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Objectivos

Monitorização
da • Conhecer os diversos parâmetros a
monitorizar seu significado clínico e
anestesia importância

• Conhecer as várias técnicas disponíveis na


monitorização da anestesia

A2

Monitorização anestésica
Monitores de anestesia vs anestesista
• Importância/ Em que consiste
• O que monitorizar? contínuo:
• Monitores são uma grande ajuda MAS:
•Profundidade
anestésica
•Funções
cardiovasculares – Nenhum monitor substitui o anestesista bem
•Funções respiratórias treinado e atento.
Em casos especiais •Temperatura
•Débito urinário (animais com problemas renais),
•Ionograma sérico (níveis de Na, Cl e K são modificados em
alterações gastrointestinais)
•Níveis da glicemia (animais diabéticos)
•Nível de relaxamento muscular (quando se usam bloqueadores
neuromusculares)

Monitores
Comuns
Menos comuns
• Respiratórios Raros
/Apneia • Monitores de
PA
• Temperatura •PA
– Doppler
• Monitores de contínua/invasi
– Oscilomét va
FC
rico
• Pulsioxímetro •EEG
• ECG •EMG
• Capnografia •CVP

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Diapositivo 3

A2 - Durante a anestesia a abilidade do paciente para cinoebsar as alteraçã CV e R esta alterada e


tamebm devido aos processos patofisiologicos da doença que tem, nao so dos farmacos anestesicos.
- A monitorz intraoperatoria do paciente optimiza a segu
Aura ; 18/02/2008
A monitorizar
1) Profundidade anestésica
2) Sistema CV
3) Sistema Respiratório
4) Temperatura
5) Casos especiais

Profundidade Anestésica Profundidade Anestésica


• 1) SCV e SR • 1) Sistemas respiratório e cardiovascular são
progressivamente deprimidos durante a anestesia
• 2) Actividade Reflexa – Os métodos de monitorização destes sistemas devem ser
continuamente empregues e não descuidados em favor de
• 3) Movimentos do globo ocular outros sinais da anestesia
• 4) Resposta ao estímulo cirúrgico
• Evolução dos sinais e estádios da anestesia
• 5) Monitorização electroencefálica • Ver aula teórica

• Dependem do fármaco utilizada


• Existem diferenças entre espécies

Monitorização da profundidade Avaliação da Profundidade


anestésica e sinais do SNC Anestésica
• Efectuar uma monitorização manual
imediatamente após a indução:
– Detecta situações graves para a vida e permite tomar
decisões rapidamente

• Conectar os outros monitores quando tudo parece


que está bem com a avaliação manual
• Nos casos críticos, devemos conectar os
monitores antes de induzir ou ter a ajuda de outra
pessoa para ir conectando os monitores

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Reflexos explorados para determinar
Monitorização Manual
a profundidade da anestesia:
• Palpebral • Posição do olho (atenção à
espécie)
• Corneal
• Pupilar
• Laríngeo
• Lacrimal
• Anal
• Podal

Monitorização Manual Monitorização Manual

• Reflexos palpebral (medial, • Movimento da orelha do gato


lateral) – Presente até perto da morte
– Movimento da cabeça significa anestesia
• Tónus da mandíbula muito superficial
– cuidado – não avaliar o tónus da
mandíbula em pequenos animais • O esfíncter anal no cavalo
com o reflexo palpebral presente
• este desaparece mais tarde e
podemos ser mordidos

Monitorização electroencefálica A monitorizar


1) Profundidade anestésica
2) Sistema CV
3) Sistema Respiratório
4) Temperatura
5) Casos especiais

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Sistema Cardiovascular

-FC
-PA
-Perfusao Periférica
-CVP

Monitorização Manual :
Frequência Cardíaca Determinação do pulso por palpação de vasos
periféricos
• Pode medir-se usando um estetoscópio ou
electrocardiógrafo • Força (reflexo do output cardíaco e
• Devem relacionar-se os valores medidos com a do volume vascular versus a
pressão arterial capacidade)
• Saber os limites para espécie!
– Menos que 50 bpm para a bradicardia (cães e gatos) Pulso na artéria lingual
– Mais que 140 bpm (cães grandes) e 180 bpm (cães
pequenos) ou 240 bpm (gatos) para a taquicardia
• Fora destes limites - proceder ao tratamento para Outros valores Hall

