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BRUNO CUNHA GONTIJO

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

01. EMPREGADOR

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais,


as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.

A CLT por influência institucionalista da teoria da relação de trabalho, presente no contexto historio
da elaboração do diploma normativo adotou como sinônimo ao sentido de empregador a figura da
empresa. Convém ressaltar que a empresa não é o empregador, a empresa em si não é ente dotado de
capacidade jurídica, sujeito de direitos no ordenamento jurídico brasileiro. Empregador em sentido
técnico será a pessoa física, jurídica ou ente despersonificado titular da empresa ou estabelecimento.

Interessante uma análise quanto à adoção do termo empresa pela CLT, haja vista que tal
posicionamento denota um fator de proteção ao empregado, hipossuficiente na relação laboral. Mesmo
que o titular da empresa se altere, nenhuma alteração se processa no contrato de trabalho em vigor
(aplicação do princípio da continuidade do contrato), fato possibilitado pelo advento das teorias de
despersonalização da figura do empregador.

As entidades elencadas no §1º, tecnicamente não devem ser tratadas por entidades equiparadas ao
empregador por serem tipicamente empregadores. O fato de constituírem-se como entidades sem fins
lucrativos não opera modificações nas características que marcam o contrato de trabalho
(pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade).

Não há qualidades específicas atribuíveis às pessoas físicas ou jurídicas para a caracterização como
empregador, basta a utilização de força de trabalho contratada sob a forma empregatícia. De forma
mais clara, a presença da figura do empregado, que qualitativamente só pode ser pessoa física na
prestação dos serviços de responsabilidade de outrem oferta ao contratante a personificação da figura
do empregador.

Não existindo a referida qualificação específica, acima citada, também entes juridicamente
despersonificados podem figurar como empregadores (massa falida, espólio, condomínios).

1.1 Despersonificação

Essa característica consiste na autorização dada pela ordem justrabalhista a plena modificação do
sujeito passivo na relação de emprego, sem que tal fenômeno cause prejuízos à preservação completa
do contrato empregatício agora vinculado ao novo titular do pólo passivo da referida relação.

Importante notar que o elemento pessoalidade não integra o conceito formador da figura do
empregador, diferentemente do que ocorre quanto aos elementos de formação da figura do empregado.
Há, portanto, predominância do elemento impessoalidade.

Nos tempos atuais, a despersonificação do empregador é um elemento apto a garantir que diversos
efeitos práticos sejam alcançados pelo Direito do Trabalho, dentre eles citem-se a aplicação do
princípio da continuidade da relação empregatícia bem como a suavização da higidez das normas
trabalhistas no tocante à alterabilidade formal dos contratos de trabalho (com efeitos prejudiciais ao
empregado).

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Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.

Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados.

1.2 Assunção dos Riscos – Alteridade

Em suma, o empregador é titular exclusivo dos ônus decorrentes do empreendimento ou do trabalho.


Assume a responsabilidade pelos riscos da empresa, do estabelecimento, do contrato de trabalho e de
sua execução.

Mesmo que a CLT refira-se aos riscos inerentes à atividade econômica, por interpretação lógico-
sistemática também os riscos oriundos dos empreendimentos ou do próprio contrato de trabalho que
não aduza à produção de riquezas de proveito econômico são alcançados pela característica em análise
própria à figura do empregador.

Octavio Bueno Magno disserta: “no conceito de empregador não é essencial a idéia de assunção de
riscos, porque nele se compreendem tanto os entes que se dedicam ao exercício de atividades
econômicas quanto os que deixam de o fazer, dedicando-se, ao revés, a atividades não lucrativas,
como é o caso das instituições de beneficência e das associações recreativas.”

Mesmo posicionamento se aplica à figura da relação empregatícia relativa à empregada doméstica ou


aos empregados públicos.

A aplicação prática das regras da assunção dos riscos se dá na impossibilidade de distribuição de


prejuízos ou perdas aos empregados, ainda que verificados tais resultados no âmbito do
empreendimento dirigido pelo respectivo empregador. Dessa forma, não se possibilita a formulação de
descontos nos salários dos empregados com exceção das hipóteses previstas em leis ou instrumentos
normativos, tais como convenções e acordos coletivos de trabalho.

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Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

Regra de exceção é a possibilidade de verificadas alterações adversas ao empreendimento na


conjuntura econômica, mediante acordo com o respectivo Sindicato, seja reduzida a jornada de
trabalho com a correspondente redução dos salários devidos.

02. GRUPO ECONÔMICO

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Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

(...)

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§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis
a empresa principal e cada uma das subordinadas.

Na interpretação do Direito do Trabalho, o grupo econômico define-se como a figura resultante da


vinculação justrabalhista que se forma entre dois ou mais entes favorecidos direta ou indiretamente
pelo mesmo contrato de trabalho, em decorrência de existir entre esses entes laços de direção ou
coordenação em face de atividades industriais, comercias, financeiras, agroindustriais ou de qualquer
outra natureza econômica.

Objetivamente, a construção da figura do grupo econômico pelo Direito do Trabalho foi justamente
uma forma de ampliar as possibilidades de garantia do crédito trabalhista com a imposição plena sobre
tais créditos a distintas empresas componentes do mesmo grupo econômico. A responsabilidade que
deriva para os entes componente do referido grupo é de ordem solidária, resultante como regra
clássica, do dispositivo legal (art. 2º, §2º Consolidação das Leis do Trabalho, art. 3º, §2º Código de
Processo Civil, art. 904 Código Civil).

Para fins justrabalhistas, não há necessidade de revestimento do grupo econômico das figuras próprias
exigíveis para a mesma caracterização em campos jurídicos diversos (Direito Comercial/Empresarial e
suas figuras de holdings, consórcios, pools, etc.). Também não se exige comprovação formal de sua
institucionalização. A caracterização pode ser fundamentada por evidências comprobatórias da
presença dos elementos de integração inter-empresarial (direção, controle ou administração de umas
empresas pelas outras)

Para a composição de grupos econômicos há uma delimitação quanto ao tipo de sujeito de direito
exigível para a sua composição. O componente do grupo não pode ser qualquer pessoa física ou
jurídica, ou mesmo ente despersonificado; não se trata, portanto, de qualquer empregador, mas
somente certo tipo de empregador, diferenciado dos demais em função de sua atividade econômica. Os
grupos econômicos devem ser formados por entidades estruturadas como empresas.

Em face da qualificação específica exigida pela ordem jurídica ao membro do grupo, não tem aptidão
para compor a figura do grupo econômico entes que não se caracterizem por atuação econômica, que
não sejam essencialmente econômicos, que não consubstanciem empresas. Tal caracterização exclui
da composição figuras como o Estado e demais figura estatais, o empregador doméstico, entes sem
fins lucrativos, profissionais liberais, instituições de beneficência, associações recreativas, etc.).

Paralelamente aos critérios objetivos e subjetivos necessários à formação do grupo empresarial,


relevante se faz a verificação de um nexo relacional entre os membros componentes do grupo. Para
parte da doutrina, o nexo relacional se define por uma efetiva direção hierárquica, ou seja, deve haver
uma relação de dominação inter-empresarial manejada através da direção, controle ou administração
da empresa principal sobre as filiadas, esta doutrina é defendida por Octavio Bueno Magano. Outra
parte da doutrina, considera que o nexo se impõe pela simples verificação de uma relação de
coordenação inter-empresarial, ou seja, basta que numa relação de cooperação, uma das empresas
ocupe posição predominante frente às demais, esposa esta tese o jurista Amauri Mascaro Nascimento.

Mesmo que o controle seja exercido por pessoa física, detentora de um número suficiente de ações,
não se descaracteriza a formação do grupo econômico com a possibilidade incontestável de co-
obrigação pelos créditos trabalhistas oriundos da relação empregatícia firmada por quaisquer dos
membros do referido grupo.

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03. EMPREGADO

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre
o trabalho intelectual, técnico e manual.

Empregado é toda pessoa natural que contrate, de forma tácita ou expressa, a prestação de seus
serviços a um tomador, a este efetuados com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e
subordinação.

04. TRABALHADOR AVULSO

O obreiro chamado avulso corresponde a modalidade de trabalhador eventual, que oferta sua força de
trabalho, por curtos períodos de tempo, a distintos tomadores, sem se fixar especificamente a qualquer
destes.

A distinção entre trabalhador avulso e eventual se encerra na circunstância de a força de trabalho dos
avulsos ser ofertada no mercado específico em que atuam (setor portuário) através de uma entidade
intermediária. Esse ente intermediário é que realiza a interposição da força de trabalho avulsa em face
dos distintos tomadores de serviço (armazéns de portos, navios em carregamento ou descarregamento,
importadores e exportadores e outros cooperados portuários). Resta sob responsabilidade da entidade
intermediária a arrecadação dos valores correspondentes à prestação de serviços, perfazendo o
respectivo pagamento ao trabalhador envolvido.

Essa interposição entre tomador e trabalhador avulso, pela tradição justrabalhista brasileira sempre foi
exercida pelo sindicato profissional da categoria.

Por definição da Portaria nº 3.107/71 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, entende-se


como trabalhador avulso, no âmbito do sistema geral de previdência social, todo trabalhador sem
vínculo empregatício que sindicalizado ou não, tenha a concessão de direitos de natureza trabalhista
executada por intermédio da respectiva entidade de classe.

A contar da Lei do Trabalho Portuário (Lei 8.630/93) a interposição dessa força de trabalho passou a
ser feita por um órgão gestor de mão de obra considerado entidade de utilidade pública.

A Constituição Federal de 1988 prevê tratamento isonômico entre trabalhadores avulsos e


trabalhadores com vínculos empregatícios (art. 7º XXXIV)

Regulamento da Previdência Social – Decreto 3.048/99

Art. 9º. Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a
diversas empresas, sem vínculo empregatício. Caracterizam o trabalhador avulso:

a) Eventualidade: ao contrário de habitual ou constante, a prestação de serviço é ocasional, eventual e


geralmente de curta duração;
b) Subordinação: o avulso trabalha por conta alheia e mediante dependência;
c) Variedade de contratantes: os avulsos prestam serviços a diversos tomadores de serviços, sem relação de
continuidade com qualquer deles;
d) Intermediação: ao contrário do empregado que se aproxima diretamente da empresa, o avulso trabalha
agrupado em torno de órgão específico por intermédio do qual se desenvolvem suas atividades.

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05. TRABALHADOR EVENTUAL

Esta figura de prestadores de trabalho são os que mais se assemelham à condição dos empregados com
vínculo empregatício, estando presentes todos os conceitos das relações empregatícias tradicionais,
faltando, por aplicação lógica o requisito da permanência (não eventualidade).

Entre as teorias que tendem a explicar a composição da relação temporária de trabalho estão as
seguintes

• eventual será o trabalho contratado para atender a um serviço esporádico, decorrente de um


evento episódico verificado no contexto da empresa.
• considera-se eventual, o trabalhador que se vincula, do ponto de vista temporal, de modo
fracionado ao tomador, em períodos entrecortados, de curta duração. A segmentação da
contratação é o ponto importante desta teoria da descontinuidade.
• a teoria dos fins da empresa identifica como eventual, a relação firmada com o trabalhador
para a realização de tarefas estranhas aos fins do empreendimento.
• a teoria da fixação jurídica, enxerga como eventual, aquele trabalhador que pela dinâmica de
relacionamento com o mercado de trabalho, não se fixa especificamente a um ou outro
tomador de serviços.

Por compilação das teorias da eventualidade, temos os seguintes elementos caracterizadores da


referida relação: a) descontinuidade da prestação do trabalho, entendida pela não permanência em uma
organização com ânimo definitivo b) não fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com
pluralidade variável de tomadores de serviço c) curta duração do trabalho prestado d) natureza do
trabalho relacionado a evento certo, determinado e episódico quanto à regular dinâmica do
empreendimento do tomador dos serviços e) a natureza do trabalho diverge ao padrão dos fins normais
do empreendimento.

06. TRABALHADOR TEMPORÁRIO

Lei 6.019/74

Art. 2º. O trabalho temporário define-se como aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à
necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de
serviços.

Art. 4º. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade
consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente
qualificados, por elas remunerados e assistidos.

O contrato temporário, embora regulado por legislação especial, é um contrato de emprego do tipo
pacto a termo, apenas submetidos às regras especiais da referida legislação. Dessa forma, todas as
situações envolvendo terceirização (conservação e limpeza, atividades meio, vigilância, trabalho
temporário) que tenham no pólo do prestador de serviços uma pessoa física que labore com
pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação são situações regidas pelo Direito do
Trabalho com contratos de emprego entre o obreiro terceirizado e a empresa terceirizante.

A relação jurídica é trilateral: a) empresa de trabalho temporário (ETT) ou empresa terceirizante; b)


trabalhador temporário; c) empresa tomadora dos serviços (ETS) ou empresa cliente.

Dessa forma trabalhador temporário é aquele que, juridicamente vinculado a uma empresa de trabalho
temporário, de quem recebe suas parcelas contratuais, presta serviços a outra empresa, para atender a
necessidade transitória de substituição do pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário
dos serviços da empresa tomadora.

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Entre as hipóteses de pactuação encontramos de forma específica duas situações permitidas pela Lei
6.019/74:

• atendimento a necessidades transitórias de substituição de pessoal regular e permanente da


empresa tomadora – relativo a situações rotineiras de substituição de empregados originais
da empresa tomadora (férias, licenças previdenciárias, entre outras).

• necessidade resultante de acréscimo extraordinário de serviços da empresa tomadora –


abrange situações de elevação excepcional da produção ou de serviços da empresa tomadora.
Importante que se observe a coincidência do termo da situação excepcional com o
encerramento do contrato temporário sob pena de caracterização de tradicional relação de
emprego (Súmula 331, I, TST).

Entre especificidades do contrato temporário, regido por norma especial, encontra-se a impossibilidade
de pactuação da relação entre obreiro e empresa terceirizante de forma tácita, devendo também ser
expresso o contrato entre empresa tomadora de mão de obra e empresa de trabalho temporário com
exposição das justificativas da contratação.

O contrato de trabalho temporário não pode ultrapassar o lapso temporal de três meses, configurando-
se relação tradicional de emprego o transpasse desse limite. Contudo, com autorização conferida pelo
órgão local do Ministério do Trabalho tal período pode ser ampliado.

07. ESTAGIÁRIO

O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e
dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

Em conformidade com a Lei nº 11.788 que revogou a antiga temática instituída pela Lei nº 6.494/77, o
estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.

Entre as mudanças mais significativas podemos destacar:

• a limitação da jornada do estágio para 6 horas diárias e 30 semanais, no caso de estudantes


de curso superior ou profissionalizantes de ensino médio e ensino médio regular, e 4 horas
diárias e 20 semanais no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos (art. 10, I e II);

• a duração máxima de dois anos do contrato de estágio, exceto quando se tratar de estagiário
portador de deficiência física (art. 11);

• na hipótese de estágio não compulsório, a obrigatoriedade de pagamento de bolsa ou vale-


transporte (art. 12);

• a concessão, quando o estagiário receber bolsa, de recesso de remunerado 30 dias em casos


de contratos com duração igual ou superior a 1 (um) ano (art. 13) ou proporcional, se a
duração for inferior a 1 (um) ano (art. 13, § 2º);

• caso a empresa seja reincidente na manutenção de estagiários, o impedimento de firmar


contratos desta natureza durante 2 (dois) anos (art. 15, § 2º);

• a limitação do número de estagiários do ensino médio de acordo com o número de


empregados da empresa (art. 17 c/c 4§);

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• a reserva de 10% das vagas de estagiários para portadores de deficiências (art. 17, § 6º).

O novo ordenamento, com o intuito de coibir contratos fraudulentos e irregulares, que são adotados
por uma minoria das empresas, acaba por prejudicar os empreendimentos que cumprem corretamente
a legislação, aumentando o ônus e restringindo o número de vagas que podem ser oferecidas e,
conseqüentemente, os próprios estudantes.

Deve-se, primeiramente, considerar que o estágio objetiva possibilitar que o estudante desenvolva a
prática de seu estudo teórico, preparando-o para a vida profissional. Além disso, concede à empresa a
oportunidade de treinar seus profissionais futuros de acordo com as suas necessidades e com um custo
menor.

Isto é mais facilmente visualizado na hipótese de cursos superiores e profissionais. Ainda que a
instituição de ensino ofereça os conceitos e até mesmo alguma prática ligada à matéria, somente o
contato diário com a realidade da profissão oferecerá ao estudante a oportunidade de, efetivamente,
conhecer e praticar as atividades a ela ligadas e, inclusive, comprovar a sua vocação.

Lado outro, possibilitando-se à empresa ensinar e treinar o estudante na prática concomitantemente


com a sua formação acadêmica, aquela poderá moldá-lo de acordo com os seus padrões, tendo, assim,
um excelente profissional de capacidade comprovada pronto para ocupar o quadro de empregados no
momento da conclusão do seu curso.

Assim, limitar o contrato de estágio é limitar o conhecimento que pode ser adquirido pelo estagiário e
atrasar o seu desenvolvimento profissional, bem como a sua possibilidade de futura contratação,
desestimulando, também, as empresas a oferecer uma vaga de estágio.

Ao impor uma carga horária da jornada de 6 diárias, o ato normativo impede que o estudante de ensino
superior ou profissionalizante acompanhe integralmente as atividades para a qual está se preparando
para desenvolver após a sua formatura, que poderá requerer uma jornada de pelo menos 8 horas, por
exemplo. A bolsa também sofrerá redução proporcional, o que pode prejudicar os estudantes que dela
dependem para pagar a sua educação.

Já a limitação da duração do contrato de estágio a dois anos pode causar diversos prejuízos. Isso
porque muitos cursos têm duração superior a este período, chegando a até 6 anos. Conseqüentemente,
muitas empresas optariam por não contratar estudantes que estejam no início ou meio do curso, o que
significaria treinar estagiários para outro empregador. Em termos gerais os estudantes, no início do
curso, terão maiores dificuldades de conseguir estágio.

Além disso, limitar as vagas de estágio de acordo com o número de empregados da empresa com toda
a certeza irá diminuir, e muito, as oportunidades sem, entretanto, garantir a criação de novos
empregos.

Por fim, reservar 10% das vagas para deficientes apenas traz novas preocupações para as empresas,
sendo de notório conhecimento que hoje as empresas enfrentam grandes dificuldades em atender o
artigo 93 da Lei nº 8.213/91, por ausência de pessoal qualificado que preencha os requisitos legais e,
conseqüentemente, as vagas.

Deve-se ressaltar que apenas as empresas com mais de 100 empregados são obrigadas a preencher
seus cargos, no mínimo 2% e no máximo 5%, com portadores de deficiência.. O projeto de lei, além
de não estabelecer nenhum número mínimo a partir do qual a contratação de deficientes se torna
obrigatória, majora significativamente esta cota para estagiários (10%), o que com certeza, na visão de
muitos empresários inviabilizará o cumprimento da lei.

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Em reflexo ao art. 4º do extinto diploma normativo, o novo texto legal mantém a concessão de seguro
de acidentes pessoais em favor do estagiário, sendo tal obrigação de responsabilidade do tomador dos
serviços, conforme determinação do art. 9º, inciso IV. Qualquer definição infralegal visando alterar a
responsabilidade à instituição de ensino constitui-se como ineficaz do ponto de vista jurídico.

A bolsa de complementação educacional ou qualquer outra forma de contraprestação acordada (que


não possui natureza salarial) não é um requisito obrigatório ao contrato de estágio, desde que o mesmo
constitua-se como atividade obrigatória. Nos estágios de natureza facultativa, a concessão da bolsa de
complementação ou o fornecimento de vale transporte são condições contratuais compulsórias.

08. TRABALHADOR DOMÉSTICO

Tecnicamente, empregado doméstico é a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e
subordinadamente, serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
em função do âmbito residencial destas.

A Consolidação das Leis do Trabalho se refere aos empregados domésticos da seguinte forma:

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente
determinado em contrário, não se aplicam :

a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza
não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;

A relação de emprego doméstico se funda na Lei 5.859/72.

Lei 5.859/72

Art. 1º. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza contínua e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, aplica-se o disposto nesta Lei.

À relação de emprego doméstico se aplicam os cinco requisitos formadores das relações trabalhistas
tradicionais, serviço prestado por pessoa física, com onerosidade, subordinação, pessoalidade e não
eventualidade.

Apesar da não explicitação dos referidos elementos no dispositivo da legislação específica, interpreta-
se tal ocorrência como uma forma de explicitação dos requisitos especiais à relação empregatícia,
sendo eles a finalidade não lucrativa dos serviços, sendo estes apropriados apenas por pessoas físicas
ou por família sendo efetuados em função do âmbito residencial dos tomadores.

Importante salientar que há uma consubstanciação especial quanto aos requisitos da não eventualidade
e da onerosidade na relação empregatícia doméstica. A não eventualidade é tratada como continuidade
na prestação dos serviços e a onerosidade não reflete a contraprestação a uma atividade de cunho
econômico prestado pelo obreiro.

A teoria da continuidade preserva o entendimento de que as funções exercidas por diarista, que labore
na residência por períodos de alguns dias na semana ou na quinzena, não se configurariam como
efetivo vínculo empregatício doméstico, mesmo que tal prestação se reiterasse ao largo do tempo.

Dessa forma, o vínculo empregatício funda-se na continuidade da prestação dos serviços, afastada a
possibilidade de eventualidade no referido exercício. Aplicar-se a teoria da não eventualidade a tal
relação seria denotar a formação de um verdadeiro vínculo empregatício entre diarista e tomador do
serviço, haja vista a constância da prestação de serviços por uma mesma pessoa física a um mesmo
tomador, excluindo, portanto a eventualidade que afasta a formação da relação empregatícia.
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O requisito da onerosidade deve ser observado sob o enfoque objetivo, haja vista que o pagamento
efetuado pelo tomador dos serviços não guarda referência a uma contraprestação por serviços dotados
de natureza econômica. Dessa forma, a onerosidade guarda correlação à figura do obreiro que percebe
riquezas em virtude do desempenho de funções laborativas.

Quanto aos direitos trabalhistas estendidos aos domésticos, observa-se o disposto abaixo:

a) anotação da CTPS – garantido pela Lei 5.859/72.

b) inscrição na Previdência Social – garantido pela Lei 5.859/72.

c) férias – anuais remuneradas de 20 dias úteis, concedidas após 12 meses de trabalho – garantido pela Lei
5.859/72. A lei 11.324/06 estendeu o período de férias para 30 dias corridos.

d) vale-transporte – garantido pelas Leis 7.418/85 e 7.619/87, regulamentadas pelo Decreto 95.247/87.

e) salário mínimo – garantido pela CRFB/88.

f) irredutibilidade de Salários – garantido pela CRFB/88.

g) 13º Salário – garantido pela CRFB/88.

h) repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos – garantido pela CRFB/88.

i) férias anuais remuneradas com adicional constitucional – garantido pela CRFB/88.

j) licença gestante – sem prejuízo do salário e do emprego com duração de 120 dias – garantido pela CRFB/88.

k) licença paternidade – conforme lei específica – garantido pela CRFB/88.

l) aviso prévio proporcional – mínimo de 30 dias – garantido pela CRFB/88.

m) aposentadoria – art. 7º CRFB/88.

n) FGTS – voluntariedade do empregador – garantido pela Lei 10.208/01.

o) descanso semanal remunerado nos feriados – garantido pela Lei 11.324/06.

p) garantia de emprego à gestante – contados da confirmação da gestação até 05 meses após o parto –
garantido pela Lei 11.324/06.

q) vedação a descontos nos salários – parcelas instrumentais ao contrato de trabalho (alimentação, vestuário,
higiene ou moradia em local coincidente com o da prestação dos serviços) – garantido pela Lei 11.324/06.

r) desconto das parcelas relativas à contribuição previdenciária na Declaração do Imposto de Renda do


empregador – teto de um salário mínimo como salário de contribuição e lançamento de um único empregado –
garantido pela Lei 11.324/06.

09. FOLHA DE PAGAMENTO

O uso da folha de pagamento é obrigatório para o empregador, conforme preceitua a Lei nº 8.212/91,
art. 32, inciso I. Ela pode ser feita manualmente ou por meio de processos mecânicos ou eletrônicos.
Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados. Deve ficar à
disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre pronta a oferecer informações
necessárias à continuidade da empresa.

A folha de pagamento divide-se em duas partes distintas: PROVENTOS E DESCONTOS

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A parte de proventos engloba:

• Salário
• Horas extras
• Adicional de insalubridade
• Adicional de periculosidade
• Adicional noturno
• Salário-família
• Diárias para viagem
• Ajuda de Custo

A parte de descontos compreende:

• Quota de previdência
• Imposto de Renda
• Contribuição sindical
• Seguros
• Adiantamentos
• Faltas e atrasos
• Vale-transporte

10. SALÁRIO E REMUNERAÇÃO

A onerosidade consiste em um dos requisitos formadores da relação empregatícia. Ela se manifesta no


contrato de trabalho através do recebimento pelo empregado de um conjunto de parcelas econômicas
retributivas da prestação de serviços ou, mesmo, da simples existência da relação de emprego. As
expressões remuneração e salário correspondem, assim, ao conjunto de parcelas contraprestativas
recebidas pelo empregado no contexto da relação de emprego, denunciadoras do caráter oneroso do
contrato de trabalho pactuado.

O salário compreende um conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado


em função do contrato de trabalho. Trata-se de um complexo de parcelas e não necessariamente de
uma única verba, todas elas dotadas de caráter contraprestativo, não necessariamente em função da
prestação de serviços (nos períodos de interrupção do contrato o salário continua devido e pago).
Todas as parcelas referentes ao salário são pagas diretamente pelo empregador segundo o modelo
referido pela CLT.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo
trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de
satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.

A conceituação de remuneração está inserta no art. 457 da CLT, compondo-se o conceito do montante
relativo ao salário devido e pago diretamente pelo empregador e as gorjetas recebidas pelo obreiro.

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Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido
e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada
pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953)

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

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§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de
50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.

§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e
destinada à distribuição aos empregados.

Importante informar que por aplicação da Súmula 354 do TST, mesmo havendo integração das
gorjetas recebidas à remuneração do empregado, não constituem a base de cálculo para específicas
parcelas contratuais.

Súmula 354 TST. Gorjetas. Natureza jurídica. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou
oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

No entanto, por aplicação de legislação específica, as parcelas referentes às gorjetas repercutem no


FGTS (Lei 8.036/90) e cálculo do décimo terceiro salário (Lei 4.090/62 e Lei 4.749/65). Incorreto o
entendimento de que o conceito de remuneração compreenderia além do salário mínimo (art. 76 CLT)
pago pelo empregador em contraprestação pelos serviços prestados pelo obreiro todas as parcelas
econômicas oferecidas por terceiros. Dessa forma algumas situações desconformes poderiam ser
ocasionadas, entre elas a conceituação como remuneração de valores recebidos de terceiros por
advogados empregados a título de honorários ou mesmo verbas de participação publicitária recebidas
por artistas ou atletas.

10.1 Salário

Dada a importância da natureza do conceito de salário para a ordem justrabalhista e a sociedade com
um todo, o termo passou a ser usado também por outros campos das ciências jurídicas assumindo,
portanto, feições completamente apartadas do entendimento do Direito do Trabalho e
consequentemente diversas do conceito definido por este ramo jurídico. Dessa forma a expressão
salário pode ser tomada por denominações próprias e impróprias.

10.1.1 Denominações Impróprias

Salário de Contribuição: parâmetro remuneratório do segurado filiado à Previdência Social sobre o


qual incide alíquota correspondente ao recolhimento previdenciário.

Salário de Benefício: prestação previdenciária paga pela Previdência Social ao segurado.

Salário Família: parcelas monetárias devidas pela Previdência Oficial ao trabalhador de baixa renda
em função do número de dependentes menores de 14 anos ou portadores de necessidades especiais (a
legislação trata por pessoas inválidas). O repasse de tais parcelas é realizado pelo empregador que se
ressarce do custo correspondente através do procedimento de compensação nos recolhimentos
previdenciários sob o encargo da empresa. Benefício tratado pela Lei 8.213/91.

Salário Maternidade: renda mensal equivalente à remuneração da obreira gestante, paga por ocasião
do período de afastamento previdenciário para o parto e subseqüente período de aleitamento materno
(120 dias conforme art. 7º, XVIII da CRFB/88). A referida remuneração pode ser efetuada diretamente
pela Previdência Oficial à segurada (domésticas, avulsas, adotante) ou pelo empregador (seguradas
empregadas comuns) sendo que este poderá se compensar quando do recolhimento das verbas
previdenciárias sob encargo da empresa.

Salário Educação: parcela de natureza parafiscal sob a condição de contribuição social. Lei 9.766/98
e art. 212, §5º, CRFB/88).

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Salário Social: conjunto de prestações genericamente pagas ao trabalhador em virtude de sua


existência como sujeito da relação de emprego. Supera, portanto, as parcelas pagas pelo empregador
ou por terceiros em derivação da relação empregatícia abrangendo prestações assumidas pela
comunidade (Estado) em favor do obreiro. (seguro desemprego, prestação de serviços de saúde).

10.1.2 Denominações Próprias

Salário Mínimo Legal: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no mercado
de trabalho do país.

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:

(...)

IV. salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas
e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim.

Salário Profissional: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no contexto
de determinadas profissões, legalmente especificadas. Lei 3.999/61 criando o salário profissional de
médicos e cirurgiões dentistas. Lei 4.950-A instituindo o salário profissional de engenheiros sendo
este correspondente a seis vezes o valor do salário mínimo.

Salário Normativo: parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no contexto de
determinada categoria profissional segundo fixado em sentença normativa (salário normativo em
sentido estrito) ou em convenção ou acordo coletivo de trabalho (salário normativo ou salário
convencional). Observe-se que comumente se verifica a utilização do termo piso salarial para a fixação
de parâmetros salariais mínimos em certas categorias profissionais. Importante frisar que o salário
normativo derivado de acordo coletivo de trabalho somente tem incidência sobre os empregados das
empresas convenentes.

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Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito
das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967).

Salário Base: contraprestação salarial fixa paga pelo empregador ao empregado, despojada das
demais parcelas salariais que a ela frequentemente se somam (adicionais, gratificações, entre outras).

Súmula 191 TST. Adicional. Periculosidade. Incidência. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.

Salário Isonômico: contraprestação salarial devida em função de identidade ou pelo menos


equivalência no exercício de funções e serviços no cenário da relação de emprego. O salário
isonômico em sentido estrito seria aquele devido ao empregado que exerce função idêntica a do
paradigma na mesma empresa observados os demais requisitos do art. 461 da CLT.

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Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma
localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei
nº 1.723, de 8.11.1952).

§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a
mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
(Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).

§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro
de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento.
(Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por
antingüidade, dentro de cada categoria profissional. (Incluído pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952).

§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão
competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela
Lei nº 5.798, de 31.8.1972).

Salário Equitativo: se engloba na idéia de equivalência de remuneração entre trabalhador temporário


e empregados da mesma categoria da empresa tomadora dos serviços temporários, conforme Lei
6.019/74. Seriam também eqüitativos a remuneração devida a empregado brasileiro que exerça função
análoga à cumprida por empregado estrangeiro em empresa localizada no Brasil.

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Art. 358 - Nenhuma empresa, ainda que não sujeita à proporcionalidade, poderá pagar a brasileiro que exerça
função análoga, a juízo do Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio à que é exercida por estrangeiro a seu
serviço, salário inferior ao deste, excetuando-se os casos seguintes:

Salário Substituição: compreende o salário contratual que se considera devido ao empregado que
realize substituição que não tenha caráter meramente eventual, tem valor equivalente a parcela
correspondente ao salário do substituído.

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Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou


temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço,
bem como a volta ao cargo anterior.

Súmula 159 TST. Substituição. Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual,
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.

Salário Supletivo: corresponde ao salário fixado judicialmente no tocante a determinado empregado


em situações de falta de estipulação de salário ou falta de prova sobre a importância ajustada. Cabe ao
Poder Judiciário, neste caso, fixar por sentença, segundo a CLT, um salário supletivo igual ao do
empregado que, na mesma empresa, realize serviços equivalentes, ou salário igual àquele que fosse
habitualmente pago para serviço semelhante.

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Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado
terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for
habitualmente pago para serviço semelhante.

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Salário Complessivo: expressão criada pela jurisprudência para traduzir a idéia de cumulação em um
único montante de distintas parcelas salariais. A conduta complessiva é rejeitada pela ordem
justrabalhista que busca preservar a identidade específica de cada parcela legal ou contratual devida e
paga ao empregado.

Súmula 91 TST. Salário complessivo. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

Salário Condição: conjunto de parcelas salariais pagas ao empregado em virtude do regular exercício
contratual em circunstâncias específicas, cuja permanência seja incerta ao longo do contrato. Mesmo
que ao salário base não haja possibilidade de imposição de regras de supressão, algumas parcelas
contratuais compatíveis com a condição de salário condição podem ser deste modo suprimidas caso
desaparecida a circunstância ou fato que determinava seu pagamento. Exemplo é o que se passa com
os adicionais de insalubridade e periculosidade (súmulas 80 e 248 TST), adicional noturno (súmulas
60 e 265 TST), parcelas de horas extras e respectivo adicional (súmula 291), adicional de
transferência.

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Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação
do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

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Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que
resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu
domicílio.

(...)

§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa
da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um
pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia
naquela localidade, enquanto durar essa situação. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975).

Salário Progressivo: se constitui pela verba salarial básica ao qual se agregam parcelas salariais
variáveis e crescentes como os prêmios (produção, zelo, assiduidade, entre outros).

10.2 Composição do Salário

A composição do salário revela a presença de distintas parcelas pagas diretamente pelo empregador ao
empregado com caráter de retribuição pelo contrato empregatício firmado. Entre tais parcelas
encontram-se parcelas de natureza salarial e parcelas de natureza não salarial. A principal
característica diferenciadora de tais parcelas é o efeito expansionista circular que possuem as parcelas
de natureza salarial, ou seja, a capacidade de repercussão dessas parcelas em outras de cunho
trabalhista.

10.2.1 Composição das Parcelas Salariais

A parcela salarial paga pelo empregador ao obreiro não se esgota na verba contraprestativa fixa
principal (salário básico). O salário é composto também por outras parcelas pagas diretamente pelo
empregador que são dotadas de estrutura e dinâmica diversas do salário básico sendo, contudo,
semelhantes quanto à natureza salarial.

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Complexo salarial seria nos dizeres de José Martins Catharino o conjunto dessas parcelas
componentes do salário: salário básico, comissões, percentagens, gratificações habituais, abonos,
décimo terceiro salário, adicionais e prêmios.

Parcelas Tipificadas: previstas em regras heterônomas estatais – salário básico, abonos,


percentagens, adicionais, gratificações habituais, décimo terceiro salário, comissões.

Parcelas Não Tipificadas: instituídas pela criatividade privada, submetidas às regras justrabalhistas
cabíveis – prêmios.

Parcelas Dissimuladas: embora não previstas originariamente para o cumprimento de função salarial,
fazem-no de forma dissimulada na prática contratual trabalhista – diárias de viagens e ajuda de custo
considerada fraudulenta.

As utilidades fornecidas pelo empregador ao empregado com intuito contraprestativo, abstraído de


caráter de essencialidade ou instrumentalidade à prestação laborativa (art. 458 CLT), não se
distanciam do entendimento quanto às parcelas salariais acima especificadas, como regra, elas
constituem o salário base do obreiro sendo pagas e fruídas ao longo do período de exercício do
contrato (habitação). No entanto, não é impossível o oferecimento pelo empregador de vantagens
utilitárias específicas, com periodicidade diversa da mensal, sendo esta dotada de caráter
contraprestativo. A utilidade assume natureza de salário sob o enfoque gratificatório.

Com relação às parcelas salariais dissimuladas, algumas considerações merecem destaque. As figuras
de diárias para viagem e ajudas de custo, originariamente não possuem natureza contraprestativa, são
dotadas de natureza indenizatória, por traduzirem ressarcimento por despesas realizadas ou a realizar
pelo empregado no desempenho de seu contrato. Contudo, em alguns casos, tais parcelas adotam
essencialmente a característica de verbas suplementares ao salário base do obreiro, constituindo
dissimulação tendente a elidir o efeito expansionista circular das parcelas salariais.

