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O que é patrimônio de afetação?

O patrimônio de afetação, detalhado na Lei 10.931, é um regime de tributação


aplicado às incorporações imobiliárias. Estas são definidas como o conjunto de
atividades de uma incorporadora que leva à construção e à comercialização de um
edifício.

Ter uma incorporação imobiliária sob regime de patrimônio de afetação significa que
a incorporadora fez uma separação patrimonial: existe o patrimônio geral da empresa
e o patrimônio relacionado apenas àquela construção. Ou seja, o patrimônio só afeta a
construção em questão.

Vale esclarecer aqui que o ele não é só financeiro: é o conjunto de bens, direitos e
obrigações relacionados àquela obra. 

E como são várias questões a serem levadas em consideração e ele é irrevogável


depois de adotado, o regime de patrimônio de afetação é opcional para as
incorporadoras. Para torná-lo mais atraente para elas, suas taxas de tributação são
menores.  

Para que serve o patrimônio de afetação?


A parte financeira, no entanto, é a mais relevante para o cliente comprador.
O patrimônio de afetação significa que as contas ficam totalmente separadas –
há inclusive uma conta bancária criada especificamente para aquela construção. 

Assim, a incorporadora não consegue utilizar fundos da construção A para pagar


dívidas da construção B, por exemplo, protegendo os recursos.

A lei também prevê a possibilidade de criar uma comissão de representantes para


fiscalizar o andamento da obra. Ela pode ser composta por adquirentes (clientes que
compraram unidades naquela construção) ou por alguém indicado por esse grupo. 

Quando formada, essa assembleia de patrimônio de afetação recebe demonstrativos


periódicos da incorporadora para atualizar-se sobre o cronograma da obra e sua
situação fiscal – uma forma de dar mais poder e transparência para o consumidor.

Essa opção foi criada para oferecer mais segurança jurídica às partes e como
consequência de alguns problemas no Brasil, como incorporadoras que foram à
falência e não entregaram os apartamentos que já tinham vendido, causando prejuízo
e muita dor de cabeça.

Quando termina o patrimônio de afetação?

Dentro do campo do patrimônio de afetação, as obrigações da incorporadora


geralmente terminam quando se faz a averbação da construção, o registro dos títulos
de domínio ou de direito de aquisição no nome dos adquirentes (se for o caso, pode
ser do financiador). 

Ele também pode ser revogado se a incorporação for denunciada (o que acarreta na
restituição de valores aos adquirentes) ou, ainda, se a assembleia geral de
adquirentes decidir por sua liquidação. 

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