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CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria

A criança doente: apoio ao raciocínio clínico a


partir de casos clínicos

Professor@s:
Ananda Fernandes, Marília Flora, Márcia Pestana-Santos, Lurdes Lomba, Jorge Apóstolo

2022-2023
Raciocínio clínico
“O raciocínio clínico tem sido definido de várias maneiras, em uma
variedade de disciplinas. Pesut e Herman definiram o raciocínio clínico
como sendo “o pensamento crítico refletivo, concomitante e criativo
inserido na prática de enfermagem”.11 Outras definições incluem o
processo de aplicar o conhecimento e a experiência a uma situação
clínica para desenvolver uma solução.12 “

Fonte: https://doi.org/10.5935/978-65-5848-533-9.C0002
O que é o diagnóstico de enfermagem (DE)
• “Um DE é um julgamento clínico sobre uma resposta humana a condições
de saúde/processos da vida, ou uma suscetibilidade a tal resposta, de um
indivíduo, um cuidador, uma família, um grupo ou uma comunidade. Um
diagnóstico de enfermagem oferece a base para a escolha de intervenções
de enfermagem, para que sejam alcançados os resultados, que são de
responsabilidade do enfermeiro.”

• O enfermeiro deve sempre identificar manifestações (sinais e sintomas, ou


seja, dados objetivos e subjetivos) e fatores relacionados existentes
(etiológicos) que realmente apoiem o seu diagnóstico e, sempre que
possível, confirmá-los com o cliente.

Fonte: https://doi.org/10.5935/978-65-5848-533-9.C0002
Determinantes primários de intervenções de
enfermagem
As intervenções de
enfermagem podem
decorrer de diagnósticos
e prescrições médicas
(intervenções
interdependentes),
diagnósticos de
enfermagem
(intervenções
autónomas) ou de
normas de boa prática
Fonte: https://doi.org/10.5935/978-65-5848-533-9.C0002 organizacional.
Nota:
Os casos clínicos que se seguem servem para treinar o raciocínio clínico
necessário para levar a cabo o processo de cuidados de enfermagem.
A partir das manifestações presentes em cada caso, é possível identificar os
focos de atenção prioritários e os diagnósticos de enfermagem (DE).
Os DE apresentados e respetivas intervenções, são apenas exemplos.
Perante cada criança/família, é a avaliação da situação efetuada pelo
enfermeiro que o conduz a fazer o juízo sobre a(s) resposta(s) daquela
criança/família (DE) e a prescrever as intervenções. Depois de realizada, o
resultado das intervenções deverá de novo ser avaliado para determinar a
sua eficácia.
Caso clínico
A criança com Asma
Adolescente, sexo feminino, 12 anos, habita com a família num grande centro
urbano. Foi ao centro de saúde acompanhada pela mãe, com queixas de tosse e
dispneia. A mãe refere que às 22 horas do dia anterior a filha iniciou um quadro de
tosse seca que evoluiu para ”falta de ar” (dispneia) e "chiado” (pieira) no peito.
Realizou nebulização em casa com soro fisiológico e 1 unidose de Atrovent (Brometo
de ipratrópio), sem melhora dos sintomas.
Antecedentes: Tem rinite alérgica (tal como a mãe e a irmã mais velha (15 A). Ela
apresenta exacerbação dos sintomas nas mudanças de temperatura e em contacto
com pó, pêlo de gato e pólens. Desde os 2 anos de idade apresenta sibilância
recorrente. Não é acompanhada em consulta de especialidade e a mãe refere que
sempre que a filha faz uma crise, leva-a ao serviço de urgência.
a) Três focos prioritários
b) Três diagnósticos de enfermagem (DE) prioritários
c) As intervenções de enfermagem para cada um dos DE identificados
Caso clínico
A criança com Croup
O João, tem 5 anos, foi trazido à urgência pelos pais, que descrevem que ele foi
dormir à hora habitual, sem que apresentasse qualquer sinal ou sintoma de doença.
No entanto, passado cerca de 3 horas, acordou a queixar-se com dor de garganta e
com respiração ruidosa e rápida. Assim que chegou, sentou-se curvado para a
frente, apoiado nos antebraços(posição trípode). Mantém-se de boca aberta, com o
queixo a apontar para fora e a língua em protusão. Os pais apresentam-se muito
ansiosos e dizem que “desde que acordou, ele não deglute saliva nenhuma e parece
estar com pior aspeto a cada minuto que passa”. Foi avaliada temperatura (39,8C);
Pulso (117bpm); Respiração (42 rpm).

Face à situação apresentada, enumere:


a) Três focos prioritários
b) Três diagnósticos de enfermagem (DE) prioritários
c) As intervenções de enfermagem para cada um dos DE identificados
Caso clínico
A criança com bronquiolite por VSR
A Maria, tem 9 meses de idade, é seguida em consultas de vigilância infantil e
apresenta um desenvolvimento normal. Deu entrada no serviço de Urgência, trazida
pela mãe ao colo. À chegada apresenta: rinorreia, adejo nasal, retrações, pieira
audível, polipneia de 60cl/mt, SpO2 de 91% e visivelmente cansada. A mãe refere
que a Maria começou a ficar doente há dois dias. Inicialmente pensou que se tratava
apenas de uma constipação. No entanto, pelo agravamento do estado geral da
criança, trouxe-a à urgência. Após observação médica foi diagnosticado bronquiolite
e decidido que ficaria internada na Sala de Observação para tratamento e vigilância.

