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NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL

Diva Peçanha da Silva


CRN: 2003100952
Especialista em Nutrição Clínica
Mestre em Nutrição Clínica
AJUSTES FISIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO

Alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas com objetivo:


- Regular o metabolismo materno
- Promover crescimento fetal
- Preparar a mãe para o trabalho de parto e lactação

PLACENTA

É um anexo fetal (600 a 650g) altamente vascularizado


Exerce funções metabólicas, endócrinas, de trocas e proteção do concepto.
Responsável pelo transporte de O2 e nutrientes para o concepto e eliminação dos
metabólitos fetais.
Funciona como reservatório de nutrientes e energia para o embrião, pois sintetiza
hormônios e outras substâncias necessárias para seu desenvolvimento
(glicogênio, colesterol, ácidos graxos).
Membrana placentária: separa os fluxos sanguíneos maternos e fetais, por onde
ocorrem as trocas nutritivas entre mãe e feto.
TRANSFERÊNCIA DE NUTRIENTES

Difusão Transporte Pinocitose ou


Difusão simples Ultrafiltração
facilitada ativo endocitose
• do meio mais • mesmo • realizado • processo de • transporte
concentrado mecanismo da contra invaginação rápido de
para o menos difusão gradiente de da nutrientes
concentrado simples, concentração, membrana. dissolvidos na
• Ex: O2, CO2, porém a através de um • Ex: grandes água devido
vit velocidade é transportador moléculas ao gradiente
lipossolúveis, mais rápida de membrana ptn, de pressão
HCO com pela presença e com gasto lipoproteínas, hidrostática
peso de um energético. fosfolipídios e ou osmótica.
molécular < TRANSPORTA • Ex: aa, Fe, Ca, Ig Ex: água e
1.000, AG e DOR NA I, fosfato e solutos
H2O. MEMBRANA. vitaminas IgG é a única que
• Ex: hidrossolúveis atravessa a
carboidratos. .
placenta
PAPEL DOS HORMÔNIOS
Implantação hormonal
Diagnóstico e placentação
da gravidez
↓ moElidade
Impede do imunológica
rejeição TGI do embrião e
Favorece
regressãodeposição materna de gordura
do corpo lúteo
Progesterona Coriônica
Gonadotrofina ↑ Excreção
Estimula renal Na+de
a produção (efeito natriuréEco)
relaxina pelo ovário,
Humana (hCG) Interfere
peptídeono quemetabolismo
juntamentedo comácido fólico
a progesterona,
Estimula
inibe apetite materno
a contratilidade na 1ª metade
espontânea da gestação.
do útero, sendo
Relaxaútil
assim musculatura lisa do útero
pela manutenção inicial da gestação.
↓ Proteínas
Estimula séricasde
produção (edema)
progesterona pelo ovário.
Lactogênio Placentário ↑ propriedades
Ação mamotrófica, hidroscópicas
mas não está dosenvolvido
tecidos na
Humano (hPL) ou (crescimento
produção láctea. uterino)
Somatomamotrofina Afeta
↑ a função da
glicogenólise →tireóide
↑glicemia materna → associada
Coriônica Humana (hCS) àInterfere
RI. no metabolismo do ácido fólico e glicídico
Hiperpigmentação
↑ Lipólise (↑ AG livrescutânea
materno)
Estrogênio
Alterações nos tecidos conjuntivos e vascular
Hormônio do Crescimento ↓
↑ apeEte
Glicemiana 2ª metade da gestação
(hCT) Desenvolvimento
Estimula crescimentodo tecido glandular
dos ossos longosmamário,
determinando
Retenção proliferação do sistema ductal e
nitrogenada
Tireoxina associado
Regula com da
velocidade a progesterona
oxidação celularinibe(TMB)
a secreção da
Cortisona prolactina
↑ Glicemia e consequentemente,
pela proteólise tecidual a secreção de leite
Aldosterona durante
Retenção deaNa+
gestação.
e excreção de K+
Renina angiotensina Estimula a secreção de aldosterona
MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
TMB ↑ 15 a 20% (x 15% - Krause) a partir do 3º mês
Ajustes metabólicos maternos para atender demandas fetais:
menor utilização periférica de glicose (↓ 40 a 50% a partir do
3ºT), devido a ↓ na sensibilidade tecidual à insulina
Carboidratos (RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA FISIOLÓGICA).
Apesar de ocorrer hiperplasia das células β-pancretáticas, pela
ação do estrogênio e progesterona, e consequente ↑ nos
níveis de insulina, sua ação se torna pouco eficaz pela ação
dos hormônios contra-insulínicos (hPL, hCT, cortisona,
prolactina, glucagon, etc).
↑ da lipólise materna →fonte de energia materna para
conservar a glicose para uso do feto.
Lipídios ↑ dos níveis plasmáticos de AG, colesterol, fosfolipídios e TG,
além de corpos cetônicos.
Colesterol ↑ ≈ 50% e os TG podem triplicar.
Níveis séricos materno de aa são menores → transferência de
aa para síntese fetal e das estruturas maternas.
Proteínas
↓ proteínas plasmáticas, principalmente albumina, devido à
hemodiluição (estrogênio) → edema.
O FETO REQUER DE FORMA CONTÍNUA GLICOSE E AAS PARA O
SEU CRESCIMENTO, MESMO EM SITUAÇÕES DE JEJUM MATERNO
Débito cardíaco: ↑ de 30 a 40%
Aumento desproporcional (volume sanguíneo x volume globular) acarreta em
hemodiluição e por isso Hb e Ht são menores → ANEMIA FISIOLÓGICA.
Fluxo sanguíneo: fluxo renal no ↑ 1° T e ↓ no 3° T.
Fluxos sanguíneos cerebrais e hepáticos permanecem inalterados.

Retardo no fluxo urinário por obstrução mecânica dos ureteres, pela dilatação das veias
urinárias → ↑ risco infecções urinárias.
Há ↑ TFG e do fluxo renal, para facilitar a depuração de resíduos metabólicos
↑50% de excreção da glicose com capacidade de reabsorção renal mantida→
GLICOSÚRIA FISIOLÓGICA.

↑ venElação pulmonar,↑movimentação do diafragma e tórax, a fim de melhorar as


trocas gasosas entre mãe e feto
O crescimento do útero empurra o diafragma para cima, tornando a mulher mais
dispneica

1° T: náuseas, enjoo e vômitos → anorexia devido ↑ ESTROGÊNIO → perda de peso.


↓Asecreção gástrica
hipotonia dodeintesEno
ácidos → ↓delgado
incidênciatem
de úlceras e melhorade
a vantagem das↑
pré-existentes.
o tempo
estase biliar → entre
de contato ação danutrientes
PROGESTERONA sobre a contração
e mucosa absorEva,muscular
→↑(↑ 2x volumede
absorção da
vesícula biliar e ↓ na capacidade de esvaziamento).
nutrientes e água (anabolismo)
HIPOTONIA DO TGI, devido ação da PROGESTERONA + compressão das estruturas
abdominais pelo útero = constipação, hemorroidas, náuseas, pirose e RGE.
MODIFICAÇÕES PSICOLÓGICAS
Efeito depressivo no SNC e influencia no
Progesterona
comportamento introspectivo e regressivo da mulher.
Catecolaminas Papel regulador das emoções (depressão e euforia)
Podem estar associadas a fatores hormonais tais como:
Corticosteróides
Depressão, euforia, paranoia, problemas de cognição.

MODIFICAÇÕES POSTURAIS
O CENTRO DE GRAVIDADE SE ALTERA E
DESLOCA O VENTRE PARA FRENTE
TENDENDO A LORDOSE.
FATORES QUE INTERFEREM NO RESULTADO DA GESTAÇÃO
Macrossomia, SHG, DM e cesárea, problemas de
PPG excessivo
Peso Pré-Gestacional fertilidade, morte fetal, aborto, defeito cardíaco.
RN com BPN, RCIU, ↑ risco de morbimortalidade
PPG baixo neonatal, abortos, natimortos, má formações
congênitas.
Baixa estatura Desproporção céfalo-pélvica, BPN e cesárea.
Estatura
Grande estatura Tendem a ter bebês grandes.
Excessivo Macrossomia, DMG, SHG, cesárea, má formação
Ganho de Peso Gestacional
BPN, parto prematuro, ↑ morbimortalidade
Insuficiente
neonatal, infertilidade, RCIU.
Desproporção céfalo-pélvica, BPN, prematuridade,
< 19 anos
cesárea e SHG
Idade materna
Anomalias congênitas, SHG, DMG, ↑ índices de
> 35 anos
morbimortalidade neonatal, aborto, placenta prévia.
> 40 anos ↑ o risco para Sd de Down.
Intervalo entre partos < 24 meses Esgotamento das reservas de nutrientes ,BPN.
Primigestas SHG.
facilidade para depósitos de gordura, quanto >
Multiparidade
Multíparas (> 5) paridade, > ganho ponderal (2,5 kg são adicionados
ao peso corporal da mulher a cada gestação)
DM prévia à gestação ou Anomalias congênitas, SHG, infecção, parto prematuro, macrossomia
gestacional fetal, sofrimento fetal, hipoglicemia neonatal, etc
Síndromes hipertensivas da Comprometimento do fluxo sanguíneo mãe-feto, causando RCIU, BPN,
gravidez sofrimento fetal eaumentoíndices de morbimortalidade neonatal.
FATORES QUE INTERFEREM NO RESULTADO DA GESTAÇÃO

Infecções
Anemia
Trabalho físico excessivo
Condições socioeconômicas
Infecções vaginais
Medicamentos
Radiação
Efeito Ilícitas
Drogas tóxico para o feto, causando Fumantes possuem
anomalias fetais, RCIU e síndrome fetal 10% de redução na
Consumo Contaminantes
excessivo: BPN, alcoólica. Doses elevadas capacidade de
PMT, comprometem artificiais
Edulcorantes o transporte de O2 pelo transportar O2 e
malformações. cordão umbilical possui alta capacidade nutrientes
Consumo de 1 de absorção e efeito vasodilatador, (compromete 200 a
xícara de café, o atravessando com facilidade a barreira 250g o peso ao
lactente recebe placentária e encharcando o líquido nascer). Componentes
quantidades amniótico e os tecidos fetais. oxidantes da fumaça
baixas para ter Afeta o metabolismo das ptn, ácido podem comprometer:
efeito clínico. fólico, B6, niacina, tiamina, Mg e Zn. vit C, β-caroteno, B12,
B6 e folato.
ASSISTÊNCIA AO PRÉ NATAL (APN)

O principal objetivo é acolher a mulher desde o início da gestação, a fim de assegurar


o nascimento de uma criança saudável e garantir o bem estar materno e neonatal.

Calendário de Consultas

O acompanhamento deve ser iniciado o mais precoce


possível, preferencialmente após o diagnóstico de
gravidez e só se encerra após o 42° dia de puerpério.

A gestante deve receber no mínimo o número de


consultas igual ao trimestre de gravidez. Ex: 1ºT → 1
consulta; 2ºT→ 2 consultas; 3ºT→ 3 consultas

A consulta com o NUTRICIONISTA deve ocorrer em


TODAS as consultas da APN, com início concomitante ao
do pré-natal, preferencialmente até a 16ª semana.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

Avaliação Antropométrica

Deve ser feita em todas as consultas da APN.

Objetivos:
- Identificar gestantes com desvio ponderal no início da gestação
- Detectar gestantes com ganho de peso insuficiente ou excessivo para IG
- Fornecer base para elaboração de condutas adequadas, para melhorar o estado
nutricional materno, suas condições para o parto e as condições ao nascer.

Procedimentos recomendados pelo MS na 1ª consulta para avaliação do estado


nutricional da gestante:
Peso pré-gestacional (PPG) ou inicial, quando disponível,
Aferição do peso atual,
Estatura
Cálculo da idade gestacional.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO E AVALIAÇÃO COM BASE NO IMC PRÉ-GESTACIONAL:

1. Calcular IMC pré-gestacional


PESO
Peso informado (medido no máximo 2 meses antes da concepção) ou
Peso medido (antes da 14ª SG)

IDADE GESTACIONAL
Até 3 dias arredonda para semanas completas. Ex: 9 semanas e 2 dias → 9 semanas
> 3 dias considera a semana seguinte. Ex: 9 semanas e 4 dias → 10 semanas

2. Consultar pontos de corte


3. Classificar o estado nutricional inicial
Pontos de corte
Estado nutricional inicial
IMC (Kg/m2)
<18,5 Baixo Peso
18,5 - 24,9 Adequado
25-29,9 Sobrepeso
≥ 30 Obesidade
PESO PRÉ-GESTACIONAL DESCONHECIDO E AVALIAÇÃO COM BASE NO IMC GESTACIONAL:

1. Calcular o IMC gestacional


2. Utilizar o diagnóstico nutricional de acordo com os pontos de corte a seguir:
SG Baixo peso Adequado Sobrepeso Obesidade
IMC ≤ IMC entre IMC entre IMC ≥
6 19,9 20 24,9 25 30 30,1
8 20,1 20,2 25 25,1 30,1 30,2
10 20,2 20,3 25,2 25,3 30,2 30,3
11 20,3 20,4 25,3 25,4 30,3 30,4
12 20,4 20,5 25,4 25,5 30,3 30,4
13 20,6 20,7 25,6 25,7 30,4 30,5
15 20,8 20,9 25,8 25,9 30,6 30,7
16 21 21,1 25,9 26 30,7 30,8
17 21,1 21,2 26 26,1 30,8 30,9
18 21,2 21,3 26,1 26,2 30,9 31
19 21,4 21,5 26,2 26,3 30,9 31
20 21,5 21,6 26,3 26,4 31 31,1
21 21,7 21,8 26,4 26,5 31,1 31,2
22 21,8 21,9 26,6 26,7 31,2 31,3

3. Calcular o ganho de pesos gestacional semanal e total


Consultas subsequentes: utilizar um dos instrumentos:
1. Ganho de peso recomendado
2. Evolução do IMC segundo IG → traçado da curva
GESTAÇÃO GEMELAR

Ganho de peso também depende do EN pré-gestacional, podendo variar entre 13 a 27,9 Kg.

Ganho semanal e total para gestação gemelar


Ganho de peso semanal Ganho de peso
EN inicial
0-20 semanas 20-28 semanas 28 semanas ao parto Total
Baixo Peso
0,56-0,79 0,68-0,79 0,56 22,5-27,9
(<19,8)
Adequado
0,45-0,68 0,56-0,79 0,45 18-24,3
(19,8-26)
Sobrepeso
0,45-0,56 0,45-0,68 0,45 17,1-21,2
(>26-29)
Obesidade
0,34-0,45 0,34-0,56 0,34 13-17,1
(>29)
AVALIAÇÃO DIETÉTICA

Avaliação detalhada com atenção para:


Número de refeições
Composição das refeições
Grupos e quantidade de alimentos presentes
Uso de refrigerantes, bebidas alcoólicas, infusões em geral, alimentos ricos em
lipídios, doces, chocolates, produtos dietéticos, edulcorantes
Investigar tabus e hábitos alimentares
Alergias e/ou intolerância alimentar
Modificações alimentares em razão da gestação
Sinais e sintomas digestivos
Investigar picamalácia
Uso de suplementos alimentares

Inquérito dietético mais empregado: frequência de consumo alimentar semiquantitativo


AVALIAÇÃO CLÍNICA

Avaliar sinais e sintomas digestivos


Investigar presença de sinais sugestivos de carência nutricional
EN pré-gestacional ou ganho de peso adequado não assegura proteção contra carências
(anemia e deficiência de vitamina A)

Área do corpo Sinais de má nutrição Nutriente envolvido


Face Seborreia nasolabial Riboflavina
Olhos Conjuntiva pálida Ferro, folato, vit B12
Vermelhidão Vit B2, B6
Xantelasma Lipídeo
Lábios e língua Estomatite angular Vit B2, B3, B6, Fe
Língua magenta Vit B2
Disgeusia Zinco
Gengivas Escorbuto Vit C
Glândulas ↑ tireoide/paratireoide Iodo
Pele Palidez cutaneomucosa Ferro
AVALIAÇÃO FUNCIONAL

Avaliação funcional deficiência de vitamina A (DVA)

Entrevista padronizada
1. Dificuldade para enxergar durante o dia?
2. Dificuldade para enxergar com pouca luz ou à noite?
3. Tem cegueira noturna?

1.Não 2 ou 3.Sim = cegueira noturna gestacional ← Preditora de risco pois


pode associar-se a anemia,
Obs: Considerar problema ocular corrigido (óculos, lente) hipertensão, infecções
maternas, mortalidade
Avaliar consumo de alimentos fonte de vit A infantil nos 6 primeiros
meses de vida
Se necessário solicitar dosagem de retinol: <1,05μmol/L=DVA

Programa Nacional de Suplementação de vitamina A


Dose única de 200.000UI de vitamina A para puérperas no pós parto imediato
Valores de exames laboratoriais normais na gestação
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Medidas Parâmetros
Albumina 2,5g%
Recomendação do MS - avaliação dos Ácido úrico 2-5mg%
seguintes exames na APN: Creatinina 0,5-1mg%
Glicemia de jejum <85mg/dL*
Tipagem sanguínea
Ausência de anemia ≥ 11g/dL
Sorologia para sífilis (VRDL)
Hb Anemia leve ≥ 8 < 11g/dL
Teste anti-HIV Anemia grave < 8g/dL
Hematimetria (Hb e Ht) Hemoglobina glicada ≤ 8g/dL
Sorologia para hepatite B (HBsAg) 0 a 12ª semanas ≥ 33%
e toxoplasmose Ht 13 a 28ª semanas ≥ 31,5%
Glicemia de jejum 29 a 40ª semanas ≥ 33%
TTG com 75g de glicose – 2h < 140mg/dL**
TTG
Colesterol total 200-325mg/100mL
Urina tipo 1 (proteinúria, piúria,
bacteriúria, hematúria, etc) Triglicerídeos <150mg/dL
HDL >50mg/dL
Protoparasitológico
LDL <160mg/dL
Colpocitologia oncótica Uréia 10-20mg%
Plaquetas 75-320mil/mm3
Proteinúria Pré-natal
Traços + hipertensão e/ou edema Alto risco * Na primeira consulta ** Após a 20ª semana gestacional
Maciça Alto risco
CUIDADO NUTRICIONAL

Estimular:
Fracionamento da dieta, com menor volume (5-6 ref/dia; 3/3h).
Ingestão de vegetais e frutas, preferencialmente crus.
Consumo de alimentos fortificados com ferro, vit A e folato.
Consumo de preparações alimentares simples, assados, cozidos, ensopados, grelhados.
Consumo moderado de óleo nas refeições.
Preferir como tempero de saladas vinagre, limão, sal, cheiro-verde, salsa, ervas e azeite.
Ingestão hídrica, no mínimo 2L de água ao dia, evitando o horário das grandes refeições.