Dessa forma, a CLT criou um mecanismo de presunção relativa quanto à certificação do procedimento
fraudulento. No art. 457, §1º mencionou o fato de integração ao salário obreiro das diárias de viagem,
esclareceu no §2º do mesmo artigo que a referida integração somente se daria caso o montante mensal
das diárias excedesse a 50% do salário percebido pelo empregado.

Entendidas como dissimuladas, as diárias passarão a compor o salário do obreiro em sua totalidade,
conforme entendimento da Súmula 101 TST. As ajudas de custo possuem regra presuntiva diversa da
fixação percentual de comparação salarial, o contexto probatório tende a analisar a natureza jurídica da
verba auxiliar. Evidente seria, a título de exemplo, a natureza salarial da ajuda de custo aluguel, paga a
empregado que desempenha suas funções em uma grande cidade. A configuração da fraude encontra-
se no fato de que tal ajuda de custo não possui característica de ressarcimento a despesa essencial ou
instrumental para a realização do contrato.

10.2.2 Parcelas Não-Salariais

Como já informado anteriormente, há no contexto da relação de emprego um universo diversificado e


amplo de parcelas econômicas pagas ao trabalhador sem caráter salarial, parcelas que embora
entregues pelo empregador ao empregado, não possuem a qualidade e objetivo de contraprestação,
sendo tal transferência dotada de distinta natureza e finalidade jurídica. São parcelas econômicas que
não integram o salário obreiro, não gerando efeito expansionista circular (reflexos clássicos às demais
verbas de natureza salarial).

Parcelas de indenização por despesas reais: as diárias para viagem e as ajudas de custo pagas em
regularidade com a regra justrabalhista. Podem ser incluídas as verbas relativas ao vale transporte.

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Parcelas de indenização propriamente ditas: indenizações construídas para o ressarcimento de


direito trabalhista não fruído em sua integralidade ou para a reparação de garantia jurídica
desrespeitada. Indenização por férias não gozadas, aviso prévio indenizado, indenização por tempo de
serviço, FGTS (Lei 8.036/90), indenização convencional ou normativa por dispensa injustificada,
indenizações por ruptura contratual incentivada (OJ 207), indenização por não recebimento de seguro-
desemprego por culpa do empregador (OJ 211 e súmula 389 TST), indenizações por dano moral (art.
5º, V e X CRFB/88) e dano material, inclusive em razões de acidente do trabalho (art. 7º, XXVIII
CRFB/88).

Parcelas instrumentais: utilidades oferecidas pelo empregador ao obreiro como mecanismo


viabilizador da realização do serviço contratado. Uniformes, equipamentos de proteção individual
(EPI) são consideradas utilidades entregues para o trabalho, não dotadas de caráter contraprestativo.

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Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas
alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).

(...)

§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades
concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho,
para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a


matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído


pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).

Parcelas de natureza de direito intelectual: parcelas resultantes de direitos de propriedade


intelectual em sentido amplo (art. 5º, XXVII a XXIX da CRFB/88, Lei 9.610/98, Lei 9.609/98).

Parcelas de participação nos lucros empresariais: condição adquirida mediante negociação coletiva
de trabalho. Importante o conhecimento de que a parcela periódica paga pelo empregador sem
qualquer relação aos resultados alcançados pela empresa configura gratificação habitual que pode
gerar efeitos reflexos nas verbas de natureza salarial.

Parcelas previdenciárias oriundas da Previdência Oficial e pagas ao empregado por intermédio


do empregador a) Salário Família: cotas devidas pela Previdência Social ao trabalhador de baixa
renda originadas em função do número de filhos menores de 14 anos ou a dependentes portadores de
necessidades especiais (a norma trata de deficientes). b) Salário Maternidade: renda mensal calculada
à base da remuneração da obreira gestante e a ela paga por ocasião do período de afastamento
previdenciário para o parto e posterior período de aleitamento materno (120 dias – art. 7º, XVIII
CRFB/88).

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Parcelas de seguridade social pagas ao empregado diretamente pelo Estado: a) PIS/PASEP:


prestação anual pecuniária no importe de um salário mínimo devido a trabalhadores inscritos no
programa que recebem até dois salários mínimos de remuneração mensal (art. 239 CRFB/88, LC
07/70, LC 08/70, Lei 7.998/90). b) Seguro desemprego: crédito percebido pelo obreiro diretamente do
Estado nos casos de ocorrência de desemprego involuntário (art. 7º, II CRFB/88, art. 239 CRFB/88,
Lei 7.998/90, Lei 8.019/90, Lei 8.287/90, Lei 8.900/94).

Gorjetas: parcelas econômicas pagas ao empregado por terceiros, ao longo da relação de emprego. A
natureza jurídica não salarial desta parcela é extraída do modelo jurídico adotado pela CLT nos artigos
76 e 457).

10.3 Tipos de Salário

A contraprestação econômica devida pelo empregador ao empregado, em decorrência da prestação de


serviços ou da simples existência de um contrato de trabalho entre ambos, pode ser aferida (calculada)
segundo distintos critérios principais de efetuação desse cálculo salarial. Os critérios básicos de
aferição e cômputo dos salários são o critério da unidade de tempo (salário por unidade de tempo) e o
critério por unidade de obra (salário por unidade de obra). Um terceiro critério derivado da
combinação dos dois anteriores é o derivado da equação obra/tempo (salário tarefa).

10.3.1 Salário por Unidade de Tempo

Computa-se adotando como parâmetro a duração do serviço prestado, ou melhor dizendo, a duração
do trabalho e da própria disponibilidade obreira perante o empregador. A idéia de jornada de trabalho
(duração diária) e de duração semanal ou mensal do tempo laborado ou a disposição é o critério básico
do cálculo do salário, independente do volume de produção alcançado pelo trabalhador.

A parcela salarial básica não pode ser calculada através de parâmetros superiores a jornada mensal de
trabalho, podendo, no entanto, ser calculada através de parâmetros inferiores. O limite legal de
cômputo do montante da verba devida não se aplica a todas as verbas salariais, as gratificações podem
ser pactuadas em períodos diferenciados de tempo.

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Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia
útil do mês subseqüente ao vencido. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

Para se calcular o salário-hora normal de empregado mensalista deve-se dividir o montante do salário
mensal pactuado por 220 horas (limite mensal máximo) ou número inferior, em conformidade com o
contrato de trabalho.

Exemplo: um empregado recebe um salário mensal de R$ 1.320,00, trabalha 7h20min de segunda a


sábado, atendendo às 44 horas semanais, conforme preceitua o art. 7º, inciso XIII da Constituição
Federal.

7h20min por dia = 440min x 30 dias = 13.200min por mês


13.200min / 60min = 220h
R$ 1.320,00 / 220h = R$ 6,00
Salário-hora normal = R$ 6,00

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No caso de empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário diário,
correspondente à duração do trabalho (7h20min ou período inferior em conformidade com o contrato),
pelo número de horas efetivamente trabalhadas.

Exemplo: um empregado percebe ganha R$ 23,90 por dia.

7h20min = 7,33
R$ 23,90 / 7,33 = R$ 3,26
Salário-hora normal = R$ 3,26

10.3.2 Salário por Unidade de Obra

Adota no cômputo do montante devido o volume da produção alcançada pelo empregado. A produção
realizada é o parâmetro utilizado independentemente do tempo de trabalho despendido pelo
empregado ou mesmo do tempo à disposição do empreendimento. Adotando como parâmetro
unidades de obra, a cada parcela é atribuído previamente um respectivo valor que multiplicado pelo
volume produzido gera o conhecimento do montante salarial devido.

Essa espécie salarial é comumente adotada em situações contratuais em que o empregador não possui
condições de controlar efetivamente o desenvolvimento da duração do trabalho, seja em trabalho
prestado em domicílio ou desempenhado estritamente de forma externa.

As percentagens ou comissões calculadas a base do montante da produção realizada pelo empregado


também são espécies de salário calculado a base das unidades de obra.

No ordenamento justrabalhista brasileiro, o salário por unidade de obra não pode ser adotado sem
limitações, um nível salarial mínimo sempre é devido ao empregado, observado o parâmetro temporal
máximo mensal. Dessa forma dispõe o texto constitucional em seu art. 7º, VII. O salário mínimo legal
ou em certos casos o salário normativo constituem a base mínima a que não pode submergir o salário
calculado pelo critério de unidades de obra.

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:

(...)

VII. garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

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Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao
trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou
subzona.

Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a
percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado
qualquer desconto em mês subseqüente a título de compensação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967).

O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a garantia salarial aduz ao mínimo


mensal, desconsiderados melhores cálculos apurados por outros parâmetros, hora ou dia como
exemplo.

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Outro limite se impõe na regra que veda ao empregador reduzir de forma substantiva o número de
peças encomendadas ao obreiro, provocando, por conseguinte a redução do salário mensal.
Semelhante prática configura infração trabalhista, ensejando a ruptura do contrato por culpa do
empregador (rescisão indireta).

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Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

(...)

g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.

10.3.3 Salário Tarefa

Auferido a partir da combinação do critério da unidade de obra com o critério da unidade de tempo.
Portanto, ao parâmetro temporal de trabalho prestado ou a disposição do empregador agrupa-se um
montante mínimo de produção a ser alcançado.

Nesse sistema, atingida a meta de produção em menor número de dias da semana, como exemplo, dois
efeitos podem ser produzidos a critério do empregador:

• liberação do empregado do trabalho nos dias restantes, restando garantido o salário padrão
fixado.
• determinação da realização de uma produção adicional, no tempo disponível restante com
pagamento de um acréscimo salarial referente ao acréscimo da produção.

Evidentemente há limites que não podem ser transpostos por esse sistema. Caso o trabalhador não
alcance a meta de produção estipulada no período de tempo comum ao padrão da jornada, sendo
compelido a prolongar o período de prestação até o cumprimento da meta, tal sobrejornada será
compensada com pagamento adicional. Da mesma forma, não há possibilidade de redução
proporcional da remuneração do obreiro em relação a meta de produção não observada.

Por decorrência lógica do texto protetivo inserto na legislação justrabalhista, nesta modalidade não
poderá o trabalhador receber pagamento mensal inferior ao mínimo legal ou ao mínimo da categoria.

10.4 Meios de Pagamento do Salário

Tempo de Pagamento: a periodicidade máxima admissível para o pagamento das verbas salariais é o
parâmetro mensal conforme art. 459 da CLT. Tal periodicidade envolve não somente o lapso máximo
para o pagamento como também os critérios temporais máximos para o cálculo dessa parcela. A regra
de periodicidade abrange fundamentalmente as parcelas componentes do salário base com reflexo nos
adicionais legais, não repercutindo em parcelas de natureza também salarial como as comissões,
percentagens e gratificações.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia
útil do mês subseqüente ao vencido.

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O pagamento de comissões, gratificações e outras percentagens (independentes dos adicionais legais)


que são parcelas não calculadas e não vencidas mensalmente obedece a distinto critério temporal,
conforme art. 466 da CLT. No entanto, esta especificidade não implica na falta de obrigatoriedade de
pagamento de tais parcelas em dias úteis, com vedação do pagamento em dias de repouso assim como
em dias em que não há desempenho das rotinas do empreendimento, conforme dispõe a súmula 113
TST.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do
serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária,
observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).

Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem.

§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e
comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.

§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artigo.

Súmula 113 TST. Bancário. Sábado. Dia útil. O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de
repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.

Quanto ao momento da efetuação do pagamento dos salários, a CLT, em seu art. 465, estipula que o
ato deve ser concretizado dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste.
Contraditório às regras justrabalhistas que a principal obrigação do empregador na relação contratual
seja cumprida em horários inusitados, ocupando-se o empregado com novo dispêndio de tempo para
percepção de sua verba salarial.

Com relação às verbas trabalhistas devidas em casos de rescisão contratual, a legislação fixa a
obrigação de pagamento das verbas incontroversas na data da primeira audiência do respectivo
processo judicial, sendo tal preceito também aplicável em quadros de revelia ou confissão ficta
(súmula 60 TST). O não pagamento de tais parcelas incontroversas impõe a cominação incidente de
50% a título de penalidade sobre o referido montante.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho,
a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dada
pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001).

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e
as suas autarquias e fundações públicas. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001).

Lugar de Pagamento: o pagamento, como regra, deve-se operacionalizar em um único procedimento,


ágil, prático e funcional, tendente a desonerar o empregado de espera ou peregrinação posterior à
jornada de trabalho em busca da parcela devida.

A regra orienta o pagamento no próprio local de trabalho. Contudo tal regra não se impõe de forma
absoluta, existem modalidades de pagamento operacionalizadas fora do ambiente de trabalho. É o que
decorre da autorização contida na Convenção 95 da Organização Internacional do Trabalho (Decreto
41.721/57). A orientação administrativa do Ministério do Trabalho (Portaria 3.281/84) considerou
válido o pagamento através do crédito em conta corrente bancária ou mesmo através de cheque.

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Algumas compatiblizações devem ser realizadas para a funcionalização destas modalidades:

• pagamento com cheque – a agência bancária deve ser próxima ao local da prestação dos
serviços ou se acaso distante, o empregador deve fornecer meios de condução do mesmo até o
local estabelecido para o saque. O documento deve ser da praça e não pode estar cruzado.
Deve haver liberação do obreiro em horário compatível a todo o procedimento.

• pagamento em crédito na conta corrente – a agência bancária deve ser próxima ao local da
prestação dos serviços ou se acaso distante, o empregador deve fornecer meios de condução
do mesmo até o local estabelecido para o saque. Deve haver liberação do obreiro em horário
compatível a todo o procedimento.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando
de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.

Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).

Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do
serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária,
observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).

Meios de Pagamento: a regra estatui que o salário deva ser pago em moeda nacional, sendo esta
compreendida como a expressão monetária oficial e corrente no país. Constitui-se como nulo o
pagamento mediante cartas de crédito, cupons, bônus ou outros instrumentos semelhantes. Da mesma
forma, constitui nulidade o pagamento mediante instrumentos que configurem o truck system, assim
como de qualquer modalidade de vincule de forma automática do salário a armazéns ou sistemas de
fornecimento de mercadorias (art. 462 CLT). Qualquer método que restrinja a liberdade de disposição
do trabalhador de seu salário da maneira como lhe convier. (Convenção 95 OIT).

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Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.

É completamente nulo o pagamento do salário em metal ou moeda estrangeira. Há exceções


decorrentes do contrato de trabalho, encontradas nas hipóteses de técnicos estrangeiros contratados
para trabalhar no país e empregados brasileiros transferidos para trabalhar no exterior. As exceções, no
entanto, permitem tão somente a indexação em moeda estrangeira, devendo o efetivo pagamento ser
efetuado em moeda nacional. A conversão faz-se pela taxa de câmbio do dia do vencimento do salário.

A ordem jurídica admite também que parte do pagamento salarial se realize em bens ou serviços
(utilidades). Trata-se da figura do chamado salário in natura ou salário utilidade. Acentue-se, porém,
que uma pequena fração do salário seja paga em moeda corrente.

O correto pagamento somente se consuma se for efetuado à correta pessoa, no caso do salário, que seja
feito diretamente à pessoa do empregado. Não será rejeitado pelo empregador o mandato em situações
excepcionais de impossibilidade de recebimento salarial pelo próprio empregado. Em caso de dúvida,
socorre ao empregador o instrumento da ação de consignação em pagamento. (art. 890 Código de
Processo Civil).

A quitação de verbas trabalhistas será dada por escrito, sendo que ao empregado analfabeto observar-
se-ão as cautelas do ordenamento trabalhista.

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Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando
de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.

Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).

10.4.1 Salário Utilidade

Autoriza a ordem jurídica que o pagamento do salário se dê em pecúnia (dinheiro, moeda nacional) ou
em bens ou serviços, designados sob a denominação utilidades (salário in natura).

Não se considera, no entanto, que todo e qualquer fornecimento de bens ou serviços pelo empregador
ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho configure-se como salário-utilidade, da mesma
forma que nem todo fornecimento assume natureza salarial. Para a configuração da especialidade da
forma salarial, dois requisitos devem ser cumpridos: a) habitualidade do fornecimento do bem ou
serviço; b) causa e objetivos contraprestativos do fornecimento.

Habitualidade: repetição uniforme em certo contexto temporal. Essa habitualidade pode ser diária
(tíquete alimentação), semanal (utilidade lazer) ou mensal (cesta de alimentação). Pode inclusive ser
semestral ou anual (viagem de lazer paga pela empresa em virtude do semestre ou ano contratual),
assumindo natureza de gratificação, mantida sua natureza salarial. Importante a informação acerca da
conformação da habitualidade em virtude da forma contratual de estipulação (art. 444 CLT).

Causa e objetivos contraprestativos: É preciso que a utilidade seja fornecida preponderantemente


com intuito retributivo, como um acréscimo de vantagens contraprestativas ofertadas ao empregado,
sendo diverso o intuito do fornecimento, tal prestação perde a natureza salarial. Dessa forma, não
possui efeito contraprestativo o fornecimento de bens ou serviços feitos como instrumento para a
viabilização ou aperfeiçoamento da prestação laboral. Não se exige essencialidade da prestação
oferecida para que o serviço possa ocorrer, conforme orientação do art. 458, §2º da CLT.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas
alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em
cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). (Incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967);

§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades
concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho,
para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a


matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído


pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

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V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001);

(...)

§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam
e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-
contratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994);

§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante
a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização
da mesma unidade residencial por mais de uma família. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994).

Excluem-se do caráter retributivo necessário o fornecimento de bens ou serviços em atendimento a


dever legal do empregador, seja este derivado de normas heterônomas como de normas autônomas. O
caráter contraprestativo do fornecimento enseja dificuldades na sua aferição, dado o fato de que a
prestação, mesmo que de forma indireta, representa vantagem para o obreiro que a recebe, seja pela
redução de despesas propiciada pelo fornecimento de uniformes, seja pela potencialização da
qualificação profissional derivada do franqueamento de cursos de capacitação, seja pela elevação do
conforto pessoal do obreiro advinda da cessão de veículo mesmo em horários de serviço externo.

Dada a dificuldade, a definição se encontra na eliminação de determinados elementos, dessa forma,


entende a ordem justrabalhista que não constitui salário utilidade o bem ou serviço fornecido como
meio de aperfeiçoamento da prestação de serviços (curso de informática vinculado à necessidade do
obreiro, fornecimento de veículo ao obreiro dentro do horário de trabalho para a execução de serviços
externos.

Da mesma forma, não constitui salário utilidade o bem ou serviço ofertado em cumprimento de dever
legalmente imposto ao empregador, seja por norma heterônoma ou por meio de negociação coletiva ou
sentença normativa. Não se compreendem, portanto, como utilidades o fornecimento de serviços
educacionais (art. 205, 212 CRFB/88), fornecimento de vale transporte (Leis 7.418/85 e 7.619/87),
fornecimento de EPI’s (artigos 157, 158, 168, 200 e 458 da CLT).

O ordenamento jurídico possui competência para excluir a natureza salarial de determinadas


prestações consideradas utilidades, tendo como pressuposto a adequação da livre iniciativa às
condições de função social da propriedade, dessa feita, outras utilidades que não aquelas necessárias à
viabilização e aperfeiçoamento da prestação laborativa não são consideradas como parcelas salariais
(educação em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à
matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; transporte destinado ao deslocamento
para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; assistência médica,
hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro saúde; seguros de vida e de
acidentes pessoais; previdência privada; entre outros).

Com respeito à função da norma jurídica concessora da utilidade, qualquer instrumento de negociação
coletivo ou norma heterônoma estatal possui o condão de esterilizar da incidência do tipo legal padrão
do salário utilidade a sua característica de parcela salarial. É o que se passa, por exemplo, com a
alimentação. Seu oferecimento em função do simples contrato de trabalho enquadra a utilidade como
salário in natura (Súmula 241 TST), não o sendo se prestada para viabilizar a prestação de serviços
(plataformas marítimas, obras em locais inóspitos, entre outros). No entanto, se a alimentação for
prestada nos moldes previstos no PAT (Lei 6.321/76) deixa de possuir natureza salarial utilitária, dada
disposição específica na norma jurídica instituidora. (OJ 133, SDI-I/TST).

Efeitos contratuais da utilidade salarial: a caracterização de uma utilidade fornecida enseja a


produção de certos efeitos contratuais, próprios às parcelas de natureza salarial (efeito expansionista
circular dos salários). Contudo, o tipo e a extensão da repercussão dependem da modalidade de salário
(salário base, adicional, gratificação) em que se enquadra a respectiva utilidade.

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• salário base: como regra, as utilidades são ofertadas de forma contínua ao longo do contrato,
sendo fruídas pelo obreiro ao longo da prestação laboral, integrando dessa forma o salário
básico do prestador. Os reflexos são produzidos nas seguintes verbas: décimo terceiro
salário, FGTS, terço constitucional de férias (quando a utilidade continua sendo fruída nas
férias), salário de contribuição ao INSS do obreiro.

• adicional / gratificação: é possível a ocorrência de oferta das utilidades em espaços


temporais mais largos que o mês. A repercussão neste caso produzida por meio da parcela na
qualidade de gratificação periódica se dá nas próprias gratificações supramensais, FGTS e
décimo terceiro (Súmula 253 TST).

Descanso semanal remunerado e salário utilidade: como em regra, o salário utilidade é percebido
em lapsos de tempo superiores à semana, sendo fruído normalmente ao longo do mês ou em períodos
mais largos de tempo, dessa forma tem incorporado em seu valor o montante equivalente ao repouso
semanal remunerado, sendo descabidos reflexos expansionistas sobre tais verbas trabalhistas. (Lei
605/49)

Processo trabalhista: repercussões contratuais no contexto do processo trabalhista. Numa liquidação


de sentença, cabe aferir-se apenas o valor correspondente aos reflexos da parcela in natura, fazendo-se
o cálculo da utilidade somente para apuração de valores reflexos não quitados. Tal situação decorre do
fato de que o obreiro ao longo do contrato percebeu as utilidades oferecidas. Um eventual pagamento
dessas verbas no processo trabalhista representaria bis in idem.

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Art. 82 - Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em
dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário
mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região, zona ou subzona.

Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário
mínimo fixado para a região, zona ou subzona.

A primeira regra aponta no sentido de que o montante salarial pago em utilidades não pode alcançar
70% do salário nos casos em que o obreiro perceba apenas, no seu total, o salário mínimo legal. Dessa
forma 30% do salário mínimo deve obrigatoriamente ser pago em dinheiro.

O percentual previsto no parágrafo único do art. 82 da CLT reporta-se apenas ao salário mínimo, não
se calculando sobre parâmetros salariais superiores ao mínimo legal. Nesse mesmo sentido limitativo,
nos casos de percepção pelo empregado de remuneração limitada ao mínimo legal, o valor atribuído a
cada utilidade fornecida não pode ultrapassar o percentual normativamente fixado de referência a este
salário mínimo, conforme art. 458, §1º combinado com os artigos 81 e 82 da CLT)

Estes percentuais referenciais ao salário mínimo eram estabelecidos por Decreto do Poder Executivo,
conforme cada região (Decreto 94.062/87). No entanto, a Lei 8.860/94 revogou a previsão executiva
atribuindo percentuais somente a duas utilidades específicas, habitação (25%) e alimentação (20%).

Recebendo o obreiro salário superior ao mínimo legal, o valor atribuído a cada utilidade fornecida
deve obedecer à realidade, respeitados os limites percentuais normativos aplicáveis ao correspondente
salário contratual.

Súmula 258 TST. Salário-utilidade. Percentuais. Os percentuais fixados em lei relativos ao salário in natura
apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais o real
valor da utilidade.

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Salário-utilidade no campo: aplicação da Lei 5.889/73. A Lei do Trabalho Rural indica certas
especificidades relativas ao salário-utilidade aplicável ao trabalhador rural, em relação às regras
celetistas básicas.

• rol taxativo de utilidades: moradia (20%) e alimentação farta e sadia (25%). Outras hipóteses
podem ser vislumbradas por autorização legal ou sentença judicial. Qualquer outra vantagem
oferecida não tem o condão de gerar descontos nas verbas salariais do trabalhador rural. A
oferta de utilidades não previstas neste rol, de forma habitual, pode gerar características de
habitualidade e, portanto, de integração ao contrato de trabalho, passando a ser tuteladas
pela cláusula da inalterabilidade lesiva do contrato de trabalho.

• o valor da integração ao salário das utilidades somente pode ter como base o mínimo legal.
Não há relevância quanto ao valor do bem ou serviço ofertado, bem como ao efetivo salário
contratual do obreiro. A utilidade moradia ainda pode sofrer retração proporcional ao
número de trabalhadores que ocupem determinada residência. Resta informar que é vedada a
moradia coletiva de famílias, conforme Lei 5.889/73 e Decreto nº 73.626/74).

• prévio ajuste com relação às deduções acerca das utilidades oferecidas: essa regra deriva da
inteligibilidade do art. 458 da CLT, uma utilidade ofertada, durante certo período, sem
qualquer dedução correspondente no valor do pagamento salarial pecuniário, não pode,
posteriormente, ensejar a respectiva dedução, sob pena de prática lesiva a intangibilidade
das regras contratuais.

• pode haver elisão da natureza salarial das utilidades oferecidas pelo empregador em favor do
empregado no contexto do contrato empregatício, sendo tal procedimento efetuado por meio
de cláusula inserta no contrato de trabalho firmado bilateralmente. Diferentemente das
regras aplicáveis ao contrato celetista convencional.

10.4.2 Intangibilidade dos Salários

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivo de lei ou de contrato coletivo.

§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido
acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.

§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços
estimados a proporcionar-lhes prestações "in natura" exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de
que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.

§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela
Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as
mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em
benefício dos empregados.

§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos
empregados de dispor do seu salário.

A garantia de intangibilidade ampliou-se com o advento da Constituição de 1988. A retenção dolosa


do salário constitui crime (art. 7º, X, CRFB/88). Por se tratar de infração penal, a interpretação do
texto legal deve ser literal, dessa forma, configura o tipo penal tão somente a retenção do salário
strictu sensu, não se aplicando a regra à retenção de parcelas acessórias bem como a parcelas salariais
controvertidas.

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A ordem justrabalhista admite, porém alguns descontos, sem que isso configure apropriação indevida
de valores:

• adiantamentos salariais: por se tratar de antecipação do pagamento do salário, a simples


dedução do valor adiantado não configura desconto propriamente dito. De toda forma, a CLT
prefere adotar a definição descontos autorizados;

• descontos resultantes de dispositivos de lei: descontos relativos a contribuição previdenciária


oficial, a imposto de renda retido na fonte, a contribuição sindical obrigatória (art. 8º, IV,
CRFB/88 – art. 578 CLT), a prestações alimentícias judicialmente determinadas, a pena
criminal pecuniária, a custas judiciais, a dívidas junto ao Sistema Financeiro Habitacional
(mediante requerimento – Lei 5.725/71), a vale transporte (Lei 7.418/85 e Lei 7.619/87), a
retenção do saldo de salário por falta de aviso prévio de empregado que pede demissão (art.
487 CLT), a empréstimo financeiro contratado pelo trabalhador (limites definidos pela Lei
10.802/03);

• descontos autorizados por norma negocial coletiva: tais descontos referem-se à contribuição
sindical distintas da obrigação legal constitucional, aplicando-se tão somente trabalhadores
sindicalizados;

• descontos relativos a danos causados pelo empregado ocorrendo dolo deste.

• descontos relativos a danos causados pelo empregado ocorrendo culpa deste: esta hipótese
autorizativa depende de prévia previsão de possibilidade avençada no contrato de trabalho. A
jurisprudência tem minimizado em alguns casos a incidência da referida norma, trata-se de
casos em que existe efetiva possibilidade de acidentes com máquinas e equipamentos,
situação em que não poderia haver a opção pela responsabilização obreira em detrimento do
risco empresarial do empreendimento;

• outras opções de possibilidade de desconto efetivado sobre o salário obreiro: descontos


relativos a bens ou serviços colocados à disposição do empregado pelo próprio empregador
ou por entidade a este vinculada (contribuições recolhidas a titulo de inserção em programas
de seguro coletivo, previdência privada, saúde pessoal e familiar, clubes recreativos,
cooperativas de crédito ou de consumo obreiras, entre outros). Com relação a estes
descontos, duas são as posições passíveis de adoção. Uma primeira que considera os
descontos inválidos por não serem autorizados explicitamente pelo art. 462 da CLT. A
segunda linha entende válidos os referidos descontos quando efetivada a adesão obreira ao
pacto acessório ao contrato de trabalho bem como desta adesão decorrer efetiva vantagem ao
trabalhador e a sua família (aplicação da súmula 342 TST)

Súmula nº 342 TST. Descontos Salariais. Art. 462 CLT. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a
autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica
médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa ou recreativa associativa dos
seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo
se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.

A possibilidade de desconto nos salários dos trabalhadores rurais é mais restritiva se considerada a
regra aplicada pela CLT. O texto normativo da Lei 5.889/73 aduz a possibilidade de dedução tão
somente das parcelas calculadas sobre o salário mínimo referentes à alimentação sadia e farta (25%) e
à habitação (20%), bem como relativa à antecipação de salários ao longo do período de trabalho.

Outras possibilidades de dedução somente podem se processar por autorização legal ou decisão
judiciária. Além disso, as deduções admitidas pela norma jurídica reguladora das relações no campo
devem ser previamente autorizadas pelo obreiro.

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11. CONCEITO E ESPÉCIES DE JORNADA DE TRABALHO

11.1 Jornada de Trabalho

Jornada de trabalho é o lapso temporal diário em que o empregado se coloca a disposição do


empregador em virtude do respectivo contrato. É desse modo, a medida principal do tempo diário de
disponibilidade do obreiro em face de seu empregador como resultado do cumprimento do contrato de
trabalho que os vincula.

A jornada mede a principal obrigação do empregado no contrato (o tempo de prestação de trabalho ou,
pelo menos, de disponibilidade perante o empregador). Por ela mensura-se, também, em princípio,
objetivamente, a extensão de transferência de força de trabalho em favor do empregador no contexto
de uma relação empregatícia. É a jornada, portanto, ao mesmo tempo, a medida principal da obrigação
obreira (prestação de serviços) e a medida da principal vantagem empresarial (apropriação dos
serviços pactuados).

11.2 Horário de Trabalho

Rigorosamente é o lapso temporal entre o início e o fim de certa jornada laborativa. A Consolidação
das Leis do Trabalho estabelece a regra de publicidade da informação quanto à jornada de trabalho
devendo o respectivo controle de horários dos obreiros ser afixada em lugar visível do âmbito do
estabelecimento.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do
Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não
ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.

§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos
coletivos porventura celebrado;

§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e
de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério
do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989);

§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente,
de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o §1º deste artigo.

11.3 Composição da Jornada de Trabalho

11.3.1 Tempo efetivamente trabalhado

Nesse critério, excluem-se do cômputo da jornada laboral, os períodos de tempo à disposição do


empregador, mas sem exercício de funções, eventuais paralisações da atividade empresarial que
inviabilizam a prestação de trabalho assim como qualquer tipo de intervalo intrajornada.

A legislação brasileira não adota tal critério como regra, vez que tal situação transferiria ao obreiro
parcela do risco empresarial que é inerente à figura do empregador. Contudo em alguns sistemas de
remuneração, tal composição de jornada de trabalho tem adequação mais perfeita, como é o caso da
remuneração segundo o total da produção, ou salário calculado pela quantidade de peças produzidas
com a aplicação da garantia do mínimo salarial legal (art. 7º, VII CRFB88).

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11.3.2 Tempo a disposição

Considera-se como componente da jornada de trabalho o tempo a disposição do empregador no centro


do trabalho, independente da ocorrência ou não da efetiva prestação de serviços.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Com relação ao termo centro do trabalho, tal expressão não denota o efetivo local da prestação dos
serviços, exemplo claro é a prestação que se dá em minas no subsolo onde o centro do trabalho se situa
na sede da mina e o local da prestação dos serviços localiza-se por vezes a larga distância, no fundo da
própria mina.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 294 O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será
computado para o efeito de pagamento do salário.

11.3.3 Tempo de deslocamento

Esse critério considera como componente da jornada de trabalho o tempo despendido pelo obreiro no
deslocamento residência-trabalho-residência, período em que, evidentemente, não há efetiva prestação
de serviços (horas deslocamento).

Tal critério, em regra, é adotado pela legislação acidentária do trabalho, onde se equipara ao acidente
de trabalho o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho no percurso
da residência para o local de trabalho ou deste para aquela qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do segurado. (art. 21, IV, “d” da Lei 8.213/91).

A doutrina e jurisprudência trabalhista não admitem a possibilidade de agregação das horas


deslocamento ao cômputo da jornada de trabalho. Não é possível admitir-se tal inferência da leitura do
art. 4º da Consolidação das Leis do Trabalho.

Contudo, tal posicionamento admite regras de exceção, uma destas sendo as denominadas horas in
itinere, insertas na Súmula nº 90 do TST e no art. 58, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

Claro está o entendimento de que para a agregação de tais períodos no cômputo da jornada de
trabalho, o local da prestação deve ser considerado de difícil acesso ou não servido por transporte
público sendo o referido transporte fornecido pelo empregador.

11.3.4 Tempo Residual à Disposição

Pequenas variações, de até cinco minutos, totalizando dez ao dia, não serão consideradas para qualquer
fim. A partir desse limite de cinco minutos, no começo e no fim da jornada, o tempo lançado no cartão
de ponto será tido como à disposição do empregador integrando a jornada laborativa obreira para todos
os efeitos.

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Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro
de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

11.4 Modalidades de Jornada

11.4.1 Jornadas Controladas

Esta é a regra geral no Direito Brasileiro. Tal afirmação encontra amparo na definição do conceito de
jornada de trabalho, que afirma como tal o tempo de serviço efetivamente prestado ou posto a
disposição pelo obreiro em benefício do empregador. Por aplicação dos poderes concernentes à figura
do empregador resta ao mesmo o direito de efetuar o controle da prestação de tais serviços, seja com
relação à intensidade quanto à qualidade da prestação recebida.

Não obstante exista a presunção de controle da jornada de trabalho pelo empregador, não estabelece a
lei procedimentos especiais para a realização de tal mister quando se tratar de trabalho interno prestado
a estabelecimentos de pequeno porte conforme o art. 74, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Com relação a estabelecimentos mais complexos, a lei estabelece a necessidade de adoção do
procedimento de anotação das horas de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico
que estejam em conformidade com instruções administrativas do Ministério do Trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do
Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não
ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.

(...)

§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e
de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério
do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989).

O não cumprimento de tais requisitos, tais como a falta de fidedignidade dos registros gera ao
empregador a incumbência de comprovar a não realização de horas extraordinárias por ventura
alegada pelo obreiro numa situação judicial de discussão de verbas trabalhistas.

A ordem jurídica ainda prevê possibilidade de controle pelo empregador também das situações de
trabalho exercido fora do ambiente empresarial. Ilustrativamente é o que se passa nas hipóteses de
roteiros externos cumpridos em horários lançados em fichas ou papeletas de registro de horário em
poder do próprio empregado.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 74 – (...)

§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente,
de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo.

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11.4.2 Jornadas Não Controladas

A ordem jurídica reconhece que a aferição de uma efetiva jornada de trabalho cumprida pelo
empregado supõe um mínimo de fiscalização e controle por parte do empregador sobre a prestação
concreta dos serviços ou sobre o período de disponibilidade perante a empresa. O trabalho não
fiscalizado, nem minimamente controlado é insuscetível de propiciar a aferição da real jornada
laborada pelo obreiro, por tal razão é insuscetível de propiciar a aferição da prestação de horas
extraordinárias pelo trabalhador.

Tal situação de incompatibilidade do controle da jornada de trabalho deve estar consignada em


anotação na CTPS e no registro de empregados conforme art. 62, I da Consolidação das Leis do
Trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho): (Redação dada pela
Lei nº 8.966, de 27.12.1994).

I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo
tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído
pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994).

Situação importante se extrai da leitura no inciso II do próprio artigo 62 do estatuto obreiro:

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho): (Redação dada pela
Lei nº 8.966, de 27.12.1994).