Face à situação apresentada, enumere:


a) Três focos prioritários
b) Três diagnósticos de enfermagem (DE) prioritários
c) As intervenções de enfermagem para cada um dos DE identificados
Focos do domínio Sistema Respiratório

- Ventilação (L; PE; CE; A)


- Dispneia (PE; CE; A)
- Limpeza das Vias Aéreas (L; PE; CE; A)
- Conhecimento sobre prevenção dos episódios de dispneia (CE; A; P)
- Conhecimento sobre sinais de dispneia (CE; A; P)
- Consciencialização sobre relação entre os exercícios respiratórios e a dispneia (CE; A; P)
- Capacidade para executar os exercícios respiratórios (CE; A)
- Consciencialização da relação entre tosse e limpeza da via aérea (CE; A; P)
- Conhecimento sobre prevenção de contaminação (CE; A; P)
- Capacidade para limpar secreções da via aérea (CE; A; P)
- Capacidade para executar inaloterapia (CE; A; P)
- Autoeficácia para executar inaloterapia (CE; A;P)
- Consciencialização da relação entre inaloterapia e limpeza da via aérea (CE; A;P)

Lactente (L); Criança Idade pré-escolar (PE); Criança idade escolar (CE); Adolescente (A); Pais (P)
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Ventilação comprometida
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Monitorizar frequência respiratória; - Monitorizar frequência cardíaca
Avaliar evolução da - Vigiar respiração; - Vigiar membranas mucosas
ventilação - Monitorizar saturação de oxigénio; -Vigiar sinais e sintomas de dificuldade respiratória
- Questionar a criança em idade pré-escolar sobre falta de ar
Posicionar para otimizar a - Elevar a cabeceira 30 a 45º
ventilação - Posicionar em decúbito lateral sobre o lado afetado
- Identificar dispositivo de promoção da oxigenação
- Administrar oxigénio; - Vigiar a permeabilidade da cavidade nasal
Iniciar oxigenoterapia - Limpar cavidade nasal com soro fisiológico na presença de secreções
- Vigiar utilização do dispositivo de promoção da oxigenação
- Monitorizar saturação de oxigénio
- Contatar médico responsável
Referenciar ventilação
- Descrever ventilação da criança tendo em conta os parâmetros essenciais e os sinais de
comprometida ao médico
desconforto respiratório
Referenciar saturação de - Contatar o médico responsável
oxigénio ao médico - Informar sobre valores de saturação de oxigénio
Processo de Enfermagem
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Dispneia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Monitorizar a frequência respiratória
- Vigiar a respiração
- Monitorizar a saturação de oxigénio
Avaliar evolução da dispneia
- Questionar a criança em idade pré-escolar sobre presença de esforço
respiratório
- Avaliar dispneia da criança em idade pré-escolar através de escala
- Elevar a cabeceira 30 a 45º
Posicionar para otimizar a
- Posicionar em decúbito lateral sobre o lado afetado
ventilação
- Posicionar em Fowler ou Semi-Fowler
- Executar com a criança em idade pré-escolar exercícios de respiração
Executar exercícios de controlada
controlo respiratório - Executar com a criança em idade pré-escolar posicionamentos a adotar
em situações de crise
Processo de Enfermagem
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Limpeza da via aérea comprometida
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da limpeza da - Vigiar reflexo de tosse -Vigiar caraterísticas das secreções
via aérea - Vigiar sons respiratórios. - Vigiar sinais e sintomas de dificuldade respiratória
- Selecionar sonda de aspiração adequada - Aspirar cavidade oral
- Monitorizar saturação de oxigénio. - Monitorizar frequência cardíaca
Aspirar via aérea
- Aspirar cavidade nasal (se adequado) -Vigiar caraterísticas das secreções
- Vigiar hemorragia
- Alternar posicionamento - Vigiar sinais e sintomas de dificuldade respiratória
- Elevar cabeceira da cama entre 30º a 45º, caso não se verifique contraindicações
- Monitorizar frequência cardíaca associado à alteração de posicionamento
Posicionar para facilitar a
- Monitorizar frequência respiratória associado à alteração de posicionamento
limpeza da via aérea
- Monitorizar saturação de oxigénio associado à alteração de posicionamento
- Monitorizar TA associado à alteração de posicionamento
- Incentivar a criança em idade pré-escolar à mudança do posicionamento
Executar inaloterapia - Administrar terapêutica inalatória - Posicionar a criança em Fowler ou semi Fowler
Executar técnica de tosse - Monitorizar sinais vitais antes, durante e após o procedimento
assistida - Executar com a criança em idade pré-escolar técnica de tosse assistida
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial para melhorar o conhecimento sobre episódios de dispneia


Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre o que é a dispneia
conhecimento sobre prevenção - Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre estratégias de prevenção de
de episódios de dispneia episódios de dispneia
- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre o que é a dispneia
- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais a importância de evitar
ambientes poluídos ou alergénios
Ensinar sobre prevenção de
- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre importância da adesão ao
episódios de dispneia
plano nacional de vacinação
- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre a importância da adesão à
terapêutica prescrita
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial para melhorar a consciencialização da relação entre os
exercícios respiratórios e a dispneia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre a necessidade de realizar os
exercícios respiratórios
Avaliar a evolução da
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre a relação existente
consciencialização da relação
entre a realização dos exercícios respiratórios a melhoria dos quadros de dispneia
entre os exercícios respiratórios
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre quais as estratégias
e a dispneia
que utiliza para realizar os exercícios respiratórios de forma a obter uma melhoria no
quadro da dispneia
Contratualizar com a criança em - Negociar com a criança em idade escolar/adolescente realização dos exercícios
idade escolar/adolescente respiratórios num horário que lhe seja mais oportuno
experiência indutora da - Negociar com a criança em idade escolar/adolescente a frequência de realização dos
consciencialização exercícios respiratórios, diferenciando os momentos de crise de atitudes preventivas
Analisar com a criança em idade - Analisar com a criança em idade escolar/adolescente a diminuição dos episódios de
escolar/adolescente/pais a dispneia
relação entre exercícios - Relacionar com a criança em idade escolar/adolescente a realização dos exercícios
respiratórios e a dispneia respiratório e a prevenção/diminuição da gravidade dos quadros de dispneia
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial para melhorar capacidade para executar os exercícios
respiratórios
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da capacidade - Observar a criança em idade escolar/adolescente a realizar exercícios respiratórios
para executar os exercícios
respiratórios
- Explicar a criança em idade escolar/adolescente/pais como realizar os exercícios
respiratório
Instruir exercícios respiratórios - Demonstrar à criança em idade escolar/adolescente/pais como realizar os exercícios
respiratórios
- Executar com a criança em idade escolar/adolescente os exercícios respiratórios
- Dar oportunidade à criança em idade escolar/adolescente para realizar exercícios
respiratórios
Treinar exercícios respiratórios - Incentivar a criança em idade escolar/adolescente a realizar exercícios respiratórios
- Observar a criança em idade escolar/adolescente a realizar exercícios respiratórios
- Fornecer feedback no final da realização dos exercícios respiratórios
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial para melhorar o conhecimento sobre prevenção da


contaminação
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre quais as principais
conhecimento sobre prevenção medidas de controlo da contaminação
da contaminação
Ensinar sobre prevenção da - Ensinar à criança em idade escolar/adolescente/pais sobre higienização do dispositivo
contaminação de inaloterapia
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial para melhorar a consciencialização da relação entre a tosse e
a limpeza da via aérea
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre a importância da tosse
Avaliar a evolução da eficaz
consciencialização da relação - Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre a relação existente entre a
entre a tosse e a limpeza da via tosse eficaz a manutenção da limpeza da via aérea
aérea - Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre quais as estratégias que
utiliza para realizar tossir eficazmente de forma a obter a limpeza da via aérea
Contratualizar com a - Negociar com a criança em idade escolar/adolescente realização da técnica da tosse e
criança/adolescente experiência verificação dos sinais e sintomas associadas à dificuldade respiratória
indutora da consciencialização
Analisar com a - Analisar com a criança em idade escolar/adolescente/pais a relação entre a
criança/adolescente/pais a realização da tosse eficaz e a limpeza da via aérea
relação entre a tosse e a limpeza
da via aérea
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial para melhorar capacidade para limpar secreções da via aérea
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da capacidade - Questionar a criança/adolescente sobre técnicas de tosse
para limpar secreções da via - Questionar a criança/adolescente sobre capacidade para expelir secreções
aérea
- Monitorizar os parâmetros vitais antes, durante e após a realização das técnicas da
tosse
Instruir técnica da tosse
- Ensinar a criança a realizar as técnicas expiratórias lentas
- Ensinar o adolescente a realizar técnicas expiratórias prolongadas
- Monitorizar sinais vitais antes, durante e após o procedimento
Treinar técnica da tosse
- Executar com a criança/adolescente as técnicas de reexpansão pulmonar supracitadas
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial para melhorar a capacidade para executar inaloterapia


Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre como executar a
Avaliar evolução da capacidade
inaloterapia
para executar inaloterapia
- Observar a criança em idade escolar/adolescente a realizar inaloterapia
- Explicar à criança em idade escolar/adolescente o procedimento de inaloterapia
- Explicar à criança em idade escolar/adolescente os erros mais comuns na utilização
Instruir a executar inaloterapia dos dispositivos de inaloterapia
- Demonstrar à criança em idade escolar/adolescente como executar a inaloterapia
- Executar com a criança em idade escolar/adolescente a inaloterapia
- Dar oportunidade à criança em idade escolar/adolescente para realizar a inaloterapia
- Incentivar a criança em idade escolar/adolescente a realizar a inaloterapia
Treinar a executar inaloterapia
- Observar a criança em idade escolar/adolescente a realizar a inaloterapia
- Fornecer feedback no final da realização do procedimento de inaloterapia
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial da mãe/pai para melhorar o conhecimento sobre prevenção


de episódios de dispneia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção

Avaliar evolução do conhecimento - Questionar a mãe/pai sobre o que é a dispneia


da mãe/pai sobre prevenção de - Questionar mãe/pai sobre estratégias de prevenção de episódios de dispneia
episódios de dispneia

- Ensinar a mãe/pai sobre o que é a dispneia;


