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Introdução
Neste capítulo, você estudará sobre alguns aspectos gramaticais da
língua inglesa, bem como conhecerá as particularidades acerca de alguns
princípios linguísticos do inglês. Além disso, revisará informações sobre
os verbos anômalos, os tempos verbais, a construção do comparativo
e do superlativo e as vozes ativa e passiva dos verbos, ferramentas de
compreensão textual em inglês que auxiliam a leitura de diferentes gê-
neros textuais.
Verbos anômalos
Ao se familiarizarem com as estruturas básicas da língua inglesa, os aprendi-
zes precisam encontrar uma forma de sistematizar o seu novo conhecimento
sobre a língua. Essa sistematização se constrói por meio do reconhecimento
de padrões e do funcionamento de categorias específicas de cada sistema
linguístico. Portanto, para além de reconhecer o significado das palavras e
das possíveis combinações entre elas, um falante de uma língua estrangeira
deve atentar aos padrões intrínsecos a cada categoria, de modo que entender
a classificação própria dos verbos é de extrema importância.
Os verbos que não apresentam uma conjugação regular são chamados de verbos
anômalos. Anômalo (do latim anomalus, -a, -um, e do grego anômalos, -on) denota
algo irregular, fora das regras de formações gerais, assimétrico. Portanto, os verbos
anômalos não apresentam formação em diferentes conjugações de maneira regular,
respeitando, assim, princípios diferentes daqueles dos verbos regulares.
She is a teacher.
Ela é professora.
Além disso, os verbos anômalos são aplicados para formar modos verbais
que não existem originalmente flexionados em língua inglesa. Quando fun-
cionam dessa forma, são chamados de verbos modais (modal é o adjetivo
referente a mode ou mood em língua inglesa, referente a “modo”). Alguns
exemplos de verbos modais são:
Condicional:
Subjuntivo:
Tempos verbais
Existem 12 combinações verbais em língua inglesa ao total, considerando-
-se tempo, aspecto e forma verbal. Antes de se fazer uma listagem a fim de
apresentar seus usos, estruturas e exemplos, faz-se necessário diferenciar os
conceitos de tempo e aspecto verbais (tense and aspect), geralmente confun-
didos ou tomados como conceitos sinônimos.
Entende-se por aspecto verbal a noção de duração da ação expressa pelo
verbo. Existem dois aspectos verbais em língua inglesa: o progressivo ou contí-
nuo (progressive ou continuous) e o perfeito (perfect). O aspecto progressivo
expressa ações continuadas, que pressupõem uma atividade incessante, repetida
com determinada regularidade e sem interrupção. O aspecto perfeito, por
usa vez, é responsável por expressar a ligação entre dois tempos verbais. Essa
ligação pode se dar por meio de uma ação que tenha ocorrido no passado e
que tenha continuidade até o tempo presente (unindo passado e presente), ou
por meio de uma ação do presente que tenha afeitos previstos para o futuro
(unindo presente e futuro). O aspecto contínuo é marcado pela partícula –ing,
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unida aos verbos principais das orações, ao passo que o aspecto perfeito conta
com o verbo auxiliar have/has ou had, acrescido de um verbo no particípio. É
o aspecto verbal que permite aos usuários do inglês compreenderem os eventos
da língua e expressá-los de acordo com a sua percepção.
O tempo verbal, por sua vez, determina um ponto específico no tempo ou um
período determinado de tempo (CELCE-MURCIA; LARSEN-FREEMAN, 1999;
MURPHY, 2004). Em termos estritos, existem dois tempos verbais morfologica-
mente expressos nos verbos em inglês: passado e presente. Isso porque, embora
haja a ideia de futuro, que vem a ser expressa por verbos auxiliares (p. ex., o caso
do will), esse tempo verbal não é formalmente evidente nas desinências verbais
de tempo. Seguindo essa ideia, Lewis (1986) define o tempo verbal como uma
mudança morfológica expressa na forma do verbo. Assim, uma forma verbal que é
expressa através de um verbo auxiliar não se configuraria como um tempo verbal.
Para melhor compreensão de passado e presente como tempos verbais em
língua inglesa, é interessante relacionar esses tempos em termos de percepção
com relação à noção de distância — remoto e próximo. Dessa forma, deve-se
considerar três características importantes: tempo, realidade e registro. O tempo
refere-se ao momento em que uma determinada ação foi performada. Já a realidade
considera alguma relação entre o que está expresso por uma determinada oração
através de um verbo e o real referente a tal fato. Por fim, o registro diz respeito a
alguma adequação discursiva situacional expressa pelo falante através do verbo.
A Figura 1, a seguir, apresenta um esquema com exemplos sobre as noções
acerca de tempo, realidade e registro.
Simple present I love your Mercedes. Suj + verbo (+s, se for he, she, it)
+ obj
Present progressive You are standing too close to it. Suj + to be + verbo + ing + obj
Simple past I wanted a car just like it. Suj + verbo + -ed (ou verbo
irregular) + obj
Past progressive You were aiming too high. Suj + to be no passado + verbo
+ ing + obj
Simple future I will work for it. Suj + will + verbo + obj
Future progressive You will be working forever. Suj + will be + verbo + ing + obj
Present perfect You have been working. Suj + have/has been + verbo +
progressive ing
Past perfect You had been saving pennies. Suj + had been + verbo + ing
progressive + obj
Future perfect I will have saved enough. Suj + will have + obj
Future perfect You will have been saving in Suj + will have been + obj
progressive vain.
Adjetivos irregulares
Alguns adjetivos não se encaixam nas regras apresentadas e, por esse motivo,
são considerados adjetivos irregulares para a formação de comparativo e
superlativo em língua inglesa. Esses adjetivos são: good, bad, little, much,
many e far. O Quadro 3, a seguir, apresenta os comparativos e superlativos
desses adjetivos, seguidos de um exemplo para cada um deles.
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Quadro 4. Formação da voz passiva em inglês de acordo com os modos e formas verbais
BBC NEWS. Coronavirus: 'millions' of Americans could be infected, expert warns. BBC
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-canada-52086378. Acesso em: 15 jul. 2020.
CELCE-MURCIA, M.; LARSEN-FREEMAN, D. The grammar book: an ESL/EFL teacher’s
course. Boston: Heinle & Heinle, 1999.
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& Heinle, 1986.
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VAN GELDEREN, E. An introduction to the grammar of English: revised edition. Amsterdam:
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YULE, G. Explaining English Grammar. Oxford: Oxford University Press, 1998.
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