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ATLETISMO
ATLETISMO
Direitos de autor
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.
Fax:
E-mail: eddistsofala@teledata.mz
Website: www. ucm.mz
Estudos Práticos I e II - Atletismo ii
Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:
Visão geral 5
Bem vindo ao Ensino de Atletismo 2º e 3 Ano ................................................................ 5
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 5
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 6
Ícones de actividade .......................................................................................................... 6
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 7
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 7
Avaliação .......................................................................................................................... 8
Unidade nº 1 9
História do Atletismo ........................................................................................................ 9
Sumário ........................................................................................................................... 18
Exercícios 1..................................................................................................................... 19
Unidade nº 2 20
A Marcha Desportiva ...................................................................................................... 20
Sumário ........................................................................................................................... 29
Exercício 2 ...................................................................................................................... 29
Unidade nº 3 30
Corridas de Meio-fundo e Fundo .................................................................................... 30
Sumário ........................................................................................................................... 33
Exercício 3 ...................................................................................................................... 34
Unidade nº 4 35
Velocidade ...................................................................................................................... 35
Sumário ........................................................................................................................... 39
Exercício 4 ...................................................................................................................... 39
Unidade nº 5 40
Estafetas .......................................................................................................................... 40
Sumário ........................................................................................................................... 45
Exercício 5 ...................................................................................................................... 45
Unidade nº 6 46
Corridas de Barreiras ...................................................................................................... 46
Sumário ........................................................................................................................... 50
Exercício 6 ...................................................................................................................... 50
Unidade nº 7 51
Saltos ............................................................................................................................... 51
Sumário ........................................................................................................................... 56
Estudos Práticos I e II - Atletismo iv
Exercício 7 ...................................................................................................................... 56
Unidade nº 8 57
Triplo Salto ..................................................................................................................... 57
Sumário ........................................................................................................................... 65
Exercício 8 ...................................................................................................................... 65
Unidade nº 9 66
Salto em altura ................................................................................................................ 66
Sumário ........................................................................................................................... 78
Exercício 9 ...................................................................................................................... 78
Unidade nº 10 79
Lançamento e provas ...................................................................................................... 79
Sumário ......................................................................................................................... 104
Exercício 10 .................................................................................................................. 105
Estudos Práticos I e II - Atletismo 5
Visão geral
A Cadeira de Atletismo I e II foi introduzida para os Formandos, que, na sua
maioria, são já Professores do EP e/ou do ESG. Começa nestas Presenciais, para,
segundo o seu propósito, desenvolver uma forma inovadora de estar e ser,
conhecer e aplicar a mesma. Nesta cadeira iremos abordar da história de
atletismo, origem, evolução e suas fases, factores de evolução, as corridas de
meio-fundo e fundo, de velocidade, estafetas, barreiras, obstaculos, salto,
triplosalto, saltos em altura, salto a vara, marcha desportiva e lançamentos.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 7
Habilidades de estudo
Caro Estudante, antes de mais o ensino à distância requer
de ti uma grande responsabilidade, ou seja, é necessário que
tenhas interesse em estudar, porque o teu estudo é ‘auto-
didáctico’. Entretanto, vezes há em que te acharás possuidor de
muito tempo, enquanto, na verdade, é preciso saber gerí-lo por
forma a que tenhas em tempo útil as fichas informativas lidas e
os exercícios do módulo resolvidos, evitando que os entregues
fora de tempo exigido.
Precisa de apoio?
Avaliação
Os exames são realizados no final da cadeira e os trabalhos marcados
em cada sessão têm peso de uma avaliação, o que adicionado os dois
pode-se determinar a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois)
testes e 1 (exame).
Estudos Práticos I e II - Atletismo 9
Unidade nº 1
História do Atletismo
Objectivos
Desenvolvimento moderno
O desenvolvimento do desporto moderno, no entanto, veio somente a
partir do início do século 19 onde foram realizadas na Inglaterra, já
em 1825, mas foi a partir de 1860 que o atletismo teve seu maior
aumento para essa data. Em 1861 o Ocidente Rowing Club de
Londres organizou a primeira reunião aberta a todos os amadores, e
em 1866 o Amateur Athletic Club (AAC) foi fundada e realizou o
primeiro Inglês campeonatos. A ênfase em todos atende a esses estava
em competição para amadores "senhores" que não receberam
compensação financeira. Em 1880, a AAC deu poder de governo para
o Amateur Athletic Association (AAA).
O primeiro encontro na América do Norte foi realizada perto de
Toronto em 1839, mas foi o New York Athletic Club, formado na
década de 1860, que colocou o desporto em uma base sólida nos
Estados Unidos promete. O clube realizou indoor do mundo o
primeiro encontro e ajudou a promover a formação em 1879 do
Associação Nacional dos Atletas Amadores da América (NAAAA)
para realizar campeonatos nacionais. Nove anos mais tarde, o
Amateur Athletic Union (AAU) assumiu como organismo nacional de
governo, em meio a relatos de que o NAAAA foi negligente na
aplicação de amadorismo.
Atletismo foi bem estabelecida em muitos países pelo final dos anos
1800, mas não até que o renascimento dos Jogos Olímpicos em 1896
que o desporto tornar-se verdadeiramente internacional. Embora
começou modestamente, os Jogos Olímpicos desde a influência e
inspiração padronização e se espalhou interesse no atletismo mundial.
Em 1912, a International Amateur Athletic Federation (IAAF) foi
fundada, e pelo tempo que a organização celebrou o seu 75 º
aniversário em 1987, teve mais de 170 membros nacionais. Suas
regras aplicadas apenas à concorrência dos homens até 1936, quando a
IAAF também se tornou o corpo dirigente do atletismo das mulheres.
Principais competições internacionais antes da Segunda Guerra
Mundial incluiu os Jogos Olímpicos, os Jogos do Império Britânico , e
do Campeonato Europeu, mas depois da guerra atletismo
experimentou sua maior período de crescimento, tendo raiz, em
particular nos países em desenvolvimento . Na década de 1950 atletas
de classe mundial de nações africanas, asiáticas e latino-americanos
estavam desfrutando de grande sucesso a nível internacional se reúne.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 17
O atletismo na actualidade
Na actualidade, observando o atletismo mundial, constata-se um fato
relevante: os atletas da raça negra se sobressaem mais
significativamente em relação aos atletas brancos na grande maioria
das provas de pista e de rua. Três grandes contextos são discutidos:
histórico-sociocultural, biológico e ecológico.
Abordagem histórico-sociocultural
A África é historicamente falando, povoada por tribos nómadas. Essas
tribos sobrevivem da colecta de alimentos do próprio meio ambiente e,
com isso, usam seu corpo directamente em contacto com a natureza e
a actividade física. Por exemplo, a tarefa da condução de animais de
uma pastagem para a outra a quilómetros de distância, realizada a pé,
tanto por adultos quanto crianças. Devido ao baixo poder aquisitivo da
maioria da população, muitas vezes os meios de transporte são
deixados em segundo plano, sendo realizados determinados percursos
a pé ou correndo.
Portanto, desde pequenas as crianças se acostumam a cumprir longos
trajectos de suas aldeias até as escolas. Um fato da história do nosso
país que marcou os africanos e que, em parte, comprova nossa tese é a
colonização do Brasil após o Descobrimento. Os colonizadores,
inicialmente, utilizaram-se dos índios como escravos que, devido às
dificuldades de controlo, adestramento e capacidade de suportar
cargas, foram trocados pela mão-de-obra escrava negra, importada da
África. Empiricamente, já naquela época, os colonizadores
evidenciavam a supremacia da raça negra no que se refere a esforços
físicos sobre-humanos. Além disso, a maioria dos talentos africanos é
de origem humilde, que busca inspiração em seus ídolos, fazendo com
que sua força de vontade, sacrifício e determinação sejam mais
solicitadas.