- Ensinar a mãe/pai a evitar ambiente poluídos ou alergénicos
Ensinar mãe/pai sobre prevenção de
- Ensinar a mãe/pai sobre importância da adesão ao plano nacional de
crises de dispneia
vacinação
- Ensinar a mãe/pai sobre a importância da adesão à terapêutica prescrita
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial para melhorar a autoeficácia para executar inaloterapia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre sentimento de confiança quanto à
capacidade de identificar as necessidades associadas à inaloterapia
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre a sua perceção quanto à sua capacidade
Avaliar evolução da autoeficácia para responder adequadamente às necessidades identificadas relativamente à inaloterapia
para executar inaloterapia - Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre o seu sentimento de confiança na sua
capacidade para identificar situações adversas associadas à inaloterapia
- Questionar a criança em idade escolar/adolescente sobre a sua perceção quanto à sua capacidade
para responder adequadamente em caso de complicações aquando da inaloterapia
- Dar oportunidade à criança em idade escolar/adolescente para realizar a inaloterapia
- Incentivar a criança em idade escolar/adolescente a realizar a inaloterapia
Treinar a executar inaloterapia
- Observar a criança em idade escolar/adolescente a realizar a inaloterapia
- Fornecer feedback no final da realização do procedimento de inaloterapia
Analisar com a criança/adolescente - Observar a criança em idade escolar/adolescente a aspirar a via aérea
os resultados alcançados - Analisar os parâmetros como permeabilidade da via aérea
Elogiar o desempenho da - Fornecer reforço positivo e emocional durante o processo de aprendizagem, bem como na realização
criança/adolescente do procedimento de forma independente
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar capacidade para otimizar a
ventilação
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da capacidade - Observar a mãe/pai a realizar exercícios respiratórios com a criança pequena
da mãe/pai para otimizar a
ventilação
- Explicar a mãe/pai como realizar o posicionamento para promoção da ventilação
Instruir a mãe/pai a otimizar a
- Demonstrar à mãe/pai como realizar o posicionamento para promoção da
ventilação através do
ventilação
posicionamento
- Executar com a mãe/pai os posicionamentos para promoção da ventilação
- Dar oportunidade à mãe/pai para realizar exercícios respiratórios
Treinar a mãe/pai a otimizar a - Incentivar a mãe/pai a realizar exercícios respiratórios
ventilação - Observar a mãe/pai a realizar exercícios respiratórios
- Fornecer feedback no final da realização dos exercícios respiratórios
- Dar oportunidade à mãe/pai para otimizar a ventilação através do posicionamento
Treinar a mãe/pai a otimizar a
- Incentivar a mãe/pai a otimizar a ventilação através do posicionamento
ventilação através do
- Observar a mãe/pai a otimizar a ventilação através do posicionamento
posicionamento
- Fornecer feedback no final do posicionamento para otimização da ventilação
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial da mãe/pai para melhorar o conhecimento sobre prevenção


da contaminação
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Questionar a mãe/pai sobre a necessidade de implementar medidas de controlo da
Avaliar evolução do
contaminação
conhecimento da mãe/pai sobre
- Questionar a mãe/pai sobre quais as principais medidas de controlo da
prevenção da contaminação
contaminação
Ensinar a mãe/pai sobre - Ensinar à mãe/pai sobre higienização do dispositivo respiratório
prevenção da contaminação
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial da mãe/pai para melhorar a capacidade para executar


inaloterapia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da capacidade - Questionar a mãe/pai sobre como executar a inaloterapia à criança pequena
da mãe/pai para executar - Observar a mãe/pai a realizar inaloterapia à criança pequena
inaloterapia
- Explicar à mãe/pai o procedimento de inaloterapia
- Explicar à mãe/pai os erros mais comuns na utilização dos dispositivos de
Instruir mãe/pai a executar
inaloterapia
inaloterapia
- Demonstrar à mãe/pai como executar a inaloterapia
- Executar com a mãe/pai a inaloterapia
- Dar oportunidade à mãe/pai para realizar a inaloterapia
Treinar mãe/pai a executar - Incentivar a mãe/pai a realizar a inaloterapia
inaloterapia - Observar a mãe/pai a realizar a inaloterapia
- Fornecer feedback no final da realização do procedimento de inaloterapia
A criança com compromisso do sistema respiratório
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar a autoeficácia para executar inaloterapia
Intervenções de Ações que concretizam a intervenção
enfermagem
- Monitorizar autoeficácia parental através de escala validada para o contexto de prestação de cuidados
- Questionar a mãe/pai sobre sentimento de confiança quanto à capacidade de identificar as
necessidades associadas à inaloterapia
Avaliar a evolução da - Questionar a mãe/pai sobre a sua perceção quanto à sua capacidade para responder adequadamente às
autoeficácia para executar necessidades identificadas relativamente à inaloterapia
inaloterapia - Questionar a mãe/pai sobre o seu sentimento de confiança na sua capacidades para identificar
situações adversas associadas à inaloterapia
- Questionar a mãe/pai sobre a sua perceção quanto à sua capacidade para responder adequadamente em
caso de complicações aquando da inaloterapia
- Dar oportunidade à mãe/pai para realizar a inaloterapia
Treinar a mãe/pai a executar - Incentivar a mãe/pai a realizar a inaloterapia
inaloterapia - Observar a mãe/pai a realizar a inaloterapia
- Fornecer feedback no final da realização do procedimento de inaloterapia
Analisar com a mãe/pai os - Observar a mãe/pai a executar inaloterapia
resultados alcançados - Analisar permeabilidade da via aérea após a realização da inaloterapia
Elogiar o desempenho da - Fornecer reforço positivo e emocional durante o processo de aprendizagem, bem como na realização do
mãe/pai procedimento de forma independente
Processo de Enfermagem
A criança com compromisso do sistema respiratório

DE: Potencial da mãe/pai para melhorar o acesso aos dispositivos aconselhados


Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do acesso da - Questionar sobre aquisição dos dispositivos aconselhados
mãe/pai aos dispositivos - Confirmar aquisição dos dispositivos aconselhados
aconselhados
Ensinar a mãe/pai sobre acesso a Ensinar a mãe/pai sobre onde aceder aos dispositivos aconselhados
dispositivos
Providenciar os dispositivos - Avaliar qual a necessidade de dispositivos no domicílio
aconselhados - Fornecer os dispositivos necessários para garantir uma alta segura
Referenciar ao serviço social o - Contactar o serviço social
compromisso da mãe/pai no acesso a - Informar sobre quais os dispositivos aconselhados e de difícil acesso aos pais
dispositivos
Focos do domínio Termorregulação

- Hipertermia (L; PE; CE; A)


