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 Alfafetoproteína (AFP)

-Câncer de Fígado

Outros:

- céls germinativas
- testículo
- ovário
- cels germinativas da região torácica

A AFP pode ajudar a diagnosticar e orientar o tratamento de câncer de fígado.


Os níveis normais de AFP são geralmente menores a 10 ng/ml. Os níveis da AFP
estão aumentados na maioria dos pacientes com câncer hepático. A AFP também
pode estar elevada na hepatite aguda e crônica, mas raramente acima de 100
ng/mL nestas doenças.

A AFP é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento do câncer de fígado.


Se o tumor for completamente removido cirurgicamente, o nível da AFP deve
voltar a valores normais. Se o nível subir, pode significar uma recidiva da doença.

A AFP também é maior em determinados tumores de células germinativas, como


alguns tipos de câncer de testículo, certos tipos raros de câncer de ovário e os
tumores de células germinativas que se originam na região torácica.

 Quinase do Linfoma Anaplásico (ALK)

-Câncer de Pulmão

Alguns cânceres de pulmão têm alterações no gene ALK que induz as células
cancerígenas a produzirem uma proteína que provoca o crescimento fora de
controle. Os tecidos tumorais podem ser estudados para alterações desse gene.

 BCR-ABL

-Leucemia Mielóide Cronica

As células da leucemia mieloide crônica (LMC) contém um gene anormal


denominado BCR-ABL. O exame de PCR pode detectar este gene em quantidades
muito pequenas no sangue ou na medula óssea. Em pessoas com alterações no
sangue e medula óssea que se parecem com as observadas na LMC, encontrar o
gene confirma o diagnóstico. Além disso, o achado do gene e seu valor podem
ser medidos e usados para guiar o tratamento.

 Beta-2-Microglobulina (B2M)

-Mieloma Múltiplo
-Leucemia Linfóide Crônica
-Linfomas

Os níveis sanguíneos do B2M estão elevados no mieloma múltiplo, leucemia


linfóide crônica e alguns linfomas, incluindo Macroglobulinemia de Waldenström.
Esses níveis também podem estar elevados em outras condições, como em
doenças renais e a hepatite. O B2M é útil no prognóstico a longo prazo em alguns
desses tipos de câncer. O B2M também é verificado durante o tratamento do
mieloma múltiplo e da Macroglobulinemia de Waldenström para avaliar a
resposta terapêutica.

 Antígeno Tumoral da Bexiga (BTA)

-Câncer de Bexiga

O BTA é encontrado na urina de muitos pacientes com câncer de bexiga. Pode


aparecer como a manifestação de algumas condições não cancerígenas, como
cálculos renais ou infecções do trato urinário. Às vezes é usado junto com NMP22
para determinar a recidiva do câncer de bexiga.

Este exame não é realizado com frequência. Não é tão eficaz quanto a cistoscopia
para detectar o câncer de bexiga, mas pode ser útil por permitir que a cistoscopia
seja realizada com menos frequência durante o acompanhamento do câncer de
bexiga. No momento, a maioria dos especialistas ainda considera a cistoscopia a
melhor maneira de diagnosticar e acompanhar a doença.

 BRAF

-Melanoma
-Câncer de Tireóide
-Câncer Colorretal

Mutações no gene BRAF podem ser encontradas no melanoma, no câncer de


tireoide e no câncer colorretal. Cerca da metade dos melanomas têm uma
mutação BRAF, na maioria das vezes o chamado BRAF V600. Esta mutação faz
com que o gene produza uma proteína BRAF alterada, que sinaliza as células de
melanoma para crescerem e se dividirem. Esta mutação pode ser estudada no
tecido tumoral.

 CA 15-3

- Câncer de Mama

Outros:

- Ca. de Pulmão
- Ca. Cólon
- Ca. Pâncreas
- Ca. de Ovário

O marcador tumoral CA 15-3 é usado principalmente em pacientes com câncer


de mama. Níveis sanguíneos elevados são encontrados em cerca de 10% dos
pacientes com doença inicial e em cerca de 70% dos pacientes com doença
avançada.