A corrida
100 metros rasos: é a prova mais nobre do atletismo, que premia o
vencedor como o homem e a mulher mais rápidos do mundo. Nela,
oito competidores correm 100 m em linha recta e vence quem chegar
primeiro.
Quando uma pessoa está andando ela mantém um dos pés no chão e o
outro no ar a todo momento. Porém, na corrida, de tempos em tempos,
os dois pés do atleta ficam no ar. A corrida é, na verdade, uma
sucessão de pequenos saltos. Ao correr, a pessoa deve elevar os
joelhos ao mesmo tempo em que movimenta os braços. Desta forma,
obterá uma rápida deslocação do seu corpo.
Nas corridas de velocidade (50m, 100m, 200m e 400m) os atletas
usam o bloco de saída, no qual os pés são apoiados um à frente do
outro. O juiz da prova pronuncia as vozes de comando: aos seus
lugares e prontos. Na sequência executa um disparo momento em que
os atletas partem para ganhar aceleração, manter a velocidade
imprimida e chegar ao final da distância da prova.
Quando um atleta queima a largada (realiza um movimento ou mesmo
um som antes do tiro) todos os atletas recebem uma advertência, isto é,
o juiz mostra aos atletas um cartão verde. Esta advertência significa
que na próxima queima de largada (independente do atleta que realize,
sendo o atleta que queimou a primeira vez ou não) o atleta será
eliminado.
A pista
Há duas opções indicadas para a construção de uma pista de atletismo:
sistema em poliuretano ou em mantas de borracha natural. Ambas
estão disponíveis no país. Isso possibilita que atletas brasileiros
tenham contacto com pistas de qualidade internacional.
Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas rectas e duas
curvas, possuindo raias concêntricas; tem o comprimento de 400
metros na raia interna (mais próxima ao centro). A raia mais externa é
mais longa, possuindo 449 metros.
Nas corridas de curta distância, os atletas devem permanecer nas raias
a partir das quais largaram. Nas corridas de média e longa distância, os
atletas não precisam correr nas raias, e geralmente se encaminham
para a raia mais interior, evitando percorrer distâncias maiores.
Sumário
O atletismo é a modalidade mais antiga; registo de competições de
atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os desportos organizados,
incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos
antes
Estudos Práticos I e II - Atletismo 19
Exercícios 1
1. Defina o atletismo por suas palavras.
2. Aponte dois elementos que contribuíram para o desenvolvimento do
atletismo.
3. Quem são os precursores do atletismo no mundo.
4. Indique quatro características básicas de atletismo.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 20
Unidade nº 2
A Marcha Desportiva
A unidade começa situando a marcha desportiva e as principais
características.
Objectivos
O emprego da bacia
Conduz a um movimento de subir e descer da bacia, semelhante a um
movimento ondulatório. A bacia encontra-se na sua posição mais
baixa quando a perna da frente toca o solo com o calcanhar; a posição
mais elevada é alcançada no apoio vertical. Este alongamento vertical
em conjunto com o movimento propulsor leva a uma rotação da bacia,
exceptuando-se um movimento (ver figura 1).
Estudos Práticos I e II - Atletismo 25
Treino da técnica
• Ela é o fundamento do rendimento e do sucesso.
• Uma má técnica impede o desenvolvimento posterior.
• Para o principiante, a dificuldade reside mais na aprendizagem
da técnica do que na condição física. Ele deve executar os
movimentos sem se contrair.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 26
Objectivos da aprendizagem
Principiantes:
• Domínio dos movimentos técnicos sem contracções, mesmo a
velocidades elevadas.
• Encontrar a amplitude económica e o número ideal de
passadas por unidade de tempo.
• Manter sempre o contacto com o solo de acordo com as
normas.
• Obter maior flexibilidade através da ginástica.
• Fortalecimento.
Treino da velocidade
A velocidade deve ser alcançada apenas através de uma boa técnica
conjugada com a condição física. A velocidade máxima é treinada
através da marcha sobre 100 e 200 metros. Para marchas ritmadas de
400 a 600 metros, a velocidade deve ser maior do que o ritmo médio
das distâncias de competição. O perigo do treino de velocidade
encontra-se na perda de contacto com o solo através de uma
velocidade demasiadamente elevada. Assim que se verifica uma fase
de voo o ritmo deve ser reduzido.
Treino da resistência
Para as distâncias mais longas do pedestrianista, a resistência é a
condição mais importante para um bom rendimento.Em primeiro
lugar,o principiante deve ter de adquirir uma resistência geral,
enquanto que o atleta mais experiente escolhe principalmente as
formas de treino de resistência especial. O treino de resistência leva a:
• Aumento da capacidade aeróbica
• Melhoramento dos processos metabólicos
• Habituação da musculatura a trabalhos de resistência de longa
duração
• Elevação da capacidade de resistência do sistema nervoso para
esforços de longa duração
• Formação de um estereotipo económico de movimento
Estudos Práticos I e II - Atletismo 27
Exemplo:
• Marchar normalmente mas acelerado;
• Marchar ao longo de uma linha recta em quadra de desportos a
fim de aprender a manter os pés paralelos e movê-los na
direcção da marcha;
• Mudança alternada e descontraída no mesmo local, do peso do
corpo de um pé para outro, a fim de assimilar as noções de
extensão dos joelhos e rotação de quadris;
• O mesmo exercício mas com grandes passadas;
• Todos os tipos de jogos que melhorem a descontracção e
flexibilidade, bem como ginásticas para melhorar a força e
flexibilidade de membros inferiores.
Marcha
Objectivo: aprender os elementos fundamentais da técnica da marcha
• passos descontraídos com o corpo erecto.
Erros Comuns
1. Se o atleta cometer erros contra regras competitivas ou contra
a sequência económica dos movimentos é indispensável a
correcção de tais erros. Mas se tratar apenas de aspectos de
estilo, não será necessário prestar-lhes muita atenção.
2. Quebra de contacto com o solo: O ritmo pode não estar de
acordo com as aptidões do atleta, que não domina a correcta
sequência de movimentos, Reduzir o ritmo e melhorar o estilo.
3. Excessiva Inclinação para trás: Fadiga, músculos dorsais e
abdominais mal desenvolvidos - Aplicar exercícios de
fortalecimento para tais regiões.
4. Elevação do Corpo (saltar): Extensão da perna traseira antes
de estar concluído o desenrolamento calcanhar-planta-dedos.
O impulso é por isso orientado para cima em vez de o ser para
a frente. Prestar mais atenção ao correcto desenrolamento
calcanhar-planta-dedos. Manter a perna atrás o mais possível,
manter os braços baixos. Melhorar a flexibilidade das
articulações dos tornozelos.
5. Pernas muito afastadas lateralmente ou pés virados para fora:
tendência natural do atleta ou mau movimentos de braços -
Exercícios de marcha na linha recta traçada na pista com
especial atenção ao paralelismo dos movimentos de braços.
6. Flexão persistente de joelhos da perna de apoio: O ritmo
escolhido está além das capacidades do atleta, os músculos das
pernas estão mal desenvolvidos e portanto surge a fadiga -
Prestar especial atenção à completa extensão de joelhos,
reduzindo o ritmo se for necessário e fortalecer a musculatura
geral de membros inferiores.
