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01. EMPREGADOR
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
A CLT por influência institucionalista da teoria da relação de trabalho, presente no contexto historio
da elaboração do diploma normativo adotou como sinônimo ao sentido de empregador a figura da
empresa. Convém ressaltar que a empresa não é o empregador, a empresa em si não é ente dotado de
capacidade jurídica, sujeito de direitos no ordenamento jurídico brasileiro. Empregador em sentido
técnico será a pessoa física, jurídica ou ente despersonificado titular da empresa ou estabelecimento.
Interessante uma análise quanto à adoção do termo empresa pela CLT, haja vista que tal
posicionamento denota um fator de proteção ao empregado, hipossuficiente na relação laboral. Mesmo
que o titular da empresa se altere, nenhuma alteração se processa no contrato de trabalho em vigor
(aplicação do princípio da continuidade do contrato), fato possibilitado pelo advento das teorias de
despersonalização da figura do empregador.
As entidades elencadas no §1º, tecnicamente não devem ser tratadas por entidades equiparadas ao
empregador por serem tipicamente empregadores. O fato de constituírem-se como entidades sem fins
lucrativos não opera modificações nas características que marcam o contrato de trabalho
(pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade).
Não há qualidades específicas atribuíveis às pessoas físicas ou jurídicas para a caracterização como
empregador, basta a utilização de força de trabalho contratada sob a forma empregatícia. De forma
mais clara, a presença da figura do empregado, que qualitativamente só pode ser pessoa física na
prestação dos serviços de responsabilidade de outrem oferta ao contratante a personificação da figura
do empregador.
Não existindo a referida qualificação específica, acima citada, também entes juridicamente
despersonificados podem figurar como empregadores (massa falida, espólio, condomínios).
1.1 Despersonificação
Essa característica consiste na autorização dada pela ordem justrabalhista a plena modificação do
sujeito passivo na relação de emprego, sem que tal fenômeno cause prejuízos à preservação completa
do contrato empregatício agora vinculado ao novo titular do pólo passivo da referida relação.
Importante notar que o elemento pessoalidade não integra o conceito formador da figura do
empregador, diferentemente do que ocorre quanto aos elementos de formação da figura do empregado.
Há, portanto, predominância do elemento impessoalidade.
Nos tempos atuais, a despersonificação do empregador é um elemento apto a garantir que diversos
efeitos práticos sejam alcançados pelo Direito do Trabalho, dentre eles citem-se a aplicação do
princípio da continuidade da relação empregatícia bem como a suavização da higidez das normas
trabalhistas no tocante à alterabilidade formal dos contratos de trabalho (com efeitos prejudiciais ao
empregado).
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Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados.
Mesmo que a CLT refira-se aos riscos inerentes à atividade econômica, por interpretação lógico-
sistemática também os riscos oriundos dos empreendimentos ou do próprio contrato de trabalho que
não aduza à produção de riquezas de proveito econômico são alcançados pela característica em análise
própria à figura do empregador.
Octavio Bueno Magno disserta: “no conceito de empregador não é essencial a idéia de assunção de
riscos, porque nele se compreendem tanto os entes que se dedicam ao exercício de atividades
econômicas quanto os que deixam de o fazer, dedicando-se, ao revés, a atividades não lucrativas,
como é o caso das instituições de beneficência e das associações recreativas.”
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
(...)
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§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis
a empresa principal e cada uma das subordinadas.
Objetivamente, a construção da figura do grupo econômico pelo Direito do Trabalho foi justamente
uma forma de ampliar as possibilidades de garantia do crédito trabalhista com a imposição plena sobre
tais créditos a distintas empresas componentes do mesmo grupo econômico. A responsabilidade que
deriva para os entes componente do referido grupo é de ordem solidária, resultante como regra
clássica, do dispositivo legal (art. 2º, §2º Consolidação das Leis do Trabalho, art. 3º, §2º Código de
Processo Civil, art. 904 Código Civil).
Para fins justrabalhistas, não há necessidade de revestimento do grupo econômico das figuras próprias
exigíveis para a mesma caracterização em campos jurídicos diversos (Direito Comercial/Empresarial e
suas figuras de holdings, consórcios, pools, etc.). Também não se exige comprovação formal de sua
institucionalização. A caracterização pode ser fundamentada por evidências comprobatórias da
presença dos elementos de integração inter-empresarial (direção, controle ou administração de umas
empresas pelas outras)
Para a composição de grupos econômicos há uma delimitação quanto ao tipo de sujeito de direito
exigível para a sua composição. O componente do grupo não pode ser qualquer pessoa física ou
jurídica, ou mesmo ente despersonificado; não se trata, portanto, de qualquer empregador, mas
somente certo tipo de empregador, diferenciado dos demais em função de sua atividade econômica. Os
grupos econômicos devem ser formados por entidades estruturadas como empresas.
Em face da qualificação específica exigida pela ordem jurídica ao membro do grupo, não tem aptidão
para compor a figura do grupo econômico entes que não se caracterizem por atuação econômica, que
não sejam essencialmente econômicos, que não consubstanciem empresas. Tal caracterização exclui
da composição figuras como o Estado e demais figura estatais, o empregador doméstico, entes sem
fins lucrativos, profissionais liberais, instituições de beneficência, associações recreativas, etc.).
Mesmo que o controle seja exercido por pessoa física, detentora de um número suficiente de ações,
não se descaracteriza a formação do grupo econômico com a possibilidade incontestável de co-
obrigação pelos créditos trabalhistas oriundos da relação empregatícia firmada por quaisquer dos
membros do referido grupo.
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03. EMPREGADO
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre
o trabalho intelectual, técnico e manual.
Empregado é toda pessoa natural que contrate, de forma tácita ou expressa, a prestação de seus
serviços a um tomador, a este efetuados com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e
subordinação.
O obreiro chamado avulso corresponde a modalidade de trabalhador eventual, que oferta sua força de
trabalho, por curtos períodos de tempo, a distintos tomadores, sem se fixar especificamente a qualquer
destes.
A distinção entre trabalhador avulso e eventual se encerra na circunstância de a força de trabalho dos
avulsos ser ofertada no mercado específico em que atuam (setor portuário) através de uma entidade
intermediária. Esse ente intermediário é que realiza a interposição da força de trabalho avulsa em face
dos distintos tomadores de serviço (armazéns de portos, navios em carregamento ou descarregamento,
importadores e exportadores e outros cooperados portuários). Resta sob responsabilidade da entidade
intermediária a arrecadação dos valores correspondentes à prestação de serviços, perfazendo o
respectivo pagamento ao trabalhador envolvido.
Essa interposição entre tomador e trabalhador avulso, pela tradição justrabalhista brasileira sempre foi
exercida pelo sindicato profissional da categoria.
A contar da Lei do Trabalho Portuário (Lei 8.630/93) a interposição dessa força de trabalho passou a
ser feita por um órgão gestor de mão de obra considerado entidade de utilidade pública.
Art. 9º. Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a
diversas empresas, sem vínculo empregatício. Caracterizam o trabalhador avulso:
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Esta figura de prestadores de trabalho são os que mais se assemelham à condição dos empregados com
vínculo empregatício, estando presentes todos os conceitos das relações empregatícias tradicionais,
faltando, por aplicação lógica o requisito da permanência (não eventualidade).
Entre as teorias que tendem a explicar a composição da relação temporária de trabalho estão as
seguintes
Lei 6.019/74
Art. 2º. O trabalho temporário define-se como aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à
necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de
serviços.
Art. 4º. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade
consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente
qualificados, por elas remunerados e assistidos.
O contrato temporário, embora regulado por legislação especial, é um contrato de emprego do tipo
pacto a termo, apenas submetidos às regras especiais da referida legislação. Dessa forma, todas as
situações envolvendo terceirização (conservação e limpeza, atividades meio, vigilância, trabalho
temporário) que tenham no pólo do prestador de serviços uma pessoa física que labore com
pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação são situações regidas pelo Direito do
Trabalho com contratos de emprego entre o obreiro terceirizado e a empresa terceirizante.
Dessa forma trabalhador temporário é aquele que, juridicamente vinculado a uma empresa de trabalho
temporário, de quem recebe suas parcelas contratuais, presta serviços a outra empresa, para atender a
necessidade transitória de substituição do pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário
dos serviços da empresa tomadora.
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Entre as hipóteses de pactuação encontramos de forma específica duas situações permitidas pela Lei
6.019/74:
Entre especificidades do contrato temporário, regido por norma especial, encontra-se a impossibilidade
de pactuação da relação entre obreiro e empresa terceirizante de forma tácita, devendo também ser
expresso o contrato entre empresa tomadora de mão de obra e empresa de trabalho temporário com
exposição das justificativas da contratação.
O contrato de trabalho temporário não pode ultrapassar o lapso temporal de três meses, configurando-
se relação tradicional de emprego o transpasse desse limite. Contudo, com autorização conferida pelo
órgão local do Ministério do Trabalho tal período pode ser ampliado.
07. ESTAGIÁRIO
O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e
dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Em conformidade com a Lei nº 11.788 que revogou a antiga temática instituída pela Lei nº 6.494/77, o
estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.
• a duração máxima de dois anos do contrato de estágio, exceto quando se tratar de estagiário
portador de deficiência física (art. 11);
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• a reserva de 10% das vagas de estagiários para portadores de deficiências (art. 17, § 6º).
O novo ordenamento, com o intuito de coibir contratos fraudulentos e irregulares, que são adotados
por uma minoria das empresas, acaba por prejudicar os empreendimentos que cumprem corretamente
a legislação, aumentando o ônus e restringindo o número de vagas que podem ser oferecidas e,
conseqüentemente, os próprios estudantes.
Deve-se, primeiramente, considerar que o estágio objetiva possibilitar que o estudante desenvolva a
prática de seu estudo teórico, preparando-o para a vida profissional. Além disso, concede à empresa a
oportunidade de treinar seus profissionais futuros de acordo com as suas necessidades e com um custo
menor.
Isto é mais facilmente visualizado na hipótese de cursos superiores e profissionais. Ainda que a
instituição de ensino ofereça os conceitos e até mesmo alguma prática ligada à matéria, somente o
contato diário com a realidade da profissão oferecerá ao estudante a oportunidade de, efetivamente,
conhecer e praticar as atividades a ela ligadas e, inclusive, comprovar a sua vocação.
Assim, limitar o contrato de estágio é limitar o conhecimento que pode ser adquirido pelo estagiário e
atrasar o seu desenvolvimento profissional, bem como a sua possibilidade de futura contratação,
desestimulando, também, as empresas a oferecer uma vaga de estágio.
Ao impor uma carga horária da jornada de 6 diárias, o ato normativo impede que o estudante de ensino
superior ou profissionalizante acompanhe integralmente as atividades para a qual está se preparando
para desenvolver após a sua formatura, que poderá requerer uma jornada de pelo menos 8 horas, por
exemplo. A bolsa também sofrerá redução proporcional, o que pode prejudicar os estudantes que dela
dependem para pagar a sua educação.
Já a limitação da duração do contrato de estágio a dois anos pode causar diversos prejuízos. Isso
porque muitos cursos têm duração superior a este período, chegando a até 6 anos. Conseqüentemente,
muitas empresas optariam por não contratar estudantes que estejam no início ou meio do curso, o que
significaria treinar estagiários para outro empregador. Em termos gerais os estudantes, no início do
curso, terão maiores dificuldades de conseguir estágio.
Além disso, limitar as vagas de estágio de acordo com o número de empregados da empresa com toda
a certeza irá diminuir, e muito, as oportunidades sem, entretanto, garantir a criação de novos
empregos.
Por fim, reservar 10% das vagas para deficientes apenas traz novas preocupações para as empresas,
sendo de notório conhecimento que hoje as empresas enfrentam grandes dificuldades em atender o
artigo 93 da Lei nº 8.213/91, por ausência de pessoal qualificado que preencha os requisitos legais e,
conseqüentemente, as vagas.
Deve-se ressaltar que apenas as empresas com mais de 100 empregados são obrigadas a preencher
seus cargos, no mínimo 2% e no máximo 5%, com portadores de deficiência.. O projeto de lei, além
de não estabelecer nenhum número mínimo a partir do qual a contratação de deficientes se torna
obrigatória, majora significativamente esta cota para estagiários (10%), o que com certeza, na visão de
muitos empresários inviabilizará o cumprimento da lei.
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Em reflexo ao art. 4º do extinto diploma normativo, o novo texto legal mantém a concessão de seguro
de acidentes pessoais em favor do estagiário, sendo tal obrigação de responsabilidade do tomador dos
serviços, conforme determinação do art. 9º, inciso IV. Qualquer definição infralegal visando alterar a
responsabilidade à instituição de ensino constitui-se como ineficaz do ponto de vista jurídico.
Tecnicamente, empregado doméstico é a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e
subordinadamente, serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
em função do âmbito residencial destas.
A Consolidação das Leis do Trabalho se refere aos empregados domésticos da seguinte forma:
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente
determinado em contrário, não se aplicam :
a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza
não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;
Lei 5.859/72
Art. 1º. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza contínua e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, aplica-se o disposto nesta Lei.
À relação de emprego doméstico se aplicam os cinco requisitos formadores das relações trabalhistas
tradicionais, serviço prestado por pessoa física, com onerosidade, subordinação, pessoalidade e não
eventualidade.
Apesar da não explicitação dos referidos elementos no dispositivo da legislação específica, interpreta-
se tal ocorrência como uma forma de explicitação dos requisitos especiais à relação empregatícia,
sendo eles a finalidade não lucrativa dos serviços, sendo estes apropriados apenas por pessoas físicas
ou por família sendo efetuados em função do âmbito residencial dos tomadores.
Importante salientar que há uma consubstanciação especial quanto aos requisitos da não eventualidade
e da onerosidade na relação empregatícia doméstica. A não eventualidade é tratada como continuidade
na prestação dos serviços e a onerosidade não reflete a contraprestação a uma atividade de cunho
econômico prestado pelo obreiro.
A teoria da continuidade preserva o entendimento de que as funções exercidas por diarista, que labore
na residência por períodos de alguns dias na semana ou na quinzena, não se configurariam como
efetivo vínculo empregatício doméstico, mesmo que tal prestação se reiterasse ao largo do tempo.
Dessa forma, o vínculo empregatício funda-se na continuidade da prestação dos serviços, afastada a
possibilidade de eventualidade no referido exercício. Aplicar-se a teoria da não eventualidade a tal
relação seria denotar a formação de um verdadeiro vínculo empregatício entre diarista e tomador do
serviço, haja vista a constância da prestação de serviços por uma mesma pessoa física a um mesmo
tomador, excluindo, portanto a eventualidade que afasta a formação da relação empregatícia.
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O requisito da onerosidade deve ser observado sob o enfoque objetivo, haja vista que o pagamento
efetuado pelo tomador dos serviços não guarda referência a uma contraprestação por serviços dotados
de natureza econômica. Dessa forma, a onerosidade guarda correlação à figura do obreiro que percebe
riquezas em virtude do desempenho de funções laborativas.
Quanto aos direitos trabalhistas estendidos aos domésticos, observa-se o disposto abaixo:
c) férias – anuais remuneradas de 20 dias úteis, concedidas após 12 meses de trabalho – garantido pela Lei
5.859/72. A lei 11.324/06 estendeu o período de férias para 30 dias corridos.
d) vale-transporte – garantido pelas Leis 7.418/85 e 7.619/87, regulamentadas pelo Decreto 95.247/87.
j) licença gestante – sem prejuízo do salário e do emprego com duração de 120 dias – garantido pela CRFB/88.
p) garantia de emprego à gestante – contados da confirmação da gestação até 05 meses após o parto –
garantido pela Lei 11.324/06.
q) vedação a descontos nos salários – parcelas instrumentais ao contrato de trabalho (alimentação, vestuário,
higiene ou moradia em local coincidente com o da prestação dos serviços) – garantido pela Lei 11.324/06.
O uso da folha de pagamento é obrigatório para o empregador, conforme preceitua a Lei nº 8.212/91,
art. 32, inciso I. Ela pode ser feita manualmente ou por meio de processos mecânicos ou eletrônicos.
Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados. Deve ficar à
disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre pronta a oferecer informações
necessárias à continuidade da empresa.
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• Salário
• Horas extras
• Adicional de insalubridade
• Adicional de periculosidade
• Adicional noturno
• Salário-família
• Diárias para viagem
• Ajuda de Custo
• Quota de previdência
• Imposto de Renda
• Contribuição sindical
• Seguros
• Adiantamentos
• Faltas e atrasos
• Vale-transporte
Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo
trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de
satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.
A conceituação de remuneração está inserta no art. 457 da CLT, compondo-se o conceito do montante
relativo ao salário devido e pago diretamente pelo empregador e as gorjetas recebidas pelo obreiro.
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido
e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada
pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953)
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
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§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de
50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e
destinada à distribuição aos empregados.
Importante informar que por aplicação da Súmula 354 do TST, mesmo havendo integração das
gorjetas recebidas à remuneração do empregado, não constituem a base de cálculo para específicas
parcelas contratuais.
Súmula 354 TST. Gorjetas. Natureza jurídica. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou
oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
10.1 Salário
Dada a importância da natureza do conceito de salário para a ordem justrabalhista e a sociedade com
um todo, o termo passou a ser usado também por outros campos das ciências jurídicas assumindo,
portanto, feições completamente apartadas do entendimento do Direito do Trabalho e
consequentemente diversas do conceito definido por este ramo jurídico. Dessa forma a expressão
salário pode ser tomada por denominações próprias e impróprias.
Salário Família: parcelas monetárias devidas pela Previdência Oficial ao trabalhador de baixa renda
em função do número de dependentes menores de 14 anos ou portadores de necessidades especiais (a
legislação trata por pessoas inválidas). O repasse de tais parcelas é realizado pelo empregador que se
ressarce do custo correspondente através do procedimento de compensação nos recolhimentos
previdenciários sob o encargo da empresa. Benefício tratado pela Lei 8.213/91.
Salário Maternidade: renda mensal equivalente à remuneração da obreira gestante, paga por ocasião
do período de afastamento previdenciário para o parto e subseqüente período de aleitamento materno
(120 dias conforme art. 7º, XVIII da CRFB/88). A referida remuneração pode ser efetuada diretamente
pela Previdência Oficial à segurada (domésticas, avulsas, adotante) ou pelo empregador (seguradas
empregadas comuns) sendo que este poderá se compensar quando do recolhimento das verbas
previdenciárias sob encargo da empresa.
Salário Educação: parcela de natureza parafiscal sob a condição de contribuição social. Lei 9.766/98
e art. 212, §5º, CRFB/88).
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Salário Mínimo Legal: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no mercado
de trabalho do país.
CRFB/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:
(...)
IV. salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas
e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim.