O valor normal é geralmente inferior a 30 U/ml, dependendo do laboratório. Mas,


valores da ordem de 100 U/mL podem ser observados em mulheres que não têm
câncer. Níveis deste marcador também podem estar elevados em outros tipos de
câncer, como o de pulmão, cólon, pâncreas e ovário.
 CA 19-9

- Câncer colorretal
- Câncer de Pâncreas

Outros:

- Ca. do trato digestivo


- Ca. estômago
- Ca. vias biliares

Ou em condições benignas (diferencial):

- doenças da tireoide
- artrite reumatoide
- doença inflamatória intestinal
- pancreatite

O marcador tumoral CA 19-9 foi desenvolvido para a detecção do câncer


colorretal, mas é mais frequentemente usado em pacientes com câncer de
pâncreas. Na doença inicial, o nível pode ser normal, por isso não é um bom
marcador para triagem. Ainda assim, é o melhor marcador tumoral para
acompanhamento de pacientes com câncer de pâncreas.

O CA 19-9 pode estar aumentado em outros tipos de câncer do trato digestivo,


como no câncer de estômago e de vias biliares, e, em algumas condições
benignas, como doenças da tireoide, artrite reumatoide, doença inflamatória
intestinal e pancreatite.

 CA 27-29

- Câncer de Mama

Outros:

- Ca. Colon
- Ca. estômago
- Ca. rim
- Ca. pulmão
- Ca. ovário
- Ca. pâncreas
- Ca. útero
- Ca. fígado

Outras condições benignas (diferencial)

- gravidez (primeiro trimestre)


- endometrioses
- cistos ovarianos
- doenças benignas da mama
- cálculos renais
- doenças hepáticas
O CA 27-29 é outro marcador que pode ser utilizado para o acompanhamento de
pacientes com câncer de mama, durante ou após o tratamento. Embora seja um
exame mais moderno que o CA 15-3, não é superior na detecção da doença inicial
ou avançada. E não se encontra aumentado em todas as pacientes com câncer
de mama.

Os valores normais geralmente são inferiores a 40 U/ml, dependendo do


laboratório. Este marcador pode estar aumentado em outros tipos de câncer,
como câncer do cólon, estômago, rim, pulmão, ovário, pâncreas, útero e fígado.
Ele também pode estar elevado em algumas condições benignas, por exemplo,
em mulheres durante o primeiro trimestre de gravidez e em pessoas com
endometriose, cistos ovarianos, doença benigna da mama, cálculos renais e
doenças hepáticas.

 CA 125

- Câncer de ovário (acompanhamento)

Outros:

- Ca. Pulmão
- Ca. Pâncreas
- Ca. Mama
- Ca. Fígado
- Ca. Cólon

CA 125 é o marcador tumoral padrão usado para acompanhar as mulheres


durante ou após o tratamento do câncer epitelial de ovário.

Os níveis sanguíneos normais são normalmente inferiores a 35 U/ml. Mais de


90% das mulheres com câncer de ovário avançado apresentam altos níveis de
CA 125.

Os níveis desse marcador também podem ser elevados em homens e mulheres


com câncer de pulmão, pâncreas, mama, fígado e cólon, e em pessoas que já
tiveram câncer.

 Calcitonina

- Carcinoma Medular da Tireoide

Outros (não recomendado para triagem):

- Ca. Pulmao
- Ca. Leucemias

A calcitonina é um hormônio produzido pelas células parafoliculares C da glândula


tireoide, que normalmente ajuda a regular os níveis de cálcio no sangue. Os
valores de calcitonina normais devem estar abaixo 5 a 12 pg/mL. No carcinoma
medular da tireoide (MTC), um tipo raro de câncer que começa nas células
parafoliculares C, os níveis sanguíneos deste hormônio são frequentemente
superiores a 100 pg/ml.
Este é um dos marcadores tumorais raros, que pode ser usado para ajudar a
detectar o câncer precocemente. Como o MTC é muitas vezes herdado, a
calcitonina no sangue pode ser medida para detectar o câncer em estágio inicial
em membros da família que se sabe estar em risco.

Outros tipos de câncer, como o de pulmão e leucemias, também pode elevar os


níveis da calcitonina, mas os exames de sangue para determinar a presença de
calcitonina não são normalmente usados para detectar esses tipos de câncer.

 Antígeno Carcinoembrionário (CEA)

- Ca. Coloretal (prognostico e não triagem)

Outros:

- Melanoma
- Linfoma
- Ca. Tireoide
- Ca. Pancreas
- Ca. Fígado
- Ca. Estômago
- Ca. Rim
- Ca. Próstata
- Ca. Ovario
- Ca. Colo de útero
- Ca. Bexiga

Outras condições (diferencial):

- Hepatite
- DPOC
- Colite
- Artrite Reumatóide
- Pancreatite

O CEA não é usado para diagnosticar ou detectar o câncer de intestino, mas é o


marcador de tumor preferido para ajudar a prever o prognóstico em pacientes
com câncer colorretal.