7. Dureza no assentar do pé, com efeitos sobre o calcanhar:
Acção do desenrolamento incorrecto do pé de trás. A perna da
frente é estendida demasiado cedo, antes do contacto com o
solo, e assim o atleta "trota na passada" ao invés de deslizar -
Prestar atenção à suavidade dos movimentos. Assentar o
bordo do pé, manter a perna de trás no solo tanto quanto
possível e completar os desenrolamento do pé.
8. Passos muito curtos: Falta de força específica para a marcha,
má acção dos braços e fadiga - Alongar gradualmente o passo,
Estudos Práticos I e II - Atletismo 29
Sumário
A marcha desportiva é uma modalidade de atletismo onde se executa
uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha
contacto com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que
avança tem que estar recta, (ou seja, não flectida) desde o momento do
primeiro contacto com o solo até que se encontre em posição vertical.
Exercício 2
1. Defina Marcha.
2. Quais são as principais características da Marcha.
3. Aponte as fases da marcha.
4. Aponte os erros mais frequentes na marcha.
5. Fale da diferença entre Educação, Instrução e Ensino.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 30
Unidade nº 3
Corridas de Meio-fundo
e Fundo
Objectivos
Sumário
As corridas de meio fundo, são as provas entre 800 a 300 metros;
onde elas pode caracterizar-se por velocidade, manutenção e
velocidade: a primeira pela procura de posicionamento e a seguir
controlo do adversário e por fim fuga ou ataque a meta.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 34
Exercício 3
1. Fale das características gerais da prova de 1500 metros.
2. Onde e como é feita as provas de meio fundo.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 35
Unidade nº 4
Velocidade
Esta unidade aborda, em especial, corridas de velocidade no
atletismo.
Objectivos
Regulamento específico
• Os atletas têm que correr a totalidade da prova dentro dos
limites da pista que lhes foi atribuída.
• Um atleta é desclassificado se ultrapassar as linhas da sua
pista, tirando alguma vantagem para a sua corrida ou
prejudicando outro atleta.
• Na posição de partida (“aos seus lugares”) os atletas não
podem pisar ou ultrapassar a linha de partida.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 36
Partida
Em situação de competição a partida é indicada por um juiz através
das seguintes vozes de comando:
Fase de aceleração
Fase durante a qual se pretende atingir a velocidade máxima
num período de tempo mais curto possível. Nesta fase é importante:
• Primeiras passadas muito rápidas e curtas, com um
movimento do pé rasante ao solo;
• Redução gradual da inclinação do corpo à frente até atingir a
vertical;
• Aumento gradual da amplitude da passada para permitir um
rápido aumento da velocidade.
Fase de Desaceleração
Ela pode ocorrer nos últimos metros da corrida e deve-se
principalmente à fadiga acumulada pelo atleta. Esta fase varia com a
distância da corrida (correr 60 m é diferente de 400m, sendo ambas
provas de velocidade) e o nível do atleta.
As componentes críticas são as mesmas da velocidade máxima, no
entanto deverá existir um aumento da amplitude da passada para
compensar a perda de frequência.
Chegada
A chegada à meta é a última fase de uma corrida, sendo também
importante pois dela pode depender a vitória numa prova.
A chegada pode ser feita com a inclinação do tronco à frente ou
avançando o ombro oposto à perna da frente e oscilando os braços
para trás. É importante não diminuir a velocidade.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 39
Sumário
As provas de velocidade são as mais técnicas dentro de atletismo
e elas obedecem o seguinte: partida, aceleração e manutenção da
corrida máxima.
Exercício 4
1. Fale da importância da aceleração numa corrida de velocidade.
2. Caracteriza cada uma das fases da corrida de velocidade.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 40
Unidade nº 5
Estafetas
Prezado estudante, seja ben-vendo a unidade de estafetas.
Objectivos
A largada é dada no mesmo local dos 400 m rasos. Cada equipe possui
4 atletas, dispostos nos 4 pontos distantes da posta. O 1º atleta de cada
equipe, colocando no local de largada, em bloco de partida, com um
bastão numa das mãos. Ao tiro de largada deverá correr e entregar ao
2º atleta de sua equipe (entrega somente dentro da zona de passagem).
O 2º atleta de posse do bastão entregará ao 3º de sua equipe e este ao
4º último atleta da equipe.
A zona de passagem do bastão tem 20 metros, sendo desclassificada a
equipe que realizar uma passagem de bastão fora da zona. Não deverá
haver invasão de raia por qualquer equipe, e nem prejudicar equipes
adversárias durante a passagem de bastão.
A corrida de relevo consiste em percorrer uma certa distância por
etapas, sendo cada etapa percorrida por um corredor.
Cada equipe é composta por quatro corredores, sendo que cada um
deles percorre uma distância semelhante (100 ou 400 metros),
conduzindo um bastão. Esse bastão é conduzido de mão em mão entre
todos os componentes da equipe.
Daí a denominação de corrida de relevo, devido a troca realizada entre
os corredores, a qual é feita dentro da zona de passagem, constituída
de um espaço de 20m situado dentro da raia.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 41
Passagem visual
A passagem visual é empregada nos relevos de 4x400m e maiores, em
virtude de o atleta que vai entregar o bastão já vir cansado e ter o
recebedor de olhar o entregador e arrancar o bastão de sua mão.
Nesse caso, a maior responsabilidade da passagem está com o
receptor, pois este se encontra descansado, ao passo que o entregador
chegará esgotado.
Corrida de estafetas
• Uma equipa é constituída por quatro elementos;
• O testemunha consiste num tubo liso de secção circular feito
de madeira ou outro material rígido com comprimento entre
28 e 30 cm nao devendo pesar menos de 50gr;
Estudos Práticos I e II - Atletismo 43
A técnica de estafeta
Francês ou Descendente:
Método Uniforme
Caracterizado pela troca de mãos, porque o corredor recebe o bastão
em uma das mãos e imediatamente passa-o para a outra. Ex.: o
primeiro corredor parte com o bastão na mão direita e entrega-o ao
segundo em sua mão esquerda; este, imediatamente, troca o bastão de
mão, passando-o à direita, para prosseguir a corrida; e assim
sucessivamente, de forma que os quatro corredores realizam suas
Estudos Práticos I e II - Atletismo 45
Método Alternado
Neste método não existe a troca de mãos; o bastão é transportado na
mesma mão que o recebeu e, por este motivo, torna-se necessário
adoptar algumas medidas para a disposição de cada um dos
componentes da equipe dentro da pista.
Assim, o corredor que transporta o bastão na mão direita corre pelo
lado interno da sua baliza e o que recebe já está postado no lado
externo da baliza, por onde fará a sua corrida, uma vez que o bastão
será depositado em sua mão esquerda.
No conjunto todo, pela ordem, o primeiro corredor leva e passa o
bastão com a sua mão direita, correndo pelo lado interno da pista; o
segundo corredor recebe, leva e passa o bastão com sua mão esquerda,
correndo pelo lado externo da baliza; o terceiro recebe, transporta e
passa o bastão com a sua mão direita, correndo pelo lado interno e,
finalmente, o quarto e último componente da equipe recebe o bastão
em sua mão esquerda e o mantém na mesma durante toda a corrida, até
ultrapassar a linha de chegada, fechando, assim, o relevo.
Disso se conclui que os relevos foram realizados alternadamente –
direita, esquerda, direita, esquerda, razão pela qual esse método se
denomina alternado.