(...)

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do
disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de
27.12.1994).

Os cargos de confiança, sendo estes reveladores da extensão dos poderes de gestão, mando e
representação em conformidade com a Lei 8.966/94, em essencial os cargos de gerência, a eles sendo
assemelhados os cargos de chefia de departamentos ou de filias, não estão automaticamente afastados
da incidência da prestação de horas suplementares a jornada de trabalho conforme assevera o
dispositivo acima inserto.

Tais cargos configuram-se objetivamente com a verificação da remuneração em percentual superior a


40% ao salário efetivo, condizente logicamente com o cargo ou função de gerente. De tal forma, pela
posição hierárquica superior ocupada pelo obreiro gerente na estrutura funcional da empresa, não
estaria sujeito a controle e fiscalização estrita de horários laborais, contudo, tal presunção não se
assevera absoluta, havendo comprovação de submissão a controle diário de horários, a ocorrência de
horas suplementares a jornada padrão gera a obrigatoriedade de contraprestação remuneratória.

11.4.3 Jornadas Não Tipificadas

A única categoria de empregados não abrangida pelas normas de regência relativas a jornada de
trabalho são os domésticos. A tal classe não se aplicam as regras de jornada, intervalos intrajornadas,
intervalos interjornadas, horas extraordinárias, entre outros).

Mesmo com a ampliação dos direitos dos empregados domésticos advindos da Lei 5.859/72, Lei
11.324/06 e da própria Constituição Federal de 1988, tal ponto específico não foi tratado com critérios
isonômicos, prevalecendo, portanto, tais regras discriminatórias.

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11.5 Jornada Padrão de Trabalho

A jornada padrão de trabalho, segundo o ordenamento jurídico pátrio atual é de 08 horas diárias, com a
conseqüente duração semanal de 44 horas em conformidade com o art. 7º, XIII da CRFB/88.

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social: (...)

XIII. duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

A Consolidação das Leis do Trabalho teve seu artigo 58, acima transcrito parcialmente revogado, vez
que por aplicação literal de suas regras, encontraríamos uma jornada semana de 48 horas.

Com a aplicação das regras da Constituição Federal de 1988, a jornada padrão continua a ser de 8
horas diárias, contudo por divisão da jornada semanal pelos 06 dias trabalhados, com a integração do
descanso semanal remunerado, teríamos uma jornada diária de 7 horas e 20 minutos, não se
computando como extras os minutos diários compreendidos entre a fração temporal de 7 horas e 20
minutos e a oitava hora diária.

A duração mensal de serviço atualmente é de 220 horas, inferior às 240 horas previstas na
Consolidação das Leis do Trabalho. Nesse montante já estão computadas a fração temporal
equivalente ao repouso semanal remunerado. O cálculo nesse sentido representa a multiplicação da
fração temporal diária pelo período de 30 dias, o que evidenciaria o montante de 220 horas no referido
período.

No calculo da jornada de trabalho do empregado mensalista sempre serão considerados 30 dias para o
cálculo de dias de trabalho por mês, em conformidade com o disposto no parágrafo único do art. 64 da
CLT. Tal operação prevalece mesmo que o mês tenha o número inferior ou superior a 30 dias.

Exemplo: um mensalista trabalha de segunda a sexta-feira, 08 horas diárias e aos sábados 04 horas,
perfazendo o total de 44 horas semanais previsto na Constituição Federal, tem-se então:

Segunda a sexta-feira = 5 dias x 8h = 40h


Sábado = 1 dia x 4h = 4h
Domingo = 1 dia = 7h20min
Segunda a sexta-feira = 5 dias x 8h = 40h
Sábado = 1 dia x 4h = 4h
Domingo = 1 dia = 7h20min
Segunda a sexta-feira = 5 dias x 8h = 40h
Sábado = 1 dia x 4h = 4h
Domingo = 1 dia = 7h20min
Segunda a sexta-feira = 5 dias x 8h = 40h
Sábado = 1 dia x 4h = 4h
Domingo = 1 dia = 7h20min
Segunda a sexta-feira = 2 dias x 7h20min = 14h20min

Total = 30 dias = 220h

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Observação: os dois últimos dias foram considerados como possuindo uma


jornada de 7h20min; na realidade, o empregado trabalhou 08 horas diárias
compensando 80 minutos (40 minutos de cada dia) do sábado que serão
considerados no mês seguinte.

No calculo da jornada de trabalho do empregado horista deverá ser considerado o número efetivo de
dias do mês agregando-se os dias referentes ao descanso semanal remunerado. Exemplos do cálculo de
jornadas de meses com 31, 30 e 28 dias.

a) Março de 2007 = 31 dias

1ª semana – de quinta a sábado: 3 dias x 7h20min = 22h


2ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
3ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
4ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
5ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h

Total = 198h

Total de horas efetivamente trabalhadas = 198h


(+) DSR – 4 domingos – 4 dias x 7h20min = 29h20min

Total = 227h20min

b) Junho de 2007 = 30 dias

1ª semana – de sexta a sábado: 2 dias x 7h20min = 14h40min


2ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
3ª semana – de segunda a sábado (quinta feriado): 5 dias x 7h20min = 36h40min
4ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
5ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h

Total = 183h20min

Total de horas efetivamente trabalhadas = 183h20min


(+) DSR – 4 domingos e 1 feriado – 5 dias x 7h20min = 36h40min

Total = 220h

c) Fevereiro de 2007 = 28 dias

1ª semana – de quinta a sábado: 3 dias x 7h20min = 22h


2ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
3ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
4ª semana – de segunda a sábado: 6 dias x 7h20min = 44h
5ª semana – de segunda a quarta (terça feriado): 2 dias x 7h20min = 14h40min

Total = 168h40min

Total de horas efetivamente trabalhadas = 168h40min


(+) DSR – 4 domingos e 1 feriado – 5 dias x 7h20min = 36h40min

Total = 205h20min

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11.6 Jornadas Especiais

As jornadas especiais, geralmente direcionadas a específicas categorias de profissionais, são


estabelecidas em regra por normas heterônomas estatais (lei em sentido estrito). Ocorre que também
por via autônoma, jornadas especiais favoráveis às condições do empregado podem ser pactuadas.

Algumas categorias no exercício de suas funções extrapolam o limite constitucional diário permitido
de 08 horas, contudo não superam o limite semanal de 44 horas. Para a linha interpretativa
prevalecente nos Tribunais, a especificidade diária seria preservada estando respeitado o parâmetro
semanal imposto legalmente.

São exemplos de categorias que encerram essa hipótese os trabalhadores do setor petroquímico,
eletricitários, ferroviários, entre outros.

Outras formas de caracterização de jornada especial de trabalho podem ser inferidas nas jornadas
inferiores ao padrão constitucional. São exemplos dessa hipótese os trabalhadores em frigoríficos,
telefonistas, radialistas no setor de cenografia, todos com jornada especial de 07 horas diárias;
bancários, artistas, professores, com jornada especial de 06 horas diárias; jornalistas e radialistas no
setor de locução, com jornada diária de 05 horas.

11.7 Turnos Ininterruptos de Revezamento

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:

(...)

XIV. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva;

Enquadra-se no tipo legal o sistema de trabalho que coloque o empregado, alternativamente, em cada
semana, quinzena ou mês, em contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as 24 horas
integrantes da composição do dia/noite. Desse fato decorre a idéia de falta de interrupção do trabalho.
Partindo desse entendimento, estranho a esta figura jurídica seria a cobertura pelo trabalhador de
apenas parte das fases integrantes da composição dia/noite.

Não descaracteriza a tipificação dos turnos ininterruptos de revezamento a existência, na empresa, de


paralisação total ou parcial das atividades em um dos dias da semana para atender conjuntamente o
repouso semanal remunerado.

Pelas mesmas razões, pequenas interrupções a título de intervalo intrajornada não são elementos
hábeis para descaracterizar a ininterrupção dos turnos.

11.8 Jornadas Extraordinárias

Jornada extraordinária é o lapso temporal de trabalho ou disponibilidade do empregado perante o


empregador que ultrapasse a jornada padrão, fixada em regra jurídica ou por cláusula contratual. É a
jornada cumprida em extrapolação à jornada padrão aplicável à relação empregatícia concreta.

A noção de jornada extraordinária não se estabelece em função da remuneração suplementar à do


trabalho normal (adicional de horas extras). Estabelece-se em face da ultrapassagem da fronteira
normal da jornada. Tal definição é viável dada a existência de sobrejornada sem o respectivo
adicional, como é o caso do regime compensatório em que há a ultrapassagem da fronteira padrão em
certos dias com compensação em outros dias sem a incidência de acréscimo sobre horas extras.

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Antes da Constituição de 1988, existiam algumas modalidades de horas extraordinárias que eram
prestadas sem o pagamento do correspondente adicional. Previstas no art. 61 da Consolidação das Leis
do Trabalho (prorrogação por força maior e para reposição de paralisações). Contudo, com o advento
da Carta Constitucional, o acréscimo adicional passou a ser uma regra quase absoluta.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

Diversas expressões vinculadas a noção de sobrejornada tem sido utilizadas, pela cultura justrabalhista
brasileira, como sinônimas: jornada extraordinária, jornada suplementar, sobrejornada, horas extras,
sobretempo, entre outras. A coincidência no conteúdo dos termos passou a ser inafastável com a
aplicação dos termos da Constituição de 1988.

Adotando o entendimento da Consolidação das Leis do Trabalho, a extrapolação extraordinária da


jornada padrão de trabalho não se confundiria com a extrapolação meramente suplementar da referida
jornada.

A extrapolação extraordinária equivaleria à prorrogação caracterizada como não ordinária, excepcional


portanto. Tal conceito encontraria conteúdo no dispositivo do art. 61 do estatuto trabalhista. Por seu
turno, a extrapolação meramente suplementar equivaleria àquela prorrogação com caráter comum,
rotineiro, prolongada ao longo do contrato de trabalho indefinidamente, sem a apresentação de
irregularidades.

Importante frisar que existe a possibilidade de se promover entre os contratantes acordo de


compensação de horas de trabalho durante os dias da semana com vistas a não cumprir jornada de
trabalho aos sábados. Como exemplo podemos identificar a ocorrência em que determinado
empregador fez acordo de compensação de trabalho semanal de uma hora por dia, de segunda a
quinta-feira, para não trabalhar aos sábados, perfazendo um total de 44 horas semanais. Esse período
sobrejornada não deve ser considerado como jornada extraordinária, fazendo-se inferir também que
possível acordo de prorrogação de jornada de trabalho só pode ser no máximo de mais uma hora de
segunda a quinta-feira com vistas a observar o disposto na legislação trabalhista.

11.8.1 Tipos de Jornadas Extraordinárias

Com relação ao fato concreto gerador da necessidade de prorrogação da jornada de trabalho, o


transpasse pode ser fundamentado por: a) simples acordo de prorrogação de jornada; b) acordo de
regime de compensação de jornada; c) atendimento a serviços inadiáveis; d) reposição de
paralisações empresariais.

a) Acordo de Prorrogação de Jornada

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

A Instrução Normativa nº 01 de 12 de outubro de 1988 preceitua que os empregados maiores (homens


e mulheres) poderão ter a jornada prorrogada no máximo em duas horas, respeitado o limite de 10
horas diárias, mediante acordo individual, coletivo, convenção ou sentença normativa, com acréscimo
de, no mínimo, 50% sobre a hora normal. Aos menores é vedada a prorrogação da jornada de trabalho,
salvo para efeito de compensação.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Essa Instrução Normativa, fundamentando-se na Constituição Federal, altera vários artigos da


Consolidação das Leis do Trabalho, particularmente no que se refere à duração e condições do
trabalho da mulher. Homens e mulheres devem receber tratamento igualitário. A mulher pode fazer
horas extraordinárias e compensação de horas de trabalho mediante acordo individual.

No entanto, algumas restrições mantiveram-se impostas a este tipo de dilação de jornada laborativa.
Uma delas é a impossibilidade de extensão desta modalidade aos menores de 18 anos, os quais
somente poderiam trabalhar em sobrejornada quando cobertos pelo regime de compensação ou em
casos de força maior.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 413. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).

I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo
nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela
diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro
inferior legalmente fixada; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967;.

II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de,
pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja
imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).

Com relação a atividades insalubres, a prorrogação somente se processa com prévia autorização
administrativa, em conformidade com o art. 60 do estatuto trabalhista. Há orientação jurisprudencial
no sentido de que em se tratando de prorrogação por compensação de jornadas, sendo instrumentado
por acordo ou convenção coletiva, a inspeção prévia da autoridade administrativa seria desnecessária.
(Súmula 349 TST).

b) Regime de Compensação de Jornada

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

(...)

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho,
o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de
2001)

Na análise desse tema, importante verificar-se o marco temporal referente ao advento da Lei 9.601/98,
instrumento legal que instituiu no ordenamento jurídico brasileiro o Banco de Horas.

Anteriormente ao referido diploma, posição de grande peso no entendimento da interpretação acerca


do regime de compensação de horas entendia a possibilidade de negociação da sistemática por mero
acordo bilateral realizado dentro dos limites do próprio estabelecimento, sem exclusão da pactuação
por meio dos instrumentos de negociação coletiva insertos na Consolidação das Leis do Trabalho. A
exceção justifica-se em virtude do regime de compensação, em grande parte das vezes, ser
substantivamente favorável ao próprio trabalhador, não havendo fundamentos para sua obstaculização
por representar atendimento aos objetivos centrais do próprio Direito do Trabalho.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

A autorização de adoção do regime de compensação por acordo bilateral, justifica-se por aplicação
interpretativa do art. 7º da CRFB/88 que aduz a realização de direitos que visem à melhoria de sua
condição social (dos trabalhadores). Dessa forma, entendendo-se o regime de compensação de jornada
como elemento de natureza protetiva à relação empregatícia, não haveria motivos para que se lhes
aplicasse o dispositivo do art. 8º, VI do texto constitucional que cria a exigência de participação
sindical em acordos ou convenções coletivas de trabalho. Além disso, tais instrumentos são de rara
celebração no âmbito dos pequenos empreendimentos (onde se encontra a maior parte da força de
trabalho contratada no país) e a exigência de tal forma de pactuação acarretaria na inobservância do
disposto no art. 7º, XIII da Constituição Federal.

Outra especificidade do regime de compensação anterior a Lei nº 9.601/98 é relativa ao parâmetro


temporal máximo para a efetivação da compensação. A linha doutrinária que atende com maior clareza
os objetivos do instituto da compensação é a que adota o parâmetro mensal de compensação, dessa
forma, as horas extraordinárias do competente mês, no seu próprio decorrer deveriam ser compensadas
com o afastamento do pagamento do adicional constitucional.

Após a edição da Lei nº 9.601/98, com a criação do banco de horas, tais limites temporais de
compensação foram alargados para o período de um ano, com a aplicação das novas regras do art. 59
da Consolidação das Leis do Trabalho prevendo para sua celebração a participação da figura sindical.

Por aplicação de entendimentos jurisprudenciais, a prorrogação de jornada de trabalho com


compensação pode operar-se meio de acordo bilateral entre empregador e obreiro, salvo se houver
instrumento coletivo proibindo tal prática. Quando houver prorrogação de horas, o limite será de duas
horas extras diárias. Não há restrições de prestação de serviços sob estas condições por mulheres e
menores. Em havendo a efetiva compensação, no lapso temporal do próprio mês onde ocorreu o
excesso, não há incidência do adicional constitucionalmente previsto para a sobrejornada
extraordinária.

O regime de compensação em conformidade com os requisitos apresentados é viável, devendo ser


expresso no contrato de trabalho (OJ/SDI-1 223) e não existir proibição por convenção ou acordo
coletivo de trabalho (OJ/SDI-1 182 TST).

A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação e as horas que


ultrapassarem a jornada semanal normal devem ser pagas como horas extras e, quanto àquelas
destinadas à compensação, deve ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário
(OJ/SDI-1 220 TST).

c) Prorrogação em virtude de Força Maior

Esta modalidade tende a fundamentar a prorrogação para atendimento a necessidade imperiosa


derivada de motivo de força maior.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto

§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e
deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes
desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.

§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será
inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos,
25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas,
desde que a lei não fixe expressamente outro limite.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Instrução Normativa nº 01 de 12/10/1988

Na ocorrência de força maior, não há limite de jornada para os empregados maiores (homens e mulheres), cuja
remuneração será a da hora normal. Em se tratando de menores, o limite da prorrogação será de quatro horas
diárias, com adicional de, no mínimo, 50% sobre a hora normal. Os casos de força maior deverão ser
comunicados ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias para os empregados maiores, e 48
horas no caso dos menores.

O conceito de força maior (caso fortuito) é lançado pela própria Consolidação das Leis do Trabalho,
em seu art. 501 como sendo todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e
para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.

Dessa forma, a imprevidência do empregador exclui a razão da força maior, bem como não se
enquadram no conceito de força maior fatores derivados de alterações da política econômica
governamental, uma vez que tais fatores conjunturais inscrevem-se como riscos normais do
empreendimento (princípio da alteridade).

A leitura do §1º do referido dispositivo denota o entendimento de que a prorrogação resulta de ato
unilateral do empregador (ato motivado). Seria uma decorrência do jus variandi empresarial no âmbito
da relação de emprego.

Com relação ao trabalhador menor, sua convocação para atender a necessidades de prorrogação da
prestação de serviços por motivos de força maior tem restrição na imprescindibilidade de sua
prestação, conforme art. 413, II da Consolidação das Leis do Trabalho.

Não estabelece a norma positiva qualquer limitação temporal quanto à duração da prorrogação,
contudo, a verificação de regras de segurança e medicina do trabalho devem servir como parâmetro
para tal decisão. Com relação aos menores, a limitação temporal da sobrejornada é fixada em 04 horas.

d) Prorrogação em virtude de Serviços Inadiáveis

Tal modalidade de prorrogação visa o atendimento a necessidade imperiosa vinculada à realização ou


conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. Trata-se de
causa de prorrogação excepcional, conforme art. 7º, XVI da CRFB/88. Em suma serviços
considerados inadiáveis são emergenciais, não podendo ser realizados em horário predeterminado ou
não possam ser postergados sob pena de inequívoca perda do seu resultado útil. (carregamento e
armazenamento de produtos perecíveis, reparos em equipamentos acondicionadores essenciais).

Cabe ao empregador a comunicação em 10 dias à Delegacia Regional do Trabalho, ou antes disso em


caso de fiscalização no estabelecimento ou empresa.

A CLT não permite a utilização deste instrumento com relação aos trabalhadores menores, bem como
com relação aos demais obreiros, impõe o limite intransponível de 12 horas diária de trabalho.

Instrução Normativa nº 01 de 12 de outubro de 1988

Tratando-se de serviços inadiáveis, a jornada poderá ser aumentada em até quatro horas diárias,
exclusivamente para os empregados maiores, com acréscimo de, no mínimo, 50% da hora normal. Os casos de
serviços inadiáveis deverão ser comunicados ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

e) Prorrogação para Reposição de Paralisações Empresariais

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

(...)

§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que
determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo
necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo
perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias
por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

Instrução Normativa nº 01 de 12 de outubro de 1988

As horas não trabalhadas em decorrência de causas acidentais ou de força maior, poderão ser repostas pelos
empregados na base de duas horas por dia, no máximo de 45 dias ao ano, respeitado o limite de dez horas
diárias. As referidas horas não sofrerão acréscimo salarial.

11.8.2 Efeitos da Jornada Extraordinária

Com exceção das jornadas extraordinárias abrangidas pelo regime de compensação, toda sobrejornada
deve receber remuneração específica chamado de adicional de horas extras, conforme art. 7º, XVI da
Constituição Federal.

O recebimento habitual pelo obreiro do montante relativos às horas extras prestadas, bem como seu
adicional constitucional, por via reflexa, provocam integração junto a verbas salariais para todos os
fins, sejam elas referenciais a verbas trabalhistas (13º salário, férias com adicional constitucional,
FGTS, aviso prévio, entre outros), sejam referenciais a verbas previdenciárias (salário de
contribuição).

Não havendo habitualidade na prestação de sobrejornada, não há que se argumentar acerca de


integração contratual das parcelas eventualmente recebidas.

Súmula nº 292 TST (revisão do Enunciado 76) – a supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado
com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente
ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação
de serviços acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente
trabalhadas nos últimos 12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

Dessa forma, por aplicação da Súmula acima transcrita, tais horas suplementares e seu adicional tem
caráter de salário condição, podendo ser suprimidas no caso de desaparecimento da causa que lhes dá
origem.

A remuneração das horas suplementares é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas
de natureza salarial, e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa. (Súmula 264 TST). Dessa forma, a base de cálculo da remuneração da
sobrejornada inclui outros adicionais anteriormente aplicados sobre a remuneração do obreiro
(insalubridade ou periculosidade como exemplo).

O adicional sobre horas extras constitucionalmente definido é de 50% conforme art. 7º, XVI da
CRFB/88. Os antigos percentuais previstos no art. 59, §1º da CLT restaram revogados. Adicionais
superiores podem ser pactuados no próprio contrato de trabalho.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

11.9 Jornada Parcial de Trabalho

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).

§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em
relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada
perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).

O trabalho em regime de tempo parcial, pelas novas regras insertas na CLT, é tipificado como aquele
cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. De tal forma, contratos pactuados com
período semanal superior a 25 horas, mantido o limite de 44 horas não são objeto de aplicação das
normas restritivas de direitos estabelecidos pelos diplomas normativos inovadores.

Da mesma forma, períodos semanais inferiores ao padrão celetista, definidos por instrumento legal
específico (categorias com jornada especial reduzida por força de norma jurídica própria) não são
capazes também de fazer incidir as regras do dispositivo especial acima inserto.

Com relação aos parâmetros diários de prestação de serviço, a lei não menciona restrições à forma de
seu exercício, devendo por obviedade ser observados limites legalmente impostos a tal fração
temporal, ou seja, prestação não superior a 08 horas diárias.

A remuneração dos obreiros em tempo parcial se dá com aplicação de regras de proporcionalidade


salarial, tendo como base temporal a carga horária laborada e como base valorativa o montante
percebido pelos integrantes da mesma função em período laborativo integral.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;

II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;

III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;

IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;

V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;

VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.

Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas
injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.

Fixa o art. 143, §3º da CLT que a conversão pecuniária de 1/3 do período de férias (abono pecuniário)
não se aplica aos empregados sob regime de tempo parcial. Contudo, não resta afastado a aplicação do
adicional constitucional. Da mesma forma, a esta classe obreira não resta garantido o direito de
parcelamento do período de gozo das férias, podendo, contudo, o empregador incluí-los nas férias
coletivas concedidas aos demais empregados. (art. 4º, §2º da MP 1.709/98).

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BRUNO CUNHA GONTIJO

No tocante à extrapolação da jornada de trabalho, dispõe o art. 59, §4º da CLT que os empregados sob
o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 59 - (...)

(...)

§ 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).

Com relação a possibilidade de alteração contratual para o regime de tempo parcial, tal procedimento
somente resta válido, quando decorrente de ato unilateral do empregador ou por acordo bilateral das
partes, se não produzirem qualquer correspondente diminuição no salário do obreiro. A única exceção
a esta regra de inalterabilidade lesiva das cláusulas contratuais, seria a circunstância de redução
laborativa pleiteado pelo obreiro em decorrência de seu específico e comprovado interesse
extracontratual.

Importante informar que o ônus da prova da existência de interesse particular do obreiro para a
referida redução incube ao empregador. (art. 333, II do Código de Processo Civil).

A alteração contratual tendente à redução da jornada de trabalho com a correspondente redução dos
salários somente pode se processar por instrumento negocial coletivo, conforme art. 58-A, §2º da
CLT.

11.10 Jornada Noturna

A prestação de trabalho pode concretizar-se, em princípio, em qualquer fase do dia ou da noite.


Contudo, a prestação noturna de trabalho é, obviamente, mais desgastante para o trabalhador, sob o
ponto de vista biológico, familiar e até social.

De fato, o trabalho noturno provoca no indivíduo agressão física e psicológica intensas, por supor o
máximo de dedicação de suas forças físicas e mentais em período em que o ambiente físico externo
induz ao repouso. Somado a isso, ele também tende a agredir, com substantiva intensidade, a inserção
pessoal, familiar e social do indivíduo na comunidade em que convive, tornando especialmente penosa
para o obreiro a transferência de energia que procede em benefício do empregador.

Por tais razões, o Direito do Trabalho sempre tendeu a conferir tratamento diferenciado ao trabalho
noturno. Tal tratamento abrange duas dimensões, uma configurando um conjunto de restrições à
própria prestação do trabalho noturno (obreiro menor) e outra evidenciando o favorecimento
compensatório no cálculo da jornada de trabalho (hora ficta noturna) e no cálculo da remuneração
respectiva (adicional específico).

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à
do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

40 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza
de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos
diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas
atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando
exceder desse limite, já acrescido da percentagem.

§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas
de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Capítulo.

Pela leitura da CLT, a jornada noturna urbana compreende o lapso temporal situado entre as 22:00
horas de um dia até as 05:00 horas do dia seguinte. Essa jornada noturna abrange 08 horas jurídicas de
trabalho, uma vez que o estatuto celetista considera a hora noturna urbana menor do que a hora diurna
(hora ficta noturna), composta de 52 minutos e 30 segundos.

Para a legislação do trabalho rural (Lei 5.889/73), a jornada noturna será diferenciada em relação a
atividade desempenhada no campo. Nas atividades de lavoura, estende-se a jornada noturna de 21:00
horas de um dia até 05:00 horas do dia seguinte. Em atividades de pecuária, estende-se a jornada
noturna rural de 20:00 horas de um dia até 04:00 horas do dia seguinte. As jornadas noturnas
abrangem efetivas 08:00 horas de trabalho não prevendo a legislação específica a existência de hora
ficta noturna para os rurícolas.

Para os portuários, regidos pela Lei 4.860/65, jornada noturna compreendida entre as 19:00 horas de
um dia ate as 07:00 horas do dia seguinte.

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:

(...)

IX. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Nas jornadas noturnas urbanas, há a incidência de dupla regência protetiva, uma relativa à extensão da
jornada pela instituição da hora ficta, e outra relativa ao acréscimo remuneratório advindo do adicional
específico, que nesta hipótese, por aplicação do dispositivo do art. 73 da CLT é de 20% sobre o valor
da hora ou fração trabalhada.

Ao trabalho noturno rural, não há incidência de contagem ficta de horas, porém o adicional aplicado é
de 25% sobre a remuneração normal do período trabalhado (Lei 5.889/73). O trabalho noturno
portuário também não conta com a aplicação da contagem ficta de tempo, aplicando-se o adicional
legal de 20%, em contrapartida, a extensão da jornada é bastante favorável (19:00 às 07:00).

Com relação aos turnos ininterruptos de revezamento, por aplicação de entendimentos


jurisprudenciais, os efeitos da contagem ficta de tempo e o adicional de trabalho noturno são
plenamente devidos, em contraponto ao art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Súmula nº 213 STF – É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado o regime de
revezamento.

Súmula nº 214 STF – A duração legal da hora de serviço noturno (52’30”) constitui vantagem suplementar que
não dispensa o salário adicional

Súmula nº 130 TST – Adicional noturno. O regime de revezamento no trabalho não exclui o direito do
empregado ao adicional noturno. Cancelado pela Resolução TST 121/03

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Aos turnos noturnos decorrentes das atividades da empresa (empresas de energia elétrica, telefonia,
entre outras) aplicam-se todos os direitos trabalhistas protetivos, sem qualquer tratamento
discriminatório em face de outros trabalhadores. Dessa forma, aplica-se ao empregado urbano, pelo
período de trabalho noturno tanto o adicional de 20% quanto o cômputo de tempo baseado na hora
ficta. Resta por inconstitucional o dispositivo do art. 73, §3º da CLT.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no
período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas.

Quanto às jornadas de trabalho mistas, consideradas aquelas iniciadas no período diurno e encerradas
no período noturno ou vice-versa, quando cumprida a jornada normal noturna e o trabalho for
prorrogado com término no período diurno, a jornada é considerada integralmente noturna, fazendo
incidir a hora ficta de 52’30” e o adicional de 20%, mesmo após as 05 horas da manhã. Entendimento
constante na Orientação Jurisprudencial n° 06 Sessão de Dissídios Individuais/TST).

11.11 Períodos de Descanso

Os períodos de descanso conceituam-se como lapsos temporais regulares, remunerados ou não,


situados intra ou intermódulos diários, semanais ou anuais do período de lavor, em que o empregado
pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de
recuperação e implementação de suas energias ou de sua inserção familiar, comunitária e política.

Efetivamente, a duração diária do trabalho (jornada) surge, de maneira geral, entrecortada por períodos
de descansos mais ou menos curtos em seu interior (intervalos intrajornadas), separando-se das
jornadas fronteiriças por distintos e mais extensos períodos de descanso (intervalos interjornadas). Os
períodos de descanso comparecem, mais uma vez, na interseção dos módulos semanais de lavor,
através do repouso semanal, ou, eventualmente, através de certos dias excepcionalmente eleitos para
descanso pela legislação federal, estadual ou municipal (feriados). Finalmente, marcam sua presença
até no contexto anual da duração do trabalho, mediante as figuras das férias anuais remuneradas.

Normalmente, os períodos de descanso têm duração padronizada pela legislação heterônoma estatal.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

A Lei do Trabalho Rural, Lei nº 5.889/73, não define de forma precisa tais intervalos, prefere adotar o
entendimento de pactuação conforme os costumes da região da prestação. No entanto, com relação ao
intervalo interjornada, tanto a CLT quanto a Lei do Trabalho Rural fixam de modo expresso o
parâmetro numérico de 11 horas (art. 66 CLT e art. 5º Lei nº5.889/73).

Paralelamente ao padrão normal de intervalos, a legislação fixa períodos especiais de descanso em


virtude das condições em que se envolve a prestação.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de
90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho.

Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta)
minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse
intervalo como de trabalho efetivo.

Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15
(quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo. (trabalho em
minas no subsolo)

A duração padrão do descanso semanal é de 24 horas conforme o art. 67 da Consolidação das Leis do
Trabalho. Da mesma forma se fixa a obrigatoriedade de descanso nos feriados, embora a fixação
nestes casos seja feita em dias e não horas.

Em relação ao descanso anual, a duração padrão é de 30 dias, conforme art. 130 da CLT.

11.11.1 Intervalo Intrajornada

Os intervalos intrajornadas definem-se como lapsos temporais regulares, remunerados ou não, situados
no interior da duração diária de trabalho, em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e
sua disponibilidade perante o empregador.

O objetivo destes intervalos, de curta duração em regra, é conceder ao obreiro períodos de descanso
dentro da própria jornada laborativa. Tem relação, portanto, com princípios de saúde e segurança do
trabalho, viabilizando a preservação da higidez física e mental do trabalhador ao longo da prestação
diária de serviços.

Intervalos Comuns: intervalos comumente concedidos às diversas categorias integrante do mercado


de trabalho. Pode ser considerado comum o lapso temporal de 01 a 02 horas para refeição e descanso
que deve interromper jornadas contínuas superiores a 06 horas. Da mesma forma, são considerados
comuns, os intervalos de 15 minutos para descanso que secciona jornadas contínuas superiores a 04
horas.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

Intervalos Especiais: são característicos apenas de certas categorias profissionais ou decorrentes do


exercício do trabalho em condições diferenciadas. Dessa forma, consideram-se especiais o intervalo de
10 minutos a cada 90 minutos trabalhados em serviços de datilografia, escrituração, cálculo e
digitação. Também são considerados intervalos especiais o intervalo de 15 minutos a cada 03 horas
consecutivas de trabalho em minas de subsolo.

43 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de
90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho.

Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15
(quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo.

Súmula nº 346 TST. Digitador. Intervalos Intrajornada. Aplicação analógica do art. 72, CLT. Os digitadores,
por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia,
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 minutos a cada 90 de trabalho consecutivo.

Intervalos Remunerados: são aqueles que integram a jornada do trabalhador para todos os fins. O
intervalo previsto no art. 72 da CLT é considerado intervalo remunerado.

Intervalos Não Remunerados: não compõem a jornada de trabalho do obreiro. São assim
considerados os períodos considerados no art. 71 da CLT.

A criação infralegal de novos períodos de intervalo intrajornada não pode causar prejuízos ao obreiro,
no sentido de aumentar o tempo despendido por este na prestação de seus serviços, ou seja, tendentes a
alargar o lapso temporal entre o início e o fim da jornada. Dessa forma entende a súmula 118 do TST.

Súmula nº 118 TST. Jornada de Trabalho. Horas extras. Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada
de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.

No entanto, por não se tratar de regras imperativas, estando sujeitas a mecanismos de flexibilização e
transação, o alargamento de tais períodos de descanso podem ser processados por meio de negociação
coletiva, obedecidos limites concernentes à saúde do trabalho.

INTERVALOS COMUNS REMUN X NÃO REMUN.


01 a 02 horas em jornadas de trabalho contínuo superior a 06 horas –
art. 71 CLT. Pode haver redução por ato do Ministro do Trabalho e
Não Remunerado
Emprego, havendo refeitórios compatíveis na empresa e inexistindo
regime de sobrejornada – art. 71, §3º CLT
15 minutos em jornadas de trabalho compreendidas entre 04 e 06 horas
Não Remunerado
– art. 71, §1º CLT
Intervalo para repouso ou alimentação com duração conforme usos e
costumes da região, em qualquer trabalho contínuo de duração superior Não Remunerado
a 06 horas, relativamente ao rurícola – Lei 5.889/73

INTERVALOS ESPECIAIS REMUN X NÃO REMUN.


10 minutos a cada 90 minutos – serviços de datilografia, escrituração,
Remunerado
cálculo e digitação
20 minutos a cada 03 horas de esforço contínuo para empregados
Remunerado
sujeitos a horas variáveis (jornada de 07 horas) nos serviços de
art. 229 CLT
telefonia, rediotelegrafia e radiotelefonia
15 minutos a cada 03 horas consecutivas de trabalho em minas de Remunerado
subsolo art. 298 CLT
15 minutos para mulher e menor, após a jornada normal, antes do início
Não Remunerado
da sobrejornada – art. 384 e 413 CLT
20 minutos a cada 100 minutos de trabalho contínuo em câmaras
frigoríficas ou em movimento de mercadorias do ambiente quente ou Remunerado
normal para o frio e vice-versa – art. 253 CLT
Intervalos espontaneamente concedidos pelo empregador, não previstos
Remunerado
em lei – súmula 118 TST

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BRUNO CUNHA GONTIJO

O desatendimento aos períodos de descanso legalmente definidos produz efeitos remuneratórios,


dispostos no art. 71, §4º CLT. Independentemente dos períodos não observados constituírem-se por
períodos remunerados ou não dotados de remuneração e de haver real acréscimo à jornada, cabe ao
empregador remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor
da remuneração da hora normal de trabalho.

11.11.2 Intervalo Interjornada

São conceituados como lapsos temporais regulares, distanciadores de uma duração diária de lavor e
outra imediatamente precedente e imediatamente posterior, caracterizados pela sustação da prestação
de serviços e pela disponibilidade do obreiro perante o empregador.

O objetivo destes intervalos consiste na possibilitação de recuperação das energias pelo obreiro após o
cumprimento de todo um período de prestação de serviços. Além disso, por constituir-se em lapsos
maiores de tempo, transcende à obrigatoriedade de observância de regras de saúde e medicina do
trabalho, servindo também como propiciador de realização pessoal do indivíduo, distanciando-o do ser
eminentemente econômico quando da cessão de sua força de produção.

Intervalos Comuns: abrangem diversas categorias integrantes do mercado de trabalho. Tem como
regra um lapso temporal entre jornadas fronteiriças de no mínimo 11 horas de consecutivas de
descanso.