Desencorajar consumo de:


Fast foods e de lanches rápidos em substituição * às grandes refeições.
Alimentos gordurosos, frituras, preparações [ ] em CHO simples e calorias vazias.
Alimentos processados e industrializados que contenham conservantes.
Edulcorantes e produto diet/light que devem ser utilizados somente diabetes.
Cigarro, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas.
Náuseas e Vômitos
Evitar frituras, alimentos gordurosos e alimentos com odor forte ou desagradável.
Evitar uso de condimentos picantes e preferir os suaves, sugerido o uso de limão.
Preferir alimentos sólidos pela manhã e ricos em carboidratos.
Ingerir salgados tipo cream cracker (ou batata chips)
Ingerir líquidos nos intervalos das refeições (evitar desidratação e acidose
metabólica).
Preferir frutas com caldo.
Evitar deitar-se após as grandes refeições.
Em caso de hiperêmese: referenciar a gestante para serviço APN de alto risco.
Cheirar limões pode auxiliar no bloqueio de odores.
Outras terapias utilizadas: gomas de mascar antináuseas; pirulitos especiais; folha de
framboesa vermelha; gengibre (ácido fólico); redução do barulho; acupuntura,
hipnose; longas chuveiradas.
Tratamento com vitamina B6: 25 mg, 03x/dia

Piroze (Azia)
Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras, pastéis.
Leite deve ser incluído na alimentação. Mas não deve ser utilizado com recurso para
tamponamento gástrico, pois é estimulante de secreção gástrica.
Elevar a cabeceira da cama.
Evitar deitar-se após as grandes refeições.
Sialorreia ou Ptialismo
↑ ingestão de líquidos, especialmente em épocas de calor.
Estimular o consumo de frutas com caldo.
Orientar para deglutir a saliva.
Orientação semelhante de náuseas/vômitos.

Fraquezas e desmaios
Evitar jejum prolongado e intervalos grandes entre as refeições, visando prevenir a
hipoglicemia e a hipotensão.
Orientar para utilização normal do sal na alimentação, exceto nas condições em que
sua ingestão deve ser controlada.

Sensação de plenitude
Ajustar a alimentação conforme tolerância.
↑ Fracionamento e, em casos graves, modificar a consistência das preparações
(pastosa), principalmente no jantar e ceia.
↓ Volume das refeições e ↑ densidade energética (óleo ou açúcar).
Indicar complemento nutricional, caso o VET não seja alcançado.
Evitar deitar após as refeições.
Constipação intestinal, flatulência e hemorroidas
↑ ingestão de líquidos e fibras (frutas de modo geral, frutas laxaEvas –
mamão e ameixa, frutas com bagaço e vegetais crus).
Estimular o consumo de produtos integrais.
Estimular o consumo de farelo de trigo ou aveia (até 02 colheres de sopa/dia,
com líquidos e longe das grandes).
Observar tolerância de alimentos flatulentos: alho, batata doce, brócolis,
cebola, couve, couve-flor, ervilha, feijão, milho, ovo, rabanete, repolho, etc.
Orientar para o atendimento do reflexo retal.
Mastigar bem os alimentos, evitar falar durante as refeições.

Picamalácia
Investigar problemas emocionais ou familiares.
Esclarecer que a prática pode contribuir para ocorrência ou agravo de anemia,
interferir na absorção de nutrientes, acarretar doenças como parasitoses e
intercorrências gestacionais.

Câimbras
Aumentar a ingestão de alimentos fontes de vit K, B1 e cálcio.
Orientações gerais:
Orientar que os alimentos como macarrão, batatas e farinhas devem ser usados em
substituição ao arroz na mesma refeição ou em quantidade definida para cada preparação.
Nas grandes refeições, estimular a ingestão de alimentos ricos em vit C e desestimular o
consumo de alimentos que reduzem a absorção do ferro.
Consumir moderadamente o açúcar.
Consumo moderado de café, chá e mate. Cafeína não deve ser superior a 300 mg/dia.
Para evitar a toxoplasmose: Evitar consumo de carnes cruas; após a manipulação de carnes
cruas, evitar tocar mucosas (olhos e boca), lavar bem as mãos e se possível usar luvas para
esse procedimento; evitar o contato com gatos e suas fezes; lavar bem e sanitizar as frutas e
vegetais; lavar bem as mãos e os utensílios após entrarem em contato com os vegetais ou
carnes cruas ou mal cozidas; evitar contato direto com o solo e areia.
As carnes (suínas, bovinas e caprinas) devem ser cozidas até ser atingida a temperatura de
80ºC no centro; o leite cru e ovos devem ser submetidos a altas temperaturas de cocção.
Evitar o consumo de AG saturados, trans e colesterol.
Abordar os aspectos relacionados com a prática da amamentação e fornecer orientação
sobre técnicas de aleitamento e vantagens do leite materno.
Orientar que a ordenha durante a gestação para a retirada do pré-colostro está
contraindicada.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA GESTAÇÃO

ENERGIA
Requerimentos energéticos aumentados durante gestação.
Ganho de peso gestacional
Aumento do gasto energético associado a TMB
Nível de atividade física

Cálculo das recomendações energéticas gestante adultas:


1. Avaliar EN inicial e ganho de peso recomendado até 40ªSG
2. Calcular TMB segundo idade

TMB por idade:


18 a 30 anos→ 14,818P (kg) + 486,6
30 a 60 anos→ 8,12P (kg) + 845,6

Utilizar para cálculo da TMB:


EN pré-gestacional Peso para cálculo Onde: PA (kg)= IMC x E2 (m2)
Baixo Peso PA IMC entre 18,5 a 24,9, podendo
Adequado PA ou PPG usar a mediana 21 kg/m2
Sobrepeso PPG
Obesidade PPG
PA=peso aceitável; PPG=peso pré-gestacional
3. Calcular o gasto energético (GE), considerando o nível de atividade física (NAF)

GE=TMB x NAF

Estilo de vida NAF (média)


Sedentário ou leve 1,4-1,69 (1,53)
Moderadamente ativo 1,7-1,99 (1,76)
Moderadamente vigoroso ou vigoroso 2-2,4 (2,25)

4. Calcular o valor energético total (VET), considerando o GE acrescido do adicional


energético de gestação.
VET=GE+ adicional energético de gestacional

Trimestre Accioly (FAO, 2009)


1º 85 kcal/dia
2º 285 kcal/dia
3º 475 kcal/dia

Se não iniciar no 1ºT + adicional energético deste ao 2ºT.


Com isso a recomendação do período será de 360 Kcal/dia
(pela referência, porque a soma dos valores dá 370 kcal/dia)
CÁLCULO INDIVIDUALIZADO DAS EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS:

1. Cálculo do ganho de peso total esperado


2. Diferença entre peso esperado e peso atual
3. Peso a ser adquirido x 6.417 Kcal
4. Kcal totais para ganho de peso / nº dias até 40ªSG
5. Encontrado adicional energético individualizado, somar a GE da gestante.

OBS: 6.417Kcal são necessárias para ganho de 1Kg de peso

OUTROS PARÂMETROS
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUALDE ADICIONAL ENERGÉTICO:
DE MACRONUTRIENTES
ÁGUA: 3L/dia
CARBOIDRATO: 55-75% do VET (Accioly)Krause
Trimestre 135-175g/dia (Krause)
(DRI, 2002)
FIBRAS: > 25g/dia
1º (Accioly) 28g/dia (Krause)
-----
AÇÚCAR DE2º ADIÇÃO: < 10% do340 VETa 360 kcal/dia
PROTEÍNAS: 10 A 15%3ºdo VET + 112 kcal = 452 kcal/dia
LIPÍDIOS: 15 A 30% do VET
13g ác.linoleico (ω-6) 1,4g ác.linolênico (ω-3) (Krause)
200mg DHA/dia ou 2 a 7g/dia de PUFA (Accioly)
RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS

VITAMINA A

Deficiência:
Má formação congênita;
Defeitos no SNC;
Aborto espontâneo, reabsorção de embriões e morte fetal;
Parto prematuro;
Maior risco para infecções (sepse puerperal)
Maior risco de transmissão vertical do HIV,
Cegueira noturna, diarreia, anorexia, dor abdominal, vômitos, náuseas.
Pré-eclâmpsia e eclampsia
Orientações para Cegueira Noturna:
Prevenção 10.000 a 25.000 UI/semana
Tratamento 10.000/dia OU 25.000 UI/semana por 4 a 6 sem.

Consumo de 1 bife pequeno de fígado (1x/semana).


Estimular os alimentos fontes de vitamina A (derivados de leite integral, ovos,
folhosos verde-escuros e vegetais alaranjados; alimentos fortificados)

Recomendação da ANVISA (IDR):


Gestação 800 μcg Lactação 850 μcg
ÁCIDO FÓLICO

Demanda aumentada na gestação devido à eritropoiese materna e fetal,


crescimento placentário e para prevenção de DEFEITOS NO TUBO NEURAL (DTN)

Deficiência: Suplementação → recomendada no período


Anemia megaloblástica periconcepcional (4 sem antes da concepção até final 1° T),
período crítico de desenvolvimento do SNC
Aborto espontâneo (o tubo neural se fecha em torno de 28 dias pós concepção).
Pré-eclâmpsia Gestantes necessitam de um aumento de 200 a 300 µcg em
RCIU relação às não grávidas, dando um total de 600 µcg.
Hemorragia
DTN (anencefalia; espinha bífida; encefalocele)

Suplementação de ácido fólico:


FDA: 0,4 mg em todas as mulheres em idade fértil, através de alimentos fontes,
fortificados e suplementos medicamentosos.
MS: 5 mg/dia, no período 60 a 90 dias antes da concepção como forma preventiva,
principalmente com histórico de má formação. E na APN: diária e simultânea com
ferro (5 mg/dia para prevenção ou tratamento de anemia) a partir da 20ª SG
FERRO

As necessidades de Fe são maiores após a 20ªSG, principalmente no último


trimestre devido ao aumento da massa eritrocitária
(os requerimentos totais ↑ de 0,8 até 6 mg/dia nas úlEmas 6 sem).
Há um aumento de 10 a 50%, principalmente no 3º T gestacional.

Deficiência:
↑ Mortalidade
Tratamento da anemia materna
ferroprivae na
perinatal
gestação (MS):
BPN, PMT
AnemiaMenor
leve a tolerância
moderada a(≥hemorragias
8g/dL e < 11 g/dL)
SolicitarMaior
exame propensão à infecção
parasitológico puerperal,
de fezes e tratar por ↓ sistema imune
parasitose.
Deficit de
3 a 6 drágeas no sulfato
crescimento e desenvolvimento
ferroso/dia, pósref.
VO 1h antes das natal.

Causas
Repetirpara
exameanemia
em 60materna:
dias.
Consumo
(1) Se Hb dietético manter
estiver subindo, quali e quantitativo
tratamento até deficitário,
Hb atingir 11 g/dL, passando para
Baixas
a dose de reservas de ferro
suplementação (60 mgpré-concepcionais
Fe/dia).
Aumento
(2) Se Hb igual oudas necessidades
queda, referir aodepréFenatal
paradeformação de tecido
alto risco.
AnemiaCondição
grave (< 8socioeconômica
g/dL) Referir aoprecária,
pré-natal> de
n° parto, idade avançada.
alto risco.

Pontos de corte:
Accioly: Hb < 11g/dL e Ht < 33% (Krause < 32%).
MS: Anemia leve a moderada Hb ≥ 8 e < 11 grave Hb < 8
CÁLCIO

Deficiência:
Prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal
Altera permeabilidade da membrana e excitabilidade
Contrações uterinas prematuras
Osteomalácia materna

AS RECOMENDAÇÕES ENTRE MULHERES GRÁVIDAS E NÃO GRÁVIDAS SÃO AS MESMAS


(1000 MG PARA ADULTOS E 1300 MG PARA ADOLESCENTES).

↑ na absorção intesEnal de
Ca (de 27 para 54% a partir do
5°, 6° mês de gravidez)

PTH
↓ na reabsorção óssea de
cálcio
RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS
NUTRIENTE FUNÇÃO
Deficiência: prejudica síntese de colágeno; parto prematuro.
Os níveis plasmáticos maternos estão reduzidos de 10 a 15% devido
Vitamina C
hemodiluição. Consumo precisa ser diário, pois não há reserva desta vit. Krause:
recomendado um adicional de 10 mg/dia (5 porções de frutas/dia)
Deficiência: interfere no crescimento fetal; tetania neonatal; hipocalcemia
Vitamina D neonatal, Hipoplasia de esmalte da dentição decídua da criança; osteomalacia
materna ↓ mineralização óssea; SHG.
Gestantes tem capacidade aumentada para converter triptofano em niacina
Niacina
(60mg de triptofano=1mg de niacina)
Deficiência: depressão; sistema neuromotor comprometido.
Vitamina B6
Indicada no tratamento da HIPERÊMESE GRAVÍDICA (25 mg, 03x/dia) e náuseas
Deficiência: anemia megaloblástica; distúrbios neurológicos pelo acúmulo de
Vitamina B12 homocisteína; defeitos no SNC. Fator de risco independente para DTN (reduz
captação de ácido fólico pela células).
Iodo Deficiência: natimortos, aborto espontâneo, anormalidades congênitas
Deficiência: infertilidade, abortos, má formações congênitas, efeito teratogênico
Zinco na deficiência grave durante a gestação.
O Zn armazenado nos ossos maternos não pode ser mobilizado.
Suplementação durante a gestação associada a uma menor frequência de pré-
Magnésio
eclampsia e RCU fetal.
GESTANTE ADOLESCENTE

• Faixa etária de 10 a 19 anos.


• Fase caracterizada por aceleração nas mudanças rsicas: ↑ de 45% no crescimento e
acúmulo de 37% na sua massa óssea.
• São consideradas de alto risco devido à imaturidade biológica.
• Maior risco: adolescentes com idade ginecológica < 2 anos (intervalo de tempo entre
a menarca e a concepção) e idade cronológica ≤ 14 anos (anatômica e
fisiologicamente imaturas).

Segundo a OMS, todas as adolescentes são consideradas de alto risco, especialmente


as com idade ginecológica < 2 anos, primíparas, com baixo peso ou baixa estatura.

Ganho de peso
EN Total no 1º T (Kg) Semanal médio Total na gestação Mínimo
2º e 3º T (Kg) (Kg) (Kg/mês)

BP 2,3 0,5 12,5-18 ND


A 1,6 0,4 11,5-16 1
SP 0,9 0,3 7-11,5 ND
OB --- 0,3 7 0,5
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DA GESTANTE ADOLESCENTE

• Algumas adolescentes têm seu crescimento interrompido durante a gestação,


não atingindo seu potencial genético.

• Adolescentes que continuam a crescer durante a gestação possuem aumento


das necessidades nutricionais para suportar simultaneamente reprodução e
crescimento. No entanto, o processo de crescimento é mais lento quando se
compara com adolescentes não grávidas.

• Para a avaliação nutricional e recomendação para ganho de peso, o MS


preconiza os mesmos procedimentos para gestantes adultas, no entanto, o
acompanhamento da evolução da estatura deve ser realizado em todas as
consultas, já que se encontra em fase de crescimento.
CÁLCULO DAS RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS GESTANTE ADOLESCENTE:
1. Avaliar EN inicial e ganho de peso recomendado até 40ªSG
2. Calcular TMB segundo idade
TMB 10 a 18 anos→ 13,384P (kg) + 692,6

Utilizar para cálculo da TMB


EN pré-gestacional Peso para cálculo Onde: PD (kg)= IMC x E2 (m2)
Baixo Peso PD IMC para idade de meninas
Adequado PD ou PPG sugerido pela WHO, 2007
Sobrepeso ou Obesidade PPG
PD=peso desejável; PPG=peso pré-gestacional (http://www.who.int/growthref/).
3. Calcular o gasto energético (GE), considerando o nível de atividade física (NAF)

GE=TMB x NAF

Atividade/Idade 10-11 11-17 17-18


Leve 1,45 1,50 1,45
Moderada 1,70 1,75 1,70
Pesada 1,95 2,00 1,95

4. Calcular o valor energético total (VET), considerando o GE acrescido do adicional


energético de gestação.
VET=GE+ adicional energético de gestacional

Trimestre Accioly (FAO, 2009)


1º 85 kcal/dia
2º 285 kcal/dia
3º 475 kcal/dia

Quando o início do PN ocorre entre 2 ou 3ºT a recomendação passa a ser:


2º T → 360 Kcal/dia
3º T → 475 Kcal/dia
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DA GESTANTE ADOLESCENTE
PROTEÍNA
ANVISA 71 g/dia
≤ 15 anos 1,7 g/kg/dia
ADA
> 15 anos 1,5 g/kg/dia
FAO 15 a 19 anos 1,5 g/kg/dia

FERRO
•Hg < 12g/dL (gestantes adolescentes com menos de 20 SG): suplementação com 30
a 40 mg de Fe elementar (ainda no 1º T)

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
Esclarecer a importância do ganho de peso adequado durante a gestação
Dar ênfase a alimentos ricos em micronutrientes: leite e derivados (cálcio e ptns); carnes
em geral (Fe e ptns); vegetais folhosos e vísceras (vit A, ácido fólico); frutas, em especial as
cítricas (vit C), as quais devem estar incluídas nas grandes refeições (melhorar
biodisponibilidade de Fe).
Estimular o uso de alimentos fortificados.
Gestantes vegetarianas que não ingerem proteínas animais devem receber suplementação
de: vit B12 (2 mg/dia) e vit D (10 mg/dia ou 400 UI).
Os nutrientes cuja recomendação diária se mantém inalterada: vit D, vit K, cálcio e fósforo.
Incluir a gestante adolescente em grupos para assistência multiprofissional.
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ

HIPERTENSÃO
Fatores de Risco:Hipertensão de qualquer etiologia, com nível de PA ≥ 140/90 mmHg
ARTERIAL
Gestantespresente
obesas,antes da gravidez
de baixa estatura ou diagnosticadas até a 20ªSG
e brevelíneas
CRÔNICA
História familiar ou pessoal: história de HAS > 4 anos ou em gestação prévia e de
Hipertensão
doença renal
HIPERTENSÃO ou com(PA ≥ 140/90
história mmde
familiar Hg)
PE.SEM PROTEINÚRIA, que ocorre APÓS
20ªSG.
Portadoras
GESTACIONAL de DM Geralmente a PA volta
com proteinúria, HASaocrônica,
normal 12 sem após
nefropatia o parto (transitória).
hipertensiva.
Mulheres PAprimigestas
≥ 140/90 mmHg (↑ risco 6 a 8x) e com
+ Proteinúria idade > 40 anos
(300mg/24h).
PRÉ-
Gestantes adolescentes ≤ 16após
anos.
Geralmente ocorre a 20ªSG
ECLÂMPSIA
Gestações múlEplas
Grave= PA ≥ (↑ risco 5x).
160/110 mmHg ou mais de 5g de proteína na urina de 24h
Mulheres negras, hindus, árabes
Caracteriza-se pela presença e judias iraquianas. generalizadas não causadas
de CONVULSÕES
Baixa escolaridade, trabalham fora, tabagistas
ECLÂMPSIA por epilepsia com qualquer dos quadros hipertensivos anteriores, podendo
Gestantes do grupo
ocorrer sanguíneo
na gravidez ou AB
parto ou puerpério imediato.
Polidraminia (excesso de líquido amniótico)
SituaçõesSurge como agravamento
de hipovolemia, da PE.
associadas a altas altitudes
HEMÓLISE,
Dçs auto-imunes: DM↑ENZIMAS
1 e artrite HEPÁTICAS
reumatoide (TGO/TGP) E PLAQUETOPENIA (< 100.000
mm 3 ).
DIETA HIPOPROTEICA ou DEFICIENTE em CÁLCIO.
SÍNDROME
Sinais
Deficiência de de extrema
vitamina D gravidade: ICC, hepatomegalia dolorosa, icterícia, cianose
HELLP
e oligúria (diurese < 500mL/24h).
O aumento
Principais ponderal súbito descolamento
complicações: e excessivo durante a gestação
prematuro é considerado
de placenta, sinal
insuficiência
sugestivo
renal, coagulopatia de eSHG
grave (1 kg/semana
alterações ou 3 kg/mês).
neurológicas.
O MS recomenda que gestante com ganho de peso ≥ 0,5kg/semana, mesmo
sem aumento de PA, deve ser investigado, pois o ganho de peso pode estar
associado a edema patológico e risco de SHG.
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ
SÓDIO
Hipertensão Gestacional ou Crônica ou Pré-eclâmpsia
É um nutriente indispensável para controle de compartimento do fluido extracelular,
Tratamento ambulatorial.
Energia:
pois quando o volume ganho ponderal
extracelular estágestacional
aumentado,recomendado.
o sódio é necessário para manter a
Normossódica
concentração iônica (até 6g/dia
normal. Assim ≤ 2,4g de Na+
em gestantes com/dia)
SHG, a restrição de Na+ está
Hiperproteica (2g/kg/dia)
associada a aumento de edema.
Estágio 1 Adequada em vit (A, C e E) e minerais (*Ca: 2.000 mg, a partir do 2° T).
O tratamento doEvitar
edema associado à SHG tem como princípio básico a correção da
alimentos ricos em sódio.
hipoalbuminemia. Preferir FLV, cereais integrais, leite e derivados desnatados, quantidade
reduzida de gorduras saturadas, trans e colesterol.
CÁLCIO Preferir óleos vegetais: soja, milho, canola e girassol.
Relação inversa entre ingestão
2 a 3 porções dede Ca+2 e desenvolvimento de pré-eclâmpsila na
peixe/semana
Internação
gestação, pois baixa ingestãoé obrigatória.
desse mineral parece aumentar o hormônio PTH, o qual
Normossódica
aumenta a contração (até 6g/dia
da musculatura lisa≤2,4g de Na+ /dia)
e consequentemente a pressão arterial.
Estágio 2 Hipertensão grave persistente ou crônica: dieta hipossódica, com no máximo
2 a 3g de NaCl de adição ao dia.
ÓLEO DE PEIXE (W-3 - EPA)
Demais recomendações são iguais.
Inibe a produçãoAde tromboxano
consistência deve(vasoconstrictora)
variar de acordo come aumenta de prostaciclina
o grau da consciência materna.
(vasodilatadora).Dependendo do grau de consciência: sonda nasogástrica ou nasojejunal.
Eclâmpsia Seguir conduta da PE estágio 2.
Vitaminas (A, C, AE)conduta não está bem definida. Pode-se adotar conduta similar à indicada
Pelo poder
Síndrome antioxidante,
HELLP PE estágiocontrolam
2. a peroxidação lipídica, evitando a lesão endotelial e,
consequentemente, a ação vasoconstrictora do tromboxano.
DIABETES NA GESTAÇÃO

As gestantes com diabetes são divididas em duas categorias:


(1) DM prévia - tipos 1 ou 2 ou outros tipos específicos: defeitos na secreção de insulina,
ação desta ou ambas.
(2) DM gestacional: algum grau de intolerância à glicose com início ou reconhecimento
na gestação (após 20ªSG), podendo ou não persistir após o parto.

Fatores de Risco:
História familiar de diabetes
História de macrossomia (RN com peso > 4,0 kg)
Antecedentes obstétricos insatisfatórios
Crescimento fetal excessivo
Medida da altura uterina maior que a esperada, polidramnia
Glicosúria gestacional
Idade materna > 25 anos
Uso de corticosteróides
Obesidade central
Ganho de peso >5kg entre 18 e 25 anos
IMC > 25 kg/m²; ganho de peso excessivo durante a gestação
Baixa estatura (≤ 1,50 m)
Ganho peso ≥ 6,8 kg em intervalo ≤ 24 meses entre gestações
SHG, pré eclâmpsia ou eclampsia
Síndrome do ovário policístico ou outras
DIABETES NA GESTAÇÃO

↑ da liberação de hormônios
Uso constante de contra insulínicos
ajustes
glicose (30g/dia) pelo
fisiológicos
feto para seu
maternos ↓para 2/3 das aumento RI (↓ ~ 40 a
desenvolvimento
demandas de 70% da sensibilidade
insulina periférica)

Glicemia de
jejum 1ª consulta Sinais e sintomas clássicos: poliúria, polidipsia,
polifagia e perda de peso involuntária.

<85mg/dL ≥85mg/dL Parâmetros para diagnóstico de Regulação


Glicêmica Alterada:
- Glicemia de jejum (8-12h): 110-125mg/dL
Gligemia de jejum Rastreamento - TTOG (75g de glicose): 140-199mg/dL (após 2h)
após 20ª semana positivo
Parâmetros para diagnóstico de Diabetes Melito:
- Glicemia de jejum (8-12h): ≥ 126mg/dL
<85mg/dL ≥85mg/dL - TTOG (75g de glicose): ≥ 200mg/dL (após 2h).
- Glicemia casual (qq hora): ≥ 200mg/dL

Rastreamento Rastreamento
negativo positivo
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NO DIABETES NA GESTAÇÃO

ENERGIA Ganho de peso adequado.


45-65% VET - Mínimo 175g (Accioly);
CARBOIDRATOS
Fibras: 20-35g/dia ou 14g/1000 kcal/dia.
15 a 20% VET (Accioly)
PROTEÍNA
Adicional 10g ou ingestão total de 71g/dia
20-35% VET; < 7% VET de saturadas; < 200 mg/dia de colesterol
LIPÍDIOS (Accioly).
2 a 3 pç de peixe/ semana (ω-3). Desestimular consumo de AG trans
Adequada em K+ , Mg, Zn e Cr (deficiência → hiperglicemia).
VITAMINAS E Estimular ingestão de antioxidantes (vit C, E, Se, β-caroteno),
MINERAIS Vitamina A: parece haver diminuição da conversão da pró vitamina A
em sua forma ativa em portadores de DM tipo 1.
5 a 6 ref/dia prevenir hiper/hipoglicemia
FRACIONAMENTO
Consumo da ceia para prevenir cetose acelerada durante a noite.
Poder adoçante maior que a sacarose; 80 a 90% é absorvida no intestino. Não
exige insulina para o seu metabolismo.
Frutose (Natural)
Desvantagens: ↑ TG’; sintomas no TGI (> 20g): diarreia osmókca.
EDULCORANTES ADA NÃO recomenda seu uso na forma de edulcorante.
Considerado seguro pela ADA. É absorvido mais lentamente que a glicose e a
frutose (1 a 8h). Não dependente de insulina.
•Os permitidos
Sorbitol pela ADA são: aspartame, acessulfame K, sacarina, sucralose, e
(Natural)
Desvantagens: dose > 30g pode provocar efeito diurético e > 10g distúrbios TGI;
neotame, sendo indicados SOMENTE
↑ excreção nos casos
de minerais derisco
(Ca, ↑ diabetes,
livase além
renal).dos álcoois açúcares
disponíveis no Brasil –Poder
sorbitol, manitol,
adoçante: 100 xilitol
a 300xemaior
amido quehidrolisado.
a sacarose. Sabor doce retardado e
Esteviosídeo (Natural) demorado com característica de alcaçuz ou mentol.
•Valor calórico do Aspartame: 4Kcal/g;
É hidrolisado para osácido
no intestino: demais o valor
aspártico, é 0.
fenilalanina e metanol.
Aspartame (Artificial) Não existem evidências que atravesse a placenta e nem do seu suposto efeito
neurológico. Não devem ser usados por fenilcetonúricos.
Sabor residual, amargo e metálico.
Sacarina (Artificial)
Uso restrito, por ser permeável à placenta e pouco excretado pelo feto.
Edulcorante Ingestão máxima
Uso proibido pelo FDA. Efeito carcinogênico, teratogênico (lesões oculares),
Ciclamato (Artificial) diária (mg/kg)
transplacentário, ↑ reabsorção fetal, ↓ peso embriões, ↓ferElidade
Não é aprovada pela FDA Acessulfame-K
Obtido a partir 15 parte eliminada
da sacarose. É pouco absorvida, sendo a maior
devido à falta de dadosnas fezes. E aAspartame 40
pequena parcela absorvida é rapidamente eliminada na urina.
Sucralose (Artificial) Esteviosídeo
sobre a sua segurançaPoder
em de adoçante: 400 a 800 x (Krause: 600x) maior que5,5
a sacarose. Não
humanos, mas é liberado Neotame
apresenta sabor residual metálico ou amargo. 2
Acessulfame
no Brasil.K Rapidamente absorvido,Sucralose
Sacarina; mas não metabolizado, sendo 99% 5 eliminado
(Artificial) inalterado em 24h na urina. Não afeta níveis glicêmicos e lipídicos.
Derivado da fenilalanina e ácido aspártico. Poder adoçante: 7.000 a 13.000 x à
sacarose. Parcialmente absorvido no delgado, rapidamente metabolizado e
Neotame (Artificial)
excretado nas fezes e urina. Pode ser utilizado por fenilcetonúricos (< 20% da
fenilalanina é liberada no plasma).
NUTRIÇÃO NA NUTRIZ

• A gestação e lactação constituem dois períodos críticos, onde há maior exposição a


fatores de risco para obesidade.
• A perda de peso após o parto é geralmente maior nos primeiros 3 meses e naquelas
que amamentam ao seio exclusivamente.
• As consultas devem ser aos 15, 30 e 90 dias pós parto.
Recomendação sobre a perda de peso após o parto diferenciada
de acordo com o estado nutricional da nutriz:
Perda de peso
IMC Meta
recomendada
Baixo Peso
Alcance de IMC de eutrofia -------
< 18,5
Adequado Manutenção do peso dentro
0,8 Kg/mês
≥ 18,5 e < 25 da faixa de eutrofia
Sobrepeso Perda de peso até atingir IMC 0,5 a 1 kg/mês
≥ 25 e < 30 dentro da faixa de eutrofia
Obesidade Perda de peso até atingir IMC 0,5 a 2 kg/mês
≥ 30 dentro da faixa de eutrofia
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA NUTRIZ

ENERGIA

• Evitar consumo inferior de 1.800 kcal/dia (Accioly) / 1500 kcal/dia (Krause), a fim de
prevenir deficiências nutricionais e diminuição na produção do leite.

CÁLCULO EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS DE NUTRIZES

1. Avaliar EN da nutriz TMB 10 a 18 anos→ 13,384P (kg) + 692,6


2. Calcular TMB segundo idade 18 a 30 anos→ 14,818P (kg) + 486,6
30 a 60 anos→ 8,12P (kg) + 845,6

3. Calcular o gasto energético (GE), considerando o nível de atividade física (NAF)


GE=TMB x NAF

NAF/Idade 10-11 11-17 17-18 Adulta


Considerar a energia necessária para o
Leve 1,45 1,50 1,45 1,4-1,69 (1,53)
crescimento da adolescente multiplicando o
Moderada 1,70 1,75 1,70 1,7-1,99 (1,76)
GE por 1,01
Pesada 1,95 2,00 1,95 2-2,4 (2,25)
4. Calcular o valor energético total (VET), considerando o GE acrescido do adicional
energético para lactação menos a energia necessária para perda de peso.

VET = TMB x FA + adicional energético p/ lactação – energia para perda de peso


RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA NUTRIZ

Variação de acordo com o semestre de lactação:


1° semestre: 330 kcal maior que a RDA de mulheres não grávidas
2° semestre: 400 kcal maior que a RDA de mulheres não grávidas
OBS: mulheres com SB ou OB podem não precisar de adicional.
(Krause)

ORIENTAÇÕES
DISTRIBUIÇÃO GERAIS DE MACRONUTRIENTES
PERCENTUAL

O baixo3,8L/dia,
LÍQUIDOS: consumoonde
de leite
3,1Lede
derivados deve ser
água e outras compensado por outras fontes
bebidas
de cálcio. 210 g/dia
CARBOIDRATO:
Mulheres
LIPÍDIOS: 20 avegetarianas
35% VET devem receber suplementação de vit B12.
Consumir
Sendocafeína moderadamente,
W-6 (13g/dia) até 02 xícaras/dia.
e W-3 (1,3g/dia)
Não há evidência que indiquem restrição de alimentos da dieta materna para
prevenção de alergias alimentares no lactente.
PROTEÍNA
Desencorajar tabagismo (reduz produção do leite). Semestre OMS, 2007 NRC/RDA
Não 1,1
Accioly: há evidências que o consumo
g/kg Peso desejável de álcool melhora1º
+ adicional: o desempenho
19g/dia da 15g/dia
lactação. Seu consumo deve ser inferior a 0,5g/kg peso 2º da nutriz.
12,5g/dia 12g/dia
Krause: DRI: 71g/dia.
RDA sugere adicional de 25g/dia.
ALEITAMENTO MATERNO PSICOLÓGICAS

O Ministério da Saúde (MS) recomenda o


aleitamento materno EXCLUSIVO até os 6 TÉCNICAS
meses, devendo mantê-lo associado aos
alimentos complementares até os 2 anos de VANTAGENS DO
idade (Guia < 2 anos e Accioly, Weffort) x ALEITAMENTO ECONÔMICAS
até 1 ano (Krause). MATERNO

A oferta de chás, sucos e água é CONTRA MATERNAS


INDICADA

FISIOLOGIA MAMÁRIA FISIOLÓGICAS

MAMOGÊNESE • Desenvolvimento da glândula mamária

• Inicio da lactação
• Lactogênese I: A partir do 2º T de gestação
LACTOGÊNESE • Lactogênese II: Tem início cerca de 60h após
o parto devido à expulsão da placenta, que
acarreta ↓ progesterona e ↑prolactina
LACTOPOESE • Período de manutenção da lactação.
(GALACTOPOIESE) • PROLACTINA e OCITOCINA.
HORMONIOS PROLACTINA OCITOCINA
PRODUÇÃO do leite EJEÇÃO do leite
Inibe LH e FSH Involução uterina
Função
LH luteinizante Previne hemorragia pós parto
FSH folículo estimulante
Sucção, estímulo mamário, psicogênicos, Sucção, estímulos visuais,
Fatores estresse, anestesia, exercícios, cirurgia, relações olfativos, auditivos, táteis e de
estimulantes sexuais condicionamento.

Progesterona: principal inibidor da prolactina. Adrenalina inibe a ação da


Durante a gestação a ação da prolactina é ocitocina na célula mioepitelial, e
Fatores
inibida pelos altos níveis de estrogênio. a liberação de noradrenalina age
inibitórios
Fator Inibidor da prolactina (PIF) no eixo hipotálamo hipofisário,
Feedback Inhibitor of Lactation (FIL) inibindo a síntese de ocitocina.
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Colostro
Constituinte Leite maduro Leite de vaca
(1-5dias)
Energia (Kcal) 58 70* 67,8
Lactose (g) 5,3 7,3 4,9
Proteína total (g) 2,3 0,9 3,5
Caseína (%) 10 40 82
Proteína do soro (%) 90 60 18
a-lactoalbumina (mg) 218 161 --
Gordura total (g) 2,9 4,2 3,8
Ferro (μg) 0,45 0,4 0,05
Adaptada de Accioly *Krause: 67 Kcal/100ml

Celulares Humorais
• Linfócitos T • Imunoglobulinas
• Linfócitos B • Lactoferrina
• Macrófagos • Fator bífidus
• Leucócitos polimorfonucleares • Fator antiestafilocócico
• Lactoperoxidase
• Complemento C3 e C4
• Interferon
• Lisozima
• Proteína fixadora de B12
CONSIDERAÇÕES SOBRE O LEITE MATERNO

• A IgA secretória é a Ig em maior concentração no leite materno (90%).

• LH contém cerca de 3000 vezes a concentração de lisozima encontrada no LV.

• A composição é INDEPENDENTE do estado nutricional da mãe, com EXCEÇÃO das


VITAMINAS (Vit D e K – Krause) e alguns MINERAIS (selênio e iodo), os quais estão
diretamente relacionados com a ingestão diária materna.

• Na subnutrição grave, há redução do volume de leite produzido, porém não há alteração


dos macronutrientes.

• As vit B1, B2, B6, B12, vit A e iodo, podem ter redução de até 50%, se houver baixo
consumo e/ou reserva materna.

• Aumentar o consumo materno para quantidade acima das recomendações não resulta
em aumento dos níveis de nutrientes no leite, exceto para vitamina B6, D, I e Se.

• A caseína do LH ajuda a proteger contra infecções intestinais, impedindo a aderência de


bactérias na mucosa do intestino.

• A principal constituinte das ptns é a α-lactoalbumina (60%)


No LV há predominância de β-lactoglobulina (ou β-lactoalbumina), Principal
responsável pela intolerância da criança ao leite e está ausente no LH.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O LEITE MATERNO

• A lactose é o principal carboidrato no LM, mas contém pequenas


CARBOIDRATOS
quantidades de outros oligossacarídeos.

• Os TG representam 98% dos lipídeos totais


LIPÍDIOS • Possui ácido linoléico em % superior existente no LV
• presença de LIPASE NO PRÓPRIO LEITE

• Grande quantidade de AA livres, sendo a taurina (transporta Zn e


serve como neurotransmissor excitatório cerebelar) e a glutamina
PROTEÍNAS encontradas em concentrações elevadas.
• 60% PROTEÍNAS DO SORO e 40% de CASEÍNA.

• Menores quantidades no LH, mas estão mais biodisponíveis.


MINERAIS • Se e I, são influenciadas pela ingestão materna
• Relação cálcio/fósforo é de 2:1 - Facilita a absorção Ca no TGI

• O conteúdo dependente da ingestão materna e de seus estoques.


VITAMINAS • O LH fornece todas as vitaminas que o lactente a termo precisa,
EXCETO, A VITAMINA D E K
COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NA AMAMENTAÇÃO

Ingurgitamento mamário
Congestão e ↑ da vascularização; acúmulo de leite, edema, devido
congestão e obstrução dos vasos linfáticos

Fissuras e Trauma Mamilar


Relacionadas com técnica incorreta de amamentação e preparo
inadequado dos mamilos

Mastite
Processo inflamatório. Pode ou não evoluir p/ infecção bacteriana.

Hipogalactia
Produção insuficiente de leite.

Galactocele
Formação cística que ocorre nos ductos mamários que contém fluido
leitoso, o qual tardiamente pode torna-se viscosa.
RELACTAÇÃO

LACTAÇÃO ADOTIVA
CONDIÇÕES MATERNAS QUE CONTRAINDICAM O ALEITAMENTO MATERNO
HIV
Infecciosas
Vírus lindotrófico humano de células T (HTLV 1 e 2)
Citomegalovírus (CMV)
Infecciosas que
Vírus do herpes simples ou herpes zoster
contraindicam
Hanseníase
temporariamente
Tripanossoma cruzi (doença de Chagas)
Mães quimioterapia ou radioterapia
Não infecciosas Exposição ocupacional metais pesados (chumbo, mercúrio)
Uso de medicamentos

Planta medicinal
Cosméticos Potencialmente perigosas
DROGAS
Escovas NO LEITE MATERNO
progressivas Cohosh preto
Tinturas de cabelo Funcho
Compostos radioativos; antineoplásicos eSálvia
Toxina botulínica imunossupressores;
Amiodarona; Fenindiona; aspirina, atenolol, bromocriptina, lítio,
Implantes de silicone Contra-indicadas
fenobarbital, primidona, sulfassalazina, fluoxetina,
Piercing mamilares e tatuagens
anfetaminaciclosporina, cocaína, heroínaBorage
e maconha.
aerolomamilares Kombucha
Tatuagens tipo henna, Cohosh azul
Confrei
Kava-Kava
SITUAÇÕES COMUNS NA PUERICULTURA (GUIA < 2 ANOS)

CÓLICAS DO LACTENTE

Em caso de técnica de amamentação inadequada, corrigir a pega.