Salário Profissional: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no contexto
de determinadas profissões, legalmente especificadas. Lei 3.999/61 criando o salário profissional de
médicos e cirurgiões dentistas. Lei 4.950-A instituindo o salário profissional de engenheiros sendo
este correspondente a seis vezes o valor do salário mínimo.
Salário Normativo: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no contexto de
determinada categoria profissional segundo fixado em sentença normativa (salário normativo em
sentido estrito) ou em convenção ou acordo coletivo de trabalho (salário normativo ou salário
convencional). Observe-se que comumente se verifica a utilização do termo piso salarial para a fixação
de parâmetros salariais mínimos em certas categorias profissionais. Importante frisar que o salário
normativo derivado de acordo coletivo de trabalho somente tem incidência sobre os empregados das
empresas convenentes.
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito
das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967).
Salário Base: contraprestação salarial fixa paga pelo empregador ao empregado, despojada das
demais parcelas salariais que a ela frequentemente se somam (adicionais, gratificações, entre outras).
Súmula 191 TST. Adicional. Periculosidade. Incidência. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.
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Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma
localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei
nº 1.723, de 8.11.1952).
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a
mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
(Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro
de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento.
(Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por
antingüidade, dentro de cada categoria profissional. (Incluído pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão
competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela
Lei nº 5.798, de 31.8.1972).
Art. 358 - Nenhuma empresa, ainda que não sujeita à proporcionalidade, poderá pagar a brasileiro que exerça
função análoga, a juízo do Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio à que é exercida por estrangeiro a seu
serviço, salário inferior ao deste, excetuando-se os casos seguintes:
Salário Substituição: compreende o salário contratual que se considera devido ao empregado que
realize substituição que não tenha caráter meramente eventual, tem valor equivalente a parcela
correspondente ao salário do substituído.
Súmula 159 TST. Substituição. Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual,
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.
Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado
terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for
habitualmente pago para serviço semelhante.
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Salário Complessivo: expressão criada pela jurisprudência para traduzir a idéia de cumulação em um
único montante de distintas parcelas salariais. A conduta complessiva é rejeitada pela ordem
justrabalhista que busca preservar a identidade específica de cada parcela legal ou contratual devida e
paga ao empregado.
Súmula 91 TST. Salário complessivo. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
Salário Condição: conjunto de parcelas salariais pagas ao empregado em virtude do regular exercício
contratual em circunstâncias específicas, cuja permanência seja incerta ao longo do contrato. Mesmo
que ao salário base não haja possibilidade de imposição de regras de supressão, algumas parcelas
contratuais compatíveis com a condição de salário condição podem ser deste modo suprimidas caso
desaparecida a circunstância ou fato que determinava seu pagamento. Exemplo é o que se passa com
os adicionais de insalubridade e periculosidade (súmulas 80 e 248 TST), adicional noturno (súmulas
60 e 265 TST), parcelas de horas extras e respectivo adicional (súmula 291), adicional de
transferência.
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação
do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que
resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu
domicílio.
(...)
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa
da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um
pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia
naquela localidade, enquanto durar essa situação. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975).
Salário Progressivo: se constitui pela verba salarial básica ao qual se agregam parcelas salariais
variáveis e crescentes como os prêmios (produção, zelo, assiduidade, entre outros).
A composição do salário revela a presença de distintas parcelas pagas diretamente pelo empregador ao
empregado com caráter de retribuição pelo contrato empregatício firmado. Entre tais parcelas
encontram-se parcelas de natureza salarial e parcelas de natureza não salarial. A principal
característica diferenciadora de tais parcelas é o efeito expansionista circular que possuem as parcelas
de natureza salarial, ou seja, a capacidade de repercussão dessas parcelas em outras de cunho
trabalhista.
A parcela salarial paga pelo empregador ao obreiro não se esgota na verba contraprestativa fixa
principal (salário básico). O salário é composto também por outras parcelas pagas diretamente pelo
empregador que são dotadas de estrutura e dinâmica diversas do salário básico sendo, contudo,
semelhantes quanto à natureza salarial.
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Complexo salarial seria nos dizeres de José Martins Catharino o conjunto dessas parcelas
componentes do salário: salário básico, comissões, percentagens, gratificações habituais, abonos,
décimo terceiro salário, adicionais e prêmios.
Parcelas Não Tipificadas: instituídas pela criatividade privada, submetidas às regras justrabalhistas
cabíveis – prêmios.
Parcelas Dissimuladas: embora não previstas originariamente para o cumprimento de função salarial,
fazem-no de forma dissimulada na prática contratual trabalhista – diárias de viagens e ajuda de custo
considerada fraudulenta.
Com relação às parcelas salariais dissimuladas, algumas considerações merecem destaque. As figuras
de diárias para viagem e ajudas de custo, originariamente não possuem natureza contraprestativa, são
dotadas de natureza indenizatória, por traduzirem ressarcimento por despesas realizadas ou a realizar
pelo empregado no desempenho de seu contrato. Contudo, em alguns casos, tais parcelas adotam
essencialmente a característica de verbas suplementares ao salário base do obreiro, constituindo
dissimulação tendente a elidir o efeito expansionista circular das parcelas salariais.
Dessa forma, a CLT criou um mecanismo de presunção relativa quanto à certificação do procedimento
fraudulento. No art. 457, §1º mencionou o fato de integração ao salário obreiro das diárias de viagem,
esclareceu no §2º do mesmo artigo que a referida integração somente se daria caso o montante mensal
das diárias excedesse a 50% do salário percebido pelo empregado.
Entendidas como dissimuladas, as diárias passarão a compor o salário do obreiro em sua totalidade,
conforme entendimento da Súmula 101 TST. As ajudas de custo possuem regra presuntiva diversa da
fixação percentual de comparação salarial, o contexto probatório tende a analisar a natureza jurídica da
verba auxiliar. Evidente seria, a título de exemplo, a natureza salarial da ajuda de custo aluguel, paga a
empregado que desempenha suas funções em uma grande cidade. A configuração da fraude encontra-
se no fato de que tal ajuda de custo não possui característica de ressarcimento a despesa essencial ou
instrumental para a realização do contrato.
Parcelas de indenização por despesas reais: as diárias para viagem e as ajudas de custo pagas em
regularidade com a regra justrabalhista. Podem ser incluídas as verbas relativas ao vale transporte.
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Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas
alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
(...)
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades
concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho,
para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);
Parcelas de participação nos lucros empresariais: condição adquirida mediante negociação coletiva
de trabalho. Importante o conhecimento de que a parcela periódica paga pelo empregador sem
qualquer relação aos resultados alcançados pela empresa configura gratificação habitual que pode
gerar efeitos reflexos nas verbas de natureza salarial.
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Gorjetas: parcelas econômicas pagas ao empregado por terceiros, ao longo da relação de emprego. A
natureza jurídica não salarial desta parcela é extraída do modelo jurídico adotado pela CLT nos artigos
76 e 457).
Computa-se adotando como parâmetro a duração do serviço prestado, ou melhor dizendo, a duração
do trabalho e da própria disponibilidade obreira perante o empregador. A idéia de jornada de trabalho
(duração diária) e de duração semanal ou mensal do tempo laborado ou a disposição é o critério básico
do cálculo do salário, independente do volume de produção alcançado pelo trabalhador.
A parcela salarial básica não pode ser calculada através de parâmetros superiores a jornada mensal de
trabalho, podendo, no entanto, ser calculada através de parâmetros inferiores. O limite legal de
cômputo do montante da verba devida não se aplica a todas as verbas salariais, as gratificações podem
ser pactuadas em períodos diferenciados de tempo.
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia
útil do mês subseqüente ao vencido. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).
Para se calcular o salário-hora normal de empregado mensalista deve-se dividir o montante do salário
mensal pactuado por 220 horas (limite mensal máximo) ou número inferior, em conformidade com o
contrato de trabalho.
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No caso de empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário diário,
correspondente à duração do trabalho (7h20min ou período inferior em conformidade com o contrato),
pelo número de horas efetivamente trabalhadas.
7h20min = 7,33
R$ 23,90 / 7,33 = R$ 3,26
Salário-hora normal = R$ 3,26
Adota no cômputo do montante devido o volume da produção alcançada pelo empregado. A produção
realizada é o parâmetro utilizado independentemente do tempo de trabalho despendido pelo
empregado ou mesmo do tempo à disposição do empreendimento. Adotando como parâmetro
unidades de obra, a cada parcela é atribuído previamente um respectivo valor que multiplicado pelo
volume produzido gera o conhecimento do montante salarial devido.
Essa espécie salarial é comumente adotada em situações contratuais em que o empregador não possui
condições de controlar efetivamente o desenvolvimento da duração do trabalho, seja em trabalho
prestado em domicílio ou desempenhado estritamente de forma externa.
No ordenamento justrabalhista brasileiro, o salário por unidade de obra não pode ser adotado sem
limitações, um nível salarial mínimo sempre é devido ao empregado, observado o parâmetro temporal
máximo mensal. Dessa forma dispõe o texto constitucional em seu art. 7º, VII. O salário mínimo legal
ou em certos casos o salário normativo constituem a base mínima a que não pode submergir o salário
calculado pelo critério de unidades de obra.
CRFB/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:
(...)
VII. garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao
trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou
subzona.
Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a
percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado
qualquer desconto em mês subseqüente a título de compensação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967).
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Outro limite se impõe na regra que veda ao empregador reduzir de forma substantiva o número de
peças encomendadas ao obreiro, provocando, por conseguinte a redução do salário mensal.
Semelhante prática configura infração trabalhista, ensejando a ruptura do contrato por culpa do
empregador (rescisão indireta).
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
(...)
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.
Auferido a partir da combinação do critério da unidade de obra com o critério da unidade de tempo.
Portanto, ao parâmetro temporal de trabalho prestado ou a disposição do empregador agrupa-se um
montante mínimo de produção a ser alcançado.
Nesse sistema, atingida a meta de produção em menor número de dias da semana, como exemplo, dois
efeitos podem ser produzidos a critério do empregador:
• liberação do empregado do trabalho nos dias restantes, restando garantido o salário padrão
fixado.
• determinação da realização de uma produção adicional, no tempo disponível restante com
pagamento de um acréscimo salarial referente ao acréscimo da produção.
Evidentemente há limites que não podem ser transpostos por esse sistema. Caso o trabalhador não
alcance a meta de produção estipulada no período de tempo comum ao padrão da jornada, sendo
compelido a prolongar o período de prestação até o cumprimento da meta, tal sobrejornada será
compensada com pagamento adicional. Da mesma forma, não há possibilidade de redução
proporcional da remuneração do obreiro em relação a meta de produção não observada.
Por decorrência lógica do texto protetivo inserto na legislação justrabalhista, nesta modalidade não
poderá o trabalhador receber pagamento mensal inferior ao mínimo legal ou ao mínimo da categoria.
Tempo de Pagamento: a periodicidade máxima admissível para o pagamento das verbas salariais é o
parâmetro mensal conforme art. 459 da CLT. Tal periodicidade envolve não somente o lapso máximo
para o pagamento como também os critérios temporais máximos para o cálculo dessa parcela. A regra
de periodicidade abrange fundamentalmente as parcelas componentes do salário base com reflexo nos
adicionais legais, não repercutindo em parcelas de natureza também salarial como as comissões,
percentagens e gratificações.
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia
útil do mês subseqüente ao vencido.
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Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do
serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária,
observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem.
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e
comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artigo.
Súmula 113 TST. Bancário. Sábado. Dia útil. O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de
repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.
Quanto ao momento da efetuação do pagamento dos salários, a CLT, em seu art. 465, estipula que o
ato deve ser concretizado dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste.
Contraditório às regras justrabalhistas que a principal obrigação do empregador na relação contratual
seja cumprida em horários inusitados, ocupando-se o empregado com novo dispêndio de tempo para
percepção de sua verba salarial.
Com relação às verbas trabalhistas devidas em casos de rescisão contratual, a legislação fixa a
obrigação de pagamento das verbas incontroversas na data da primeira audiência do respectivo
processo judicial, sendo tal preceito também aplicável em quadros de revelia ou confissão ficta
(súmula 60 TST). O não pagamento de tais parcelas incontroversas impõe a cominação incidente de
50% a título de penalidade sobre o referido montante.
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho,
a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dada
pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001).
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e
as suas autarquias e fundações públicas. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001).
A regra orienta o pagamento no próprio local de trabalho. Contudo tal regra não se impõe de forma
absoluta, existem modalidades de pagamento operacionalizadas fora do ambiente de trabalho. É o que
decorre da autorização contida na Convenção 95 da Organização Internacional do Trabalho (Decreto
41.721/57). A orientação administrativa do Ministério do Trabalho (Portaria 3.281/84) considerou
válido o pagamento através do crédito em conta corrente bancária ou mesmo através de cheque.
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• pagamento com cheque – a agência bancária deve ser próxima ao local da prestação dos
serviços ou se acaso distante, o empregador deve fornecer meios de condução do mesmo até o
local estabelecido para o saque. O documento deve ser da praça e não pode estar cruzado.
Deve haver liberação do obreiro em horário compatível a todo o procedimento.
• pagamento em crédito na conta corrente – a agência bancária deve ser próxima ao local da
prestação dos serviços ou se acaso distante, o empregador deve fornecer meios de condução
do mesmo até o local estabelecido para o saque. Deve haver liberação do obreiro em horário
compatível a todo o procedimento.
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando
de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do
serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária,
observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
Meios de Pagamento: a regra estatui que o salário deva ser pago em moeda nacional, sendo esta
compreendida como a expressão monetária oficial e corrente no país. Constitui-se como nulo o
pagamento mediante cartas de crédito, cupons, bônus ou outros instrumentos semelhantes. Da mesma
forma, constitui nulidade o pagamento mediante instrumentos que configurem o truck system, assim
como de qualquer modalidade de vincule de forma automática do salário a armazéns ou sistemas de
fornecimento de mercadorias (art. 462 CLT). Qualquer método que restrinja a liberdade de disposição
do trabalhador de seu salário da maneira como lhe convier. (Convenção 95 OIT).
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
A ordem jurídica admite também que parte do pagamento salarial se realize em bens ou serviços
(utilidades). Trata-se da figura do chamado salário in natura ou salário utilidade. Acentue-se, porém,
que uma pequena fração do salário seja paga em moeda corrente.
O correto pagamento somente se consuma se for efetuado à correta pessoa, no caso do salário, que seja
feito diretamente à pessoa do empregado. Não será rejeitado pelo empregador o mandato em situações
excepcionais de impossibilidade de recebimento salarial pelo próprio empregado. Em caso de dúvida,
socorre ao empregador o instrumento da ação de consignação em pagamento. (art. 890 Código de
Processo Civil).
A quitação de verbas trabalhistas será dada por escrito, sendo que ao empregado analfabeto observar-
se-ão as cautelas do ordenamento trabalhista.
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Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando
de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
Autoriza a ordem jurídica que o pagamento do salário se dê em pecúnia (dinheiro, moeda nacional) ou
em bens ou serviços, designados sob a denominação utilidades (salário in natura).
Não se considera, no entanto, que todo e qualquer fornecimento de bens ou serviços pelo empregador
ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho configure-se como salário-utilidade, da mesma
forma que nem todo fornecimento assume natureza salarial. Para a configuração da especialidade da
forma salarial, dois requisitos devem ser cumpridos: a) habitualidade do fornecimento do bem ou
serviço; b) causa e objetivos contraprestativos do fornecimento.
Habitualidade: repetição uniforme em certo contexto temporal. Essa habitualidade pode ser diária
(tíquete alimentação), semanal (utilidade lazer) ou mensal (cesta de alimentação). Pode inclusive ser
semestral ou anual (viagem de lazer paga pela empresa em virtude do semestre ou ano contratual),
assumindo natureza de gratificação, mantida sua natureza salarial. Importante a informação acerca da
conformação da habitualidade em virtude da forma contratual de estipulação (art. 444 CLT).
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas
alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em
cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). (Incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967);
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades
concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho,
para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);
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(...)
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam
e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-
contratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994);
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante
a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização
da mesma unidade residencial por mais de uma família. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994).
Da mesma forma, não constitui salário utilidade o bem ou serviço ofertado em cumprimento de dever
legalmente imposto ao empregador, seja por norma heterônoma ou por meio de negociação coletiva ou
sentença normativa. Não se compreendem, portanto, como utilidades o fornecimento de serviços
educacionais (art. 205, 212 CRFB/88), fornecimento de vale transporte (Leis 7.418/85 e 7.619/87),
fornecimento de EPI’s (artigos 157, 158, 168, 200 e 458 da CLT).
Com respeito à função da norma jurídica concessora da utilidade, qualquer instrumento de negociação
coletivo ou norma heterônoma estatal possui o condão de esterilizar da incidência do tipo legal padrão
do salário utilidade a sua característica de parcela salarial. É o que se passa, por exemplo, com a
alimentação. Seu oferecimento em função do simples contrato de trabalho enquadra a utilidade como
salário in natura (Súmula 241 TST), não o sendo se prestada para viabilizar a prestação de serviços
(plataformas marítimas, obras em locais inóspitos, entre outros). No entanto, se a alimentação for
prestada nos moldes previstos no PAT (Lei 6.321/76) deixa de possuir natureza salarial utilitária, dada
disposição específica na norma jurídica instituidora. (OJ 133, SDI-I/TST).
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• salário base: como regra, as utilidades são ofertadas de forma contínua ao longo do contrato,
sendo fruídas pelo obreiro ao longo da prestação laboral, integrando dessa forma o salário
básico do prestador. Os reflexos são produzidos nas seguintes verbas: décimo terceiro
salário, FGTS, terço constitucional de férias (quando a utilidade continua sendo fruída nas
férias), salário de contribuição ao INSS do obreiro.
Descanso semanal remunerado e salário utilidade: como em regra, o salário utilidade é percebido
em lapsos de tempo superiores à semana, sendo fruído normalmente ao longo do mês ou em períodos
mais largos de tempo, dessa forma tem incorporado em seu valor o montante equivalente ao repouso
semanal remunerado, sendo descabidos reflexos expansionistas sobre tais verbas trabalhistas. (Lei
605/49)
Art. 82 - Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em
dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário
mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região, zona ou subzona.
Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário
mínimo fixado para a região, zona ou subzona.
A primeira regra aponta no sentido de que o montante salarial pago em utilidades não pode alcançar
70% do salário nos casos em que o obreiro perceba apenas, no seu total, o salário mínimo legal. Dessa
forma 30% do salário mínimo deve obrigatoriamente ser pago em dinheiro.