Intervalos Especiais: característicos de certa categoria profissional ou do exercício do trabalho em


certas condições diferenciadas. É considerado especial, o intervalo de 17 horas que deve transpor
jornadas subseqüentes com duração diária de 07 horas, em serviços de telefonia, radiotelegrafia e
radiotelefonia, conforme art. 229 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Existem ainda intervalos especiais oriundos de regimes de compensação de jornada, negociados no


contexto da relação empregatícia. Dentre estes, os mais comuns são os regimes de 12 horas de trabalho
por 36 horas de descanso (12 por 36) e de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso (24 por 72).
Tais regimes observam o intervalo interjornada e por conseqüência abrangem ainda o período relativo
ao descanso semanal remunerado, equivalente a 24 horas entre as jornadas semanais de trabalho.

Como regra, os intervalos interjornadas, sejam eles comuns ou especiais, não são remunerados, ou
seja, não sofrem contraprestação econômica de caráter salarial por parte do empregador em benefício
do empregado.

O desrespeito a esse tipo de intervalo, no entanto, pode ensejar a correspondente remuneração.

Súmula nº 110 TST. Jornada de trabalho. Intervalo. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em
seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para
descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.

INTERVALOS COMUNS REMUN X NÃO REMUN.


11 horas consecutivas, no mínimo, entre duas jornadas de trabalho –
Não Remunerado
art. 66 CLT
24 horas consecutivas, no mínimo, entre dois módulos semanais –
Remunerado
repouso semanal – art. 7º, XV CRFB/88, Lei 605/49

INTERVALOS ESPECIAIS REMUN X NÃO REMUN.


17 horas para empregados sujeitos a horários variáveis (jornada de 07
Não Remunerado
horas) – art. 229 CLT
12 horas para empregados operadores cinematográficos, com horário
Não remunerado
noturno de trabalho – art. 235 CLT

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11.11.3 Descanso Semanal e Descanso em Feriados

O descanso semanal (ou repouso semanal) define-se como o lapso temporal de 24 horas consecutivas
situado entre os módulos semanais de duração do trabalho do empregado, coincidindo
preferencialmente com o domingo, em que o obreiro pode sustar a prestação de serviços e sua
disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas
energias e aperfeiçoamento em sua inserção familiar, comunitária e política. O descanso semanal
remunerado (DSR) ou o repouso semanal remunerado (DSR) é período de interrupção da prestação de
serviços, sendo, desse modo, em geral, lapso temporal remunerado.

Os feriados, por sua vez, definem-se como lapsos temporais de um dia, situados ao longo do ano
calendário, eleitos pela legislação em face de datas comemorativas cívicas ou religiosas específicas,
em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador.

As figuras dos dias de descanso estão reguladas em geral, pelos mesmos textos legais. Os dois
diplomas mais amplos nesse sentido são a CLT e a Lei 605/49 com suas respectivas modificações
posteriores.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o
qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o
domingo, no todo ou em parte.

Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais,
será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela
conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e
Comercio expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob
forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta)
dias.

Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, os municípios


atenderão aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que venham a fixar não poderão contrariar tais
preceitos nem as instruções que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas autoridades competentes em
matéria de trabalho.

Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos termos da legislação própria.

CRFB/88

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição
social:

(...)

XV. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

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11.11.4 Descanso Semanal

A caracterização do descanso semanal remunerado parte da análise dos seguintes aspectos:

• lapso temporal de 24 horas de duração;


• ocorrência regular ao longo das semanas em que se cumpre o contrato;
• coincidência preferencial com o domingo;
• imperatividade do instituto;
• remuneração do correspondente período de descanso (interrupção contratual).

Com relação ao lapso temporal de 24 horas de duração, em primeira análise há que se frisar que tal
lapso corresponde a uma totalidade de horas consecutivas, não se admitindo procedimentos tendentes
a fracionar em somatórios menores de tempo o padrão tipificado em lei. A fixação do descanso
semanal é realizada em horas e não em dias, o que permite que se inicie em qualquer período do dia ou
da noite.

Certos trabalhadores não prestam serviços aos sábados, gozando, portanto, de um período de 48 horas
de folga. Contudo, a orientação jurisprudencial é que um duplo período de repouso não configura
beneficio para o trabalhador, sendo considerado qualquer período de descanso superior às exigíveis 24
horas legalmente tipificadas dia útil não trabalhado.

Súmula nº 113 TST. Bancário. Sábado. Dia útil. O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de
repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.

Ocorrência semanal do descanso: a ordem jurídica dispõe que a cada módulo semanal de trabalho
(seja esse módulo o padrão de 44 horas, seja especialmente reduzido) tem direito o trabalhador a uma
porção integral de 24 horas consecutivas de descanso. Existem regimes de trabalho negociados que
tem o efeito de reduzir essa periodicidade, permitindo que ela se realize em distâncias temporais
inferiores à da semana. Tal situação ocorre nos regimes tratados de 12x36 horas ou 24x72 horas, pelos
quais a cada período trabalhado o trabalhador tem um período de repouso superior às 35 horas
exigíveis pela legislação trabalhista (11 horas de intervalo intrajornada + 24 horas de intervalo
interjornada) não configurando qualquer irregularidade sob a ótica justrabalhista.

Por outro lado, não prevê a ordem jurídica nenhuma possibilidade de ampliação da periodicidade
semanal máxima prevista para a ocorrência do DSR. A jurisprudência, assim, tem admitido a folga
compensatória no caso do DSR, porém apenas no tocante á incidência da folga aos domingos (folga
que poderia ser compensada por outro dia livre ao longo da semana) mas não no sentido de acatar-se
descansos por periodicidades superiores à semana laborada.

Coincidência preferencial com o domingo: a coincidência é preferencial e não absoluta. Existem


empresas autorizadas a funcionar em domingos sem incorrer em desobediência às regras insertas no
ordenamento justrabalhista. Tais empreendimentos devem organizar escala de revezamento entre seus
empregados, de modo a permitir a incidência periódica em domingos de um DSR. Em conformidade
com a Portaria 417/66 do Ministério do Trabalho, tem se admitido que a cada 07 semanas de trabalho
o empregado folgue em pelo menos 01 domingo.

O sistema de escalas pode ser adotado quando:

• por força maior, prescindindo de autorização;


• em caráter transitório, por motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do
serviço, com autorização do Órgão do Ministério do Trabalho;
• em caráter permanente, nas atividades que por sua natureza ou pela conveniência pública
devem ser exercidas aos domingos (empresas prestadoras de serviços públicos) havendo
necessidade de previsão da necessidade em Decreto do Poder Executivo ou autorização do
Órgão do Ministério do Trabalho.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

A autorização pública de funcionamento aos domingos é relacionada à atividade prestada pelo


estabelecimento e não à empresa, dessa forma, a permissividade não abrange o setor não operacional
do empreendimento.

O comércio em geral, apesar de não configurar em seu todo, atividade que deva ser exercida aos
domingos por sua natureza ou por motivos de conveniência pública, obteve favorecimento pela
possibilidade de elisão da coincidência enfatizada pela ordem jurídica. É o que se infere da leitura da
MP nº 1982-76/2000 convertida na Lei nº 10.101/00 cumulativamente ao disposto no art. 30, I da
Constituição Federal de 1988, referente à competência municipal para o tratamento de assuntos locais,
entre estes o horário do comércio. Determina o art. 6º do referido diploma normativo que o DSR
coincida pelo menos uma vez no período máximo de três semanas com o domingo.

Imperatividade do descanso semanal: por se tratar de uma medida de medicina e saúde do trabalho,
as regras inerentes ao DSR são imperativas. Dessa forma, mesmo que o obreiro não cumpra com os
requisitos que lhe garantam a remuneração do referido período de descanso, sendo estes freqüência e
pontualidade, não perde o direito ao efetivo descanso.

Remuneração do descanso semanal: para a garantia da remuneração do obreiro quanto ao DSR deve
o beneficiário cumprir com perfeição dois requisitos, freqüência integral na semana anterior e
pontualidade no comparecimento ao trabalho e cumprimento da jornada. A verificação de faltas
justificadas na semana de aquisição do direito remuneratório não frustra o recebimento da
remuneração pelo DSR.

O valor da remuneração obedece a alguns critérios:

• salário calculado por dia, semana, quinzena ou mês – a remuneração corresponde ao valor
equivalente a um dia computadas as horas extras habituais conforme súmula 172 TST;

• salário calculado por hora – remuneração calculada em conformidade ao valor de uma


jornada diária regular de trabalho computadas as horas extras habituais conforme súmula
172 TST;

• salário calculado por produção – tendo em vista a variabilidade da remuneração, o valor do


DSR corresponderá ao quociente da divisão do salário semanal resultante da produção
realizada pelos dias de serviço prestado na semana (valor da produção dividido pelos dias
trabalhados na semana não podendo ser superiores a 06 dias). No trabalho prestado no
domicílio do obreiro, a remuneração do repouso corresponde ao quociente da divisão por
seis da importância total da produção semanal.

No caso de empregados mensalistas e quinzenalistas (salários calculados a base de 30 ou 15 diárias), a


remuneração do DSR e dos feriados já se encontra incluída no salário mensal ou quinzenal do
trabalhador, sendo desnecessário novo cálculo. Tal regra abrange inclusive o trabalhador horista, nos
casos em que o montante das horas consideradas em seu salário englobe a fração mês.

Como exemplo, considere um horista que trabalhe 05 horas ao dia e 05 dias na semana, caso venha a
ser remunerado com o correspondente a 150 horas mensais, logicamente já estará percebendo o
montante referente ao DSR e aos feriados porventura existentes.

O desrespeito à norma assecuratória do repouso relativo ao DSR, constitui falta administrativa do


empregador, passível de sanção pela fiscalização laboral. Além da responsabilidade administrativa
imputada ao empregador nas situações de prestação de serviço em dias de repouso, ao empregado cabe
a percepção do pagamento correspondente ao repouso remunerado e da verba relativa ao dia
trabalhado paga em dobro, conforme orientação jurisprudencial 93 da SDI-I/TST.

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OJ 93 SDI-I/TST. Domingos e feriados trabalhados e não compensados. Aplicação do Enunciado n. 146. O


trabalho prestado em domingos e feriados não compensados deve ser paga em dobro sem prejuízo da
remuneração relativa ao repouso semanal.

A jurisprudência tem entendido que a concessão de folga compensatória em outro dia da semana elide
o pagamento dobrado da remuneração do repouso.

11.11.5 Desconto do Descanso Semanal Remunerado – mensalistas e quinzenalistas

Há controvérsia de entendimento sobre o desconto do DSR de empregado mensalista ou quinzenalista,


quando ocorre falta ao trabalho sem justificativa legal.

Os que defendem a impossibilidade do desconto do DSR a estes empregados fundamentam sua


justificativa no art. 7º, §2º da Lei 605/49, que preceitua:

O que fica muito claro no dispositivo acima transcrito, é que o mensalista ou quinzenalista vai receber
apenas 30 diárias no mês e 15 diárias na quinzena, e não 30 diárias + 04 domingos, ou 15 diárias + 02
domingos; consideram-se já remunerados, dentro das 30 diárias ou 15 diárias, os dias de repouso
semanal.

Os que defendem o desconto do DSR têm como fundamento o art. 6º da Lei 605/49 e o art. 11 do
Decreto nº 27.048/49.

Lei nº 605/49

Art. 6º. Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado
durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.

Decreto nº 27.048/49

Art. 11. Perderá a remuneração do dia do repouso o trabalhador que, sem motivo justificado ou em virtude de
punição disciplinar, não tiver trabalhado toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.

Tanto o art. 6º, quanto o art. 11 do regulamento preceituam que o empregado ou o trabalhador que não
tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou trabalhado durante toda a semana cumprindo
integralmente seu horário de trabalho. É de se entender que mensalista, quinzenalista, semanalista,
diarista e horista são empregados ou trabalhadores, não existindo discriminação ou privilégios.

Dessa forma, correto é o procedimento de desconto do DSR do mensalista ou quinzenalista; todavia,


se o empregador utiliza critério de não promover o desconto do DSR e posteriormente vem a fazê-lo,
poderá ter seu comportamento considerado nulo por contrariedade ao disposto no art. 486 da CLT, que
somente considera lícita a alteração das respectivas condições do contrato individual de trabalho desde
que não resultem direta ou indiretamente prejuízos ao empregado.

A teoria do não desconto do DSR em virtude do comportamento do empregado causa uma situação de
extrema estranheza, pois, se o empregado mensalista faltar durante todo o mês (ausências não legais) e
esse mês possuir cinco domingos e um feriado, o empregador deverá pagar-lhe seis dias dada a
proibição de seu desconto.

11.11.6 Semana para desconto do Descanso Semanal Remunerado

Segundo o art. 11, §4º do Decreto nº 27.048/49, para efeito do pagamento da remuneração, entende-se
como semana o período de segunda-feira a domingo, anterior à semana em que cair o dia do repouso.
Assim, se o empregado faltou dia 17 de outubro de 2005 (segunda-feira), não faz jus ao repouso do dia
30 de outubro de 2005 (domingo).

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Existe, contudo, entendimento por costume e parte da doutrina de que a semana anterior é aquela que
inclui o repouso da semana em que ocorreu a falta, ou seja, a falta do dia 17 de outubro de 2005
acarretou a perda do DSR do dia 23 de outubro de 2005 (domingo).

11.11.7 Domingo e Feriado no mesmo dia

Não serão acumuladas a remuneração do repouso semanal e a de feriado civil ou religioso, que caírem
no mesmo dia, em conformidade com o disposto no art. 11, §3º do Decreto nº 27.048/49

11.11.8 Compensação do Sábado quando o mesmo é Feriado

Existem muitos acordos coletivos de compensação de horas, para que o sábado seja livre; neste sentido
trabalha-se diariamente de segunda a sexta-feira, 8h48min perfazendo o total de 44 horas semanais.

Quando ocorrer feriado no sábado, sugerimos mencionar no próprio acordo coletivo que os
empregados trabalharão diariamente, nessa semana, também 8h48min, para compensar os feriados que
caírem de segunda a sexta-feira, pois, sempre que o feriado cair de segunda a sexta-feira, o empregado
deixará de trabalhar 1h28min para compensar o sábado.

Jornada Semanal = 44h


Jornada Diária – 44h / 6 dias = 7h20min
Jornada Segunda a Sexta Feira (normal) = 36h40min
Jornada Segunda a Sexta Feira (acordo) = 44h

Decisão do Tribunal Regional do Trabalho propugnando esse entendimento pode ser aferida abaixo:

“O empregado que trabalha em regime de compensação de horas, para não


trabalhar aos sábados, se o feriado cai nesse dia, só tem direito a receber a
remuneração correspondente; quando o feriado cai em outro dia da semana,
a empresa só lhe paga as 8 horas normais (atualmente 7h20min), com
exclusão das horas compensadas”. (Processo TRT – 2ª Região nº 2.934/69 –
AC. 1ª Turma nº 1.343/69 de 23/12/69 – Relator Juiz Paulo Marques Leite).

11.11.9 Descanso Semanal Remunerado e Feriados - Comissionistas

A remuneração do descanso semanal remunerado e dos dias de feriado é devida ao empregado


comissionista, ainda que pracista, em conformidade com a Súmula nº 27 TST.

Exemplo: A comissão de um vendedor no mês foi de R$ 3.840,00; nesse mês, houve cinco domingos e
um feriado. Como calcular a remuneração do descanso semanal remunerado e o feriado?

Deduz-se dos trinta dias (mensalista) os seis dias de descanso semanal remunerado e o feriado,
perfazendo um total de vinte e quatro dias; divide-se o valor da comissão pelos vinte e quatro dias; o
resultado deve ser multiplicado pelos seis dias e soma-se o resultado com o valor da comissão:

30 dias – 6 (descanso semanal remunerado e feriado) = 24 dias


R$ 3.840,00 / 24 = R$ 160,00
R$ 160,00 x 6 = R$ 960,00
A remuneração do descanso semanal remunerado e do feriado do mês é de R$ 960,00
Valor a receber no mês: R$ 960,00 + R$ 3.840,00 = R$ 4.800,00

Outra forma de se calcular a remuneração do descanso semanal é encontrar um percentual entre os


dias de descanso e os dias trabalhados que, multiplicado pelo valor da comissão, obtém de imediato a
remuneração do descanso semanal remunerado.

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6 / 24 = 0,25
Considerar 25%
R$ 3.840,00 x 25% = R$ 960,00
A remuneração do descanso semanal remunerado e do feriado do mês é de R$ 960,00
Valor a receber no mês: R$ 960,00 + R$ 3.840,00 = R$ 4.800,00

11.11.10 Faltas e Atrasos

Quando o empregado, sem motivo justificado, falta ou chega atrasado ao trabalho, resta ao
empregador o direito de descontar-lhe do salário quantia correspondente à respectiva falta; resta ainda
a possibilidade de desconto do descanso semanal remunerado, quando não houver o cumprimento
integral da jornada de trabalho na semana anterior.

Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a freqüência exigida corresponderá ao
número de dias em que o empregado por força do contrato, for compelido a comparecer ao
desempenho das funções.

O art. 473 da CLT estabelece que o empregado pode deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário ou do descanso semanal nas seguintes ocasiões:

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa
que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)

III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967)

IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art.
65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei nº 757, de
12.8.1969)

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. (Inciso incluído pela Lei nº
9.853, de 27.10.1999)

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver
participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. (Incluído pela Lei nº
11.304, de 2006)

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Além das hipóteses do art. 473 da CLT, são consideradas faltas legais:

• quando o empregado servir como testemunha, devidamente arrolada ou convocada;


• comparecimento à Justiça do Trabalho – Súmula nº 155 TST;
• ausência devidamente justificada, segundo critério do estabelecimento;
• quando houver paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não
tenha havido trabalho;
• falta fundamentada em dispositivo legal relativo a acidente de trabalho;
• em caso de doença do empregado, devidamente comprovada.

A doença será comprovada mediante atestado fornecido por médico da instituição de Previdência
Social a que estiver filiado o empregado; na falta deste, será comprovada por médico do Serviço
Social do Comércio ou da Indústria; por médico da empresa ou por ela designado; por médico a
serviço da repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de assuntos de higiene ou de saúde
pública; se não existir nenhuma dessas possibilidades na localidade em que o trabalho for
desempenhado, o atestado poderá ser subscrito por médico sob escolha do trabalhador.

Conforme Portaria nº 3.291/84, do Ministério da Previdência e Assistência Social, todos os atestados


médicos, para possuírem validade jurídica plena devem conter:

• tempo de dispensa concedida ao segurado, por extenso e numericamente;

• diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de Doenças;

Obs.: A Portaria nº 3.370 de 09 de outubro de 1984, do MPAS, preceitua que


a inclusão do diagnóstico codificado do Código Internacional de Doenças
(CID) no atestado médico depende da expressa concordância do paciente.

• assinatura do médico ou odontólogo sobre o carimbo do qual conste nome completo e registro
do respectivo Conselho Profissional.

O início da dispensa deverá coincidir obrigatoriamente com os registros que determinaram a


incapacidade. Nos serviços próprios do Sistema Único de Saúde (SUS) será utilizado modelo
padronizado para emissão dos respectivos atestados médicos. As entidades conveniadas e ou
contratadas poderão utilizar impresso próprio timbrado do qual conste razão social, inscrição no CNPJ
e o tipo de vínculo mantido com o SUS. O afastamento por incapacidade além do décimo quinto dia é
de competência da Previdência Social.

12. QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

VERBAS IR FONTE INSS FGTS


SIM
(Portaria SPS nº
Abonos
SIM 2/79, item 39.1, SIM
(qualquer natureza exceto abono de
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) alínea C, (Lei 8036/90, art. 15)
férias)
Súmula STF
241)
NÃO
Abono Pecuniário de férias NÃO
NÃO (Lei 8212/91,
(concessão de 1/3 do período em (IN SIT 25/2001)
(Lei 10522/02) art. 28, §9º,
dinheiro) (CLT, art. 144)
alínea E)
Adicional Insalubridade
SIM
Adicional Periculosidade SIM
SIM (IN SIT 25/2001, Lei
Adicional Noturno (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) 8036/90, art. 15,
Adicional de Horas Extras art. 28, I)
Súmulas TST 60 e 63)
Adicional Transferência

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NÃO
(Lei 7713/88, art. 6º,
XX) (apenas as ajudas de
Ajuda de Custo custo destinadas a
(parcela paga de uma vez para o atender às despesas com
empregado atender a certas despesas, transporte, frete e NÃO
NÃO
sobretudo de transferência, sempre de locomoção do (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, Lei
caráter indenizatório, mesmo beneficiado e seus art. 28, §9º,
8036/90, art. 15)
ultrapassando os 50% do salário, pois familiares, em caso de alínea G)
esse limite se relaciona com as diárias remoção de um
de viagem) município para outro,
sujeita à comprovação
posterior pelo
contribuinte)
SIM
(Lei 8212/91)
SIM SIM
(Lei 8213/91)
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (IN SIT 25/2001, art.
(como o auxílio
(como o auxílio doença 9º, III)
Auxílio Doença por Acidente doença durante
durante os primeiros (durante todo o período
os primeiros
quinze dias a cargo da de afastamento do
quinze dias a
empresa) empregado)
cargo da
empresa)
SIM SIM
Auxílio Doença
SIM (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
(primeiros 15 dias a cargo da
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) art. 28, I, Lei 9º, II, Lei 8036/90, art.
empresa)
8213/91, art. 60) 15)
NÃO
(Decreto nº NÃO
Auxílio Doença Complementar SIM
3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15,
(extensivo a todos os empregados) (Lei 7713, art. 3º e 7º)
214, §9º, item §6º)
V, alínea F)
SIM
NÃO SIM
Aviso Prévio Indenizado (Decreto nº
(Lei 7713/88, art. 6º, V) (Súmula TST 305)
6727/09)
SIM
SIM SIM
Aviso Prévio Trabalhado (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Cesta Básica / Alimentação ao
NÃO
Trabalhador NÃO NÃO
(Lei 8212/91,
(desde que aprovado pelo MTE (Decreto nº 05/91, art. 6º (Lei 8036/90, art. 15,
art. 28, §9º,
através do Programa de Alimentação Lei 7713/88, art. 6º, I) §6º)
alínea C)
ao Trabalhador - PAT)
SIM
SIM SIM
Comissões (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
NÃO / SIM
Contribuinte Individual
(é facultativa a
(trabalhadores autônomos e SIM SIM
possibilidade apenas ao
equiparados, empresários e (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8212/91)
diretor não empregado,
cooperados para fins previdenciários)
Lei 8036/90, art. 16)
NÃO
NÃO
Décimo Terceiro Salário (Decreto nº SIM
(Lei 7713/88, art. 26, IN
(primeira parcela) 3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15)
SRF 15/2001, art. 7, § 2º)
216, §1º)

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BRUNO CUNHA GONTIJO

SIM
Décimo Terceiro Salário SIM
(Decreto nº SIM
(segunda parcela) (Lei 7959/89, art 5º, IN
3048/99, art. (Lei 8036/90, art. 15)
(rescisão do contrato de trabalho) SRF 15/2001, art. 7, § 7º)
216, §1º)
NÃO
NÃO
Diárias para Viagem NÃO (Lei 8212/91,
(Lei 8036/90, art. 15,
(até 50% do salário) (Lei 7713/88, art. 6º, II) art. 28, §9º,
§6º)
alínea H)
SIM
SIM SIM
Diárias para Viagem (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 6º, II, (Lei 8036/90, art. 15,
(acima de 50% do salário) art. 28, §8º,
PN CST 10/92) §6º)
alínea A)

NÃO
NÃO
Estágio SIM (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, art.
(Lei 6494/77) (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) art. 28, §9º,
13, XVII)
alínea I)
NÃO
Férias Indenizadas NÃO
NÃO (Lei 8212/91,
(inclusive pagas em dobro e (Lei 8036/90, art. 15,
(alteração 2009)) art. 28, §9º,
proporcionais) §6º)
alínea D)
Férias Normais SIM SIM
SIM
(individuais ou coletivas (Lei 7713/88, art. 3º e 7º, (Lei 8212/91,
(Lei 8036/90, art. 15)
proporcionais com menos de um ano) IN SRF 15/2001, art. 11) art. 28, I)
SIM
(Lei 8212/91,
Férias Dobradas SIM SIM
art. 28, I)
(pagas na vigência do contrato) (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
(não inclui o
adicional)
NÃO
SIM NÃO
Adicional de Férias Dobradas (Decreto nº
(Lei 7713/88, art. 3 e 7, (IN 3/96, item II,
(pagas na vigência do contrato) 3048/99, art.
IN SRF 15/2001, art. 11) alínea Q)
214, §9º, IV)
SIM
SIM
SIM (Lei 8036/90, art. 15,
Gorjetas (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) IN SIT 25/2001, art. 12,
art. 28, I)
XIII)
Gratificações Ajustada / Contratual SIM
SIM
(de balanço, de função ou cargo de SIM (Lei 8036/90, art. 15,
(Lei 8212/91,
confiança, de produtividade, de tempo (Lei 7713/88, art. 3º e 7º) IN SIT 25/2001, art. 12,
art. 28, I)
de serviço, semestral, anual) XV)
SIM
SIM SIM
Horas extras (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Indenização Adicional NÃO
NÃO
(empregado dispensado nos 30 dias (Lei 8212/91,
NÃO (Lei 8036/90, art. 15,
que antecedem a data de sua correção art. 28, §9º,
(Lei 7713/88, art. 6º, V) §6º, IN SIT 25/2001,
salarial – Lei 6708/79, art. 9º ou Lei alínea E,
art. 13, VII)
7238/84, art. 9º) Lei 9711/98)
Indenização por Tempo de Serviço
NÃO
(inclusive acordo do tempo anterior à
NÃO (Lei 8212/91, NÃO
opção e rescisão antecipada do
(Lei 7713/88, art. 6º, V) art. 28, §8º, (Lei 8036/90, art. 15)
contrato por prazo determinado
alínea E)
conforme art. 479 da CLT)
NÃO
NÃO
Indenização por Rescisão Antecipada NÃO (Lei 8212/91,
(IN SIT 25/2001, art.
(contrato com termo estipulado) (Lei 7713/88, art 6º, V) art. 28, §9º,
13, VIII)
alínea E)

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NÃO
Menor Assistido NÃO
SIM (Decreto nº
(programa do Bom Menino – Bolsa (Decreto nº 94.338/87,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) 94.338/87, art.
de Iniciação ao Trabalho) art. 13)
13)
SIM SIM NÃO
Participação nos Lucros
(Lei 10101/00, art. 3º, (Lei 8212/91, (Lei 8036/90, art. 15,
(gratificação)
§5º) art. 28, I) IN SIT 25/2001)
SIM
Participação nos Lucros / Resultados NÃO
(calculado em separado NÃO
(desvinculada da remuneração Lei 8212/91, art.
dos demais rendimentos (CRFB, art. 7º, XI)
conforme art. 7º, XI da CRFB/88 28, §9º, alínea J)
recebidos no mês)
SIM
SIM SIM
Prêmios (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
Quebra de Caixa SIM SIM SIM
(paga aos bancários conforme Súmula (Lei 7713/88, art. 7º, (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
TST 247) §1º) art. 28, I) 12, XX)
SIM
SIM SIM
Retiradas de Diretores Empregados (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
art. 28, I)
SIM NÃO / SIM
SIM
Retiradas de Diretores Proprietários (Lei 8212/91, (é facultativa conforme
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, III) Lei 8036/90, art. 16)
SIM NÃO / SIM
Retiradas de Titulares de Firma SIM
(Lei 8212/91, (é facultativa conforme
Individual (Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, III) Lei 8036/90, art. 16)
SIM NÃO / SIM
SIM
Salário (Lei 8212/91, (é facultativa conforme
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, I) Lei 8036/90, art. 16)
SIM SIM
SIM
Salário Maternidade (Lei 8212/91, (IN SIT 25/2001, art.
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º)
art. 28, §2º) 9º, IV)
NÃO NÃO
NÃO (Lei 8212/91, (Lei 8036/90, art. 15,
Salário Família
(Lei 8218/91, art. 25) art. 28, §9º, IN SIT 25/2001, art. 13,
alínea A) XVIII)
Serviços Autônomos de Prestador SIM
SIM NÃO
inscrito na Previdência Social (Lei 8212/91,
(Lei 7713/88, art. 3º e 7º) (Lei 8036/90, art. 15)
(contribuinte individual) art. 28, III)
NÃO NÃO
NÃO (Lei 8212/91, (Decreto nº 95247/87,
Vale Transporte
(Lei 7713/88, art. 6º, I) art. 28, §9º, art. 6º, II, IN SIT
alínea F) 25/2001, art. 13, XX)

13. TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO


DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A
PARTIR DE 01/01/2010.

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS (%)

até R$ 1.106,90 8,00


de R$ 1.106,91 a R$ 1.844,83 9,00
de R$ 1.844,84 até R$ 3.689,66 11,00

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Atenção: Sempre que ocorrer mais de um vínculo empregatício para os


segurados empregado e empregado doméstico, as remunerações deverão ser
somadas para o correto enquadramento na tabela acima, respeitando-se o
limite máximo de contribuição. Esta mesma regra se aplica às remunerações
do trabalhador avulso.

Atenção: Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo


terceiro salário, este não deve ser somado a remuneração mensal para efeito
de enquadramento na tabela de salários de contribuição, ou seja, aplicar-se-
á a alíquota sobre os valores em separado.

14. TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOAS FÍSICAS - 2010/2011

BASE DE CÁLCULO (R$) ALÍQUOTA (%) PARCELA A DEDUZIR (R$)

até R$ 1.499,15 Isento R$ 0,00


de R$ 1.499,16 até R$ 2.246,75 7,5% R$ 112,43
de R$ 2.246,76 até R$ 2.995,70 15% R$ 280,94
de R$ 2.995,71 até R$ 3.743,19 22,5% R$ 505,62
acima de R$ 3.743,19 27,5% R$ 692,78

14.1 Deduções à Base de Cálculo

A base de cálculo do imposto de renda na fonte é determinada mediante a dedução das seguintes
parcelas do rendimento tributável:
• as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do
Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais;
• a quantia mensal de R$ 150,69 (cento e cinqüenta reais e sessenta e nove centavos), por
dependente;
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• as contribuições para entidade de previdência privada domiciliada no Brasil e para o Fundo
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido do contribuinte,
destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social,
cujo titular ou cotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador;
• Atenção: Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto dessas contribuições,
os valores pagos somente poderão ser deduzidos da base de cálculo, se houver anuência da
empresa e se o beneficiário fornecer a empresa, o original do comprovante de pagamento.
• o valor de até R$ 1.499,15 (um mil quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos)
correspondente a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos de idade.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

15. SALÁRIO FAMÍLIA

O salário família será devido, mensalmente, ao segurado empregado urbano ou rural (exceto
doméstico), e ao trabalhador avulso, que possua baixa renda, na proporção do respectivo número de
filhos (legítimos, legitimados, ilegítimos e adotivos) ou equiparados, até 14 anos de idade ou inválidos
(de qualquer idade), em conformidade com o Decreto nº 3.048/99.

A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deverá ser verificada em exame médico-
pericial a cargo da Previdência Social. Equiparam-se aos filhos do segurado (Decreto nº 3048/99)

• o enteado;
• o menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes para o próprio sustento e
educação.

15.1. Custeio-Reembolso

Uma parte da importância recolhida, mensalmente, pela empresa a título de contribuição


previdenciária é destinada ao custeio do salário-família. O percentual relativo a esse custeio deixou de
ser específico a partir da competência setembro/89, uma vez que a taxa a que se sujeitam as empresas
em geral (20%) engloba o custeio de vários benefícios (Decreto nº 53.153/63 e Lei nº 7.787/89).

Dessa forma, tendo a empresa efetuado o pagamento das quotas de salário-família, poderá ter
reembolsado mensalmente este valor, devendo descontá-lo do montante devido a título de contribuição
previdenciária (exceto se o pagamento for apenas da parte dos segurados), por meio do campo 06 da
GPS.

Poderá ser objeto de compensação ou restituição a contribuição recolhida a maior em decorrência da


não-dedução em época oportuna, de quotas de salário-família comprovadamente pagas aos
empregados.

Na hipótese de a soma das importâncias relativas às deduções de salário-família, salário-maternidade,


entre outras obrigações de imediato pagamento transferidas ao empregador ser superior ao valor das
contribuições a recolher, resultando saldo favorável à empresa, esta receberá, no ato da quitação, a
importância correspondente.

15.2 Tabela de Quotas do Salário Família

VIGÊNCIA REMUNERAÇÃO SALÁRIO FAMÍLIA

até R$ 573,58 R$ 29,41


Aplicação a partir de 01/01/2011
de R$ 573,58 até R$ 862,11 R$ 20,73

Exemplos de Cálculos:

• se o empregado percebe remuneração mensal de R$ 510,00 sem outras variáveis, receberá o


salário família de R$ 29,41 por dependente nas condições estabelecidas para o recebimento
do benefício;

• se o empregado percebe remuneração mensal de R$ 750,00 + R$ 50,00 referentes a horas


extraordinárias, cujo valor bruto em sua folha de pagamento é de R$ 800,00, receberá o
salário família de R$ 20,73 por dependente nas condições estabelecidas para o recebimento
do benefício;

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BRUNO CUNHA GONTIJO

• se o empregado percebe remuneração mensal de R$ 510,00, adicional de periculosidade de


R$ 170,00, horas extras perfazendo R$ 160,00, adicional noturno de R$ 70,00, DSR de
R$ 46,00, cujo valor bruto em sua folha de pagamento é de R$ 956,00, não terá direito a
receber o salário família no referido mês por ter ultrapassado o limite mensal de R$ 862,11.

O salário-família será pago mensalmente ao empregado, pela empresa, juntamente com o respectivo
salário; os trabalhadores avulsos receberão pelo órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato, mediante
convênio com a Previdência Social. O benefício será pago diretamente pela Previdência Social quando
o segurado estiver recebendo auxílio-doença ou aposentadoria, desde que cumpridos os requisitos
mínimos.

O salário-família começará a ser pago a partir da apresentação dos documentos necessários para pedir
o benefício. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais ou em caso de perda do
pátrio-poder, o pagamento será feito diretamente ao responsável pelo sustento do menor ou à pessoa
designada judicialmente.

O pagamento do benefício será suspenso se não forem apresentados atestados de vacinação e


freqüência escolar dos filhos (este último se os filhos estiverem em idade escolar) nos meses
determinados pelo INSS. O trabalhador só terá direito a receber o benefício referente ao período da
suspensão se apresentar esses documentos, sendo que, no caso da freqüência escolar, deverá ficar
comprovado que o aluno estudou na escola durante o período em que o salário-família ficou suspenso.

O direito ao salário-família cessa automaticamente:

• pela morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;


• quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês
seguinte ao da data do aniversário;
• pela cessação da invalidez do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do fim da
incapacidade;
• pelo desemprego do segurado.

16. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 1ª MÓDULO

16.1 Empregado Mensalista

Demonstrativo de Cálculo

Leandro Gomes

• Salário: R$ 2.420,00 por mês


• Admissão: 01/08/2010
• Adiantamento de Salário: R$ 968,00
• Dependentes: 03 dependentes (sendo esposa e dois filhos menores de 14 anos)
• Faltas / Atrasos durante o mês: Não

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

R$ 2.420,00

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02. Salário Família

Remuneração mensal acima do valor previsto não possui direito

03. Total de Proventos

R$ 2.420,00

Descontos

04. INSS

Base de Cálculo: resultado da soma de todos os proventos deduzindo-se os descontos previstos na


tabela de incidência tributária

Base de Cálculo = (salário)


Base de Cálculo = R$ 2.420,00

Incidência INSS (11%) = R$ 266,20

05. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário)


Montante Tributável = R$ 2.420,00

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = (2.420,00 – 266,20 – (3 x 150,69))
Base de Cálculo = (1.701,73)

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (1.701,73) x (7,5%) – (112,43)
IRRF = 127,63 – 112,43
IRRF = R$ 15,20

06. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 968,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Antecipação de Salário)


Total Descontos = 266,20 + 15,20 + 968,00 = 1.249,40
Total Descontos = R$ 1.249,40

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (2.420,00) – (1.249,40) = 1.170,60
Líquido a receber = R$ 1.170,60

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário)

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Base de Cálculo = R$ 2.420,00

Incidência FGTS (8,0%) = R$ 193,60

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

Le a ndro G o me s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 10

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 2 .4 2 0 ,0 0 3 2

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R $ 2 .4 2 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 9 6 8 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ - IN S S 11% R$ 2 6 6 ,20

IM P O ST O D E R E N D A R$ 15 ,20

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R $ 2 .4 2 0,0 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R $ 1.2 4 9 ,40

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 2 .4 2 0 ,00 R$ 1.7 01,7 3 R$ 2 .4 20 ,0 0 R$ 19 3 ,60

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.17 0 ,60

16.2 Empregado Mensalista – admissão no decorrer do mês

Demonstrativo de Cálculo

Karina Aguiar

• Salário: R$ 580,00 por mês


• Admissão: 11/01/2010
• Adiantamento de Salário: Não
• Dependentes: 02 dependentes (filhos menores de 14 anos)
• Faltas / Atrasos durante o mês: Não

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

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BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

Salário Mensal = ((salário mensal) / 30) x (dias trabalhados)


Salário Mensal = (580,00 / 30) x 21
Salário Mensal = R$ 406,00

02. Salário Família

Remuneração mensal = R$ 580,00

Salário Família = (quota diária) x (dias trabalhados) x (direito)


Salário Família = (20,73 / 30) x (21) x (2)
Salário Família = R$ 29,02

03. Total de Proventos

Total de Proventos = (salário mensal) + (salário família)


Total de Proventos = 406,00 + 29,02 = 435,02
Total de Proventos = R$ 435,02

Descontos

04. INSS

Base de Cálculo = (salário)


Base de Cálculo = R$ 406,00

Incidência INSS (8%) = R$ 32,48

05. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário)


Montante Tributável = R$ 406,00

IRRF = rendimentos dentro da faixa de isenção

06. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 0,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 32,48

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (435,02) – (32,48) = 402,54
Líquido a receber = R$ 402,54

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário)

61 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Base de Cálculo = R$ 406,00

Incidência FGTS (8,0%) = R$ 32,48

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

Ka rina A guiar

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

11/ 0 1/ 2 0 10

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 5 8 0,0 0 11/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 2 2

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 21 R$ 4 0 6,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ 2 9,0 2 IN S S 8% R$ 3 2 ,48

IM P O ST O D E R E N D A R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 4 3 5,0 2 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 3 2 ,48

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 4 0 6 ,00 -R $ 104 ,8 4 R$ 4 06 ,0 0 R$ 3 2 ,4 8

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 4 0 2 ,54

16.3 Empregado Mensalista – falta não justificada

Demonstrativo de Cálculo

Márcia Regina

• Salário: R$ 2.250,00 por mês


• Folha de Pagamento: 01/2010
• Adiantamento de Salário: R$ 900,00
• Faltas / Atrasos durante o mês: 01 falta não justificada em 22/01/2010

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

62 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 2.250,00

03. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal)


Proventos = R$ 2.250,00

Descontos

04. Faltas

Faltas = (salário mensal / 30) x (dias de falta + DSR perdido)


Faltas = (2.250,00 / 30) x (1 + 1)
Faltas = (75,00) x (2) = 150,00
Faltas = R$ 150,00

04. INSS

Base de Cálculo = (salário) – (faltas)


Base de Cálculo = 2.250,00 – 150,00 = 2.100,00
Base de Cálculo = R$ 2.100,00

Incidência INSS (11%) = R$ 231,00

05. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) – (faltas)


Montante Tributável = 2.250,00 – 150,00 = 2.100,00
Montante Tributável = R$ 2.100,00

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = (2.100,00 – 231,00) = 1.869,00
Base de Cálculo = R$ 1.869,00

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (1.869,00) x (7,5%) – (112,43) = 27,75
IRRF = R$ 27,75

06. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 900,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Adiantamento Salarial) + (Faltas)


Total Descontos = (231,00) + (27,75) + (900,00) + (150,00) = 1.308,75
Total Descontos = R$ 1.308,75

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (2.250,00) – (1.308,75) = 941,25

63 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Líquido a receber = R$ 941,25

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) – (faltas)


Base de Cálculo = 2.250,00 – 150,00 = 2.100,00
Base de Cálculo = R$ 2.100,00

Incidência FGTS (8,0%) = R$ 168,00

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 M á rc ia R e gina

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 2 .2 5 0 ,0 0 - -

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R $ 2 .2 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 9 0 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ - IN S S 11% R$ 2 3 1,00

IM P O ST O D E R E N D A R$ 2 7 ,75

F A LT A + D SR 2 R$ 15 0 ,00

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R $ 2 .2 5 0,0 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R $ 1.3 0 8 ,75

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 2.10 0 ,00 R$ 1.8 69 ,0 0 R$ 2 .100 ,0 0 R$ 16 8 ,00

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 9 4 1,26

16.4 Empregado Horista – falta não justificada

Demonstrativo de Cálculo

Amauri Nascimento

• Salário: R$ 4,50 por hora


• Jornada de Trabalho: 13h40min às 17h00min e das 18h00min às 22h00min
• Adiantamento de Salário: R$ 396,00
• Dependentes: 01 dependente (esposa)
• Faltas / Atrasos durante o mês: 01 falta não justificada em 22/01/2010
64 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Jornada diária = 13h40min às 17h00min e das 18h00min às 22h00min


Jornada diária = (13,66 - 17,00) + (18,00 - 22,00)
Jornada diária = 3,34 + 4,00 = 7,33

Salário = [(dias úteis) x (jornada diária)] x (salário hora)


Salário = [25 x 7,33] x (4,50) = 824,63
Salário = 183,25 x 4,50 = 824,63
Salário = R$ 824,63

02. Cálculo do descanso semanal remunerado para horistas

DSR = (jornada diária x dias não úteis) x salário hora


DSR = (7,33 x 6) x (4,50) = 197,91
DSR = R$ 197,91

03. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (DSR horistas)


Proventos = 824,63 + 197,91 = 1.022,54
Proventos = R$ 1.022,54

Descontos

04. Faltas

Faltas = (salário hora) x (horas de falta + horas DSR perdido)


Faltas = (4,50) x (14,67) = 66,02
Faltas = R$ 66,00

04. INSS

Base de Cálculo = [(salário) + (DSR horistas)] – (faltas)


Base de Cálculo = [824,63 + 197,91] – 66,00 = 956,50
Base de Cálculo = R$ 956,50

Incidência INSS (8%) = R$ 76,52

06. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 396,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento Salarial) + (Faltas)


Total Descontos = (76,52) + (396,00) + (66,00) = 538,54
Total Descontos = R$ 538,52

65 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.022,54) – (538,52) = 484,02
Líquido a receber = R$ 484,02

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = [(salário) + (DSR horistas)] – (faltas)


Base de Cálculo = [824,63 + 197,91] – 66,00 = 956,50
Base de Cálculo = R$ 956,50

Incidência FGTS (8,0%) = R$ 76,52

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 A m a uri N a sc im e nt o

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 4 ,5 0 0 1/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 1 -

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 183 ,2 5 R$ 8 2 4,6 3 A D IA N T A M E N T O R$ 3 9 6 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 19 7,9 1 IN S S 8% R$ 7 6 ,52

IM P O ST O D E R E N D A R$ -

F A LT A + D SR 14,6 7 R$ 6 6 ,00

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 2 2,5 4 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 5 3 8 ,52

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 9 5 6 ,54 R$ 7 29 ,3 2 R$ 9 56 ,5 4 R$ 7 6 ,5 2

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 4 8 4 ,01

16.5 Empregado Comissionista com Parcela Mensal Fixa

Demonstrativo de Cálculo

Mário Rossi
66 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

• Salário: R$ 1.280,00 por mês


• Vendas no mês de janeiro/2010: R$ 117.000,00
• Comissão: 2% sobre o valor das vendas
• Adiantamento de Salário: R$ 650,00
• Dependentes: 04 dependentes (sendo esposa e três filhos menores de 14 anos)
• Faltas / Atrasos durante o mês: Não
• Competência Janeiro/2010: 04 domingos e 01 feriado

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 1.280,00

02. Comissão

Comissão = (vendas no mês) x (percentual de comissão)


Comissão = (117.000,00) x (2%) = 2.340,00
Comissão = R$ 2.340,00

03. DSR sobre Comissão

DSR sobre comissão = [(comissão) / (dias úteis)] x (dias não úteis)


DSR sobre comissão = [2.340,00 / 26] x 5
DSR sobre comissão = [90,00] x 5 = 450,00
DSR sobre comissão = R$ 450,00

04. Salário Família

Remuneração mensal acima do valor previsto não possui direito

05. Total de Proventos

Total de Proventos = (salário mensal) + (comissão) + (DSR sobre comissão)


Total de Proventos = 1.280,00 + 2.340,00 + 450,00 = 4.070,00
Total de Proventos = R$ 4.070,00

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (comissão) + (DSR sobre comissão)


Base de Cálculo = 1.280,00 + 2.340,00 + 450,00 = 4.070,00
Base de Cálculo = R$ 4.070,00

Incidência INSS (11%) = R$ 405,86

Obs.: O limite admitido pela legislação como teto do salário de contribuição é de R$ 3.689,66

07. Imposto de Renda

67 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Montante Tributável = (salário) + (comissão) + (DSR sobre comissão)


Montante Tributável = 1.280,00 + 2.340,00 + 450,00 = 4.070,00
Montante Tributável = R$ 4.070,00

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = (4.070,00 – 405,86 – (4 x 150,69) = 3.061,38
Base de Cálculo = R$ 3.061,38

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (3.061,38) x (22,5%) – (505,62) = 183,19
IRRF = R$ 183,19

08. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 650,00

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Adiantamento Salarial)


Total Descontos = (405,86) + (183,19) + (650,00) = 1.239,05
Total Descontos = R$ 1.239,05

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (4.070,00) – (1.239,05) = 2.830,95
Líquido a receber = R$ 2.830,95

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (comissão) + (DSR sobre comissão)


Base de Cálculo = 1.280,00 + 2.340,00 + 450,00 = 4.070,00
Base de Cálculo = R$ 4.070,00

Incidência FGTS (8,0%) = R$ 325,60

68 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 M á rio R o s s i

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 10

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.2 8 0,0 0 0 1/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 4 3

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.2 8 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 6 5 0 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

C O M IS S Ã O S O B R E V EN D A S 2% R $ 2 .3 4 0,0 0 IN S S 11% R$ 4 0 5 ,86

D R S S/ C OM IS S Ã O R$ 4 5 0,0 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ 18 3 ,19

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R $ 4 .0 7 0,0 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R $ 1.2 3 9 ,05

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 3 .6 8 9 ,66 R$ 3 .06 1,3 8 R$ 4 .0 70 ,0 0 R$ 3 2 5 ,60

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 2 .8 3 0 ,95

17. HORAS EXTRAS

A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos especiais,
é de 08 horas diárias e 44 horas semanais, complementando 220 horas mês.

Todavia, poderá a jornada diária de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedentes a duas, no máximo, para efeito de serviço extraordinário,
mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá ser prorrogada além do limite legalmente
permitido, desde que observados limites de saúde e medicina do trabalho.

Atenção: Consideram-se extras as horas trabalhadas diariamente além da


jornada legal ou contratual.

A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, que


deverá constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou sentença normativa, será, no mínimo, 50%
superior à remuneração da hora normal.

69 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Em conformidade com a súmula nº 264 do TST, a remuneração do serviço suplementar é composto do


valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em
Lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. Desta forma, integra o cálculo das
horas extras, o valor relativo a adicionais porventura percebidos pelo obreiro.

17.1 Horas Extras com Adicional Constitucional

A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, que


deverá constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou sentença normativa, será, no mínimo, 50%
superior à remuneração da hora normal.

Ocorrendo necessidade imperiosa, por motivo de força maior, realização ou conclusão de serviços
inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, a duração do trabalho poderá exceder o
limite legal ou convencionado e não poderá ser superior a 12 (doze) horas, independentemente de
acordo ou contrato coletivo, devendo, contudo, ser comunicado à Delegacia Regional do Trabalho no
prazo de 10 (dez) dias no caso de empregados maiores e 48 (quarenta e oito) horas no caso de
empregados menores.

17.1.1 Horas Extras – Empregados com Remuneração Variável (Comissionistas)

O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito de, no
mínimo, 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comissões recebidas no mês,
considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Tal norma obedece ao
disposto na súmula nº 340 do TST com a nova redação dada pela Resolução nº 121/2003.

17.2 Integração das Horas Extras ao Descanso Semanal Remunerado e aos Feriados

De acordo com a Lei 605/49, em seu art. 7º, alínea “b”, computam-se no calculo do descanse semanal
remunerado as horas extraordinárias habitualmente prestadas. Dessa forma, como regra geral, as horas
extraordinárias trabalhadas deverão ser computadas no cálculo do repouso semanal remunerado.

Súmula 172 TST. Repouso remunerado. Horas extras. Cálculo. Computam-se no cálculo do repouso
remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

Para elaboração do cálculo do repouso semanal remunerado, o cálculo é o seguinte:

• somam-se as horas extras do mês;


• divide-se o resultado pelo número de dias úteis do mês;
• multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês;
• multiplica-se pelo valor da hora extra atual.

O sábado é considerado dia útil, exceto se recair em feriado. Caso as horas extras feitas durante o mês
tenham percentuais diferentes, a média terá que ser feita de forma individualizada.

18. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 2º MÓDULO

18.1 Empregado Mensalista – horas extras com adicional constitucional

Demonstrativo de Cálculo

Maurício Antônio da Silva

70 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

• Salário: R$ 2.178,00 por mês


• Adiantamento de Salário: R$ 871,20
• Horas Extras com 50% no período: 01 hora por dia durante o mês
• Dependentes: 02 dependentes (sendo esposa e um filho menor de 14 anos)
• Faltas no período: Não
• Competência: abril/2010 (26 dias úteis e 04 não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

R$ 2.178,00

02 - Cálculo das Horas Extras com 50%

Horas Extras = 26 x 1 = 26 horas


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (2.178,00 / 220) x (26) x (1,50)
Horas Extras = (9,90) x (26) x (1,50) = 386,10
Horas Extras = R$ 386,10

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo a)

Competência: abril/2010 = 30 dias (26 dias úteis e 4 dias domingos/feriados)


DSR = [(quantidade horas extras / dias úteis) x dias não úteis] x valor da hora extra
DSR = [(26 / 26) x 4] x (9,90 x 1,5)
DSR = (1 x 4) x 14,85
DSR = 4 x 14,85 = 59,40
DSR = R$ 59,40

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo b)

Competência: abril/2010 = 30 dias (26 dias úteis e 4 dias domingos/feriados)


DSR = (valor das horas extras / número de dias úteis) x número de dias não úteis
DSR = (386,10 / 26) x 4
DSR = 14,85 x 4 = 59,40
DSR = R$ 59,40

03 - Cálculo do repouso semanal remunerado (modelo c)

DSR = (soma dos valores de horas extras) x (dias não úteis / dias úteis)
DSR = (386,10) x (0,15384) = 59,40
DSR = R$ 59,40

04. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Proventos = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Proventos = R$ 2.623,50

71 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Base de Cálculo = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Base de Cálculo = R$ 2.623,50

Incidência INSS (11%) = R$ 288,59

06. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Montante Tributável = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Montante Tributável = R$ 2.623,50

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = [(2.623,50 – 288,59 – (2 x 150,69)] = 2.033,53
Base de Cálculo = R$ 2.033,53

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (2.033,53) x (7,5%) – (112,43)
IRRF = R$ 40,08

07. Adiantamento de Salário

Adiantamento = R$ 871,20

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Antecipação de Salário)


Total Descontos = 288,59 + 40,08 + 871,20 = 1.199,87
Total Descontos = R$ 1.199,87

09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (2.623,50) – (1.199,87) = 1.423,63
Líquido a receber = R$ 1.423,63

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (Horas Extras) + (DSR sobre horas extras)


Base de Cálculo = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Base de Cálculo = R$ 2.623,50

Incidência FGTS (8%) = R$ 209,88

72 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

a br/ 10 M a urí cio A nt o nio da S ilv a

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 2 .17 8,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 2 .17 8,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 8 7 1,20


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S 26 R$ 3 8 6,10 IN S S 11% R$ 2 8 8 ,59

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 9,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ 4 0 ,09

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R $ 2 .6 2 3,5 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 1.19 9 ,87

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 2 .6 2 3 ,50 R$ 2 .0 33 ,5 4 R$ 2 .6 23 ,5 0 R$ 2 0 9 ,88

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.4 2 3 ,63

18.2 Empregado Mensalista – horas extras com adicional fixado em CCT

Demonstrativo de Cálculo

Bianca da Silva

• Salário: R$ 800,00 por mês


• Horas Extras com 70% no período: 30h22min
• Competência: novembro/2010 (24 dias úteis / 05 domingos + 01 feriado no sábado)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Salário = R$ 800,00

73 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

02 - Cálculo das Horas Extras com 70%

Horas Extras = 30h22min = 30,37


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (800,00 / 220) x (30,37) x (1,70)
Horas Extras = R$ 187,74

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre Horas Extras

DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (187,74 / 24) x 6
DSR = 7,83 x 6 = 46,93
DSR = R$ 46,93

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 800,00 + 187,74 + 46,93 = 1.034,67
Proventos = R$ 1.034,67

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 800,00 + 187,74 + 46,93 = 1.034,67
Base de Cálculo = R$ 1.034,67

Incidência INSS (8%) = R$ 82,77

06. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 82,77

07. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.034,67 – 82,77 = 951,90
Líquido a receber = R$ 951,90

08. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 800,00 + 187,74 + 46,93 = 1.034,67
Base de Cálculo = R$ 1.034,67

Incidência FGTS (8%) = R$ 82,77

74 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

no v / 10 B ia nc a da S ilv a

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 8 0 0,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 8 0 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S 30 ,3 7 R$ 18 7,7 4 IN S S 8% R$ 8 2 ,77

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 4 6,9 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 3 4,6 8 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 8 2 ,77

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 3 4 ,68 R$ 9 51,9 0 R$ 1.0 34 ,6 8 R$ 8 2 ,7 7

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 9 5 1,90

18.3 Empregado Mensalista – horas extras com adicional constitucional / faltas

Demonstrativo de Cálculo

Carlos Alberto dos Santos

• Salário: R$ 1.250,00 por mês


• Adiantamento de Salário: R$ 500,00
• Horas Extras com 50% no período: 13h30min.
• Faltas no período: 6h12min.
• Dependentes IR: 02 dependentes (sendo esposa e filho maior de 14 anos)
• Competência: janeiro/2010 (26 dias úteis e 05 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

75 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

R$ 1.250,00

02 - Cálculo das Horas Extras com 50%

Horas Extras = 13h30min = 13,5


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.250,00 / 220) x (13,5) x (1,50)
Horas Extras = R$ 115,05

03 - Cálculo do repouso semanal remunerado (modelo b)

DSR = (valor horas extras / dias úteis) x dias não úteis


DSR = (115,05 / 26) x 5
DSR = 4,42 x 5 = 22,13
DSR = R$ 22,13

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 1.250,00 + 115,05 + 22,13 = 1.387,18
Proventos = R$ 1.387,18

Descontos

05. Faltas

Faltas = 6h12min = 6,20

Faltas = (salário / 220) x horas faltas


Faltas = (1.250,00 / 220) x (6,20 + 7,33)
Faltas = (1.250,00 / 220) x (13,53)
Faltas = R$ 76,88

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.250,00 + 115,05 + 22,13 – 76,88
Base de Cálculo = R$ 1.310,30

Incidência INSS (9%) = R$ 117,93

07. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras) – (faltas)
Montante Tributável = 1.250,00 + 115,05 + 22,13 – 76,88
Montante Tributável = R$ 1.310,30

IRRF = isento

08. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 500,00

76 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (antecipação de salário) + (faltas)


Total Descontos = 117,93 + 500,00 + 76,88
Total Descontos = R$ 694,81

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.387,18) – (694,81)
Líquido a receber = R$ 692,37

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.250,00 + 115,05 + 22,13 – 76,88
Base de Cálculo = R$ 1.310,30

Incidência FGTS (8%) = R$ 104,82

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S OC IA L / N O M E

0 3 . EN D E R E ÇO

10 . C OM P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 C a rlo s A lbe rt o do s S a nt o s

12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í OD O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.2 5 0 ,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S R EF V A LOR D ES C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R

SA LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.2 5 0 ,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 5 0 0 ,0 0
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S EX T R A S 13 ,5 R$ 115 ,0 6 IN S S 9% R$ 117 ,9 3

D S R S / H OR A S E XT R A S R$ 2 2 ,13 IM P O S T O D E R E N D A R$ -

F A LT A S + D SR 13 ,5 3 R$ 7 6 ,8 8

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.3 8 7 ,18 T OT A L D E D E S C O N T O S - R $ R$ 6 9 4 ,8 0

B C IN S S B C IR R F BC F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M E N T O

R$ 1.3 10 ,3 1 R$ 8 9 1,0 0 R$ 1.3 10 ,3 1 R$ 10 4 ,8 2

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 6 9 2 ,3 8

77 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

18.4 Empregado Mensalista – horas extras com adicional constitucional

Demonstrativo de Cálculo

João Miguel de Oliveira

• Salário: R$ 1.800,00 por mês


• Horas Extras com 50% no período: 10h15min
• Faltas no período: 01 falta (semana seguinte ao feriado)
• Competência: janeiro/2010 (26 dias úteis / 05 dias não úteis)
• Adiantamento Salarial: R$ 600,00

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Salário: R$ 1.800,00

02 - Cálculo das Horas Extras com 50%

Horas Extras = 13h15min = 13,25


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.800,00 / 220) x (13,25) x (1,50)
Horas Extras = R$ 162,61

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre Horas Extras

DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (162,61 / 26) x 5
DSR = R$ 31,27

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 1.800,00 + 162,61 + 31,27
Proventos = R$ 1.993,88

Descontos

05. Faltas

Faltas = (salário / 220) x horas faltas


Faltas = (1.800,00 / 220) x (14,67)
Faltas = R$ 120,03

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.800,00 + 162,61 + 31,27 - 120,03
Base de Cálculo = R$ 1.873,85

78 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Incidência INSS (11%) = R$ 206,12

07. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras) – (faltas)
Montante Tributável = 1.800,00 + 162,61 + 31,27 - 120,03
Montante Tributável = R$ 1.873,85

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS)


Base de Cálculo = 1.873,85 – 206,12 = 1.667,72
Base de Cálculo = R$ 1.667,73

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (1.667,73) x (7,5%) – (112,43)
IRRF = R$ 12,65

08. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 600,00

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (antecipação de salário) + (faltas)


Total Descontos = 206,12 + 12,65 + 600,00 + 120,03 = 943,61
Total Descontos = R$ 938,80

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.993,88) – (938,80) = 1.050,23
Líquido a receber = R$ 1.055,08

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.800,00 + 162,61 + 31,27 - 120,03
Base de Cálculo = R$ 1.873,85

Incidência FGTS (8%) = R$ 149,91

79 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 Jo ã o M igue l de Oliv e ira

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.8 0 0,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.8 0 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 6 0 0 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S 13,2 5 R$ 16 2,6 1 IN S S 11% R$ 2 0 6 ,12

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 3 1,2 7 IM P O ST O D E R E N D A R$ 12 ,65

F A LT A S + D S R 14,6 7 R$ 12 0 ,03

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.9 9 3,8 9 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 9 3 8 ,80

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.8 7 3 ,86 R$ 1.6 67 ,7 3 R$ 1.8 73 ,8 6 R$ 14 9 ,9 1

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.0 5 5 ,08

18.5 Empregado Mensalista – horas extras com adicional variado

Demonstrativo de Cálculo

Augusto Xavier Fonseca

• Salário: R$ 1.408,00 por mês


• Adiantamento de Salário: R$ 568,00
• Horas Extras com 50% no período: 09h50min
• Horas Extras com 65% no período: 06h20min
• Horas Extras com 85% no período: 08h00min
• Horas Extras com 100% no período: 03h06min
• Dependentes: 01 dependente
• Competência: janeiro/2010 (26 dias úteis / 05 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

80 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

Salário = R$ 1.408,00

02 - Cálculo das Horas Extras com 50%

Horas Extras = 09h50min = 9,83


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.408,00 / 220) x (9,83) x (1,50)
Horas Extras = R$ 94,37

03 - Cálculo das Horas Extras com 65%

Horas Extras = 06h20min = 6,33


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.408,00 / 220) x (6,33) x (1,65)
Horas Extras = R$ 66,84

04 - Cálculo das Horas Extras com 85%

Horas Extras = 08h00min = 8,00


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.408,00 / 220) x (8,00) x (1,85)
Horas Extras = R$ 94,72

05 - Cálculo das Horas Extras com 100%

Horas Extras = 03h06min = 3,10


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (1.408,00 / 220) x (3,10) x (2)
Horas Extras = R$ 39,68

06 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre Horas Extras

DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = [(94,37 + 66,84 + 94,72 + 39,68) / 26] x 5
DSR = R$ 56,85

07. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 1.408,00 + 295,61 + 56,85 = 1.760,46
Proventos = R$ 1.760,46

Descontos

08. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 1.408,00 + 295,61 + 56,85 = 1.760,46
Base de Cálculo = R$ 1.760,46

Incidência INSS (9%) = R$ 158,44

81 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

09. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Montante Tributável = 1.408,00 + 295,61 + 56,85 = 1.760,46
Montante Tributável = R$ 1.760,46

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = 1.760,46 – 158,44 – 150,69 = 1.451,33
Base de Cálculo = R$ 1.451,33

IRRF = isento

10. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 568,00

11. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (adiantamento salarial)


Total Descontos = 158,44 + 568,00 =
Total Descontos = R$ 726,44

12. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.760,46) – (726,44) = 1.034,02
Líquido a receber = R$ 1.034,02

13. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 1.408,00 + 295,61 + 56,85 = 1.760,46
Base de Cálculo = R$ 1.760,46

Incidência FGTS (8%) = R$ 140,84

82 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 A ugus to X a vie r F o ns e ca

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.4 0 8,0 0 1 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.4 0 8,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 5 6 8 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 9,8 3 R$ 9 4,3 7 IN S S 9% R$ 15 8 ,44

H O R A S E XT R A S ( 6 5 %) 6,3 3 R$ 6 6,8 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

H O R A S E XT R A S ( 8 5 %) 8,0 0 R$ 9 4,7 2 F A LT A S + D S R 0 R$ -

H O R A S E XT R A S ( 10 0 %) 3,10 R$ 3 9,6 8

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 6,8 5

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.7 6 0,4 6 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 7 2 6 ,44

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.7 6 0 ,46 R$ 1.4 51,3 3 R$ 1.7 60 ,4 6 R$ 14 0 ,84

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.0 3 4 ,02

18.6 Empregado Horista – horas extras com adicional constitucional

Demonstrativo de Cálculo

Maria Padilha

• Salário: R$ 3,85 por hora


• Jornada de Trabalho: 7h20min
• Horas Extras com 50% no período: 22h30min
• Faltas no período: Não
• Dependentes: 02 dependentes (sendo esposa e um filho menor de 14 anos)
• Competência: janeiro/2010 (26 dias úteis / 05 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

83 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)


Salário = [(7,33) x (26)] x (3,85)
Salário = 190,58 x 3,85 = 733,73
Salário = R$ 733,73

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (5)] x (3,85)
DSR horistas = 36,65 x 3,85 = 141,10
DSR horistas = R$ 141,10

03 - Cálculo das Horas Extras com 50%

Horas Extras = 22h30min = 22,50


Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (3,85) x (22,5) x (1,50)
Horas Extras = R$ 129,94

04 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre Horas Extras - horistas

DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (129,94 / 26) x 5
DSR = R$ 24,99

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 733,73 + 141,10 + 129,94 + 24,99 = 1.029,76
Proventos = R$ 1.029,76

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 733,73 + 141,10 + 129,94 + 24,99 = 1.029,76
Base de Cálculo = R$ 1.029,76

Incidência INSS (8%) = R$ 82,38

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 82,38

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.029,76) – (82,38) = 947,38
Líquido a receber = R$ 947,38

84 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 733,73 + 141,10 + 129,94 + 24,99 = 1.029,76
Base de Cálculo = R$ 1.029,76

Incidência FGTS (8%) = R$ 82,38

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 M a ria P a dilha

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 3 ,8 5 0 1/ 01/ 2 0 10 a 3 1/ 0 1/ 2 010 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 190 ,5 8 R$ 7 3 3,7 3 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 36 ,6 5 R$ 141,10 IN S S 8% R$ 8 2 ,38

H O R A S E XT R A S 22 ,5 R$ 12 9,9 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 2 4,9 9 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 2 9,7 6 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 8 2 ,38

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 2 9 ,76 R$ 7 96 ,6 9 R$ 1.0 29 ,7 6 R$ 8 2 ,3 8

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 9 4 7 ,38

85 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

19. ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO

A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que compõe direito dos trabalhadores,
além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

Nos termos da legislação vigente, a remuneração do trabalho noturno e do serviço extraordinário deve
ser superior, no mínimo, em 20% e 50%, respectivamente, à remuneração da hora normal, salvo
negociação coletiva garantindo melhores percentuais aos adicionais.

Quando o serviço suplementar for prestado durante o horário noturno, o empregado faz jus ao
recebimento dos adicionais de forma acumulada.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à
do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna.

Súmula 213 STF. É devido o adicional de serviço noturno ainda que sujeito o empregado ao regime de
revezamento.

Súmula nº 313 STF. Provada a identidade entre o trabalho diurno e noturno, é devido o adicional, quanto a
este, sem a limitação do art. 73, §3º da CLT, independentemente da natureza da atividade do empregador.

Súmula nº 60 TST. Adicional Noturno. Integração no salário e prorrogação em horário diurno (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 6 da SDI-1 - Resolução 129/05)

I – O adicional noturno, pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos.

II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional
quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, §5º da CLT (ex-OJ nº 06)

Súmula nº 256 TST. Adicional noturno. Alteração do turno de trabalho. Possibilidade de supressão. A
transferência para período diurno implica a perda do direito ao adicional noturno.

19.1 Horário Noturno

Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22h00min horas de um dia
às 05h00min horas do dia seguinte.

Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura entre 21h00min horas de
um dia às 05h00min horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 20h00min horas às 04h00min horas do
dia seguinte.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 73 – (...)

§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

A hora normal tem a duração de 60’ e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é
computada como sendo de 52’30”. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 07’30” ou ainda
12,5% sobre o valor da hora diurna.

86 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Assim sendo, considerando o horário das 22h00min às 05h00min horas, temos 07 horas-relógio que
correspondem a 08 horas-trabalho.

Nas atividades rurais, a hora noturna é considerada como de 60’, não havendo, portanto, a redução
como nas atividades urbanas.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 73 – (...)

§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

Súmula nº 112 TST. O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, preparação,
produção e refinação de petróleo, industrialização de xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e
seus derivados por meio de dutos, é regulado pela Lei 5.811/72, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52’30”
do art. 73, §1º da CLT.

Súmula nº 214 STF. A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30 segundos) constitui vantagem
suplementar, que não dispensa o salário adicional.

19.2.1 Tabela e Cálculo Prático de Horas Noturnas

A tabela seguinte se faz prática para uma visualização da determinação da jornada de trabalho. Para
cálculos, deve-se utilizar o cálculo prático na seqüência apresentada:

das 22:00 horas até hora


22:30 35'
23:00 1:10'
23:30 1:45'
24:00 2:20'
00:30 2:50'
01:00 3:25'
01:30 4:00'
02:00 4:35'
02:30 5:10'
03:00 5:45'
03:30 6:20'
04:00 6:50'
04:30 7:25'
05:00 8:00'

Para se calcular as horas noturnas, utilize o seguinte raciocínio: divida o número de horas-relógio por
52,5 (corresponde a 52’30") e multiplique por 60 (correspondente a 60’):

(número de horas / 52,5) x 60 = número de horas noturnas

7 horas relógio
(7 / 52,5) x 60 = 8 horas noturnas

87 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

4 horas relógio
(4 / 52,5) x 60 = 4,6 horas noturnas
4,6 horas = 4 horas e 36 minutos

Cálculo das horas semanais considerando parte das horas noturnas

Considerando um empregado que durante sua jornada normal trabalhe das 14h42min às 23h30min
horas, este terá, durante o período noturno, o horário reduzido.

• Segunda a Sexta-feira: das 14h42min às 18h30min e das 19h30min às 23h30min

Calculando as horas trabalhadas temos:

Horas diurnas = das 14h42min às 18h30min e das 19h30min às 22h00min =


Horas diurnas = das (14,7) às (18,5) e das (19,5) às (22) =
Horas diurnas = 3,8 + 2,5 = 6,3 = 06h18min

Horas noturnas = das 22h00min às 23h30min =


Horas noturnas = das (22) às (23,5) = 1,5
Horas noturnas = (1,5 / 52,5) x 60 =
Horas noturnas = (0,028) x 60 = 1,71 = 01h42min

Total de horas diárias = 06h18min + 01h42min = 08h00min


Total de horas de segunda à sexta = 08h00min x 5 dias = 40h00min

• Sábados: das 15h00min às 19h00min = 4h00min

Somando as horas de segunda a sábado = 40h00min + 4h00min = 44h00min semanais

Se o empregado trabalha em período noturno, deve ser feita a redução para compor a jornada normal
de trabalho (08h00min diárias ou 44h00min semanais). Se o total de horas ultrapassar o previsto em
lei, caberá o pagamento de horas extraordinárias.

19.2.2 Hora Extra Noturna

Havendo prestação de horas extras no horário noturno, o empregado fará jus ao adicional noturno e
adicional constitucional por horas extraordinárias, cumulativamente, conforme enunciado II da
Súmula nº 60 TST:

Súmula nº 60 TST. (...)

II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional
quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, §5º da CLT (ex-OJ nº 06)

19.3 Intervalo

No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo:

• jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;


• jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15 minutos;
• jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2
(duas) horas.

88 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse
efeito a hora-relógio de 60 minutos.

A concessão do período de repouso ou alimentação aplica-se inclusive a vigias, vigilantes, zeladores,


porteiros e outras funções assemelhadas sem qualquer distinção. Mesmo em acordos de revezamento
devem existir os respectivos intervalos, sob pena de pagamento de multas e horas complementares.

19.4 Integração ao Salário

O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade integram o salário
para todos os efeitos legais, conforme enunciado I da Súmula TST nº 60:

Enunciado 60 TST. Adicional noturno. O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do
empregado para todos os efeitos.

19.5 Descanso Semanal Remunerado - Adicional Noturno

A integração do adicional noturno no descanso semanal remunerado se obtém através da média diária
do número de horas noturnas realizadas na semana, quinzena ou mês, multiplicando-se pelo valor da
hora normal, multiplicada pelo adicional de 20%, multiplicando-se o resultado obtido pelo número de
domingos e feriados.

DSR = (horas noturnas mês / dias úteis) x (valor hora normal) x (20%) x (domingos e feriados)

Exemplo:

• Competência = abril/2010 (23 dias úteis e 07 dias não úteis)


• Horas noturnas = 46 horas
• Valor hora normal = R$ 6,00

DSR = (horas noturnas mês / dias úteis) x ($ hora normal) x (adic. noturno) x (dias não úteis)

DSR = (46 / 23) x (6,00) x (20%) x (7)


DSR = (2) x (6,00) x (20%) x (7)
DSR = 12 x (20%) x 7
DSR = 2,4 x 7
DSR = R$ 16,80

19.6 Descanso Semanal Remunerado - Hora Extra Noturna

A integração da hora extra noturna no descanso semanal remunerado far-se-á mediante a média diária
das horas extras noturnas realizadas, multiplicando-se pelo valor da hora extra noturna, multiplicada
pelo número de domingos e feriados do mês.

