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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARICÁ


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Quem conta um conto, escreve o futuro e…


Aprende
Desenvolve a oralidade
Aguça a curiosidade
Se encanta!

2023
Fabiano Taques Horta
Prefeito

Diego Zeidan C. Siqueira


Vice-prefeito

Adriana Luiza da Costa


Secretária de Educação

Marianne Mary da Fonseca


Subsecretária de Gabinete

Rodrigo Moura
Subsecretário de Administração e Inovação

Maura Pinto Silva


Gerente Pedagógica da Educação Infantil

Camila Bittencourt
Flavia Goudard
Júlia Abreu
Luciana Monteiro
Yasmin Correa
Yasmin Soares
Assessoras Pedagógicas da Educação Infantil
Aula de leitura
Ricardo Azevedo

A leitura é muito mais


do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.
Quem conta um conto…
Escreve o futuro …
Em uma concepção ampla do que é ler, entendemos que a leitura se inicia com a própria vida. Desde
o ventre, o bebê inicia suas leituras de mundo: lê a voz da mãe e daqueles que o rodeiam, lê os sons, as
canções e, logo, constitui-se como participante ativo no mundo da linguagem.
Segundo Reyes (2010, p. 40), a voz e o rosto humano são os primeiros textos com
os quais os bebês aprendem as bases da interação social e sobre os quais constroem
infinitas leituras.

O aprendizado da leitura não deve ser confundido com a simples


decodificação das palavras. Ler é construir sentidos sobre um texto, interpretando,
encantando-se e encontrando-se com autores, ilustrações e palavras escritas por
outros. Ler é interagir, é dar sua voz ao texto, é abrir possibilidades para a imaginação
e a criação.
Compreendemos a leitura como um convite para viver outras realidades e
outros mundos que, muitas vezes, só são possíveis através da imaginação. A leitura
nos atravessa como seres humanos, dialoga com nossos sentimentos, permite que
as pessoas se conectem com diferentes tempos e espaços. A leitura nos oferece
possibilidades de pensar o presente, passado e futuro, ampliando nossas
experiências e proporcionando novas aprendizagens.
Com o tema “Quem conta um conto, escreve o futuro...”, buscamos reafirmar o papel da literatura,
desde a primeira infância, na formação de seres humanos mais críticos, empáticos e criativos. Através das
narrativas dos contos, gênero textual que destacamos nesse projeto, é possível abranger uma diversidade
de objetivos presentes na BNCC e em outros documentos que regem a nossa rede de ensino. Porém, é
importante não perder a essência do que é a leitura numa concepção dialógica. Nessa perspectiva, a leitura
não se submete aos conteúdos e, por isso, não deve ser pensada apenas em função deles. Salientamos
que a leitura pode ser vivida como um momento deleite, sem que, necessariamente, haja uma outra proposta
pedagógica em seguida.
Além da leitura como deleite, existem diversas possibilidades do que fazer após uma leitura. Neste
documento, traremos algumas sugestões, mas cada
professor pode encontrar em sua prática e planejamento
outros caminhos possíveis.
A leitura de contos pode desempenhar um papel
importante no desenvolvimento de aspectos cognitivos e
