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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TEORIAS DO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

SANDRA DOS SANTOS DO NASCIMENTO

São Paulo

2018
Introdução
O enunciado desta produção textual diz: “Atualmente, um dos aspectos mais significativos na
discussão sobre o universo infantil é a identificação da criança como um sujeito que aprende
desde o nascimento. Cada educando é único, e por isso, as atividades pedagógicas na
Educação Infantil devem propiciar a formação de uma identidade própria nos aspectos que
envolvem a maneira de ser criança, sua realidade e o direito de ser cuidada e educada com
atitudes adequadas às suas necessidades fundamentais.”

Desta forma, esta produção textual tem como objetivo descrever sobre o universo infantil,
identificando a criança como um sujeito que aprende desde o momento do seu nascimento.
Outro ponto a ser enfatizado é a criança como sendo única, com suas singularidades, valores e
costumes que influenciarão no modo como esta criança aprende.

Cada criança possui uma realidade a ser trabalhada pelo docente, e este por sua vez deve
sempre planejar atividades que venham a dar sentido ao aprendizado de cada criança.

O fazer pedagógico tem que ser intencional e por isso deve ser planejado pelo docente, a fim
de despertar em cada criança, a curiosidade, a crítica, o fazer, o interagir e assim aprender.
A criança desde o seu nascimento recebe e interage a estímulos vindos dos adultos ao seu
redor, produzindo sensações e emoções. O bebê interage com o adulto através dos
movimentos.

A prática pedagógica na educação infantil exige do professor um olhar muito sensível e


apurado para que possa identificar as necessidades de cada criança, pois cada um tem sua
individualidade, sua singularidade. Por isso a necessidade de uma adequação tanto do
ambiente como da prática pedagógica a ser aplicada com cada criança da classe.

A criança ainda bebê, tem o seu comportamento baseado nas reações que os adultos ao redor
dele costumam expressar, e quando maiores, não aprendem somente com os adultos e sim
com as outras crianças da escola também. Por isso a importância da criança ser inserida na
escola, para que possa assim desenvolver o seu lado social, aprender o respeito ao outro, o
compartilhar e respeitar limites e regras. A escola e o primeiro lugar após a família, onde a
criança vai se reconhecer como sujeito social.

A comunicação entre os bebês se dá através do choro. Segundo Vigotski, o cérebro não nasce
com funções predeterminadas, ele vai se desenvolvendo através das experiências externas.
Conforme a criança vai tendo contato com o mundo exterior ela vai desenvolvendo suas
funções superiores, por isso dizemos que o bebê começa a aprender desde o seu nascimento.

Wallon, médico e filósofo, definiu dois campos do desenvolvimento psicológico: o movimento


e o conhecimento. A criança aprende com a mente, com o corpo e os sentidos. A atividade
motora tem uma ligação muito forte com a afetividade. Quando estamos tristes, temos uma
postura corporal diferente de quando estamos felizes e otimistas.

As estruturas mentais da criança vão se formando pouco a pouco desde o seu nascimento.
Frente a esta constatação, as creches não devem ser apenas como “depósito de crianças”
enquanto seus pais trabalham, e sim como um espaço educacional, onde são desenvolvidas
atividades planejadas de acordo com o perfil das crianças, visando um aprendizado
intencional, que respeite a individualidade de cada criança, com suas diferenças, valores,
costumes e conhecimentos prévios. E para haver este aprendizado intencional é necessário
haver um planejamento constante da prática docente.

Diversos teóricos defenderam a tese de que cada criança é um ser único e cada um
desenvolveu uma metodologia de ensino, mas sempre tendo a criança como o ponto central
de todo o aprendizado.

Para Froebel, o pedagogo da infância, a educação deve promover o desenvolvimento e não


apenas a aquisição de conhecimentos. Para este pedagogo, a criança é comparada a uma
planta, que precisa de um ambiente adequado para se desenvolver. A capacidade criativa da
criança deve ser constantemente estimulada.

Dewey, defendeu a educação para a transformação social. Tem como pressuposto o resgate de
experiências e conhecimentos prévios para assim dar continuidade e significado aos novos
conhecimentos a serem adquiridos pela criança.

Maria Montessori, também enfatizou o comportamento da criança no dia a dia, objetivando


torná-los indivíduos autônomos capazes de desenvolverem atividades básicas sem o auxílio
constante de um adulto. A proposta pedagógica de Montessori está baseada na observação
constante. Por outro lado, a criança em sua teoria, para aprender precisa de liberdade e
multiplicidade de escolhas.
Freinet, defensor da educação para a sociedade. Para este teórico, a educação tem como base
a pesquisa, as atividades devem partir dos interesses das crianças, respeitando o ritmo de cada
um. A sua proposta trabalha fortemente com a atuação da criança em seu próprio
aprendizado, estimulando-as a opinarem, dar sugestões, atividades de votação entre outras.
Propôs o Plano de Trabalho Semanal, onde cada criança elabora um documento
semanalmente registrando o que lhes agrada ou desagrada. Este documento é primeiramente
exposto em um mural na escola, e no final de cada semana são todos revistos e discutidos pelo
professor e alunos.

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