corrigir a situação Cão grande 55


Gato adulto 65
Cavalo 26
Bovino 50

Monitorização Manual :
Determinação do pulso por palpação de vasos Pulso - locais
periféricos
• O pulso é determinado por palpação em diferente locais
– Cão: artéria lingual e femoral
– Gato: artéria femoral,
• Frequência cardíaca e ritmo – Cavalo: artéria metatársica e facial
(resultam do balanço do tónus – Bovinos: femoral, medial e auricular
simpático e parassimpático) – Porco: femoral, medial, auricular
– A FC avaliada pelo estetoscópio ou
sentido o peito não é tão importante Avaliar - frequência e ritmo cardíaco, não mede a pressão sanguínea
como avaliar o pulso sendo apenas um indicador da pressão do pulso
• Podemos estar a perder tempo sem Dificuldades -animais muito pequenos, muito gordos e quando a
acrescentar informação pressão está baixa
Pulso na artéria metatarsiana dorsal

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Pulso Monitores de frequência cardíaca
• 1) Estetoscópio
– Comum
– Esofágico
• 2) Pulsioximetro
– Detecta alterações na transmissão da luz
através da língua que corresponde a
alterações de pulso

3) ECG Ritmo Cardíaco


• Detecta a frequência cardíaca, • A presença de ritmos anormais pode detectar-se por
arritmias… auscultação ou pela observação do electrocardiograma
(ECG)
• Alterações do traçado podem • A caracterização de uma arritmia requer a realização de um
indicar hipoxia do miocárdio ECG
– Não é consistente • Arritmias:
• Alguns têm também medição – Bradicardias ou taquicardias sinusais
directa da PA – Arritmias provocadas por focos ectópicos ventriculares, que
induzem o aparecimento de VPC, taquicardia ventricular e
– Muito bons mas caros e fibrilhação ventricular.
tecnicamente mais complicados – Contracções atriais prematuras (APC), bloqueios atrioventriculares
e bloqueios de feixe de Hiss

ECG ECG
• Problemas: • Método prático de ECG intra operatório :
– Interferência eléctrica (electro-coagulação)
– O sinal pode continuar mesmo quando o coração é – sonda esofágica com dois cabos eléctricos no
ineficiente seu interior que se conectam externamente aos
– Curva anormal mesmo quando o trabalho cardíaco é eléctrodos vermelho e amarelo do
normal
– Com as conexões electrocardiógrafo
– Movimentos, arrepios e deficientes conexões
– Não indica o output cardíaco
– Não indica a origem dos problemas cardíacos
(intrínseco / extrínseco)

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Pressão Arterial Pressão Arterial
• Pressão arterial sistólica - PAS - pressão máxima obtida no • PAS - depende do volume de ejecção e da
final da sístole
elasticidade da parede arterial
• Pressão arterial diastólica – PAD - pressão mínima obtida
no final da diástole • PAD - depende da circulação de retorno do sangue
• Pressão arterial média PAM = PAD + 1/3 (PAS - PAD) a nível dos capilares e sistema venoso e ainda do
ritmo cardíaco
• Os valores normais das pressões arteriais são: • PAM - é mais importante fisiologicamente, pois
– PAM – 80-110 mm Hg (durante a anestesia devem ser sempre
superiores a 60-70 mm Hg) representa a pressão média circulante, que
– PAD – 70-90 mm Hg determina a perfusão a nível coronário e cerebral
– PAS – 110-160 mm Hg

Pressão Arterial Monitores Pressão Arterial


• A qualidade do pulso pode ou não estar • Medição indirecta ou não invasiva
correlacionada com a PAM:
– Pulso = PAS-PAD
– PAS e PAD mt altas
– Pode aparecer um pulso débil num animal normotenso,
• Medição directa ou invasiva
se o ritmo cardíaco for rápido e o volume de ejecção for
pequeno
– Pode aparecer um bom pulso num animal hipotenso, se
a onda pulsátil for estreita (como durante a reanimação
cardio-pulmonar ou em animais com persistência do
ducto arterioso). Nestes casos, a PAM está mais
próxima da PAD

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Pressão Arterial - métodos para detectar o Doppler
fluxo sanguíneo distal ao manguito

• Método oscilométrico – baseia-se nas


oscilações da agulha de um manómetro
(aparelhos comerciais que insuflam e
esvaziam automaticamente e medem a
PAS, PAD; PAM e FC)

– Leitura manual vs automática


– Tempo entre leituras

Pressão Arterial - locais


• A pressão arterial é determinada colocando
o manguito em diferentes locais:
– braquial
– metacarpiana
– metatarsiana dorsal
– metatarsiana ventral
– cubital
– coccígea