afetivos das crianças. Ao encontrar nessas narrativas
personagens como bruxas, fadas e heróis, encontram
também com seus sentimentos e conflitos que, às vezes,
assemelham-se aos nossos. Os contos provocam um
deslumbramento no leitor e, inconscientemente, auxiliam na
percepção do mundo, das emoções e na resolução de
conflitos do dia a dia, pois são narrativas curtas que surgiram,
remotamente, da tradição oral de contar e narrar histórias. Passadas de geração em geração através da
oralidade, os contos passaram a ser desenvolvidos e registrados por meio da escrita, assumindo uma
estrutura própria e dividindo-se em categorias: contos de fadas, contos fantásticos, contos de ficção
científica, etc. Gênero que atrai crianças e adultos, os contos conseguem, através de histórias fictícias, fazer
com que os leitores estabeleçam relações entre as situações narradas com sentimentos e conflitos da vida
real. O contato com esse gênero desde a primeira infância favorece o gosto pela leitura e auxilia no
desenvolvimento de aspectos emocionais e afetivos das crianças, resgatando a necessidade tipicamente
humana de contar histórias.
O papel do mediador de leitura na Educação Infantil vai além de auxiliar na compreensão das
palavras presentes no texto. Bebês e crianças pequenas leem a sua maneira, expressando-se por meio de
diferentes linguagens (gestos, movimentos, olhares, sorrisos). Investir em livros com boas ilustrações,
modular a voz para tornar a história mais interessante, usar fantoches ou outros objetos para realizar uma
contação, podem tornar essa mediação mais atrativa. A postura do professor mediador também é valiosa
nesse momento: um momento de leitura que a criança não pode opinar, movimentar-se, expressar-se, é
empobrecida em seu caráter dialógico. O corpo é uma linguagem importante das crianças pequenas e,
muitas vezes, é através dele que obtemos um feedback das nossas práticas. Um olhar curioso e atento pode
revelar que aquela criança se interessou pela história, mesmo que nenhuma palavra seja dita por ela.
Ler e contar histórias são experiências diferentes, mas igualmente importantes para a formação das
crianças, sendo necessário que a escola estimule ambas as práticas. Para ler é necessário realizar a
decodificação da língua escrita e requer uma “construção dialógica de significados” (COLLELO, 2011, p.
53). Ler uma história em um livro, folhear suas páginas, são experiências que contribuem para que a criança
compreenda a direção da escrita das palavras em nosso sistema alfabético de escrita, além de valorizar o
bem cultural de guarda da literatura. A contação de histórias, por sua vez, não necessita do livro como
suporte e, nela, o contador emprestará seu corpo e sua voz para atrair o leitor à história. Enquanto na leitura,
é importante ser fiel ao texto e às palavras do autor, na contação isso se torna mais fluido a depender da
memória e criatividade do contador, podendo ser acompanhada de recursos como fantoches e outros
objetos que representem personagens. Contar histórias é uma tradição da cultura oral e foi por meio dela
que muitos contos foram narrados através de gerações.

