar vantagem dessa vulnerabilidade.

— Leighton... — seguro seu rosto em minhas mãos e apesar das várias


bebidas que eu bebi antes dela aparecer, eu me sinto sóbrio com o olhar triste em
seu rosto. O olhar que reflete a dor que a está dilacerando há meses.

— Você não... quer mais isso? — seus olhos se arregalam e ela afunda
os dentes naqueles lábios deliciosos.

— Eu quero. Oh Deus, baby, eu quero. — agarro sua bunda para dar


ênfase. — Eu só, acho que precisamos conversar antes de irmos lá de novo.

— Eu não quero falar. — ela balança a cabeça e coloca as mãos no meu


peito. — Eu quero foder, e eu quero que você tenha total propriedade do meu
corpo. Eu preciso disso. Eu preciso que você me possua... totalmente. Eu preciso
que você... me mantenha.
— Eu possuo você, Leighton. — Minha voz é baixa e grave, enquanto as
palavras de Leighton despertam o homem das cavernas em mim que quer
proteger Leighton com cada grama de sua vida. — Você se afastou disso. Você
terminou comigo. — levanto seu queixo para olhar para mim. — E eu entendo por
que você fez. Mas não significa que deixei de te possuir enquanto estávamos
separados. Você sempre será minha, Leighton Mills, e não há nada que alguém
possa dizer para me fazer acreditar em algo diferente. Até você.

Ela choraminga e vejo como arrepios aparecem em todos os lugares,


enquanto meu olhar continua a penetrá-la. — Eu precisava de tempo, — ela
sussurra. — Tempo para descobrir se isso é algo que eu posso lidar. Algo que eu
sou madura o suficiente para lidar. — ela desvia o olhar, quebrando nosso
contato visual, e respira fundo. — O consenso é que eu não sou. — ela ri
nervosamente. — Mas... eu sou madura o suficiente para entender que eu te
amo mais do que odeio essa situação de merda. Eu te amo o suficiente para estar
com você, apesar desse relacionamento que você tem com outra mulher. Você
pode ser meu melhor amigo no mundo, mas você também é meu homem, e serei
amaldiçoada se eu deixar você ir sem lutar.

Suas palavras tornam meu pau já duro ainda mais duro e


instintivamente eu me flexiono para ela desejando que nós dois estivéssemos nus
para que eu pudesse empalá-la. Espere, Everett. Use suas palavras antes de
prendê-la no sofá e foder a vida dela. — Não há luta. Sou seu. — pego um
punhado de seu cabelo e puxo, expondo seu pescoço para mim.
— Eu quis dizer, — ela engasga quando eu afundo meus dentes nela, —
Uma luta contra mim mesma. Vai ser difícil todos os dias, e não posso prometer
que sempre serei totalmente agradável, mas tentarei. Só estou pedindo que você
seja paciente comigo.

Eu corro minha língua onde eu acabei de mordê-la e puxo para trás


lentamente para olhar para ela. — Eu sou paciente, — provoco e noto um tom
vermelho em suas bochechas. Acho que nós dois sabemos que tenho a paciência
de um santo, especialmente quando se trata de sua bunda atrevida, e é ela que
geralmente está pronta para explodir no segundo em que eu realmente a irritar.

Ela concorda com a cabeça. — Eu quero... eu quero voltar a ficar juntos.

E então a última de minha determinação se quebra. Meus lábios estão


nos dela em um segundo enquanto minhas mãos estão desabotoando seu
sutiã. Seus seios deliciosos se soltam e eu a empurro para o sofá, fazendo-a deitar
de costas. — Espere. — ela levanta a mão e olho para ela com quase horror, que
ela está me dizendo para parar enquanto seus mamilos rosados estão atualmente
pedregosos sob meu olhar e doloridos por minha língua. — Eu quero subir. Assim
que começarmos, não pretendo parar e não sei quando Peyton voltará para casa.

Concordo com a cabeça, assim que ouço o toque do telefone dela em


algum lugar da sala. — Provavelmente é apenas Peyton, — diz ela com desdém
enquanto procura no quarto por sua bolsa descartada e a puxa enquanto eu pego
sua camisa e sutiã do chão. Suas sobrancelhas formam um V entre os olhos e por
um segundo, acho que é Alli, que tenho certeza que ficou sabendo que eu fui para
casa com Leighton, e se ela é realmente tão vingativa quanto suas amigas
sugeriram, ela provavelmente está tentando se mexer. Mais problemas.

Eu olho por cima do ombro dela e imediatamente vejo vermelho com


quem mandou uma mensagem para ela perto da meia-noite. — Você está
brincando, porra? — seus olhos saltam para os meus e olham para o telefone. —
Seu ex-namorado? — Por que diabos Adam está mandando mensagens para ela?

Ela parece arrependida por um segundo literal antes de revirar os


olhos. — Ele vai me ajudar a estudar para a final de estatísticas. — ela pega sua
camisa de mim e a puxa sobre seus seios nus.

— Ainda não responde a minha pergunta você está brincando?

— Everett…

— Aquele idiota está mandando mensagens de texto para você à meia-


noite sobre estatísticas? Me dê um tempo, Leighton Alexandra. Mesmo que tenha
sido breve, eu definitivamente peguei o que está acontecendo? Que à meia-noite
de uma sexta-feira à noite é o código do caralho para — você está acordada? E
posso passar para sair e potencialmente foder seus miolos bêbados?

Ela olha para mim com um sorriso diabólico. — Adoro quando você usa
meu primeiro e segundo nome. Isso me faz pensar que estou em apuros. E
eu amo quando estou em apuros. — ela morde o lábio e trilha as pontas dos
dedos por seu pescoço, acariciando a pele que eu amo envolver minhas mãos. O
espaço que eu amo morder.
Porra, eu adorava quando ela me irritava o suficiente para eu usar o
nome completo dela também. Eu balanço minha cabeça, lembrando por que estou
chateado em primeiro lugar. Mas espere, porra.

— Você está ficando com ele? Quero dizer... enquanto estávamos


separados?

Sua boca cai aberta antes de formar uma expressão de raiva. — Por que
você está me fazendo perguntas que você já sabe a resposta?

Ela não iria. — Você o viu...? Fora da aula?

— Não, Everett, mas ele se ofereceu para me ajudar a estudar e eu


concordei. Eu preciso de ajuda.

— Vou te ajudar. Eu fiz no semestre passado; Eu ainda posso ter meu


treino final.

— Você tem seus próprios exames para estudar e só está fazendo isso
porque está com ciúmes literalmente sem motivo.

— Ele é seu ex-namorado, Leighton, — aponto, querendo quebrar seu


pescoço por pensar que ele poderia voltar com ela dessa maneira.

— Nada ia acontecer, mesmo se você e eu não voltássemos, e agora


que estamos...

— Eu não quero que você o veja, — eu interrompo.

Ela levanta as sobrancelhas para mim e coloca as mãos nos quadris. —


Sério? — ela segura o telefone para eu pegar. — Nós não estamos nem
remotamente flertando, Everett. Olhe aqui. — Quero dizer a mim mesma que
confio nela. Que eu não tenho o direito de olhar no telefone dela, especialmente
devido à minha situação precária envolvendo outra garota, mas eu tenho que
ver. Eu tenho que saber o que ele está dizendo. Eu não acho que ela estava
flertando, mas eu preciso ver qual é o ângulo dele.

Eu percorro lentamente, e dou um suspiro quieto de alívio quando noto


que realmente tudo parece inocente, principalmente sobre estatísticas, e ele
perguntando como ela está. As perguntas são principalmente unilaterais, e estou
feliz que Leighton raramente manteve a conversa. Entrego o telefone de volta
para ela, satisfeito, mas ainda longe de emocionado com a ideia dela passar uma
noite inteira com ele se preparando para a prova final.

— Sim, realmente, Leighton. Você é minha e se eu tiver que foder sua


vida para levar meu ponto para casa, eu vou.

— Não me ameace com diversão, Cartwright. — ela sorri. E neste


momento, eu odeio que cederei ao que ela quer, mas também sei que não
poderei fodê-la sem exercer minha posse sobre ela, especialmente à luz dessa
nova informação.

— Eu não quero você sozinha com ele. Claro e simples. — dou um passo
em direção a ela assim que ela recua, e já posso ver o brilho brincalhão em seus
olhos.