- Febre (L; PE; CE; A)
- Conhecimento sobre sinais de alteração da temperatura corporal (CE; A; P)
- Conhecimento sobre vigilância da temperatura corporal (CE; A; P)
- Conhecimento sobre controlo da temperatura corporal (CE; A; P)
- Conhecimento sobre prevenção de complicações da hipertermia (CE; A; P)
- Conhecimento sobre prevenção de complicações da febre (CE; A; P)
- Conhecimento sobre a relação entre o controlo da febre e a progressão do processo patológico
(CE; A; P)

Lactente (L); Criança Idade pré-escolar (PE); Criança idade escolar (CE); Adolescente (A);
Pais (P)
A criança com compromisso do sistema termorregulador
DE: Febre
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Identificar o local de avaliação mais adequado à criança
- Monitorizar a temperatura corporal periférica
- Vigiar coloração e temperatura das extremidades
- Monitorizar frequência cardíaca e pressão arterial
Avaliar evolução da temperatura - Vigiar sudorese;
corporal - Vigiar sensação de calor
- Vigiar cansaço
- Vigiar tontura
- Vigiar atividade convulsiva

- Questionar a sensação de sede


- Avaliar sinais de desidratação
Avaliar evolução de sinais de - Avaliar a fontanela (aplicado somente aos lactentes e toddler)
compromisso do volume de líquidos - Monitorizar débito urinário
- Avaliar a densidade urinária

Gerir hidratação - Monitorizar balanço hídrico; - Planear a ingestão hídrica; - Incentivar a ingestão hídrica

- Contactar o médico responsável


Referenciar febre ao médico - Informar médico sobre valores de temperatura corporal
A criança com compromisso do sistema termorregulador

DE: Potencial para melhorar conhecimento sobre vigilância da temperatura corporal

Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção

- Questionar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre valores da temperatura corporal


referentes à normotermia
Avaliar evolução do conhecimento
sobre vigilância da temperatura
corporal

- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre locais de avaliação da temperatura


corporal
Ensinar sobre vigilância da - Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre valores de temperatura corporal
temperatura corporal referentes à normotermia
A criança com compromisso do sistema termorregulador
DE: Potencial para melhorar conhecimento sobre controlo da temperatura corporal
Intervenções de Ações que concretizam a intervenção
enfermagem
- Questionar sobre:
estratégias para controlo da temperatura corporal
Avaliar evolução do
dosagem adequada de antipiréticos
conhecimento sobre controlo da
intervalos entre cada toma de medicamento
temperatura corporal
gestão da temperatura do ambiente

Em função dos resultados da avaliação, poderá ser necessário:

- Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre os valores da temperatura que


requerem a administração de antipirético
- Ensinar o adolescente/pais sobre a dosagem adequada de antipiréticos, tendo por base o seu
peso
Ensinar sobre controlo da - Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre intervalos entre cada toma de
temperatura corporal medicamento
- Ensinar o adolescente/pais sobre administração correta de antipiréticos
- - Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre gestão da temperatura do
ambiente
A criança com compromisso do sistema termorregulador
DE: Potencial para melhorar conhecimento sobre prevenção de complicações da febre

Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção


- Questionar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre quais as
Avaliar evolução do
complicações da febre
conhecimento sobre prevenção
de complicações da febre

Ensinar sobre ingestão de - Ensinar a criança em idade escolar/adolescente/pais sobre necessidades hídricas
líquidos diárias, correspondentes ao peso

- Ensinar criança em idade escolar/adolescentes/pais sobre importância de aumentar


Ensinar sobre relação entre febre a ingestão de líquidos
e necessidades de ingestão de - Ensinar criança em idade escolar/adolescentes/pais sobre complicações
líquidos relacionadas com a desidratação
DE: Potencial para melhorar consciencialização sobre a relação entre o controlo da
temperatura corporal e a progressão do processo infecioso
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução da - Questionar criança em idade escolar/adolescente/pais sobre valores de
consciencialização sobre a normotermia
relação entre o controlo da - Questionar criança em idade escolar/adolescente sobre relação entre o controlo da
temperatura corporal e a temperatura corporal e a progressão do processo patológico
progressão do processo
patológica
Informar sobre a relação entre Explicar à criança/adolescente/pais a ausência de relação entre o controlo da
controlo da temperatura corporal temperatura corporal e a progressão do processo infecioso
e progressão do processo
infecioso
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar conhecimento sobre vigilância da temperatura
corporal
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar a mãe/pai sobre as vias de avaliação da temperatura corporal
conhecimento da mãe/pai sobre - Questionar a mãe/pai sobre valores da temperatura corporal referentes à
vigilância da temperatura normotermia e hipertermia
corporal
- Ensinar mãe/pai sobre vias de avaliação da temperatura corporal
Ensinar mãe/pai sobre avaliação - Ensinar mãe/pai sobre as vias mais adequadas a cada faixa etária
da temperatura corporal - Ensinar mãe/pai sobre valores de temperatura corporal referentes à normotermia e
hipertermia
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar conhecimento sobre controlo da temperatura
corporal

Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção

Avaliar evolução do - Questionar mãe/pai sobre estratégias para controlo da temperatura corporal
conhecimento da mãe/pai sobre - Questionar mãe/pai sobre sinais/sintomas de hipertermia
controlo da temperatura corporal

Ensinar mãe/pai sobre controlo - Ensinar mãe/pai sobre os sinais/sintomas da hipertermia


da temperatura corporal
- Ensinar mãe/pai sobre a dosagem adequada de antipiréticos, tendo por base o peso
Ensinar mãe/pai sobre ajuste da da criança
medicação de acordo com - Ensinar mãe/pai sobre intervalos entre cada toma de medicamento
resultados da vigilância - Ensinar mãe/pai sobre administração correta de antipiréticos