DSR = (nº de horas extras noturnas / dias úteis) x (valor hora extra noturna) x (dias não úteis)

Exemplo:

• Competência = abril/2010 (23 dias úteis e 07 dias não úteis)


• Horas Extras noturnas = 11horas e 30minutos
• Valor hora normal = R$ 5,00
• Valor hora extra noturna = R$ 9,00 (adicional constitucional + adicional noturno)

89 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DSR = (nº de horas extras noturnas / dias úteis) x (valor hora extra noturna) x (dias não úteis)

DSR = (11,5 / 23) x (9,00) x (7)


DSR = 0,5 x 9,00 x 7
DSR = R$ 31,50

20. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 3º MÓDULO

20.1 Empregado Horista

Dirceu de Andrade

• Salário R$ 3,25 por hora


• Horário de Trabalho: das 22h00min às 01h30min e das 02h30min às 05h25min
• Adicional noturno: 20% sobre a hora diurna
• Dependentes: 01 dependente (sendo um filho menor de 14 anos)
• Adiantamento Salarial: R$ 205,00
• Faltas / Atrasos no período: Não
• Competência: Junho/2010 (24 dias úteis / 06 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Jornada = 22h00min às 01h30min / 02h30min às 05h00min / 05h00min às 05h28min


Jornada = (22,00 às 1,50) + (2,50 às 5,00) + (5,00 às 5,47)
Jornada = (3,50 + 2,50) + (0,47)
Jornada = [(6 / 52,5) x 60)] + 0,47
Jornada = 6,86 + 0,47 = 7,33

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)


Salário = [(7,33) x (24)] x (3,25)
Salário = R$ 571,74

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (6)] x (3,25)
DSR horistas = R$ 142,94

03 – Adicional Noturno

Jornada = 22h00min às 01h30min / 02h30min às 05h00min / 05h00min às 05h28min


Jornada = (22,00 às 1,50) + (2,50 às 5,00) + (5,00 às 5,47)
Jornada = (3,50 + 2,50) + (0,47)
Jornada = [(6 / 52,5) x 60)] + 0,47
Jornada = 6,86 + 0,47 = 7,33

Adicional Noturno = [(dias úteis) x (jornada noturna)] x (adicional noturno) x (salário hora)
Adicional Noturno = [24 x 7,33] x 0,20 x 3,25
Adicional Noturno = R$ 114,35

90 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

04 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre adicional noturno

DSR adicional = (adicional noturno / dias úteis) x (dias não úteis)


DSR adicional = (114,35 / 24) x (6)
DSR adicional = R$ 28,59

05 – Salário Família

Remuneração = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adicional noturno)


Remuneração = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 = 857,62
Remuneração = R$ 857,62

Salário Família = R$ 20,73

06. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno) + (salário família)
Proventos = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 + 20,73 = 878,35
Proventos = R$ 878,35

Descontos

07. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 = 857,62
Base de Cálculo = R$ 857,62

Incidência INSS (8%) = R$ 68,61

08. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 205,00

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento Salarial)


Total Descontos = 68,61 + 205,00 = 273,61
Total Descontos = R$ 273,61

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (878,35) – (273,61) = 604,74
Líquido a receber = R$ 604,74

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 571,74 + 142,94 + 114,35 + 28,59 = 857,62
Base de Cálculo = R$ 857,62

Incidência FGTS (8%) = R$ 68,61

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EMPREGADOR DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

jun/ 10 D irc e u de A ndra de

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 3 ,2 5 1 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 175 ,9 2 R$ 5 7 1,7 4 A D IA N T A M E N T O R$ 2 0 5 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 14 2,9 4 IN S S 8% R$ 6 8 ,61

A D IC . N O T UR N O 20 % R$ 114,3 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ A D IC . N OT UR N O R$ 2 8,5 9 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ 2 0,7 3

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 8 7 8,3 4 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 2 7 3 ,61

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 8 5 7 ,61 R$ 6 59 ,0 4 R$ 8 57 ,6 1 R$ 6 8 ,6 1

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 6 0 4 ,73

20.2 Empregado Horista –adicional noturno

Antônio Marcos

• Salário R$ 6,85 por hora


• Horário de Trabalho: das 19h05min às 23h00min e das 00h30min às 03h30min
• Adicional noturno: 20%
• Dependentes: 02 dependente (sendo esposa e filho menor de 14 anos)
• Adiantamento Salarial: R$ 450,00
• Competência: Junho/2010 (24 dias úteis / 06 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Jornada = 19h15min às 22h00min / 22h00min às 23h00min / 00h30min às 03h30min


Jornada = (19,25 às 22,00) + (22,00 às 23,00) + (0,50 às 3,50)
Jornada = (2,75) + (1,00 + 3,00)
Jornada = (2,75) + [(4 / 52,5) x 60)]
Jornada = 2,75 + 4,57 = 7,33
92 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)


Salário = [(7,33) x (24)] x (3,25)
Salário = R$ 1.205,05

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (6)] x (6,85)
DSR horistas = R$ 301,26

03 – Adicional Noturno

Jornada = 19h15min às 22h00min / 22h00min às 23h00min / 00h30min às 03h30min


Jornada = (19,25 às 22,00) + (22,00 às 23,00) + (0,50 às 3,50)
Jornada = (2,75) + (1,00 + 3,00)
Jornada = (2,75) + [(4 / 52,5) x 60)]
Jornada = 2,75 + 4,57 = 7,33

Adicional Noturno = [(dias úteis) x (jornada noturna)] x (adicional noturno) x (salário hora)
Adicional Noturno = [24 x 4,57] x 0,20 x 6,85
Adicional Noturno = R$ 150,26

04 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre adicional noturno

DSR adicional = (adicional noturno / dias úteis) x (dias não úteis)


DSR adicional = (150,26 / 24) x (6)
DSR adicional = R$ 37,56

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)


Proventos = 1.205,05 + 301,26 + 150,26 + 37,56 = 1.694,13
Proventos = R$ 1.694,13

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 1.205,05 + 301,26 + 150,26 + 37,56 = 1.694,13
Base de Cálculo = R$ 1.694,13

Incidência INSS (9%) = R$ 152,47

07. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 450,00

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento Salarial)


Total Descontos = 152,47 + 450,00 = 602,47
Total Descontos = R$ 602,47

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09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.694,13) – (602,47) = 1.091,66
Líquido a receber = R$ 1.091,66

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional noturno) + (DSR adic. noturno)
Base de Cálculo = 1.205,05 + 301,26 + 150,26 + 37,56 = 1.694,13
Base de Cálculo = R$ 1.694,13

Incidência FGTS (8%) = R$ 135,53

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

jun/ 10 A nt o nio M a rc o s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 6 ,8 5 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 175 ,9 2 R$ 1.2 0 5,0 5 A D IA N T A M E N T O R$ 4 5 0 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 3 0 1,2 6 IN S S 9% R$ 15 2 ,47

A D IC . N O T UR N O 20 % R$ 15 0,2 6 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ A D IC . N OT UR N O R$ 3 7,5 7 F A LT A + D SR 0 ,0 0 R$ -

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.6 9 4,14 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 6 0 2 ,47

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.6 9 4 ,14 R$ 1.3 90 ,9 8 R$ 1.6 94 ,14 R$ 13 5 ,53

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.0 9 1,67

20.3 Empregado Horista – horas extras noturnas com adicional constitucional

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Demonstrativo de Cálculo

Carlos Alberto Rizzo

• Salário: R$ 880,00
• Horas Extras: 24 dias compreendendo o horário das 22h às 23h45min.
• Adicional noturno: 20% sobre a hora diurna
• Dependentes: 02 dependentes (sendo esposa e um filho menor de 14 anos)
• Faltas / Atrasos no mês: Não
• Adiantamento Salarial: Não
• Competência: junho/2010 (24 dias úteis / 06 dias não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Salário = R$ 880,00

02 - Cálculo das Horas Extras Noturnas com 50%

Horas Extras = 22h00min às 23h45min = 1h45min = 1,75


Horas Extras = (1,75 / 52,5) x 60 = 2,00
Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra) + (adic. hora extra not)
Horas Extras = (880,00 / 220) x (24 x 2) x (1,50) x (1,2)
Horas Extras = R$ 345,60

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre horas extras noturnas - horistas

DSR = (valor das horas extras / dias úteis) x dias não úteis
DSR = (345,60 / 24) x (6)
DSR = R$ 86,40

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = 880,00 + 345,60 + 86,40 = 1.312,00
Proventos = R$ 1.312,00

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 880,00 + 345,60 + 86,40 = 1.312,00
Base de Cálculo = R$ 1.312,00

Incidência INSS (9%) = R$ 118,08

06. Total de Descontos

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Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 118,08

07. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.312,00) – (118,08) = 1.193,92
Líquido a receber = R$ 1.193,92

08. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = 704,00 + 176,00 + 345,60 + 86,40 = 1.312,00
Base de Cálculo = R$ 1.312,00

Incidência FGTS (8%) = R$ 104,96

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

jun/ 10 C a rlo s A lbe rt o R izzo

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 8 8 0,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 8 8 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 48 R$ 3 4 5,6 0 IN S S 9% R$ 118 ,08

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 8 6,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.3 12,0 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 118 ,08

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.3 12 ,00 R$ 8 92 ,5 4 R$ 1.3 12 ,0 0 R$ 10 4 ,96

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.19 3 ,92

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21. SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS

Súmula nº 291 TST. Horas extras. Revisão do Enunciado 76. A supressão pelo empregador, do serviço
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito à
indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou
superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas
suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do
dia da supressão.

21.1 Cálculo da indenização – exemplos

O cálculo da indenização deve ser baseado na média aritmética das horas extras prestadas nos últimos
12 meses, multiplicada pelo valor da hora extra da época da supressão, multiplicando-se então pelo
número de anos ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de horas extras.

Exemplo 01:

Empregado presta habitualmente horas extras por 04 anos. O valor da hora normal no mês de
março/2010 é de R$ 4,00 e o adicional extraordinário de 60%, conforme CCT; neste mês ocorreu a
supressão das horas extras.

a) Horas extras trabalhadas nos últimos 12 meses:

Competência Horas Extras (quantitativo)


Março/2009 54
Abril/2009 38
Maio/2009 40
Junho/2009 46
Julho/2009 32
Agosto/2009 56
Setembro/2009 30
Outubro/2009 28
Novembro/2009 44
Dezembro/2009 46
Janeiro/2010 36
Fevereiro/2010 42

Total de horas extras no período 492


Média de horas extras no período 41

b) Valor da Hora extra com adicional conforme CCT

valor hora extra = 4,00 + 60% = R$ 6,40

c) Valor da Indenização

valor da indenização = média de horas x valor hora extra x período de direito


valor da indenização = (41 x 6,40) x 4 = 1.049,60
valor da indenização = R$ 1.049,60

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Exemplo 02:

Empregado presta habitualmente horas extras há 06 anos e 7 meses. O valor da hora normal, no mês
de março/2010, mês em que ocorreu a supressão das horas extras, é de R$ 7,00, sendo o adicional
extraordinário correspondente a 50%.

a) Horas extras trabalhadas nos últimos 12 meses:

Competência Horas Extras (quantitativo)


Março/2009 54
Abril/2009 38
Maio/2009 40
Junho/2009 46
Julho/2009 32
Agosto/2009 56
Setembro/2009 30
Outubro/2009 28
Novembro/2009 44
Dezembro/2009 46
Janeiro/2010 36
Fevereiro/2010 42

Total de horas extras no período 492


Média de horas extras no período 41

b) Valor da Hora extra com adicional conforme CRFB/88

valor hora extra = 7,00 + 50% = R$ 10,50

c) Valor da Indenização

valor da indenização = média de horas x valor hora extra x período de direito


valor da indenização = (46 x 10,50) x 7 = 3.381,00
valor da indenização = R$ 3.381,00

Jurisprudência

ENUNCIADO 291 DO TST. APLICAÇÃO. A orientação do Enunciado 291 do E. TST somente se justifica se
verificada a hipótese ali exposta, isto é, quando plenamente configurada a supressão do pagamento de horas
extras, se prestadas com habitualidade pelo período mínimo de um ano. (TRT-PR-RO 1.632-96 - Ac.5ª T 22.431-
96 - Rel. Juiz Luiz Felipe Haj Mussi)

22. COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS – BANCO DE HORAS

O chamado regime do banco de horas é uma possibilidade admissível de compensação de horas,


vigente a partir da Lei nº 9.601/1998. Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais
flexível, mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa
adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de
serviços. Vale esclarecer que este novo regime de compensação de horas abrange todos os
trabalhadores, independentemente da modalidade de contratação, se por prazo determinado ou
indeterminado.

98 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

22.1 Características

Denomina-se esse sistema de banco de horas porque ele pode ser utilizado, por exemplo, nos
momentos de pouca atividade da empresa para reduzir a jornada normal dos empregados durante um
período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a produção
crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de negociação coletiva (convenção ou
acordo coletivo).

Se o sistema começar em um momento de grande atividade da empresa; aumenta-se a jornada de


trabalho (no máximo em 02 horas diárias) durante um período. Nesse caso, as horas extras não serão
remuneradas, sendo concedidas, como compensação, folgas correspondentes ou sendo reduzida a
jornada de trabalho até a quitação das horas excedentes.

O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos coletivos, mas o
limite será sempre de 10 horas diárias trabalhadas, não podendo ultrapassar, no prazo negociado no
acordo coletivo, em período máximo de um ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas.
A cada período fixado no instrumento de negociação, recomeça o sistema de compensação e a
formação de um novo quadro de contagem deste regime de compensação.

22.2 Rescisão do contrato antes da compensação das horas

A compensação das horas extras deverá ser feita durante a vigência do contrato, ou seja, na hipótese de
rescisão de contrato (de qualquer natureza), sem que tenha havido a compensação das horas extras
trabalhadas, o empregado tem direito ao pagamento das respectivas horas, com o acréscimo previsto
na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora normal.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da


remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
(Vide CFRB, art. 7º inciso XVI)

§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

23. OUTROS TEMAS QUE INFLUENCIAM NO CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS

23.1 Salário Complessivo

Salário complessivo é aquele que engloba uma importância fixa ou proporcional ao ganho básico, com
finalidade de remunerar vários direitos, tais como, adicional de insalubridade, adicional de
periculosidade, adicional noturno, adicional de horas extras, comissões, entre outros.

O entendimento justrabalhista, no entanto, é no sentido de que é nula a cláusula contratual que dispõe
sobre o salário complessivo. Desta forma, as horas extras e outras parcelas, por ocasião da elaboração
da folha de pagamento, devem ser discriminadas nas rubricas próprias.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Enunciado nº 91 TST. Salário complessivo. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentual para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

23.2 Hora "in itinere"

O tempo gasto pelo empregado em transporte fornecido pelo empregador, de ida e retorno, até o local
da prestação dos serviços, de difícil acesso e não servido por transporte público regular, deve ser
computado na jornada de trabalho.

Logo, se o tempo de percurso mais as horas efetivamente trabalhadas exceder a jornada normal de
trabalho, o excesso deverá ser remunerado como serviço extraordinário, relativo às horas "in itinere".

Caso haja transporte público regular em parte do trajeto percorrido em transporte do empregador, o
pagamento das horas "in itinere" se limita apenas ao percurso não servido por transporte público.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

(...)

§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

Neste sentido, os enunciados da Súmula nº 90 TST (Resolução 129/2005), adiante transcritos:

• I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local
de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu
retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/78, DJ 10 de
novembro de. 1978)

• II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os


do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas “in
itinere”. (ex-OJ nº 50 - Inserida em 01 de fevereiro de 1995)

• III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere”.
(ex-Súmula nº 324 - RA 16/1993, DJ 21 de dezembro de.1993)

• IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da


empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo
transporte público. (ex-Súmula nº 325 RA 17/1993, DJ 21 de dezembro de 1993)

• V - Considerando que as horas “in itinere” são computáveis na jornada de trabalho, o tempo
que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o
adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 - Inserida em 20 de junho de 2001)

Ainda, destaque-se o teor da súmula nº 320 do TST:

Súmula nº 320 TST. Horas in itinere. Obrigatoriedade de cômputo na jornada de trabalho. O fato de o
empregador cobrar, parcialmente, ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso,
ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção do pagamento das horas in itinere.

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23.3 Minutos extras

Jurisprudência

O entendimento da sessão de dissídios individuais do TST é no sentido de que o tempo despendido pelo
empregado para a marcação de cartão ponto, antes e após a jornada de trabalho, é considerado como à
disposição do empregador, computando-se como extra, desde que excedente a 05 minutos (Acórdão unânime -
ERR 9.502/90 - Rel. Min. Armando de Brito - D.J.U. de 25 de junho de 1993, p. 12.720).

23.3.1 Variações de horário no registro de ponto

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

23.3.2 Intervalo para repouso ou alimentação

Com o advento da Lei nº 8.923/1994, que acrescentou o §4º ao artigo 71 da CLT, o empregador que
não conceder ao empregado o intervalo legal para repouso e alimentação, ficará obrigado a remunerar
o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal de
trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

(...)

§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Antes da edição da referida Lei, o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado


no revogado enunciado nº 88, era no sentido de que "o desrespeito ao intervalo mínimo entre dois
turnos de trabalho, sem importar em excesso na jornada efetivamente trabalhada, não dá direito a
qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de infração sujeita à penalidade
administrativa".

Súmula nº 88 TST. Cancelado pela Resolução 42/1995. Jornada de trabalho. Intervalo entre turnos. O
desrespeito ao intervalo mínimo entre dois turnos de trabalho, sem importar em excesso na jornada
efetivamente trabalhada, não há direito a qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de infração
sujeita a penalidade administrativa.

23.3.3 Intervalo não previsto em lei

Os intervalos concedidos pelo empregador, durante a jornada de trabalho, tal como intervalo para
lanche, se compensados pelos empregados, caracterizam serviços extraordinários.

Súmula nº 118 TST. Jornada de trabalho. Horas extras. Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada
de trabalho, não previstos em Lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.

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23.4 Período entre jornadas

Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 (onze) horas consecutivas.

Além disso, todo empregado tem direito a um repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. Desta forma, quando da concessão do repouso
semanal remunerado, o intervalo entre o término de uma jornada diária de trabalho e o início de outra,
deverá ser de no mínimo 35 (trinta e cinco) horas.

Caso ocorra a absorção mútua das horas de descanso entre jornadas e as horas de repouso semanal, as
horas que faltarem para completar o intervalo de 35 (trinta e cinco) horas deverão ser remuneradas
como extraordinárias.

23.5 Integração ao salário

As horas extras prestadas com habitualidade integram o salário para todos os efeitos legais, inclusive
aviso prévio, décimo terceiro salário e férias, pela média aritmética dos períodos correspondentes,
observados o salário e o adicional vigentes por ocasião do pagamento de cada direito.

a) Décimo Terceiro Salário

Média do número de horas do respectivo ano, multiplicada pelo valor do salário-hora da época do
pagamento, acrescido do adicional de hora extra. Em caso de rescisão, será apurada a média de janeiro
até o mês anterior ao da rescisão.

Enunciado 45 TST. Serviço suplementar. A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado,


integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962.

b) Férias

Média do número de horas do período aquisitivo, multiplicada pelo valor do salário hora da época da
concessão, acrescido do adicional de hora extra.

Recurso de Revista nº 17.507/91 – TST

DA INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. A média a ser utilizada, para cálculo da integração das horas extras,
é a física, e não a média dos valores pagos. É que o critério de integração pela média física objetiva
essencialmente a proteção real das horas extras efetivamente trabalhadas, garantindo ao empregado a
intangibilidade do seu salário.

Recurso de Revista nº 70.210/93.8 – TST

A jurisprudência desta Corte vem firmando entendimento de que a integração das horas extras em 13º salário e
férias deve ser feita pela média física das mesmas. Este entendimento visa coibir a diminuição do valor
aquisitivo provocada pela espiral inflacionária, acarretando manifesto prejuízo ao obreiro.

Recurso Ordinário nº 0523/91 - TRT/3ª Região

HORAS EXTRAS - INTEGRAÇÕES - Sendo variável o número de horas extras trabalhadas, para integrações
nas demais parcelas, há que considerar a média do número de horas e não a média de valores.

Nos casos de rescisão de contrato de trabalho quando há férias vencidas e proporcionais, as férias
vencidas são calculadas pela média do período aquisitivo e as férias proporcionais pelas médias do
período proporcional.

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23.6 Empregado doméstico

Os direitos concernentes aos trabalhadores domésticos estão previstos no parágrafo único do artigo 7º
da CF/88 e na Lei nº 5.859/72, e, entre eles, não se encontram a duração do trabalho e remuneração
por serviço extraordinário.

Por conseguinte, se não houver acordo entre empregador e empregado estabelecendo jornada de
trabalho e pagamento por serviço extraordinário, o empregado doméstico não faz jus ao pagamento de
horas extras.

23.7 Prescrição

O prazo prescricional para pleitear pagamento de horas extras e seus reflexos em outras verbas, no
caso de empregados maiores, é de cinco anos para o trabalhador urbano, limitado a dois anos após a
extinção do contrato, e, para o trabalhador rural, até dois anos após a extinção do contrato de trabalho.

24. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO

O trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento tem duração de 6 horas, conforme


estabelece o art. 7º, inciso XIV da Constituição Federal de 1988. Relembrando a caracterização do
referido sistema de trabalho é necessário:

• a existência de turnos (alteração de horários de trabalhos);

• revezamentos dos turnos (o funcionário trabalhe a cada semana, quinzena ou mês cobrindo as
24 horas do dia);

• que o revezamento seja ininterrupto (continuidade de trabalho no período de 24 horas,


independentemente de haver, ou não, trabalho aos domingos).

Os funcionários que trabalhem em turno ininterrupto de revezamento, cujo expediente seja realizado
em período noturno, terão sua jornada diminuída para 5h15min, face à aplicação da hora ficta noturna
correspondente a 52’30”.

Além dessa redução incidirá normalmente o adicional noturno de 20% sobre as 06 horas noturnas
trabalhadas (05h15min normais), conforme determina a Súmula nº 213 do Supremo Tribunal Federal.

25. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Como o próprio nome diz, insalubridade é algo não salubre, doentio, que pode causar doenças. Assim,
são consideras insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de


adicional, incidente sobre o salário mínimo ou previsão mais benéfica em Convenção Coletiva de
Trabalho. Ocorre que em conformidade com a nova redação das súmulas nº 17 e 228 do TST, com
redação dada pela Resolução 121/2003 o adicional de insalubridade pago a trabalhadores que recebem
salário profissional por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa deve ser calculado com
base no salário da categoria a que pertence o empregado, e não sobre o salário-mínimo. Da mesma
forma se apresenta decisão do TST no acórdão RR-880/2004-402-04-00 da terceira Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, sob relatoria do ministro Alberto Bresciani.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

A discriminação dos agentes considerados nocivos à saúde bem como os limites de tolerância
mencionados estão previstos nos anexos da NR-15 aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08/06/1978,
com alterações posteriores.

O exercício de trabalho em condições insalubres acima dos limites estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho (art. 192 da CLT), assegura ao empregado três percentuais diferentes de adicional:

• 40% (quarenta por cento), para a insalubridade de grau máximo;


• 20% (vinte por cento), para a insalubridade de grau médio;
• 10% (dez por cento), para a insalubridade de grau mínimo.

Para caracterizar e classificar a insalubridade, em consonância com as normas baixadas pelo


Ministério do Trabalho, é necessário a realização de perícia médica por profissional competente e
devidamente registrado no Ministério do Trabalho e Emprego.

O critério adotado para cálculo do valor da hora extra para o empregado que recebe adicional de
insalubridade é o mesmo para o cálculo das horas extras de trabalho com adicional noturno, ou seja,
considera-se o valor do adicional de insalubridade para apurar as horas extras.

A base de cálculo deste adicional é o salário mínimo vigente, salvo se o empregado perceber, por força
de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, salário profissional, caso em que o adicional de
insalubridade será sobre este calculado.

Súmula nº 228 TST. Adicional de insalubridade. Base de cálculo: O percentual do adicional de insalubridade
incide sobre o salário mínimo de que cogita o art. 76 da Consolidação das Leis do Trabalho, salvo as hipóteses
previstas no Enunciado nº 17. (Nova redação dada pela Resolução nº 121, de 28/10/2003).

Súmula nº 17 do TST. O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção
coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado. (restaurado pela
Resolução nº 121, de 28/10/2003).

25.1 Eliminação ou Neutralização da Insalubridade

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional


respectivo. Tal procedimento deverá ocorrer:

• com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
• com a utilização de equipamento de proteção individual.

25.2 Adicional de Insalubridade e Jornada Extraordinária

A prorrogação do horário de trabalho nas atividades insalubres, salvo no caso de microempresas,


somente poderá ser realizada mediante licença das autoridades competentes em matéria de segurança e
medicina do trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da
Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho,
Indústria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por
intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Apesar da literalidade do art. 60 da CLT em sentido contrário, a súmula nº 349 do TST é categórica:

Súmula nº 349 TST. Acordo de compensação de horário em atividade insalubre, celebrado por acordo coletivo.
Validade. A validade do acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em
atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho
(art. 7º, XIII, da Constituição da República; art. 60 da CLT).

Quando prestado serviço extraordinário em local insalubre, o adicional de horas extras deverá incidir
sobre o valor da hora normal acrescida do respectivo adicional de insalubridade, este calculado sobre o
salário mínimo.

OJ SDI-I 47 TST. 47. Hora extra. Adicional de insalubridade. Base de cálculo. É o resultado da soma do salário
contratual mais o adicional de insalubridade, este calculado sobre o salário-mínimo.

26. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 4º MÓDULO

26.1 Cálculo – Adicional de Insalubridade

Demonstrativo de Cálculo

Márcio Teixeira

• Salário: R$ 4,50 por hora


• Salário Profissional definido em CCT: R$ 680,00 por mês
• Função: Operador de Esgoto
• Dependente: 01 dependente (esposa)
• Insalubridade: máxima (40%)
• Adiantamento Salarial: R$ 396,00
• Faltas / Atraso no período: Não
• Competência: Junho/2010 (24 dias úteis e 06 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)


Salário = [(7,33) x (24)] x (4,50)
Salário = R$ 791,64

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (6)] x (4,50)
DSR horistas = R$ 197,91

03 - Cálculo do Adicional de Insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário profissional) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (680,00) x (40%) = 192,00
Adicional de insalubridade = R$ 272,00

Adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(272,00) / (30 x 7,33)] x (24 x 7,33)

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Adicional = [(272,00) / (220)] x (175,92) = 217,50


Adicional = R$ 217,50

04 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário profissional) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (680,00) x (40%) = 192,00
Adicional de insalubridade = R$ 272,00

DSR sobre adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR)


DSR sobre adicional = [(272,00) / (30 x 7,33)] x (6 x 7,33)
DSR sobre adicional = [(272,00) / (220)] x (43,98) = 54,38
DSR sobre adicional = R$ 54,38

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (Adicional Insalubridade) + (DSR sobre adicional)


Proventos = 791,64 + 197,91 + 217,50 + 54,38 = 1.261,43
Proventos = R$ 1.261,43

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (Adicional Insalubridade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 791,64 + 197,91 + 217,50 + 54,38 = 1.261,43
Base de Cálculo = R$ 1.261,43

Incidência INSS (9%) = R$ 113,53

07. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 396,00

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento)


Total Descontos = 113,53 + 396,00 = 509,53
Total Descontos = R$ 509,53

09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.261,43 – 509,53 = 751,90
Líquido a receber = R$ 751,90

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (Adicional Insalubridade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 791,64 + 197,91 + 217,50 + 54,38 = 1.261,43
Base de Cálculo = R$ 1.261,43

Incidência FGTS (8%) = R$ 100,91

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BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

jun/ 10 M á rc io T e ixeira

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 4 ,5 0 1 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 175 ,9 2 R$ 7 9 1,6 4 A D IA N T A M E N T O R$ 3 9 6 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 19 7,9 1 IN S S 9% R$ 113 ,53

A D IC . IN S A LUB R ID A D E 40 % R$ 2 17,5 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 5 4,3 8

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.2 6 1,4 3 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 5 0 9 ,53

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.2 6 1,43 R$ 9 97 ,2 1 R$ 1.2 61,4 3 R$ 10 0 ,9 1

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 7 5 1,90

26.2 Cálculo – Adicional de Insalubridade

Demonstrativo de Cálculo

Mauro Lúcio

• Salário: R$ 900,00
• Função: Auxiliar de Fundição
• Dependente: 01 dependente (esposa)
• Insalubridade: média (20%)
• Adiantamento Salarial: Não
• Faltas / Atraso no período: Não
• Competência: Março/2011 (27 dias úteis e 04 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário = R$ 900,00

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02 - Cálculo do Adicional de Insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário mínimo) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (585,00) x (20%) = 117,00
Adicional de insalubridade = R$ 117,00

Adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (27 x 7,33)
Adicional = [(117,00) / (220)] x (197,91) = 105,25
Adicional = R$ 105,25

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário mínimo) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (585,00) x (20%) = 117,00
Adicional de insalubridade = R$ 117,00

DSR sobre adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR)


DSR sobre adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (4 x 7,33)
DSR sobre adicional = [(117,00) / (220)] x (29,32) = 15,59
DSR sobre adicional = R$ 15,59

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional)


Proventos = 900,00 + 105,25 + 15,59 = 1.020,84
Proventos = R$ 1.020,84

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional)


Base de Cálculo = 900,00 + 105,25 + 15,59 = 1.020,84
Base de Cálculo = R$ 1.020,84

Incidência INSS (8%) = R$ 81,67

06. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 81,67

07. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.020,84 – 81,67 = 939,17
Líquido a receber = R$ 939,17

08. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional)


Base de Cálculo = 900,00 + 105,25 + 15,59 = 1.020,84

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Base de Cálculo = R$ 1.020,84

Incidência FGTS (8%) = R$ 81,67

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

m a r/ 11 M a uro Lúc io

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 9 0 0,0 0 1 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 0 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

A D IC . IN S A LUB R ID A D E 20 % R$ 10 5,2 5 IN S S 8% R$ 8 1,67

D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 15,5 9 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 2 0,8 5 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 8 1,67

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 2 0 ,85 R$ 7 88 ,4 9 R$ 1.0 20 ,8 5 R$ 8 1,67

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 9 3 9 ,18

26.3 Cálculo – Adicional de Insalubridade e Falta não abandonada

Demonstrativo de Cálculo

Ricardo Antônio de Souza

• Salário: R$ 1.050,00 por mês


• Função: Serralheiro
• Dependente: 02 dependentes (esposa e um filho menor de 14 anos)
• Insalubridade: média (20%)
• Faltas / Atraso no período: 01 falta não abonada
• Competência: Março/2011 (27 dias úteis e 04 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

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BRUNO CUNHA GONTIJO

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 1.050,00

02 - Cálculo do Adicional de Insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário mínimo) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (585,00) x (20%) = 117,00
Adicional de insalubridade = R$ 117,00

Adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (27 x 7,33)
Adicional = [(117,00) / (220)] x (197,91) = 105,25
Adicional = R$ 105,25

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário mínimo) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (585,00) x (20%) = 117,00
Adicional de insalubridade = R$ 117,00

DSR sobre adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR)


DSR sobre adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (4 x 7,33)
DSR sobre adicional = [(117,00) / (220)] x (29,32) = 15,59
DSR sobre adicional = R$ 15,59

04. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional)


Proventos = 1.050,00 + 105,25 + 15,59 = 1.170,84
Proventos = R$ 1.170,84

Descontos

05. Faltas

Faltas = [(salário / jornada mensal)] x [(horas faltas) + (horas DSR perdido)]


Faltas = [1.050,00 / 220] x [(7,33) + (7,33)]
Faltas = R$ 70,02

06. Faltas s/ adicional de insalubridade

Faltas s/ adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Faltas s/ adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ adicional = R$ 3,90

07. Faltas s/ DSR adicional de insalubridade

Faltas s/ DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR perdidas)
Faltas s/ DSR adicional = [(117,00) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ DSR adicional = R$ 3,90

110 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

08. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.050,00 + 105,25 + 15,59 – 70,02 – 3,90 – 3,90
Base de Cálculo = R$ 1.093,03

Incidência INSS (8%) = R$ 87,44

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Faltas)


Total Descontos = 87,44 + 70,02 + 3,90 + 3,90 = 165,26
Total Descontos = R$ 165,26

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.170,84) – (165,26) = 1.005,58
Líquido a receber = R$ 1.005,58

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (adicional insalubridade) + (DSR sobre adicional) – (faltas)


Base de Cálculo = 1.050,00 + 105,25 + 15,59 – 70,02 – 3,90 – 3,90
Base de Cálculo = R$ 1.093,03

Incidência FGTS (8%) = R$ 87,44

111 bcgontijo@yahoo.com.br
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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

m a r/ 11 R ic a rdo A nto nio de S o uza

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.0 5 0,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.0 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

A D IC . IN S A LUB R ID A D E 20 % R$ 10 5,2 5 IN S S 8% R$ 8 7 ,44

D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 15,5 9 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

F A LT A S 14,6 7 R$ 7 0 ,02

F A LT A S S / A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 3 ,90

F A LT A S S / D S R A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 3 ,90

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.17 0,8 5 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 16 5 ,25

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 9 3 ,03 R$ 7 04 ,2 1 R$ 1.0 93 ,0 3 R$ 8 7 ,4 4

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.0 0 5 ,59

26.3 Cálculo – Adicional de Insalubridade com Horas Extras

Demonstrativo de Cálculo

Fábio Santos

• Salário: R$ 980,00
• Salário Profissional definido em CCT: R$ 700,00
• Função: Forneiro
• Insalubridade: máxima (40%)
• Faltas / Atraso no período: Não
• Horas extras no período: 15h21min.
• Competência: Janeiro/2010 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 980,00

112 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

02 - Cálculo do Adicional de Insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário profissional) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (700,00) x (40%) = 280,00
Adicional de insalubridade = R$ 280,00

Adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(280,00) / (30 x 7,33)] x (26 x 7,33)
Adicional = [280,00 / 220] x 190,58
Adicional = R$ 242,56

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de insalubridade

Adicional de insalubridade = (salário profissional) x (percentual do adicional)


Adicional de insalubridade = (700,00) x (40%) = 280,00
Adicional de insalubridade = R$ 280,00

DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (jornada mensal)] x (horas DSR)


DSR adicional = [(280,00) / (30 x 7,33)] x (5 x 7,33)
DSR adicional = [280,00 / 220] x 36,65
DSR adicional = R$ 46,65

04 - Cálculo Horas Extras – adicional de 50%

Horas Extras = 15h21min. = 15,35


Horas Extras = [(valor hora normal) x (nº horas extras)] + (adic. hora extra) + (adic. insalubridade)
Horas Extras = [(980 / 220) x (15,35)] x (1,50) x (1,40)
Horas Extras = R$ 143,59

05 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre Horas Extras

DSR horas extras = [(valor horas extras) / (nº dias úteis mês)] x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = [(143,59) / (26)] x (5)
DSR horas extras = R$ 27,61

06. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (adic. insalubridade) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Proventos = R$ 1.440,41

Descontos

07. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (adicional ins.) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Base de Cálculo = R$ 1.440,41

Incidência INSS (9%) = R$ 129,64

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BRUNO CUNHA GONTIJO

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 129,64

09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.440,41) – (129,64) = 1.310,77
Líquido a receber = R$ 1.310,77

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (adicional ins.) + (DSR adicional) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 980,00 + 242,56 + 46,65 + 143,59 + 27,61 = 1.440,41
Base de Cálculo = R$ 1.440,41

Incidência FGTS (8%) = R$ 115,23

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 F á bio Sa nt o s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 9 8 0,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 8 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

A D IC . IN S A LUB R ID A D E 40 % R$ 2 4 2,5 6 IN S S 9% R$ 12 9 ,64

D S R S/ A D IC . IN S A LUB . R$ 4 6,6 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

H O R A S E XT R A S 15,3 5 R$ 14 3,5 9

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 2 7,6 1

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.4 4 0,4 1 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 12 9 ,64

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.4 4 0 ,41 R$ 1.3 10 ,7 7 R$ 1.4 40 ,4 1 R$ 115 ,23

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.3 10 ,77

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27. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O adicional de periculosidade é um valor devido ao empregado exposto a atividades


periculosas. São periculosas as atividades ou operações, onde a natureza ou os seus métodos de
trabalhos configure um contato com substancias inflamáveis ou explosivos, em condição de risco
acentuado. (frentista de posto de combustível, operador em distribuidora de gás, eletricitário, entre
outros).

Conforme quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é proibido o trabalho do menor
em atividades perigosas ou insalubres.