Ela morde o lábio e então se vira e dispara escada acima. Estou atrás
dela instantaneamente, perseguindo-a em direção ao seu quarto. Eu bato a porta
atrás de mim enquanto ela pula na cama, seus seios sensuais saltando e fazendo
minha boca salivar. Ela tira a camisa pela cabeça e puxa a saia e a calcinha para
baixo deixando-a nua em segundos além do sorriso no rosto e do amor em seus
olhos.

Eu me inclino contra sua porta, meus braços cruzados sobre meu peito
enquanto olho para ela lascivamente. — Venha aqui, — ordeno. Ela fica de pé se
preparando paracaminhar quando eu coloco a mão para cima. — De
joelhos. Engatinhe.

Ela pisca os olhos várias vezes antes de abaixar a cabeça e abaixar-se


lentamente sobre as mãos e os joelhos. Ela se move em minha direção colocando
uma mão na frente da outra e seus joelhos se movem em conjunto enquanto ela
se aproxima de mim. Quando ela está na minha frente, ela se senta nos
calcanhares e olha para mim, aqueles olhos escuros, quase da cor do céu
noturno. Eu desabotoo meu jeans, deixando-o cair no chão e esfrego meu pau
através da minha cueca antes de deixar minhas mãos caírem ao meu lado. — Tire.

Ela faz o que peço sem hesitar, deslizando minha cueca preta pelas
minhas pernas e deixando-a se juntar ao meu jeans, que ainda está em torno dos
meus tornozelos. Ela lambe os lábios e agarro seu queixo, apertando levemente.

— Coloque sua lingua pra fora. — ela segue meu comando, abrindo a
boca para que eu possa esfregar meu pau no músculo rosa e sedoso. Solto seu
queixo e ela começa a fechar a boca ao meu redor quando eu a lanço um olhar de
advertência. — Coisinha ansiosa, não é? Você quer que eu atire meu esperma na
sua garganta?

Ela não pode falar porque meu pau está descansando em sua língua,
mas seus olhos se arregalam de excitação e ela balança a cabeça
vigorosamente. Sua língua se enrola levemente esfregando a ponta em uma das
veias na parte de baixo do meu pau e gemo com o toque suave. — Porra, sua
boca é tão pecaminosa.

Ela fecha os lábios ao meu redor e empurro em sua boca ansiosa,


querendo, empurrando um pouco mais para trás a cada vez. Quando me sinto
bater na parte de trás de sua garganta, vejo seus olhos lacrimejarem levemente e
babar nos cantos de sua boca. Eu sinto baforadas de ar enquanto ela respira pelo
nariz e quando puxo para fora de sua boca ela suspira por um pouco de ar. —
Você está indo tão bem. — ela sorri com a minha aprovação. — Diga-me, você
está molhada? Sua boceta está formigando e carente depois de ter meu pau na
sua boca?

Ela acena. — Sim.

— Deixe-me ver, — exijo e quando ela se senta na bunda e abre as


pernas eu quase caio de joelhos quando aquela carne rosa e lisa aparece. Eu
engulo quando ela abre os lábios obscenamente, revelando seu clitóris pulsante e
o resto de sua boceta. — Foda-se, — sussurro e de repente eu me esqueci do
boquete e estou desesperado para colocar meu pau dentro de sua boceta
molhada. — Em cima da cama. — Eu puxo meu jeans e cueca dos meus
tornozelos, arranco minha camisa e estou em cima dela em segundos. Meu corpo
parece estar em chamas com a necessidade dela, e ela parece estar sentindo o
mesmo enquanto raspa e arranha minhas costas.
— Deus, eu senti tanto a sua falta, — ela choraminga quando meu pau
bate em seu sexo. — Meu vibrador realmente não pode fazer o que você pode. —
ela meio que ri meio geme quando belisco seus mamilos entre meus dedos.

— Ah sim, meu arqui-inimigo. — pressiono meus lábios em seu ombro,


lembrando daquele brinquedo roxo que estava em sua mesa de cabeceira que ela
usava quando eu não estava por perto. Eu sinto seu coração batendo contra o
meu peito enquanto meu corpo cobre o dela e me pergunto se ela está
extremamente excitada ou nervosa também. Eu pressiono um beijo em seu
pescoço antes de continuar minha trilha por seu corpo até sua boceta. Eu corro
dois dedos por sua carne escorregadia antes de trazê-los aos meus lábios e
chupar sua doçura deles. — Eu comerei essa boceta até você não saber o seu
próprio nome. — Eu rosno enquanto deslizo minha língua em seu monte. Eu
pensei em provocá-la, provocá-la com a promessa de um orgasmo antes de
finalmente deixá-la sucumbir ao prazer. Mas quando eu olho para ela, seus olhos
selvagens, seu cabelo arrepiado e volumoso de mim puxando-o, percebo que
quero fazê-la gozar. Agora.

E eu sei exatamente como fazer isso.

Eu mergulho, sem perder tempo antes de atacar seu clitóris e deslizar


dois dedos dentro dela e me curvar para cima. — Oh Deus! — ela grita quando
deslizo um dedo em sua bunda também. — Ah, porra. Ah foda-se! — Minha
língua gira em torno de seu clitóris, enquanto eu moo meu pau no colchão,
transando no tempo com cada pulso de seu clitóris. Ela está começando a tremer
ao meu redor e quando olho para cima, ela está olhando para mim através de
fendas encapuzadas. Ela agarra a parte de trás da minha cabeça e empurra seu
sexo com mais força na minha boca e eu saúdo a explosão que flui de sua
boceta. — Sim! Everett! — ela grita.

— Tão molhada, — murmuro, enquanto mergulho meu rosto em seu


sexo enquanto ela continua a surfar na onda. — Diga, — grito. — Diga o que eu
quero ouvir, Leigh.

— Eu te amo. — Sua outra mão se move para a minha cabeça,


segurando-a com ambas as mãos antes que ela puxe levemente e eu suba pelo
seu corpo. Ela coloca minha cabeça em suas mãos e nossos olhos se encontram
assim que eu deslizo para ela. — Eu te amo muito.

Nossos olhos travados neste momento íntimo enquanto eu me movo


dentro e fora dela, quase me empurrando ao limite. Eu me masturbei enquanto
estávamos separados, principalmente nos dias em que a vi no campus, mas
estando dentro dela – com meu pau em sua boca. Provando sua boceta, e a
promessa do que está por vir entre aquelas bochechas deliciosas dela me faz
correr para o meu orgasmo muito mais cedo do que eu quero.

Eu puxo para fora e sento nos meus calcanhares. — Fique de mãos e


joelhos.

— Agora…? — seus olhos estão cheios de perguntas e balanço minha


cabeça em resposta a ela não dita. — Ainda não, eu só quero te foder por
trás. Mãos e joelhos. Não me faça perguntar de novo. — ela se vira para a
cabeceira da cama antes de levantar a bunda no ar e pressionar a bochecha
contra o colchão.
Eu corro a ponta do meu dedo entre suas bochechas e circulo o anel lá
atrás antes de empurrar suavemente. Meu pau que parece pesado entre minhas
pernas começa a vazar pré-sêmen e minhas bolas formigam, me fazendo pensar
se eu poderia gozar apenas tocando-a.

— Você tem tomado sua pílula? — pergunto a ela, odiando que eu


esteja nos tirando do momento, mas sabendo que eu posso não ter controle
suficiente para sair e a última coisa que eu preciso é de outra garota
grávida. Mesmo que ela fosse a pessoa que eu quisesse eventualmente
engravidar.

— Sim! Por favor, foda-me. Goze dentro de mim!

Eu gemo a seu pedido, sua súplica, sua demanda, e empurro dentro de


sua boceta quente. — Oh, meu Deus, como eu esqueci como era isso?

Eu estive dentro de Leighton milhares de vezes, e ainda não consegui


alcançar esse nível de prazer quando tentei reencená-lo com a porra da minha
mão.

Nada parecia a boceta de Leighton.

Nada parecia Leighton.

— Sua boceta é tão perfeita, é como alcançar o nirvana. Eu corro para


ela quase erraticamente, perseguindo meu orgasmo com golpes rápidos. —
Esfregue seu clitóris para mim, baby. Obtenha-o agradável e quente. Eu preciso
de você molhada e solta e lânguida para que você fique calma quando eu pegar
isso. Eu pressiono minha mão em sua bunda e ela empurra de volta contra ela.
Ela pode ter estado nervosa antes, mas certamente não está
agora. Estou transando com ela mais e mais rápido agora, minhas mãos
agarrando seus quadris enquanto a movo para cima e para baixo no meu pau. O
orgasmo me atinge forte e rápido enquanto ele sobe pela minha espinha e me
agarra pela garganta me deixando ofegante. — Leigh... porra, porra, porra!