- Ensinar mãe/pai sobre aplicação de compressas mornas


Ensinar mãe/pai sobre
- Ensinar mãe/pai sobre roupa e lençóis
estratégias não farmacológicas
- Ensinar mãe/pai sobre temperatura do ambiente
de controlo da temperatura
corporal
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar conhecimento sobre prevenção de complicações
da hipertermia
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar mãe/pai quais as complicações da hipertermia
conhecimento da mãe/pai sobre - Questionar mãe/pai sobre sinais/sintomas de alto risco
prevenção de complicações da
hipertermia

Ensinar mãe/pai sobre - Ensinar mãe/pai sobre a importância da ingestão hídrica


necessidade da ingestão de - Ensinar mãe/pai sobre necessidades hídricas diárias correspondentes a cada faixa
líquidos etária

- Ensinar mãe/pai sobre avaliação da atividade vs. prostração


- Ensinar mãe/pai sobre avaliação da pele
Ensinar mãe/pai sobre sinais de - Ensinar mãe/pai sobre enchimento capilar
desidratação - Ensinar mãe/pai sobre características da urina
- Ensinar mãe/pai sobre fontanelas nos lactentes e toddler

Ensinar mãe/pai sobre sinais de - Ensinar mãe/pai sobre fatores de risco de convulsão febril
alerta de convulsão - Ensinar mãe/pai sobre sinais e sintomas da convulsão
Focos do domínio Digestão

- Vomitar (L; PE; CE; A)


- Conhecimento sobre prevenção de aspiração (CE; A; P)
- Conhecimento sobre prevenção de desidratação (CE; A; P)

Lactente (L); Criança Idade pré-escolar (PE); Criança idade escolar (CE); Adolescente (A); Pais
(P)
DE: Vomitar
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
- Monitorizar número de vómitos
- Avaliar quantidade não mensurável do vómito
Avaliar evolução do vomitar
- Avaliar tipo de vómito
- Vigiar complicações associadas ao vômito
- Contactar o médico responsável
Referenciar o vomitar ao médico
- Informar médico sobre caraterísticas do vómito
Posicionar para prevenir a - Posicionar a criança pequena em decúbito lateral ou semi-fowler
aspiração
Executar cuidados de higiene - Incentivar os cuidados de higiene oral na criança com vómito
oral - Escovar os dentes
- Monitorizar balanço hídrico
Gerir hidratação - Planear a ingestão hídrica, fracionando-a
- Incentivar a ingestão hídrica
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar conhecimento sobre prevenção de aspiração
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar mãe/pai sobre estratégias para prevenir a aspiração
conhecimento da mãe/pai sobre - Questionar mãe/pai sobre importância da prevenção de aspiração
prevenção de aspiração
Ensinar mãe/pai sobre prevenção - Ensinar mãe/pai sobre posicionar a criança em decúbito lateral ou semi-fowler
da aspiração - Ensinar mãe/pai sobre complicação associada à aspiração do vómito
DE: Potencial da mãe/pai para melhorar conhecimento sobre prevenção de desidratação
Intervenções de enfermagem Ações que concretizam a intervenção
Avaliar evolução do - Questionar mãe/pai sobre estratégias para prevenir a desidratação
conhecimento da mãe/pai sobre - Questionar mãe/pai sobre sinais/sintomas da desidratação
prevenção de desidratação - Questionar mãe/pai sobre a importância da prevenção da desidratação
Ensinar mãe/pai sobre prevenção - Ensinar mãe/pai sobre sinais/sintomas da desidratação
da desidratação - Ensinar mãe/pai sobre a importância da ingestão hídrica
Posicionar para prevenir a - Posicionar a criança pequena em decúbito lateral ou semi-fowler
aspiração
Executar cuidados de higiene - Incentivar os cuidados de higiene oral na criança com vómito
oral - Escovar os dentes
- Monitorizar balanço hídrico
Gerir hidratação - Planear a ingestão hídrica, fracionando-a
- Incentivar a ingestão hídrica (definir volume a ingerir)
Caso Clínico

Lactente com 15 meses diagnosticado com LMA, após ter recorrido ao serviço de urgência com um
aspeto emagrecido, massas musculares pobres, palidez cutânea acentuada e um quadro febril
arrastado com um ou dois picos de febre por dia. Apresentava também hemorragias frequentes da
boca e vómitos espontâneos.Teve alta do internamento após 46 dias e passou para hospital de dia.
Regressa por neutropenia febril e infeção do cateter central por Staphylococcus epidermidis.
Encontra-se em isolamento. Sinais vitais: TA: 92/47 mm/Hg; FC: 130 bat/min; FR: 28 ciclos/min;
Saturação de Oxigénio: 100%; Temperatura: 36,8ºC; Dor: 0 (Escala FLACC). Alterações no exame
físico: Palidez cutânea; Cabelo fino; Equimose no local de inserção do anterior cateter central de
lúmens na jugular direita e no joelho. Possui cateter central de implante na zona infra-clavicular
esquerda. Fica acompanhado pelo pai que refere cansaço e desanimo face a esta situação.
Caso Clínico - Resolução
DE: Potencial para manter o papel parental complexo durante a hospitalização
Intervenções de Enfermagem Ações que Concretizam as intervenções
Apoiar papel parental Dar espaço e lugar à expressão de sentimentos
Assistir a mãe e/ou o pai no tomar conta Ensinar sobre cuidados de vigilância do local de inserção, febre
e/ou alterações de comportamento
Negociar o papel parental (cuidados de higiene e Permitir que o pai desempenhe funções no seu tempo, dando
alimentação) lugar à tomada de decisão. Não forçar