A periculosidade é caracterizada por perícia a cargo de Engenheiro do Trabalho ou Médico do


Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do


Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao


Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de
grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará
perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.

§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem
a realização ex officio da perícia.

A jurisprudência trabalhista tem determinado que, mesmo que o contato do trabalhador com atividades
periculosas não seja contínua, há incidência do adicional de periculosidade. Não se aplica, porém, a
periculosidade ao trabalhador que é exposto apenas eventualmente, ou seja, não tem contato regular
com a situação de risco.

Súmula nº 364 do TST. Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente (conversão
das Orientações Jurisprudenciais nº 5, 258 e 280 da SDI-1) – (Resolução 129/2005 de 20 de abril de 2005).

I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente,
sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado
o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 - Inserida em
14.03.1994 e nº 280 - DJ 11.08.2003)

II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de


exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258
- Inserida em 27.09.2002)

O valor do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário do empregado (e não sobre o salário
mínimo), sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa. Entretanto, o TST editou a súmula nº 191, em que os eletricitários terão o adicional calculado
sobre o total dos salários.

Súmula nº 191 TST. Adicional. Periculosidade. Incidência. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. (Nova
redação - Resolução. 121/2003 de 21/11/2003).

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27.1 Trabalhadores do setor de energia e instalações elétricas

A Lei nº 7.369/1985 determinou o pagamento do adicional aos trabalhadores no setor de energia


elétrica, desde que haja periculosidade na função (regulamentação dada pelo Decreto nº 93.412/1986).
Os eletricistas, com exposição intermitente á periculosidade, terão direito ao adicional integral em
conformidade com a súmula nº 361 do TST.

Súmula nº 361 TST. Adicional de periculosidade. Eletricitários. Exposição intermitente. O trabalho exercido em
condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de
periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369/1985 não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em
relação ao seu pagamento.

27.2 Radiação ionizante e substâncias radioativas

A Portaria nº 3.393/1987, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, prevê o direito ao adicional
de periculosidade por exposição à radiação ionizante e substâncias radioativas.

27.3 Fatores cumulativos

Quando ocorrer a existência de mais de um fator de periculosidade, será considerado apenas o fator de
grau mais elevado para efeito de acréscimo salarial, sendo vedado o pagamento cumulativo. Se a
função desenvolvida pelo empregado for, simultaneamente, insalubre e perigosa, este poderá optar por
um dos adicionais que lhe for mais favorável, não tendo a prerrogativa de receber ambos os adicionais

27.4 Extinção do direito

O direito ao adicional de periculosidade não se trata de um direito adquirido, ou seja, o direito ao


adicional cessará quando ocorrer à eliminação do risco à saúde ou integridade física do trabalhador.
Poderá ocorrer a supressão do adicional quando houver a eliminação, ou a diminuição dos agentes
nocivos. Mas o fornecimento de aparelho de proteção ou o fato do empregado não realizar o seu
trabalho no todo em um ambiente hostil, não exime do pagamento do adicional de periculosidade.

A eliminação ou neutralização da periculosidade caracterizada por perícia oficial de órgão competente,


comprovando a inexistência de risco à saúde e à segurança do empregado, determinará a cessação do
pagamento adicional.

28. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 5º MÓDULO

28.1 Cálculo – Adicional de Periculosidade

Demonstrativo de Cálculo

Jair Soares

• Salário: R$ 4,00 por hora


• Função: Frentista de posto de combustível
• Dependente: 06 dependentes (esposa e cinco filhos menores de 14 anos)
• Periculosidade: 30%
• Adiantamento Salarial: R$ 176,00
• Faltas / Atraso no período: Não
• Competência: Junho/2010 (24 dias úteis e 06 domingos/feriados)
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Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)


Salário = [(7,33) x (24)] x (4,00)
Salário = R$ 703,68

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (6)] x (4,00)
DSR horistas = R$ 175,92

03 - Cálculo do Adicional de Periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(703,68) + (175,92)] x (30%)
Adicional de periculosidade = R$ 263,88

Adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(263,88) / (30 x 7,33)] x (24 x 7,33)
Adicional = [263,88 / 220] x 175,92
Adicional = R$ 211,01

04 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(703,68) + (175,92)] x (30%)
Adicional de periculosidade = R$ 263,88

DSR sobre adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x (horas DSR)


DSR sobre adicional = [(263,88) / (30 x 7,33)] x (6 x 7,33)
DSR sobre adicional = [263,88 / 220] x 43,98
DSR sobre adicional = R$ 52,75

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)


Proventos = 703,68 + 175,92 + 211,01 + 52,75 = 1.143,36
Proventos = R$ 1.143,36

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 703,68 + 175,92 + 211,01 + 52,75 = 1.143,36
Base de Cálculo = R$ 1.143,36

Incidência INSS (9%) = R$ 102,90

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07. Adiantamento Salarial

Adiantamento = R$ 176,00

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento)


Total Descontos = 102,90 + 176,00 = 278,90
Total Descontos = R$ 278,90

09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.143,36) – (278,90) = 864,46
Líquido a receber = R$ 864,46

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)
Base de Cálculo = 703,68 + 175,92 + 211,01 + 52,75 = 1.143,36
Base de Cálculo = R$ 1.143,36

Incidência FGTS (8%) = R$ 91,47

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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

jun/ 10 Ja ir S o a re s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 4 ,0 0 6 5

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 175 ,9 2 R$ 7 0 3,6 8 A D IA N T A M E N T O R$ 17 6 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 17 5,9 2 IN S S 9% R$ 10 2 ,90

A D IC IO N A L P E R IC ULOS ID A D E 30 % R$ 2 11,0 1 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R A D IC . P E R IC . R$ 5 2,7 5

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.14 3,3 6 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 2 7 8 ,90

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.14 3 ,36 R$ 136 ,3 2 R$ 1.143 ,3 6 R$ 9 1,47

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 8 6 4 ,46

28.2 Cálculo – Adicional de Periculosidade com falta não abonada

Demonstrativo de Cálculo

Agnaldo de Freitas Araújo

• Salário: R$ 11,80 por hora


• Função: Preparador de Explosivos
• Dependente: 03 dependentes (esposa e dois filhos menores de 14 anos)
• Periculosidade: 30%
• Adiantamento Salarial: Não
• Faltas / Atraso no período: 01 falta não abonada
• Competência: Janeiro/2011 (25 dias úteis e 06 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário: [(jornada diária) x (dias úteis)] x (salário hora)

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BRUNO CUNHA GONTIJO

Salário = [(7,33) x (25)] x (11,80)


Salário = R$ 2.162,35

02. Cálculo do descanso semanal remunerado - horistas

DSR horistas = [(jornada diária) x (dias não úteis)] x (salário hora)


DSR horistas = [(7,33) x (6)] x (11,80)
DSR horistas = R$ 518,96

03 - Cálculo do adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(2.162,35) + (518,96)] x (30%)
Adicional de periculosidade = (2.681,31) x (30%) = 804,39
Adicional de periculosidade = R$ 804,39

Adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x [(horas trabalhadas)]


Adicional = [(804,39) / (30 x 7,33)] x [(25 x 7,33)]
Adicional = [(804,39) / (220)] x (183,25)
Adicional = R$ 670,02

04 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de insalubridade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(2.162,35) + (518,96)] x (30%)
Adicional de periculosidade = (2.681,31) x (30%) = 804,39
Adicional de periculosidade = R$ 804,39

DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (jornada mensal)] x [(horas DSR)]


DSR adicional = [(804,39) / (30 x 7,33)] x [(6 x 7,33)]
DSR adicional = [(804,39) / (220)] x [(43,98)]
DSR adicional = R$ 160,80

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR horistas) + (adicional periculosidade) + (DSR sobre adicional)


Proventos = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 = 3.512,13
Proventos = R$ 3.512,13

Descontos

06. Faltas

Faltas = (salário hora) x [(horas faltas) + (horas DSR perdido)]


Faltas = (11,80) x [(7,33) + (7,33)]
Faltas = R$ 173,11

07. Faltas s/ adicional de periculosidade

Faltas s/ adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x (horas falta)


Faltas s/ adicional = [(804,39) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ adicional = R$ 26,80

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08. Faltas s/ DSR adicional de insalubridade

Faltas s/ DSR adicional = [(valor da insalubridade) / (horas do mês)] x (horas DSR perdidas)
Faltas s/ DSR adicional = [(804,39) / (30 x 7,33)] x (7,33)
Faltas s/ DSR adicional = R$ 26,80

09. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Base de Cálculo = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Base de Cálculo = R$ 3.285,42

Incidência INSS (11%) = R$ 361,40

10. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Montante Tributável = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Montante Tributável = R$ 3.285,42

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = 3.285,42 – 361,40 – (3 x 150,69) = 2.471,95
Base de Cálculo = R$ 2.471,95

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (2.471,95) x (15%) – (280,94)
IRRF = R$ 89,85

11. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Faltas)


Total Descontos = 361,40 + 89,85 + 173,11 + 26,80 + 26,80 = 677,96
Total Descontos = R$ 677,96

12. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (3.512,13) – (677,96) = 2.834,17
Líquido a receber = R$ 2.834,17

13. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR horistas) + (adicional per.) + (DSR sobre adicional) – (faltas)
Base de Cálculo = 2.162,35 + 518,96 + 670,02+ 160,80 – 173,11 – 26,80 – 26,80 = 3.285,42
Base de Cálculo = R$ 3.285,42

Incidência FGTS (8%) = R$ 262,83

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BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 11 A gna ldo de F re it as A ra ujo

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 11,8 0 3 2

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 183 ,2 5 R$ 2 .16 2,3 5 A D IA N T A M E N T O R$ -


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 43 ,9 8 R$ 5 18,9 6 IN S S 11% R$ 3 6 1,40

A D IC IO N A L IN S A LUB R ID A D E 30 % R$ 6 7 0,0 2 IM P O ST O D E R E N D A R$ 8 9 ,86

D S R A D IC . IN S A LUB . R$ 16 0,8 1 F A LT A S 14,6 7 R$ 17 3 ,11

F A LT A S S / A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 2 6 ,80

F A LT A S S / D S R A D IC . IN S A LUB . 7 ,3 3 R$ 2 6 ,80

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 3 .5 12,14 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 6 7 7 ,96

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 3 .2 8 5 ,44 R$ 2 .47 1,9 7 R$ 3 .2 85 ,4 4 R$ 2 6 2 ,83

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 2.8 3 4 ,18

28.3 Cálculo – Adicional de Periculosidade com horas extras

Demonstrativo de Cálculo

Juliana Andrade da Silva

• Salário: R$ 1.287,00 por mês


• Função: Conferente de Explosivos
• Dependente: 01 dependente (filho menor de 14 anos)
• Periculosidade: 30%
• Adiantamento Salarial: R$ 350,00
• Horas Extras no período com adicional de 75%: 13h54min
• Competência: Janeiro/2011 (25 dias úteis e 06 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 1.287,00

122 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

02 - Cálculo Horas Extras

Horas Extras = 13h54min. = 13,90


Horas Extras = [(hora normal) x (nº horas extras)] + (adic. hora extra) + (adic. periculosidade)
Horas Extras = [(1.287,00 / 220) x (13,90)] x 1,75 x 1,30
Horas Extras = R$ 184,99

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre horas extras

DSR = [(valor horas extras) / (dias úteis mês)] x (dias não úteis)
DSR = [(184,99) / (25)] x (6)
DSR = R$ 44,40

04 - Cálculo do adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = (1.287,00) x (30%)
Adicional de periculosidade = R$ 386,10

Adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(386,10) / (30 x 7,33)] x (25 x 7,33)
Adicional = [386,10 / 220] x 183,25
Adicional = R$ 321,60

05 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = (1.287,00) x (30%)
Adicional de periculosidade = R$ 386,10

DSR adicional = [(valor da periculosidade) / (jornada mensal)] x (horas DSR)


DSR adicional = [(386,10) / (30 x 7,33)] x (6 x 7,33)
DSR adicional = [386,10 / 220] x 43,98
DSR adicional = R$ 77,18

06. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Proventos = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Proventos = R$ 1.915,17

Descontos

07. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Base de Cálculo = R$ 1.915,17

Incidência INSS (11%) = R$ 210,67

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BRUNO CUNHA GONTIJO

08. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Montante Tributável = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Montante Tributável = R$ 1.915,17

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = 1.915,17 – 210,67 – (1 x 150,69) = 1.553,81
Base de Cálculo = R$ 1.553,81

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (1.553,81) x (7,5%) – (112,43)
IRRF = R$ 4,11

09. Adiantamento salarial

Adiantamento = R$ 350,00

10. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (imposto de renda) + (adiantamento salarial)


Total Descontos = 210,67 + 4,11 + 350,00 = 564,78
Total Descontos = R$ 564,78

11. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (1.915,17) – (564,78) = 1.350,39
Líquido a receber = R$ 1.350,39

12. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.287,00 + 184,99 + 44,40 + 321,60 + 77,18 = 1.915,17
Base de Cálculo = R$ 1.916,50

Incidência FGTS (8%) = R$ 153,21

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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 10 Julia na A ndra de da S ilva

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.2 8 7,0 0 1 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.2 8 7,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 3 5 0 ,00


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

A D IC . P E R IC ULOS ID A D E 30 % R$ 3 2 1,6 0 IN S S 11% R$ 2 10 ,67

D S R S/ A D IC . P ER IC . R$ 7 7,18 IM P O ST O D E R E N D A R$ 4 ,11

H O R A S E XT R A S 13,9 R$ 18 4,9 9

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 4 4,4 0

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.9 15,18 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 5 6 4 ,78

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.9 15 ,18 R$ 1.5 53 ,8 2 R$ 1.915 ,18 R$ 15 3 ,2 1

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.3 5 0 ,40

28.4 Cálculo – Adicional de Periculosidade com horas extras

Demonstrativo de Cálculo

Vicente Céspedes

• Salário: R$ 1.931,00 por mês


• Função: Eletricitário
• Dependente: Não
• Periculosidade: 30%
• Horas Extras no período com adicional de 50%: 25h36min
• Competência: Fevereiro/2011 (24 dias úteis e 04 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 1.931,00

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02 - Cálculo Horas Extras

Horas Extras = 25h36min. = 25,60


Horas Extras = [(hora normal) x (nº horas extras)] + (adic. hora extra) + (adic. periculosidade)
Horas Extras = [(1.931,00 / 220) x (25,60)] x 1,50 x 1,30
Horas Extras = R$ 438,16

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre horas extras

DSR = [(valor horas extras) / (dias úteis mês)] x (dias não úteis)
DSR = [(438,16) / (24)] x (4)
DSR = R$ 73,03

04 - Cálculo do adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(1.931,00) + (438,16) + (73,03)] x (30%)
Adicional de periculosidade = [2.442,19] x (30%) = 732,66
Adicional de periculosidade = R$ 732,66

Adicional = [(valor da periculosidade) / (horas do mês)] x (horas trabalhadas)


Adicional = [(732,66) / (30 x 7,33)] x (24 x 7,33)
Adicional = [732,66 / 220] x 175,92
Adicional = R$ 585,86

05 - Cálculo do descanso semanal remunerado sobre adicional de periculosidade

Adicional de periculosidade = (salário base) x (percentual do adicional)


Adicional de periculosidade = [(1.931,00) + (438,16) + (73,03)] x (30%)
Adicional de periculosidade = [2.442,19] x (30%) = 732,66
Adicional de periculosidade = R$ 732,66

DSR adicional = [(valor da periculosidade) / (jornada mensal)] x (horas DSR)


DSR adicional = [(732,66) / (30 x 7,33)] x (4 x 7,33)
DSR adicional = [732,66 / 220] x 29,32
DSR adicional = R$ 97,64

06. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Proventos = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Proventos = R$ 3.125,69

Descontos

07. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Base de Cálculo = R$ 3.125,69

Incidência INSS (11%) = R$ 343,83

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08. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Montante Tributável = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Montante Tributável = R$ 3.125,69

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes)


Base de Cálculo = 3.125,69 – 343,83 = 2.781,86
Base de Cálculo = R$ 2.781,86

IRRF = (Base de Cálculo) x (alíquota) – (parcela a deduzir)


IRRF = (2.781,86) x (15%) – (280,94)
IRRF = R$ 136,34

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF)


Total Descontos = (343,83) + (136,34) = 480,17
Total Descontos = R$ 480,17

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (3.125,69) – (480,17) = 2.645,52
Líquido a receber = R$ 2.645,52

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (adicional) + (DSR adicional)
Base de Cálculo = 1.931,00 + 438,16 + 73,03 + 585,86 + 97,64 = 3.125,69
Base de Cálculo = R$ 3.125,69

Incidência FGTS (8%) = R$ 250,06

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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

f e v / 11 Vic e nt e C é spe de s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 1.9 3 1,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 1.9 3 1,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

A D IC . P E R IC ULOS ID A D E 30 % R$ 5 8 5,8 6 IN S S 11% R$ 3 4 3 ,83

D S R S/ A D IC . P ER IC . R$ 9 7,6 4 IM P O ST O D E R E N D A R$ 13 6 ,34

H O R A S E XT R A S 25 ,6 R$ 4 3 8,16

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 7 3,0 3

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 3 .12 5,6 9 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 4 8 0 ,17

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 3.12 5 ,69 R$ 2 .78 1,8 6 R$ 3 .125 ,6 9 R$ 2 5 0 ,06

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 2 .6 4 5 ,52

29. DESCONTOS SALARIAIS OBRIGATÓRIOS E REGULAMENTADOS

29.1 Previdência Social

Cabe aos empregadores o desconto relativo às contribuições previdenciárias de seus empregados,


mediante a aplicação das alíquotas de 8,0%, 9,0% e 11,0%, incidente sobre o salário de contribuição
de cada um.

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS (%)

até R$ 1.106,90 8,00


de R$ 1.106,91 a R$ 1.844,83 9,00
de R$ 1.844,84 até R$ 3.689,66 11,00

• Sempre que ocorrer mais de um vínculo empregatício para os segurados empregado e


empregado doméstico, as remunerações deverão ser somadas para o correto enquadramento
na tabela acima, respeitando-se o limite máximo de contribuição. Esta mesma regra se aplica
às remunerações do trabalhador avulso.

128 bcgontijo@yahoo.com.br
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• Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo terceiro salário, este não deve
ser somado a remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de salários de
contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os valores em separado.

29.2 Imposto de Renda na Fonte

Sobre as remunerações pagas aos empregados há incidência do Imposto de Renda na Fonte, mediante
aplicação das alíquotas progressivas, observando tabela oficialmente divulgada.

BASE DE CÁLCULO (R$) ALÍQUOTA (%) PARCELA A DEDUZIR (R$)

até R$ 1.499,15 Isento R$ 0,00


de R$ 1.499,16 até R$ 2.246,75 7,5% R$ 112,43
de R$ 2.246,76 até R$ 2.995,70 15% R$ 280,94
de R$ 2.995,71 até R$ 3.743,19 22,5% R$ 505,62
acima de R$ 3.743,19 27,5% R$ 692,78

A base de cálculo do imposto de renda na fonte (calendário 2010/ exercício 2011) é determinada
mediante a dedução das seguintes parcelas do rendimento tributável:
• as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do
Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais;
• a quantia de R$ 150,69 (cento e cinquenta reais e sessenta e nove centavos), por dependente;
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• as contribuições para entidade de previdência privada domiciliada no Brasil e para o Fundo
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido do contribuinte,
destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social,
cujo titular ou cotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador;
Atenção: Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto dessas
contribuições, os valores pagos somente poderão ser deduzidos da base de
cálculo, se houver anuência da empresa e se o beneficiário fornecer a
empresa, o original do comprovante de pagamento.

• o valor de até R$ 1.499,15 (um mil quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos)
correspondente a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos de idade.

29.3 Contribuição Sindical, Assistencial e Confederativa

A contribuição sindical anual, correspondente a um dia de salário por ano, é obrigatória, cabendo ao
empregador o seu desconto e recolhimento ao sindicato respectivo da categoria profissional do
empregado, independentemente de autorização.

A mensalidade sindical, do empregado filiado ao sindicato, deverá ser descontada e recolhida


normalmente, desde que autorizada pelo empregado. A reversão salarial, muitas vezes denominada
contribuição assistencial, prevista em convenção, acordo ou sentença normativa de dissídio coletivo,
somente poderá ser descontada do empregado desde que este seja filiado à entidade sindical, conforme
prevê o Precedente Normativo TST nº 119.

129 bcgontijo@yahoo.com.br
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A contribuição confederativa, nos termos do Parecer Normativo TST nº 119, é aplicável tão-somente
aos trabalhadores associados ao sindicato, mediante deliberação da assembléia geral da respectiva
representação profissional:

A Constituição Federal nos arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização.
É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para
custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da
mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que
inobservem tal restrição, tornando-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados."

Em resumo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), através do Precedente Normativo nº 119, deu seu
entendimento pelo não-desconto das contribuições confederativa ou taxa assistencial dos não-filiados
ao sindicato profissional.

Nos termos do art. 582, § 1º, ‘a’ e ‘b’ da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se um dia de
trabalho o equivalente a:

• uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de
tempo (hora, dia, semana, quinzena ou mês);

• 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por
tarefa, empreitada ou comissão.

O desconto da contribuição sindical corresponde a um dia normal de trabalho, ou seja, vai ser
composta da remuneração que corresponda à jornada diária normal do empregado. Assim, as horas
extras não irão compor, uma vez que estas horas são realizadas além da jornada normal.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao
mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. (Vide Lei nº
11.648, de 2008)

§ 1º Considera-se um dia de trabalho, para efeito de determinação da importância a que alude o item I do Art.
580, o equivalente:

a) a uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo;

b) a 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa,
empreitada ou comissão.

§ 2º Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente,
gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da importância que tiver servido de
base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência Social.

29.4.1 Salário Pago em Utilidades

Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente,
gorjetas, a Contribuição Sindical corresponderá a 1/30 avos da importância que tiver servido de base,
no mês de janeiro para a contribuição do empregado à Previdência Social (art. 582, § 2º da CLT).

130 bcgontijo@yahoo.com.br
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29.4.2 Desconto da Contribuição Sindical

Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados, relativa ao


mês de março de cada ano, a Contribuição Sindical por estes devida aos respectivos sindicatos.

a) Admissão Antes do Mês de Março

Empregado admitido no mês de janeiro ou fevereiro, terá o desconto da Contribuição Sindical também
no mês de março, ou seja, no mês destinado ao desconto.

b) Admissão no Mês de Março

Deve-se verificar se o empregado não sofreu o desconto respectivo na empresa anterior, caso em que
este não poderá sofrer outro desconto. Referida hipótese deverá ser anotada na ficha de Registro de
Empregados.

Caso não tenha ocorrido qualquer desconto, o mesmo deverá ocorrer no próprio mês de março, para
recolhimento em abril.

c) Admissão Após o Mês de Março

Os empregados que forem admitidos depois do mês de março serão descontados no primeiro mês
subseqüente ao do início do trabalho.

Como exemplo, pode-se ter aquele empregado admitido no mês de abril, sem que tenha havido em
outra empresa o desconto da Contribuição Sindical, o seu desconto será efetuado em maio e o
respectivo recolhimento será em junho (art. 602 da CLT).

d) Empregado Afastado

O empregado que se encontra afastado da empresa no mês de março, sem percepção de salários, por
motivo de doença, acidente do trabalho ou licença não remunerada, deverá sofrer o desconto da
Contribuição Sindical no primeiro mês subseqüente ao do reinício do trabalho.

30. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADOR

A Contribuição Sindical é prevista constitucionalmente no art. 149 da Constituição Federal de 1988

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

30.1 Publicação de Editais pelas Entidades Sindicais

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 605 - As entidades sindicais são obrigadas a promover a publicação de editais concernentes ao
recolhimento do imposto sindical, durante 3 (três) dias, nos jornais de maior circulação local e até 10 (dez) dias
da data fixada para depósito bancário. (Vide Lei nº 11.648, de 2008)

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Para o cálculo e recolhimento da contribuição sindical, é necessário consulta à respectiva entidade


sindical. A Contribuição Sindical deve ser recolhida no mês de janeiro de cada ano (de forma única)
tendo como beneficiários os respectivos sindicatos de classe.

30.2 Empresas constituídas após o mês de competência para o recolhimento

Para as empresas que venham a estabelecer-se após o mês de janeiro, recolhem a contribuição sindical
no mês em que requeiram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva
atividade, conforme prevê o art. 587 da CLT.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 587. O recolhimento da contribuição sindical dos empregadores efetuar-se-á no mês de janeiro de cada
ano, ou, para os que venham a estabelecer-se após aquele mês, na ocasião em que requeiram às repartições o
registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade. (Vide Lei nº 11.648, de 2008)

30.3 Montante da Contribuição

O valor da contribuição sindical, para os empregadores, será em importância proporcional ao capital


social, da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes,
mediante a aplicação de alíquotas, conforme a seguinte tabela (art. 580, inciso III, da CLT):

Classes de Capital Alíquota


até 150 vezes o maior valor de referência (MVR) 0,8%
acima de 150 até 1500 vezes o MVR 0,2%
acima de 150.000 o MVR 0,1%
acima de 150.000 até 800.000 vezes o MVR 0,02%

A contribuição mínima é fixada em 60% (sessenta por cento) do maior valor de referência. A
contribuição máxima é devida por empresas com capital superior a 800.000 vezes o maior valor de
referência (MVR) em montante correspondente a 0,02% desse montante limite mais a parcela
calculada até a faixa de capital anterior).

A Lei nº 8.177/91 extinguiu, dentre outros, desde 1º de fevereiro de 1991, o maior valor de referência
(MVR) e demais unidades de conta assemelhada que são atualizadas por índice de preços. O
Ministério do Trabalho, através da Nota Técnica/CGRT/SRT 05/2004, fixou o valor do MVR em real
para atualização dos valores expressos na Consolidação das Leis do Trabalho em R$ 19,0083.

30.4 Método de Cálculo

a) Enquadre o Capital Social na Classe de Capital correspondente;

b) Multiplique o capital social pela alíquota correspondente à linha onde for enquadrado o
capital;

c) Adicione ao resultado encontrado o valor constante da coluna Parcela a Adicionar, relativo à


linha do enquadramento do capital.

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Hipótese de empresa com capital social de R$ 1.750,00

• classe de enquadramento: de R$ 1.425,63 a R$ 2.851,25


• alíquota correspondente à linha: 0,8%
• valor da contribuição sindical: R$ 1.750,00 x 0,8% = R$ 14,00

Hipótese de capital social de R$ 60.350,00

• classe de enquadramento: de R$ 28.512,46 até R$ 2.851.245,00


• alíquota correspondente à linha: 0,1%
• valor da contribuição sindical: R$ 60.350,00 x 0,1% = R$ 60,35
• acréscimo da parcela a adicionar: R$ 60,35 + R$ 45,62 = R$ 105,97

31. PENSÃO ALIMENTÍCIA

No caso de sentença judicial transitada em julgado, para determinação de pensão alimentícia, o


desconto, a quem por direito for obrigado a adimpli-la, respeitará os termos judicialmente
determinados pelo juiz, em ofício endereçado à empresa.

• sobre o valor bruto do salário: Sobre o valor bruto aplica o percentual determinado pelo juiz.

• sobre o valor líquido do salário: Quando o juiz determina percentual sobre o valor líquido do
salário, deverá ser utilizada a seguinte fórmula:

P = { { RT – CP – [ ( A / 100 ) x ( RT – CP – ( D x PDD ) – P ) ] + PD } x ( PP / 100 ) }

P Pensão alimentícia

RT Rendimentos tributáveis

CP Contribuição previdenciária

A Alíquota do IR que estariam sujeitos os rendimentos antes do cálculo da pensão alimentícia.

D Numero de dependentes, exceto os beneficiários da pensão

PDD Parcela a deduzir por dependente

PD Parcela a deduzir do imposto calculado, de acordo com a tabela progressiva

PP Percentual da pensão alimentícia

32. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 6º MÓDULO

32.1 Cálculo – Pensão Alimentícia

Demonstrativo de Cálculo

Maurício Antônio da Silva

• Salário: R$ 2.178,00 por mês

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• Adiantamento de Salário: R$ 871,20


• Horas Extras com 50% no período: 01 hora por dia durante o mês
• Dependentes: 02 dependentes (sendo esposa e um filho menor de 14 anos)
• Pensão Alimentícia: 30% sobre rendimentos líquidos
• Competência: abril/2010 (26 dias úteis e 04 não úteis)

Demonstrativo detalhado dos cálculos:

Proventos

01. Salário Mensal

Salário = R$ 2.178,00

02 - Cálculo das Horas Extras

Horas Extras = [(valor hora normal) x (horas extras)] + (adic. hora extra)
Horas Extras = [(2.178,00 / 220) x (26)] x (1,50)
Horas Extras = R$ 386,10

03 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo b)

DSR = [(valor das horas extras) / (dias úteis)] x (dias não úteis)
DSR = [(386,10 / 26)] x 4
DSR = R$ 59,40

04. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Proventos = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Proventos = R$ 2.623,50

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Base de Cálculo = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Base de Cálculo = R$ 2.623,50

Incidência INSS (11%) = R$ 288,59

06. Pensão Alimentícia – rendimentos líquidos

P = { { RT – CP – [ ( A / 100 ) x ( RT – CP – ( D x PDD ) – P ) ] + PD } x ( PP / 100 ) }


P = {{2.623,50 – 288,59 - [(15 / 100) x (2.623,50 - 288,59 - (2 x 150,69) - P)] + 280,94} x (30/100)}
P = {{2.334,91 – [0,15 x (2.334,91 – (301,38) – P)] + 280,94} x 0,30}
P = {{2.334,91 – [0,15 x (2.033,53 – P)] + 280,94} x 0,30}
P = {{2.334,91 – [305,03 – 0,15P] + 280,94} x 0,30}
P = {{2.334,91 – 305,03 + 0,15P + 280,94} x 0,30}
P = {{2.310,82 + 0,15P} x 0,30}
P = 693,25 + 0,045P
P – 0,045P = 693,25
0,955P = 693,25

134 bcgontijo@yahoo.com.br
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P = 693,25 / 0,955 = 725,92


P = R$ 725,92

07. Imposto de Renda

Montante Tributável = (salário) + (horas extras) + (DSR sobre horas extras)


Montante Tributável = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Montante Tributável = R$ 2.623,50

Base de Cálculo = (Montante Tributável – INSS – dependentes – pensão alimentícia)


Base de Cálculo = [(2.623,50 – 288,59 – (2 x 150,69) – 725,92] = 1.307,61
Base de Cálculo = R$ 1.307,61

IRRF = isenta

08. Adiantamento de Salário

Adiantamento = R$ 871,20

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (IRRF) + (Antecipação de Salário) + (pensão alimentícia)


Total Descontos = 288,59 + 0,00 + 871,20 + 725,92 = 1.885,71
Total Descontos = R$ 1.885,71

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = (2.623,50) – (1.885,71) = 737,79
Líquido a receber = R$ 737,79

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (Horas Extras) + (DSR sobre horas extras)


Base de Cálculo = 2.178,00 + 386,10 + 59,40 = 2.623,50
Base de Cálculo = R$ 2.623,50

Incidência FGTS (8%) = R$ 209,88

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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

a br/ 10 M a urí cio A nt o nio da S ilv a

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 2 .17 8,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 2 .17 8,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 8 7 1,20


DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 26 R$ 3 8 6,10 IN S S 11% R$ 2 8 8 ,59

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 9,4 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

P EN SÃO 3 0% R$ 7 2 5 ,92

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R $ 2 .6 2 3,5 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 1.8 8 5 ,71

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 2 .6 2 3 ,50 R$ 1.3 07 ,6 2 R$ 2 .6 23 ,5 0 R$ 2 0 9 ,88

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 7 3 7 ,80

33. VALE-TRANSPORTE

O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização


efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e trabalho-residência. Entende-se como
deslocamento a soma dos segmentos componentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios
de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.

Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento do vale-
transporte, então, o empregado utilizando-se de transporte coletivo por mínima que seja a distância, o
empregador é compelido a fornecê-los. Cabe ao empregador o desconto do percentual de 6,00% (seis
por cento) incidente sobre o salário-base ou vencimento do empregado, excluídos quaisquer adicionais
ou vantagens, se o empregado optar por este benefício.

33.1 Utilização

O Vale-Transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público urbano ou, ainda,
intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo
poder público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade
competente. Excluem-se das formas de transporte mencionadas os serviços seletivos e os especiais.

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O Vale-Transporte será custeado:

• pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou
vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;

• pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.

33.2 Proporcionalidade do desconto

O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontada proporcionalmente à quantidade
de vale-transporte concedida para o período a que se refere o salário ou vencimento e por ocasião de
seu pagamento, salvo estipulação em contrário, em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho que
favoreça o beneficiário.

Para efeito da base de cálculo do desconto de 6%, o Parecer Normativo SFT/MT nº 15/92, esclareceu
que se toma como base o seu salário inteiro e não apenas os dias úteis do mês calendário. O desconto é
proporcional nos casos de admissão, desligamento e férias.

Admissão do Empregado: 15 de junho


Período de utilização do transporte: 15 a 30 de junho
Quantidade de passes utilizados: 20 passes
Quantidade de passes utilizados no mês inteiro: 40 passes
Custo do vale-transporte individual: R$ 1,75
Salário base mensal: R$ 500,00

Proporção do vale-transporte no mês da admissão = 20 / 40 = 50%


Custo do vale-transporte no mês da admissão = R$ 1,75 x 20 = R$ 35,00
Parcela de desconto do empregado = R$ 500,00 x 6% = R$ 30,00
Desconto proporcional (50%) = R$ 15,00
Encargo de vale-transporte no mês da admissão = R$ 35,00 – R$ 15,00 = R$ 20,00

Na demissão do empregado este deve devolver os passes que sobraram, ou então se procede ao
desconto do valor real dos passes não utilizados. Isto porque o empregador entrega antecipadamente
ao empregado os vales que adquiriu, logo ocorrendo uma demissão no curso de um mês com aviso
prévio indenizado, de imediato não mais faz jus o empregado ao benefício concedido, devendo
devolver os vales-transportes não utilizados ou ser descontado o valor equivalente.

O desconto do vale-transporte somente poderá ser feito em relação ao salário pago. Como exemplo, se
a empresa paga por quinzena não poderá descontar no pagamento da primeira quinzena os vales
correspondentes ao mês todo. Neste caso, a empresa somente poderá descontar o valor dos vales
relativos à remuneração da quinzena que está efetivamente sendo paga.

33.3 Faltas e Afastamentos – Devolução

O vale-transporte é para uso exclusivo no deslocamento casa-trabalho e vice-versa. Havendo ausências


do empregado ao trabalho (mesmo justificadas, como o caso de doença), a empresa poderá optar por
uma das situações abaixo:

• exigir que o empregado devolva os vales-transporte não utilizados;

• no mês seguinte, quando da concessão do vale, a empresa poderá deduzir os vales não
utilizados no mês anterior;

• multiplicar os vales não utilizados pelo valor real dos mesmos, e descontá-los, integralmente
do salário do empregado.

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33.4 Base de cálculo para o desconto

A base de cálculo para determinação da parcela a ser descontada do beneficiário será:

• o salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;

• o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa ou serviço


feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de comissões,
percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes.

Utilização do Empregado: 04 vales-transporte por dia


Salário mensal competência agosto: R$ 500,00
Horas Extras no mês: R$ 50,95

Número dias trabalhados mês de julho: 23


Número de vales-transporte necessários: 92
Valor dos vales-transporte: R$ 161,00
Parcela de desconto do beneficiário: R$ 30,00 (6% de R$ 500,00)
Encargo do vale-transporte: R$ 161,00 – R$ 30,00 = R$ 131,00

33.5 Valor inferior a 6%

Sendo a despesa com o deslocamento do beneficiário inferior a 6% (seis por cento) do salário básico
ou vencimento, o empregado poderá optar pelo recebimento antecipado do vale-transporte, cujo valor
será integralmente descontado por ocasião do pagamento do respectivo salário ou vencimento.