A ingestão do leite posterior faz com que o bebê receba menos lactose e melhora os
sintomas das cólicas.
Não oferecer chás e mel quando a criança apresenta cólicas. O oferecimento do chá
provoca aerofagia agravando as cólicas.
Evitar durante a amamentação o consumo EXCESSIVO, pois podem provocar cólicas
no bebê: Chocolate, café refrigerante, leite, queijo e iogurte, ovo, chá preto ou mate.

LACTENTE
LACTENTE COM
COM EXCESSO
GANHO DEDEPESO
GANHO DE PESO
INSUFICIENTE

Se a criança
Retirar estiverarecebendo
totalmente só leite
oferta de chá materno,
e água para o não
bebêintervir de forma alguma;
e, principalmente, leites
manter o aleitamento materno exclusivo até a criança completar 6 meses de idade.
complementares.
Se a criança estiver
Esvaziamento recebendo
total de outro leite que não o materno, orientar para a
cada mama.
suspensão dessa prática.
Mãe deve aumentar Não sendo
a ingestão possível,
de líquidos corrigir
(água a diluição.
no mínimo Nesse
1 litro; caso,
sucos e a oferta
de água
chás sãoécomplementares).
obrigatória.
Agendar retorno em duas semanas para investigar o ganho de peso da criança.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR INÍCIO DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR
Alimentação complementar apropriada é:
Oportuna Deve ser iniciada em torno de 6 meses.
Adequada Mesmo recebendo outros alimentos, a
Segura criança deve continuar a receber o LM até
Oferecida de forma adequada os 2 anos de idade

NECESSIDADES NUTRICIONAIS

Energia
Lactentes
provenienteRequerimento
do LM e quantidade
de energia
necessária
(Kcal/Kg/dia)
de alimentos
Idade (meses) Meninos
Energia (kcal) Meninas
0-1 Proveniente113 Necessária
107 para
Idade
1-2 do leite materno
104 alimentação101complementar
(meses)
2-3
Consumo de leite materno
95 Consumo de94 leite materno
3-4
Baixo Médio 82Alto Baixo 84
Médio Alto
0-2 4-5
279 437 81595 123 83 0 0
3-5 5-6
314 474 81634 236 82 76 0
6-8 6-9
217 413 79609 465 78269 73
9-11 9-11157 379 80601 673 79451 229
12-23 11-12
90 346 81602 1002 79746 490
RECOMENDAÇÕES PROTÉICAS
Idade (anos) g/Kg/dia
0,5 1,31
Accioly 1 1,14
1,5 1,03
2 0,97
Idade g/dia
Krause Nascimento aos 6 meses 9,1
De 6 meses a 1 ano 11
As necessidades por kg de peso e de AAE são maiores quando comparadas a adultos e
crianças mais velhas, decorrente do rápido crescimento neste período.
A HISTIDINA é essencial para bebês, mas não para adultos
A RDA para crianças de 7 a 12 meses é de 1,5g/kg/dia.
Fornecer ptns AVB na concentração adequada, que deve ser de 0,7 g/100kcal

RECOMENDAÇÕES LIPÍDIOS
Idade % do VET
Accioly 7–12 m 35%
1-3 a 32%
0- 6 m 6 m -1 a
Gordura total 31 30
Krause
ω6 – Linoléico 4,4 4,6
ω3 – Linolênico 0,5 0,5
Lactentes com menos de 1 ano: mínimo de 30g/dia.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MACRONUTRIENTES (1-3anos)

CARBOIDRATO: 45-65% (30 a 60%- Krause)


0-6m → 60g (Krause)
6m a 1a → 95g (Krause)
FIBRAS: 19 g/dia
PROTEÍNAS: 5 – 20%
LIPÍDIOS: 30-40%
(IOM,2005)

ÁGUA (Krause):
RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS
Suplementação profilática de ferro medicamentoso para lactentes na dose diária de
Ferro
12,5 mg, a partir do 6 mês
Zinco O LM e as FI fornecem Zn adequado (0,3- 0,5mg/kg de peso corpóreo) para o 1º ano
de vida, embora ele seja mais bem absorvido no LM.
LV: 400-800 mg/dia
Cálcio LH: Até 6 meses → 210 mg/dia
7 a 12 meses→ 270 mg/dia
A sua suplementação se justifica apenas em regiões de alta prevalência de
Vitamina A
hipovitaminose A, caso contrário, a alimentação adequada supre as necessidades.
Suplementação de vit D em 200 UI para os lactentes amamentados ao seio e aqueles
Vitamina D lactentes que consomem < 500 mL de fórmula fortificada.
Exposição à luz solar: 30min/sem ou 2h/sem Ingestão recomendada: 400 UI/dia.
A suplementação deve ser feita logo após o nascimento para prevenir a DOENÇA
HEMORRÁGICA DO RECÉM NASCIDO - DHRN (Vitolo e Krause).
Vitamina K As FI possuem 20x mais vit K do que o LM
Todos os bebês devem receber como profilaxia a dose de 0,5 a 1mg de vit K
intramuscular após o nascimento.
Riscos associados à alimentação complementar (Accioly):

Diarreia: o lactente deixa de receber uma alimentação nutricional e microbiologicamente


segura para receber uma alimentação que pode estar contaminada.

Alergias: associado ao curto período de aleitamento e introdução precoce de alimentos


complementares com potencial alergênico.

METEMOGLOBINEMIA: O consumo excessivo de nitrato presente em água e alimentos,


pode se converter em nitrito e oxidar o ferro da hemoglobina, transformando-a em
metemoglobina. Manifestações clínicas: cianose ,irritabilidade e taquipnéia.

Pode ocorrer quando a alimentação complementar for iniciada antes dos 3 meses.
Alimentos com maior teor de nitrato não devem ser consumidos por < de 3 meses
BETERRABA, CENOURA, ESPINAFRE, FEIJÃO VERDE e EMBUTIDOS
ALIMENTOS COM RISCO DE ENGASGO: Evitar uva inteira,
CONTRA INDICAÇÕES pipoca, peixe com espinhas, bala dura, embutidos.

ACHOCOLATADO:
LEITE DE VACA NO 1º ANO DE VIDA:
O chocolate
CAFÉ,
Anemia CHÁ E contém ácido oxálico
REFRIGERANTES:
ferropriva, alergias que pode
alimentares combinar
, interferência
com o Ca+2dedo leite formando oxalato de cálcio,
Irritar mucosasucção
no reflexo gástricadodabebê, distúrbios
criança.
reduzindo sua absorção.
hidroeletrolíticos, futura aOaterosclerose,
uso do cacau em alimentos
obesidade, dor
só é permitido
abdominal para MAIORES DE 9 MESES DE IDADE.
e catarata.

SUCOS:
MORANGO
MEL E XAROPEE TOMATE:
DE MILHO PARA CRIANÇAS < 1 ANO :
Evitar consumo excessivo (> 240 ml/dia), pode interferir
Alta
Riscoconcentração de agrotóxicos.
de contaminação por C.botulinum
no consumo de alimentos.

ALIMENTOS POTENCIALMENTE ALERGÊNICOS:


BETERRABA, ESPINAFRE, FEIJÃO VERDE E CENOURA:
AÇÚCAR REFINADO:
Para crianças com história de atopia, deve-se evitar:
Por terem nitrato em sua composição NÃO devem ser
Leite de vaca,
Obesidade amendoim,
e cárie ovo (clara), mariscos, tomate
dentária.
consumidos por crianças MENORES DE 3 MESES.
e chocolate.
DEZ PASSOS PARA A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS (MS/OPAS)

Passo 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros
alimentos.
Passo 2 – A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se
o leite materno até 2 anos ou mais.
Passo 3 – Após os 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes,
leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao
dia se estiver desmamada.
Passo 4 – A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-
se sempre a vontade da criança.
Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher;
começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até
chegar à alimentação da família.
Passo 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos todos os dia. Uma alimentação variada é,
também, uma alimentação colorida.
Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e
conservação adequados.
Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação
habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação.
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS
Idade Tipo de alimento
Até completar 6 m AM exclusivo
Ao completar 6 m LM + 3 refeições: PF (2) + PS (1)
Ao completar 7 m 2ª PS: 4 refeições: PF (2) + PS (2)
Ao completar 8 m Gradativamente passar para AF
Ao completar 12 m Comida da família: 5 refeições (D/A/J) + 2 lanches
ORIENTAÇÕES PARA ORDENHA: (Accioly)

(A) Pré-preparo
Higiene das mãos e utensílios
(B) Ordenha
Massagear as mamas.
Desprezar os primeiros jatos
Ordenhar o leite diretamente para o recipiente.
Alternar as mamas a cada 5 min ou quando diminuir o fluxo.
Vedar o frasco e identificá-lo com hora, data e volume.
Bomba manual: deve-se verter o leite para o frasco quando o receptáculo estiver cheio
(SEM contato com pêra)
(C) Conservação
No caso de bebês PMT ou doentes, colocar o recipiente sob água com gelo por 1-2 min
e guardar na área mais fria do congelador.
Tempo de conservação: 24hs em refrigerado (x 12h – Guia < 2anos) e 15 dias em
freezer.
(D) Oferta do leite ordenhado
Descongelar em refrigerador. Não congelar outra vez.
Usar todo o volume do recipiente, pois as gorduras separam-se no congelamento.
Agitar o recipiente em água quente (banho maria – Guia < 2 anos), não fervendo, calor
excessivo destrói enzimas e proteínas.
Não usar microondas, pois o leite pode tornar-se extremamente quente causar
queimaduras. Usar até 24h.
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE COM FÓRMULA LÁCTEA

Indicação para o uso parcial ou total:


Quando todas as alternativas para estimular o AM falharem.
Quando a amamentação é contra indicada.

O MS contra indica o LM quando este contém agentes de alta patogenicidade


(EX; vírus HIV) ou medicamentos incompatíveis com a amamentação.

RISCOS ASSOCIADOS AO CONSUMO DE FÓRMULAS LÁCTEAS

(A) Nutricionais e Metabólicos


(B) Maior incidência de morbidades
(C) Alterações no crescimento
(D) Desenvolvimento cognitivo
(E) Econômicos
Fórmulas antiregurgitação

Fórmulas lácteas Fórmulas de


Fórmulas isentas de
caseiras partida lactose

Fórmulas de
Fórmulas Infantis Fórmulas para Prematuros
seguimento

Fórmulas para
TIPOS DE LEITES Fórmulas de proteína
Leite de Cabra situações isolada de soja
UTILIZADOS
especiais

Fórmulas hipoalergênicas
Leite de Vaca parcialmente hidrolisadas

Suspensão de
Leite de Soja aminoácidos

Fórmulas extensamente
hidrolisadas
CÁLCULO DA DIETA

1. Calcular necessidades energéticas (taxa calórica- Kcal/Kg/dia)


2. Escolher a fórmula
3. Determinar capacidade gástrica (25-30 mL/kg/mamada)
4. Calcular o valor energético da mamadeira
5. Dividir a necessidade energética total pelo valor energético da mamadeira para obter
número de mamadeiras/dia

Caso o lactente não fique satisfeito com o nº de mamadeiras calculado, o volume deve ser
reduzido, aumentando-se o nº total de mamadeiras por dia.

A criança que recebe FI industrializada recebe vitaminas e minerais nas quantidades que
atendem às suas necessidades, sendo indicada a introdução de outros alimentos aos 5
meses de idade (Acciolly) 6 meses (SBP).

Se a criança estiver recebendo fórmula infantil, não há necessidade de suplementação com


ferro e vitaminas, pois já são enriquecidas.

A OLEÍNA DE PALMA, adicionada às fórmulas para fornecer ácido palmítico em níveis


semelhantes ao leite materno, é mal absorvida e pode formar sabão insolúvel com cálcio.
Esquema de adaptação do LV segundo idade do lactente
LV 0 – 30 dias 1 a 4 meses 5 m em diante
Leite ao ½ ou diluição 1:1 Leite ao 2/3 ou diluição 2:1 Leite integral
Fluído 3% açúcar 3% açúcar Não é necessária adição de
5% farinha 5% farinha carboidrato
Reconstituição a 6,5% Reconstituição a 8,5% Reconstituição a 13%
Pó 3% açúcar 3% açúcar Não é necessária adição de
5% farinha 5% farinha carboidrato
Adaptação: Acciolly

Na impossibilidade de impedir a utilização do LV → realizar a diluição adequada para a idade.


Corrigir deficiência de ácido linoleico + óleo à 3% nos 1º 4 meses. Suplementação de vit C e Fe.
A diluição deve ser de 2/3 (leite líquido) ou 10% (leite em pó).
Não é indicada o acréscimo de farinhas e açúcares em < de 4 meses.
Após completar 4 meses, o leite integral não deve ser diluído e nem acrescido de óleo, já que
nessa idade a criança receberá outros alimentos.
Guia < 2 anos, 2010
INTRODUÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS

Idade de introdução de novos alimentos para o lactente alimentado com


fórmulas lácteas caseiras
Idade Para atenderOutros alimentosde vit C e A, a
as necessidades
0 a 30 dias Não indicado
partir nenhum
do 2º mês outro
deve-se alimentouma fruta
introduzir
2 meses Fruta (suco)
(fruta nova– a1cada
porção/dia
2 dias). E a introdução da
4 meses Fruta (sucorefeição
primeira ou PF) –salgada
2 porções/dia
deve ser postergada
Refeição
até os de
4 msal(imaturidade
– 1x/dia do TGI) e segunda
6 meses em diante Frutarefeição
(suco ousalgada
PF) – 2 (jantar)
a 3 porções/dia
aos 5 meses.
No texto – 5m Refeição de sal – 2x/dia
Adaptação: Acciolly

Guia < 2 anos: A partir dos 4 meses, deve-se introduzir: 2 refeições básicas (almoço e
jantar) e duas frutas, além do leite sem açúcar.
Em caso de uso de LV:
2 meses → Suplementação com vit C (30 mg/dia) – suco de fruta ou medicamentoso.
2 – 3 meses → Suplementação com ferro (1 a 2 mg/kg/dia) até que a alimentação
complementar seja introduzida e supra as necessidades desses minerais
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

ANTROPOMETRIA
Peso
Estatura
Circunferência do braço
Perímetro torácico
Perímetro cefálico

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS

Peso por idade (P/I)


Altura por idade (A/I) ou (E/I)
Peso por altura (P/A) ou (P/E)
IMC ou índice de Quetelet
AVALIAÇÃO DO EN DE ACORDO COM FAIXA ETÁRIA
RECÉM-NASCIDO DE BAIXO PESO E PREMATURIDADE

Classificação Peso (g) RCIU - PIG:


Peso adequado (Weffort) 3.000 a 3.900g Proporcional ou crônico (=
Peso insuficiente (Weffort) 2.500 a 2.990g simétrico) Nasce com baixo
Baixo peso <2.500g peso, mas proporcional em
Muito baixo peso 1.000g a 2.499g relação ao comprimento que
Extremo baixo peso <1.000g está comprometido (e
perímetro cefálico < p10).
Classificação Idade gestacional
Pós termo ≥ 42 semanas
A termo 37 a 41 semanas
Prematuros (PMT) < 37 semanas
IDADE CORRIGIDA = idade cronológica
Pré-termo extremo 28 a 36 semanas
(pós-natal) – tempo em semanas que
Imaturidade extrema < 28 semanas
faltou para completar o termo (40S)

Classificação Peso ao nascer/IG


PIG (Pequeno para idade gestacional) <p10
AIG (Adequado para idade gestacional) P10-p90
GIG (Grande para idade gestacional) >p90
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO

Ganho de peso diário, comprimento e perímetro cefálico


Ganho de peso médio/dia 25 a 30g/dia
Incremento estatural 0,75cm/semana
Perímetro cefálico 1,1cm/semana

CARACTERÍSTICAS METABÓLICAS

(A) Metabolismo dos carboidratos: HIPOGLICEMIA

Para evitar a hipoglicemia é recomendado


Recém nascido 3 a 4 mg de glicose/kg/min
Recém nascido PMT 10 a 12 mg de glicose/kg/min

A oferta de polímeros de glicose associados a menor proporção de lactose,


é a melhor estratégia de fornecimento de carboidratos para RNPT
(B) Metabolismo das proteínas:
ESTADO CATABÓLICO PROTÉICO → ↑ uréia, ácido úrico, creatinina e do íon amônio
AA essenciais no RNPT → CISTEÍNA E TAURINA

Redução da atividade

(C) Metabolismo de lipídeos:

Essenciais para os PMT. → AG DAS SÉRIES ω-6 (ÁC LINOLÉICO) E ω-3 (ÁC LINOLÊNICO)

Precursores dos ácidos araquidônicos (AA) e docohexanóico


(DHA), que atuam na estrutura e função do SNC.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO RNPT/RNBP

ENERGIA

Accioly→ 120 Kcal/kg/dia (Alguns RNBP e os PMT PIG podem chegar a 200)
Weffort → ESPGAN: 130 kcal/kg/dia ; AAP: 120 kcal/kg/dia
Krause → Parenteral: 30-50 (manutenção); 90-100 (crescimento)
Enteral: 50 (manutenção); 105-130 (crescimento)

PROTEÍNA
Peso g/kg/dia g/100kcal
RNPT 800 – 1200g 4 3,1 Nutrição Enteral: 10,2 a 12,4% VET
RNPT 1200 – 1800g 3,5 2,7 ou 3,5 a 4g/kg/dia
RNPT > 1800g 2,7-3 2-2,7 Krause
Accioly

CARBOIDRATOS

Níveis recomendados g/100kcal Lactose: em torno de 3 a 12g/100kcal, não


Mínimo 12,6 ultrapassando 8g/100ml, pois pode acarretar
Médio 13,3 diarreia osmótica e distorção na proporção
Máximo 14 energia-proteína.
NUTRIÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR

PRÉ-ESCOLAR (1 a 6 anos)
ESCOLAR (7 a 10 anos)

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE NUTRIENTES (4 a 18 anos)

CARBOIDRATO: 45 a 65% do VET


SACAROSE: até 10%
FIBRAS:
1-3 anos → 19g/dia
4-8 anos → 25g/dia
9-13 anos → 31g/dia (meninos) 26g/dia (meninas)
PROTEÍNAS: 10 a30% do VET
LIPÍDIOS: 25 a 35% do VET (até 30%VET, não <20% - Krause)
AG saturados: <10% VET
AG poli-insaturados: até 10% VET
AG monoinsaturados: 10 a 15% VET
Colesterol: <300mg/dia
Acciolly
NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE NUTRIENTES (4 a 18 anos)

CARBOIDRATO: 45 a 65% do VET


SACAROSE: até 10% ←
FIBRAS:
9 a 13 anos → 31g/dia (meninos) 26g/dia (meninas)
14 a 18 anos → 38g/dia (meninos) 26g/dia (meninas)
PROTEÍNAS: 10 a 30% do VET
LIPÍDIOS: 25 a 35% do VET
AG saturados: <10% VET
AG poli-insaturados w-6:
9 a 13 anos → 12g/dia (meninos) 10g/dia (meninas)
14 a 18 anos → 16g/dia (meninos) 11g/dia (meninas)
AG poli-insaturados w-3:
9 a 13 anos → 1,2g/dia (meninos) 1,0g/dia (meninas)
14 a 18 anos → 1,6g/dia (meninos) 1,1g/dia (meninas)