Promover o papel parental Incentivar a atividades lúdica e de partilha, proporcionar livros


ou atividades de interesse que permitam a expressão de
emoções
Validar com os pais informação sobre alimentação, Solicitar aos pais informação sobre a vigilância/colaboração
higiene e eliminação nos autocuidados
Reforçar ensinos sobre a importância do isolamento e Evitar contacto com outros meninos ou famílias internados
cuidados inerentes
Reforçar ensinos sobre a importância da higiene das Ensinar sobre o procedimento e momentos de higiene e
mãos e medidas de proteção individual desinfeção das mãos
Caso Clínico - Resolução
DE: Infeção na zona infra-escapular esquerda
Intervenções de Enfermagem Ações que Concretizam as intervenções
Gerir o isolamento Ensinar sobre medidas de isolamento
Utilizar Equipamentos de Proteção Individual Reforçar a importância

Manter técnica estéril em todos os procedimentos Garantir e promover o cumprimento de técnica asséptica nos
invasivos procedimento

Vigiar sinais e sintomas de infeção Vigiar, dor, rubor, edema e calor no local de inserção do cateter

Monitorizar febre Monitorizar temperatura de 4/4 horas e SOS

Restringir visitas Mantém apenas 1 acompanhamento de referência (pai)


Permitir comunicação com a família e amigos por Disponibilizar equipamentos de acesso para facilitar a
videochamada comunicação
Caso Clínico

Adolescente com 16 anos com osteossarcoma em fase terminal. Encontra-se apática, e triste. Refere
enorme cansaço e dificuldade em respirar. Mais queixosa nas mobilizações e posicionamentos.
Apresenta quadro de neutropenia.
Durante uma conversa com o médico diz-lhe que não quer fazer mais nenhum tratamento.
Disse à mãe “Estou pronta para partir”. A mãe não aceita a recusa de tratamento da filha e sente-se
desesperada, quer que a equipa mantenha todos os tratamentos e que não desista da sua filha.

1) Refletir sobre o consentimento informado e as decisões éticas em menores

Pesquisar LINK
https://www.cnecv.pt/pt/deliberacoes/recomendacoes/recomendacao-sobre-o-processo-de

2) Analisar o quadro de neutropenia e a fase da doença e identificar cuidados de enfermagem


Caso Clínico – Resolução
❖ Decreto-Lei nº 3 do artigo 38 do Código Penal “O consentimento só é eficaz se for prestado por quem tiver mais
de 16 anos e possuir o discernimento necessário para avaliar o seu sentido e alcance no momento em que o
presta”.

❖ Decreto-Lei nº 47344, artigo 130 – Efeitos de Maioridade, uma vez perfeitos os 18 anos, o individuo fica capaz de
exercer os seus direitos, ficando habilitados reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.

❖ A lei exige dois requisitos cumulativos para que um menor esteja apto a formar uma vontade sobre ser ou não
submetido a cuidados médicos, a saber:
❖ (1) ter idade igual ou superior a 16 anos
❖ (2) possuir o discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance da sua decisão.
❖ Portanto, a idade de 16 anos não constitui condição suficiente para consentir, pois tem ainda de ser
avaliada a capacidade de discernimento dos jovens, ou seja, os jovens com mais de 16 anos só poderão
consentir num ato médico se compreenderem o sentido e o alcance da sua decisão, do tratamento a
realizar, o modo como este se processa, a sua duração, as consequências/riscos, e até mesmo as
consequências de uma eventual recusa do tratamento.
Caso Clínico - Resolução
Diagnósticos possíveis (conforme as manifestações presentes):

DE: Conforto comprometido


Intervenções de Enfermagem Ações que Concretizam as intervenções
Gerir o isolamento Promover medidas de isolamento
Utilizar Equipamentos de Proteção Individual Utilização de EPI, nomeadamente touca, óculos de proteção,
máscaras FFP2, bata descartável
Vigiar sinais e sintomas de infeção Monitorizar temperatura de 4/4h

Implementar cuidados de conforto Promover conforto físico, emocional, espiritual. Promover a


presença de família e /ou amigos, sem restrição de horários.

Permitir a expressão de sentimentos Dar tempo. Ouvir. Escutar. Estar

Gerir dor Garantir o controlo sintomático


Oferecer alimentos preferidos Permitir que tragam alguns alimentos à escolha da adolescente
Caso Clínico - Resolução
Diagnósticos possíveis (conforme as manifestações presentes):

DE: Potencial para manter o papel parental complexo durante a hospitalização


Intervenções de Enfermagem Ações que Concretizam as intervenções
Apoiar papel parental Dar espaço e lugar à expressão de sentimentos
Promover apoio psicológico Incentivar apoio psicológico, religioso ou outro apoio que faça
sentido para a mãe
Negociar o papel parental Permitir que a mãe possa prestar cuidados e apoiar de acordo
com a sua capacidade emocional

Promover o papel parental Promover a presença da mãe e apoiar na tomada de decisão

