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Diferenças formais entre a linguagem oral e escrita.

A linguagem oral é direta, espontânea, guiada pelo diálogo com recursos externos:
gestos, expressões faciais, prosódia e voz, posturas que facilitam a transmissão das
ideias e emoções. A oralidade permite que a mensagem seja refeita se não bem
interpretada, isto é, apresenta constante inovação e implica em maior envolvimento com
os falantes.

Waddington e Veloso (2010), salienta que:

Para que as nossas crianças saibam falar Português, que é a língua de ensino e que é
uma língua desconhecida para a maioria delas, temos de as deixar falar, errar, tentar de
novo, até falarem bem, tal como acontece com os nossos filhos lá em casa, quando
aprendem a língua materna. Temos que começar a olhar o erro como algo positivo só
erra quem tenta e, quem tenta, está a aprender. Para isso, é preciso tempo e carinho,
tempo para os alunos falarem, carinho para se sentirem motivados a continuar a
aprender, (p. 5)
A linguagem escrita é de contacto indirecto, é mais objectiva, necessita de atenção às
normas gramaticais, clareza no diálogo, sendo mais conservadora e formal, pois não
escrevemos como falamos. Na escrita, existe maior distância e menor interferência do
interlocutor (que pode ser desconhecido), há ainda maior previsibilidade e possibilidade
de respostas, por isso exige uma elaboração cuidadosa e precisão, permitindo eliminar
ambiguidades e juízo de valor.

Portanto, podemos dizer que: a fala é contextual, situacional, implícita, não planeada,
espontânea, redundante, próxima, simultânea ou quase, pública, permite reformulação,
implica em feedback imediato, proporciona maior repetição e turnos mais frequentes
entre os interlocutores. Enquanto que a escrita é completa, formal, mais densa, distante,
privada, elaborada, não fragmentada, desencadeia possíveis reacções, segue uma ordem
lógico-semântica, é mais específica e possui ainda maior selectividade lexical.

As necessidades e técnicas a serem usadas na correção da produção escritas.

Serafini (1997), define correção de texto como “conjunto de intervenções que o


professor faz para apontar defeitos e erros de um texto” (p.107).

Primeiramente, deve-se levar em consideração a questão de desenvolver e organizar as


ideias. Prioriza-se, na produção de um texto, o conhecimento pré-existente. Esse
conhecimento é construído por meio da capacidade que temos de questionar, repensar,
refazer, reestruturar e aperfeiçoar nossas ideias.
 Necessidades a serem usadas na correção da produção escrita:

Na correção da produção escrita, deve se ter em conta os seguintes aspectos:


organização gráfica do texto; estrutura da frase; encadeamento lógico das ideias;
vocabulário adequado; ortografia e pontuação.

Portanto, importa referir que outros aspectos que o professor considerar importante para
a avaliação farão parte de fichas de registo de avaliação para cada produção escrita.

 As técnicas usadas na correção da produção escrita: Reconto (narrações de


factos tal como elas acontecem de forma objectiva, clara e objetiva); descrição
(caracterização de personagens, contexto social, tempo e espaço); Resumo
(apresentação concisa das ideias ou dos factos essenciais contidos num texto);
criação (organização de ideias próprias ou de dados informativos recolhidos ou
seleccionado).

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