Vantagens dos indirectos Pressão Arterial - problemas


• Necessário uma artéria suficientemente grande e
• Vantagens superficial para que as ondas de pulso possam ser
– Acordados ou anestesiados determinadas
• Manguito demasiado apertado ou laxo
– Não invasivos • Posição da extremidade
– Menos dispendiosos • Posição relativa do local de medição em relação à altura do
coração
• Desvantagens • Posição e tamanho do manguito em animais muito
pequenos
– Podem nao ser muito fiáveis • Correcta colocação do manguito por cima da artéria
– Erro técnico muito comum • Situações de vasoconstrição e pressões muito baixas.
• Não revela a verdadeira pressão intra-arterial, o contorno
da onda de pulso e o fluxo de sangue

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Pressão Arterial Invasiva
• Permite uma medição contínua e mais exacta
• Requer a cateterização de uma artéria, por punção
percutânea ou abordagem cirúrgica
• O cateter tem que ser conectado a um sistema específico de
medição, sendo o mais sensível um manómetro anaeróide
que não necessita de energia eléctrica.
• O cateter pode ser conectado a um transdutor que gera um
sinal eléctrico correspondente ao impulso mecânico
produzido pela pressão sanguínea. Este sinal é amplificado
e visualizado num ecrã onde aparecem também a PAS,
PAD, PAM, FC

Pressão Arterial Invasiva


• Indica a: • Efeito do ventilador
– A pressão intra-vascular do momento
– Pressão sistólica, diastólica e pressão média • Arritmias
– Variações no ritmo

• Problemas:
– Coagulação na cânula
– É necessário tempo para conectar o animal
– O equipamento é caro
– Não é prático para cirurgias de rotina
– Pessoal qualificado

Perfusão Periférica Tempo de Replecção Capilar


• TRC • O tempo que o sangue leva a repreencher os
• Pulso capilares após a sua compressão digital
• Produção de Urina • Deve ser menos de 2 segundos
• É determinado pelo tónus vasomotor
arteriolar

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Tempo de Replecção Capilar Pressão venosa central
• Pode estar aumentado por qualquer processo que • É a pressão interna da veia cava cranial ou do átrio
aumente o tónus simpático e a vasoconstrição direito
periférica - hipovolemia, choque hemorrágico, dor • Indica a capacidade do coração para bombear o
• O prolongamento não está relacionado com a sangue que lhe chega
hipotensão – Permite avaliar o coração direito em relação ao retorno
– uma paragem cardíaca num animal normovolémico – venoso, as perdas sanguíneas e a eficiência da
poder ter um TRC de 1 a 2 segundos fluidoterapia
– um choque hipovolémico profundo pode apresentar – Deve ser medida quando se suspeita de uma falha
uma PAM de 40-60 mm Hg e um TRC de 3 a 5 cardíaca ou quando se espera que se produza uma
segundos alteração rápida no volume sanguíneo (ex. hemorragia
• a diferença reside na vasodilatação frente à vasoconstrição intra-operatória)

Pressão venosa central


• Medida por manómetro de água
• Valores normais - entre 0 e 5 cm de H2O
• Medidas altas - entre 15-20 cm de H2O – implica
determinar a causa e corrigir

• Aumenta em situações de venoconstrição, vasoconstrição


simpática, hipervolémia ou início de falha cardíaca
• Diminui em situações de vasodilatação e de hipovolémia
• É também afectada pelas alterações da pressão intra-
pleural durante a ventilação espontânea (causa decréscimos
rítmicos).

Pressão venosa central


• A PVC é afectada por diversas variáveis -
assim antes da sua interpretação devem-se
correlacionar todas as medidas
• ex. a presença de uma PVC alta não contra-indica a
administração de fluidos quando os outros
parâmetros cardiovasculares indicam hipovolémia;
em certos casos, a PVC diminui após fluidoterapia
devido à eliminação da vasoconstrição simpática

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Perdas sanguíneas
• Anestesia  
tolerância a perdas
sanguíneas

• Saudáveis toleram
até 20% volume
sanguíneo
• Idosos, doentes,
anémicos 10%
perdas  transfusão
sanguínea

Perdas sanguíneas
– Volume sanguíneo
– Cão: 80-90 ml/kg
– Gato: 50-60 ml/kg
– Cavalo: 90-100 ml/kg

• Monitorizar:
– Pesar compresas
– Sangue no aparelho de
sucção
– Perguntar ao cirurgiao

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