O percentual previsto no parágrafo único do art. 82 da CLT reporta-se apenas ao salário mínimo, não
se calculando sobre parâmetros salariais superiores ao mínimo legal. Nesse mesmo sentido limitativo,
nos casos de percepção pelo empregado de remuneração limitada ao mínimo legal, o valor atribuído a
cada utilidade fornecida não pode ultrapassar o percentual normativamente fixado de referência a este
salário mínimo, conforme art. 458, §1º combinado com os artigos 81 e 82 da CLT)
Estes percentuais referenciais ao salário mínimo eram estabelecidos por Decreto do Poder Executivo,
conforme cada região (Decreto 94.062/87). No entanto, a Lei 8.860/94 revogou a previsão executiva
atribuindo percentuais somente a duas utilidades específicas, habitação (25%) e alimentação (20%).
Recebendo o obreiro salário superior ao mínimo legal, o valor atribuído a cada utilidade fornecida
deve obedecer à realidade, respeitados os limites percentuais normativos aplicáveis ao correspondente
salário contratual.
Súmula 258 TST. Salário-utilidade. Percentuais. Os percentuais fixados em lei relativos ao salário in natura
apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais o real
valor da utilidade.
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Salário-utilidade no campo: aplicação da Lei 5.889/73. A Lei do Trabalho Rural indica certas
especificidades relativas ao salário-utilidade aplicável ao trabalhador rural, em relação às regras
celetistas básicas.
• rol taxativo de utilidades: moradia (20%) e alimentação farta e sadia (25%). Outras hipóteses
podem ser vislumbradas por autorização legal ou sentença judicial. Qualquer outra vantagem
oferecida não tem o condão de gerar descontos nas verbas salariais do trabalhador rural. A
oferta de utilidades não previstas neste rol, de forma habitual, pode gerar características de
habitualidade e, portanto, de integração ao contrato de trabalho, passando a ser tuteladas
pela cláusula da inalterabilidade lesiva do contrato de trabalho.
• o valor da integração ao salário das utilidades somente pode ter como base o mínimo legal.
Não há relevância quanto ao valor do bem ou serviço ofertado, bem como ao efetivo salário
contratual do obreiro. A utilidade moradia ainda pode sofrer retração proporcional ao
número de trabalhadores que ocupem determinada residência. Resta informar que é vedada a
moradia coletiva de famílias, conforme Lei 5.889/73 e Decreto nº 73.626/74).
• prévio ajuste com relação às deduções acerca das utilidades oferecidas: essa regra deriva da
inteligibilidade do art. 458 da CLT, uma utilidade ofertada, durante certo período, sem
qualquer dedução correspondente no valor do pagamento salarial pecuniário, não pode,
posteriormente, ensejar a respectiva dedução, sob pena de prática lesiva a intangibilidade
das regras contratuais.
• pode haver elisão da natureza salarial das utilidades oferecidas pelo empregador em favor do
empregado no contexto do contrato empregatício, sendo tal procedimento efetuado por meio
de cláusula inserta no contrato de trabalho firmado bilateralmente. Diferentemente das
regras aplicáveis ao contrato celetista convencional.
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivo de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido
acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços
estimados a proporcionar-lhes prestações "in natura" exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de
que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela
Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as
mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em
benefício dos empregados.
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos
empregados de dispor do seu salário.
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A ordem justrabalhista admite, porém alguns descontos, sem que isso configure apropriação indevida
de valores:
• descontos autorizados por norma negocial coletiva: tais descontos referem-se à contribuição
sindical distintas da obrigação legal constitucional, aplicando-se tão somente trabalhadores
sindicalizados;
• descontos relativos a danos causados pelo empregado ocorrendo culpa deste: esta hipótese
autorizativa depende de prévia previsão de possibilidade avençada no contrato de trabalho. A
jurisprudência tem minimizado em alguns casos a incidência da referida norma, trata-se de
casos em que existe efetiva possibilidade de acidentes com máquinas e equipamentos,
situação em que não poderia haver a opção pela responsabilização obreira em detrimento do
risco empresarial do empreendimento;
Súmula nº 342 TST. Descontos Salariais. Art. 462 CLT. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a
autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica
médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa ou recreativa associativa dos
seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo
se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
A possibilidade de desconto nos salários dos trabalhadores rurais é mais restritiva se considerada a
regra aplicada pela CLT. O texto normativo da Lei 5.889/73 aduz a possibilidade de dedução tão
somente das parcelas calculadas sobre o salário mínimo referentes à alimentação sadia e farta (25%) e
à habitação (20%), bem como relativa à antecipação de salários ao longo do período de trabalho.
Outras possibilidades de dedução somente podem se processar por autorização legal ou decisão
judiciária. Além disso, as deduções admitidas pela norma jurídica reguladora das relações no campo
devem ser previamente autorizadas pelo obreiro.
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A jornada mede a principal obrigação do empregado no contrato (o tempo de prestação de trabalho ou,
pelo menos, de disponibilidade perante o empregador). Por ela mensura-se, também, em princípio,
objetivamente, a extensão de transferência de força de trabalho em favor do empregador no contexto
de uma relação empregatícia. É a jornada, portanto, ao mesmo tempo, a medida principal da obrigação
obreira (prestação de serviços) e a medida da principal vantagem empresarial (apropriação dos
serviços pactuados).
Rigorosamente é o lapso temporal entre o início e o fim de certa jornada laborativa. A Consolidação
das Leis do Trabalho estabelece a regra de publicidade da informação quanto à jornada de trabalho
devendo o respectivo controle de horários dos obreiros ser afixada em lugar visível do âmbito do
estabelecimento.
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do
Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não
ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos
coletivos porventura celebrado;
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e
de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério
do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989);
§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente,
de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o §1º deste artigo.
A legislação brasileira não adota tal critério como regra, vez que tal situação transferiria ao obreiro
parcela do risco empresarial que é inerente à figura do empregador. Contudo em alguns sistemas de
remuneração, tal composição de jornada de trabalho tem adequação mais perfeita, como é o caso da
remuneração segundo o total da produção, ou salário calculado pela quantidade de peças produzidas
com a aplicação da garantia do mínimo salarial legal (art. 7º, VII CRFB88).
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Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
Com relação ao termo centro do trabalho, tal expressão não denota o efetivo local da prestação dos
serviços, exemplo claro é a prestação que se dá em minas no subsolo onde o centro do trabalho se situa
na sede da mina e o local da prestação dos serviços localiza-se por vezes a larga distância, no fundo da
própria mina.
Art. 294 O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será
computado para o efeito de pagamento do salário.
Esse critério considera como componente da jornada de trabalho o tempo despendido pelo obreiro no
deslocamento residência-trabalho-residência, período em que, evidentemente, não há efetiva prestação
de serviços (horas deslocamento).
Tal critério, em regra, é adotado pela legislação acidentária do trabalho, onde se equipara ao acidente
de trabalho o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho no percurso
da residência para o local de trabalho ou deste para aquela qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do segurado. (art. 21, IV, “d” da Lei 8.213/91).
Contudo, tal posicionamento admite regras de exceção, uma destas sendo as denominadas horas in
itinere, insertas na Súmula nº 90 do TST e no art. 58, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
Claro está o entendimento de que para a agregação de tais períodos no cômputo da jornada de
trabalho, o local da prestação deve ser considerado de difícil acesso ou não servido por transporte
público sendo o referido transporte fornecido pelo empregador.
Pequenas variações, de até cinco minutos, totalizando dez ao dia, não serão consideradas para qualquer
fim. A partir desse limite de cinco minutos, no começo e no fim da jornada, o tempo lançado no cartão
de ponto será tido como à disposição do empregador integrando a jornada laborativa obreira para todos
os efeitos.
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Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro
de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
Esta é a regra geral no Direito Brasileiro. Tal afirmação encontra amparo na definição do conceito de
jornada de trabalho, que afirma como tal o tempo de serviço efetivamente prestado ou posto a
disposição pelo obreiro em benefício do empregador. Por aplicação dos poderes concernentes à figura
do empregador resta ao mesmo o direito de efetuar o controle da prestação de tais serviços, seja com
relação à intensidade quanto à qualidade da prestação recebida.
Não obstante exista a presunção de controle da jornada de trabalho pelo empregador, não estabelece a
lei procedimentos especiais para a realização de tal mister quando se tratar de trabalho interno prestado
a estabelecimentos de pequeno porte conforme o art. 74, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Com relação a estabelecimentos mais complexos, a lei estabelece a necessidade de adoção do
procedimento de anotação das horas de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico
que estejam em conformidade com instruções administrativas do Ministério do Trabalho.
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do
Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não
ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
(...)
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e
de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério
do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989).
O não cumprimento de tais requisitos, tais como a falta de fidedignidade dos registros gera ao
empregador a incumbência de comprovar a não realização de horas extraordinárias por ventura
alegada pelo obreiro numa situação judicial de discussão de verbas trabalhistas.
A ordem jurídica ainda prevê possibilidade de controle pelo empregador também das situações de
trabalho exercido fora do ambiente empresarial. Ilustrativamente é o que se passa nas hipóteses de
roteiros externos cumpridos em horários lançados em fichas ou papeletas de registro de horário em
poder do próprio empregado.
Art. 74 – (...)
§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente,
de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo.
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A ordem jurídica reconhece que a aferição de uma efetiva jornada de trabalho cumprida pelo
empregado supõe um mínimo de fiscalização e controle por parte do empregador sobre a prestação
concreta dos serviços ou sobre o período de disponibilidade perante a empresa. O trabalho não
fiscalizado, nem minimamente controlado é insuscetível de propiciar a aferição da real jornada
laborada pelo obreiro, por tal razão é insuscetível de propiciar a aferição da prestação de horas
extraordinárias pelo trabalhador.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho): (Redação dada pela
Lei nº 8.966, de 27.12.1994).
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo
tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído
pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994).
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho): (Redação dada pela
Lei nº 8.966, de 27.12.1994).
(...)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do
disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de
27.12.1994).
Os cargos de confiança, sendo estes reveladores da extensão dos poderes de gestão, mando e
representação em conformidade com a Lei 8.966/94, em essencial os cargos de gerência, a eles sendo
assemelhados os cargos de chefia de departamentos ou de filias, não estão automaticamente afastados
da incidência da prestação de horas suplementares a jornada de trabalho conforme assevera o
dispositivo acima inserto.
A única categoria de empregados não abrangida pelas normas de regência relativas a jornada de
trabalho são os domésticos. A tal classe não se aplicam as regras de jornada, intervalos intrajornadas,
intervalos interjornadas, horas extraordinárias, entre outros).
Mesmo com a ampliação dos direitos dos empregados domésticos advindos da Lei 5.859/72, Lei
11.324/06 e da própria Constituição Federal de 1988, tal ponto específico não foi tratado com critérios
isonômicos, prevalecendo, portanto, tais regras discriminatórias.
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A jornada padrão de trabalho, segundo o ordenamento jurídico pátrio atual é de 08 horas diárias, com a
conseqüente duração semanal de 44 horas em conformidade com o art. 7º, XIII da CRFB/88.
CRFB/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social: (...)
XIII. duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
A Consolidação das Leis do Trabalho teve seu artigo 58, acima transcrito parcialmente revogado, vez
que por aplicação literal de suas regras, encontraríamos uma jornada semana de 48 horas.
Com a aplicação das regras da Constituição Federal de 1988, a jornada padrão continua a ser de 8
horas diárias, contudo por divisão da jornada semanal pelos 06 dias trabalhados, com a integração do
descanso semanal remunerado, teríamos uma jornada diária de 7 horas e 20 minutos, não se
computando como extras os minutos diários compreendidos entre a fração temporal de 7 horas e 20
minutos e a oitava hora diária.
A duração mensal de serviço atualmente é de 220 horas, inferior às 240 horas previstas na
Consolidação das Leis do Trabalho. Nesse montante já estão computadas a fração temporal
equivalente ao repouso semanal remunerado. O cálculo nesse sentido representa a multiplicação da
fração temporal diária pelo período de 30 dias, o que evidenciaria o montante de 220 horas no referido
período.
No calculo da jornada de trabalho do empregado mensalista sempre serão considerados 30 dias para o
cálculo de dias de trabalho por mês, em conformidade com o disposto no parágrafo único do art. 64 da
CLT. Tal operação prevalece mesmo que o mês tenha o número inferior ou superior a 30 dias.
Exemplo: um mensalista trabalha de segunda a sexta-feira, 08 horas diárias e aos sábados 04 horas,
perfazendo o total de 44 horas semanais previsto na Constituição Federal, tem-se então:
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No calculo da jornada de trabalho do empregado horista deverá ser considerado o número efetivo de
dias do mês agregando-se os dias referentes ao descanso semanal remunerado. Exemplos do cálculo de
jornadas de meses com 31, 30 e 28 dias.
Total = 198h
Total = 227h20min
Total = 183h20min
Total = 220h
Total = 168h40min
Total = 205h20min
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Algumas categorias no exercício de suas funções extrapolam o limite constitucional diário permitido
de 08 horas, contudo não superam o limite semanal de 44 horas. Para a linha interpretativa
prevalecente nos Tribunais, a especificidade diária seria preservada estando respeitado o parâmetro
semanal imposto legalmente.
São exemplos de categorias que encerram essa hipótese os trabalhadores do setor petroquímico,
eletricitários, ferroviários, entre outros.
Outras formas de caracterização de jornada especial de trabalho podem ser inferidas nas jornadas
inferiores ao padrão constitucional. São exemplos dessa hipótese os trabalhadores em frigoríficos,
telefonistas, radialistas no setor de cenografia, todos com jornada especial de 07 horas diárias;
bancários, artistas, professores, com jornada especial de 06 horas diárias; jornalistas e radialistas no
setor de locução, com jornada diária de 05 horas.
CRFB/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:
(...)
XIV. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva;
Enquadra-se no tipo legal o sistema de trabalho que coloque o empregado, alternativamente, em cada
semana, quinzena ou mês, em contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as 24 horas
integrantes da composição do dia/noite. Desse fato decorre a idéia de falta de interrupção do trabalho.
Partindo desse entendimento, estranho a esta figura jurídica seria a cobertura pelo trabalhador de
apenas parte das fases integrantes da composição dia/noite.
Pelas mesmas razões, pequenas interrupções a título de intervalo intrajornada não são elementos
hábeis para descaracterizar a ininterrupção dos turnos.
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Antes da Constituição de 1988, existiam algumas modalidades de horas extraordinárias que eram
prestadas sem o pagamento do correspondente adicional. Previstas no art. 61 da Consolidação das Leis
do Trabalho (prorrogação por força maior e para reposição de paralisações). Contudo, com o advento
da Carta Constitucional, o acréscimo adicional passou a ser uma regra quase absoluta.
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
Diversas expressões vinculadas a noção de sobrejornada tem sido utilizadas, pela cultura justrabalhista
brasileira, como sinônimas: jornada extraordinária, jornada suplementar, sobrejornada, horas extras,
sobretempo, entre outras. A coincidência no conteúdo dos termos passou a ser inafastável com a
aplicação dos termos da Constituição de 1988.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
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No entanto, algumas restrições mantiveram-se impostas a este tipo de dilação de jornada laborativa.
Uma delas é a impossibilidade de extensão desta modalidade aos menores de 18 anos, os quais
somente poderiam trabalhar em sobrejornada quando cobertos pelo regime de compensação ou em
casos de força maior.
Art. 413. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo
nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela
diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro
inferior legalmente fixada; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967;.
II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de,
pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja
imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
Com relação a atividades insalubres, a prorrogação somente se processa com prévia autorização
administrativa, em conformidade com o art. 60 do estatuto trabalhista. Há orientação jurisprudencial
no sentido de que em se tratando de prorrogação por compensação de jornadas, sendo instrumentado
por acordo ou convenção coletiva, a inspeção prévia da autoridade administrativa seria desnecessária.
(Súmula 349 TST).
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
(...)
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho,
o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de
2001)
Na análise desse tema, importante verificar-se o marco temporal referente ao advento da Lei 9.601/98,
instrumento legal que instituiu no ordenamento jurídico brasileiro o Banco de Horas.
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A autorização de adoção do regime de compensação por acordo bilateral, justifica-se por aplicação
interpretativa do art. 7º da CRFB/88 que aduz a realização de direitos que visem à melhoria de sua
condição social (dos trabalhadores). Dessa forma, entendendo-se o regime de compensação de jornada
como elemento de natureza protetiva à relação empregatícia, não haveria motivos para que se lhes
aplicasse o dispositivo do art. 8º, VI do texto constitucional que cria a exigência de participação
sindical em acordos ou convenções coletivas de trabalho. Além disso, tais instrumentos são de rara
celebração no âmbito dos pequenos empreendimentos (onde se encontra a maior parte da força de
trabalho contratada no país) e a exigência de tal forma de pactuação acarretaria na inobservância do
disposto no art. 7º, XIII da Constituição Federal.
Após a edição da Lei nº 9.601/98, com a criação do banco de horas, tais limites temporais de
compensação foram alargados para o período de um ano, com a aplicação das novas regras do art. 59
da Consolidação das Leis do Trabalho prevendo para sua celebração a participação da figura sindical.
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e
deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes
desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será
inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos,
25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas,
desde que a lei não fixe expressamente outro limite.
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Na ocorrência de força maior, não há limite de jornada para os empregados maiores (homens e mulheres), cuja
remuneração será a da hora normal. Em se tratando de menores, o limite da prorrogação será de quatro horas
diárias, com adicional de, no mínimo, 50% sobre a hora normal. Os casos de força maior deverão ser
comunicados ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias para os empregados maiores, e 48
horas no caso dos menores.
O conceito de força maior (caso fortuito) é lançado pela própria Consolidação das Leis do Trabalho,
em seu art. 501 como sendo todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e
para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.
Dessa forma, a imprevidência do empregador exclui a razão da força maior, bem como não se
enquadram no conceito de força maior fatores derivados de alterações da política econômica
governamental, uma vez que tais fatores conjunturais inscrevem-se como riscos normais do
empreendimento (princípio da alteridade).
A leitura do §1º do referido dispositivo denota o entendimento de que a prorrogação resulta de ato
unilateral do empregador (ato motivado). Seria uma decorrência do jus variandi empresarial no âmbito
da relação de emprego.
Com relação ao trabalhador menor, sua convocação para atender a necessidades de prorrogação da
prestação de serviços por motivos de força maior tem restrição na imprescindibilidade de sua
prestação, conforme art. 413, II da Consolidação das Leis do Trabalho.
Não estabelece a norma positiva qualquer limitação temporal quanto à duração da prorrogação,
contudo, a verificação de regras de segurança e medicina do trabalho devem servir como parâmetro
para tal decisão. Com relação aos menores, a limitação temporal da sobrejornada é fixada em 04 horas.