Sumário
A estafeta é uma das disciplinas de concurso onde os pais se for
selecções ou a equipa põe a disposição dos seus melhores atletas
numa prova muito técnica que recorre uma boa combinação dos
envolvidos
Exercício 5
1. Identifica as fases de transmissão de testemunho
2. Expique a corrida das estafetas
Estudos Práticos I e II - Atletismo 46
Unidade nº 6
Corridas de Barreiras
Objectivos
Partida
A corrida com barreira exige grande velocidade. A partida usada será a
baixa (com blocos de partida). Os autênticos barreiristas devem
trabalhar a distância até a primeira barreira tão a fundo que possam
passa-la de olhos vendados, se necessário. No momento do tiro, deve
colocar-se em posição normal mais rapidamente que o velocista.
O tronco deve estar na posição mais erecta aos 8 ou 10 metros da
saída. Nos 110 metros com barreiras, da partida até atingir a primeira
barreira serão dadas 7 ou 8 passadas.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 47
Abordagem
Quando o atleta não tem ideia de qual é sua perna de abordagem e
visamos prepara-lo para uma corrida de 400m (em que há passagem
nas curvas), devemos treina-lo para que faça a abordagem com a perna
esquerda, pois nas curvas o corpo estará inclinado para a esquerda, e a
perna direita, que passa flexionada sobre a barreira, irá fazê-lo com
mais facilidade.
A perna de abordagem, no entanto, deverá sempre ser a que o atleta
tiver mais facilidade de elevar em primeiro lugar para ultrapassar a
barreira.
O atleta deve procurar dar a impulsão sempre de uma mesma distância
da barreira. Esta varia para cada atleta, mas podemos dizer que uma
distância média de 2 metros é a recomendável. A perna de abordagem
deve elevar-se semiflexionada, com a ponta do pé para cima.
Erros
• Elevar a perna descrevendo um arco lateral, ocasionando
desequilíbrio e perda da velocidade.
• Elevação da perna totalmente estendida, com o pé em
extensão, pois isto resultará num choque violento, quando o pé
tocar o solo.
• A perna de impulsão só deixará o solo depois de totalmente
estendida. Isto evita que o atleta de um salto, ocasionando
perda de velocidade. A barreira deve ser passada e não saltada.
Corrida final
A primeira passada após a última barreira deve ser executada como foi
para as anteriores. Depois disso, o atleta reunirá todas as forças a fim
de passar pela linha de chegada, com o máximo de velocidade
possível.
Sumário
A corrida de barreiras é uma prova técnica e a característica principal
do barreirita é a velocidade completada pela perfeita transposição das
barreiras
Exercício 6
1. Diferencie a corrida de barreira e a de obstáculo
2. Mencione os erros comuns das barreiritas assim como os de
obstáculo.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 51
Unidade nº 7
Saltos
Neste unidade vamos falar dos saltos no atletismo. Todos os saltos
consistem num movimento cíclico (a corrida) e num movimento
acíclico (o salto propriamente dito); e distinguem-se essencialmente
pelas características da trajetória aérea. Desta forma os saltos visam
alcançar uma altura, ou cair a uma máxima distância.
Objectivos
1 23 4
1 - Pista de balanço
2 - Tábua de chamada
3 - Linha de chamada
4 – Zona de queda (caixa areia)
Regulamento específico
• Os atletas têm direito a três saltos, sendo apurados os 8 atletas
que tenham obtido os melhores saltos válidos, para
realizarem 3 saltos suplementares.
• Para classificação conta o melhor salto de cada atleta, em
caso de empate conta o segundo melhor salto.
• O atleta tem 2 minutos para iniciar o seu salto.
• A medição do salto faz-se desde a marca mais próxima, feita
por qualquer parte do corpo ou membros do atleta na caixa de
areia, até à linha de chamada.
Corrida de Balanço
• Realizar a corrida com aceleração progressiva até atingir a
máxima velocidade;
• Manter o tronco direito (descontraído) e a bacia elevada;
• Olhar dirigido para a frente;
• Realizar um número de passadas determinadas (varia de
atleta para atleta).
Chamada (Impulsão)
• Apoiar energicamente o MI de impulsão na tábua de
chamada;
• Manter o tronco na vertical;
• Elevar para cima e para frente o joelho do MI livre (lado
contrário ao de impulsão);
• Simultaneamente coordenar com o movimento dos MS para
preparar a fase de voo.
Queda (Recepção)
• Puxar os MI para a frente com fecho do tronco sobre estes
(engrupar);
• Fazer a recepção sobre os 2 pés, flectindo os MI para
amortecer a queda;
• Equilibrar o corpo ou projectá-lo para a frente.
ERRO: Má extensão
das ancas
CORRECÇÃO: Treinar
os aspectos rítmicos e
fazer exercícios
especiais de força
Sumário
O salto em comprimento é uma disciplina do atletismo cujo
objectivo é atingir a maior distância possível entre a zona de
chamada e a zona de recepção.
Exercício 7
1. Mencione as fases de salto em comprimento.
2. Caracterize as técnicas do salto em comprimento.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 57
Unidade nº 8
Triplo Salto
Esta unidade está programada para o estudo sobre Triplo Salto.O
Triplo Salto é um salto horizontal muito complicado e exigente. As
suas origens remontam aos antigos Jogos Olímpicos dos Gregos,
quando não existiam regras e os atletas podiam dar dois pulos e um
salto, ou três passos e um salto.
Objectivos
Triplo salto
O Triplo Salto é um dos tipos de salto mais complicados e exigentes.
As suas origens remontam tão longe quanto os antigos Jogos
Olímpicos dos Gregos, quando não existiam quaisquer regras e os
atletas podiam dar dois pulos e um salto, ou três passos e um salto.
Ainda nos primeiros Jogos Modernos, James Conolly, o vencedor,
ganhou com dois pulos e um salto. Hoje as regras obrigam os atletas a
“um pulo, um passo e um salto”, enquanto tentam cobrir a maior
distância possível. Para esta modalidade os atletas precisam de ser
ágeis e ter pernas muito fortes.
O ritmo também é importante, já que necessitaram de tornar os voos
de cada fase tão iguais quanto possível e devem ter noção da
sincronização ao aterrarem.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 58
A corrida
É muito parecida com a corrida do salto em extensão. A diferença
principal está na execução dos passos, que se caracteriza pelo menor
tamanho do penúltimo passo comparando como salto em extensão.
Isto evita perda de velocidade durante a impulsão. O salto em distância
necessita desta velocidade mas ela pode ser obtida durante o último
passo, o que não seria indicado no salto triplo (preocupação do
equilíbrio após o primeiro salto).
A impulsão
Esta fase é muito parecida com a do salto em distância. A diferença
está na posição do corpo, mais erguida. A inclinação do corpo para
trás no momento de apoiar o pé de impulsão não é tão acentuada, pois
o atleta não visa saltar muito no 1º salto.
O primeiro salto
É o mais baixo dos três, com ângulo de saída aproximado de 16º. No
final da impulsão o tronco está um pouco mais inclinado para a frente
do que no salto em extensão. Durante esta fase o atleta prepara a queda
sobre a mesma queda de impulsão. Para isso ele fará uma “tesoura”
muito rápida.
Este movimento deve demorar um pouco já que a execução prematura
provoca um desequilíbrio natural. A queda deve ser suave.
A movimentação:
Estudos Práticos I e II - Atletismo 61
• A perna livre vai para cima e logo após para baixo e atrás com
a finalidade de participar da impulsão do salto seguinte.