Eu posso ouvi-la gritando, me dizendo quão bem eu me sinto, o quanto


ela ama quando eu gozo dentro dela, mas é abafado, e quando eu deixo cair
minha cabeça em suas costas, deixando-me escapar dela eu me pergunto se ela
gozou também com quãodifícil ela está respirando. Eu chego ao redor e esfrego
sua boceta e ela choraminga quando eu toco seu clitóris trêmulo.

— Nós... nós gozamos juntos?

Ela balança a cabeça, como se ela também não pudesse falar, e quando
ela vira a cabeça, eu posso ver as lágrimas em seus olhos antes de uma escorrer
pelo seu rosto. — Puta merda.

***

Ela está deitada de bruços, com os dentes mordendo o travesseiro


enquanto eu a contorço, tentando deixá-la o mais relaxada possível. Eu transei
com ela duas vezes, enquanto eu sondava sua bunda com dois dedos e a fazia
gozar com a minha boca novamente quando entrei com um terceiro dedo, e
agora acredito que seus membros provavelmente estão tão soltos quanto
gelatina. Eu me afasto, o espaço entre suas bochechas molhado e escorregadio da
minha saliva enquanto pressiono dois dedos cheios com o gel quente contra seu
buraco. Ela estremece, os arrepios subindo em sua pele e eu pressiono um beijo
em seu ombro.

— Você está indo tão bem, baby.

Ela deixa o travesseiro cair de entre os dentes. — Não, baby. Agora não.

— Como devo chamá-lo então? Você quer ser minha putinha suja? —
pergunto a ela enquanto continuo a dedilhar seu buraco lentamente esticando-a.

— Sim. — ela estremece novamente e deste ângulo, posso ver o


fantasma de um sorriso em seus lábios. — Sim, por favor. Fale sujo comigo.

Eu me empurro um pouco para ela e a sinto tensa. — Relaxe, —sussurro


um pouco suavemente, deixando-a saber que o homem que a adorava ainda está
presente, apesar do que eu possa dizer a ela. Mas eu compenso com meus dedos
cavando em seus quadris enquanto me equilibro. Eu estava pronto para explodir
no segundo em que ela concordou em me deixar foder sua bunda, e agora estou
um centímetro dentro do buraco mais apertado da minha vida e estou pronto
para explodir.

Everett, se você já gozar, eu nunca ficarei duro de novo, eu juro que


posso ouvir meu pau dizendo.

— Você não vai empurrar? — a ouço sussurrar de baixo de mim e minha


mão bate nela forte em resposta.
— Você. Não está. No comando. — vocifero para ela. — Você não pode
fazer perguntas.

— Eu sinto muito.

— Desculpe pelo quê? — Eu a provoco enquanto empurro mais para


dentro. — Tentando estar no comando. Eu só... preciso que você empurre, por
favor!

— E por que isto? Porque você está desesperada para que eu preencha
todos os seus buracos hoje? Você já teve meu pau em sua boca e em sua boceta e
entre seus seios deliciosos. Em que parte do seu corpo meu pau não tocou,
Leighton? Existe alguma parte de você fora dos limites para mim?

Ela se move debaixo de mim e o suspiro simples mais sexy sai de seus
lábios. — Nada.

— Foda-se, — cerro os dentes com tanta força que tenho certeza de


que as veias na minha têmpora estão visíveis. Eu sei que ela diria algo nesse
sentido, mas ouvir a palavra ofegante escapar de seus lábios me fez correr de
volta para a borda.

Calmo. Porra. Devagar. Você não está nem na metade.

Eu empurro mais, e ela engasga debaixo de mim, o gemido soando


como música para meus ouvidos. — Everett, puta merda. — ela aperta ao meu
redor fazendo meu pau pulsar em sua bunda.

— Como se sente, Leigh?

— Estou tão... cheia.


— Minha putinha gosta de ter sua bunda fodida?

— S-sim. Sim, eu gosto de ter você na minha bunda. — ela treme


debaixo de mim e gemo porque posso sentir isso no meu pau. — Parece... que
você me possui.

— PORRA. — Meu pau pulsa novamente ao ouvir essas palavras, e


empurro o resto do caminho e um grito de prazer deixa seu corpo. Eu deixo cair
meu rosto em seu pescoço e pressiono um beijo gentil no espaço lá apenas para
que ela possa sentir que eu ainda estou com ela. — Vou começar a me
mover. Agora. — gemo quando começo a balançar dentro e fora dela. — Da
próxima vez, — hesito, enquanto tento organizar meus pensamentos, — Farei
você se sentar no meu colo para que eu possa envolver minha mão em torno de
sua linda garganta enquanto eu te fodo assim.

— Oh meu Deus, sim! — ela grita. Sinto meu pau pronto para explodir
para o que estou assumindo que será a última hora da noite, então começo a
esfregar seu clitóris entre suas pernas.

— Apenas me dê mais um, baby.

— Oh Deus, sim, eu quero gozar. Faça-me gozar, por favor. — Sua


súplica é suficiente para me fazer perdê-la. A tensão em sua voz, o implorar para
que eu a faça se sentir bem me faz sentir como um Deus, sabendo que sou o
único que pode.

— Eu te amo tanto, eu nunca deixarei você ir de novo, — digo a ela.


— Sim! — ela grita enquanto deslizo em seu clitóris mais uma vez,
enviando-a para a borda. — Nunca me deixe ir.
CAPÍTULO 14
Everett

— Desculpe-me? — Alli parece zangada, descontente e lívida, assim que


as palavras saem dos meus lábios. Passei a maior parte do fim de semana na cama
com Leighton se reunindo depois de tanto tempo separados e na segunda
segunda-feira de manhã, eu estava armado com um novo propósito.

Para evitar que algo se interponha entre ela e eu novamente.

O que significa que é hora de saber oficialmente a verdade, e depois


que suas amigas potencialmente revelaram o que parecia ser uma porra de um
esquema, eu quero respostas e estou preparado para ser implacável em minha
busca pela verdade.

Então, eu tinha ido para a casa da irmandade, e quando elas me


disseram que ela estava voltando para casa, decidi esperar. Ela me cumprimentou
com um sorriso antes que eu a fixasse com um olhar frio e disse a ela que isso
estava longe de ser uma ligação social.

Ela esfrega as mãos em suas leggings e observo os arrepios surgindo em


seus braços enquanto um arrepio a percorre. Nervosamente. — Eu me ofendo
com isso, você sabe. Eu não estive com mais ninguém além de você.

— Então, você diz, mas eu gostaria que não houvesse dúvidas e,


francamente, todos na minha vida também querem provas.

Ela bufa e revira os olhos. — Você quer dizer Leighton?


Eu coço meu queixo. — Sim, eu quero dizer Leighton.

— Você disse que ela terminou com você... que você terminou com ela.
— sua voz oscila ligeiramente.

— Eu nunca disse que terminei com Leigh. Nunca. E, além disso, isso
não tem nada a ver com você. Estamos fazendo um teste de paternidade. Na
verdade, não sei por que estamos tendo essa discussão. Este sempre foi o
plano. Eu sempre planejei pedir um quando o bebê nascesse. Só estou pedindo
para fazer isso agora. Eu vou cobrir os custos desde que quero fazê-lo mais
cedo. Você está com mais de oito semanas; eles podem fazer um teste com
apenas um cotonete da minha bochecha e uma amostra de sangue. Eu só preciso
da verdade. — Eu a informo. — E tenho que dizer que sua extrema relutância em
fazer isso está fazendo você parecer culpado como o inferno. Se você tem tanta
certeza de que é meu, então qual é o problema?

— O problema é que você está me fazendo sentir uma merda porque


Leighton está tão desesperada para que esse bebê não seja seu!

— CHEGA de Leighton! — grito, antes de respirar fundo, contando até


dez. Eu belisco a ponte do meu nariz e me preparo. — Jesus Cristo, SUAS amigas
estavam falando merda com ela no bar na sexta-feira, você sabia disso? SUAS
amigas escorregaram quando acharam que ela não estava por perto e disseram
algo sobre você engravidar não fazia parte de 'algum plano?' Que diabos é isso,
Alli? Isso tudo é algum jogo? Meu pai é advogado, e posso te prometer que não é
um jogo que você quer jogar com o filho dele. — vocifero para ela e ela balança a
cabeça.
Lágrimas brotam em seus olhos e ela morde o lábio inferior antes de
dar um passo para trás. — Eu... eu não sei do que elas estão falando.