A CLT não permite a utilização deste instrumento com relação aos trabalhadores menores, bem como
com relação aos demais obreiros, impõe o limite intransponível de 12 horas diária de trabalho.
Tratando-se de serviços inadiáveis, a jornada poderá ser aumentada em até quatro horas diárias,
exclusivamente para os empregados maiores, com acréscimo de, no mínimo, 50% da hora normal. Os casos de
serviços inadiáveis deverão ser comunicados ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias.
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Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
(...)
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que
determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo
necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo
perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias
por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
As horas não trabalhadas em decorrência de causas acidentais ou de força maior, poderão ser repostas pelos
empregados na base de duas horas por dia, no máximo de 45 dias ao ano, respeitado o limite de dez horas
diárias. As referidas horas não sofrerão acréscimo salarial.
Com exceção das jornadas extraordinárias abrangidas pelo regime de compensação, toda sobrejornada
deve receber remuneração específica chamado de adicional de horas extras, conforme art. 7º, XVI da
Constituição Federal.
O recebimento habitual pelo obreiro do montante relativos às horas extras prestadas, bem como seu
adicional constitucional, por via reflexa, provocam integração junto a verbas salariais para todos os
fins, sejam elas referenciais a verbas trabalhistas (13º salário, férias com adicional constitucional,
FGTS, aviso prévio, entre outros), sejam referenciais a verbas previdenciárias (salário de
contribuição).
Súmula nº 292 TST (revisão do Enunciado 76) – a supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado
com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente
ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação
de serviços acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente
trabalhadas nos últimos 12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Dessa forma, por aplicação da Súmula acima transcrita, tais horas suplementares e seu adicional tem
caráter de salário condição, podendo ser suprimidas no caso de desaparecimento da causa que lhes dá
origem.
A remuneração das horas suplementares é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas
de natureza salarial, e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa. (Súmula 264 TST). Dessa forma, a base de cálculo da remuneração da
sobrejornada inclui outros adicionais anteriormente aplicados sobre a remuneração do obreiro
(insalubridade ou periculosidade como exemplo).
O adicional sobre horas extras constitucionalmente definido é de 50% conforme art. 7º, XVI da
CRFB/88. Os antigos percentuais previstos no art. 59, §1º da CLT restaram revogados. Adicionais
superiores podem ser pactuados no próprio contrato de trabalho.
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Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em
relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada
perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).
O trabalho em regime de tempo parcial, pelas novas regras insertas na CLT, é tipificado como aquele
cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. De tal forma, contratos pactuados com
período semanal superior a 25 horas, mantido o limite de 44 horas não são objeto de aplicação das
normas restritivas de direitos estabelecidos pelos diplomas normativos inovadores.
Da mesma forma, períodos semanais inferiores ao padrão celetista, definidos por instrumento legal
específico (categorias com jornada especial reduzida por força de norma jurídica própria) não são
capazes também de fazer incidir as regras do dispositivo especial acima inserto.
Com relação aos parâmetros diários de prestação de serviço, a lei não menciona restrições à forma de
seu exercício, devendo por obviedade ser observados limites legalmente impostos a tal fração
temporal, ou seja, prestação não superior a 08 horas diárias.
Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas
injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.
Fixa o art. 143, §3º da CLT que a conversão pecuniária de 1/3 do período de férias (abono pecuniário)
não se aplica aos empregados sob regime de tempo parcial. Contudo, não resta afastado a aplicação do
adicional constitucional. Da mesma forma, a esta classe obreira não resta garantido o direito de
parcelamento do período de gozo das férias, podendo, contudo, o empregador incluí-los nas férias
coletivas concedidas aos demais empregados. (art. 4º, §2º da MP 1.709/98).
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No tocante à extrapolação da jornada de trabalho, dispõe o art. 59, §4º da CLT que os empregados sob
o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
Art. 59 - (...)
(...)
§ 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).
Com relação a possibilidade de alteração contratual para o regime de tempo parcial, tal procedimento
somente resta válido, quando decorrente de ato unilateral do empregador ou por acordo bilateral das
partes, se não produzirem qualquer correspondente diminuição no salário do obreiro. A única exceção
a esta regra de inalterabilidade lesiva das cláusulas contratuais, seria a circunstância de redução
laborativa pleiteado pelo obreiro em decorrência de seu específico e comprovado interesse
extracontratual.
Importante informar que o ônus da prova da existência de interesse particular do obreiro para a
referida redução incube ao empregador. (art. 333, II do Código de Processo Civil).
A alteração contratual tendente à redução da jornada de trabalho com a correspondente redução dos
salários somente pode se processar por instrumento negocial coletivo, conforme art. 58-A, §2º da
CLT.
De fato, o trabalho noturno provoca no indivíduo agressão física e psicológica intensas, por supor o
máximo de dedicação de suas forças físicas e mentais em período em que o ambiente físico externo
induz ao repouso. Somado a isso, ele também tende a agredir, com substantiva intensidade, a inserção
pessoal, familiar e social do indivíduo na comunidade em que convive, tornando especialmente penosa
para o obreiro a transferência de energia que procede em benefício do empregador.
Por tais razões, o Direito do Trabalho sempre tendeu a conferir tratamento diferenciado ao trabalho
noturno. Tal tratamento abrange duas dimensões, uma configurando um conjunto de restrições à
própria prestação do trabalho noturno (obreiro menor) e outra evidenciando o favorecimento
compensatório no cálculo da jornada de trabalho (hora ficta noturna) e no cálculo da remuneração
respectiva (adicional específico).
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à
do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
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§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza
de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos
diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas
atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando
exceder desse limite, já acrescido da percentagem.
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas
de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
Pela leitura da CLT, a jornada noturna urbana compreende o lapso temporal situado entre as 22:00
horas de um dia até as 05:00 horas do dia seguinte. Essa jornada noturna abrange 08 horas jurídicas de
trabalho, uma vez que o estatuto celetista considera a hora noturna urbana menor do que a hora diurna
(hora ficta noturna), composta de 52 minutos e 30 segundos.
Para a legislação do trabalho rural (Lei 5.889/73), a jornada noturna será diferenciada em relação a
atividade desempenhada no campo. Nas atividades de lavoura, estende-se a jornada noturna de 21:00
horas de um dia até 05:00 horas do dia seguinte. Em atividades de pecuária, estende-se a jornada
noturna rural de 20:00 horas de um dia até 04:00 horas do dia seguinte. As jornadas noturnas
abrangem efetivas 08:00 horas de trabalho não prevendo a legislação específica a existência de hora
ficta noturna para os rurícolas.
Para os portuários, regidos pela Lei 4.860/65, jornada noturna compreendida entre as 19:00 horas de
um dia ate as 07:00 horas do dia seguinte.
CRFB/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:
(...)
Nas jornadas noturnas urbanas, há a incidência de dupla regência protetiva, uma relativa à extensão da
jornada pela instituição da hora ficta, e outra relativa ao acréscimo remuneratório advindo do adicional
específico, que nesta hipótese, por aplicação do dispositivo do art. 73 da CLT é de 20% sobre o valor
da hora ou fração trabalhada.
Ao trabalho noturno rural, não há incidência de contagem ficta de horas, porém o adicional aplicado é
de 25% sobre a remuneração normal do período trabalhado (Lei 5.889/73). O trabalho noturno
portuário também não conta com a aplicação da contagem ficta de tempo, aplicando-se o adicional
legal de 20%, em contrapartida, a extensão da jornada é bastante favorável (19:00 às 07:00).
Súmula nº 213 STF – É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado o regime de
revezamento.
Súmula nº 214 STF – A duração legal da hora de serviço noturno (52’30”) constitui vantagem suplementar que
não dispensa o salário adicional
Súmula nº 130 TST – Adicional noturno. O regime de revezamento no trabalho não exclui o direito do
empregado ao adicional noturno. Cancelado pela Resolução TST 121/03
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Aos turnos noturnos decorrentes das atividades da empresa (empresas de energia elétrica, telefonia,
entre outras) aplicam-se todos os direitos trabalhistas protetivos, sem qualquer tratamento
discriminatório em face de outros trabalhadores. Dessa forma, aplica-se ao empregado urbano, pelo
período de trabalho noturno tanto o adicional de 20% quanto o cômputo de tempo baseado na hora
ficta. Resta por inconstitucional o dispositivo do art. 73, §3º da CLT.
Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no
período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas.
Quanto às jornadas de trabalho mistas, consideradas aquelas iniciadas no período diurno e encerradas
no período noturno ou vice-versa, quando cumprida a jornada normal noturna e o trabalho for
prorrogado com término no período diurno, a jornada é considerada integralmente noturna, fazendo
incidir a hora ficta de 52’30” e o adicional de 20%, mesmo após as 05 horas da manhã. Entendimento
constante na Orientação Jurisprudencial n° 06 Sessão de Dissídios Individuais/TST).
Efetivamente, a duração diária do trabalho (jornada) surge, de maneira geral, entrecortada por períodos
de descansos mais ou menos curtos em seu interior (intervalos intrajornadas), separando-se das
jornadas fronteiriças por distintos e mais extensos períodos de descanso (intervalos interjornadas). Os
períodos de descanso comparecem, mais uma vez, na interseção dos módulos semanais de lavor,
através do repouso semanal, ou, eventualmente, através de certos dias excepcionalmente eleitos para
descanso pela legislação federal, estadual ou municipal (feriados). Finalmente, marcam sua presença
até no contexto anual da duração do trabalho, mediante as figuras das férias anuais remuneradas.
Normalmente, os períodos de descanso têm duração padronizada pela legislação heterônoma estatal.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
A Lei do Trabalho Rural, Lei nº 5.889/73, não define de forma precisa tais intervalos, prefere adotar o
entendimento de pactuação conforme os costumes da região da prestação. No entanto, com relação ao
intervalo interjornada, tanto a CLT quanto a Lei do Trabalho Rural fixam de modo expresso o
parâmetro numérico de 11 horas (art. 66 CLT e art. 5º Lei nº5.889/73).
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Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de
90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho.
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta)
minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse
intervalo como de trabalho efetivo.
Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15
(quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo. (trabalho em
minas no subsolo)
A duração padrão do descanso semanal é de 24 horas conforme o art. 67 da Consolidação das Leis do
Trabalho. Da mesma forma se fixa a obrigatoriedade de descanso nos feriados, embora a fixação
nestes casos seja feita em dias e não horas.
Em relação ao descanso anual, a duração padrão é de 30 dias, conforme art. 130 da CLT.
Os intervalos intrajornadas definem-se como lapsos temporais regulares, remunerados ou não, situados
no interior da duração diária de trabalho, em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e
sua disponibilidade perante o empregador.
O objetivo destes intervalos, de curta duração em regra, é conceder ao obreiro períodos de descanso
dentro da própria jornada laborativa. Tem relação, portanto, com princípios de saúde e segurança do
trabalho, viabilizando a preservação da higidez física e mental do trabalhador ao longo da prestação
diária de serviços.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
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Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de
90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho.
Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15
(quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo.
Súmula nº 346 TST. Digitador. Intervalos Intrajornada. Aplicação analógica do art. 72, CLT. Os digitadores,
por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia,
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 minutos a cada 90 de trabalho consecutivo.
Intervalos Remunerados: são aqueles que integram a jornada do trabalhador para todos os fins. O
intervalo previsto no art. 72 da CLT é considerado intervalo remunerado.
Intervalos Não Remunerados: não compõem a jornada de trabalho do obreiro. São assim
considerados os períodos considerados no art. 71 da CLT.
A criação infralegal de novos períodos de intervalo intrajornada não pode causar prejuízos ao obreiro,
no sentido de aumentar o tempo despendido por este na prestação de seus serviços, ou seja, tendentes a
alargar o lapso temporal entre o início e o fim da jornada. Dessa forma entende a súmula 118 do TST.
Súmula nº 118 TST. Jornada de Trabalho. Horas extras. Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada
de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
No entanto, por não se tratar de regras imperativas, estando sujeitas a mecanismos de flexibilização e
transação, o alargamento de tais períodos de descanso podem ser processados por meio de negociação
coletiva, obedecidos limites concernentes à saúde do trabalho.
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São conceituados como lapsos temporais regulares, distanciadores de uma duração diária de lavor e
outra imediatamente precedente e imediatamente posterior, caracterizados pela sustação da prestação
de serviços e pela disponibilidade do obreiro perante o empregador.
O objetivo destes intervalos consiste na possibilitação de recuperação das energias pelo obreiro após o
cumprimento de todo um período de prestação de serviços. Além disso, por constituir-se em lapsos
maiores de tempo, transcende à obrigatoriedade de observância de regras de saúde e medicina do
trabalho, servindo também como propiciador de realização pessoal do indivíduo, distanciando-o do ser
eminentemente econômico quando da cessão de sua força de produção.
Intervalos Comuns: abrangem diversas categorias integrantes do mercado de trabalho. Tem como
regra um lapso temporal entre jornadas fronteiriças de no mínimo 11 horas de consecutivas de
descanso.
Como regra, os intervalos interjornadas, sejam eles comuns ou especiais, não são remunerados, ou
seja, não sofrem contraprestação econômica de caráter salarial por parte do empregador em benefício
do empregado.
Súmula nº 110 TST. Jornada de trabalho. Intervalo. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em
seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para
descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
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O descanso semanal (ou repouso semanal) define-se como o lapso temporal de 24 horas consecutivas
situado entre os módulos semanais de duração do trabalho do empregado, coincidindo
preferencialmente com o domingo, em que o obreiro pode sustar a prestação de serviços e sua
disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas
energias e aperfeiçoamento em sua inserção familiar, comunitária e política. O descanso semanal
remunerado (DSR) ou o repouso semanal remunerado (DSR) é período de interrupção da prestação de
serviços, sendo, desse modo, em geral, lapso temporal remunerado.
Os feriados, por sua vez, definem-se como lapsos temporais de um dia, situados ao longo do ano
calendário, eleitos pela legislação em face de datas comemorativas cívicas ou religiosas específicas,
em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador.
As figuras dos dias de descanso estão reguladas em geral, pelos mesmos textos legais. Os dois
diplomas mais amplos nesse sentido são a CLT e a Lei 605/49 com suas respectivas modificações
posteriores.
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o
qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o
domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais,
será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela
conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e
Comercio expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob
forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta)
dias.
Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos termos da legislação própria.
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Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:
(...)
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Com relação ao lapso temporal de 24 horas de duração, em primeira análise há que se frisar que tal
lapso corresponde a uma totalidade de horas consecutivas, não se admitindo procedimentos tendentes
a fracionar em somatórios menores de tempo o padrão tipificado em lei. A fixação do descanso
semanal é realizada em horas e não em dias, o que permite que se inicie em qualquer período do dia ou
da noite.
Certos trabalhadores não prestam serviços aos sábados, gozando, portanto, de um período de 48 horas
de folga. Contudo, a orientação jurisprudencial é que um duplo período de repouso não configura
beneficio para o trabalhador, sendo considerado qualquer período de descanso superior às exigíveis 24
horas legalmente tipificadas dia útil não trabalhado.
Súmula nº 113 TST. Bancário. Sábado. Dia útil. O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de
repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.
Ocorrência semanal do descanso: a ordem jurídica dispõe que a cada módulo semanal de trabalho
(seja esse módulo o padrão de 44 horas, seja especialmente reduzido) tem direito o trabalhador a uma
porção integral de 24 horas consecutivas de descanso. Existem regimes de trabalho negociados que
tem o efeito de reduzir essa periodicidade, permitindo que ela se realize em distâncias temporais
inferiores à da semana. Tal situação ocorre nos regimes tratados de 12x36 horas ou 24x72 horas, pelos
quais a cada período trabalhado o trabalhador tem um período de repouso superior às 35 horas
exigíveis pela legislação trabalhista (11 horas de intervalo intrajornada + 24 horas de intervalo
interjornada) não configurando qualquer irregularidade sob a ótica justrabalhista.
Por outro lado, não prevê a ordem jurídica nenhuma possibilidade de ampliação da periodicidade
semanal máxima prevista para a ocorrência do DSR. A jurisprudência, assim, tem admitido a folga
compensatória no caso do DSR, porém apenas no tocante á incidência da folga aos domingos (folga
que poderia ser compensada por outro dia livre ao longo da semana) mas não no sentido de acatar-se
descansos por periodicidades superiores à semana laborada.
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O comércio em geral, apesar de não configurar em seu todo, atividade que deva ser exercida aos
domingos por sua natureza ou por motivos de conveniência pública, obteve favorecimento pela
possibilidade de elisão da coincidência enfatizada pela ordem jurídica. É o que se infere da leitura da
MP nº 1982-76/2000 convertida na Lei nº 10.101/00 cumulativamente ao disposto no art. 30, I da
Constituição Federal de 1988, referente à competência municipal para o tratamento de assuntos locais,
entre estes o horário do comércio. Determina o art. 6º do referido diploma normativo que o DSR
coincida pelo menos uma vez no período máximo de três semanas com o domingo.
Imperatividade do descanso semanal: por se tratar de uma medida de medicina e saúde do trabalho,
as regras inerentes ao DSR são imperativas. Dessa forma, mesmo que o obreiro não cumpra com os
requisitos que lhe garantam a remuneração do referido período de descanso, sendo estes freqüência e
pontualidade, não perde o direito ao efetivo descanso.
Remuneração do descanso semanal: para a garantia da remuneração do obreiro quanto ao DSR deve
o beneficiário cumprir com perfeição dois requisitos, freqüência integral na semana anterior e
pontualidade no comparecimento ao trabalho e cumprimento da jornada. A verificação de faltas
justificadas na semana de aquisição do direito remuneratório não frustra o recebimento da
remuneração pelo DSR.
• salário calculado por dia, semana, quinzena ou mês – a remuneração corresponde ao valor
equivalente a um dia computadas as horas extras habituais conforme súmula 172 TST;
Como exemplo, considere um horista que trabalhe 05 horas ao dia e 05 dias na semana, caso venha a
ser remunerado com o correspondente a 150 horas mensais, logicamente já estará percebendo o
montante referente ao DSR e aos feriados porventura existentes.
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A jurisprudência tem entendido que a concessão de folga compensatória em outro dia da semana elide
o pagamento dobrado da remuneração do repouso.
O que fica muito claro no dispositivo acima transcrito, é que o mensalista ou quinzenalista vai receber
apenas 30 diárias no mês e 15 diárias na quinzena, e não 30 diárias + 04 domingos, ou 15 diárias + 02
domingos; consideram-se já remunerados, dentro das 30 diárias ou 15 diárias, os dias de repouso
semanal.
Os que defendem o desconto do DSR têm como fundamento o art. 6º da Lei 605/49 e o art. 11 do
Decreto nº 27.048/49.
Lei nº 605/49
Art. 6º. Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado
durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.