Avaliar a condição de papel parental Incentivar outros elementos da família a estarem presentes (pai,
avós ou outros), não restringir visitas
Promover escuta ativa Permitir tempo e espaço para a partilha de emoções, ouvir. Dar
liberdade para a intervenção de outros profissionais de saúde
(segundas opiniões)
Caso Clínico
A Joana é uma bebé de três semanas de vida. É a primeira filha do casal. Desde o
nascimento, a criança dorme por períodos inferiores a duas horas e quando acorda,
chora continuadamente. A criança é colocada à mama e alimenta-se exclusivamente
com leite materno. Os pais estão visivelmente cansados, apresentando algum
desespero para com a situação. Já utilizaram várias estratégias para a tranquilizar,
incluindo segurar na criança ao colo, agitando-a continuadamente, por vezes, de forma
enérgica. Por sentirem que a situação se tem agravado, decidem dirigir-se ao Centro de
Saúde e solicitar intervenção da enfermeira em como gerir esta situação. À chegada, a
enfermeira observa que a criança vem no “ovo” mas sem o cinto de segurança colocado.
Os pais afirmam que “foi só enquanto saíram do carro até entrar no gabinete de
enfermagem”.
Caso Clínico
Face à situação, apresente o projeto de cuidados de enfermagem a implementar
utilizando taxonomia CIPE (estrutura apresentada em baixo):

Foco:

Diagnóstico:

Dados recolhidos (que justificam o foco e diagnóstico):

Objetivos dos cuidados:

Critérios de Resultado (Finalidade):

Intervenções de Enfermagem (e atividades que concretizam a intervenção):


Foco 1: Adaptação à parentalidade: Lidar com o choro do RN
Diagnósticos possíveis (conforme as manifestações presentes):
1 - Potencial para melhorar conhecimento sobre choro do RN
2- Potencial para melhorar capacidade para usar estratégias para lidar com o choro do RN

Objetivos
1 - Determinar a evolução do conhecimento dos pais sobre o choro do RN
2 - Determinar a evolução da capacidade dos pais para usar as estratégias para lidar com o choro
do RN

Dados [Verificar se na situação apresentada estão presentes dados sobre:]


1 - Conhecimento sobre choro do RN
1 - Conhecimento sobre desenvolvimento infantil durante o período de RN
1 - Conhecimento sobre estratégias para promover o desenvolvimento infantil no período de RN
2 - Capacidade para usar estratégias para lidar com o choro do RN
Critérios de resultado
1 - Que os pais aprendam a lidar com o choro do RN
2 - Que os pais sejam capazes de lidar com o choro do RN
DE 1 - Potencial para melhorar conhecimento sobre choro do
RN

❖ Intervenções de Enfermagem

➢ Avaliar evolução do conhecimento sobre o choro do RN

[Atividades que concretizam esta intervenção de enfermagem]:


❑Ensinar sobre choro
❑Ensinar sobre estratégias para lidar com o choro
❑Ensinar sobre temperamento
❑Ensinar sobre massagem infantil
DE 2 - Potencial para melhorar capacidade para usar
estratégias para lidar com o choro do RN

❖ Intervenções de Enfermagem

➢ Avaliar evolução da capacidade para usar estratégias para lidar com o


choro do RN
➢ Instruir a usar estratégias para lidar com o choro do RN
➢ Treinar a usar estratégias para lidar com o choro do RN
➢ Instruir a massajar a criança
➢ Treinar a massajar a criança
Foco 2: Adaptação à parentalidade: Segurança do RN
Diagnósticos possíveis (conforme as manifestações presentes):
1 - Potencial para melhorar conhecimento sobre promoção da segurança do RN
2 - Potencial para melhorar capacidade para transportar o RN em segurança

Objetivos
1 - Determinar a evolução do conhecimento dos pais sobre como transportar o RN em segurança
2 - Determinar a evolução da capacidade dos pais para transportar a criança em segurança

Dados [Verificar se na situação apresentada estão presentes dados sobre:]


1 - Conhecimento sobre promoção da segurança do RN
2 - Capacidade para transportar o RN em segurança

Critérios de resultado
1 - Que os pais consigam aprender as regras de segurança para o transporte do RN
2 - Que os pais sejam capazes de transportar o RN em segurança
DE 1 - Potencial para melhorar conhecimento sobre
promoção da segurança do RN

❖ Intervenções de Enfermagem

➢ Avaliar evolução do conhecimento sobre segurança do RN

[Atividades que concretizam esta intervenção de enfermagem]:


❑Ensinar sobre importância de transportar o RN sempre em segurança
❑Ensinar sobre como colocar o RN no “ovo” e ajustar o cinto de segurança
❑Ensinar sobre como transportar o RN em segurança no carro
❑Ensinar sobre riscos do incorreto uso dos dispositivos de segurança no transporte
do RN
DE 2 - Potencial para melhorar capacidade para transportar o
RN em segurança

❖ Intervenções de Enfermagem

➢ Avaliar evolução da capacidade para transportar o RN em


segurança
➢Instruir a transportar o RN em segurança
➢Treinar a transportar o RN em segurança
Caso clínico - Comunicação de más notícias
O Manuel, é uma criança de 11 M. Foi encaminhado ao SU, pois os pais referem que a
criança “parece ter algum problema nos olhos”. É observado pelo especialista de
oftalmologia, e submetido a uma bateria de exames, sendo confirmado o diagnóstico
médico de retinoblastoma bilateral. Na proposta de tratamento, inclui-se a necessidade
urgente de enucleação unilateral.
A mãe (Sílvia) estava só (sem outro elemento da família a acompanhar), de pé, no hall
de entrada do serviço, quando recebeu a notícia do diagnóstico e plano de tratamento
para o Manuel. Como já estava outra criança a aguardar observação, o clínico saiu
apressado, sem que a mãe pudesse esclarecer qualquer questão.

De seguida chega a enfermeira, que não presenciou esta situação, e encaminha a mãe
até junto do Manuel, que se encontra a dormir. Enquanto a enfermeira faz o acolhimento
na unidade, verifica que a mãe parece “lentificada”, “apática”. Este comportamento
prende a sua atenção.
1. Comente o caso apresentado.
2. Considere que é a enfermeira que acolheu a mãe na unidade. Como procederia?

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