• A perna de impulsão se flexiona com o calcanhar junto com as
nádegas, em seguida é levada à frente e se estende para tomar
contato com o solo.
• O tronco permanece na vertical, com os braços fazendo
movimento de equilíbrio.
• O pé toca o solo de “chapa” e a perna se flexiona para
amortecer o impacto.
O segundo salto
O que especificamos para o primeiro salto, serve também basicamente
para o segundo. É o mais curto, dos três realizados, sob condições de
maiores dificuldades, já que uma mesma perna tem que absorver o
impacto do peso do atleta e lhe imprimir uma nova aceleração (a
pressão em saltos de mais de 16 metros é seis vezes superior ao peso
do atleta).
Em linhas gerais é uma grande passada este segundo salto. O atleta dá
impulso com uma perna e cai sobre a outra. O joelho da perna livre
exerce a ação ativa, sendo elevado para frente e para cima. Durante o
tempo em que se eleva, o atleta permanece nesta posição e somente
nos últimos instantes é que levará a perna livre para a frente,
procurando o solo. O pé tocará o solo de “chapa”
Existem várias opiniões quanto ao movimento dos braços nesta fase.
Alguns treinadores acham que o movimento deve ser natural,
sincronizado com a movimentação das pernas, outros acham que o
atleta deve levar ambos os braços atrás e depois simultaneamente para
frente e para cima, voltando para baixo no momento de tocar o solo. O
tronco mantém-se ereto e a cabeça levantada.
O terceiro salto
É um verdadeiro salto em extensão. A movimentação é parecida com a
de um salto em extensão, geralmente grupado.
A execução deste salto é feita em condições muito precárias, pois a
velocidade foi em muito anulada devido aos saltos anteriores. O
ângulo de impulsão é muito elevado já que o atleta utiliza neste salto
quase que exclusivamente a sua potência.
Normalmente, o terceiro salto é o segundo em tamanho, o menor é
sempre o segundo salto. Quanto ao ângulo de saída, existe uma
progressividade. É de vital importância a repartição do esforço na
execução dos saltos.
Um primeiro salto visando um máximo de resultado não facilita a
execução do segundo e assim por diante. O resultado geral pode ficar
seriamente comprometido. Para os iniciantes, há quem sugira como
relação de máxima economia, a seguinte proporção: 35% - 30% -
35%.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 62
Componentes do salto
1. Salto (hop):
3. Salto Jump:
Limitações
Sumário
O Triplo Salto é um dos tipos de salto mais complicados e exigentes,
onde o atleta deve dispor de algumas características específicas dada a
exigência da disciplina.
Exercício 8
1. Elaborar 10 exercicios para melhorar o tripo salto.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 66
Unidade nº 9
Salto em altura
Este novo estilo passou a ser conhecido por "Flop" e hoje tem a
preferência da maioria dos saltadores, de todos os níveis.
Objectivos
Terminologia
Salto em altura
O salto em altura é uma disciplina do atletismo cujo objectivo é saltar
a maior altura possível sobre uma fasquia sem a derrubar. Os saltos
são realizados num espaço onde existe zona de balanço e uma zona de
queda.
A zona de balanço deverá ter um mínimo de 15 metros de
comprimento. A fasquia deve ter um comprimento de 4 metros, e ser
apoiada em dois postes com altura suficiente.
A zona de queda deverá ser um colchão com pelo menos 5 metros de
comprimento e 3 de largura, colocado junto aos postes.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 67
3 2
4
1 - Zona de balanço
2 - Postes
3 - Fasquia
4 – Zona de queda/recepção (colchão)
Regulamento específico
Corrida de Balanço
Chamada (Impulsão)
Queda (Recepção)
Aproximação
Nas últimas 3 passadas diminui-se progressivamente avelocidade e o
comprimento. O atleta chega a esta fase com uma inclinação de 45-
50.
Impulso
Uma das fases más importantes é desportista deve saltar com as pernas
livres.
Vôo
O saltador roda na ascensão e alcança a barra com a cabeça para a
frente para a transpor de costas.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 70
Transposição
Vai-se transpondo a fasquia por esta ordem: braço contrário ao pé de
impulso, cabeça, tronco, o outro braço, ancas, pernas.
Queda
Descida realiza-se com as pernas rectas e separadas e as costas
direitas.
SALTO À VARA
Velocidade, força nos braços e músculos do torso e capacidade de
concentração são alguns dos requisitos que possuem os atletas que
competem no salto à vara. Um estilo que consiste em saltar por cima
de uma fasquia apoiada em duas barras horizontais com a ajuda de
uma vara.
Quanto tempo tem o atleta? Apenas 2 minutos por tentativa. Depois de
3 tentativas falhadas na mesma altura é eliminado.
As 3 fases
1ª Fase: Corrida – Transporte
A distância a percorrer é de 40-50 metros com a vara na mão. Joelhos
altos e braço flectido.
2ª Fase: Impulso
Nos últimos metros a vara crava-se no ponto de encaixe. Aproveitando
a energia da corrida, a vara dobra-se e o atleta levanta voo.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 71
Vôo
A seguir, um forte impulso de braços fará com que saia disparado para
cima e consiga transpor a fasquia.
(fig. de 4 a 9)
Estudos Práticos I e II - Atletismo 73
Nota:
Para o atleta saltador em altura é importante, primeiro, a força de
impulsão e a flexibilidade, bem como a capacidade de aprender uma
das técnicas modernas. A força de impulsão ( absoluta ) é, pois,
condição prévia para aprendizagem do rolamento ventral e do « Flop
», as técnicas do salto em altura mais utilizadas. As descrições que se
referem, limitam-se, por isso, a estas duas técnicas, nas quais devem
ser empregues os principais aspectos biomecânicos do salto em altura.
A marca do salto em altura é formada pelo resultado de três
componentes: A1+A2+A3 = Altura do salto (ver figura 2).
Estudos Práticos I e II - Atletismo 74
Estilo flop
A característica principal deste estilo é a ultrapassagem do sarrafo de
costas. Algumas pesquisas tem mostrado que, do ponto de vista
biomecânico, a ultrapassagem do sarrafo de costas é mais eficiente,
uma vez que possibilita ao máximo o aproveitamento da altura em que
se elevou o centro de gravidade.
As fases técnicas que podemos observar são as mesmas descritas no
Rolo Ventral, ou seja: posição de partida, corrida, impulsão,
ultrapassagem e queda. Segundo Szmushowski,as mais importantes
fases são corrida e impulsão. Ultrapassagem e queda são
conseqüências diretas destas fases anteriores.
Existe ainda uma inclinação para trás (embora menor que no estilo
Rolo Ventral). Assim, abaixa-se o centro de gravidade e é prolongado
o percurso da impulsão.
Sumário
O salto em altura é uma disciplina do atletismo cujo objectivo é saltar
a maior altura possível sobre uma fasquia sem a derrubar.
Exercício 9
1. Mencione e caracterize as fases de salto em altura.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 79
Unidade nº 10
Lançamento e provas
Antes de mais nada, é bom salientar sobre a problemática de
terminologia que gera em torno das palavras de lançar e lançar. Em
português, de acordo com o dicionário de Aurélio Buarque de
Holanda, a palavra lançar significa ato ou efeito de lançar. Lançar vale
como atirar ou lançar com força para longe. Lançamento é o ato de
lançar e, finalmente, lançar é igual a atirar com força ou lançar. Para o
regulamento oficial, é utilizada a palavra lançamento para o dardo,
disco e martelo e lançamento para peso cuja diferenciação é
encontrada também nos livros alemães e ingleses. Isto se deve ao fato
de existir uma pequena diferença que caracteriza a maneira do atleta
soltar o implemento no ar, onde observamos que o peso é empurrado e
os demais são projetados com características diferentes.Com tudo isto,
podemos concluir que tanto lançamento como lançamento tem o
mesmo significado e as diferenças são apenas na questão de
colocação.