— Eu acho que você está mentindo na minha cara, Alli. Nós faremos um
teste, amanhã, — digo a ela, sabendo que ela tem uma consulta médica de
qualquer maneira.

Ela balança a cabeça, as lágrimas ameaçando cair de seus olhos


enquanto ela respira fundo. — Você realmente me odeia tanto assim? — ela
torce as mãos nervosamente e estou começando a me perguntar se eu estava
cego para a besteira esse tempo todo.

— O ódio não tem nada a ver com nada disso. — dou um passo à frente,
minha voz baixa, fria, magoada. — Alli, há algum ponto em fazer este teste?

Ela não responde, então dou outro passo. — Allison, — digo seu nome
completo e ela engole.

— Eu... sim? — ela grita.

— Isso soa muito como uma pergunta para alguém que tinha certeza
que só esteve comigo.

— Eu…

Dou um passo para trás, minha mente indo a mil por hora com seu
medo, seu nervosismo, sua incerteza. — Alli, você dormiu com outra pessoa? —
seus olhos piscam para os meus e eu ponho a mão para cima. — Eu não dou a
mínima se você me traiu ou não. Quero saber se você dormiu com outro cara. Um
cara que pode ser o pai! — aponto para sua barriga. — Você virou minha maldita
vida de cabeça para baixo nos últimos dois meses SABENDO que havia uma
chance desse bebê não ser meu? Eu sei que te machuquei e sinto muito. Eu
entendo que você estava chateada. Mas você estava indo para o que... me
prender? Ou o que, Alli, você achou que eu simplesmente me apaixonaria por
você quando o bebê nascesse e não daria a mínima para que os resultados do
teste mostrassem que não era meu?

— EU NÃO DISSE QUE NÃO ERA SEU! — ela grita.

— Você certamente não está mais convencida de que é, —


vocifero. Algo que Leighton diz passa pela minha mente. — Uma de suas amigas
disse que não sabia que transamos. Naquela noite... eu estava tão bêbado. —
fecho meus olhos, tentando pela milionésima vez disparar algo daquela noite,
mas ainda dá em branco. — Deus, se eu não soubesse melhor, diria que estava
drogado. — Esfrego minha cabeça e como se a resposta tivesse caído do céu e
pousado aos meus pés, minha cabeça se ergue para encontrar seu olhar
aterrorizado. — Você não teria, — digo, mas mesmo quando digo isso, percebo
que não tenho certeza do que exatamente ela não faria para conseguir o que
quer. — Fale! Diga algo. Negue qualquer coisa.

— Eu... eu acho que você desmaiou naquela noite. Assim como eu! Não
me lembro de nada.

—Besteira! Oh meu Deus, Alli, você colocou alguma coisa na minha


bebida?

— Não! Como você pode pensar isso?


— Bem, para ser honesto, eu não sei muito sobre você, mas o que eu vi
nos últimos meses, não gostei muito. E certamente não o que aprendi nos últimos
trinta minutos. Você me deixou acreditar que isso é meu sem dúvida, você disse
várias vezes isso não poderia ser de mais ninguém, o tempo todo sabendo que
você transou com outro cara? Isso faz de você uma pessoa ruim, Alli, —digo a
ela. — E eu nem quero saber o que faz de você se me drogou na noite em que
supostamente fizemos sexo. Estou supondo um criminosa. Eu terei que perguntar
ao meu pai, — vocifero antes de me virar e andar em direção ao meu carro
quando eu a ouço correndo atrás de mim.

— Espere, Everett! — ela coloca as mãos sobre os olhos e balança a


cabeça. — Ok, nós vamos... faremos o teste.

— Oh, não havia uma pergunta nisso. E eu não estava pedindo sua
permissão. Quer dizer, acho que não posso forçá-la, mas posso pedir a um
tribunal que a convoque. Eu sei que estou dentro dos meus direitos de fazer isso.
— balanço minha cabeça para ela. — Eu não merecia isso. Para você ter feito isso
comigo?

— E eu merecia você me traindo!?

— NÃO! E eu já disse isso muitas vezes. Mas isso é um bebê que você o
que... me fez acreditar que era meu? Conheci seus pais, você humilhou minha
namorada e a afastou de mim. Eu não iria abandoná-la se este bebê fosse meu,
Alli, e se você tivesse apenas pensado sobre este bebê em vez de você mesma,
você teria percebido que Leighton teria amado este bebê também. Ela não é uma
má pessoa, Alli. Ela está apaixonada por mim há muito tempo. E sei que você não
se importa, mas para você fazer isso... é imperdoável. Se este teste provar que
este bebê não é meu... então eu vou até dizer que provavelmente não fizemos
sexo naquela noite. Que você me drogou... — Levanto a mão quando ela
interrompe. — Ou talvez eu tenha ficado tão bêbado por conta própria, embora
eu não esteja convencido, já que pedaços daquela noite parecem ter sido
apagados da minha memória …Eu direi que você foi com ele quando acordamos
nus na manhã seguinte. No mínimo, você nem está completamente convencida
de que fizemos sexo.

— Everett... — ela soluça e envolve seus braços ao redor de si mesma


enquanto uma brisa sopra no ar.

— Vejo você às duas, — digo a ela antes de sair em direção ao meu


carro.

***

Eu bato a porta da casa de Leighton atrás de mim com tanta força que
ela treme. Peyton e Skyler, que estão sentadas no sofá com seus livros espalhados
sobre eles, saltam quase um metro. — Oh meu Deus! — Peyton grita. — Por
quê?!

Eu fecho minhas mãos em punhos e fecho meus olhos. — Leighton. — A


palavra sai dos meus lábios como uma oração, e instantaneamente sinto a tensão
deixando meu corpo como se apenas o nome dela tivesse o poder de me acalmar.
— Ela está no campus! Ela está estudando na biblioteca, — Peyton diz.

— Sem nenhuma de vocês? — Não é necessariamente tarde, mas eu sei


que estudar para as provas finais pode levar você até tarde da noite, e odeio que
ela tenha que chegar em casa sozinha tarde da noite.

— Acho que ela está em um grupo de estudo, — acrescenta Skyler.

— Você não tem um chip nela para rastrear seus movimentos ou algo
assim? — Peyton brinca e me dá um sorriso.

Eu coloquei uma mão para cima. — Eu realmente não estou no clima.

Peyton tira um lápis de trás da orelha e aponta para mim. — Então você
pode sair do jeito que entrou porque está na minha casa, Cartwright.

— Não comecem, vocês dois. O que há de errado, Everett? Skyler


pergunta. — Você está tremendo.

— Eu... eu preciso de Leigh.

— Ok, bem, apenas mande uma mensagem para ela.

— Você sabe com quem ela está estudando? — Não tenho certeza de
onde chegamos em seu pequeno encontro de estudo com Adam, mas espero em
Deus que ela não esteja estudando com ele.

Por ela. Meu bem.

Minha maldita sanidade.

Eu: Ei, estou na sua casa. Onde está você? Eu preciso falar com você.
Leighton: Biblioteca! O que está errado?

Eu: Com quem você está?

Leighton: Grupo de estudo para estatísticas

Eu: Com Adam?

Leighton: Everett...

Eu: Você está falando sério?

Leighton: Ele está aqui, sim. Mas somos muitos. Tipo dez.

Eu: não me importo. Eu lhe disse como me sentia sobre você estar
com ele.

Leighton: Eu não achei que você ficaria chateada se eu não estivesse


sozinha com ele.

Eu: Passar um tempo com seu ex-namorado de qualquer jeito,


Leighton. Você sabia o que diabos eu quis dizer.

Leighton: Pare de me xingar! Desculpe, ok? Mas eu realmente não


quero falhar neste exame. Vale como trinta por cento da minha nota. E ele não
pode aceitar exatamente como se estivesse fazendo minha lição de casa.

Eu: Tanto faz. Este dia foi o pior e agora você está brincando com seu
ex.

Leighton: Uau. Eu não posso nem acreditar que você está indo para
lá. Você está exagerando. Eu não quero Adam. Eu NUNCA quis Adam e você
sabe disso! E o que está acontecendo?
Eu paro de responder porque sei que se continuarmos por esse
caminho enquanto estou com raiva de Alli e com ciúmes de Adam, acabarei
dizendo algo de que me arrependo e magoando Leighton. — Droga! — vocifero
enquanto caio no sofá ao lado de Skyler. Ela fecha o livro e o coloca na mesa à sua
frente.