Para Zilberman (2003. p.16), “a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do
gosto pela leitura, assim como um campo importante para o intercâmbio da cultura literária”. É na escola
que a criança, muitas vezes, terá seu primeiro contato com os livros, com as narrativas literárias e poderá,
ainda, disseminar tais conhecimentos em seu lar, com seus familiares, trazendo para sua vida, um novo
universo cheio de oportunidades, de conhecimento e exploração. Nesta perspectiva, a sala de aula é um
espaço privilegiado para vivências de práticas de leitura que ultrapassem os muros da escola, ajudem a ler
o mundo, ressignifique as histórias individuais e coletivas e encantem!

Letramento na Educação Infantil?


Em consonância com Soares (2009) e outros autores que trazem à reflexão o conceito de letramento,
entendemos que este é um processo que tem início antes mesmo da chegada das crianças à Educação
Infantil. Vivemos em um mundo letrado, em que a leitura e a escrita fazem parte de diversas práticas sociais
e culturais, despertando curiosidade e interesse nas crianças desde bem pequenas.
Em nossas instituições escolares, esperamos que o trabalho com a língua seja compreendido para
além da apropriação do código alfabético. Atividades de letramento precisam abarcar a linguagem em seu
aspecto vivo, capaz de convidar as crianças a serem co-autoras de textos, testarem suas hipóteses sobre a
escrita, fazerem leituras de mundo e brincarem com as palavras. Tudo isso é favorecido pela leitura de
histórias que, segundo Soares (2009) é uma atividade de letramento indispensável na Educação Infantil.
Pensar na leitura como atividade indispensável nas práticas pedagógicas com a primeira infância
demanda de nós, educadores, atenção ao nosso papel de mediadores de leitura. A mediação começa na
escolha dos livros, perpassa o modo como lemos com as crianças (damos abertura às suas manifestações
através de falas, movimentos, gestos?) e não se encerra no momento em que fechamos a última página.
Como mediadores, podemos provocar as crianças a irem além das palavras do texto, expressando suas
interpretações, suas lógicas e suas curiosidades antes, durante e após uma leitura.
As letras estão na capa de um livro, nos textos e também podem estar em cartazes coletivos e outras
produções da turma: registros significativos sobre o que se leu. Atividades de escrita devem ser incentivadas
desde a Educação Infantil, respeitando o tempo e as lógicas infantis, ora tendo o professor como escriba,
ora com as tentativas das crianças em se comunicar por meio da representação gráfica com desenhos,
garatujas ou escritos. Valorizar as produções infantis e os saberes das crianças é uma atitude importante
que amplia o interesse pela escrita, como uma forma de se dizer e dizer o mundo.
Acreditamos, conforme Vygotsky (2007), na importância de reconhecer também outras linguagens
como parte do processo de aprendizagem da escrita, como o gesto, o desenho, o faz de conta… Enquanto
gesticula, desenha ou cria um enredo na brincadeira, a criança está desenvolvendo habilidades necessárias
para o aprendizado da escrita.
Deste modo, as práticas de letramento que buscamos não tem um cunho preparatório para a
alfabetização, mas oportuniza maior acesso à cultura letrada que estamos imersos no cotidiano, ampliando
também as formas de expressão e a capacidade de interpretação de nossas crianças.
Esperamos que, ao longo do ano, a experiência com a leitura dos contos seja vivida como um
encontro de vozes e afetos, aberta ao encantamento, à troca de ideias e reelaborações diversas. Que as
crianças sintam-se parte importante das obras lidas, cocriadores do texto. Esperamos que a experiência de
leitura seja capaz de oferecer “o material simbólico inicial para que cada criança comece a descobrir não
apenas quem ela é, mas também quem quer e pode ser” (REYES, 2010, p. 15).
Partindo dos contos e histórias apresentadas em aula, sugerimos que sejam realizadas atividades,
como: reconto, dramatização, releitura de obras de arte, músicas, filmes, fotografias, suscitando a discussão
de temas, tais como alimentação, amizade, coletividade, afetividade e a organização social ao longo dos
tempos (vestuário, brinquedos e brincadeiras, etc.). Oralidade, leitura, escrita, artes, corpo e movimento
precisam ser entendidos como linguagens a serem trabalhadas de forma articulada, em que uma enriqueça
a outra. Assim, um conto pode convidar as crianças a uma brincadeira com o corpo ou a apreciarem obras
de arte que dialoguem com o texto. As falas das crianças podem virar escritos em um cartaz coletivo e,
acompanhando esses escritos, pode estar um desenho delas, mesclando, assim, oralidade, escrita e a
produção gráfica das crianças. Seja quais forem as linguagens combinadas, buscamos valorizar a autoria e
a participação das crianças em cada uma delas, cientes de que elas também têm muito a contar… “Quem
conta um conto, escreve o futuro…” é um Projeto que só ganha sentido na relação com as crianças, que
ouvem, interpretam e também contam: histórias, saberes, memórias…

Propostas, caminhos, possibilidades…


Viajando com os contos
Com o objetivo promover o acesso à literatura de qualidade, estreitar os laços de
parceria entre a família e a escola e, ainda, aproximar as crianças de seus familiares,
entendendo que a leitura é um momento de afeto, de relações com as palavras e com
os outros, propomos a construção coletiva de um mascote (tapete, sacola ou boneco)
que acompanhará os momentos de leitura ao longo do ano letivo. Recursos estes que
poderão viajar da escola até as casas das crianças juntamente com um livro de
literatura que, ao fim de um prazo estabelecido, deverá retornar à escola e seguir
viagem para outra casa.
Março: Contos de fadas
A magia dos príncipes, princesas, fadas, heróis e outros personagens
irão fazer parte dos nossos espaços, com músicas, desfiles,
apresentações teatrais, brincadeiras de faz de conta, dinâmicas que
valorizem a beleza de cada um e façam sorrir, com histórias leves e
divertidas.