Weffort
ANEMIA FERROPRIVA

A principal causa da alta prevalência da anemia na infância é a restrição ao mineral,


tanto quantitativamente como qualitativamente, bem como os elevados
requerimentos de ferro nos grupos biológicos mais susceptíveis à anemia

O maior risco de deficiência de ferro, ocorre entre os 6 e 18 meses, quando há início


da alimentação complementar, e há um rápido crescimento, em que a criança chega
a triplicar seu peso no 1° ano

Classificação da anemia para crianças e adolescente


Valor de hemoglobina (g/dL)
Idade
Anemia Leve Mod Grave
6 meses a 4anos e 11m < 11 10 a 10,9 7 a 9,9 <7
5 a 11 anos < 11,5 10 a 11,4 7 a 9,9 <7
12 a 14 anos < 12 10 a 11,9 7 a 9,9 <7
Feminino* < 12 10 a 11,9 7 a 9,9 <7
≥ 15 anos
Masculino < 13 12 a 12,9 9 a 11,9 <9
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ANEMIA FERROPRIVA
FATORES ASSOCIADOS À ANEMIA EM CRIANÇAS
PREVENÇÃO
ALEITAMENTO
Incentivo ao AM ARTIFICIAL
exclusivo até o 6ºmês de vida, evitando oferta de água e chá.
ABSORÇÃO DE fórmulas
Prescrição de FERRO DOS ALIMENTOS
lácteas enriquecidas com ferro para lactentes com desmame
BAIXO NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO
Formulações lácteas caseiras: antecipa-se a oferta de frutas (2m) e refeição de sal (4m).
ASSISTÊNCIA
Restrição do INADEQUADA
uso de leite deDE SAÚDE
vaca no 1º ano de vida
ESTADO NUTRICIONAL
Utilização INADEQUADO
de alimentos-fonte de ferro-heme e ferro não heme em 2 refeições (a. cmpl)
PRESENÇA
AssociaçãoDEdeMORBIDADES
alimentos fonte de vitamina C
FATORES
RestriçãoBIOLÓGICOS
da oferta de alimentos que possuem substâncias inibidoras da absorção de
ferro junto às refeições de sal. 100g de farinha: mínimo 4,2 mg
Utilização de alimentos enriquecidos com ferro. de ferro (30% das DRI) e 150 μg
MEDIDAS BÁSICAS PARA CONTROLE E PREVENÇÃO
(70% das
Suplementação profilática de ferro para pré-termo e crianças apósDRI) de ácido
6 meses fólicoou
de idade
no início daALIMENTAR
EDUCAÇÃO alimentação complementar.
CONTROLE DE DOENÇAS PARASITÁRIAS.
TRATAMENTO
SUPLEMENTAÇÃO MEDICAMENTOSA.
SuplementaçãoDOS
FORTIFICAÇÃO medicamentosa
ALIMENTOS COM de ferro na dose de 3 a 5mg/kg/dia.
FERRO.
Orientação alimentar
SUPLEMENTAÇÃO idêntica
DE FERRO EMàsDOSES
apresentadas nas medidas preventivas.
PROFILÁTICAS
Acompanhamento dos níveis de Hb após 1 mês, para avaliar resposta ao tratamento.
Programa Nacional de Suplementação de Ferro (MS, 2005)
6 a 18 meses: 25mg de ferro elementar 1x/semana.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ANEMIA FERROPRIVA

PREVENÇÃO
Incentivo ao AM exclusivo até o 6ºmês de vida, evitando oferta de água e chá.
Prescrição de fórmulas lácteas enriquecidas com ferro para lactentes com desmame
Formulações lácteas caseiras: antecipa-se a oferta de frutas (2m) e refeição de sal (4m).
Restrição do uso de leite de vaca no 1º ano de vida
Utilização de alimentos-fonte de ferro-heme e ferro não heme em 2 refeições (a. cmpl)
Associação de alimentos fonte de vitamina C
Restrição da oferta de alimentos que possuem substâncias inibidoras da absorção de
ferro junto às refeições de sal.
Utilização de alimentos enriquecidos com ferro.
Suplementação profilática de ferro para pré-termo e crianças após 6 meses de idade ou
no início da alimentação complementar.

TRATAMENTO
Suplementação medicamentosa de ferro na dose de 3 a 5mg/kg/dia.
Orientação alimentar idêntica às apresentadas nas medidas preventivas.
Acompanhamento dos níveis de Hb após 1 mês, para avaliar resposta ao tratamento.
NUTRIÇÃO NAS DIARREIAS AGUDAS

PLANO A
Indicado para crianças com DIARREIA AGUDA, mas SEM DESIDRATAÇÃO.
É tratamento de manutenção, justamente para evitá-la.

1) Aumentar a oferta de líquidos:


50 a 100 mL de SRO para lactentes (até 2 anos)
100 a 200 mL para crianças maiores (2 a 10 anos) após cada evacuação.
2) Prescrever SUPLEMENTO DE ZINCO (10 a 20 mg) durante 10 a 14 dias
3) Manter a alimentação habitual da criança.
4) Orientar a família sobre o reconhecimento de sinais de desidratação, piora do
quadro e quando retornar ao serviço.

RESTRIÇÕES ALIMENTARES E JEJUM SÃO CONTRA INDICADOS.


PLANO B
Recomendado para crianças com DIARREIA AGUDA e COM SINAIS de DESIDRATAÇÃO.
É constituída de 2 fases: reidratação e manutenção (= plano A).

1) Durante 4h administrar SRO nas quantidades: (Fonte: WHO, 2005)

Idade Até 4m 4-11m 1-2 anos 2-4 anos 5-14 anos


Peso (kg) <5 5 a 7,9 8 a 10,9 11 a 15,9 16a 29,9
SRO (mL) 200-400 400-600 600-800 800-1200 1220-2200

2) Após 4 horas, reavaliar à criança e classificá-la quanto a desidratação.

Melhora → plano A
Sinais de desidratação → refazer plano B
Sinais de desidratação grave → passar para plano C.

PLANO C
Recomendado para crianças gravemente desidratadas e que necessitam repor água e
sais minerais rapidamente. Geralmente se administra líquidos por via intravenosa ou
usando uma SNG.
CONSTIPAÇÃO NA INFÂNCIA

ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE CONSTIPAÇÃO

• Estimular o consumo de 1 porção de fruta a cada refeição.


• Estimular o consumo de hortaliças folhosas e leguminosas no almoço e no jantar.
• Substituir alimentos refinados por similares integrais.
• Festas: substituir biscoitos salgadinhos e doces por pipoca, biscoitos integrais, frutas
desidratadas.
• Desencorajar a substituição das grandes refeições por preparações ou fórmulas lácteas.
• Aumentar a ingestão de líquidos.
4 a 6 copos de água/dia
Guia < 2 anos: mínimo 400 mL de água, dividido 4x/dia.

• As frutas deve-se dar preferência às laxativas (mamão, ameixa fresca e desidratada,


laranja com bagaço, abacate, abacaxi, tangerina, melancia, fruta de conde); inteiras ou
em pedaços e sempre que possível com casca, pois fornecem mais fibras do que na
forma de sucos e de polpa amassada.
• Frutas desidratadas mantidas em remolho podem ser mais fáceis de consumir.
• Guia < 2 anos: oferecer 2 frutas/dia.
REFLUXO GASTROESOFÁGICO NA INFÂNCIA

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA DIETA


CARBOIDRATO: Para completar o VET
Tipo complexo (amido) pré-cozidos.
PROTEÍNAS: 2 a 3g/kg
Baixo teor de purinas (soro do leite, carnes brancas).
LIPÍDIOS: 2 a 4g/kg
Preferencialmente cadeia média e curta (manteiga, creme de leite)
Reduzir a oferta de refeições ricas em lipídeos (↓ o tônus do EEI)
ELETRÓLITOS: Garantir a reposição de eletrólitos (sódio, cloro e potássio)
ÁGUA: Atender à necessidade hídrica mínima
Evitando-se a oferta de líquidos nas grandes refeições.
FIBRAS: É importante o teor de fibras da dieta visando evitar processo de
obstrução intestinal e meteorismo, pois ↑ pressão abdominal.
FÓRMULAS ANTI-REFLUXO

Evitar os alimentos que diminuem o tônus do EEI ou estimulam a secreção


gástrica: alimentos ricos em lipídeos, café, guaraná e bebidas contendo cafeína,
chocolate, chá preto, condimentos como alho, cebola, pimenta e mostarda.
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA NA INFÂNCIA

Podem ser classificadas em:


Marasmo: Deficiência energético-protéica equilibrada.
Kwashiorkor: Deficiência predominatemente protéica.
Kwashiorkor-Marasmático: Forma mista, em que existe a DEP desequilibrada

A) Marasmo

Perda de peso acentuada (Peso < 60% do P/I), perda de massa


muscular, gordura subcutânea escassa ou ausente, proteínas
plasmáticas estão normais ou levemente diminuídas, sinais de
carência de micronutrientes (xeroftalmia, deficiência de
vitaminas B, C, anemia ferropriva, etc)

B) Kwashiorkor

Apatia, edema, perda de gordura subcutânea e muscular,


hepatomegalia por esteatose hepática, lesões de pele, alterações
no cabelo, face de lua, diminuição da proteína plasmática
Tratamento

A) Desnutrição leve a moderada


AMBULATORIAL
Aumento percentual nos requerimentos de energia para duplicar a velocidade
de crescimento de crianças desnutridas de 6 a 24 m
Idade Ganho de Aumento sobre os
(meses) peso médio requerimentos de energia
6-9 1,83 g/kg/dia 14,5%
9-12 1,15 g/kg/dia 8,5%
12-18 0,67 g/kg/dia 5%
18-24 0,51 g/kg/dia 3,5%

B) Desnutrição Grave
CUIDADOS HOSPITALARES.
O tratamento é dividido em 3 fases:
(1) Fase I (Inicial/Estabilização)
(2) Fase II (Reabilitação)
(3) Fase III (Acompanhamento)
Passos 1 e 2 - Tratar/prevenir hipoglicemia (< 54 mg/dl) e hipotermia (T axilar < 35º C) :
Solução de glicose a 10% via oral ou intravenosa
Agasalhar; técnica canguru; aquecedor ou lâmpada; etc.

Passo 3 - Tratar desidratação e choque séptico:


Oferta do SRO, com MENOR teor de SÓDIO e MAIOR teor de POTÁSSIO em relação à
SRO padrão preconizada pela OMS. Deve ser encaminhada a UTI.

Passo 4 - Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos:


Observado deficiência de K, Mg, Zn, Cu, Se, Fe, vit A e ácido fólico
OMS recomenda a adição de mistura de eletrólitos e sais minerais nos preparados
alimentares

Passo 5 - Tratar a infecção.


Antibioticoterapia de amplo espectro desde o início do tto.

Passo 6- Corrigir deficiência de micronutrientes


Vitamina A: É a deficiência de > risco a saúde da criança.
Zinco: ↓ incidência de diarreia e pneumonia e melhora do crescimento.
Ferro: Suplementar somente a partir da 2ª sem de tto, qdo ocorrer ganho de peso e
recuperação do apetite.
Passo 7- Reiniciar a alimentação cautelosamente
Características da dieta inicial
Volume 120 a 140 mL/kg/dia
Energia 80 a 100 Kcal/kg/dia
Proteína 1 a 1,5g/kg/dia
Osmolaridade Baixa (280 mmol/L)
Carboidrato Baixo teor de lactose (13g/L)
Via de acesso VO ou SNG (aceitação <80kcal/kg/dia)

Passo 8 - Fase de Reabilitação ou de Crescimento Rápido


Características da dieta da fase de reabilitação
Volume Até 200 mL/kg/dia
Energia 150 a 220 kcal/kg/dia
Proteína 4 a 5 g/kg/dia

Passo 9 - Afetividade, estimulação, recreação e cuidado

Passo 10 - Preparar para alta e o acompanhamento pós alta.


P/E atinge -1DP (90% de adequação)
OBESIDADE INFANTIL

VET baseado nos valores de ingestão energética, por faixa etária, (FAO, 2004).
O peso teórico é estimado com base no p25 do IMC/I
Perda de peso aproximada de 500g/mês → reduzidos do VET 128kcal/dia

Nutrientes Dieta passo I Dieta passo II


Energia Necessária par crescimento e desenvolvimento normais e
para alcançar ou manter o peso desejável
Lipídios totais ≤ 30% VET ≤ 30% VET
AGS ≤ 10% VET ≤7% VET
AGP ≥10%VET ≥10%VET
AGM Restante da energia proveniente dos lipídios
Colesterol ≤300mg/dia ≤200mg/dia
Carboidratos ≈ 55% VET ≈ 55% VET
Proteínas 15 – 20% VET 15 – 20% VET
Dieta passo I: recomendada para crianças com alterações limítrofes no perfil lipídico e
no início do tratamento de crianças com níveis elevados.
Dieta passo II: recomendada para crianças que permanecem com alterações no perfil
lipídico após 9 m de adesão da dieta passo I.
DIABETES MELLITUS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Objetivos glicêmicos:
Idade (anos) Pré- refeição 2h pós-refeição Antes de deitar 3h da manhã
0-2 180-160 <200 100-200 >100
3-6 80-180 <200 100-180 >100
7-13 70-140 <180 100-160 >90
>13 70-130 <160 90-140 >90
ENERGIA : peso IDEAL estimado (p 50 do P/E para até 10 anos e IMC adolescentes).
•Nos casos de DM2 associados à obesidade, perda ponderal máxima até 3kg/mês.
CARBOIDRATOS
•Recomendação: 45 a 65% VET (x Domingos: 55 a 60% VET).
•Sacarose: NÃO ultrapassar 10% do total de carboidratos.
•Frutose: seu uso não é recomendado como adoçante.
• O uso de fibras solúveis: controle da glicemia.
PROTEÍNAS
• Em torno de 15% VET (66% de ptn animal e 33% de ptn vegetal
•DM com nefropatia →Não ultrapassar as necessidades por faixa etária, ~ 1,0g/kg/dia,
LIPÍDIOS
Lipídios Recomendação Gordura poli-insaturada 10%
Gorduras totais < 30% VET Gordura saturada < 10%
Gordura monoinsaturada 10 a 15% Colesterol Até 300 mg
ALERGIA ALIMENTAR
ALERGIA ALIMENTAR
INFECÇÃO PELO HIV NA INFÂNCIA
Leite materno é CONTRAINDICADO.
TRATAMENTO
Causas DIETOTERÁPICO
da desnutrição em indivíduos infectados pelo HIV

ENERGIA
Ingestão dietética inadequada
Os requerimentos irão depender
Anorexia, náuseas, do tipocomplicações
vômitos, e duração de infecções e se há perdaproblemas
orais (candidíase, de peso.
O consumo energético
entários), deve estar
infecções aumentado disfagia,
esofageanas, em 50 a 100%
dor dos requerimentos
epigástrica, de
depressão,
crianças não infectadas.psicomotor deficiente
desenvolvimento

PROTEÍNAS E LIPÍDIOS
Elevada perda de nutrientes
Não há dados suficientes
Diarreia, para indicar
vômitos, febre, aumento
sangramento no seu consumo
intestinal, em relação
má absorção a crianças(vit
de nutrientes
saudáveis.
B12, ácido fólico, tiamina, zinco, selênio, cálcio, magnésio, vit A e D)

MICRONUTRIENTES
Aumento dos requerimentos nutricionais e perda de proteínas
Vitamina A: Suplementaçãofebre,
Hipermetabolismo, a cadainfecções,
4 a 6 mesessepse, medicação, liberação de fatores
100.000 UI (6 a 12(citoquinas,
catabólicos meses) TNF)
200.000 UI (13 meses a 5 anos de idade).
Demais micros: garantir
Interações atendimento
medicamentos às recomendações.
e alimentos

Demanda nutricional elevada para crescimento e desenvolvimento


ERROS INATOS NO METABOLISMO

Distúrbios do Metabolismo de Aminoácidos Fenilcetonúria (PKU)

Terapia Nutricional
RESTRIÇÃO DE SUBSTRATO E A SUPLEMENTAÇÃO
COM O PRODUTO
Deficiência Fenilcetonúricos podem ser amamentados.
ou
inatividade Tirosina:100 a 120mg/kg/dia
Total aa: no mínimo de 3g/kg/dia (<2 anos)
2g/kg/dia (>2 anos)

Restringir alimentos ricos ptn(vegetal e animal)


Proteínas naturais contêm de 2,4 a 9% de Phe.
Limitar alimentos com moderada concentração
proteica, como trigo, arroz e batata.
Evitar alimentos adoçados com aspartame (Tem
fenilalanina na sua composição).
Doenças da urina em xarope de bordo (MSUD) ou leucinose

É um erro congénito do metabolismo dos aminoácidos ramificados (leucina, isoleucina,


e valina). Este erro conduz à acumulação no plasma, na urina e nos tecidos de produtos
neuro-toxicos (aminoácidos e cetoacidos ramificados)

Estes aminoácidos degradam-


se por vias diferentes, mas
partilham uma mesma reação
catalisada por um COMPLEXO
ENZIMÁTICO, a
DESIDROGENASE DOS
CETOACIDOS RAMIFICADOS
(DCR), sendo esta que se
encontra deficiente.

Dieta com redução de leucina, isoleucina e valina.

SCHWARTZ, Ida Vanessa; SOUZA, Carolina Fischinger Moura de; GIUGLIANI, Roberto. Tratamento de erros inatos do
metabolismo. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 84, n. 4, supl. p. S8-S19, Aug. 2008
Distúrbios do metabolismo do ciclo da ureia

Todos os defeitos do ciclo da ureia resultam em um acúmulo de amônia no sangue.


Hiperamonemia = vômito, letargia, convulsões, coma, dano neurológico

Terapia nutricional:
As fórmulas para lactentes podem ser diluídas em 1 a 1,5g/kg de proteínas.
L-arginina é suplementado com base nas necessidades individuais para impedir a
deficiência de arginina e auxiliar na excreção de nitrogênio de eliminação.
Os episódios agudos são controlados pela suspensão da ingestão de proteínas e
administração de líquidos e glicose intravenosos (corrigir desidratação e fornecer kcal)
Hiperamonemia grave = CPD, HD ou transfusão por troca.

A terapia em longo prazo consiste de restrição da proteína dietética em 1 a 2g/kg/dia.

A utilização de lactulose
por VO ou na forma de
enema, junto com
antibióticos (neomicina),
↓ absorção de amônia
na luz intestinal.
Distúrbios do metabolismo de carboidratos
Galactosemia
Ausência

Terapia nutricional
Restrição de galactose por toda a vida.
Evitar rigidamente todo o leite e seus derivados e alimentos que contenham
lactose (lactose = galactose + glicose) ou galactose.
Os lactentes devem receber fórmulas à base de soja.
Restrição de frutas e vegetais que são ricos em galactose
(tâmaras, mamão papaia, caquis, tomate e melancia → > de 10mg/100g)
Doenças do armazenamento de glicogênio

Erro metabólico hereditário que resulta em anormalidade da concentração


e/ou da estrutura do glicogênio em qualquer tecido do organismo

Terapia nutricional

Objetivo: manter a glicose plasmática na faixa de normalidade e impedir a


hipoglicemia pelo fornecimento de um suprimento constante de glicose exógena.