Decreto nº 27.048/49
Art. 11. Perderá a remuneração do dia do repouso o trabalhador que, sem motivo justificado ou em virtude de
punição disciplinar, não tiver trabalhado toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.
Tanto o art. 6º, quanto o art. 11 do regulamento preceituam que o empregado ou o trabalhador que não
tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou trabalhado durante toda a semana cumprindo
integralmente seu horário de trabalho. É de se entender que mensalista, quinzenalista, semanalista,
diarista e horista são empregados ou trabalhadores, não existindo discriminação ou privilégios.
A teoria do não desconto do DSR em virtude do comportamento do empregado causa uma situação de
extrema estranheza, pois, se o empregado mensalista faltar durante todo o mês (ausências não legais) e
esse mês possuir cinco domingos e um feriado, o empregador deverá pagar-lhe seis dias dada a
proibição de seu desconto.
Segundo o art. 11, §4º do Decreto nº 27.048/49, para efeito do pagamento da remuneração, entende-se
como semana o período de segunda-feira a domingo, anterior à semana em que cair o dia do repouso.
Assim, se o empregado faltou dia 17 de outubro de 2005 (segunda-feira), não faz jus ao repouso do dia
30 de outubro de 2005 (domingo).
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Existe, contudo, entendimento por costume e parte da doutrina de que a semana anterior é aquela que
inclui o repouso da semana em que ocorreu a falta, ou seja, a falta do dia 17 de outubro de 2005
acarretou a perda do DSR do dia 23 de outubro de 2005 (domingo).
Não serão acumuladas a remuneração do repouso semanal e a de feriado civil ou religioso, que caírem
no mesmo dia, em conformidade com o disposto no art. 11, §3º do Decreto nº 27.048/49
Existem muitos acordos coletivos de compensação de horas, para que o sábado seja livre; neste sentido
trabalha-se diariamente de segunda a sexta-feira, 8h48min perfazendo o total de 44 horas semanais.
Quando ocorrer feriado no sábado, sugerimos mencionar no próprio acordo coletivo que os
empregados trabalharão diariamente, nessa semana, também 8h48min, para compensar os feriados que
caírem de segunda a sexta-feira, pois, sempre que o feriado cair de segunda a sexta-feira, o empregado
deixará de trabalhar 1h28min para compensar o sábado.
Decisão do Tribunal Regional do Trabalho propugnando esse entendimento pode ser aferida abaixo:
Exemplo: A comissão de um vendedor no mês foi de R$ 3.840,00; nesse mês, houve cinco domingos e
um feriado. Como calcular a remuneração do descanso semanal remunerado e o feriado?
Deduz-se dos trinta dias (mensalista) os seis dias de descanso semanal remunerado e o feriado,
perfazendo um total de vinte e quatro dias; divide-se o valor da comissão pelos vinte e quatro dias; o
resultado deve ser multiplicado pelos seis dias e soma-se o resultado com o valor da comissão:
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6 / 24 = 0,25
Considerar 25%
R$ 3.840,00 x 25% = R$ 960,00
A remuneração do descanso semanal remunerado e do feriado do mês é de R$ 960,00
Valor a receber no mês: R$ 960,00 + R$ 3.840,00 = R$ 4.800,00
Quando o empregado, sem motivo justificado, falta ou chega atrasado ao trabalho, resta ao
empregador o direito de descontar-lhe do salário quantia correspondente à respectiva falta; resta ainda
a possibilidade de desconto do descanso semanal remunerado, quando não houver o cumprimento
integral da jornada de trabalho na semana anterior.
Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a freqüência exigida corresponderá ao
número de dias em que o empregado por força do contrato, for compelido a comparecer ao
desempenho das funções.
O art. 473 da CLT estabelece que o empregado pode deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário ou do descanso semanal nas seguintes ocasiões:
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa
que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art.
65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei nº 757, de
12.8.1969)
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. (Inciso incluído pela Lei nº
9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver
participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. (Incluído pela Lei nº
11.304, de 2006)
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Além das hipóteses do art. 473 da CLT, são consideradas faltas legais:
A doença será comprovada mediante atestado fornecido por médico da instituição de Previdência
Social a que estiver filiado o empregado; na falta deste, será comprovada por médico do Serviço
Social do Comércio ou da Indústria; por médico da empresa ou por ela designado; por médico a
serviço da repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de assuntos de higiene ou de saúde
pública; se não existir nenhuma dessas possibilidades na localidade em que o trabalho for
desempenhado, o atestado poderá ser subscrito por médico sob escolha do trabalhador.
• assinatura do médico ou odontólogo sobre o carimbo do qual conste nome completo e registro
do respectivo Conselho Profissional.
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NÃO
(Lei 7713/88, art. 6º,
XX) (apenas as ajudas de
Ajuda de Custo custo destinadas a
(parcela paga de uma vez para o atender às despesas com
empregado atender a certas despesas, transporte, frete e NÃO
NÃO
sobretudo de transferência, sempre de locomoção do (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, Lei
caráter indenizatório, mesmo beneficiado e seus art. 28, §9º,
8036/90, art. 15)
ultrapassando os 50% do salário, pois familiares, em caso de alínea G)
esse limite se relaciona com as diárias remoção de um
de viagem) município para outro,
sujeita à comprovação
posterior pelo
contribuinte)
SIM
(Lei 8212/91)
SIM SIM
(Lei 8213/91)
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (IN SIT 25/2001, art.
(como o auxílio
(como o auxílio doença 9º, III)
Auxílio Doença por Acidente doença durante
durante os primeiros (durante todo o período
os primeiros
quinze dias a cargo da de afastamento do
quinze dias a
empresa) empregado)
cargo da
empresa)
SIM SIM
Auxílio Doença
SIM (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
(primeiros 15 dias a cargo da
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) art. 28, I, Lei 9º, II, Lei 8036/90, art.
empresa)
8213/91, art. 60) 15)
NÃO
(Decreto nº NÃO
Auxílio Doença Complementar SIM
3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15,
(extensivo a todos os empregados) (Lei 7713, art. 3º e 7º)
214, §9º, item §6º)
V, alínea F)
SIM
NÃO SIM
Aviso Prévio Indenizado (Decreto nº
(Lei 7713/88, art. 6º, V) (Súmula TST 305)
6727/09)
SIM
SIM SIM
Aviso Prévio Trabalhado (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Cesta Básica / Alimentação ao
NÃO
Trabalhador NÃO NÃO
(Lei 8212/91,
(desde que aprovado pelo MTE (Decreto nº 05/91, art. 6º (Lei 8036/90, art. 15,
art. 28, §9º,
através do Programa de Alimentação Lei 7713/88, art. 6º, I) §6º)
alínea C)
ao Trabalhador - PAT)
SIM
SIM SIM
Comissões (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
NÃO / SIM
Contribuinte Individual
(é facultativa a
(trabalhadores autônomos e SIM SIM
possibilidade apenas ao
equiparados, empresários e (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8212/91)
diretor não empregado,
cooperados para fins previdenciários)
Lei 8036/90, art. 16)
NÃO
NÃO
Décimo Terceiro Salário (Decreto nº SIM
(Lei 7713/88, art. 26, IN
(primeira parcela) 3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15)
SRF 15/2001, art. 7, § 2º)
216, §1º)
53 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
SIM
Décimo Terceiro Salário SIM
(Decreto nº SIM
(segunda parcela) (Lei 7959/89, art 5º, IN
3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15)
(rescisão do contrato de trabalho) SRF 15/2001, art. 7, § 7º)
216, §1º)
NÃO
NÃO
Diárias para Viagem NÃO (Lei 8212/91,
(Lei 8036/90, art. 15,
(até 50% do salário) (Lei 7713/88, art. 6º, II) art. 28, §9º,
§6º)
alínea H)
SIM
SIM SIM
Diárias para Viagem (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 6º, II, (Lei 8036/90, art. 15,
(acima de 50% do salário) art. 28, §8º,
PN CST 10/92) §6º)
alínea A)
NÃO
NÃO
Estágio SIM (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, art.
(Lei 6494/77) (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) art. 28, §9º,
13, XVII)
alínea I)
NÃO
Férias Indenizadas NÃO
NÃO (Lei 8212/91,
(inclusive pagas em dobro e (Lei 8036/90, art. 15,
(alteração 2009)) art. 28, §9º,
proporcionais) §6º)
alínea D)
Férias Normais SIM SIM
SIM
(individuais ou coletivas (Lei 7713/88, art. 3º e 7º, (Lei 8212/91,
(Lei 8036/90, art. 15)
proporcionais com menos de um ano) IN SRF 15/2001, art. 11) art. 28, I)
SIM
(Lei 8212/91,
Férias Dobradas SIM SIM
art. 28, I)
(pagas na vigência do contrato) (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
(não inclui o
adicional)
NÃO
SIM NÃO
Adicional de Férias Dobradas (Decreto nº
(Lei 7713/88, art. 3 e 7, (IN 3/96, item II,
(pagas na vigência do contrato) 3048/99, art.
IN SRF 15/2001, art. 11) alínea Q)
214, §9º, IV)
SIM
SIM
SIM (Lei 8036/90, art. 15,
Gorjetas (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) IN SIT 25/2001, art. 12,
art. 28, I)
XIII)
Gratificações Ajustada / Contratual SIM
SIM
(de balanço, de função ou cargo de SIM (Lei 8036/90, art. 15,
(Lei 8212/91,
confiança, de produtividade, de tempo (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) IN SIT 25/2001, art. 12,
art. 28, I)
de serviço, semestral, anual) XV)
SIM
SIM SIM
Horas extras (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Indenização Adicional NÃO
NÃO
(empregado dispensado nos 30 dias (Lei 8212/91,
NÃO (Lei 8036/90, art. 15,
que antecedem a data de sua correção art. 28, §9º,
(Lei 7713/88, art. 6º, V) §6º, IN SIT 25/2001,
salarial – Lei 6708/79, art. 9º ou Lei alínea E,
art. 13, VII)
7238/84, art. 9º) Lei 9711/98)
Indenização por Tempo de Serviço
NÃO
(inclusive acordo do tempo anterior à
NÃO (Lei 8212/91, NÃO
opção e rescisão antecipada do
(Lei 7713/88, art. 6º, V) art. 28, §8º, (Lei 8036/90, art. 15)
contrato por prazo determinado
alínea E)
conforme art. 479 da CLT)
NÃO
NÃO
Indenização por Rescisão Antecipada NÃO (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, art.
(contrato com termo estipulado) (Lei 7713/88, art 6º, V) art. 28, §9º,
13, VIII)
alínea E)
54 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
NÃO
Menor Assistido NÃO
SIM (Decreto nº
(programa do Bom Menino – Bolsa (Decreto nº 94.338/87,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) 94.338/87, art.
de Iniciação ao Trabalho) art. 13)
13)
SIM SIM NÃO
Participação nos Lucros
(Lei 10101/00, art. 3º, (Lei 8212/91, (Lei 8036/90, art. 15,
(gratificação)
§5º) art. 28, I) IN SIT 25/2001)
SIM
Participação nos Lucros / Resultados NÃO
(calculado em separado NÃO
(desvinculada da remuneração Lei 8212/91, art.
dos demais rendimentos (CRFB, art. 7º, XI)
conforme art. 7º, XI da CRFB/88 28, §9º, alínea J)
recebidos no mês)
SIM
SIM SIM
Prêmios (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Quebra de Caixa SIM SIM SIM
(paga aos bancários conforme Súmula (Lei 7713/88, art. 7º, (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
TST 247) §1º) art. 28, I) 12, XX)
SIM
SIM SIM
Retiradas de Diretores Empregados (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
SIM NÃO / SIM
SIM
Retiradas de Diretores Proprietários (Lei 8212/91, (é facultativa conforme
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, III) Lei 8036/90, art. 16)
SIM NÃO / SIM
Retiradas de Titulares de Firma SIM
(Lei 8212/91, (é facultativa conforme
Individual (Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, III) Lei 8036/90, art. 16)
SIM NÃO / SIM
SIM
Salário (Lei 8212/91, (é facultativa conforme
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, I) Lei 8036/90, art. 16)
SIM SIM
SIM
Salário Maternidade (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, §2º) 9º, IV)
NÃO NÃO
NÃO (Lei 8212/91, (Lei 8036/90, art. 15,
Salário Família
(Lei 8218/91, art. 25) art. 28, §9º, IN SIT 25/2001, art. 13,
alínea A) XVIII)
Serviços Autônomos de Prestador SIM
SIM NÃO
inscrito na Previdência Social (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
(contribuinte individual) art. 28, III)
NÃO NÃO
NÃO (Lei 8212/91, (Decreto nº 95247/87,
Vale Transporte
(Lei 7713/88, art. 6º, I) art. 28, §9º, art. 6º, II, IN SIT
alínea F) 25/2001, art. 13, XX)
55 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
A base de cálculo do imposto de renda na fonte é determinada mediante a dedução das seguintes
parcelas do rendimento tributável:
• as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do
Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais;
• a quantia mensal de R$ 150,69 (cento e cinqüenta reais e sessenta e nove centavos), por
dependente;
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• as contribuições para entidade de previdência privada domiciliada no Brasil e para o Fundo
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido do contribuinte,
destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social,
cujo titular ou cotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador;
• Atenção: Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto dessas contribuições,
os valores pagos somente poderão ser deduzidos da base de cálculo, se houver anuência da
empresa e se o beneficiário fornecer a empresa, o original do comprovante de pagamento.
• o valor de até R$ 1.499,15 (um mil quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos)
correspondente a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos de idade.
56 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
O salário família será devido, mensalmente, ao segurado empregado urbano ou rural (exceto
doméstico), e ao trabalhador avulso, que possua baixa renda, na proporção do respectivo número de
filhos (legítimos, legitimados, ilegítimos e adotivos) ou equiparados, até 14 anos de idade ou inválidos
(de qualquer idade), em conformidade com o Decreto nº 3.048/99.
A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deverá ser verificada em exame médico-
pericial a cargo da Previdência Social. Equiparam-se aos filhos do segurado (Decreto nº 3048/99)
• o enteado;
• o menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes para o próprio sustento e
educação.
15.1. Custeio-Reembolso
Dessa forma, tendo a empresa efetuado o pagamento das quotas de salário-família, poderá ter
reembolsado mensalmente este valor, devendo descontá-lo do montante devido a título de contribuição
previdenciária (exceto se o pagamento for apenas da parte dos segurados), por meio do campo 06 da
GPS.
Exemplos de Cálculos:
57 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
O salário-família será pago mensalmente ao empregado, pela empresa, juntamente com o respectivo
salário; os trabalhadores avulsos receberão pelo órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato, mediante
convênio com a Previdência Social. O benefício será pago diretamente pela Previdência Social quando
o segurado estiver recebendo auxílio-doença ou aposentadoria, desde que cumpridos os requisitos
mínimos.
O salário-família começará a ser pago a partir da apresentação dos documentos necessários para pedir
o benefício. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais ou em caso de perda do
pátrio-poder, o pagamento será feito diretamente ao responsável pelo sustento do menor ou à pessoa
designada judicialmente.
Demonstrativo de Cálculo
Leandro Gomes
Proventos
R$ 2.420,00
58 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
R$ 2.420,00
Descontos
04. INSS
59 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
Le a ndro G o me s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 10
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 2 .4 2 0 ,0 0 3 2
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R $ 2 .4 2 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 9 6 8 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
IM P O ST O D E R E N D A R$ 15 ,20
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.17 0 ,60
Demonstrativo de Cálculo
Karina Aguiar
Proventos
60 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
04. INSS
61 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
Ka rina A guiar
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
11/ 0 1/ 2 0 10
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
S A LÁ R IO M E N S A L 21 R$ 4 0 6,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
IM P O ST O D E R E N D A R$ -
T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 4 3 5,0 2 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 3 2 ,48
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
R$ 4 0 6 ,00 -R $ 104 ,8 4 R$ 4 06 ,0 0 R$ 3 2 ,4 8
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 4 0 2 ,54
Demonstrativo de Cálculo
Márcia Regina
Proventos
62 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
04. Faltas
04. INSS
63 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 M á rc ia R e gina
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 2 .2 5 0 ,0 0 - -
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R $ 2 .2 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 9 0 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
IM P O ST O D E R E N D A R$ 2 7 ,75
F A LT A + D SR 2 R$ 15 0 ,00
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 9 4 1,26
Demonstrativo de Cálculo
Amauri Nascimento
Proventos
Descontos
04. Faltas
04. INSS
65 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 A m a uri N a sc im e nt o
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 4 ,5 0 0 1/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 1 -
IM P O ST O D E R E N D A R$ -
F A LT A + D SR 14,6 7 R$ 6 6 ,00
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
R$ 9 5 6 ,54 R$ 7 29 ,3 2 R$ 9 56 ,5 4 R$ 7 6 ,5 2
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 4 8 4 ,01
Demonstrativo de Cálculo
Mário Rossi
66 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Proventos
02. Comissão
Descontos
06. INSS
Obs.: O limite admitido pela legislação como teto do salário de contribuição é de R$ 3.689,66
67 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
68 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 M á rio R o s s i
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 10
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
D R S S/ C OM IS S Ã O R$ 4 5 0,0 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ 18 3 ,19
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 2 .8 3 0 ,95
A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos especiais,
é de 08 horas diárias e 44 horas semanais, complementando 220 horas mês.
Todavia, poderá a jornada diária de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedentes a duas, no máximo, para efeito de serviço extraordinário,
mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá ser prorrogada além do limite legalmente
permitido, desde que observados limites de saúde e medicina do trabalho.
69 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Ocorrendo necessidade imperiosa, por motivo de força maior, realização ou conclusão de serviços
inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, a duração do trabalho poderá exceder o
limite legal ou convencionado e não poderá ser superior a 12 (doze) horas, independentemente de
acordo ou contrato coletivo, devendo, contudo, ser comunicado à Delegacia Regional do Trabalho no
prazo de 10 (dez) dias no caso de empregados maiores e 48 (quarenta e oito) horas no caso de
empregados menores.
O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito de, no
mínimo, 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comissões recebidas no mês,
considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Tal norma obedece ao
disposto na súmula nº 340 do TST com a nova redação dada pela Resolução nº 121/2003.
17.2 Integração das Horas Extras ao Descanso Semanal Remunerado e aos Feriados
De acordo com a Lei 605/49, em seu art. 7º, alínea “b”, computam-se no calculo do descanse semanal
remunerado as horas extraordinárias habitualmente prestadas. Dessa forma, como regra geral, as horas
extraordinárias trabalhadas deverão ser computadas no cálculo do repouso semanal remunerado.
Súmula 172 TST. Repouso remunerado. Horas extras. Cálculo. Computam-se no cálculo do repouso
remunerado as horas extras habitualmente prestadas.