● Branca de Neve e os Sete Anões - Jacob Grimm e Wilhelm


Grimm
● O Patinho Feio - Hans Christian Andersen
● Rapunzel e o quibungo - Cristina Agostinho e Ronaldo Simões Coelho
● João e o Pé de Feijão - Joseph Jacobs
● Joãozinho e Maria - Cristina Agostinho e Ronaldo Simões Coelho
● Cachinhos de Ouro - Robert Southey recontado por Ana Maria Machado.
Essa obra você encontra em:
https://colegiovillareal.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Cachinhos-de-ouro.pdf

Abril: Contos indígenas


As histórias dos povos originários encantam e contam quem somos nós e como somos constituídos, na
miscigenação e no encontro. A partir dos contos indígenas, podemos propor a confecção de brinquedos e
brincadeiras, criar tintas com elementos naturais, estimular a alimentação saudável através de piqueniques,
dentre outras possibilidades, valorizando a cultura indígena, com seus costumes e saberes.

● Aldeias, palavras e mundos indígenas – Valéria Macedo


● Tulu: em busca de um lugar para viver – Donaldo Buchweitz
● Kunumi guarani - Werá Jeguaka Mirim
● Kabá Darebu - Daniel Munduruku e Marie Therese Kowalczyk
● Poeminhas da terra - Márcia Leite e Tatiana Moés
Esta obra você encontra em:
https://apppublico.com.br/educacao_pedregulho/pdf/20210420165553_POEMINHAS%20DA%20TERR
A.pdf
● O tupi que você fala - Claudio Fragata

Maio: Contos de Maricá! Pertencer e amar!


Em celebração aos 209 anos da cidade, propomos leituras que
tragam nossos pontos turísticos, nossa história, nossas belezas,
nossas artes, nossas ações. Conhecer aspectos sobre a cidade,
mesclando fantasia e realidade, contribui para que as crianças
desenvolvam o sentimento de pertencimento ao lugar que vivem,
criando uma relação de vínculo e respeito com os espaços
citadinos. Conhecer a história do bairro, explorar os principais
símbolos (hino, bandeira e brasão), visualizar fotografias, visitar
os pontos turísticos, brincar com elementos que remetam às
nossas praias e à nossa fauna e flora, são algumas
possibilidades do que pode ser realizado ao longo deste mês.
● Contos e lendas de Maricá
● Contando a história de Maricá - Cezar Brum
● Maricá, de vila a cidade - Tânia Vidal
● Teko hypy - a origem do mundo - Ariel Ortega Kauary Poty, Leandro Kauary Mimbi, Patrícia
Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro

Junho: Contos da floresta


O encantamento das nossas florestas e matas despertam para o mundo fascinante da natureza, seus seres
e toda a misticidade que envolve suas lendas e histórias. O contato
com a natureza é imprescindível para o desenvolvimento dos bebês
e crianças, mexer na terra, brincar com água, modelar a argila, pisar
na grama, plantar, colher, são experiências de imersão no mundo
natural que proporcionam sentimento de respeito e preservação dos
nossos biomas.

● Contos da floresta - Yaguarê Yamã


● Um Passeio na Floresta Amazônica – Laurie Krebs
● Quem mexeu na minha floresta? – Adalberto Cornavaca
● Uma aventura do velho baobá - Inaldete Pinheiro de Andrade
● Macaco danado - Julia Donaldson e Axel Scheffler
Esta obra você encontra em:
file:///C:/Users/Windows%2010/Downloads/Livro%20O%20MACACO%20DANADO%20-
%20Julia%20donaldson.pdf
● Os contos e cantos da floresta – Grupo Bromeliaceae
Esta obra você encontra em:
https://www2.ufjf.br/jardimbotanico/wp-content/uploads/sites/104/2022/04/Os-Contos-e-Cantos-da-
Floresta.pdf

Julho: Contos de animais


A vivacidade dos animais, suas diversas cores, sons e modos de vida, contagiam bebês e crianças. Nos
contos que trazem os animais como personagens principais, estes costumam assumir características
humanas, sendo capazes de falar, ter sentimentos e participar de conflitos tipicamente humanos. Assim, ao
mesmo tempo que somos provocados a perceber a narrativa sobre a perspectiva do animal, aproximamo-
nos de nós mesmos e de nossos sentimentos. Desde o Berçário, esses contos despertam grande interesse,
podendo ser acompanhados de outros recursos atrativos, como fantoche ou objetos que representem esses
animais. Sugerimos, ainda, a confecção de animais com materiais recicláveis, a brincadeira de imitação e a
criação de máscaras que, após confeccionadas, possam ser usadas para a brincadeira de faz de conta.