Objectivos
LANÇAMENTO DE PESO
De todas as especialidades dentro do atletismo, o lançamento de peso
é, sem dúvida, a mais praticada. A razão de tal popularidade deve-se
ao facto de que é fácil empurrar um implemento esférico, de peso
sustentável, proporcional à força, dentro de suas faixas etárias.
Qualquer elemento que se disponha a praticar o lançamento de peso
vai em busca de marcas que possam se aproximar dos grandes
campeões. Para isto, se entregam a rígidos treinamentos, aprimorando
cada vez mais uma técnica apurada, sem que haja qualquer desperdício
de força energética.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 80
Pesos
• Masculino – 7,260kg
• Feminino – 4kg
Início
De costas para o sector, de pé, o peso do corpo no pé direito, pé
esquerdo mais atrás (fig. 1). Peso posicionado abaixo do maxilar,
muito próximo ou até encostado no pescoço, cotovelo do membro
lançador bem aberto. Inicia-se o troco enquanto ergue-se o membro
inferior esquerdo para fins de equilíbrio - posição de balança (fig. 2).
Após, há uma flexão do joelho direito e do quadril e joelho esquerdo,
aproximando os dois joelhos – posição agrupada (fig. 3/4)
Deslocamento
O deslocamento é iniciado pelo desequilíbrio inicial do corpo para
trás (fig. 4/5); a seguir, há uma acção de extensão do joelho e quadril
esquerdos (que “puxará” o corpo), simultânea à extensão do joelho
direito. O deslocamento deve ser junto ao solo (por isso o termo mais
adequado seria deslizamento) e a perna esquerda não deve ser lançada
para cima e sim para trás, rasante.
Duplo apoio
O pé direito vai assentar no centro do círculo, pela planta e em um
ângulo de cerca de 90 a 120 graus com o sentido do lançamento. O pé
esquerdo, quase que simultaneamente, deve chegar ao solo, pela parte
anterior, junto ao anteparo, ligeiramente à esquerda da linha central do
círculo. O tronco continua virado para a parte posterior do círculo
(olhar para um ponto situado a alguns metros atrás do mesmo) e está
em flexão e torção.
Ao final do deslocamento o peso do corpo está sobre a perna direita, se
o peso chegasse a cair, deveria atingir o solo a uma certa distância do
pé direito.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 83
Fase Final
Esta fase inicia-se pela acção do membro inferior direito (o
lançamento inicia-se com a flexão plantar do tornozelo direito)
combinado com uma rotação da pélvis e do tronco.
O lado direito do corpo, em consequência destes movimentos, roda
para frente e para cima, na direcção do lançamento. O membro inferior
esquerdo deve efectuar uma acção de contenção e alavanca.
Ao final, há uma completa extensão dos membros inferiores, com os
pés ficando apontados para a direcção do lançamento.
A acção do membro superior direito consiste em uma abdução
horizontal da articulação do ombro, seguida de uma extensão de
cotovelo e uma vigorosa acção final de flexão da articulação do punho
(quebra de punho) e da flexão das articulações dos dedos (a palma da
mão deve estar virada para o lado ao final do lançamento.
Durante todo o lançamento, o cotovelo do membro arremessa dor deve
estar aberto (apontando para o lado), deve vir atrás do peso e a mão
deve estar com o polegar apontando para baixo. O membro superior
esquerdo, flexionado no cotovelo, contribui para efectuar a rotação do
tronco mas cessa seu movimento abruptamente, quando o peito do
atleta já está voltado frontalmente para a frente do sector,
contribuindo, assim, para incrementar a velocidade de saída do
implemento.
Reversão
Para evitar-se a saída do círculo, efectua-se uma movimentação de
pernas, que consiste em a perna esquerda dirigir-se para trás, com a
perna direita colocando-se à frente, o que leva a uma fase aérea e uma
subsequente flexão do joelho direito e abaixamento do tronco, o que
contribui para um abaixamento do centro de gravidade, evitando o
desequilíbrio para fora do círculo.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 84
Lançamento de Dardo
O lançamento de dardo é, sem dúvida, a mais bonita das provas
existentes no atletismo moderno. Desde os tempos dos “homens das
cavernas”, este implemento, hoje sofisticado, era utilizado para a caça
de animais. Na medida em que o tempo passava, o implemento era
utilizado para vários fins, entre eles o da procura da caça para
sobrevivência, como também como arma nas grandes guerras entre os
povos nórdicos. Índios também passaram a utilizar este implemento na
pesca.
A maneira como era utilizado o dardo não diferiu muito da actual. A
técnica empregada para se lançar tal implemento foi aperfeiçoada de
tal maneira, a fim de que se pudesse utilizar o maior aproveitamento
possível da força energética num movimento rectilíneo no plano
vertical e parabólico no plano horizontal.
A acção de lançar ou lançar algum implemento nos lembra a forma de
como atiramos pedra. É um movimento que parece ser natural ainda
que adaptado às características do instrumento utilizado. Sem dúvida
nenhuma, poderemos notar que o ato de lançar este implemento nos
coloca mais perto de nossos antepassados.
Como lançador de dardo, é preciso ter velocidade, coordenação,
agilidade e força.
Não há necessidade específica de serem muito altos. Notadamente é
uma especialidade onde atletas são bastante diferentes de outros
lançadores (peso, disco e martelo).
Durante muito tempo esta especialidade foi praticada pelos nórdicos;
os nomes de Myrra, Pentilla, Jarvinen e Nikinnen figuravam sempre
entre os melhores do mundo e candidatos ao título olímpico.
Com a evolução das marcas, acima de 100m, a Federação
Internacional de Atletismo Amador – FIAA, em assembleia de seus
filiados, resolveu, através de nova regra, modificar a estrutura deste
implemento, deslocando o centro de gravidade para mais a frente da
corda envolvida no dardo, fazendo com que o mesmo, em sua
trajectória rectilínea (vertical) alterasse a trajectória parabólica
(horizontal), pois quando atingisse a maior amplitude de seu percurso,
descesse mais rapidamente, voltando, com isto, ao visual antigo, ou
seja, o de “cravar no solo”.
Método finlandês
É considerado o método mais forte. Consiste em segurar o dardo, de
forma que o dedo indicador se coloque estendido na parte de trás do
encordoamento, com uma pequena flexão da falange distal para a
lateral, em contacto com a haste do dardo ou em torno dela. Os dedos
polegares e médio são colocados no início da corda envolvida no
dardo, contornando a mesma, tendo as extremidades quase unidas.