O sábado é considerado dia útil, exceto se recair em feriado. Caso as horas extras feitas durante o mês
tenham percentuais diferentes, a média terá que ser feita de forma individualizada.
Demonstrativo de Cálculo
70 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Proventos
R$ 2.178,00
DSR = (soma dos valores de horas extras) x (dias não úteis / dias úteis)
DSR = (386,10) x (0,15384) = 59,40
DSR = R$ 59,40
71 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
05. INSS
Adiantamento = R$ 871,20
72 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 2 .17 8,0 0 2 1
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 9,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ 4 0 ,09
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
R$ 2 .6 2 3 ,50 R$ 2 .0 33 ,5 4 R$ 2 .6 23 ,5 0 R$ 2 0 9 ,88
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.4 2 3 ,63
Demonstrativo de Cálculo
Bianca da Silva
Proventos
Salário = R$ 800,00
73 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (187,74 / 24) x 6
DSR = 7,83 x 6 = 46,93
DSR = R$ 46,93
Descontos
05. INSS
74 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
no v / 10 B ia nc a da S ilv a
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 8 0 0,0 0 0 0
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 8 0 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S E XT R A S 30 ,3 7 R$ 18 7,7 4 IN S S 8% R$ 8 2 ,77
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 4 6,9 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 9 5 1,90
Demonstrativo de Cálculo
Proventos
75 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
R$ 1.250,00
Descontos
05. Faltas
06. INSS
Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras) – (faltas)
Montante Tributável = 1.250,00 + 115,05 + 22,13 – 76,88
Montante Tributável = R$ 1.310,30
IRRF = isento
Adiantamento = R$ 500,00
76 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S OC IA L / N O M E
0 3 . EN D E R E ÇO
10 . C OM P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 C a rlo s A lbe rt o do s S a nt o s
12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í OD O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.2 5 0 ,0 0 2 1
SA LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.2 5 0 ,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 5 0 0 ,0 0
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S EX T R A S 13 ,5 R$ 115 ,0 6 IN S S 9% R$ 117 ,9 3
D S R S / H OR A S E XT R A S R$ 2 2 ,13 IM P O S T O D E R E N D A R$ -
F A LT A S + D SR 13 ,5 3 R$ 7 6 ,8 8
T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.3 8 7 ,18 T OT A L D E D E S C O N T O S - R $ R$ 6 9 4 ,8 0
B C IN S S B C IR R F BC F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M E N T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 6 9 2 ,3 8
77 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Demonstrativo de Cálculo
Proventos
Salário: R$ 1.800,00
DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (162,61 / 26) x 5
DSR = R$ 31,27
Descontos
05. Faltas
06. INSS
78 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras) – (faltas)
Montante Tributável = 1.800,00 + 162,61 + 31,27 - 120,03
Montante Tributável = R$ 1.873,85
Adiantamento = R$ 600,00
79 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.8 0 0,0 0 0 0
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 3 1,2 7 IM P O ST O D E R E N D A R$ 12 ,65
F A LT A S + D S R 14,6 7 R$ 12 0 ,03
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.0 5 5 ,08
Demonstrativo de Cálculo
80 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Salário = R$ 1.408,00
DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = [(94,37 + 66,84 + 94,72 + 39,68) / 26] x 5
DSR = R$ 56,85
Descontos
08. INSS
81 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
IRRF = isento
Adiantamento = R$ 568,00
82 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 A ugus to X a vie r F o ns e ca
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.4 0 8,0 0 1 0
H O R A S E XT R A S ( 6 5 %) 6,3 3 R$ 6 6,8 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
H O R A S E XT R A S ( 8 5 %) 8,0 0 R$ 9 4,7 2 F A LT A S + D S R 0 R$ -
H O R A S E XT R A S ( 10 0 %) 3,10 R$ 3 9,6 8
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 6,8 5
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.0 3 4 ,02
Demonstrativo de Cálculo
Maria Padilha
Proventos
83 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (129,94 / 26) x 5
DSR = R$ 24,99
Descontos
06. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 733,73 + 141,10 + 129,94 + 24,99 = 1.029,76
Base de Cálculo = R$ 1.029,76
84 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 733,73 + 141,10 + 129,94 + 24,99 = 1.029,76
Base de Cálculo = R$ 1.029,76
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 M a ria P a dilha
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 3 ,8 5 0 1/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 2 1
S A LÁ R IO M E N S A L 190 ,5 8 R$ 7 3 3,7 3 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S E XT R A S 22 ,5 R$ 12 9,9 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 2 4,9 9 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 9 4 7 ,38
85 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que compõe direito dos trabalhadores,
além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Nos termos da legislação vigente, a remuneração do trabalho noturno e do serviço extraordinário deve
ser superior, no mínimo, em 20% e 50%, respectivamente, à remuneração da hora normal, salvo
negociação coletiva garantindo melhores percentuais aos adicionais.
Quando o serviço suplementar for prestado durante o horário noturno, o empregado faz jus ao
recebimento dos adicionais de forma acumulada.
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à
do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna.
Súmula 213 STF. É devido o adicional de serviço noturno ainda que sujeito o empregado ao regime de
revezamento.
Súmula nº 313 STF. Provada a identidade entre o trabalho diurno e noturno, é devido o adicional, quanto a
este, sem a limitação do art. 73, §3º da CLT, independentemente da natureza da atividade do empregador.
Súmula nº 60 TST. Adicional Noturno. Integração no salário e prorrogação em horário diurno (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 6 da SDI-1 - Resolução 129/05)
I – O adicional noturno, pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos.
II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional
quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, §5º da CLT (ex-OJ nº 06)
Súmula nº 256 TST. Adicional noturno. Alteração do turno de trabalho. Possibilidade de supressão. A
transferência para período diurno implica a perda do direito ao adicional noturno.
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22h00min horas de um dia
às 05h00min horas do dia seguinte.
Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura entre 21h00min horas de
um dia às 05h00min horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 20h00min horas às 04h00min horas do
dia seguinte.
Art. 73 – (...)
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
A hora normal tem a duração de 60’ e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é
computada como sendo de 52’30”. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 07’30” ou ainda
12,5% sobre o valor da hora diurna.
86 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Assim sendo, considerando o horário das 22h00min às 05h00min horas, temos 07 horas-relógio que
correspondem a 08 horas-trabalho.
Nas atividades rurais, a hora noturna é considerada como de 60’, não havendo, portanto, a redução
como nas atividades urbanas.
Art. 73 – (...)
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
Súmula nº 112 TST. O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, preparação,
produção e refinação de petróleo, industrialização de xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e
seus derivados por meio de dutos, é regulado pela Lei 5.811/72, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52’30”
do art. 73, §1º da CLT.
Súmula nº 214 STF. A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30 segundos) constitui vantagem
suplementar, que não dispensa o salário adicional.
A tabela seguinte se faz prática para uma visualização da determinação da jornada de trabalho. Para
cálculos, deve-se utilizar o cálculo prático na seqüência apresentada:
Para se calcular as horas noturnas, utilize o seguinte raciocínio: divida o número de horas-relógio por
52,5 (corresponde a 52’30") e multiplique por 60 (correspondente a 60’):
7 horas relógio
(7 / 52,5) x 60 = 8 horas noturnas
87 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
4 horas relógio
(4 / 52,5) x 60 = 4,6 horas noturnas
4,6 horas = 4 horas e 36 minutos
Considerando um empregado que durante sua jornada normal trabalhe das 14h42min às 23h30min
horas, este terá, durante o período noturno, o horário reduzido.
Se o empregado trabalha em período noturno, deve ser feita a redução para compor a jornada normal
de trabalho (08h00min diárias ou 44h00min semanais). Se o total de horas ultrapassar o previsto em
lei, caberá o pagamento de horas extraordinárias.
Havendo prestação de horas extras no horário noturno, o empregado fará jus ao adicional noturno e
adicional constitucional por horas extraordinárias, cumulativamente, conforme enunciado II da
Súmula nº 60 TST:
II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional
quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, §5º da CLT (ex-OJ nº 06)
19.3 Intervalo
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo:
88 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse
efeito a hora-relógio de 60 minutos.
O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade integram o salário
para todos os efeitos legais, conforme enunciado I da Súmula TST nº 60:
Enunciado 60 TST. Adicional noturno. O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do
empregado para todos os efeitos.
A integração do adicional noturno no descanso semanal remunerado se obtém através da média diária
do número de horas noturnas realizadas na semana, quinzena ou mês, multiplicando-se pelo valor da
hora normal, multiplicada pelo adicional de 20%, multiplicando-se o resultado obtido pelo número de
domingos e feriados.
DSR = (horas noturnas mês / dias úteis) x (valor hora normal) x (20%) x (domingos e feriados)
Exemplo:
DSR = (horas noturnas mês / dias úteis) x ($ hora normal) x (adic. noturno) x (dias não úteis)
A integração da hora extra noturna no descanso semanal remunerado far-se-á mediante a média diária
das horas extras noturnas realizadas, multiplicando-se pelo valor da hora extra noturna, multiplicada
pelo número de domingos e feriados do mês.
DSR = (nº de horas extras noturnas / dias úteis) x (valor hora extra noturna) x (dias não úteis)
Exemplo:
89 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = (nº de horas extras noturnas / dias úteis) x (valor hora extra noturna) x (dias não úteis)
Dirceu de Andrade
03 – Adicional Noturno
Adicional Noturno = [(dias úteis) x (jornada noturna)] x (adicional noturno) x (salário hora)
Adicional Noturno = [24 x 7,33] x 0,20 x 3,25
Adicional Noturno = R$ 114,35
90 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
05 – Salário Família
Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno) + (salário família)
Proventos = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 + 20,73 = 878,35
Proventos = R$ 878,35
Descontos
07. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 = 857,62
Base de Cálculo = R$ 857,62
Adiantamento = R$ 205,00
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 = 857,62
Base de Cálculo = R$ 857,62
91 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 3 ,2 5 1 1
A D IC . N O T UR N O 20 % R$ 114,3 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ A D IC . N OT UR N O R$ 2 8,5 9 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -
S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ 2 0,7 3
T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 8 7 8,3 4 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 2 7 3 ,61
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
R$ 8 5 7 ,61 R$ 6 59 ,0 4 R$ 8 57 ,6 1 R$ 6 8 ,6 1
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 6 0 4 ,73
Antônio Marcos
03 – Adicional Noturno
Adicional Noturno = [(dias úteis) x (jornada noturna)] x (adicional noturno) x (salário hora)
Adicional Noturno = [24 x 4,57] x 0,20 x 6,85
Adicional Noturno = R$ 150,26
Descontos
06. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 1.205,05 + 301,26 + 150,26 + 37,56 = 1.694,13
Base de Cálculo = R$ 1.694,13
Adiantamento = R$ 450,00
93 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 1.205,05 + 301,26 + 150,26 + 37,56 = 1.694,13
Base de Cálculo = R$ 1.694,13
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
jun/ 10 A nt o nio M a rc o s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 6 ,8 5 2 1
A D IC . N O T UR N O 20 % R$ 15 0,2 6 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ A D IC . N OT UR N O R$ 3 7,5 7 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -
S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.0 9 1,67
94 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Demonstrativo de Cálculo
• Salário: R$ 880,00
• Horas Extras: 24 dias compreendendo o horário das 22h às 23h45min.
• Adicional noturno: 20% sobre a hora diurna
• Dependentes: 02 dependentes (sendo esposa e um filho menor de 14 anos)
• Faltas / Atrasos no mês: Não
• Adiantamento Salarial: Não
• Competência: junho/2010 (24 dias úteis / 06 dias não úteis)
Proventos
Salário = R$ 880,00
DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (345,60 / 24) x (6)
DSR = R$ 86,40
Descontos
05. INSS
95 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 8 8 0,0 0 2 1
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 8 8 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 8 6,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.19 3 ,92
96 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Súmula nº 291 TST. Horas extras. Revisão do Enunciado 76. A supressão pelo empregador, do serviço
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito à
indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou
superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas
suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do
dia da supressão.
O cálculo da indenização deve ser baseado na média aritmética das horas extras prestadas nos últimos
12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra da época da supressão, multiplicando-se então pelo
número de anos ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de horas extras.
Exemplo 01:
Empregado presta habitualmente horas extras por 04 anos. O valor da hora normal no mês de
março/2010 é de R$ 4,00 e o adicional extraordinário de 60%, conforme CCT; neste mês ocorreu a
supressão das horas extras.
c) Valor da Indenização
97 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Exemplo 02:
Empregado presta habitualmente horas extras há 06 anos e 7 meses. O valor da hora normal, no mês
de março/2010, mês em que ocorreu a supressão das horas extras, é de R$ 7,00, sendo o adicional
extraordinário correspondente a 50%.
c) Valor da Indenização
Jurisprudência
ENUNCIADO 291 DO TST. APLICAÇÃO. A orientação do Enunciado 291 do E. TST somente se justifica se
verificada a hipótese ali exposta, isto é, quando plenamente configurada a supressão do pagamento de horas
extras, se prestadas com habitualidade pelo período mínimo de um ano. (TRT-PR-RO 1.632-96 - Ac.5ª T 22.431-
96 - Rel. Juiz Luiz Felipe Haj Mussi)
98 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
22.1 Características
Denomina-se esse sistema de banco de horas porque ele pode ser utilizado, por exemplo, nos
momentos de pouca atividade da empresa para reduzir a jornada normal dos empregados durante um
período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a produção
crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de negociação coletiva (convenção ou
acordo coletivo).
O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos coletivos, mas o
limite será sempre de 10 horas diárias trabalhadas, não podendo ultrapassar, no prazo negociado no
acordo coletivo, em período máximo de um ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas.
A cada período fixado no instrumento de negociação, recomeça o sistema de compensação e a
formação de um novo quadro de contagem deste regime de compensação.
A compensação das horas extras deverá ser feita durante a vigência do contrato, ou seja, na hipótese de
rescisão de contrato (de qualquer natureza), sem que tenha havido a compensação das horas extras
trabalhadas, o empregado tem direito ao pagamento das respectivas horas, com o acréscimo previsto
na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora normal.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
Salário complessivo é aquele que engloba uma importância fixa ou proporcional ao ganho básico, com
finalidade de remunerar vários direitos, tais como, adicional de insalubridade, adicional de
periculosidade, adicional noturno, adicional de horas extras, comissões, entre outros.
O entendimento justrabalhista, no entanto, é no sentido de que é nula a cláusula contratual que dispõe
sobre o salário complessivo. Desta forma, as horas extras e outras parcelas, por ocasião da elaboração
da folha de pagamento, devem ser discriminadas nas rubricas próprias.
99 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Enunciado nº 91 TST. Salário complessivo. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentual para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
O tempo gasto pelo empregado em transporte fornecido pelo empregador, de ida e retorno, até o local
da prestação dos serviços, de difícil acesso e não servido por transporte público regular, deve ser
computado na jornada de trabalho.
Logo, se o tempo de percurso mais as horas efetivamente trabalhadas exceder a jornada normal de
trabalho, o excesso deverá ser remunerado como serviço extraordinário, relativo às horas "in itinere".
Caso haja transporte público regular em parte do trajeto percorrido em transporte do empregador, o
pagamento das horas "in itinere" se limita apenas ao percurso não servido por transporte público.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
(...)
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
• I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local
de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu
retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/78, DJ 10 de
novembro de. 1978)
• III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere”.
(ex-Súmula nº 324 - RA 16/1993, DJ 21 de dezembro de.1993)
• V - Considerando que as horas “in itinere” são computáveis na jornada de trabalho, o tempo
que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o
adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 - Inserida em 20 de junho de 2001)
Súmula nº 320 TST. Horas in itinere. Obrigatoriedade de cômputo na jornada de trabalho. O fato de o
empregador cobrar, parcialmente, ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso,
ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção do pagamento das horas in itinere.
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BRUNO CUNHA GONTIJO
Jurisprudência
O entendimento da sessão de dissídios individuais do TST é no sentido de que o tempo despendido pelo
empregado para a marcação de cartão ponto, antes e após a jornada de trabalho, é considerado como à
disposição do empregador, computando-se como extra, desde que excedente a 05 minutos (Acórdão unânime -
ERR 9.502/90 - Rel. Min. Armando de Brito - D.J.U. de 25 de junho de 1993, p. 12.720).
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
Com o advento da Lei nº 8.923/1994, que acrescentou o §4º ao artigo 71 da CLT, o empregador que
não conceder ao empregado o intervalo legal para repouso e alimentação, ficará obrigado a remunerar
o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal de
trabalho.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
(...)
§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Súmula nº 88 TST. Cancelado pela Resolução 42/1995. Jornada de trabalho. Intervalo entre turnos. O
desrespeito ao intervalo mínimo entre dois turnos de trabalho, sem importar em excesso na jornada
efetivamente trabalhada, não há direito a qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de infração
sujeita a penalidade administrativa.
Os intervalos concedidos pelo empregador, durante a jornada de trabalho, tal como intervalo para
lanche, se compensados pelos empregados, caracterizam serviços extraordinários.
Súmula nº 118 TST. Jornada de trabalho. Horas extras. Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada
de trabalho, não previstos em Lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
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BRUNO CUNHA GONTIJO
Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 (onze) horas consecutivas.
Além disso, todo empregado tem direito a um repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. Desta forma, quando da concessão do repouso
semanal remunerado, o intervalo entre o término de uma jornada diária de trabalho e o início de outra,
deverá ser de no mínimo 35 (trinta e cinco) horas.
Caso ocorra a absorção mútua das horas de descanso entre jornadas e as horas de repouso semanal, as
horas que faltarem para completar o intervalo de 35 (trinta e cinco) horas deverão ser remuneradas
como extraordinárias.
As horas extras prestadas com habitualidade integram o salário para todos os efeitos legais, inclusive
aviso prévio, décimo terceiro salário e férias, pela média aritmética dos períodos correspondentes,
observados o salário e o adicional vigentes por ocasião do pagamento de cada direito.
Média do número de horas do respectivo ano, multiplicada pelo valor do salário-hora da época do
pagamento, acrescido do adicional de hora extra. Em caso de rescisão, será apurada a média de janeiro
até o mês anterior ao da rescisão.
b) Férias
Média do número de horas do período aquisitivo, multiplicada pelo valor do salário hora da época da
concessão, acrescido do adicional de hora extra.
DA INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. A média a ser utilizada, para cálculo da integração das horas extras,
é a física, e não a média dos valores pagos. É que o critério de integração pela média física objetiva
essencialmente a proteção real das horas extras efetivamente trabalhadas, garantindo ao empregado a
intangibilidade do seu salário.
A jurisprudência desta Corte vem firmando entendimento de que a integração das horas extras em 13º salário e
férias deve ser feita pela média física das mesmas. Este entendimento visa coibir a diminuição do valor
aquisitivo provocada pela espiral inflacionária, acarretando manifesto prejuízo ao obreiro.