● Poemas que escolhi para crianças - Ruth Rocha


● Brasileirinhos: poesia para os bichos mais especiais da nossa fauna - Lalau e Laurabeatriz
● O menino Poti - Ana Maria Machado
● Bruna e a galinha d’angola - Gercilga de Almeida
Esta obra você encontra em:
https://www.colegioequipejf.com.br/site/uploads/arquivos_conteudo_aluno/4916/160549603053kUp
Tiz.pdf
● E o dente ainda doía – Ana Terra
Esta obra você encontra em:
https://educacao.massaranduba.org/wp-content/uploads/2020/07/E-o-dente-ainda-do%C3%ADa1.pdf
● Que bicho é este? - Luísa Maria Neves da Silva
Esta obra você encontra em:
https://5ca0e999-de9a-47e0-9b77-
7e3eeab0592c.usrfiles.com/ugd/5ca0e9_edccc624dea64dc7ba9e922be6c6f37d.pdf
● No meio da bicharada: histórias de bichos do Brasil - Ricardo Prado
Esta obra você encontra em:
https://smenf.files.wordpress.com/2020/09/no-meio-da-bicharada-historias-de-bichos-do-brasil-ricardo-
prado-paulo-manzi.pdf

Agosto: Contos folclóricos


A beleza e o encantamento desses seres que aguçam nossa imaginação fazendo com que esse universo
formado por personagens mágicos, cantigas, danças, crenças e várias outras manifestações artísticas,
despertem em nossas crianças a fantasia e a magia que o folclore tem. Valorizar essas manifestações é
fundamental para o desenvolvimento do bebê e da criança ajudando a fortalecer algumas reflexões sobre
cultura, identidade, curiosidade e criatividade, sempre respeitando a faixa etária e o vocabulário da criança.
O folclore brasileiro é muito rico e diversificado, é um momento mágico cabe aos educadores promover
atividades lúdicas deixando assim que as crianças soltem sua criatividade e imaginação.

● Amigos do folclore brasileiro – Jonas Ribeiro


● Doze Lendas brasileiras - Clarice Lispector
● Contos de sacisas - José Roberto Torero
● Dois chapéus vermelhinhos - Ronaldo Simões coelho
● Mata: contos do folclore brasileiro - Heloisa Prieto
● Dez sacizinhos - Tatiana Belinky
Esta obra você encontra em:
file:///C:/Users/Windows%2010/Downloads/DEZ%20 SACIZINHOS.pdf

Setembro: Contos que cantam


De forma lúdica e prazerosa, os contos cantados possibilitam aos bebês e às crianças a brincadeira com as
palavras, com os sons e com os ritmos, desenvolvendo a oralidade, a percepção sonora, bem como outras
habilidades emocionais e motoras. A música é uma linguagem que convida ao movimento e à expressão,
permitindo um melhor conhecimento de si e do seu corpo. Nesse sentido, estimular a dança, fazer
brincadeiras de roda, confeccionar instrumentos musicais com sucatas, são sugestões de atividades que
podem enriquecer a experiência com esses contos.

● Canções, parlendas, quadrinhas, para crianças novinhas - Ruth Rocha


● Ciranda dos Bichos - Palavra Cantada
● Koumba e o tambor diambê - Madu Costa
Esta obra você encontra em:
https://vdocuments.mx/koumba-e-o-tambor-de-diambe.html?page=1
● Sinfonia dos animais - Dan Brown
● De passinho em passinho: um livro para dançar e sonhar - Otávio Júnior
● Os Saltimbancos - Chico Buarque

Outubro: Contos fantásticos


Magos, dragões, elfos, bonecos falantes, sereias, ogros, monstros e tudo mais que a imaginação criar,
juntos, em uma narrativa na qual o real e o imaginário se fundem. Elementos não humanos com
características humanas e seres humanos com poderes ilógicos e inexplicáveis ao senso comum, despertam
na criança sua capacidade de maravilhar-se com o novo, com o inesperado. A partir de um conto fantástico,
é possível (re)criar histórias e personagens com as crianças, valorizando suas produções e interpretações,
favorecer o faz-de-conta através da organização de espaços com objetos que potencializem a imaginação
(tecidos, materiais não-estruturados, etc.), com infinitas possibilidades de criação.