Ela cruza as pernas em um pretzel e olha para mim. — Quer


compartilhar com a classe?

— Não realmente, — resmungo.

— Que pena. Você quer uma bebida? — Peyton pergunta enquanto se


levanta e sai do sofá para a cozinha. — Algumas de suas cervejas estão aqui. —
balanço minha cabeça enquanto deixo cair em minhas mãos.

— Tudo está tão fodido, — resmungo.

— Eu estou supondo que isso é sobre Alli? — Skyler pergunta.

— E talvez também porque minha namorada está saindo com aquele


babaca do Adam. — olho para Peyton. — Espere... você não está na aula de
estatística de Leigh? Por que você não está no grupo de estudos?

— Grupos de estudo organizados não são realmente minha praia, —


Peyton brinca e Skyler bufa. — Sim, trapacear é mais sua coisa.

— Diz a garota que dormiu com seu professor para um A? — Peyton


retruca com um movimento de seu cabelo loiro por cima do ombro.

Ela dá um tapa no braço de Peyton. — Eu não dormi com Aidan por um


A, vadia.
— Oh, me desculpe, você não tirou um A?

— Porque eu sou inteligente pra caralho.

— E apenas talvez... talvez eu seja bom em matemática. — Skyler vira a


cabeça e estreita os olhos para Peyton. — Eu sou bo em estatísticas ok? Estou
pensando em ser menor nisso.

— Você... gosta de... matemática?

— Não faça um grande negócio sobre isso. A seção de matemática foi o


que salvou meus SATs. Eu consegui uma pontuação perfeita nessa seção.

A boca de Skyler se abre e, francamente, estou igualmente chocado. —


Você não estava chapada? —pergunto, tendo ouvido essa história antes.

— Obviamente, mas a matemática não muda. Eu posso fazer


matemática enquanto estou bêbada também. Não conte a ninguém. — ela revira
os olhos e se volta para o livro.

— Então por que você não está ensinando Leigh? — agarro a revelação.

— Porque ela é teimosa e não escuta! Confie em mim, eu tentei. E


então ele começou a fazer a lição de casa para ela, então ela não precisava mais
da minha ajuda.

— Estamos fugindo do assunto. Embora eu queira saber mais sobre


minha melhor amiga ser um gênio da matemática e eu nunca saber. — Skyler
aponta para Peyton antes de se virar para mim. — O que está acontecendo com
Alli?
— Eu não acho que o bebê é meu. — desabafo. — Eu queria falar com
Leigh primeiro, mas ela não está aqui, e tenho que tirar isso do meu peito.

Peyton cruza os braços sobre o peito e me olha com cautela. —


Continue.

— Acho que ela me drogou na noite em que supostamente fizemos


sexo. É por isso que não tenho nenhuma lembrança disso. Quando acordamos
nus, ela foi com ele. Mas eu não acho que nós realmente fizemos sexo. Se o
fizéssemos, eu definitivamente não era um participante voluntário. Mas... aquele
bebê... ela fodeu outra pessoa nesse tempo. Ou talvez ela me traiu. Eu não sei,
mas... — Eu sei que estive divagando e quando olho para Skyler e Peyton, ambas
as bocas estão abertas, seus olhos arregalados. — Oh... oh meu Deus, — Skyler
sussurra.

— Ah, sim, todos nós precisamos de bebidas. — Peyton se levanta e


volta com uma garrafa de vodka e três doses. — Puta merda, ela admitiu isso? Oh
meu Deus, Leighton vai matá-la. — ela coloca a mão na testa dramaticamente. —
Oh meu Deus, seremos cúmplices de assassinato. — ela aperta os olhos antes de
tirar sua foto. — Ah, quer saber, não estou preocupada. Entre seu pai e papai
West nós sairemos, — ela diz olhando para Skyler.

Skyler torce as bochechas para cima e eu ouvi uma vaga história sobre a
irmã mais velha de Skyler, o noivado de Serena com o melhor amigo e parceiro de
seu pai, que é de onde eu suponho que o termo papai vem. — Estou falando
sério, — digo a eles.
— Peyton está falando sério, — Skyler diz enquanto ela toma a dose. —
Ela sabia o tempo todo que o bebê pode não ser seu? Passei um mês escolhendo
minha melhor amiga no chão do banheiro porque Alli queria foder com você? —
seus olhos se enchem de raiva, e estou começando a pensar que ela está tão
brava quanto eu. — Quando você fará o teste?

— Amanhã, — digo antes de engolir a dose que Peyton serviu para


mim. — Eu quase rezo para que seja seu, — Skyler diz.

— Eu não! — vocifero, não querendo colocar isso no universo.

— Ok, quero dizer... eu não. Eu estive esperando esse tempo todo que
não fosse seu, mas... isso é tão nojento. Ela sabia o tempo todo que havia outra
pessoa. E então se ela realmente drogou você... — ela cruza os braços. — Espero
que você esteja planejando apresentar queixa, e se você não estiver, então eu
não contaria a Leighton sobre nada disso.

— Ela provavelmente nunca vai admitir se o fez. Não é como se eu


pudesse provar isso agora.

Peyton solta um suspiro assim que ouço chaves na porta e então


Leighton está entrando. Ela estreita o olhar para nós e os copos espalhados pela
mesa. — Isso é estudar?

Peyton e Skyler pulam do sofá em sincronia. — Você tem a palavra,


Cartwright. Vamos deixá-lo com a vodka, — Peyton diz antes de subirem as
escadas, deixando-nos sozinhos.
— Você... você não respondeu. — ela coloca sua bolsa no sofá e se
senta ao meu lado, ligando seu braço ao meu e inclinando a cabeça no meu
ombro. — Meu último texto. Eu não queria você aqui fervendo e com raiva de
mim. — ela beija meu ombro e olha para mim com aqueles olhos grandes e lindos
que têm o poder de alterar completamente meu humor. Eu pressiono um beijo
em sua testa, e já me sinto melhor.

— Eu não estou bravo com você.

— Você estava... mas eu juro que não estava sozinha com ele. Mas ele
estava lá... — ela morde o lábio inferior.

— Não estou empolgado com isso, mas vou viver. Obrigado por voltar.

— Bem, eu tenho certeza que Skyler e Peyton teriam me enrolado


quando vocês ficaram... bêbados? — ela levanta uma sobrancelha e aponta para
os três copos entre nós.

— Eu descobri algumas notícias interessantes hoje, e elas estavam meio


que me falando sobre isso até você chegar aqui. — Deixo escapar um suspiro, e
ela se vira para olhar para mim.

— Eu preciso de uma dose? — ela esfrega as coxas nervosamente e


agarro suas mãos e as puxo para meus lábios.

— Vou deixar você ouvir as notícias primeiro.

— Ok…

Eu conto tudo o que aconteceu mais cedo com Alli e quando termino,
Leighton parece que vai vomitar, mas ela se levanta de um salto. — EU
SABIA! Aquela cadela conivente! — ela bate o pé e coloca as mãos sobre os olhos,
afundando as palmas das mãos neles. — Como ela pôde fazer isso? Por quê? Ela
precisa de ajuda. Como ajuda profissional. Ela é certificável.

— Ok, bem antes de admiti-la em uma ala psiquiátrica, eu preciso


descobrir se é verdade.

— O fato dela estar mentindo sobre estar apenas com você, algo me diz
que provavelmente é bem verdade.

— Querida, sente-se. Você está me deixando ansioso. — Eu preciso de


minhas mãos nela, e dado que nós sempre nos alimentamos das emoções um do
outro, ela ficar excitada está me deixando excitado com sucesso. Eu preciso dela
calma, então eu ficarei calmo.

Ela volta e se senta no meu colo. — Eu sei que estávamos esperando


por isso, mas do jeito que parece que isso pode acontecer, estou em choque. —
ela engole. — Eu aceitei o fato de que o bebê era seu.

Eu soltei um suspiro. — Sim, eu também.

— Você sabe quem é o outro cara?

— Não... eu não perguntei. Eu não queria saber, nem me importo. Não


estou bravo por haver outro cara, obviamente.

Ela assente e olha para longe. — Você quer que eu vá?

— Sim... mas também não. — Começo a acariciar seu cabelo, passando


as mechas pelas pontas dos dedos e deixando seu cabelo sedoso me acalmar. Eu
acaricio a pele na parte de trás de seu pescoço sob seu cabelo e ela praticamente
ronrona em meus braços. — Eu quero você comigo sempre, mas... eu não quero
me preocupar com você perdendo o controle. Eu acho que é apenas algo que eu
preciso lidar sozinho primeiro. — ela não luta e apenas descansa a cabeça no meu
ombro. — Eu só... eu preciso saber...