Utilização do Empregado: 02 vales-transporte por dia


Salário mensal competência agosto: R$ 1.400,00

Número dias trabalhados mês de julho: 23


Número de vales-transporte necessários: 46
Valor dos vales-transporte: R$ 80,50
Parcela de desconto do beneficiário: R$ 84,00 (6% de R$ 1.400,00)
Encargo do vale-transporte: R$ 0,00

Neste caso, do empregado será descontado R$ 80,50 e não R$ 84,00 (equivalentes a 6% do salário do
empregado) devido o fato de o valor integral dos vales-transporte ser inferior aos 6% do salário.

33.6 Quantidade e Espécie de Vale Transporte - Obrigação do Empregador

A concessão do benefício obriga o empregador a adquirir vale-transporte em montante necessário aos


deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte
que melhor se adequar. A aquisição deve ser feita antecipadamente e à vista, proibidos quaisquer
descontos e limitada à quantidade estritamente necessária ao atendimento dos beneficiários.

33.7 Utilização de veículo próprio pelo empregado

O trabalhador que utiliza veículo próprio para seu deslocamento não terá direito ao vale transporte.
Caso venha a optar pelo recebimento do benefício e passar a utilizá-lo de forma irregular, que não seja
o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, estará cometendo falta grave nos termos do § 3º, art.
7º do Decreto nº 95.247/87, deve ser orientado pelo empregador para alterar o termo de opção do vale

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transporte, sob pena de ter seu contrato de trabalho rescindido por justa causa. (artigos 2º, 3º, 5º e 7º do
Decreto nº 95.247/87).

34. VALE ALIMENTAÇÃO

A alimentação fornecida por meio do Programa de Alimentação ao Trabalhador – PAT foi instituída
pela Lei nº 6.321/76. A adesão ao PAT é voluntária, porém alerta-se que caso a empresa conceda
benefício alimentação ao trabalhador e não participe do Programa deverá fazer o recolhimento do
FGTS e INSS sobre o valor do benefício concedido para o trabalhador.

A adesão ao PAT consistirá na apresentação do formulário oficial adquirido nas agências dos
Correios, ou através da página eletrônica do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br). O
comprovante de registro destacável do próprio formulário deverá ser conservado na contabilidade da
empresa.

A participação do trabalhador no custo da refeição, isto é, o valor que o empregador poderá descontar
de seu empregado a título de ressarcimento, não poderá exceder ao limite de 20% do custo direto da
refeição, assim entendido como o custo real da empresa com a alimentação.

Uma vez efetivada a adesão ao PAT esta será por prazo indeterminado, portanto, não há necessidade
de as empresas inscritas ou que venham a se inscrever terem que adotar anualmente qualquer
procedimento junto ao Órgão Gestor do Programa de Alimentação. No entanto, a empresa deverá
informar anualmente no Relatório Anual de Informações Sociais - RAIS sua participação no
Programa.

Segundo a Legislação do PAT, o benefício concedido ao trabalhador não poderá ser fornecido em
espécie. Dentro dos critérios do programa, a empresa possui várias modalidades a adotar:

• serviço próprio: a empresa prepara a alimentação dos trabalhadores no próprio


estabelecimento;

• administração de cozinha: uma empresa terceirizada produz a alimentação dentro do


refeitório da empresa participante do programa;

• alimentação-convênio: denominado de tíquete alimentação. O empregado o utiliza para


realizar compras em estabelecimentos comerciais;

• refeição-convênio: operacionalizado por meio de tíquete refeição. O empregado poderá


utiliza-lo para refeições e lanches em qualquer restaurante ou lanchonete credenciado pelo
PAT;

• refeições transportadas: uma distinta empresa prepara a alimentação e leva até os


funcionários no estabelecimento da empresa participante do programa (marmita);

• cesta de alimentos: A empresa compra cestas de alimentos de empresas credenciadas ao PAT


e fornece aos seus funcionários.

A empresa poderá também fazer um convênio com um restaurante, para que seus funcionários
recebam a alimentação, isso poderá ocorrer desde que as duas sejam cadastradas no PAT.

O valor desse benefício não possui natureza salarial, entretanto, uma vez iniciado seu fornecimento, a
alimentação passa automaticamente a fazer parte do contrato, pelo que um possível cancelamento
deste benefício caracterizará alteração contratual unilateral com prejuízo ao empregado, o que é
vedado pelo artigo 468 da CLT.

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35. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 7º MÓDULO

35.1 Cálculo – Horista / Desconto de Vale Refeição / Jornada Extraordinária

Demonstrativo de Cálculo

Alfredo Santana

• Salário: R$ 4,10 hora


• Jornada diária: 7h20min
• Horas Extras no período com adicional de 50%: 10h
• Dependentes: 03 dependentes (filhos menores de 14 anos)
• Vale Refeição: 26 vales no valor total de R$ 195,00
• Competência: janeiro/2011 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)

Demonstrativo detalhado dos cálculos

01. Salário Mensal

Salário = (horas trabalhadas no mês) x (valor hora)


Salário = (26 x 7,33) x (4,10)
Salário = R$ 781,38

02 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo d) – somente para horistas

DSR horistas = (dias não úteis) x (jornada legal diária) x (valor hora)
DSR horistas = (5 x 7,33) x (4,10)
DSR horistas = R$ 150,27

03 - Cálculo das Horas Extras – adicional de 50%

Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (4,10) x (10) x (1,5)
Horas Extras = R$ 61,50

04 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre Horas Extras (modelo a)

DSR horas extras = (valor horas extras / nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (61,50 / 26) x (5)
DSR horas extras = R$ 11,83

05. Total de Proventos

Proventos = (salário) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = (781,38) + (150,27) + (61,50) + (11,83) = 1.004,98
Proventos = R$ 1.004,98

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = (781,38) + (150,27) + (61,50) + (11,83) = 1.004,98

140 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Base de Cálculo = R$ 1.004,98

Incidência INSS (8%) = R$ 80,40

07. Vale Refeição

Vale Refeição = (valor vale refeição) x (percentual de desconto)


Vale Refeição = 195,00 x 20% = 39,00
Vale Refeição = R$ 39,00

08. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Vale Refeição)


Total Descontos = 80,40 + 39,00 = 119,40
Total Descontos = R$ 119,40

09. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.004,98 – 119,40 = 885,58
Líquido a receber = R$ 885,58

10. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = (781,38) + (150,27) + (61,50) + (11,83) = 1.004,98
Base de Cálculo = R$ 1.004,98

Incidência FGTS (8%) = R$ 80,40

141 bcgontijo@yahoo.com.br
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DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 11 A lf re do S a nta na

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 4,10 3 3

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 190 ,5 8 R$ 7 8 1,3 8 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A 36 ,6 5 R$ 15 0,2 7 IN S S 8% R$ 8 0 ,40

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 10 R$ 6 1,5 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 11,8 3 VA LE R E F ER IÇÃ O R$ 3 9 ,00

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 0 4,9 7 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 119 ,40

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 0 4 ,97 R$ 4 72 ,5 0 R$ 1.0 04 ,9 7 R$ 8 0 ,4 0

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 8 8 5 ,57

35.2 Cálculo – Mensalista / Desconto de Vale Transporte / Jornada Extraordinária

Demonstrativo de Cálculo

Mauro Gonçalves

• Salário: R$ 950,00
• Horas Extras com adicional de 50%: 15h
• Vale Transporte: 04 vales-transporte / dia
• Custo unitário do vale-transporte: R$ 1,90
• Competência: janeiro/2011 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 950,00

02 - Cálculo das Horas Extras – adicional de 50%

Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)

142 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

Horas Extras = (950 / 220) x (15) x (1,5)


Horas Extras = R$ 97,16

03 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre Horas Extras (modelo a)

DSR horas extras = (valor horas extras / nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (97,16 / 26) x (5)
DSR horas extras = R$ 18,68

04. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Proventos = (950,00) + (97,16) + (18,68) = 1.065,84
Proventos = R$ 1.065,84

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (salário mensal) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = (950,00) + (97,16) + (18,68) = 1.065,84
Base de Cálculo = R$ 1.065,84

Incidência INSS (8%) = R$ 85,27

06. Vale Transporte

Utilização mensal do vale transporte = 104


Valor dos vales-transporte: R$ 197,60

Parcela de desconto do empregado = (salário mensal) x (parcela de desconto)


Parcela de desconto do empregado = 950,00 x 6% = 57,00
Parcela de desconto do empregado = R$ 57,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Vale Transporte)


Total Descontos = (85,27) + (57,00) = 142,27
Total Descontos = R$ 142,27

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.065,84 – 142,27 = 923,57
Líquido a receber = R$ 923,57

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário mensal) + (horas extras) + (DSR horas extras)


Base de Cálculo = (950,00) + (97,16) + (18,68) = 1.065,84
Base de Cálculo = R$ 1.065,84

Incidência FGTS (8%) = R$ 85,27

143 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 11 M a uro G o nça lv e s

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 9 5 0,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 9 5 0,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 15 R$ 9 7,16 IN S S 8% R$ 8 5 ,27

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 18,6 8 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

VA LE T R A N S P O R T E R$ 5 7 ,00

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.0 6 5,8 4 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 14 2 ,27

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.0 6 5 ,84 R$ 9 80 ,5 8 R$ 1.0 65 ,8 4 R$ 8 5 ,2 7

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 9 2 3 ,58

35.3 Cálculo – Horista / Desconto de Vale Transporte / Desconto Vale Alimentação

Demonstrativo de Cálculo

Natanael de Oliveira

• Salário: R$ 5,40 hora


• Jornada diária: 06h25min
• Horas Extras com adicional de 65%: 22h50min.
• Vale Transporte: 04 vales por dia
• Custo Vale Transporte: R$ 1,90
• Vale Refeição: 24 vales no valor unitário de R$ 8,65
• Competência: abril/2010 (24 dias úteis e 06 domingos/feriados)

01. Salário Mensal

Salário Mensal = (horas trabalhadas no mês) x (valor hora)


Salário Mensal = (24 x 6,42) x (5,40)
Salário Mensal = R$ 832,03

144 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

02 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo d) – somente para horistas

DSR horistas = (dias não úteis) x (jornada legal diária) x (valor hora)
DSR horistas = (6 x 6,42) x (5,40)
DSR horistas = R$ 208,01

03 - Cálculo das Horas Extras – adicional de 65%

Horas Extras = (valor hora normal) x (nº de horas extras) + (adic. hora extra)
Horas Extras = (5,40) x (22,83) x (1,65)
Horas Extras = R$ 203,42

04 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre Horas Extras (modelo a)

DSR horas extras = (valor horas extras) / (nº dias úteis mês) x (nº dias não úteis)
DSR horas extras = (203,42) / (24) x (6)
DSR horas extras = R$ 50,85

05. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Proventos = R$ 1.294,31

Descontos

06. INSS

Base de Cálculo = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Base de Cálculo = R$ 1.294,31

Incidência INSS (9%) = R$ 116,49

07. Vale Transporte

Utilização mensal do vale transporte = 96


Valor dos vales-transporte: R$ 182,40

Parcela de desconto do empregado = (salário base) x (parcela de desconto)


Parcela de desconto do empregado = (1.040,04) x (6%) = 62,40
Parcela de desconto do empregado = R$ 62,40

Encargo do empregador = 182,40 – 62,40 = R$ 120,00

08. Vale Refeição

Vale Refeição = (valor vale refeição) x (percentual de desconto)


Vale Refeição = (24 x 8,65) x 20%
Vale Refeição = R$ 41,52

145 bcgontijo@yahoo.com.br
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09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Vale Transporte) + (Vale Refeição)


Total Descontos = (116,49) + (62,40) + (41,52) = 220,41
Total Descontos = R$ 220,41

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.294,31 – 220,41 = 1.073,90
Líquido a receber = R$ 1.073,90

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário mensal) + (DSR horistas) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = (832,03) + (208,01) + (203,42) + (50,85) = 1.294,31
Base de Cálculo = R$ 1.294,31

Incidência FGTS (8%) = R$ 103,54

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR

0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

a br/ 11 N a t a nae l de O liv eira

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 5 ,4 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

S A LÁ R IO M E N S A L 154 ,0 8 R$ 8 3 2,0 3 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R H O R IST A S 38 ,5 2 R$ 2 0 8,0 1 IN S S 9% R$ 116 ,49

H O R A S E XT R A S ( 6 5 %) 22 ,8 3 R$ 2 0 3,4 2 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 5 0,8 5 VA LE T R A N S P O R T E 6% R$ 6 2 ,40

VA LE R E F EIÇÃ O 2 0% R$ 4 1,52

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.2 9 4,3 1 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 2 2 0 ,41

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.2 9 4 ,31 R$ 1.177 ,8 2 R$ 1.2 94 ,3 1 R$ 10 3 ,54

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.0 7 3 ,90

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36. HORAS DE SOBREAVISO

O art. 244 da Consolidação das Leis do Trabalho estipula que as estradas de ferro tenham empregados
extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevisíveis ou para
substituição de empregados que faltem à escala organizada.

Considera-se de sobreaviso o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço.

No caso das demais profissões, as autoridades administrativas e a Justiça Trabalho, na falta de


disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso utilizando-se das demais fontes do
Direito do Trabalho, acerca da adoção do sistema de sobreaviso, obedecendo sempre a primazia do
interesse público sobre interesses particulares de forma geral. Cada escala de sobreaviso obedece
como período máximo o quantitativo de 24 horas.

36.1. Remuneração do Sobreaviso

Com ressalva ao disposto no art. 244, §2º da Consolidação das Leis do Trabalho, inexiste legislação
específica que estabeleça critérios para a fixação da remuneração devida ao empregado em regime de
sobreaviso, assim a remuneração das horas de sobreaviso será remunerada à razão de 1/3 do salário
normal.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para
executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
(Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)

§ 1º Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo, candidato a efetivação, que se apresentar


normalmente ao serviço, embora só trabalhe quando for necessário. O extranumerário só receberá os dias de
trabalho efetivo. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)

§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro
horas, As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário
normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)

§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A
escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos,
contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)

§ 4º Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de


alimentação, as doze horas do prontidão, a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser contínuas. Quando
não existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de uma hora para
cada refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de
4.4.1966)

Exemplo:

Empregado permaneceu em regime de sobreaviso por 6 horas.

Salário hora normal = R$ 12,00


Salário hora de sobreaviso = R$ 12,00 / 3 = R$ 4,00
Valor devido ao empregado = R$ 4,00 x 6 = R$ 24,00

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Empregado foi escalado em regime de sobreaviso por 6 horas, sendo chamado para trabalhar 2 horas:

Horas de Sobreaviso = 06h – 02h = 04h


Salário hora normal = R$ 12,00
Salário hora de sobreaviso = R$ 12,00 / 3 = R$ 4,00
Valor devido ao empregado = R$ 4,00 x 4 = R$ 16,00

Horas Trabalhadas (pagas como horas extras) = 02h


Salário hora normal = R$ 12,00
Salário hora trabalhada = R$ 12,00 + 50% = R$ 18,00
Valor devido ao empregado = R$ 18,00 x 2 = R$ 36,00

38. EMPREGADOS COMISSIONISTAS

Situação tipicamente aplicada aos empregados vendedores remunerados exclusivamente por comissões
ou tendo-as como parte integrante de sua remuneração; tem seu regimento legal por meio da Lei nº
3.207/57. Além desse diploma, recebe de forma incidental a aplicação das regras do estatuto celetista
no que concerne à remuneração e ao controle de horários.

Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei 5.452/1943

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido
e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de
50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.

§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e
destinada a distribuição aos empregados. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de
remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses.

(...)

§ 4º - Para os empregados que trabalhem a comissão ou que tenham direito a percentagens, a indenização será
calculada pela média das comissões ou percentagens percebidas nos últimos 12 (doze) meses de serviço.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua
concessão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

(...)

§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo
empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977

Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem.

148 bcgontijo@yahoo.com.br
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§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e
comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.

§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artigo.

Ao empregado vendedor não se aplicam os dispositivos da Lei Comercial nº 4.886/65 e do Código


Civil de 2002 (artigos 710 a 721).

A modalidade salarial através das comissões é usualmente utilizada no cotidiano dos profissionais
vendedores, sejam as atividades destes desempenhadas no próprio estabelecimento (padrão do
comércio urbano) ou exercidas externamente à planta empresarial (vendedores externos). O sistema
comissionado pode corresponder ao mecanismo exclusivo de remuneração contratual (comissionista
puro) ou acumular-se a uma parcela salarial fixa (comissionista misto).

As comissões, quanto ao seu conceito e natureza, consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo
empregador ao empregado em decorrência de uma produção alcançado pelo obreiro no contexto do
contrato de trabalho, sendo calculado variavelmente em contrapartida a essa produção. Possuem
evidentemente natureza jurídica de verba salarial, haja vista a inegável característica contraprestativa à
produção alcançada pelo empregado na concretização de seu trabalho.

Doutrinariamente divergem alguns autores quando à espécie dessa parcela salarial. Uma primeira
corrente classifica as comissões como parcela salarial do tipo unidade de obra. Uma segunda posição
entende as comissões como modalidade de percentagens.

A primeira corrente é a que melhor se harmoniza ao real sentido e dinâmica do instituto trabalhista.
Não obstante a comissão seja calculada, como regra, tendo como premissa percentuais sobre o valor
dos negócios concretizados pelo trabalhador, não há impedimentos que ela seja calculada também à
base de uma tabela diferenciada de valores fixos e não meramente percentuais. A característica de
verba aferida segundo o montante produzido pelo trabalhador (salário produção) permanece
inalterável.

O empregado comissionista puro não sofre prejuízos quanto ao direito à percepção de outras verbas
salariais (descanso semanal remunerado, horas extras, entre outros), possui, no entanto, fórmula de
cálculo dessas verbas diferenciada, obedecendo a dinâmica da parcela remunerativa.

O cálculo do descanso semanal remunerado observa o disposto na Lei nº 605/49: o montante do


reflexo corresponderá ao quociente da divisão por seis da importância total das comissões percebidas
na semana (art. 7º da Lei nº 605/49). As horas extras são calculadas pela aplicação do respectivo
adicional de sobrejornada sobre o valor das comissões referentes a essas horas.

Súmula nº 27 TST. Comissionista. É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias de feriados ao
empregado comissionista, ainda que pracista.

Súmula nº 340 TST. Comissionista. Horas Extras. O empregado sujeito a controle de horário, remunerado à
base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas
extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número
de horas efetivamente trabalhadas.

Considerando-se as comissões como salário, esta se sujeita à regra da irredutibilidade em


conformidade com o art. 7º, inciso VI da CRFB/88. A irredutibilidade se adequa ao caráter variável da
parcela salarial, dessa forma o tomador dos serviços não possui a prerrogativa de reduzir o parâmetro
de cálculo das comissões. Em caso de alteração destes parâmetros deve haver garantia de manutenção
da média final de comissões apurada (art. 2º Lei nº 3.207/57).

149 bcgontijo@yahoo.com.br
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Da mesma forma, por ser considerada como modalidade de salário variável, se sujeita à regra protetiva
fixada pelo art. 78 da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como pelo disposto no art. 7º, inciso
VII da CRFB/88 (garantia de salário nunca inferior ao mínimo legal).

Como parcela de natureza salarial, as comissões integram o conjunto de parcelas contraprestativas


percebidas pelo empregado, produzindo, portanto, reflexos em outras parcelas que componham o
parâmetro salarial. Assim, conforme suas médias, as comissões repercutem em verbas de FGTS, férias
acrescidas de abono constitucional, descanso semanal remunerado e recolhimentos previdenciários.

Dispõe o art. 4º da Lei nº 3.207/57 que, em regra, o pagamento da comissão ao vendedor deve ser
efetivado mensalmente. Contudo, o parágrafo único do referido dispositivo admite que, mediante
acordo bilateral no próprio contrato de trabalho, proceda-se o pagamento das comissões até três meses
após a aceitação do negócio. Esta seria uma admissível exceção ao disposto no art. 459 da
Consolidação das Leis do Trabalho.

Nas vendas realizadas a prazo, o pagamento das comissões pode ser efetuado proporcionalmente às
ordens de recebimento das prestações devidas pelo adquirente, com observância dos lapsos temporais
básicos do mês ou trimestre.

Em havendo cessação do contrato de trabalho, por qualquer motivo, ou nos casos de não consumação
do negócio por ato ou omissão do empregador, preserva-se o direito do empregado às comissões
relativas às vendas já ultimadas correspondentes a trabalho já concretizado (Lei nº 3.207/57). Da
mesma forma, o negócio efetivamente agenciado pelo vendedor e não aceito no prazo, mas que
posteriormente é realizado, tende a gerar o direito à comissão ao vendedor que pactuou a venda.

A ultimação do negócio não se confunde com sua efetiva realização e nem mesmo com seu
pagamento. Por ultimação considera-se a aceitação do negócio pelo comprador, nos termos em que lhe
foi apresentada a proposta. A demarcação da data de ultimação do negócio é relevante pelo fato de que
como regra, a comissão é devida em função da aceitação do negócio.

A Lei nº 3.207/57 considera ultimada a negociação nos seguintes prazos:

• após 10 dias da apresentação da proposta ao comprador, caso esta proposta não seja
recusada, por escrito no referido prazo, isso se a transação tiver ocorrido dentro dos limites
territoriais do Estado;

• após 90 dias da apresentação da proposta ao comprador, prazo este prorrogável por tempo
indeterminado mediante comunicação escrita ao empregado, não havendo recusa por escrito,
no referido prazo, isso se a transação ocorrer com comerciante ou empresa estabelecida fora
do Estado ou no exterior.

O princípio trabalhista da alteridade coloca os riscos concernentes aos negócios efetuados em nome do
empregador sob os ônus deste, em conformidade com o art. 2º da Consolidação das Leis do Trabalho.
A Lei nº 3.207/57 atenua a regra geral estabelecendo a possibilidade de que em se verificando a
insolvência do comprador, cabe ao empregador o direito de estornar a comissão paga. Importante
frisar que a mera inadimplência do comprador não autoriza o estorno das comissões adimplidas.

A atividade profissional que define a função exercida pelo vendedor empregado é a intermediação
com o objetivo da mercancia. Para esta função opera-se a sua contratação e consequentemente sua
remuneração. Sendo assim, a atividade de cobrança não é função tida como inerente a essa espécie de
contrato obreiro. Por essa razão, estipula a legislação específica a obrigatoriedade de fixação de um
adicional específico pelo exercício de função suplementar à de simples intermediação para o comércio.
O referido adicional deve ser fixado à razão de um décimo da remuneração atribuída ao empregado.

150 bcgontijo@yahoo.com.br
BRUNO CUNHA GONTIJO

A fixação da exclusividade da área de atuação não é regra obrigatória que se aplique ao contrato de
trabalho dos vendedores comissionistas, mas apenas uma vantagem adicional disposta no contrato. No
entanto, em sendo estipulada expressamente esta vantagem, todas as comissões sobre vendas efetuadas
na correspondente zona, sejam ultimadas pelo vendedor, sejam as ultimadas diretamente pela empresa
ou outro representante ou preposto, são devidas ao detentor da exclusividade. Ao empregador é
garantido a faculdade de ampliar ou reduzir a zona de trabalho do vendedor comissionista, devendo,
no entanto, orientar-se pela impossibilidade de redução da correspondente remuneração obreira.

A legislação aplicável autoriza a transferência unilateral da zona de trabalho do vendedor, mesmo com
redução de vantagens. Neste caso, contudo, deverá ser assegurado ao vendedor como mínimo de
remuneração um salário correspondente à média dos doze últimos meses anteriores à transferência.

Apesar de a ordem justrabalhista ser silente no tocante à incidência da cláusula “star del credere” nos
contratos de trabalho dessa natureza, por aplicação sistemática dos princípios que norteiam a relação
travada entre empregadores e empregados na formação e proteção das condições do exercício
laborativo, tem-se que incompatível com todo o ordenamento seria a admissão de tal possibilidade.
Esta cláusula tem o condão de tornar o empregado solidariamente responsável pela solvabilidade e
pontualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Através da aplicação dessa
clausula ao contrato, o empregador pagaria ao vendedor uma comissão suplementar, assegurando-se,
em contrapartida, de que este iria ressarcir-lhe uma percentagem sobre a venda não cumprida.

39. CÁLCULOS DA FOLHA DE PAGAMENTO – 8º MÓDULO

39.1 Cálculo – Comissionista Puro / Jornada Extraordinária

Demonstrativo de Cálculo

Dênis de Oliveira

• Comissão no mês: R$ 432,00


• Jornada diária: 07h20min
• Dependentes IRRF: 02 (esposa e filho menor 14 anos)
• Horas Extras no período com adicional de 50%: 12h30min
• Competência: janeiro/2011 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)

01. Comissão no Mês

Comissão no Mês = R$ 432,00

02 - Cálculo do descanso semanal remunerado (modelo e) – somente para comissionistas

DSR comissionista= (comissões do mês / dias úteis) x (dias não úteis)


DSR comissionista = (432,00 / 26) x 5
DSR comissionista = R$ 83,08

03 - Cálculo das Horas Extras com adicional de 50%

Hora Normal = (comissões do mês + DSR) / (total de horas trabalhadas no mês + total de horas extras)
Hora Normal = (432,00 + 83,10) / (190,58 + 12,5)
Hora Normal = R$ 2,54

Horas Extras = [(valor hora normal) x (total de horas extras)] x (adicional horas extras)
Horas Extras = [(2,54) x (12,5)] x (0,50) = 15,88
Horas Extras = R$ 15,88

151 bcgontijo@yahoo.com.br
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04 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre Horas Extras (modelo a)

DSR = (valor horas extras / dias úteis mês) x (dias não úteis)
DSR = (15,88 / 26) x 5
DSR = R$ 3,05

05 - Cálculo do Salário Família

Salário Base = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Salário Base = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01

Salário Família = (valor cota) x (nº dependentes)


Salário Família = R$ 29,41

06. Total de Proventos

Proventos = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras) + (salário família)
Proventos = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 + 29,41 = 563,42
Proventos = R$ 563,42

Descontos

07. INSS

Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01
Base de Cálculo = R$ 534,01

Incidência INSS (8%) = R$ 42,72

09. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS)


Total Descontos = R$ 42,72

10. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 563,42 – 42,72 = 520,70
Líquido a receber = R$ 520,70

11. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 432,00 + 83,08 + 15,88 + 3,05 = 534,01
Base de Cálculo = R$ 534,01

Incidência FGTS (8%) = R$ 42,72

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BRUNO CUNHA GONTIJO

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO MENSAL


EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 11 D ê nis de O liv e ira

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 4 3 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ -
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R S/ C OM IS S Ã O R$ 8 3,0 8 IN S S 8% R$ 4 2 ,72

H O R A S E XT R A S ( 5 0 %) 12,5 R$ 15,8 5 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 3,0 5

S A LÁ R IO F A M Í LIA R$ 2 9,4 1

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 5 6 3,3 9 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 4 2 ,72

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 5 3 3 ,98 R$ 189 ,8 8 R$ 5 33 ,9 8 R$ 4 2 ,7 2

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 5 2 0 ,67

39.2 Cálculo – Comissionista Misto

Demonstrativo de Cálculo

Amadeu Lacerda

• Salário Mensal: R$ 650,00


• Comissão no mês: R$ 432,00
• Adiantamento Salarial: R$ 380,00
• Competência: abril/2010 (25 dias úteis e 05 domingos/feriados)

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 650,00

02. Comissão mo Mês

Comissão no mês = R$ 432,00

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03 - Cálculo do descanso semanal remunerado para comissionistas (modelo e)

DSR comissionista= (comissões do mês / dias úteis) x (dias não úteis)


DSR comissionista = (432,00 / 25) x 5
DSR comissionista = R$ 86,40

04. Total de Proventos

Proventos = (comissão no mês) + (DSR comissionista) + (salário mensal)


Proventos = 432,00 + 86,40 + 650,00 = 1.168,40
Proventos = R$ 1.168,40

Descontos

05. INSS

Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR comissionista) + (salário mensal)


Base de Cálculo = 432,00 + 86,40 + 650,00 = 1.168,40
Base de Cálculo = R$ 1.168,40

Incidência INSS (9%) = R$ 105,16

06. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 380,00

07. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento Salarial)


Total Descontos = 105,16 + 380,00 = 485,16
Total Descontos = R$ 485,16

08. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.168,40 – 485,16 = 683,24
Líquido a receber = R$ 683,24

09. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (comissão no mês) + (DSR comissionista) + (salário mensal)


Base de Cálculo = 432,00 + 86,40 + 650,00 = 1.168,40
Base de Cálculo = R$ 1.168,40

Incidência FGTS (8%) = R$ 93,47

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EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

a br/ 10 A m a deu La ce rda

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 6 5 0,0 0 0 0

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 4 3 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 3 8 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R S/ C OM IS S Ã O R$ 8 6,4 0 IN S S 9% R$ 10 5 ,16

S A LÁ R IO M E N S A L 30 R$ 6 5 0,0 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.16 8,4 0 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 4 8 5 ,16

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.16 8 ,40 R$ 1.0 63 ,2 4 R$ 1.168 ,4 0 R$ 9 3 ,4 7

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 6 8 3 ,24

39.3 Cálculo – Comissionista Misto / Jornada Extraordinária

Demonstrativo de Cálculo

Francisco Cavalcante

• Salário Mensal: R$ 700,00


• Comissão no mês: R$ 842,00
• Dependentes IRRF: 02 dependentes (esposa e filho menor de 14 anos)
• Horas Extras no período com adicional de 50%: 22h10min
• Adiantamento Salarial: R$ 290,00
• Competência: janeiro/2011 (26 dias úteis e 05 domingos/feriados)

01. Salário Mensal

Salário Mensal = R$ 700,00

02. Comissão mo Mês

Comissão no Mês = R$ 842,00

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03 - Cálculo do descanso semanal remunerado somente para comissionistas (modelo e)

DSR comissão = (comissões do mês / dias úteis) x (dias não úteis)


DSR comissão = (842,00 / 26) x 5
DSR comissão = R$ 161,92

04 - Cálculo das Horas Extras com adicional de 50% (sobre parcela salarial comissionada)

Hora Normal = (comissões do mês + DSR comissão) / (total de horas no mês + total de horas extras)
Hora Normal = (842,00 + 161,90) / (220 + 22,17)
Hora Normal = (1.003,90) / (242,17)
Hora Normal = R$ 4,15

Horas Extras = (valor hora normal) x (total de horas extras) x (percentual do adicional horas extras)
Horas Extras = (4,15) x (22,17) x (0,50) = 46,00
Horas Extras = R$ 46,00

05 - Cálculo das Horas Extras com adicional de 50% (sobre parcela salarial fixa)

Horas Extras = (salário mensal / jornada mensal) x (nº horas extras) + (adicional horas extras)
Horas Extras = (700,00 / 220) x (22,17) x (1,50)
Horas Extras = R$ 105,81

06 - Cálculo do repouso semanal remunerado sobre Horas Extras (modelo a)

DSR horas extras = (valor total das horas extras / dias úteis) x (dias não úteis)
DSR horas extras = [(105,81) + (46,00) / 26)] x (5)
DSR horas extras = R$ 29,19

07. Total de Proventos

Proventos = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissão) + (horas extras sobre comissões)
+ (horas extras) + (DSR horas extras)
Proventos = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Proventos = R$ 1.884,92

Descontos

08. INSS

Base de Cálculo = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras sobre
comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Base de Cálculo = R$ 1.884,92

Incidência INSS (11%) = R$ 207,34

09. Adiantamento Salarial

Adiantamento Salarial = R$ 290,00

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10. Imposto de Renda

Rendimentos Tributáveis = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras
sobre comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Rendimentos Tributáveis = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Rendimentos Tributáveis = R$ 1.884,92

Base de Cálculo = (rendimentos tributáveis – INSS – dependentes – pensão alimentícia)


Base de Cálculo = 1.884,92 – 207,34 – (2 x 150,69)
Base de Cálculo = R$ 1.376,20

IRRF = montante compreendido abaixo da faixa de isenção

11. Total de Descontos

Total Descontos = (INSS) + (Adiantamento Salarial)


Total Descontos = 207,34 + 290,00 = 497,34
Total Descontos = R$ 497,34

12. Líquido a Receber

Líquido a receber = (total de proventos) – (total de descontos)


Líquido a receber = 1.884,85 - 497,34 = 1.387,51
Líquido a receber = R$ 1.387,51

13. Fundo de Garantia a recolher

Base de Cálculo = (salário mensal) + (comissão no mês) + (DSR comissões) + (horas extras sobre
comissões) + (horas extras) + (DSR horas extras)
Base de Cálculo = 700,00 + 842,00 + 161,92 + 46,00 + 105,81 + 29,19 = 1.884,92
Base de Cálculo = R$ 1.884,92

Incidência FGTS (8%) = R$ 150,79

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EMPREGADOR
0 1. C N P J / C E I 02 . R A Z A O SO C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C OM P ET ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

ja n/ 11 F ra nc isc o C a v a lca nt e

12 . C A R G O 13. C A T E G OR IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

0 1/ 0 8/ 2 0 0 9

14 . S A LÁ R IO B A SE 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T ES IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

R$ 7 0 0,0 0 2 1

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM EN T O S REF V A LOR D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S REF V A LOR

C O M IS S Ã O N O P E R Í OD O R$ 8 4 2,0 0 A D IA N T A M E N T O R$ 2 9 0 ,00
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

D S R S/ C OM IS S Ã O R$ 16 1,9 2 IN S S 11% R$ 2 0 7 ,34

H O R A S E XT R A S S / C OM IS SÃ O 22 ,17 R$ 4 6,0 0 IM P O ST O D E R E N D A R$ -

S A LÁ R IO M E N S A Ç R$ 7 0 0,0 0

H O R A S E XT R A S 22 ,17 R$ 10 5,8 1

D S R S/ H OR A S EX T R A S R$ 2 9,2 0

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ 1.8 8 4,9 3 T O T A L D E D E S C ON T OS - R $ R$ 4 9 7 ,34

B C IN S S B C IR R F BC F GTS D E P Ó SIT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ 1.8 8 4 ,93 R$ 1.3 76 ,2 1 R$ 1.8 84 ,9 3 R$ 15 0 ,79

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ 1.3 8 7 ,59

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0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S O C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C O M P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

14 . S A LÁ R IO B A S E 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T E S IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM E N T O S R EF V A LO R D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ - T OT A L D E D ESC ON T OS - R $ R$ -

B C IN S S B C IR R F B C F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ - R$ - R$ - R$ -

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ -

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0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S O C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C O M P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

14 . S A LÁ R IO B A S E 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T E S IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM E N T O S R EF V A LO R D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ - T OT A L D E D ESC ON T OS - R $ R$ -

B C IN S S B C IR R F B C F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ - R$ - R$ - R$ -

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ -

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0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S O C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C O M P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

14 . S A LÁ R IO B A S E 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T E S IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM E N T O S R EF V A LO R D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ - T OT A L D E D ESC ON T OS - R $ R$ -

B C IN S S B C IR R F B C F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ - R$ - R$ - R$ -

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ -

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0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S O C IA L / N O M E

0 3 . E N D E R E ÇO

10 . C O M P E T ÊN C IA 11. N O M E
TRABALHADOR

12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

14 . S A LÁ R IO B A S E 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T E S IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM E N T O S R EF V A LO R D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ - T OT A L D E D ESC ON T OS - R $ R$ -

B C IN S S B C IR R F B C F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ - R$ - R$ - R$ -

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ -

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0 1. C N P J / C E I 0 2 . R A Z A O S O C IA L / N O M E

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10 . C O M P E T ÊN C IA 11. N O M E
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12 . C A R G O 13 . C A T E G O R IA D EP A R T A M EN T O A D M IS S Ã O

14 . S A LÁ R IO B A S E 15 . P E R Í O D O D O P O N T O D E P E N D E N T E S IR R F S A LÁ R IO F A M Í LIA

D E S C R IÇÃ O D O S V E N C IM E N T O S R EF V A LO R D E S C R IÇÃ O D O S D E S C O N T O S R EF V A LO R
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS

T O T A L D E V E N C IM E N T O S - R $ R$ - T OT A L D E D ESC ON T OS - R $ R$ -

B C IN S S B C IR R F B C F GT S D E P Ó S IT O F G T S D A T A P A GA M EN T O

R$ - R$ - R$ - R$ -

LÍ Q UID O A R E C E B E R

R$ -

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