Os valores normais variam de laboratório para laboratório, e os fumantes


costumam ter níveis mais altos. Mas, mesmo em tabagistas, valores maiores do
que 5,5 ng/ml não são normais. Quanto maior o valor de CEA no momento do
diagnóstico significa probabilidade de doença avançada.

O CEA é também o marcador padrão utilizado para o acompanhamento de


pacientes com câncer colorretal, durante e após o tratamento. Desta forma, os
níveis de CEA são utilizados para monitorar a resposta terapêutica e detecção
precoce de uma recidiva após o tratamento.

O CEA pode ser usado para câncer de pulmão e de mama. Este marcador pode
também estar alterado em outros tipos de câncer, como melanoma, linfoma,
tireoide, pâncreas, fígado, estômago, rim, próstata, ovário, colo do útero e
bexiga. É importante mencionar que pode estar elevado em algumas doenças
benignas, como hepatite, doença pulmonar obstrutiva crônica, colite, artrite
reumatoide e pancreatite.

 Cromogranina A

- Tu. Carcinóides
- Neuroblastoma
- Câncer de Pulmão

Outras condições (diferencial):

- Uso de inibidores de bomba de protons

A cromogranina A (CgA) é produzida por tumores neuroendócrinos, que incluem


tumores carcinoides, neuroblastoma e câncer de pulmão de pequenas células. Os
valores de CgA estão muitas vezes aumentados em pacientes com essas
doenças.

É, provavelmente, o marcador tumoral mais sensível para os tumores


carcinoides. Está alterado em 1 de cada 3 pacientes com doença localizada e em
2 de cada 3 pacientes com doença metastática. Os níveis desse marcador
também podem estar elevados em algumas formas avançadas do câncer de
próstata com características neuroendócrinas. É difícil definir o valor normal para
CgA porque há diferentes maneiras de medir este marcador e cada um tem o seu
próprio parâmetro.

Tomar medicamentos inibidores da bomba de prótons, como omeprazol e


lansoprazol, pode aumentar os níveis de CgA em pessoas saudáveis, por isso seu
médico deve ser informado do uso desses medicamentos antes de você realizar
esse exame.

 Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR)

- Câncer de Pulmão de não pequenas células


- Câncer de Cabeça e Pescoço
- Câncer do Pancreas
- Câncer de Mama

Esta proteína, também conhecida como HER1, é um receptor que ajuda no


crescimento celular. O EGFR pode ser utilizado para guiar o tratamento e prever
os resultados do câncer de pulmão de não pequenas células, câncer de cabeça e
pescoço, câncer colorretal, câncer do pâncreas ou do câncer de mama.

 HE-4

- Câncer de Ovário – não é usado como triagem

Alguns tipos de câncer de ovário manifestam o gene HE-4, produzindo


quantidades maiores da proteína HE-4. Os níveis dessa proteína são medidos no
sangue e utilizados da mesma forma que o CA-125 para orientar o tratamento.
Este exame é mais frequentemente usado em pacientes com níveis normais de
CA 125. Os valores de HE-4 podem também aumentar em algumas condições
benignas, bem como com alguns outros tipos de câncer, por isso não é usado
como teste de triagem.
 HER2 (HER2/neu, erbB-2 ou EGFR2)

- Câncer de Mama
- Câncer de Estômago e Esôfago

HER2 é uma proteína que induz algumas células cancerígenas a crescer. Ela está
presente em quantidade maior do que o normal na superfície de células
cancerígenas em 1 em cada 5 pacientes com câncer de mama. Níveis superiores
aos normais também podem ser encontrados no câncer de estômago e esôfago.
Os tumores HER2-positivos tendem a crescer e se espalharem mais rapidamente
do que outros tipos de câncer.

Todos os cânceres de mama diagnosticados e cânceres avançados do estômago


devem ser investigados para HER2. Os tumores HER2-positivos responderem a
medicamentos que agem contra o receptor HER2.

 Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)

- Câncer de Testículo
- Câncer de Ovário
- Ca. Cels. Germinativas do Mediastino

Os níveis de HCG ou beta-HCG ou β-HCG no sangue estão aumentados em


pacientes com alguns tipos de câncer de testículo e ovário (tumores de células
germinativas) e doença trofoblástica gestacional, principalmente coriocarcinoma.
Eles também estão aumentados em alguns pacientes com tumores de células
germinativas do mediastino. Os níveis de HCG podem ser usados no diagnóstico,
para monitorar a resposta ao tratamento e para detectar precocemente uma
recidiva.