Conduta
Prevenir a hipoglicemia com AMIDO DE MILHO CRU em intervalos regulares ou
infusão contínua de glicose por sonda nasogástrica.
Dieta com alto teor de carboidratos complexos e baixo teor de gordura.
Fazer abstenção de frutose e lactose.

A dose de amido de milho deve ser individualizada, entretanto, doses de


1,75 a 2,5g/kg em intervalos de 4 a 6h são eficazes para crianças pequenas.
Distúrbios da oxidação de ácidos graxos

O organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à


ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica.

Terapia Nutricional
Evitar o jejum (frequência e porção).
Dieta de baixo teor de gordura (15 a 20% VET).

A suplementação com L-carnitina (carreador de AG através


das membranas mitocondriais) é com frequência necessária.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS

SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ → ESTADO HIPERCATABÓLICO, pelo processo inflamatório.

TRAUMAS CRANIOENCEFÁLICOS → 1,3x TMB, podendo-se observar hipoalbuminemia,


perda de peso e BN negativo. A recomendação protéica é de 2 a 3 g/kg/dia.

DOENÇAS NEUROMUSCULARES → consumo energético diminuído e BN negativo,


provavelmente devido à atrofia muscular associada à utilização de corticosteróides.

ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA – ECNE → dificuldade de alimentação:


incapacidade de se alimentar sozinho; dificuldade de deglutição; não contensão de saliva;
problemas de sucção; incapacidade de deglutir alimentos sólidos; e constipação.

Integração
DEP grave: fase de estabilização: droga/nutriente
↑ TMB até atingir 1,5x a necessidade energética basal.
VO: ↑ densidade Drogas
energéEca, ↑ fracionamento e ↓ do volume. Efeitos
Carbamazepina
TNE Anemia
(nasogástrica/ pós-pilórica/ ostomia): aplásica
crianças com disfagia e risco de aspiração.
Corticosteróides
Jejunostomia deve ser realizada somenteRetenção de sódio,
se a criança intolerância
apresentar à gástrica.
hipotonia glicose, ↑
excreção Zn, Ca,K; ↑demandas de B6, C e D
Fenitoína ↓ [ ] sérica, se administrado junto com dieta
Fenobarbital ↓ absorção de ácido fólico, B12, B6, K e D
Óleo mineral ↓ absorção de A, D e K
Valproato Vômitos, diarreia e constipação
NEFROPATIA

O suporte nutricional deve otimizar a nutrição, prevenir a osteodistrofia e manter a


velocidade de crescimento.
Tratamento Conservador
Tratamento Dialítico
Restringir a ingestão de produtos lácteos, chocolate, nozes e colas;
Fósforo: Usar quelante
SUPLEMENTAR VITAMINA de D
fósforo, dieta pobre em fósforo e suplementar vitamina D e
E CÁLCIO;
cálcio, na IRC,
Prescrever no aumento
quelantes séricosem
de fósforo do paratormônio
alumínio nem emagnésio;
da fosfatase alcalina, com ou sem
hiperfosfatemia.
Priorizar as fórmulas lácteas ou de soja com relação Ca:P = 2:1;
Prevenir e manejar a HAS secundária com controle da ingestão de sódio e de fluidos
Na perda
(repor tubular
líquidos depós-transplante, deve-se
acordo com a perda suplementar
urinária fósforo.
e as perdas insensíveis);
Sódio: Deve
Proteínas: < 2ser controlado
anos→ na HAS, na retenção hídrica e na terapia com
≤ 0,15g/cm/dia
corticosteróide, entretanto,
> 2 anos→ Seguirdeve-se aumentar
RDA para estatura seu aporte, quando a perda urinária for
da criança
maior ou quando ocorrer perda peritoneal para o líquido dialisado.
Calorias: Em crianças desnutridas, ofertar 80% RDA para estatura e idade e nas < 2 anos,
Potássio:ofertar
deve-se Deve ser restrito
6 a12 somente em casos de hipercalemia (TFG < 5%). Entretanto,
Kcal/cm/dia.
na terapia com diurético e na hipocalemia secundária à diálise peritoneal, pós
transplante
Ferro: Deve ou
serdiarréia, o potássio
especialmente deve se
ofertado seroreposto.
paciente estiver em uso de eritropoietina
e/ou os níveis séricos de ferritina e transferrina estiverem diminuídos.
Calorias Crianças > 2 anos e em HD: 10 Kcal/cm/dia.
CARDIOPATIA

Dietoterapia
Densidade calórica elevada em até 1,8 cal/ml.
Suplementar Ca, Mg, Vitaminas A, D, E, K e
Uso de TCM (Má absorção).
Relação nitrogênio-calorias não protéicas: 1:120 a 1:150.
K, Zn e Mg (atenção devido ao uso de diuréticos)
SUPORTE NUTRICIONAL NA CRIANÇA HOSPITALIZADA

É importante que se realize a avaliação nutricional nas primeiras 24h da internação.


Nos pacientes mais graves deve ser realizada em até 72h após hospitalização.

Gástrica

Sonda

Via

Ostomia
NUTRIÇÃO Jejunal
ENTERAL

Contínua

Administração
Intermitente
NUTRIÇÃO PARENTERAL

Indicação:
DEP grave e PMT <1.800g sem prespectiva de via digestiva por mais de 3dias
Crianças eutróficas sem prespectiva de via digestiva por mais de 5dias

Acesso periférico Acesso central


Simples, baixo custo, menos Permite o uso de soluções
invasivo e com menor risco de hiperosmolares (>1.000 mOsmol/L),
Vantagens complicações [ ] de glicose > 12,5% até 40% (RH
severa)
Não permite hiperosmolaridade Complexo, alto custo e risco elevado
e > [ ] de glicose de infecções; risco de TVP, embolia,
Desvantagens Sítio de punção (máximo 96h), pneumotórax, etc
Risco tromboflebite e necrose
tecidual por extravasamento
Curto período (<2 semanas) NP por mais de 2 semanas
Indicação Via central contra-indicada. Necessidade ptn-kcal elevada
Acesso periférico prejudicado.
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS

ENERGIA: TMB X FI

Fatores que influenciam a TMB, reduzindo as necessidades energéticas são:


Desnutrição (metabolismo ≈50% ↓);
Sono: TMB ↓ 10%;
Sedação: quanto mais relaxado, < TMB.

Valor kcal ↑ gradativamente.


ATENÇÃO!
DEP grave estáveis: iniciar 50% Ncal →total 1 sem
Desnutridos: considerar o valor da
meta calórica (resgate de peso*)
Densidade calórica (DC):
Iniciar 0,8 a 1,0cal/ml → + 25 a 30% até 1,5 cal/ml
* Resgate de peso:
PMT ou a termo instáveis → ↑ (≈15%)
Enterais gástricas: DC até 2 cal/ml
Nec.cal de resgate= Kcal/Kg/dia x PI/PA
Transpilórica: DC não > 1,5 cal/ml.
Idade corrigida
PI = p50 para idade
Necessidade hídrica de acordo com Holiday e Segar
Peso (kg) Necessidade hídrica (ml/kg/dia)
Até 10 kg 100 ml/kg/dia
De 11 a 20Kg 1000ml + 50 ml/kg para cada kg acima de 10kg
> 20Kg 1500ml + 20 ml/kg para cada kg acima de 10kg

Oferta de Proteínas
Efeito da oferta de CHO
Neonatos 2,5 a 3,0 g/kg/dia
Manter glicemia
Lactentes 2,0 a 2,5 g/kg/dia
Manter níveis estáveis para requerimentos do SNC
Crianças maiores 1,5 a 2,0 g/kg/dia
Produção de CO2 (homeostase respiratória)
Adolescentes 0,8 a 2,0 g/kg/dia

Lipídios: não deve ultrapassar 30% do VCT da dieta (>50%=cetose)


Em nutrição parenteral:
Iniciar: 0,5 a 1,0 g/kg/dia ↑ diário de 0,5g/kg/dia até 3 a 4g/kg/dia (máximo)
RNPMT e PIG: limite da oferta lipídica 3g/kg/dia (Weffort).
Rápida infusão de lipídios: associada à imunossupressão e possibilidade de ↓ na PO2.
AG essenciais: 2 a 4% das calorias devem ser ofertadas como ácido linoléico.
< 200 mg/dl de TG: permite que se prossiga a sua emulsão
> 275 mg/dl: infusão deve ser interrompida (12 a 24h) e reiniciada.
1. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2014) Em uma consulta de nutrição do
ambulatório de pré-natal, uma gestante de 16 anos foi orientada a realizar uma
alimentação balanceada em função do aumento das necessidades nutricionais
durante a gestação. Os nutrientes cuja recomendação diária se mantém
inalterada para a gestante em questão são:

a) vitamina B6, vitamina B2, magnésio e boro


b) vitamina D, vitamina K, cálcio e fósforo
c) vitamina C, niacina, zinco e cobre
d) vitamina A, tiamina, sódio e iodo

GABARITO:B

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
Esclarecer a importância do ganho de peso adequado durante a gestação
Estimular o uso de alimentos fortificados.
Os nutrientes cuja recomendação diária se mantém inalterada: vit D, vit K, cálcio e fósforo.
2. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) O agravamento da pré-eclampsia
é denominado síndrome HELLP e caracteriza-se pela conjunção de três fatores
simultaneamente, a saber:

a) Hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia


b) Icterícia, insuficiência renal e descolamento de placenta
c) Cianose, hemólise e icterícia
d) Plaquetopenia, insuficiência renal e cianose

GABARITO:A
HIPERTENSÃO Hipertensão de qualquer etiologia, PA ≥ 140/90 mmHg
ARTERIAL Antes da gravidez ou diagnosticadas até a 20ªSG
CRÔNICA
HIPERTENSÃO Hipertensão (PA ≥ 140/90 mm Hg) SEM PROTEINÚRIA APÓS 20ªSG.
GESTACIONAL
PA ≥ 140/90 mmHg + Proteinúria (300mg/24h).
PRÉ-ECLÂMPSIA Grave= PA ≥ 160/110 mmHg ou mais de 5g de proteína na urina de 24h

ECLÂMPSIA CONVULSÕES
3
SÍNDROME HELLP HEMÓLISE, ↑ENZIMAS HEPÁTICAS (TGO/TGP) E PLAQUETOPENIA (< 100.000 mm )
GABARITO:B
3. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Segundo o Ministério da Saúde
Fatores relacionados às condições prévias:
(Atenção ao pré-natal de baixo risco, 2012), dentre os fatores que podem indicar o
o Cardiopatias;
encaminhamento da gestante para o pré-natal de alto risco temos, a presença de:
o Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);
o Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);
a) Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos
o Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo);
b) Diabetes mellitus gestacional
o Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);
c) Idade menor do que 18 e maior do que 35 anos
o Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de antihipertensivo;
d) Ganho ponderal inadequado
o Doenças neurológicas (como epilepsia);
o Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento;
o Doenças autoimunes;
o Alterações genéticas maternas;
o Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
o Ginecopatias;
o Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV,
sífilis terciária e outras DSTs;
o Hanseníase;
o Tuberculose;
o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; o Qualquer patologia clínica que necessite de
acompanhamento especializado.
4. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Para uma gestante que desenvolveu
diabetes gestacional, o nutricionista pode adotar como um dos métodos de orientação
dietética, a distribuição energética por refeições. Assim, após a estimativa do valor
energético total (VET) da dieta, este pode ser distribuído pelas refeições ao longo do dia
em:

(A) Desjejum e merenda – 5 a 20%; Colação – 10%; Almoço e jantar – 20 a 30%; Ceia –
10% do VET.
(B) Desjejum e merenda – 10 a 15%; Colação – 5 a 10%; Almoço e jantar – 20 a 30%; Ceia
– 5 a 10% do VET.
(C) Desjejum e merenda – 10%; Colação – 10%; Almoço e jantar – 25 a 40% do VET.
(D) Desjejum – 20 a 25%; Almoço e jantar – 20 a 30%; Ceia – 15% do VET.

GABARITO:B

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL ENTRE AS REFEIÇÕES - GESTANTES


Desjejum e merenda – 10 a 15% do VET
Colação e ceia – 5 a 10% do VET
Almoço e jantar – 20 a 30% do VET
5. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) A gestante CMB, tem 36 anos de idade,
cor da pele negra, índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional = 31 kg/m2, apresenta
quadro de hipertensão arterial (150/100 mmHg) diagnosticado com 22 semanas de
gestação, acompanhado de proteinúria (1,2 g em 24 horas), níveis séricos de creatinina =
0,8 mg/dL. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico e a conduta adequados para
essa gestante:

(A) pré-eclâmpsia grave e, deve ser hospitalizada durante toda a gestação até o parto,
devendo ser prescrita dieta hipossódica (3 g de sal de adição por dia).
(B) pré-eclâmpsia leve e, deve ser hospitalizada, preferencialmente, devendo ser prescrita
dieta normossódica.
(C) pré-eclâmpsia leve e, deve ser hospitalizada, devendo ser prescrita dieta hipossódica (2
g de sal de adição por dia) e suplementação de cálcio para todos os casos.
(D) eclâmpsia leve e, deve ser hospitalizada, obrigatoriamente, devendo ser prescrita dieta
hipossódica (2 g de sal de adição por dia).
PA ≥ 140/90 mmHg + Proteinúria (300mg/24h).
PRÉ-ECLÂMPSIA
Grave= PA ≥ 160/110 mmHg ou mais de 5g de proteína na urina de 24h
Hipertensão Gestacional ou Crônica ou Pré-eclâmpsia
Estágio 1 Normossódica (até 6g/dia ≤ 2,4g de Na+ /dia)
Estágio 2 Normossódica (até 6g/dia ≤2,4g de Na+ /dia)
Eclâmpsia Seguir conduta da PE estágio 2.
Síndrome HELLP Pode-se adotar conduta similar à indicada PE estágio 2. GABARITO:B
6. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Você está atendendo uma
gestante adulta, com eutrofia pré-gestacional e hoje está com 23 semanas de
gestação e um resultado de hemoglobina de 10,2 g/dL. A gestante apresenta:
a) não apresenta anemia, entretanto, deve-se prescrever dose profilática de
60 mg de ferro elementar por dia.
b) anemia e deve ser tratada com 120 mg de sulfato ferroso por dia
c) apresenta anemia grave e deve ser encaminhada ao pré-natal de alto risco
d) anemia e deve ser tratada com 120 a 240 mg de ferro elementar por dia

GABARITO:D

Ausência de anemia (≥ 11 g/Dl): Suplementar com 60 mg/dia de Fe elementar e


5mg de ácido fólico, a partir da 20ª SG
Anemia leve a moderada (≥ 8g/dL e < 11 g/dL)
Solicitar exame parasitológico de fezes e tratar parasitose.
Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento (120 a 240 mg de Fe
elementar/dia), de 3 a 6 drágeas de sulfato ferroso/dia, VO, 1h antes das refeições.
Repetir exame em 60 dias.
(1) Se Hb estiver subindo, manter tratamento até Hb atingir 11 g/dL, passando para a
dose de suplementação (60 mg Fe/dia).
(2) Se Hb igual ou queda, referir ao pré natal de alto rsico.
Anemia grave (< 8 g/dL) Referir ao pré-natal de alto risco.
7. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) As últimas recomendações do Institute of
Medicine (Weight gain during pregnancy: reexamining the guidelines. Rasmussen KM, Yaktine AL
Editors: Institute of Medicine. USA: National Research Council, 2009) em relação à avaliação
antropométricas das gestantes adolescentes são para categorização do Índice de Massa Corporal
(IMC):
a) deve-se utilizar os pontos de corte específicos para adolescentes propostos pela OMS e; o ganho
de peso gestacional preconizado para esse grupo deve ser diferente do recomendado para as
gestantes adultas, sendo apresentadas as faixas de ganho de peso específicas para as adolescentes
b) o comitê do IOM (2009) sugere que pode-se utilizar os pontos de corte específicos para
adolescentes propostos pela OMS ou os pontos de corte propostos para adultas e; as faixas de
ganho de peso gestacional devem ser as mesmas recomendadas para as gestantes adultas
c) deve-se utilizar os mesmos pontos de corte propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
para adultas e; o ganho de peso gestacional preconizado para as adolescentes deve seguir o mesmo
padrão recomendado para as adultas
d) o comitê do IOM (2009) sugere que pode-se utilizar os pontos de corte específicos para
adolescentes propostos pela OMS ou os pontos de corte propostos para adultas e; as faixas de
ganho de peso gestacional devem ser as mesmas recomendadas para as gestantes adultas, com
exceção das adolescentes de baixa estatura (<157cm) e negras que para estes casos é recomendado
o limite máximo de ganho de peso recomendado para cada categoria de IMC pré-gestacional

GABARITO:C
Para a avaliação nutricional e recomendação para ganho de peso, o MS
preconiza os mesmos procedimentos para gestantes adultas, no entanto, o
acompanhamento da evolução da estatura deve ser realizado em todas as
consultas, já que se encontra em fase de crescimento.
9. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) O cuidado nutricional tem sido
apontado como um importante aliado na prevenção e tratamento desta intercorrência
gestacional. Assinale a opção CORRETA referente à assistência nutricional da gestante
com síndrome hipertensiva da gestação:
a) a avaliação antropométrica deve ser realizada com base nos mesmos critérios
propostos
para gestantes adultas e adolescentes saudáveis.
b) mulheres com sobrepeso ou obesas devem ganhar o limite inferior da faixa de
ganho de peso preconizada.
c) a dieta hiperproteica (≥ 2,5 g/kg/dia) tem sido recomendada, visando à redução da
hipoproteinemia e adequado desenvolvimento fetal.
d) a restrição de líquidos é recomendada nos casos de pré-eclâmpsia.

GABARITO:A

A doença hipertensiva é uma COMPLICAÇÃO MATERNA que propicia: BPN, asfixia, RCIU,
↑ necessidade de partos cirúrgicos e prematuros, ↑ taxa de mortalidade perinatal e fetal.
10. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Para a correta classificação do estado
antropométrico das gestantes adolescentes, deve-se proceder a avaliação do Índice de
Massa Corporal (IMC) pré-gestacional adotando-se como referência:
a) os valores de IMC para idade de meninas de 5 a 19 anos propostos pela Organização
Mundial da Saúde (2007) e a classificação do IMC pré-gestacional proposto pelo
Ministério da Saúde no manual de assistência pré-natal, especifico para adolescentes
b) os valores de IMC para idade gestacional de meninas de 5 a 19 anos propostos pelo
Ministério da Saúde (2006), baseado na proposta de Atalah et al. (1997)
c) os valores de IMC para idade de meninas de 5 a 19 anos propostos pela Organização
Mundial da Saúde (2007) e, a classificação do estado nutricional da adolescente, segundo
a classificação adaptada da proposta do Ministério da Saúde (2008) para o Sisvan
d) os valores de IMC para idade de meninas de 5 a 19 anos e a classificação do estado
nutricional propostos pelo Institute of Medicine (2009)
GABARITO:C
IMC para idade de meninas sugerido pela WHO, 2007 (http://www.who.int/growthref/).
Classificação para avaliação do EM pré-gestacional de adolescentes
segundo a curva OMS de IMC/idade
Percentil Escore-z Diagnóstico
<3 < -2 Baixo Peso
≥ 3 e < 85 ≥ -2 e < +1 Adequado ou eutrofico
≥ 85 e <97 ≥ +1 e <+2 Sobrepeso
≥ 97 ≥ +2 Obesidade
11. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO / UNIRIO 2014) É expressivo o número de gestantes
anêmicas. A correção desta deficiência objetiva atender às demandas aumentadas de
ferro, corrigindo as baixas concentrações de hemoglobina. É CORRETO afirmar que a
suplementação

a) com ferro medicinal, não é recomendada.


b) é de 80-200 mg de ferro elementar em duas doses diárias.
c) é de 60-120 mg de ferro elementar em duas doses diárias.
d) é de 200-250 mg de ferro elementar em duas doses diárias.
e) é de 60-80 mg de ferro elementar em duas doses diárias.