— Sabe o quê?

— Não importa o resultado... — começo.

Ela vira o pulso e me mostra sua tatuagem. — Não importa onde, não
importa o quê.
CAPÍTULO 15
Everett

Estamos sentados na sala de espera do consultório de seu médico; uma


cadeira entre nós porque me mexi no segundo em que ela tentou se sentar ao
meu lado.

— Você está sendo muito infantil, Everett, — ela retruca e seus olhos
azuis gélidos voam pela sala de espera para as outras gestantes, e ela não pode
estar falando sério se acha que eu darei um show de merda ou até
mesmo parecer cordial com ela agora.

— Eu não começaria, a menos que você realmente queira ver quão


infantil eu posso ser. — vejo como uma mãe no canto me dá um olhar de lado
significativo, e luto contra a vontade de dizer a ela para cuidar de seus negócios.

Ela suspira derrotada e pressiona as pontas dos dedos nas têmporas. —


Everett... pode... podemos simplesmente não fazer isso aqui?

— Você me dirá a verdade? Sobre qualquer coisa?

— Eu lhe disse a verdade tanto quanto me lembro.

— Você vai? — Eu pergunto a ela. — Porque sempre que falamos sobre


qualquer coisa, sinto que você foi vaga e tenta me falar em círculos.

— Eu não, eu...
— Allison Jeffries? — Seu nome é chamado e eu estou de pé
instantaneamente, seguindo-a de volta para a sala de exames.

Aqui vamos nós.

***

Dois dias. É assim que terei uma resposta sobre se serei pai ou
não. Cruzo os braços sobre o peito enquanto caminhamos para nossos
respectivos carros. — Quem é o outro cara?

— Isso importa?

— Não, mas quero dizer... ele sabe que pode ser pai?

Ela engole, e olho para ela imaginando o que está causando seu
silêncio. — Tentei entrar em contato e…

— E ele te enganou?

Ela solta um suspiro. — Eu não disse nada a ele por mensagem, apenas
disse que deveríamos conversar. Ele não respondeu.

— Foi só uma vez?

Ela se encosta em seu carro, um BMW branco, e cutuca as unhas. —


Mais de uma vez.

— Enquanto estávamos juntos?


— Everett, nós não estávamos dormindo juntos... você não iria me
tocar! E você estava tão obcecado com Leighton! Você sabe o quanto doeu que
parecia que meu namorado não gostava de mim? Eu estava sozinha e com ciúmes
e... ele prestou atenção em mim.

Eu esfrego minha cabeça. — Eu não me importo que você estava me


traindo. Eu me importo que você tenha sido tão hipócrita sobre mim e Leighton.

— Eu não me importei com esse outro cara. Foi só sexo! Eu me


importava com você! — ela exclama, atirando as mãos no ar exasperação.

— Oh. Isso torna melhor então. Eu sou o idiota porque eu queria me


casar com Leighton desde os nove anos de idade. — meus lábios formam uma
linha reta e balanço minha cabeça para cima e para baixo. — Estou feliz por
termos esclarecido isso. — bufo.

— Olha, — ela solta um suspiro, — Eu estava bêbada. — Uma lágrima


escorre pelo seu rosto e ela a limpa com as costas da mão. Suas bochechas ficam
rosadas e seus dentes batem levemente. — E chateada, e eu me importo com
você. Eu tinha acabado de ser dispensada e todos sabiam que você estava lá
naquela noite como um encontro de pena. Tentei ignorar quão óbvio era que
você amava Leighton, e o fato de que você tinha me trocado por ela. Achei que
poderia fazer você esquecê-la. — ela enxuga o rosto. — Minhas amigas fizeram
uma piada sobre drogá-lo e fazer parecer que estávamos brincando. Elas iam tirar
fotos e nós e íamos enviá-las para Leighton. — Eu vejo vermelho. Eu teria
arruinado cada uma delas. —Você não entende, eu estava ferida e tão bêbada. —
ela coloca a mão sobre os olhos, e sei que se eu estalar agora, nunca entenderei a
história completa. Então, apesar do fato de querer arrancar sua cabeça de seu
corpo com essa confissão, fico quieto.

— Mas eu disse a elas que não. Eu disse a elas que não queria fazer
isso. Eu queria apenas deixar você ir e esquecer você. Talvez espalhar um boato
de que você tinha um pau pequeno, eu não sei. — ela deixa a cabeça cair para
trás e olha para o céu. — Eu não droguei você, Everett.

— Mas uma das suas malditas amigas fez?! — Minha explosão faz com
que ela encontre meus olhos novamente.

Seus olhos estão tristes, cansados e cheios de remorso.

Infelizmente para ela, não estou com vontade de conceder perdão.

— Eu não sei, e nenhuma delas assumiu isso. Mas... você diz que não se
lembra e... eu estava tão bêbada. Acho que não fizemos sexo. Eu apenas assumi
quando acordamos, e…

— Sua puta do caralho, — vocifero. — Eu não posso acreditar que você


escondeu isso de mim por meses! Por quê?!

— PORQUE EU ESTAVA COM MEDO! Este bebê é real, Everett. Um bebê


muito real, eu não fingi isso. Esta não foi uma concepção imaculada. Este é
o bebê de alguém! E por um tempo, pensei que era seu.

— Exceto que você não acha que você me fodeu, — vocifero.

— Eu estava dormindo com o outro cara por cerca de um mês e então


aquela noite aconteceu e... eu não sei! Eu estava confusa! Então eu pensei que
talvez nós tivéssemos?
— Esqueça meu relacionamento com Leighton que isso quase
arruinou. Você quase arruinou minha vida! Mesmo se você pensasse que fizemos
sexo, eu merecia saber sobre todo o resto. Você tentou me fazer de idiota!

— Eu sei! Eu sei. E eu sinto muito, Everett. — ela chora. — Existe


alguma chance de este bebê ser meu?

— Sim, há uma chance... nós podemos ter tentado naquela noite? Eu


não... eu não sei. Está tudo tão embaçado!

— Mas saber todos esses fatos três meses atrás teria sido muito útil
para caralho. — balanço a cabeça, pensando em tudo que passei no último
semestre. — Por que você está me contando isso agora? Quero dizer, o que você
faria em nove meses se esperássemos até ao bebê nascer? Você não poderia ter
pensado que eu sugeriria que fôssemos apenas uma grande família feliz.

— Acho que estava pensando... esperando que você se apegasse a mim


ou ao bebê e quisesse ficar por perto e ajudar ou apenas estar lá.

— Então você estava tentando me manipular. Não me prender porque


isso exigiria que um tribunal me obrigasse a fazer algo que exigiria prova de
paternidade.

— Não! Eu só... — dou de ombros. — Não sei. Estou lhe contando agora
porque vi você lá dentro. Eu tenho observado você no último mês. Você está tão
infeliz. — seu rosto cai. — Eu fiz isso com você e me desculpe. Mas não quero
trazer um bebê para um mundo onde estou causando esse tipo de dor. Não quero
que meu bebê tenha uma mãe assim.
— Bem, vai.

Ela estremece com a dureza da minha declaração. — Estou lhe dizendo


agora.

— Porque você foi pega! Porque em dois dias o teste vai dizer que
Everett Cartwright 99,9% não é páreo para o bebê de Alli Jeffries! Por que você
está fazendo parecer que este é um momento de clareza e você está fazendo a
coisa certa?!

— Estou tentando fazer a coisa certa! — ela argumenta e posso ouvir o


desespero em sua voz para tentar me fazer ver isso.

— Quando recebermos os resultados dos testes, esperando que eu não


seja o pai, provavelmente nunca mais falarei com você. Não vou apresentar
queixa por qualquer besteira que você e suas amigas potencialmente fizeram
comigo. Eu só quero você fora da minha vida.

— Justo, — diz ela com tristeza.

— Eu não desejo coisas ruins para você Alli, e odeio que o outro pai em
potencial não queira se envolver. Eu não desejo isso para você. Mas esta é a pior
coisa que alguém já fez para mim e não vou te perdoar tão fácil.

— Eu sei. — desvio o olhar dela, essa conversa esclarecedora pesando


sobre meus ombros. — Sinto muito, Everett. — Quando me viro para ela, seus
olhos parecem sinceros, mas não sei se é tudo uma encenação. A frase muito
pouco e muito tarde passa pela minha mente, mas apesar da minha raiva, eu só
quero que acabe. Não quero mais discutir com ela.
— Eu sei que você senti, e sinto muito por ter te machucado, de
qualquer forma.