É difícil definir o valor normal HCG porque existem diferentes maneiras de avaliar
este marcador e cada um tem o seu próprio parâmetro.

 Desidrogenase Lática (LDH)

- Cancer de Testiculo
- Cels. Germinativas
- Linfoma
- Melanoma
- Neuroblastoma

O LDH é utilizado como marcador tumoral para o câncer de testículo e outros


tumores de células germinativas. Não é tão útil como o AFP e o HCG para o
diagnóstico, pois se eleva com muitas outras condições além do câncer, incluindo
problemas no sangue e fígado. Ainda assim, os níveis aumentados de LDH não
mostram um bom prognóstico de sobrevida. Os níveis de LDH, também são
utilizados para monitorar a resposta ao tratamento e a detecção de uma recidiva.

O LDH pode ser usado também em outros tipos de câncer, como linfoma,
melanoma e neuroblastoma.

 Enolase Neurônio Específa (NSE)


- - Cancer de Pulmao de pequenas células
- Neuroblastoma
- Tumor Carcinóide

Outros:

- Ca. Medular da Tireóide


- Melanoma
- Tu. Endócrinos Pancreáticos

O NSE, assim como a cromogranina A, é um marcador de tumores


neuroendócrinos, como o câncer de pulmão de pequenas células, neuroblastoma
e tumor carcinoide.

É um marcador útil no acompanhamento de pacientes com esses tipos de câncer.


Níveis elevados de NSE também podem ser encontrados no câncer medular da
tireoide, melanoma e tumores endócrinos pancreáticos.

 Antígeno Prostático Específico (PSA)

- Câncer de Próstata

O PSA é um marcador tumoral para o câncer de próstata. O PSA é uma proteína


produzida pelas células da glândula prostática, é encontrada apenas em homens.

O nível de PSA no sangue pode estar elevado no câncer de próstata, mas também
pode ser afetado por outras razões. Homens com hiperplasia prostática benigna,
um crescimento benigno da próstata, frequentemente têm níveis mais elevados.
O nível de PSA também tende a ser maior em homens mais velhos e aqueles com
próstatas infeccionadas ou inflamadas. Ele também pode estar elevado um dia
ou dois após a ejaculação.

O PSA é importante no monitoramento da resposta terapêutica e no


acompanhamento de homens com câncer de próstata. Nos homens tratados
cirurgicamente com objetivo de cura, o PSA deve cair para um nível indetectável.
O PSA também deve cair após o tratamento radioterápico. Um aumento no nível
do PSA pode ser sinal de recidiva.

 S-100

- Melanoma

S-100 é uma proteína encontrada na maioria das células de melanoma. As


amostras suspeitas de tecidos podem ser analisadas por este marcador para
ajudar no diagnóstico.

Alguns estudos demonstraram que os níveis sanguíneos de S-100 estão elevados


na maioria dos pacientes com melanoma metastático. Assim, este exame é às
vezes realizado para verificar disseminação da doença antes, durante ou após o
tratamento.

 Peptídeos Solúveis relacionados a Mesotelina (SMRP)


- Mesotelioma

Este exame é muitas vezes usado em conjunto com exames de imagem para
diagnosticar o mesotelioma. Também pode ser realizado para verificar uma
recidiva após o tratamento.

Os pesquisadores estão avaliando se o SMRP pode ser usado como uma


ferramenta de rastreamento em pessoas com alto risco para o mesotelioma.

 Tireoglobulina

- Câncer de Tireóide

Outras condições benignas (diferencial):

- antitireoglobulina : doenças autoimunes da tireoide

A tireoglobulina é uma proteína produzida pela glândula tireoide. Os níveis


sanguíneos normais dependem da idade e sexo da pessoa. Os níveis da
tireoglobulina se apresentam elevados em muitas doenças da tireoide, incluindo
algumas formas comuns de câncer da tireoide.

Os níveis de tireoglobulina no sangue devem cair para níveis indetectáveis após


o tratamento de um câncer da tireoide. Um aumento no nível da tireoglobulina
após o tratamento pode significar uma recidiva.

O sistema imunológico de algumas pessoas produzem anticorpos contra a


tireoglobulina, que podem afetar os resultados deste exame. Devido a isso, os
níveis de anticorpos antitiroglobulina são frequentemente investigados
simultaneamente.

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