HORAS EXTRAS - INTEGRAÇÕES - Sendo variável o número de horas extras trabalhadas, para integrações
nas demais parcelas, há que considerar a média do número de horas e não a média de valores.
Nos casos de rescisão de contrato de trabalho quando há férias vencidas e proporcionais, as férias
vencidas são calculadas pela média do período aquisitivo e as férias proporcionais pelas médias do
período proporcional.
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BRUNO CUNHA GONTIJO
Os direitos concernentes aos trabalhadores domésticos estão previstos no parágrafo único do artigo 7º
da CF/88 e na Lei nº 5.859/72, e, entre eles, não se encontram a duração do trabalho e remuneração
por serviço extraordinário.
Por conseguinte, se não houver acordo entre empregador e empregado estabelecendo jornada de
trabalho e pagamento por serviço extraordinário, o empregado doméstico não faz jus ao pagamento de
horas extras.
23.7 Prescrição
O prazo prescricional para pleitear pagamento de horas extras e seus reflexos em outras verbas, no
caso de empregados maiores, é de cinco anos para o trabalhador urbano, limitado a dois anos após a
extinção do contrato, e, para o trabalhador rural, até dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
• revezamentos dos turnos (o funcionário trabalhe a cada semana, quinzena ou mês cobrindo as
24 horas do dia);
Os funcionários que trabalhem em turno ininterrupto de revezamento, cujo expediente seja realizado
em período noturno, terão sua jornada diminuída para 5h15min, face à aplicação da hora ficta noturna
correspondente a 52’30”.
Além dessa redução incidirá normalmente o adicional noturno de 20% sobre as 06 horas noturnas
trabalhadas (05h15min normais), conforme determina a Súmula nº 213 do Supremo Tribunal Federal.
Como o próprio nome diz, insalubridade é algo não salubre, doentio, que pode causar doenças. Assim,
são consideras insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.
103 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
A discriminação dos agentes considerados nocivos à saúde bem como os limites de tolerância
mencionados estão previstos nos anexos da NR-15 aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08/06/1978,
com alterações posteriores.
O exercício de trabalho em condições insalubres acima dos limites estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho (art. 192 da CLT), assegura ao empregado três percentuais diferentes de adicional:
O critério adotado para cálculo do valor da hora extra para o empregado que recebe adicional de
insalubridade é o mesmo para o cálculo das horas extras de trabalho com adicional noturno, ou seja,
considera-se o valor do adicional de insalubridade para apurar as horas extras.
A base de cálculo deste adicional é o salário mínimo vigente, salvo se o empregado perceber, por força
de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, salário profissional, caso em que o adicional de
insalubridade será sobre este calculado.
Súmula nº 228 TST. Adicional de insalubridade. Base de cálculo: O percentual do adicional de insalubridade
incide sobre o salário mínimo de que cogita o art. 76 da Consolidação das Leis do Trabalho, salvo as hipóteses
previstas no Enunciado nº 17. (Nova redação dada pela Resolução nº 121, de 28/10/2003).
Súmula nº 17 do TST. O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção
coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado. (restaurado pela
Resolução nº 121, de 28/10/2003).
• com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
• com a utilização de equipamento de proteção individual.
Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da
Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho,
Indústria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por
intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.
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BRUNO CUNHA GONTIJO
Apesar da literalidade do art. 60 da CLT em sentido contrário, a súmula nº 349 do TST é categórica:
Súmula nº 349 TST. Acordo de compensação de horário em atividade insalubre, celebrado por acordo coletivo.
Validade. A validade do acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em
atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho
(art. 7º, XIII, da Constituição da República; art. 60 da CLT).
Quando prestado serviço extraordinário em local insalubre, o adicional de horas extras deverá incidir
sobre o valor da hora normal acrescida do respectivo adicional de insalubridade, este calculado sobre o
salário mínimo.
OJ SDI-I 47 TST. 47. Hora extra. Adicional de insalubridade. Base de cálculo. É o resultado da soma do salário
contratual mais o adicional de insalubridade, este calculado sobre o salário-mínimo.
Demonstrativo de Cálculo
Márcio Teixeira
105 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
06. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (Adicional Insalubridade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 791,64 + 197,91 + 217,50 + 54,38 = 1.261,43
Base de Cálculo = R$ 1.261,43
Adiantamento = R$ 396,00
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (Adicional Insalubridade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 791,64 + 197,91 + 217,50 + 54,38 = 1.261,43
Base de Cálculo = R$ 1.261,43
106 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
jun/ 10 M á rc io T e ixeira
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 4 ,5 0 1 0
A D IC . IN S A LUB R ID A D E 40 % R$ 2 17,5 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 5 4,3 8
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 7 5 1,90
Demonstrativo de Cálculo
Mauro Lúcio
• Salário: R$ 900,00
• Função: Auxiliar de Fundição
• Dependente: 01 dependente (esposa)
• Insalubridade: média (20%)
• Adiantamento Salarial: Não
• Faltas / Atraso no período: Não
• Competência: Março/2011 (27 dias úteis e 04 domingos/feriados)
Salário = R$ 900,00
107 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
05. INSS
108 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
m a r/ 11 M a uro Lúc io
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 9 0 0,0 0 1 0
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 0 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 15,5 9 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 9 3 9 ,18
Demonstrativo de Cálculo
109 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
05. Faltas
Faltas s/ DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR perdidas)
Faltas s/ DSR adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ DSR adicional = R$ 3,90
110 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
08. INSS
111 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.0 5 0,0 0 2 1
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.0 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 15,5 9 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
F A LT A S 14,6 7 R$ 7 0 ,02
F A LT A S S / A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 3 ,90
F A LT A S S / D S R A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 3 ,90
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.0 0 5 ,59
Demonstrativo de Cálculo
Fábio Santos
• Salário: R$ 980,00
• Salário Profissional definido em CCT: R$ 700,00
• Função: Forneiro
• Insalubridade: máxima (40%)
• Faltas / Atraso no período: Não
• Horas extras no período: 15h21min.
• Competência: Janeiro/2010 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)
112 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR horas extras = [(valor horas extras) / (nº dias úteis mês)] x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = [(143,59) / (26)] x (5)
DSR horas extras = R$ 27,61
Proventos = (salário) + (adic. insalubridade) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Proventos = R$ 1.440,41
Descontos
07. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (adicional ins.) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Base de Cálculo = R$ 1.440,41
113 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Base de Cálculo = (salário) + (adicional ins.) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Base de Cálculo = R$ 1.440,41
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 10 F á bio Sa nt o s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 9 8 0,0 0 0 0
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 8 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 4 6,6 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
H O R A S E XT R A S 15,3 5 R$ 14 3,5 9
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 2 7,6 1
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.3 10 ,77
114 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Conforme quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é proibido o trabalho do menor
em atividades perigosas ou insalubres.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de
grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará
perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem
a realização ex officio da perícia.
A jurisprudência trabalhista tem determinado que, mesmo que o contato do trabalhador com atividades
periculosas não seja contínua, há incidência do adicional de periculosidade. Não se aplica, porém, a
periculosidade ao trabalhador que é exposto apenas eventualmente, ou seja, não tem contato regular
com a situação de risco.
Súmula nº 364 do TST. Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente (conversão
das Orientações Jurisprudenciais nº 5, 258 e 280 da SDI-1) – (Resolução 129/2005 de 20 de abril de 2005).
I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente,
sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado
o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 - Inserida em
14.03.1994 e nº 280 - DJ 11.08.2003)
O valor do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário do empregado (e não sobre o salário
mínimo), sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa. Entretanto, o TST editou a súmula nº 191, em que os eletricitários terão o adicional calculado
sobre o total dos salários.
Súmula nº 191 TST. Adicional. Periculosidade. Incidência. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. (Nova
redação - Resolução. 121/2003 de 21/11/2003).
115 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Súmula nº 361 TST. Adicional de periculosidade. Eletricitários. Exposição intermitente. O trabalho exercido em
condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de
periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369/1985 não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em
relação ao seu pagamento.
A Portaria nº 3.393/1987, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, prevê o direito ao adicional
de periculosidade por exposição à radiação ionizante e substâncias radioativas.
Quando ocorrer a existência de mais de um fator de periculosidade, será considerado apenas o fator de
grau mais elevado para efeito de acréscimo salarial, sendo vedado o pagamento cumulativo. Se a
função desenvolvida pelo empregado for, simultaneamente, insalubre e perigosa, este poderá optar por
um dos adicionais que lhe for mais favorável, não tendo a prerrogativa de receber ambos os adicionais
Demonstrativo de Cálculo
Jair Soares
Descontos
06. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 703,68 + 175,92 + 211,01 + 52,75 = 1.143,36
Base de Cálculo = R$ 1.143,36
117 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Adiantamento = R$ 176,00
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 703,68 + 175,92 + 211,01 + 52,75 = 1.143,36
Base de Cálculo = R$ 1.143,36
118 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
jun/ 10 Ja ir S o a re s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 4 ,0 0 6 5
A D IC IO N A L P E R IC ULOS ID A D E 30 % R$ 2 11,0 1 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R A D IC . P E R IC . R$ 5 2,7 5
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 8 6 4 ,46
Demonstrativo de Cálculo
119 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
06. Faltas
120 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Faltas s/ DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR perdidas)
Faltas s/ DSR adicional = [(804,39) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ DSR adicional = R$ 26,80
09. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Base de Cálculo = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Base de Cálculo = R$ 3.285,42
Montante Tributável = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Montante Tributável = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Montante Tributável = R$ 3.285,42
Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Base de Cálculo = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Base de Cálculo = R$ 3.285,42
121 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 11,8 0 3 2
F A LT A S S / A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 2 6 ,80
F A LT A S S / D S R A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 2 6 ,80
T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 3 .5 12,14 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 6 7 7 ,96
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 2.8 3 4 ,18
Demonstrativo de Cálculo
122 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = [(valor horas extras) / (dias úteis mês)] x (dias não úteis)
DSR = [(184,99) / (25)] x (6)
DSR = R$ 44,40
Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Proventos = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Proventos = R$ 1.915,17
Descontos
07. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Base de Cálculo = R$ 1.915,17
123 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Montante Tributável = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Montante Tributável = R$ 1.915,17
Adiantamento = R$ 350,00
Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Base de Cálculo = R$ 1.916,50
124 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.2 8 7,0 0 1 1
D S R S/ A D IC . P ER IC . R$ 7 7,18 IM P O ST O D E R E N D A R$ 4 ,11
H O R A S E XT R A S 13,9 R$ 18 4,9 9
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 4 4,4 0
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.3 5 0 ,40
Demonstrativo de Cálculo
Vicente Céspedes
125 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = [(valor horas extras) / (dias úteis mês)] x (dias não úteis)
DSR = [(438,16) / (24)] x (4)
DSR = R$ 73,03
Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Proventos = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Proventos = R$ 3.125,69
Descontos
07. INSS
Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Base de Cálculo = R$ 3.125,69
126 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Montante Tributável = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Montante Tributável = R$ 3.125,69
Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Base de Cálculo = R$ 3.125,69
127 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
f e v / 11 Vic e nt e C é spe de s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 1.9 3 1,0 0 0 0
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.9 3 1,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ A D IC . P ER IC . R$ 9 7,6 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ 13 6 ,34
H O R A S E XT R A S 25 ,6 R$ 4 3 8,16
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 7 3,0 3
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 2 .6 4 5 ,52
128 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
• Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo terceiro salário, este não deve
ser somado a remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de salários de
contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os valores em separado.
Sobre as remunerações pagas aos empregados há incidência do Imposto de Renda na Fonte, mediante
aplicação das alíquotas progressivas, observando tabela oficialmente divulgada.
A base de cálculo do imposto de renda na fonte (calendário 2010/ exercício 2011) é determinada
mediante a dedução das seguintes parcelas do rendimento tributável:
• as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do
Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais;
• a quantia de R$ 150,69 (cento e cinquenta reais e sessenta e nove centavos), por dependente;
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• as contribuições para entidade de previdência privada domiciliada no Brasil e para o Fundo
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido do contribuinte,
destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social,
cujo titular ou cotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador;
Atenção: Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto dessas
contribuições, os valores pagos somente poderão ser deduzidos da base de
cálculo, se houver anuência da empresa e se o beneficiário fornecer a
empresa, o original do comprovante de pagamento.
• o valor de até R$ 1.499,15 (um mil quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos)
correspondente a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos de idade.
A contribuição sindical anual, correspondente a um dia de salário por ano, é obrigatória, cabendo ao
empregador o seu desconto e recolhimento ao sindicato respectivo da categoria profissional do
empregado, independentemente de autorização.
129 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
A contribuição confederativa, nos termos do Parecer Normativo TST nº 119, é aplicável tão-somente
aos trabalhadores associados ao sindicato, mediante deliberação da assembléia geral da respectiva
representação profissional:
A Constituição Federal nos arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização.
É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para
custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da
mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que
inobservem tal restrição, tornando-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados."
Em resumo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), através do Precedente Normativo nº 119, deu seu
entendimento pelo não-desconto das contribuições confederativa ou taxa assistencial dos não-filiados
ao sindicato profissional.
Nos termos do art. 582, § 1º, ‘a’ e ‘b’ da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se um dia de
trabalho o equivalente a:
• uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de
tempo (hora, dia, semana, quinzena ou mês);
• 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por
tarefa, empreitada ou comissão.
O desconto da contribuição sindical corresponde a um dia normal de trabalho, ou seja, vai ser
composta da remuneração que corresponda à jornada diária normal do empregado. Assim, as horas
extras não irão compor, uma vez que estas horas são realizadas além da jornada normal.
Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao
mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. (Vide Lei nº
11.648, de 2008)
§ 1º Considera-se um dia de trabalho, para efeito de determinação da importância a que alude o item I do Art.
580, o equivalente:
a) a uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo;
b) a 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa,
empreitada ou comissão.
§ 2º Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente,
gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da importância que tiver servido de
base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência Social.
Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente,
gorjetas, a Contribuição Sindical corresponderá a 1/30 avos da importância que tiver servido de base,
no mês de janeiro para a contribuição do empregado à Previdência Social (art. 582, § 2º da CLT).
130 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Empregado admitido no mês de janeiro ou fevereiro, terá o desconto da Contribuição Sindical também
no mês de março, ou seja, no mês destinado ao desconto.
Deve-se verificar se o empregado não sofreu o desconto respectivo na empresa anterior, caso em que
este não poderá sofrer outro desconto. Referida hipótese deverá ser anotada na ficha de Registro de
Empregados.
Caso não tenha ocorrido qualquer desconto, o mesmo deverá ocorrer no próprio mês de março, para
recolhimento em abril.
Os empregados que forem admitidos depois do mês de março serão descontados no primeiro mês
subseqüente ao do início do trabalho.
Como exemplo, pode-se ter aquele empregado admitido no mês de abril, sem que tenha havido em
outra empresa o desconto da Contribuição Sindical, o seu desconto será efetuado em maio e o
respectivo recolhimento será em junho (art. 602 da CLT).
d) Empregado Afastado
O empregado que se encontra afastado da empresa no mês de março, sem percepção de salários, por
motivo de doença, acidente do trabalho ou licença não remunerada, deverá sofrer o desconto da
Contribuição Sindical no primeiro mês subseqüente ao do reinício do trabalho.
Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.
Art. 605 - As entidades sindicais são obrigadas a promover a publicação de editais concernentes ao
recolhimento do imposto sindical, durante 3 (três) dias, nos jornais de maior circulação local e até 10 (dez) dias
da data fixada para depósito bancário. (Vide Lei nº 11.648, de 2008)
131 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Para as empresas que venham a estabelecer-se após o mês de janeiro, recolhem a contribuição sindical
no mês em que requeiram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva
atividade, conforme prevê o art. 587 da CLT.
Art. 587. O recolhimento da contribuição sindical dos empregadores efetuar-se-á no mês de janeiro de cada
ano, ou, para os que venham a estabelecer-se após aquele mês, na ocasião em que requeiram às repartições o
registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade. (Vide Lei nº 11.648, de 2008)
A contribuição mínima é fixada em 60% (sessenta por cento) do maior valor de referência. A
contribuição máxima é devida por empresas com capital superior a 800.000 vezes o maior valor de
referência (MVR) em montante correspondente a 0,02% desse montante limite mais a parcela
calculada até a faixa de capital anterior).
A Lei nº 8.177/91 extinguiu, dentre outros, desde 1º de fevereiro de 1991, o maior valor de referência
(MVR) e demais unidades de conta assemelhada que são atualizadas por índice de preços. O
Ministério do Trabalho, através da Nota Técnica/CGRT/SRT 05/2004, fixou o valor do MVR em real
para atualização dos valores expressos na Consolidação das Leis do Trabalho em R$ 19,0083.
b) Multiplique o capital social pela alíquota correspondente à linha onde for enquadrado o
capital;
132 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
• sobre o valor bruto do salário: Sobre o valor bruto aplica o percentual determinado pelo juiz.
• sobre o valor líquido do salário: Quando o juiz determina percentual sobre o valor líquido do
salário, deverá ser utilizada a seguinte fórmula:
P Pensão alimentícia
RT Rendimentos tributáveis
CP Contribuição previdenciária
Demonstrativo de Cálculo
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BRUNO CUNHA GONTIJO
Proventos
Salário = R$ 2.178,00
Horas Extras = [(valor hora normal) x (horas extras)] + (adic. hora extra)
Horas Extras = [(2.178,00 / 220) x (26)] x (1,50)
Horas Extras = R$ 386,10
DSR = [(valor das horas extras) / (dias úteis)] x (dias não úteis)
DSR = [(386,10 / 26)] x 4
DSR = R$ 59,40
Descontos
05. INSS
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BRUNO CUNHA GONTIJO
IRRF = isenta
Adiantamento = R$ 871,20
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BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 2 .17 8,0 0 2 1
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 9,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
P EN SÃO 3 0% R$ 7 2 5 ,92
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 7 3 7 ,80
33. VALE-TRANSPORTE
Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale-
transporte, então, o empregado utilizando-se de transporte coletivo por mínima que seja a distância, o
empregador é compelido a fornecê-los. Cabe ao empregador o desconto do percentual de 6,00% (seis
por cento) incidente sobre o salário-base ou vencimento do empregado, excluídos quaisquer adicionais
ou vantagens, se o empregado optar por este benefício.
33.1 Utilização
O Vale-Transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público urbano ou, ainda,
intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo
poder público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade
competente. Excluem-se das formas de transporte mencionadas os serviços seletivos e os especiais.
136 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
• pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou
vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontada proporcionalmente à quantidade
de vale-transporte concedida para o período a que se refere o salário ou vencimento e por ocasião de
seu pagamento, salvo estipulação em contrário, em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho que
favoreça o beneficiário.