GABARITO:C

Ausência de anemia: 60 mg/dia de Fe elementar e 5mg de ácido fólico, a partir 20ª SG


Anemia leve a moderada: 120 a 240 mg de Fe elementar/dia
Anemia grave: Referir ao pré-natal de alto risco.
12. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Os edulcorantes recomendados
para uso na gestação, atentando para recomendação máxima, segundo a American
Diabetes Association são:

a) acessulfame K, sucralose, sorbitol e stévia


b) frutose, stévia e sucralose
c) acessulfame K, aspartame, neotame, sacarina e sucralose
d) frutose, ciclamato de sódio e neotame

GABARITO:C

EDULCORANTES

•Os permitidos pela ADA são: aspartame, acessulfame K, sacarina, sucralose, e


neotame, sendo indicados SOMENTE nos casos de diabetes, além dos álcoois açúcares
disponíveis no Brasil – sorbitol, manitol, xilitol e amido hidrolisado.
13. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) A recomendação de ingestão
dietética de vitamina A durante a gestação e lactação, para mulheres adultas de
19 a 50 anos, são respectivamente:

a) 750 μgRE/dia e 1200 μgRE/dia


b) 770 μgRE/dia e 1200 μgRE/dia
c) 770 μgRE/dia e 1300 μgRE/dia
d) 750 μgRE/dia e 1300 μgRE/dia

GABARITO:C
14. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO / UNIRIO 2013) Hormônios presentes na gestação
como a progesterona desencadeiam uma série de adaptações fisiológicas
necessárias ao transcorrer normal do período. É adaptação fisiológica

a) Redução da Produção Salivar. DÉBITO CARDÍACO: ↑ DE 30 A 40%


b) Melhora da Cefaléia. HEMODILUIÇÃO → ANEMIA FISIOLÓGICA.
c) Hiperventilação Pulmonar. FLUXOS SANGUÍNEOS CEREBRAIS E
d) Distúrbio Hipotensivo da gravidez. HEPÁTICOS INALTERADOS.
e) Redução do Débito Cardíaco.
↑ TFG E DO FLUXO RENAL
GLICOSÚRIA FISIOLÓGICA.

GABARITO:C

↑ VENTILAÇÃO PULMONAR, MELHORAR


AS TROCAS GASOSAS ENTRE MÃE E FETO

↓ ÚLCERAS E MELHORA DAS EXISTENTES.


HIPOTONIA DO TGI = CONSTIPAÇÃO,
HEMORROIDAS, RGE.
ESTASE BILIAR
15. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO / UNIRIO 2013) O peso de nascimento de um recém -
nascido é determinado pela extensão da gestação, pelo peso pré-gestacional
materno e pelo ganho de peso materno durante a gestação. Durante os primeiros
dias de vida, o recém nascido, geralmente,

a) perde 10 % de seu peso ao nascimento.


b) ganha 10 % de seu peso ao nascimento.
c) perde 15% de seu peso ao nascimento.
d) ganha 5% de seu peso ao nascimento.
e) perde 15% de seu peso ao nascimento.

Colostro
Constituinte Leite maduro Leite de vaca
(1-5dias)
GABARITO:A Energia (Kcal) 58 70* 67,8
O colostro tem em sua Lactose (g) 5,3 7,3 4,9
composição pouca Proteína total (g) 2,3 0,9 3,5
Caseína (%) 10 40 82
gordura, o que otimiza a
Proteína do soro (%) 90 60 18
perda de 10% do peso a-lactoalbumina (mg) 218 161 --
em relação ao Gordura total (g) 2,9 4,2 3,8
nascimento.
Ferro (μg) 0,45 0,4 0,05
16. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2015) Recém-nascidos com menos de 37
semanas completas de gestação apresentam algumas particularidades que podem
influenciar na conduta dietoterápica. A respeito de suas características sistêmicas
e/ou metabólicas, pode-se afirmar que ocorre:

a) redução da atividade da cistationase


b) redução da capacidade de realizar lipólise
c) aumento da reabsorção de sódio e glicose
d) aumento da ação da carnitina-acil-transferase

GABARITO:A
Metabolismo das proteínas:
ESTADO CATABÓLICO PROTÉICO → ↑ uréia, ácido
úrico, creatinina e do íon amônio
AA essenciais no RNPT → CISTEÍNA E TAURINA Redução da atividade
17. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO /UNIRIO 2013) A nutriz está constantemente exposta a uma
grande variedade de substâncias que podem ser transferidas para seu leite. Analise as
assertivas abaixo como Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

I) A cafeína pode ser excretada no leite, com pico de secreção em cerca de 1GABARITO:D
hora após
a ingestão. Porém, com o consumo de uma xícara de café pela nutriz, o lactente recebe
quantidades baixas para ter efeito clínico.
II) A ingestão de álcool em pequenas doses (1 lata / dia de cerveja) estimula a secreção
de prolactina e, portanto, a produção de leite materno.
III) O hábito de fumar pode contribuir para o menor desempenho na lactação, pois
promove um efeito inibidor sobre os níveis de prolactina e ocitocina.

A CORRETA correlação é a seguinte:


a) I - V, II - V, e III - V. Efeito tóxico para o feto, causando Fumantes possuem
anomalias fetais, RCIU e síndrome fetal 10% de redução na
b) I - F, IIConsumo
- V e III - V. alcoólica. Doses elevadas capacidade de
excessivo: BPN,
c) I - F, II - F, e III - F. comprometem o transporte de O2 pelo transportar O2 e
PMT,
d) I - V, II - F e III - V.
malformações cordão umbilical possui alta capacidade nutrientes
e) I - V, II - V e de
Consumo III 1- F. de absorção e efeito vasodilatador, (compromete 200 a
xícara de café, o atravessando com facilidade a barreira 250g o peso ao
lactente recebe placentária e encharcando o líquido nascer). Componentes
quantidades amniótico e os tecidos fetais. oxidantes da fumaça
baixas para ter Afeta o metabolismo das ptn, ácido podem comprometer:
efeito clínico. fólico, B6, niacina, tiamina, Mg e Zn. vit C, β-caroteno, B12,
B6 e folato.
18. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2014) Mãe de prematuro de muito
baixo peso encontra-se em uma Unidade de Cuidados Especiais, apresentando
quadro clínico que inviabiliza a ordenha de seu leite materno. O recém-nato está
com um dia de vida, pesando 1.400g, sem contraindicações para iniciar suporte
nutricional. Neste caso, o leite mais adequado para nutrição enteral mínima é:

a) colostro cru da própria mãe


b) colostro cru de outra mãe de recém-nato pré-termo
c) humano pasteurizado de baixo valor calórico de mãe de recém-nato a termo
d) humano pasteurizado de mãe de recém-nato pré-termo, alternando com
fórmula artificial

GABARITO:C

A 1º INDICAÇÃO é a utilização do LEITE MATERNO, principalmente pelo seu elevado


teor de fatores imunológicos, porém alguns autores defendem a suplementação de
cálcio, fósforo e proteínas, alegando que o leite da mãe do PMT não apresenta
composição compatível com sua elevada taxa de crescimento.
Defasagem na produção de nutrientes no leite, pois o mesmo geralmente é
ordenhado, devido à incapacidade de sucção do PMT. Quando o leite é ordenhado, a
produção não é tão eficaz quanto aquele extraído em volume adequado pela sucção
do bebê a termo.
19. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Há consenso de que, no manejo da
nutrição do recém-nascido de muito baixo peso, o suporte nutricional deve ser
iniciado logo após o nascimento e a nutrição trófica tem sido considerada como um
estímulo para a maturação do trato gastrointestinal.
Os efeitos da ausência da dieta na luz intestinal são:
a) Redução do infltrado mononuclear e eosinofílico, edema de lâmina própria e
redução dos níveis de dissacaridases
b) Aumento na secreção de IgA secretória, aumento da relação vilosidade/cripta da
mucosa intestinal e redução da absorção de macromoléculas
c) Aumento da produção de mucina, aumento da susceptibilidade às infecções e
diminuição do transporte de nutrientes através do epitélio
d) Redução da síntese de novos enterócitos, dos níveis de dissacaridases e da
secreção de ácidos biliares conjugados

GABARITO:D
20. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2014) Durante a primeira consulta
multiprofissional em um ambulatório de pediatria, mãe de gêmeos nascidos a termo,
com um mês de vida e plena capacidade de sucção e deglutição, relatou amamentar
seus filhos de três em três horas para poder descansar. Foram constatadas evacuações
em pequena quantidade e frequência urinária inferior a seis vezes ao dia.
Neste caso, a orientação para promoção e incentivo ao aleitamento materno é a:

a) prática de banhos quentes para aumentar a produção de leite para os gemelares


b) amamentação em livre demanda ao longo do dia e durante a noite de 3 em 3 horas
c) amamentação somente de um dos gemelares e oferecer ao outro apenas o copinho
com o leite ordenhado da mãe
d) prática da amamentação simultânea, com esvaziamento completo das mamas,
alternando em cada mamada os seios para cada criança

GABARITO:D
21. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) É uma das consequências da oferta
proteica excessiva na terapia nutricional para recém-nascidos de baixo peso:

(A) Alcalose metabólica


(B) Falência respiratória
(C) Acidose metabólica
(D) Intolerância à lactose

ELEVADO TEOR DE PROTEÍNAS GABARITO:C


E ELETRÓLITOS

↑ a CSR ↓
Hipernatremia
(carga de capacidade
↓ TFG e acidose
soluto de [ ] de
metabólica
renal) solutos
22. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2013) Lara é primigesta, tem sentido dor
e desconforto ao amamentar seu filho Pedro, interrompendo os períodos de
mamadas e levando ao ingurgitamento mamário. A residente de nutrição do
ambulatório de pós-natal recomendou à Lara quanto ao seguinte cuidado com as
mamas:
a) suspensão do aleitamento materno
b) aplicação de compressas frias
c) uso de compressas mornas
d) exposição ao sol TRAUMA OU FISSURA MAMÁRIA

Ingurgitamento mamário GABARITO:B


Congestão e ↑ da vascularização; acúmulo de leite, edema, devido
congestão e obstrução dos vasos linfáticos

- Compressa quente: ↑ vascularização da mama e faz com que o leite seja extraído com
mais facilidade, porém tem efeito rebote em ↑ produção láctea, AGRAVANDO O
INGURGITAMENTO;
- Compressa fria: provoca vasoconstricção, ↓ intensidade do ingurgitamento e alivia o
desconforto materno em relação à temperatura das mamas. Entretanto, se for mal
conduzida pode prejudicar a lactação, pois ↓ produção da prolacEna e ocitocina.
23. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Qual a fração protéica do leite de vaca
mais associada a processos alérgicos em crianças?

a) Alfa-lactoalbuminia
b) Albumina sérica bovina
c) Beta-lactoglobulina
d) Caseína

Alfa-lactoglobulina 2,6 Alfa-lactoglobulina 1,3


Beta-lactoglobulina 0 Beta-lactoglobulina 3,6
Lisozima 0,5 Lisozima ---
IgA 1 IgA ---
IgG 0,03 IgG 0,6

GABARITO:C
24. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Diante da recusa de ingestão de
um determinado alimento por uma criança em transição para alimentação familiar a
atitude recomendada é:

a) oferecer recompensas para estimular a aceitação


b) respeitar e não oferecer mais esse alimento GABARITO:D
c) forçar a ingestão mesmo contrário à aceitação da criança
d) respeitar e tentar oferecer em outra ocasião

25. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO / UNIRIO 2013) Os alimentos complementares durante o


primeiro ano de vida devem ser criteriosamente selecionados. Relacione, corretamente,
colunas I e II. A CORRETA correlação dos alimentos e os respectivos motivos para serem
evitados, nessa fase, é
Coluna I Coluna II
( )Leite de vaca integral 1) Contém pouca quantidade e baixa
a) 2, 3, 3, 1
biodisponibilidade de ferro.
b) 3, 1, 1, 2
( )Espinafre 2) Contém Nitratos.
c) 1, 2, 3, 3
( )enlatados 3) Há risco de contaminação.
d) 1, 1, 2, 3
( )mel
e) 2, 1, 1,3

GABARITO:C
26. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) A realização da ordenha do leite
materno é útil para as mulheres que precisam se ausentar devido ao trabalho, por
exemplo. Os procedimentos corretos sobre a ordenha, conservação e oferta do leite
materno ao bebê consistem em higienização das mãos; massagem nas mamas e:

a) desprezar primeiros jatos de leite de cada seio; ordenhar o leite diretamente


dentro de um frasco de vidro; estocar na geladeira ou freezer; aquecer o recipiente
com o leite em água quente (não fervente); oferecer ao bebê em copo pequeno.

b) ordenhar o leite diretamente dentro de uma mamadeira pequena; estocar na


geladeira ou freezer (tempo máximo de 15 dias); aquecer a mamadeira em água
quente (não fervente); oferecer ao bebê na mamadeira ou em uma chuquinha.

c) não é necessário desprezar primeiros jatos de leite dos seios; ordenhar o leite
diretamente dentro de um frasco de vidro; estocar na geladeira (tempo máximo de
12 horas) ou freezer (tempo máximo de 30 dias); amornar o leite em uma panela;
oferecer ao bebê em copo pequeno.

d) não é necessário desprezar primeiros jatos de leite dos seios; ordenhar o leite
diretamente dentro de um frasco de vidro; estocar na geladeira (tempo máximo de
24 horas) ou freezer (tempo máximo de 30 dias); aquecer o recipiente com o leite em
água quente ou em microondas; oferecer ao bebê em copo pequeno.
GABARITO:A
27. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Menino de 8 meses, pesando 8 kg,
eutrófico, sem intercorrências, está na unidade de saúde e mãe refere a seguinte história
alimentar: fruta da época às 9 horas da manhã; almoço com alimentos dos diversos grupos
às 12 horas; leite materno nos demais horários. Mãe retornará ao trabalho quando criança
fizer 12 meses de idade. Considerando a situação apresentada, a conduta nutricional
deverá ser:
(A) no lanche da tarde, incluir o leite de vaca, em substituição ao leite materno; introduzir
o jantar com alimentos de todos os grupos; iniciar suplemento de ferro.
(B) no lanche da tarde, incluir uma fórmula infantil de seguimento, em substituição ao leite
materno; introduzir o jantar com alimentos de todos os grupos; não iniciar suplemento de
ferro uma vez que a fórmula infantil é adicionada de ferro.
(C) no lanche da tarde, além do leite materno, incluir uma fruta; introduzir o jantar com
alimentos de todos os grupos; iniciar suplemento de ferro.
(D) no lanche da tarde, incluir uma fruta, além do leite materno; introduzir uma sopa de
legumes variada no jantar; iniciar suplemento de ferro após a interrupção total do
aleitamento materno.

GABARITO:C
28. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Você está atendendo uma mãe com
seu filho de 25 dias de vida que está em aleitamento materno exclusivo e ganho de
peso inferior ao desejável. Mãe e bebê não apresentam intercorrências clínicas, os
exames bioquímicos de ambos estão inalterados e mãe não utiliza nenhum tipo de
medicamento ou drogas ilícitas. É considerado fundamental antes de definir a conduta
a ser tomada solicitar à mãe que:
a) informe seu consumo alimentar habitual para verificar se a alimentação é
inadequada, o que sugere baixa produção láctea
b) que ela faça a expressão manual da mama para verificar se há produção adequada
de leite
c) que informe seu consumo hídrico habitual para verificar se é inadequado, o que
sugere baixa produção láctea
d) amamente o bebê na sua frente para que você possa observar se há pega incorreta,
o que sugere esvaziamento inadequado da mama

GABARITO:D
29. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2013) Robson tem 4 meses e apresenta
Tetralogia de Fallot. Hoje está internado na UTI pediátrica no 2° dia após a cirurgia
corretiva, sem apresentar complicações. A nutricionista Eveline calculou o valor
energético total diário de Robson, após utilizar uma fórmula preditiva de:

a) gasto energético total


b) taxa metabólica basal
c) valor energético de repouso
d) índice prognóstico nutricional

GABARITO:B
30. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Uma criança de oito meses,
eutrófica, amamentada exclusivamente até os seis meses, já está recebendo
alimentação complementar. A melhor combinação de alimentos para o almoço do
bebê é:
a) purê de cenoura, feijão amassado e frango desfiado. todos os alimentos podem ser
refogados com óleo de soja e temperos caseiros. sobremesa: suco de laranja lima
b) purê de inhame, purê de abóbora, feijão amassado e peixe desfiado. todos os
alimentos podem ser refogados com óleo de soja e temperos caseiros. sobremesa:
papa de mamão
c) arroz amassado, purê de abóbora, feijão (somente caldo) e carne bovina moída.
todos os alimentos devem ser cozidos em água e sal. sobremesa: gelatina
d) arroz, purê de aipim, feijão amassado e ovo mexido. todos os alimentos podem ser
refogados com óleo e temperos caseiros. Sobremesa: geléia de mocotó

GABARITO:B
31. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Menino de 9 meses, eutrófico,
apresenta valor de hemoglobina de 11,2 g/dL. Além de orientações alimentares
específicas para esta criança, é necessário prescrever suplementação de ferro,
realizada da seguinte forma:

a) dose profilática de ferro (25 mg/dia) até a idade de 18 meses, segundo o


“Programa Saúde de Ferro” do Ministério da Saúde
b) dose profilática de ferro (1 mg/kg/dia) até a idade de 2 anos, segundo
recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria
c) dose profilática de ferro (25 mg/dia) até a idade de 2 anos, segundo o “Programa
Saúde de Ferro” do Ministério da Saúde
d) dose de tratamento para anemia ferropriva (3 a 5 mg/kg/dia) durante 3 meses,
segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria

Classificação da anemia para crianças e adolescente


Valor de hemoglobina (g/dL)
Administrar sulfato ferroso para todo
Idade lactente, nascido a termo, que
Anemia Leve Mod Grave
não estiver em
6 meses a 4anos e 11m
aleitamento materno
< 11
exclusivo
10 a 10,9
ou em uso
7 a 9,9
de <7
fórmula
5 a 11 anosinfantil fortificada, na dose
< 11,5 de 1mg/kg/dia
10 a 11,4 até os
7 a 9,9dois anos
<7
12 a 14 anos <de
12idade. 10 a 11,9 7 a 9,9 <7
Feminino* < 12 10 a 11,9 7 a 9,9 <7
≥ 15 anos
Masculino < 13 12 a 12,9 9 a 11,9 <9
GABARITO:B
32. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2015) Uma criança de um ano e dois
meses de idade foi encaminhada à internação hospitalar com quadro de sonolência
e hipotermia, apresentando edema e P/I, P/E e E/I abaixo do escore-Z -3. A conduta
para o tratamento dessa criança na fase de estabilização é:

a) indicar nutrição via sonda se a ingestão oral for menor que 100kcal/kg/dia
b) corrigir de imediato as deficiências de vitamina A, ácido fólico e ferro
c) iniciar dieta cautelosamente, oferecendo entre 150 a 220kcal/kg/dia
d) prescrever dieta com 1 a 1,5g/ptn/kg/dia e baixo teor de lactose
FASES PASSOS
Fase I Passos 1 e 2: Tratar/prevenir hipoglicemia e hipotermia
Inicial/Estabilização Passo 3: Tratar desidratação e choque séptico
Passo 4: Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos (Zn, Cu, Se, Fe, vit A e ácido fólico)
Passo 5: Tratar a infecção
Fase II Passo 6: Corrigir deficiência de micronutrientes (vit A, zinco, ferro : 2ª sem de tto)
Reabilitação Passo 7: Reiniciar a alimentação cautelosamente
Passo 8: Fase de Reabilitação ou de Crescimento Rápido
Passo 9: Afetividade, estimulação, recreação e cuidado
Fase III Passo 10: Preparar para alta e o acompanhamento pós alta
Acompanhamento
Ferro: Previne/corrige anemia e melhora cognição e o crescimento, entretanto NÃO é
recomendada na fase de estabilização inicial, pois agrava infecções→ Suplementar somente
a partir da 2a semana de tto, qdo ocorrer ganho de peso e recuperação do apetite.
33. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Uma menina de 2 anos, PA= 8 kg,
com desnutrição grave, já passou por todas as etapas da fase de estabilização (fase I)
do tratamento da desnutrição e está pronta para a fase de reabilitação (fase II). Já
tendo passado pela transição gradual da dieta da fase I para fase II, a recomendação
de energia e proteína é de:

(A) 1200 kcal/dia e 12 g de proteína/dia.