Esses dois dedos são praticamente os responsáveis pela transmissão da
força ao dardo: são eles que empurram o dardo no lançamento. Os
demais dedos, anular e mínimo, são colocados normalmente sobre a
corda (figura abaixo).
a) A corrida preparatória
A corrida é dividida em duas partes. A primeira começa na posição de
partida e vai até a marca intermediária. Nesta fase, o dardo é
conduzido sobre o ombro, mais ou menos na altura da cabeça e
Estudos Práticos I e II - Atletismo 86
Para que isto não se verifique, o lançador deve realizar uma troca da
perna que está atrás pela frente e com muita rapidez, a fim de bloquear
esse movimento do corpo em desequilíbrio à frente, colocando-o em
uma posição parada e estável, para em seguida deixar o corredor pelo
espaço permitido. A esta acção nós chamamos reversão ou troca de
pés.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 87
Lançamento de Disco
O lançamento de disco é sem dúvida o mais clássico e antigo de todos
que figuram no atletismo. Desde a antiguidade, era costume lançar-se
escudos de guerra, gesto este que passou às Olimpíadas, substituindo-
se os escudos por discos de pedra de características desiguais em peso
e diâmetro. O gesto de lançar disco tem-se perpetuado através de
figuras ou até mesmo em estátuas.
Dentro da era moderna do atletismo, foi o primeiro lançamento que se
praticou, seguido mais tarde pelos outros três (peso, dardo e martelo).
A forma como se lançava este instrumento é diferente da actual.
Acontece que ao passar dos anos, a técnica de lançar o disco
apresentou avanços que pudessem tirar maior proveito dos
movimentos baseando-se nas leis da física.
A forma que hoje é utilizada, permite o aproveitamento da força
centrífuga horizontal aplicada, de dentro de um círculo, com
velocidade progressiva, obtendo-se maior possibilidade às grandes
distâncias. O aprimoramento da técnica com giros (rotações) faz com
que atletas tenham que se dedicar horas e horas diárias em seus
treinamentos, a fim de que movimentos circulares possam ser
realmente aproveitados no lançamento.
O recorde tem melhorado muito e hoje quase todos os lançadores
empregam a técnica americana adoptada pela primeira vez pelo norte-
americano FORTUNE GORDIEN. Pode-se dizer que os lançadores de
disco são menos rápidos que os lançadores de peso, pois tem a
necessidade de utilizar de movimentos circulares. (rítmicos).
Lançadores de disco devem dedicar-se única e exclusivamente para a
prova. Houve épocas que lançadores de peso lançavam discos, porém,
actualmente, são casos raros.
Existe uma grande preocupação para com os movimentos dos
membros inferiores, dentro do círculo, pois se não houver estabilidade
na base não haverá bom lançamento. Pelo simples fato de que os
movimentos circulares podem tirar o equilíbrio de um atleta, os
mesmos devem ser executados de forma progressiva.
É importante que um lançador de disco tenha as seguintes
características: Grande envergadura, ritmo, velocidade e força.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 88
Estilos (técnicas)
• Ortodoxo – lateral (de lado para o sector de queda do
implemento) com giro.
• Americano – de costas para o sector de queda do implemento
(com giro).
Pesagem:
• Masculino: 2kg
• Feminino: 1kg
Técnica
A técnica do lançamento do disco se baseia integralmente no
aproveitamento da força centrífuga que gera o atleta ao efectuar um
giro e meio (volta e meia) dentro de um círculo. Esta técnica, como se
tem dito, foi posta em prática com grande êxito pelo americano
GORDILN e a partir deste momento não tem cessado de ser corrigida
e aperfeiçoada.
O lançador inicia o movimento de costas para o sector de queda do
implemento, realizando um passo intermediário (salto rasante)
somando assim a força centrífuga gerada no giro, o impulso linear para
frente, seguindo o eixo do círculo.
O lançamento do disco, como todos do atletismo, é um movimento
continuado e sem pausas, com iniciação lenta, acelerando
progressivamente até atingir a acção final que é a explosão.
Posição Inicial
A posição inicial que um atleta adopta ao entrar no círculo é a
seguinte: pernas afastadas com distância igual ou maior do que a
largura dos ombros (de costas para o sector de queda do implemento) e
disco na mão de lançamento. Neste momento, o centro de gravidade
Estudos Práticos I e II - Atletismo 89
Reversão
Nada mais é do que a troca de apoios, ou seja, da esquerda para a
direita em salto, ocorrendo também a inversão da posição da entrada
de quadris, ou seja, retardamento do centro de gravidade, a fim de que
um atleta possa controlar suas faltas nos lançamentos.
1 – Círculo de lançamento,
2 – Antepara, 2 1
3 – Linhas Brancas, 4
Regulamento específico
• O peso é lançado num círculo tendo na parte da frente uma
antepara curva;
• O atleta tem 1 minuto para iniciar o seu lançamento;
• O peso terá de ser lançado a partir do ombro apenas com uma
mão;
• É proibido o uso de luvas;
• O atleta terá de começar o lançamento de uma posição
estacionária.
Acredita-se que…
• Antigamente a zona de lançamento não era circular
• A forma mais comum de lançamento fazia-se levantando
primeiro o disco para frente e logo erguendo o braço.
Lançamento do Martelo
O folclore irlandês, rico em citações épicas, conta-nos as proezas
extraordinárias de um tal Cuchulain (que significava herói em
gaélico), uma espécie de Hércules do mundo celta, que nos Jogos
Atléticos daquele povo, mais ou menos 2.000 anos a.C, realizava
prodígios de força e destreza.
Assim, em determinada celebração, lembram-se de fixar ao eixo de
união das rodas de uma carruagem uma “grossa pedra”, e com este
engenho o herói (mítico?) rodopiou sobre o próprio corpo e lançou-o
“a uma distância que nenhum homem podia lançar e igualar”ao herói
naquele tempo como retrata a história na Grécia antiga.
Tinha nascido o “roth-cl heas”, ou como nós conhecemos hoje: o
lançamento do martelo. Não admira, pois, que nos primórdios do
desporto codificado da nossa Era, os primeiros campeões tenham sido
os irlandeses.
Assim, o primeiro registo conhecido pertence a Michael Kennedy
(irlandês naturalmente), que em 1839 lançou 33,52m.
Os lançadores competem lançando à maior distância possível uma
bola pesada fixada a um arame metálico, com uma empunha dura na
extremidade.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 93
a)EMPUNHADURA:
A anilha (manopla) é tomada primeiramente com a mão esquerda,
pelasflanges distais, que deve estar protegida por uma luva especial. A
mão direita se coloca sobre a esquerda, de tal modo que ambos os
polegares se cruzam. Esta empunhadura deve ser firme mas sem
contrações.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 94
b) POSIÇÃO DE PARTIDA:
O atleta se encontra na parte do círculo, de costas voltadas para a
direção do lançamento, em afastamento lateral das pernas de
aproximadamente da largura dos ombros. O eixo do círculo passa
entre as duas pernas, cujo peso do corpo se divide proporcionalmente
sobre elas.
d) MOLINETES:
Após realizar os balanceios descritos acima, as pernas começam a se
estenderem parcialmente, dirigindo e girando o tronco para a esquerda,
momento em que o martelo é arrastado para cima e à esquerda. Desta
forma, o martelo começa a impulsionar-se através de dois ou três
giros. Para que o raio eficaz de rotação do martelo seja o maior
possível e o atleta tratará de manter os braços em extensão, durante
tanto tempo quanto puder. Para satisfazer esta exigência, todos os bons
especialistas abaixem um pouco o ombro esquerdo. Durante os
molinetes existe um arqueamento do corpo, com transferência do peso,
para o lado contrário à posição do martelo. Isto, para atuar contra a
força centrífuga. Assim, no momento em que o implemento se
encontra em seu ponto baixo (lado direito do lançador), o quadril se
desloca para a esquerda, com a perna deste lado semiflexionada, a
direita estendida e vice-versa, quando o martelo estiver na sua
trajetória alta.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 96
e) GIROS:
g) REVERSÃO:
Com a finalidade de não transpor o limite do círculo de lançamento, o
atleta absorve o impacto, através de uma inversão da posição das
pernas. A esquerda é retirada para trás enquanto alguns flexionam a
direita. Outros continuam girando sobre a perna direita, levando o pé
esquerdo para o centro do círculo.