Para efeito da base de cálculo do desconto de 6%, o Parecer Normativo SFT/MT nº 15/92, esclareceu
que se toma como base o seu salário inteiro e não apenas os dias úteis do mês calendário. O desconto é
proporcional nos casos de admissão, desligamento e férias.
Na demissão do empregado este deve devolver os passes que sobraram, ou então se procede ao
desconto do valor real dos passes não utilizados. Isto porque o empregador entrega antecipadamente
ao empregado os vales que adquiriu, logo ocorrendo uma demissão no curso de um mês com aviso
prévio indenizado, de imediato não mais faz jus o empregado ao benefício concedido, devendo
devolver os vales-transportes não utilizados ou ser descontado o valor equivalente.
O desconto do vale-transporte somente poderá ser feito em relação ao salário pago. Como exemplo, se
a empresa paga por quinzena não poderá descontar no pagamento da primeira quinzena os vales
correspondentes ao mês todo. Neste caso, a empresa somente poderá descontar o valor dos vales
relativos à remuneração da quinzena que está efetivamente sendo paga.
• no mês seguinte, quando da concessão do vale, a empresa poderá deduzir os vales não
utilizados no mês anterior;
• multiplicar os vales não utilizados pelo valor real dos mesmos, e descontá-los, integralmente
do salário do empregado.
137 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Sendo a despesa com o deslocamento do beneficiário inferior a 6% (seis por cento) do salário básico
ou vencimento, o empregado poderá optar pelo recebimento antecipado do vale-transporte, cujo valor
será integralmente descontado por ocasião do pagamento do respectivo salário ou vencimento.
Neste caso, do empregado será descontado R$ 80,50 e não R$ 84,00 (equivalentes a 6% do salário do
empregado) devido o fato de o valor integral dos vales-transporte ser inferior aos 6% do salário.
O trabalhador que utiliza veículo próprio para seu deslocamento não terá direito ao vale transporte.
Caso venha a optar pelo recebimento do benefício e passar a utilizá-lo de forma irregular, que não seja
o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, estará cometendo falta grave nos termos do § 3º, art.
7º do Decreto nº 95.247/87, deve ser orientado pelo empregador para alterar o termo de opção do vale
138 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
transporte, sob pena de ter seu contrato de trabalho rescindido por justa causa. (artigos 2º, 3º, 5º e 7º do
Decreto nº 95.247/87).
A alimentação fornecida por meio do Programa de Alimentação ao Trabalhador – PAT foi instituída
pela Lei nº 6.321/76. A adesão ao PAT é voluntária, porém alerta-se que caso a empresa conceda
benefício alimentação ao trabalhador e não participe do Programa deverá fazer o recolhimento do
FGTS e INSS sobre o valor do benefício concedido para o trabalhador.
A adesão ao PAT consistirá na apresentação do formulário oficial adquirido nas agências dos
Correios, ou através da página eletrônica do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br). O
comprovante de registro destacável do próprio formulário deverá ser conservado na contabilidade da
empresa.
A participação do trabalhador no custo da refeição, isto é, o valor que o empregador poderá descontar
de seu empregado a título de ressarcimento, não poderá exceder ao limite de 20% do custo direto da
refeição, assim entendido como o custo real da empresa com a alimentação.
Uma vez efetivada a adesão ao PAT esta será por prazo indeterminado, portanto, não há necessidade
de as empresas inscritas ou que venham a se inscrever terem que adotar anualmente qualquer
procedimento junto ao Órgão Gestor do Programa de Alimentação. No entanto, a empresa deverá
informar anualmente no Relatório Anual de Informações Sociais - RAIS sua participação no
Programa.
Segundo a Legislação do PAT, o benefício concedido ao trabalhador não poderá ser fornecido em
espécie. Dentro dos critérios do programa, a empresa possui várias modalidades a adotar:
A empresa poderá também fazer um convênio com um restaurante, para que seus funcionários
recebam a alimentação, isso poderá ocorrer desde que as duas sejam cadastradas no PAT.
O valor desse benefício não possui natureza salarial, entretanto, uma vez iniciado seu fornecimento, a
alimentação passa automaticamente a fazer parte do contrato, pelo que um possível cancelamento
deste benefício caracterizará alteração contratual unilateral com prejuízo ao empregado, o que é
vedado pelo artigo 468 da CLT.
139 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Demonstrativo de Cálculo
Alfredo Santana
DSR horistas = (dias não úteis) x (jornada legal diária) x (valor hora)
DSR horistas = (5 x 7,33) x (4,10)
DSR horistas = R$ 150,27
Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (4,10) x (10) x (1,5)
Horas Extras = R$ 61,50
DSR horas extras = (valor horas extras / nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (61,50 / 26) x (5)
DSR horas extras = R$ 11,83
Descontos
06. INSS
140 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
141 bcgontijo@yahoo.com.br
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0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 11 A lf re do S a nta na
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 4,10 3 3
S A LÁ R IO M E N S A L 190 ,5 8 R$ 7 8 1,3 8 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 10 R$ 6 1,5 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 8 8 5 ,57
Demonstrativo de Cálculo
Mauro Gonçalves
• Salário: R$ 950,00
• Horas Extras com adicional de 50%: 15h
• Vale Transporte: 04 vales-transporte / dia
• Custo unitário do vale-transporte: R$ 1,90
• Competência: janeiro/2011 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)
Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
142 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR horas extras = (valor horas extras / nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (97,16 / 26) x (5)
DSR horas extras = R$ 18,68
Descontos
05. INSS
143 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 11 M a uro G o nça lv e s
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 9 5 0,0 0 0 0
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 15 R$ 9 7,16 IN S S 8% R$ 8 5 ,27
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 18,6 8 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
VA LE T R A N S P O R T E R$ 5 7 ,00
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 9 2 3 ,58
Demonstrativo de Cálculo
Natanael de Oliveira
144 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR horistas = (dias não úteis) x (jornada legal diária) x (valor hora)
DSR horistas = (6 x 6,42) x (5,40)
DSR horistas = R$ 208,01
Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (5,40) x (22,83) x (1,65)
Horas Extras = R$ 203,42
DSR horas extras = (valor horas extras) / (nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (203,42) / (24) x (6)
DSR horas extras = R$ 50,85
Proventos = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Proventos = R$ 1.294,31
Descontos
06. INSS
Base de Cálculo = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Base de Cálculo = R$ 1.294,31
145 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Base de Cálculo = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Base de Cálculo = R$ 1.294,31
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 5 ,4 0 0 0
S A LÁ R IO M E N S A L 154 ,0 8 R$ 8 3 2,0 3 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
H O R A S E XT R A S ( 6 5 %) 22 ,8 3 R$ 2 0 3,4 2 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 0,8 5 VA LE T R A N S P O R T E 6% R$ 6 2 ,40
VA LE R E F EIÇÃ O 2 0% R$ 4 1,52
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 1.0 7 3 ,90
146 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
O art. 244 da Consolidação das Leis do Trabalho estipula que as estradas de ferro tenham empregados
extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevisíveis ou para
substituição de empregados que faltem à escala organizada.
Considera-se de sobreaviso o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço.
Com ressalva ao disposto no art. 244, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho, inexiste legislação
específica que estabeleça critérios para a fixação da remuneração devida ao empregado em regime de
sobreaviso, assim a remuneração das horas de sobreaviso será remunerada à razão de 1/3 do salário
normal.
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para
executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
(Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro
horas, As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário
normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A
escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos,
contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
Exemplo:
147 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Empregado foi escalado em regime de sobreaviso por 6 horas, sendo chamado para trabalhar 2 horas:
Situação tipicamente aplicada aos empregados vendedores remunerados exclusivamente por comissões
ou tendo-as como parte integrante de sua remuneração; tem seu regimento legal por meio da Lei nº
3.207/57. Além desse diploma, recebe de forma incidental a aplicação das regras do estatuto celetista
no que concerne à remuneração e ao controle de horários.
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido
e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de
50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e
destinada a distribuição aos empregados. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de
remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses.
(...)
§ 4º - Para os empregados que trabalhem a comissão ou que tenham direito a percentagens, a indenização será
calculada pela média das comissões ou percentagens percebidas nos últimos 12 (doze) meses de serviço.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua
concessão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
(...)
§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo
empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem.
148 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e
comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artigo.
A modalidade salarial através das comissões é usualmente utilizada no cotidiano dos profissionais
vendedores, sejam as atividades destes desempenhadas no próprio estabelecimento (padrão do
comércio urbano) ou exercidas externamente à planta empresarial (vendedores externos). O sistema
comissionado pode corresponder ao mecanismo exclusivo de remuneração contratual (comissionista
puro) ou acumular-se a uma parcela salarial fixa (comissionista misto).
As comissões, quanto ao seu conceito e natureza, consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo
empregador ao empregado em decorrência de uma produção alcançado pelo obreiro no contexto do
contrato de trabalho, sendo calculado variavelmente em contrapartida a essa produção. Possuem
evidentemente natureza jurídica de verba salarial, haja vista a inegável característica contraprestativa à
produção alcançada pelo empregado na concretização de seu trabalho.
Doutrinariamente divergem alguns autores quando à espécie dessa parcela salarial. Uma primeira
corrente classifica as comissões como parcela salarial do tipo unidade de obra. Uma segunda posição
entende as comissões como modalidade de percentagens.
A primeira corrente é a que melhor se harmoniza ao real sentido e dinâmica do instituto trabalhista.
Não obstante a comissão seja calculada, como regra, tendo como premissa percentuais sobre o valor
dos negócios concretizados pelo trabalhador, não há impedimentos que ela seja calculada também à
base de uma tabela diferenciada de valores fixos e não meramente percentuais. A característica de
verba aferida segundo o montante produzido pelo trabalhador (salário produção) permanece
inalterável.
O empregado comissionista puro não sofre prejuízos quanto ao direito à percepção de outras verbas
salariais (descanso semanal remunerado, horas extras, entre outros), possui, no entanto, fórmula de
cálculo dessas verbas diferenciada, obedecendo a dinâmica da parcela remunerativa.
Súmula nº 27 TST. Comissionista. É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias de feriados ao
empregado comissionista, ainda que pracista.
Súmula nº 340 TST. Comissionista. Horas Extras. O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à
base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas
extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número
de horas efetivamente trabalhadas.
149 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Da mesma forma, por ser considerada como modalidade de salário variável, se sujeita à regra protetiva
fixada pelo art. 78 da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como pelo disposto no art. 7º, inciso
VII da CRFB/88 (garantia de salário nunca inferior ao mínimo legal).
Dispõe o art. 4º da Lei nº 3.207/57 que, em regra, o pagamento da comissão ao vendedor deve ser
efetivado mensalmente. Contudo, o parágrafo único do referido dispositivo admite que, mediante
acordo bilateral no próprio contrato de trabalho, proceda-se o pagamento das comissões até três meses
após a aceitação do negócio. Esta seria uma admissível exceção ao disposto no art. 459 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Nas vendas realizadas a prazo, o pagamento das comissões pode ser efetuado proporcionalmente às
ordens de recebimento das prestações devidas pelo adquirente, com observância dos lapsos temporais
básicos do mês ou trimestre.
Em havendo cessação do contrato de trabalho, por qualquer motivo, ou nos casos de não consumação
do negócio por ato ou omissão do empregador, preserva-se o direito do empregado às comissões
relativas às vendas já ultimadas correspondentes a trabalho já concretizado (Lei nº 3.207/57). Da
mesma forma, o negócio efetivamente agenciado pelo vendedor e não aceito no prazo, mas que
posteriormente é realizado, tende a gerar o direito à comissão ao vendedor que pactuou a venda.
A ultimação do negócio não se confunde com sua efetiva realização e nem mesmo com seu
pagamento. Por ultimação considera-se a aceitação do negócio pelo comprador, nos termos em que lhe
foi apresentada a proposta. A demarcação da data de ultimação do negócio é relevante pelo fato de que
como regra, a comissão é devida em função da aceitação do negócio.
• após 10 dias da apresentação da proposta ao comprador, caso esta proposta não seja
recusada, por escrito no referido prazo, isso se a transação tiver ocorrido dentro dos limites
territoriais do Estado;
• após 90 dias da apresentação da proposta ao comprador, prazo este prorrogável por tempo
indeterminado mediante comunicação escrita ao empregado, não havendo recusa por escrito,
no referido prazo, isso se a transação ocorrer com comerciante ou empresa estabelecida fora
do Estado ou no exterior.
O princípio trabalhista da alteridade coloca os riscos concernentes aos negócios efetuados em nome do
empregador sob os ônus deste, em conformidade com o art. 2º da Consolidação das Leis do Trabalho.
A Lei nº 3.207/57 atenua a regra geral estabelecendo a possibilidade de que em se verificando a
insolvência do comprador, cabe ao empregador o direito de estornar a comissão paga. Importante
frisar que a mera inadimplência do comprador não autoriza o estorno das comissões adimplidas.
A atividade profissional que define a função exercida pelo vendedor empregado é a intermediação
com o objetivo da mercancia. Para esta função opera-se a sua contratação e consequentemente sua
remuneração. Sendo assim, a atividade de cobrança não é função tida como inerente a essa espécie de
contrato obreiro. Por essa razão, estipula a legislação específica a obrigatoriedade de fixação de um
adicional específico pelo exercício de função suplementar à de simples intermediação para o comércio.
O referido adicional deve ser fixado à razão de um décimo da remuneração atribuída ao empregado.
150 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
A fixação da exclusividade da área de atuação não é regra obrigatória que se aplique ao contrato de
trabalho dos vendedores comissionistas, mas apenas uma vantagem adicional disposta no contrato. No
entanto, em sendo estipulada expressamente esta vantagem, todas as comissões sobre vendas efetuadas
na correspondente zona, sejam ultimadas pelo vendedor, sejam as ultimadas diretamente pela empresa
ou outro representante ou preposto, são devidas ao detentor da exclusividade. Ao empregador é
garantido a faculdade de ampliar ou reduzir a zona de trabalho do vendedor comissionista, devendo,
no entanto, orientar-se pela impossibilidade de redução da correspondente remuneração obreira.
A legislação aplicável autoriza a transferência unilateral da zona de trabalho do vendedor, mesmo com
redução de vantagens. Neste caso, contudo, deverá ser assegurado ao vendedor como mínimo de
remuneração um salário correspondente à média dos doze últimos meses anteriores à transferência.
Apesar de a ordem justrabalhista ser silente no tocante à incidência da cláusula “star del credere” nos
contratos de trabalho dessa natureza, por aplicação sistemática dos princípios que norteiam a relação
travada entre empregadores e empregados na formação e proteção das condições do exercício
laborativo, tem-se que incompatível com todo o ordenamento seria a admissão de tal possibilidade.
Esta cláusula tem o condão de tornar o empregado solidariamente responsável pela solvabilidade e
pontualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Através da aplicação dessa
clausula ao contrato, o empregador pagaria ao vendedor uma comissão suplementar, assegurando-se,
em contrapartida, de que este iria ressarcir-lhe uma percentagem sobre a venda não cumprida.
Demonstrativo de Cálculo
Dênis de Oliveira
Hora Normal = (comissões do mês + DSR) / (total de horas trabalhadas no mês + total de horas extras)
Hora Normal = (432,00 + 83,10) / (190,58 + 12,5)
Hora Normal = R$ 2,54
Horas Extras = [(valor hora normal) x (total de horas extras)] x (adicional horas extras)
Horas Extras = [(2,54) x (12,5)] x (0,50) = 15,88
Horas Extras = R$ 15,88
151 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
DSR = (valor horas extras / dias úteis mês) x (dias não úteis)
DSR = (15,88 / 26) x 5
DSR = R$ 3,05
Salário Base = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Salário Base = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01
Proventos = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (salário família)
Proventos = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 + 29,41 = 563,42
Proventos = R$ 563,42
Descontos
07. INSS
Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01
Base de Cálculo = R$ 534,01
Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01
Base de Cálculo = R$ 534,01
152 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
2 1
C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 4 3 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ C OM IS S Ã O R$ 8 3,0 8 IN S S 8% R$ 4 2 ,72
H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 12,5 R$ 15,8 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 3,0 5
S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ 2 9,4 1
T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 5 6 3,3 9 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 4 2 ,72
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
R$ 5 3 3 ,98 R$ 189 ,8 8 R$ 5 33 ,9 8 R$ 4 2 ,7 2
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 5 2 0 ,67
Demonstrativo de Cálculo
Amadeu Lacerda
153 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Descontos
05. INSS
154 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 6 5 0,0 0 0 0
C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 4 3 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 3 8 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
D S R S/ C OM IS S Ã O R$ 8 6,4 0 IN S S 9% R$ 10 5 ,16
S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 6 5 0,0 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -
B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O
LÍ Q UID O A R E C E B E R
R$ 6 8 3 ,24
Demonstrativo de Cálculo
Francisco Cavalcante
155 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
04 - Cálculo das Horas Extras com adicional de 50% (sobre parcela salarial comissionada)
Hora Normal = (comissões do mês + DSR comissão) / (total de horas no mês + total de horas extras)
Hora Normal = (842,00 + 161,90) / (220 + 22,17)
Hora Normal = (1.003,90) / (242,17)
Hora Normal = R$ 4,15
Horas Extras = (valor hora normal) x (total de horas extras) x (percentual do adicional horas extras)
Horas Extras = (4,15) x (22,17) x (0,50) = 46,00
Horas Extras = R$ 46,00
05 - Cálculo das Horas Extras com adicional de 50% (sobre parcela salarial fixa)
Horas Extras = (salário mensal / jornada mensal) x (nº horas extras) + (adicional horas extras)
Horas Extras = (700,00 / 220) x (22,17) x (1,50)
Horas Extras = R$ 105,81
DSR horas extras = (valor total das horas extras / dias úteis) x (dias não úteis)
DSR horas extras = [(105,81) + (46,00) / 26)] x (5)
DSR horas extras = R$ 29,19
Proventos = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissão) + (horas extras sobre comissões)
+ (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Proventos = R$ 1.884,92
Descontos
08. INSS
Base de Cálculo = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras sobre
comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Base de Cálculo = R$ 1.884,92
156 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
Rendimentos Tributáveis = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras
sobre comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Rendimentos Tributáveis = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Rendimentos Tributáveis = R$ 1.884,92
Base de Cálculo = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras sobre
comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Base de Cálculo = R$ 1.884,92
157 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO
0 3 . E N D E R E ÇO
10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR
ja n/ 11 F ra nc isc o C a v a lca nt e
12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O
0 1/ 0 8/ 2 0 0 9
14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA
R$ 7 0 0,0 0 2 1
C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 8 4 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 2 9 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS
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