(B) 1600 kcal/dia e 36 g de proteína/dia.
(C) 800 kcal/dia e 32 g de proteína/dia.
(D) 640 kcal/dia e 12 g de proteína/dia.

Características da dieta da fase de reabilitação


Volume Até 200 mL/kg/dia
Energia 150 a 220 kcal/kg/dia
Proteína 4 a 5 g/kg/dia

GABARITO: B
34. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Considere uma criança de 2 anos,
apresentando constipação intestinal (eliminação de fezes ressecadas, 3 vezes por
semana). A primeira conduta a ser estabelecida para o tratamento é orientar:

a) aumento no consumo diário de todos os tipos de frutas, legumes e verduras e aumento


no consumo de água.
b) ingestão regular de frutas laxantes como sobremesa e aumento no consumo de sucos
de fruta não coados.
c) inclusão de aveia nas refeições lácteas e aumento da atividade física da criança.
d) inclusão de cereais integrais nas grandes refeições e aumento no consumo de sucos de
fruta.
GABARITO:A
35. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2015) Criança com dois anos,
apresentando diarreia aguda, sem desidratação, iniciou suplementação de zinco
com o objetivo de repor perdas e diminuir a gravidade, duração e ocorrência de
novo caso de diarreia. A dosagem de zinco (em mg) e o tempo de duração (em dias)
desta suplementação, respectivamente, deverá ser de:

a) 15 a 25 / 6 a 10
b) 10 a 20 / 6 a 10
c) 15 a 25 / 10 a 14
d) 10 a 20 / 10 a 14

PLANO A - Indicado para crianças com DIARREIA AGUDA, mas SEM DESIDRATAÇÃO.

1) Aumentar a oferta de líquidos:


50 a 100 mL de SRO para lactentes (até 2 anos)
100 a 200 mL para crianças maiores (2 a 10 anos) após cada evacuação.
2) Prescrever SUPLEMENTO DE ZINCO (10 a 20 mg) durante 10 a 14 dias
3) Manter a alimentação habitual da criança.
4) Orientar a família sobre o reconhecimento de sinais de desidratação, piora do
quadro e quando retornar ao serviço.

GABARITO:D
36. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) No atendimento de uma
criança de 2 anos, com diabetes tipo 1, os objetivos glicêmicos são:

a) pré-refeição: 60-120 mg/dL; 2 horas pós-refeição: < 150 mg/dL; antes de deitar:
100- 180 mg/dL
b) pré-refeição: 180-160 mg/dL; 2 horas pós-refeição: < 200 mg/dL; antes de
deitar: 100- 200 mg/dL
c) pré-refeição: 80-180 mg/dL; 2 horas pós-refeição: < 200 mg/dL; antes de deitar:
100- 180 mg/dL
d) pré-refeição: 70-130 mg/dL; 2 horas pós-refeição: < 160 mg/dL; antes de deitar:
90-140 mg/Dl

Objetivos glicêmicos:
Idade (anos) Pré- refeição 2h pós-refeição Antes de deitar 3h da manhã
0-2 180-160 <200 100-200 >100
3-6 80-180 <200 100-180 >100
7-13 70-140 <180 100-160 >90
>13 70-130 <160 90-140 >90

GABARITO: B
37. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) As alergias alimentares são mais
prevalentes na faixa etária pediátrica. Atualmente, os prebióticos, probióticos e
simbióticos tem sido explorados como opção no manejo e prevenção dos processos
de sensibilização alimentar. NÃO é ação específica dos probióticos no trato
gastrointestinal:

a) competição da disponibilidade de nutrientes no cólon


b) aumento da absorção intestinal de cálcio
c) alta capacidade de aderência aos receptores específicos presentes na mucosa
d) hidrólise de proteínas com alto potencial alergênico

Probióticos
Definidos pela OMS como MO vivos que, quando administrados em quantidades
apropriadas, conferem beneficio à saúde do hospedeiro.
Os principais gêneros de bactérias avaliados como probióticos são os Lactobacillus e
Bifidobacterium. Algumas cepas de Escherichia coli e Bacillus, além do fungo
Saccharomyces cerevisiae também apresentam ação probiótica. A segurança dos
probióticos é grande, entretanto deve-se observar que eles estão contraindicados em
pacientes com comprometimento imunológico

GABARITO:B
38. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Na fase de reabilitação do tratamento
nutricional de crianças com desnutrição no Brasil é CORRETO afirmar que:

a) o ganho de peso esperado é de 25 g/kg/dia.


b) a quantidade de proteína não deve ultrapassar 1,5 g/ kg/dia
c) a oferta lipídica deve ser restrita nesta fase do tratamento
d) a taxa energética oferecida deve ser de 150 a 220 kcal/kg/dia

GABARITO:D
39. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2016) Pré-escolar de dois anos foi internada
na enfermaria de pediatria com quadro de diarreia grave, distensão abdominal e
anorexia. Apresentou escore-Z de estatura/idade = -2,1 e peso/idade = -2,5. Após o
teste sorológico para anticorpo antitransglutaminase tecidual ter dado positivo,
realizou-se biópsia intestinal confirmando diagnóstico de doença celíaca. Na primeira
etapa do tratamento, deve-se restringir o consumo de:

a) farinha de trigo, aveia e


leite de vaca
b) polvilho doce, farinha
de arroz e leite de vaca
c) farinha de trigo, farinha
de arroz e leite de soja
d) farinha de cevada,
gérmen de trigo e leite de
soja

GABARITO:A
40. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) Em um município da região
nordeste do Brasil foi realizada avaliação bioquímica em todas as crianças menores
de cinco anos de idade. Os resultados apontaram que 13% da população infantil
avaliada apresentava níveis séricos de retinol menor ou igual a 0,70 μmo/L. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (1996), é correto dizer que, no
município avaliado, entre as crianças menores de cinco anos de idade há uma
situação de:

a) hipovitaminose A, um problema de saúde pública moderado


b) hipovitaminose A, um problema de saúde pública leve
c) hipovitaminose A, um problema de saúde pública grave
d) carência subclínica de vitamina A

A OMS recomenda que regiões onde a prevalência de hipovitaminose A


2 a 10% da população → problema de saúde pública leve
11 a 19% da população → problema de saúde pública moderado
> 20% da população → problema de saúde pública grave

GABARITO:A
41. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2014) Pré-escolar neuropata com encefalopatia
crônica não evolutiva, em uso de fenobarbital, deu entrada no hospital com quadro
respiratório e desnutrição graves. Atualmente, encontra-se em fase de reabilitação do
tratamento da desnutrição e em dieta via oral. Considerando o tratamento
medicamentoso e nutricional deste paciente, a oferta mínima em kcal/kg/dia e os
micronutrientes que devem ser suplementados são respectivamente:

a) 150 / ácido fólico, vitaminas B12, B6, K, D Crianças com DEP grave: seguir as normas
b) 130 / ácido fólico, vitaminas C, B1, K, E do manual do desnutrido grave da WHO.
c) 150 / selênio, vitaminas B12, A, B6, E Na fase de estabilização, deve-se aumentar
d) 130 / selênio, vitaminas C, A, B1, D a TMB gradativamente até atingir 1,5x a
necessidade energética basal.

Integração droga/nutriente
Drogas Efeitos
Carbamazepina Anemia aplásica
Corticosteróides Retenção de sódio, intolerância à glicose, ↑
excreção Zn, Ca,K; ↑demandas de B6, C e D
Fenitoína ↓ [ ] sérica, se administrado junto com dieta
Fenobarbital ↓ absorção de ácido fólico, B12, B6, K e D
Óleo mineral ↓ absorção de A, D e K
Valproato Vômitos, diarreia e constipação
GABARITO:A
42. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2013) Cinara recebeu o diagnóstico de
fibrose cística após o teste do pezinho e hoje, com 2 anos, apresenta insuficiência
pancreática, estando compensada clinicamente. Numa interconsulta com o pediatra Ciro
e a nutricionista Pilar, os hábitos alimentares de Cinara foram analisados e, em um dos
cardápios elaborados, constava:

*desjejum: leite com achocolatado e pão com requeijão


*colação: maçã
*almoço: arroz, feijão, alface, tomate e agrião, frango refogado, cenoura sauté e laranja.

Para o cálculo da reposição enzimática, a dupla de profissionais orientou as seguintes


recomendações de unidade de lipase (UL) por quilo de peso de Cinara, para cada tipo de
refeição, respectivamente:

a) 1500 / 500 / 3000 A Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do
b) 1000 / 250 / 1250 Beijo Salgado, é uma doença genética. Comprometimento do
c) 500 / 0 / 1000 funcionamento das glândulas exócrinas que produzem
d) 250 / 0 / 500 substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) que ficam
mais espessas e de difícil eliminação.

Dose inicial: 500-1.000 U de lipase/g de gordura/refeição/dia OU


Dose inicial de 500-1.500U de lipase/kg/refeição/dia
Ribeiro JD et aI. Controvérsias na fibrose cística – do pediatra ao especialista. Jornal de
Pediatria - Vol. 78, Supl.2, 2002 GABARITO:C
43. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Uma ação educativa dirigida para
mães de adolescentes teve como objetivo "motivar o consumo alimentar
equilibrado de alimentos de acordo com seu grupo alimentar em dia inteiro".
Baseado nessa informação, diga quais dos assuntos abaixo não se adequariam
como conteúdo programático dessa ação:

(A) Distribuição da densidade energética de acordo com os micronutrientes em 24h.


(B) Composição de alimentos e organização dos grupos na pirâmide alimentar
(C) Balanceamento de macronutrientes por refeição e listagem de alimentos fonte
(D) Recomendações nutricionais de macro e micronutrientes GABARITO:A

44. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Algumas ações educativas


dirigidas ao público infantil podem desenvolver estratégias como associar
personagens infantis animados, que as crianças admiram, a alimentos in natura
como parte de um objetivo pra motivar a ingestão de frutas e hortaliças. Nesse
sentido, poderíamos esperar como uma avaliação positiva dessas ações educativas
voltadas para público infantil os seguintes aspectos no comportamento:

(A) interesse nos rótulos dos biscoitos recheados


(B) estímulo às brincadeiras com esses personagens
(C) ingerissem quase sempre arroz com feijão no almoço
GABARITO:D
(D) sensibilização para as saladas e sucos
45. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) É ação universal do nutricionista na
atenção básica à saúde:
a) identificação das práticas adotadas na alimentação da criança
b) identificação dos fatores que possam interferir na alimentação da criança(trabalho e
estado de saúde da mãe, aspectos culturais, socioeconômicos, apoio da família e do
parceiro conjugal)
c) identificação dos portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição,
incluindo desnutrição infantil, má-nutrição por micronutrientes e baixo peso, para o
atendimento nutricional específico
d) identificação e acompanhamento da evolução das práticas adotadas na alimentação
da criança
GABARITO:C
46. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2012) A estratégia planejamento familiar, que
é entendida como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos
iguais de constituição, limitação, ou aumento da prole pela mulher, pelo homem, ou pelo
casal (Lei no.9.263/96) é implementada pelo Ministério da Saúde (2006). A atenção em
planejamento familiar pode contribuir para a redução da morbimortalidade materna e
infantil. Nessa estratégia é prevista a avaliação pré-concepcional das mulheres antes de
uma gravidez e dentre as ações específicas a serem desenvolvidas nesta avaliação
relacionadas com a melhoria da saúde das mulheres, NÃO é prevista pelo Ministério da
Saúde (2006):

a) orientação nutricional visando à promoção do estado nutricional adequado, tanto


materno como do recém-nascido
b) orientações sobre os riscos do tabagismo e do uso rotineiro de bebidas alcoólicas e
outras drogas
c) administração preventiva de sulfato ferroso no período pré-gestacional, para a
prevenção da anemia gestacional
d) administração preventiva de ácido fólico no período pré-gestacional, para a prevenção
de defeitos congênitos do tubo neural, especialmente nas mulheres com antecedentes
desse tipo de malformações (5 mg, via oral/dia, durante 60 a 90 dias antes da concepção)

GABARITO:C
47. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2013) Menino de 06 anos apresenta
peso de 13,1 kg e altura de 107 cm. Preencha o gráfico de IMC/por idade. A
criança apresenta

a) baixo peso para a idade (desnutrição moderada). A segunda fase


do tratamento (Fase de Acompanhamento) é a etapa na qual a IMC=11,44 Kg/m2
necessidade energética é a mais elevada.

b) magreza acentuada (desnutrição moderada). A segunda fase do


tratamento (Fase de Reabilitação) é a etapa na qual a
recomendação de energia varia de 150 a 220 kcal/kg/dia.

c) magreza acentuada (desnutrição grave). Na primeira fase do


tratamento (Fase de Estabilização) a criança não deverá receber
dieta hipercalórica.

d) magreza (desnutrição moderada). A segunda fase do tratamento


(Fase de Reabilitação) é a etapa na qual a recomendação de
energia varia de 80 a 100 kcal/kg/dia.

GABARITO:C
49. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2016) Criança de oito anos foi internada na
enfermaria de pediatria com eliminação oral e retal de ascaris. Apresentava-se
hipocorado, com ascite, edema de membros inferiores, hipoalbuminemia (1,4g/dL) e
anemia ferropriva (hemoglobina = 8,2g/dL e hematócrito = 34,6%). O escore-z do
IMC/idade foi abaixo de 3 e da estatura/idade = -1,0. Nos primeiros sete dias de
internação, recomenda-se:

a) corrigir a desidratação com oferta líquida de 180mL/kg de peso/dia


b) corrigir a anemia ferropriva com ferro elementar (3mg/kg peso/dia)
c) oferecer dieta com 80 a 100kcal/kg de peso/dia
d) oferecer dieta com 4g proteína/kg de peso/dia

GABARITO:C
50. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 51. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA /
2013) Os valores de referência que UFRJ 2014) Os pontos de corte para
caracterizam dislipidemias em crianças, definição de hipercolesterolemia e
segundo critérios das Diretrizes de Prevenção hipertrigliceridemia em crianças e
da Aterosclerose na Infância e na Adolescência adolescentes, segundo critérios da I
são: Diretriz de Prevenção da Aterosclerose
a) Colesterol total ≥ 170 mg/dL e triglicerídios na Infância e Adolescência, são
≥ 130 mg/dL respectivamente:
b) Colesterol total ≥ 150 mg/dL e triglicerídios (A) ≥ 200 mg/dL e ≥ 150 mg/dL.
≥ 100 mg/dL (B) ≥ 250 mg/dL e ≥ 200 mg/dL.
c) Colesterol total ≥ 250 mg/dL e triglicerídios (C) ≥ 150 mg/dL e ≥ 100 mg/dL
≥ 110 mg/dL (D) ≥ 170 mg/dL e ≥ 130 mg/dL.
d) Colesterol total ≥ 200 mg/dL e triglicerídios
≥ 150 mg/dL

GABARITO:A Valores (mg/dL) GABARITO:D


Lipídios
Desejáveis Limítrofes Aumentados
Colesterol total ≤150 150-169 ≥170
HDL ≥45 --- ---
TG ≤100 100-129 ≥130
LDL ≤100 100-129 ≥130
52. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) Um adolescente do sexo
masculino, com 11 anos e 3 meses e diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 1,
compareceu à consulta com o nutricionista. Na avaliação antropométrica,
apresentava peso atual = 42,0 kg; estatura = 150 cm; e IMC ideal = 17,07 kg/m2.
Assinale abaixo o valor energético total (VET) recomendado para o planejamento
dietético do adolescente. (Necessidade de energia para meninos de 11 a 12 anos =
62,4 kcal/kg) é:

(A) 2600 kcal.


(B) 2200 kcal. IMC IDEAL= PI/E2
(C) 2400 kcal. 17,07= PI/2,25
(D) 1800 kcal. PI= 38,4 Kg
Necessidade energia meninos de 11 a 12 anos = 62,4 kcal/kg

GABARITO:C
53. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA / UFRJ 2014) A recomendação mais recente da
Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde para os índices
antropométricos adotados pela Vigilância Alimentar e Nutricional nos procedimentos
de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de adolescentes é:

(A) Peso em relação à idade


(B) Perímetro da cintura em relação à altura
(C) Índice de massa corporal em relação à idade
(D) Índice de massa corporal GABARITO:C

54. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2013) Nathaly tem 16 anos e é


acompanhada no setor de adolescentes de um hospital universitário pela equipe
multiprofissional que trata os transtornos do comportamento da alimentação. Na
entrevista, a equipe detectou a autoindução de vômitos e a utilização excessiva de
drogas laxativas. Ao exame, Nathaly apresenta-se eutrófica, com faringite e
equimoses nas articulações das mãos. Uma complicação característica do
comportamento alimentar apresentado por Nathaly é:
a) amenorreia
b) desnutrição
c) pilificação renal
d) desgaste dentário GABARITO:D
55. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2013) Há três consultas no ambulatório de
saúde do adolescente, Keyla é informada de que seu índice de massa corporal (IMC)
encontra-se adequado para seus 14 anos. Entretanto, apresentou aumento de
triglicerídeos e LDL-c séricos, e resistência à insulina, sendo, então, classificada como
adolescente “obesa de peso normal”. As alterações metabólicas descritas em Keyla
são resultantes do aumento da quantidade de gordura:

a) periférica
b) muscular
c) abdominal
GABARITO:C
d) pancreática

56. (RESIDÊNCIA NUTRIÇÃO CLÍNICA/ UERJ 2016) Paciente do sexo masculino, 17


anos, com diagnóstico de doença de Crohn desde a infância, foi submetido a uma
ressecção ileal. Nesta condição, pode ser necessária a suplementação de:

a) ferro, cromo e selênio


b) vitamina B6, B12 e B2
c) zinco, cálcio e magnésio
d) ácido fólico, vitamina D e B1 GABARITO:C

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