A análise completa de todos os movimentos pode-se observar na
próxima figura.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 99
Estudos Práticos I e II - Atletismo 100
Provas combinadas
Duas das provas que mais testam os atletas são o decatlo e o heptatlo
que se destinam a descobrir o atleta masculino e feminino que seja
polivalente. O decatlo que é para homens consiste em dez provas em
dois dias: os 100 e 400 m, o salto em altura, o salto em comprimento,
o lançamento do peso, os 1500 m, os 110 m barreiras, o salto à vara, o
lançamento do dardo e o lançamento do disco. O primeiro decatlo
moderno foi levado a cabo na Alemanha, em 1911, e todas as provas
se deram no mesmo dia. Surgiu nas Olimpíadas em 1912, e, tal como
actualmente, demorou dois dias.
O heptatlo que é para mulheres consiste em sete provas em dois dias
também: os 100 m barreiras, o salto em altura, o lançamento do peso,
os 200 m, os 800 m, o salto em comprimento e o lançamento do dardo.
O heptatlo (para as mulheres), foi introduzido em 1981 para substituir
o pentatlo, que abrangia cinco provas. Acrescentou-se-lhe o
lançamento do dardo e os 800 metros, para acentuar a força, bem
como a velocidade. Em cada conjunto de provas o vencedor é
escolhido por um sistema de pontuação, no qual os competidores
obtêm pontos pelo tempo, distância e velocidade demonstrados em
cada prova. Ganha o atleta com a pontuação mais alta.
HEPTATLO
Primeiro Dia
100 metros Barreiras
As provas no heptatlo têm 30 minutos de intervalo entre si. O conjunto
de modalidades põe à prova a velocidade, a força, a agilidade e a
resistência de uma atleta. O treino para esta primeira prova - os 100 m
barreiras - também beneficia os 200 m.
Salto em Altura
Neste salto a técnica e a agilidade são postas à prova. As regras são as
mesmas que na modalidade individual, mas as atletas são divididas em
grupos com padrões semelhantes. As atletas comem alimentos
energéticos ao longo do dia.
Lançamento do Peso
Serve para pôr à prova a força de uma atleta. As distâncias alcançadas
no heptatlo são frequentemente mais baixas do que nas provas
individuais, porque a atleta é muito mais leve, e aumentar-lhe o peso
corporal para esta prova poderia prejudicar a sua actuação nas outras.
Nos lançamentos, as atletas dispõem apenas de três tentativas. 200
metros. Esta prova é praticada no fim do primeiro dia, quando a atleta
começa a sentir-se cansada. Por isso, é tanto uma prova de resistência
como de velocidade.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 101
Segundo Dia
Salto em Comprimento
As atletas só fazem três tentativas neste salto. A velocidade é também
vital, para assegurar uma boa corrida de balanço.
Lançamento do Dardo
A capacidade técnica bem como a força do tronco são vitais no
lançamento do dardo. Nas provas individuais, as lançadoras do dardo
são baixas e leves.
A maior parte das atletas do heptatlo são constituição semelhante e,
muitas vezes, conseguem pontuar bastante nesta prova.
800 metros
O segredo é mais a resistência do que a velocidade. Nesta fase, a atleta
devia concentrar-se na marcação dos pontos de que necessita para
estabelecer o resultado final e devia ter por objectivo regular a sua
passada.
DECATLO
Primeiro Dia
100 metros
Esta é a primeira prova do primeiro dia. Nas modalidades de pista,
permite-se aos atletas três falsas partidas, em contraste com as duas
habituais.
Salto em Comprimento
Depois da velocidade dos 100 m, este salto põe à prova a capacidade
técnica do atleta. Os atletas que praticam provas combinadas devem
iniciar cada uma delas, ou serão desqualificados.
No entanto, se não completarem a prova por falha de um salto, por
exemplo, nesse caso não marcaram pontos, o que pode ser desastroso
para o resultado final.
Lançamento do Peso
Como no heptatlo, um físico avultado pode beneficiar esta e outras
provas de lançamento, mas talvez façam abrandar o atleta do decatlo
nas corridas de velocidade e nos 1500 metros.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 102
Salto em Altura
Os atletas praticantes de provas combinadas têm de aproveitar ao
máximo o seu tempo de treino, e, muitas vezes, treinarem ao mesmo
tempo o salto em comprimento, o salto em altura e o salto com vara.
400 metros
É importante beber durante o dia, principalmente em climas quentes e
depois de provas de esforço, como os 400 m. Esta é a que encerra o
primeiro dia, e os atletas terão de pensar em descansar antes das
provas do dia seguinte.
Segundo Dia
110 metros
As pontuações do segundo dia são frequentemente mais baixas, visto
os atletas poderem ter os músculos rígidos e estar cansados depois da
véspera.
Lançamento do Disco
É uma prova difícil porque exige um equilíbrio e coordenação
perfeitos, e uma técnica mais apurada do que outras provas de
lançamento.
Lançamento do Dardo
Nesta altura da competição, o atleta do decatlo estará cansado, e
deverá concentrar-se em lançar o dardo com rigor para ter a certeza de
que marca pontos. No seu primeiro lançamento “válido”, deve ter por
alvo o meio da área de aterragem. O segundo e o terceiro lançamentos
podem ser usados, depois, para melhorar a distância atingida.
1500 metros
A última e a mais difícil de todas as provas. Como nos 800 m
femininos, a táctica é mais importante que a velocidade.
Maratona
A maratona é uma corrida de longa distância cujo trajecto é de cerca
de 42 km, o exige.
Tem sido corrida nos Jogos Olímpicos desde 1896. Foi assim chamada
devido à corrida efectuada por um soldado grego, desde a cidade de
Maratona até Atenas para trazer notícias da vitória dos Gregos sobre
os Persas.
Critérios pedagógicos
• Para se chegar ao gesto global, é recomendável começar com
uma graduação
• pedagógica elementar. Este método se dá no sentido inverso à
cronologia do gesto total, para
• facilitar o estudo da técnica, que é dividida nas seguintes
fases:
a) Fase preparatória: Esta fase se inicia com os movimentos
preliminares para o lançamento, como por exemplo o deslocamento no
peso, voltas, no disco molinetes e giros, no martelo.
b) Fase de realização: Começa com a chegada do pé direito ao solo
(sempre, durante o nosso curso, trataremos de atletas destros), após o
inicio do lançamento. Assim temos, no peso, quando o pé direito
atinge o centro do círculo. No dardo, no penúltimo passo. No disco,
chegada do pé direito ao centro do círculo e no martelo, quando o pé
direito chega no chão, no término do terceiro giro, são exemplos
claros. Esta fase termina no momento em que a perna esquerda recebe
o peso do corpo sobre si.
Sumário
Lançamentos e lançamentos; as provas de lançamentos ou
lançamentos são provas de concurso dentro do atletismo, os
lançamentos estão distribuídos de acordo o sexo e idade.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 105
Exercício 10
1. Identifique as fases do lançamento de peso.
2. Caracterize o lançamento de dardo.
3. Mencione as técnicas de lançamento de peso.
Estudos Práticos I e II - Atletismo 106
Bibliografia
http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u408717.shtml
ATLETISMO.www.suapesquisa.com/educacaoesportes/atletismo.htm
www.atletismofpa.org.br/