Não desculpa o que ela fez, mas eu sinto muito. Não quero que seu
bebê nasça em um mundo onde tenha que testemunhar homens machucando
sua mãe. Eu quero o melhor para esta nova vida que talvez eu não tenha ajudado
a criar, mas pensei bastante nos últimos dois meses.

Eu quero o melhor para todos nós.

***

Leighton está sentada na minha cama ao meu lado enquanto seguro o


envelope em minhas mãos. Quando cheguei em casa dois dias atrás e desabei e
contei tudo a Leighton, eu praticamente tive que prendê-la e saciá-la com
orgasmos para acalmá-la. Ela estava pronta para incendiar a casa da fraternidade,
e não posso dizer que não lhe entregaria os fósforos.

Ela esfrega o nariz no meu ombro, e me viro para olhar para ela. Ela
segura o pulso para cima enquanto serpenteia a mão pela minha camisa e esfrega
a tatuagem do meu lado. Eu aceno em resposta à sua mensagem. Depois de
fazermos amor por horas, tivemos uma longa conversa sobre muitas coisas. À luz
dessa nova informação, parecia que as chances de eu ser o pai eram pequenas,
mas queríamos esperar até que tivéssemos tudo em preto e branco. Eu informei
meus pais, deixando de fora a parte sobre ser drogado porque eu sabia que era a
maneira mais rápida de trazer meus pais para cá. Embora eu quisesse esconder
isso de Leigh, eu não podia, e sei que está tomando cada grama de contenção que
ela tem para não rasgar Alli e ir a alguém no alto do Conselho Pan-helénico para
relatar o que aconteceu. Talvez nada aconteceria sem provas, Leighton está
vestindo um dos meus moletons de lacrosse e esfrega a manga contra o lábio. —
Não fique nervosa, — digo a ela.

— Eu não estou. Não importa o que aconteça, eu não vou a lugar


nenhum, — ela me diz e isso me faz pensar que nós realmente deveríamos ficar
juntos para sempre. Se pudéssemos passar pelos últimos dois meses, passaríamos
por qualquer coisa. Meus olhos voam para sua mão esquerda, imaginando o anel
que eu já escolhi sentado orgulhosamente em seu dedo.

Seus olhos seguem meu olhar para sua mão e depois olha para mim. —
Um dia, — ela sussurra. Eu agarro sua mão esquerda e esfrego seu dedo anelar
antes de pressionar um beijo na junta, e ela sorri antes de agarrar meu rosto. —
Eu te amo, — ela sussurra.

Eu pressiono meus lábios nos dela antes de virar para o envelope


novamente. Eu o rasgo, revelando uma folha de papel dobrada em três
cuidadosamente. Eu abro, me preparando para os resultados e a ouço suspirar
assim que li as palavras.

NÃO. CORRESPONDE.

Releio as palavras várias vezes, certificando-me de que não estou


alucinando ou que minha mente não está me fazendo acreditar no que quero ver
e não no que está realmente lá.
— Oh meu Deus! — Leighton está fora da cama e pulando para cima e
para baixo. Eu olho para cima bem a tempo de vê-la voando para mim,
envolvendo seu corpo em volta do meu e me beijando apaixonadamente. — Isso
significa que serei a mãe de todos os seus bebês.

— Porra. Eu não sou... apenas você... apenas você. — canto enquanto


suas mãos alcançam minha camisa puxando-a para fora de mim e forçando meu
short para baixo. Eu arranco meu moletom dela revelando uma regata por baixo e
sem sutiã. Eu imediatamente agarro seu seio e chupo o mamilo entre os dentes,
molhando o tecido branco com minha língua. Eu rasgo sua calcinha, empurrando
seus seios juntos e correndo minha língua sobre os mamilos escuros e duros. Eu
tiro seu short e calcinha e então ela está em cima de mim, me montando. Duro.

Eu alcanço, segurando minha mão em torno de sua garganta e eu a


puxo para baixo para que eu possa sussurrar em seu ouvido. — Minha. Porra,
você é tão minha.

— Não. Você é meu, porra. — ela vocifera entre estocadas e eu


deixando sua garganta ir levemente. Eu nos rolo para ficar em cima dela e aperto
um pouco. Ela agarra minha mão, apertando-a ao redor de sua garganta, e sei que
ela deve estar ficando tonta porque ela está apertando meu pau com tanta
força. Eu posso sentir seus sucos escorrendo dela e para baixo nas minhas bolas e
já não posso esperar para chupar seu clitóris quente em minha boca. Eu continuo
a empurrar, sentindo-me chegando à borda. — Eu... eu... amo... você... — ela
deixa escapar antes de seus dentes afundarem em seu lábio inferior e ela fecha os
olhos. Eu posso sentir sua pulsação em seu pescoço piscando contra minha
palma, e está se movendo em sincronia com a pulsação em seu sexo.

— Você goza para mim, Leighton Alexandra. Você goza para mim agora,
porra.

— Mmmm, — ela choraminga.

— Você goza para mim, para que eu possa dar beijos doces em sua
boceta. Você gostaria disso? — vocifero em seu ouvido enquanto ela balança a
cabeça vigorosamente. — Você está indo tão bem, vindo para mim como uma
boa putinha. — deixo seu pescoço ir para que eu possa mordê-la em seu ponto de
pulsação e assim que eu faço, ela explode ao meu redor.

— Oh Deus, SIM! Sim Sim Sim! — ela grita. Ela puxa meu cabelo e me
puxa para longe de seu pescoço e trava sua boca na minha. — Foda-me, foda-me,
foda-me. — ela arqueia as costas para fora da cama e acho que seu orgasmo
ainda está acontecendo com base em quão forte ela está me apertando, então
alcanço entre nós e esfrego seu clitóris e ela praticamente quebra a pele quando
passa as unhas pelas minhas costas.

— Muuuuuuuuuito bom! — gemo com a dor deliciosa que me faz


liberar minha semente dentro dela. Bombeio e empurro corda após corda de
esperma quentedentro dela. Eu não sei quanto tempo eu vou gozar, mas em
algum momento, eu me sinto amolecer dentro dela e saio a contragosto do meu
lugar favorito. — Deus, você é a personificação do sexo, Leighton Mills. Você será
a minha morte.
Seu corpo que antes estava tenso e esticado e apertado, agora está
solto e lânguido e deitado debaixo de mim sob uma camada de suor parecendo
uma deusa do sexo.

— Porra, isso foi tão bom. — ela ri quando eu a puxo em meus


braços. Ela descansa a cabeça no meu peito e eu começo a acariciar seu cabelo
enquanto ela passa a ponta dos dedos pelo meu torso.

— Case comigo, — sussurro no quarto.

Ela congela e olha para mim, confusa. No entanto, se eu a conheço


como acho que conheço, ela vai dizer sim, apesar da minha proposta
completamente impulsiva, completamente não romântica e sem anéis. — Você
está me perguntando agora?

— Você poderia? Quando eu pedir?

— O que você acha?

— Acho que quero ouvir você dizer isso.

— Eu amo que você pergunte, como se eu tivesse algum tipo de


escolha.

Eu rio de seu humor e belisco seu lado. — Leighton.

Ela não diz nada por um momento antes de olhar para mim, amor,
luxúria e adoração saindo de seus olhos enquanto ela balança a cabeça. — Eu me
casaria com você amanhã, Everett Cartwright.

***
Leighton
Seis meses depois

Meus saltos batem contra o piso de mármore do hospital enquanto


ando pelos corredores com o ursinho rosa na minha mão me preparando para
quando eu chegar ao quarto 404. Eu chego até à porta e fico lá por um momento
antes de bater duas vezes.

— Entre! — solto um suspiro e empurro a porta. Eu vejo quem eu


suponho ser os pais de Alli, e um cara no canto segurando um pacote rosa e então
vejo Alli no centro do quarto na cama, parecendo que ela acabou de sair para
uma corrida leve. Claro que ela ficaria linda logo após o parto. Cadela.

Não. Seja legal.

— Oi! Você é amiga de Alli? Eu sou a mãe de Alli. — ela sorri e eu sorrio
de volta, apesar de estar desconfortável.

— Leighton? — ouço a voz de Alli.

— Ei... — olho ao redor da sala, e rezo para que ninguém saiba quem eu
sou. — Eu ummm... eu ouvi que você teve o bebê, e só... eu pensei em passar
aqui.

Foi impulsivo. Eu estava indo encontrar Skyler, Aidan e Everett para


beber, agora que nós três temos 21 anos e somos veteranos. Nós quatro nos
tornamos bastante inseparáveis e vamos a encontros duplos pelo menos uma vez
por semana. Eu diria que Peyton está prestes a nos matar, mas algo me diz que
esses encontros duplos estavam prestes a se transformar em encontros triplos
em breve.

— Eu tenho que dizer que estou surpresa em ver você, — diz ela
suavemente.

— Bem... hummm... — entrego a ela o urso rosa com a frase Você é


amada escrita em sua barriga. — Eu queria trazer alguma coisa para o bebê.

— Você se importa em nos dar um segundo? — Alli diz para as outras


três pessoas na sala. O cara entrega a ela o pacote rosa antes que eles se
dispersem, deixando-nos sozinhas. — Você quer vê-la? — ela pergunta, e aceno
uma vez antes de me aproximar da cama.

— Ela é tão pequena, — sussurro. — Qual é o nome dela?

— Isabela. — ela olha para ela e posso ver o amor brilhando em seus
olhos para este bebê precioso que ela trouxe ao mundo. — Ouça, Leigh, obrigada
por ter vindo. Foi... muito de sua parte.

— Sim, bem... eu também não era exatamente inocente em tudo isso.

— Eu sei que você me odeia, e com razão, mas eu sinto muito... por
tudo. Talvez você nunca me perdoe, mas espero que um dia você possa. — Eu não
vim pedir desculpas ou discutir nada com ela. Eu vim por mim. Vim para poder
olhar para a única pessoa que tentou me machucar e me quebrar, e rezar para
que eu não sentisse raiva.

Mas não. Eu sinto alívio. Eu sinto paz.


— Tudo funcionou no final. — dou a ela um sorriso. — Estou feliz que
você esteja feliz.

— Eu estou, Leighton. E espero que você também esteja feliz.

— Eu estou.

— Diga a Everett que eu disse oi?

Concordo com a cabeça antes de dar-lhe um pequeno aceno, e então


saio da sala, deixando a porta fechar atrás de mim e em um capítulo da minha
vida que pensei que nunca seria capaz de fechar. Eu caminho pelo
estacionamento quando noto um rosto familiar parado contra o meu carro com
um sorriso no rosto.

— Como você me encontrou?

— Eu poderia te encontrar em qualquer lugar. — ele sorri.

Eu envolvo meus braços em volta de seu pescoço e pressiono meus


lábios nos dele. — Encontrando amigos?

— A minha melhor amiga. — ele corrige e meu coração palpita como


sempre faz quando eu lembro que sou a garota mais sortuda do mundo por estar
apaixonada por seu melhor amigo. — Você viu Alli?

— E Isabela. Ela é muito fofa para uma recém-nascida.

— Você viu o bebê?

— Aquele que era quase seu?

— Nunca foi quase meu. Ovos errados. — ele aponta para mim.
— Isso foi romântico e estranho. — balanço minha cabeça e bato seu
ombro com o meu. — Eu levei um urso para ela.

— Aquilo foi legal. Você não está fugindo de uma cena de crime, certo?

— Cale-se. Pedimos desculpas uma a outra. — bato em seu peito e ele


ri. — Você queria entrar?

— Não, estou aqui apenas para você. — ele sorri antes de segurar meu
rosto e deslizar seus lábios nos meus. — Estou orgulhoso de você.

— Por não matá-la?

— Bem, sim, mas também pelo quanto você cresceu. Você é um ser
humano incrível, Leighton Mills, e tenho muita sorte de chamá-la de minha
melhor amiga.

— Você está ficando sentimental comigo. Você não está propondo,


está?

— E ela tem que arruinar isso. — ele revira os olhos.

— Encontro você no restaurante?

Eu mando um beijo para ele enquanto ele se afasta. — Ei, — chamo de


nossos carros e ele se vira para olhar para mim, — Você é incrível também, e
talvez se você tiver sorte eu farei algumas coisas incríveis com o seu pau esta
noite. — pisco antes de entrar no meu carro.
EPÍLOGO
Leighton
Três anos depois

Eu mal posso ver através das lágrimas enquanto vejo a segunda linha
aparecer no teste de gravidez, indicando que estou grávida. Coloco a mão na boca
enquanto um sorriso cruza meu rosto. Eu estou no banheiro do nosso
apartamento em Georgetown que tínhamos conseguido quando nos formamos
com a ajuda de nossos pais. Everett e eu nos casamos no início deste ano e
atualmente estamos procurando um lugar maior agora que estamos tentando ter
um bebê.

E agora estou grávida!

Eu grito quando espreito minha cabeça para fora da porta. Everett e eu


temos planos de sair para jantar hoje à noite, mas tenho a sensação de que assim
que revelar essa notícia, passaremos a noite comemorando em
casa sozinhos. Olho para o teste e me pergunto se devo planejar uma revelação
divertida e fofa. Penso nisso por cerca de meio segundo antes de perceber que
seria necessário manter um segredo de Everett por mais de quatro segundos, o
que é impossível. Eu acidentalmente estraguei duas festas surpresa para ele, uma
das quais estou planejando porque não sei como manter um segredo do meu
homem.
— Everett, Everett!! — grito quando saio do banheiro e vou para a sala
onde meu marido está tomando uma cerveja e assistindo a um jogo de futebol na
quinta à noite. — Everett.

— Sra. Cartwright, — ele se dirige a mim, relutantemente tirando os


olhos da televisão e percorrendo os olhos sobre mim. Ele me dá um sorriso, um
daqueles sorrisos sensuais que são reservados apenas para mim antes de voltar
ao jogo.

Eu lanço meu olhar para a tela plana de cinquenta polegadas montada


na parede que Everett deu um pulo na loja para conseguir, sabendo muito bem
que basicamente ofuscava nossa pequena sala de estar dentro de nosso pequeno,
mas muito caro apartamento.

— Eu preciso te contar uma coisa? Você pode... — aponto para a


televisão, mas ele ainda não olhou para mim. — Baby!

— É prorrogação, baby, cinco minutos.

— Cinco minutos no futebol? O que, faltam apenas doze segundos no


relógio!? — bato meu pé e me viro para a televisão e depois de volta para ele.

— Venha sentar aqui. Venha sentar no meu colo. — ele bate em seu
colo e estreito meu olhar. A irritação flutua através de mim, mas a ideia de sentar
no colo de Everett envia um arrepio sexy através de mim.

Talvez eu possa brincar com ele...


Eu já estou me movendo antes que eu possa terminar o pensamento e
estou em seu colo, pressionando meus lábios em seu pescoço e esfregando minha
mão em seu peito e sobre seu pau que está escondido por uma calça de moletom.

— Ah, olá. — ele ri e esfrega minhas costas, mas eu posso ver que ele
ainda está olhando para o jogo. — OH VAMOS LÁ! — ele brada.

— Everett. — estremeço com o volume.

Ele dá um beijo na minha testa antes de voltar para o jogo. — Desculpe


amor.

Eu sei que as chances de eu conseguir chamar a atenção dele agora são


pequenas, então decido simplesmente largar a bomba. — Falando em baby,
teremos um. — Bem, não era assim que eu pensava que ia acontecer. Reviro os
olhos e rio da minha entrega.

Seja como for, farei melhor no próximo.

Ele se vira da televisão e olha para mim. — O que dizer agora?

— Surpresa! — levanto o bastão, que estava escondido no bolso da


minha calça.

Ele desliga a televisão imediatamente e olha para mim e depois para o


bastão e depois para mim novamente. — Estamos tendo um bebê? Você está...
você está grávida?

Concordo com a cabeça enquanto as lágrimas brotam dos meus olhos


novamente, e então seus lábios estão nos meus, sua língua esfregando contra a
minha gentilmente e depois rudemente. — Leigh, — ele sussurra contra meus
lábios, sua mão encontrando minha barriga e esfregando o espaço
suavemente. Ele desliza a mão pelo meu corpo para segurar meu rosto antes de
se afastar de mim. — Você é tão incrível. — ele esfrega os lábios sobre a minha
tatuagem antes de me levantar em seus braços.

— Nós vamos desistir do jantar, certo? — pergunto a ele e ele olha para
mim com os olhos arregalados antes de balançar a cabeça.

Ele me lança um sorriso perverso. — Você terá sorte se eu deixar você


sair do nosso quarto antes de domingo.

FIM

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