● Papai! – Philippe Corentin


● Reinações de Narizinho - Monteiro Lobato
● Sulwe - Lupita Nyong’o
Esta obra você encontra em:
https://paulistinha.unifesp.br/images/2021/sessao_simultanea_leitura/Sulwe_-_Lupita_Nyongo.pdf
● O monstro das cores - Anna Llenas
Esta obra você encontra em:
https://www.apabb.org.br/arquivos/upload/paginas_arquivos/2020/03/24/o-monstro-das-cores_95_66.pdf
● Bruxa, Bruxa, venha à minha festa – Arden Druce
Esta obra você encontra em:
https://salto.sp.gov.br/download/Bruxa,%20bruxa,%20venha%20a%20minha%20festa.pdf
● Vai embora, grande monstro verde! – Ed Emberley

Novembro: Contos da literatura afro afetiva

A leitura de contos que trazem personagens negros como protagonistas, valorizando sua beleza, cultura e
ancestralidade, despertam nas crianças o sentimento de valorização, pertencimento, representatividade. A
escolha dos contos e livros faz-se importante, observando se texto e ilustração exaltam e não inferiorizam a
diversidade e a beleza negra. Narrativas que trazem a oportunidade de dialogar sobre a cultura afro-
brasileira, que retratam os cabelos como símbolo de força e resistência, auxiliam na construção da
identidade e autoestima de nossas crianças e na desconstrução de preconceitos. Esperamos que a
experiência com esses contos conduza as crianças ao entendimento de que a diversidade é uma riqueza,
despertando nelas o orgulho de quem são. A partir da leitura desses contos, podemos propor atividades
artísticas inspiradas na arte africana, o uso de tintas ou giz de cera que possam retratar diferentes tons de
pele e diversas brincadeiras africanas.

● A África recontada para crianças – Avani Souza Silva


● Betina - Nilma Lino Gomes
● O black power de Akin - Kiusam de Oliveira
● Meu crespo é de rainha - Bell Hooks
Esta obra você encontra em:
https://www.sarutaia.sp.gov.br/arquivos/meu_crespo_E_de_rainha_13101214.pdf
● Meninas negras - Madu Costa
Esta obra você encontra em:
http://atempa.org.br/wp-content/uploads/2018/11/meninas-negras.pdf
● Contos africanos para crianças brasileiras – Rogério Andrade Barbosa
Esta obra você encontra em:
https://colegiovillareal.com.br/wp-content/uploads/2020/07/CONTOs-AFRICANOs.pdf
Dezembro: Contos de Natal
Mês de celebrar mais um ciclo que se encerra, encontramos nos contos de Natal uma oportunidade para
conversar sobre sonhos, sentimentos e tradição, favorecendo o imaginário infantil e ampliando seu repertório
cultural. Sem o objetivo de trabalhar aspectos religiosos relacionados às comemorações natalinas,
sugerimos resgatar os valores (paz, esperança, união) que encontramos nesses contos a fim de
proporcionar às crianças um ambiente educativo em que a colaboração, a interação e o diálogo favoreçam
as aprendizagens. Propostas coletivas que envolvam a partilha de materiais e alimentos, a confecção de
uma árvore com materiais recicláveis, o preparo e decoração de biscoitos de Natal, são ideias de atividades
que podem servir como desdobramentos das leituras.

● Um Papai Noel e uma dúzia de cores - Alessandra Klein


● O natal do carteiro - Janet e Allan Ahlberg
● O que tem na panela, Jamela? - Niki Daly
● Cartas do Papai Noel – J. R. R. Tolkien
● O melhor Natal de sempre - Marni Mcgee e Gavin Scott
Esta obra você encontra em:
https://www.colegioequipejf.com.br/site/uploads/arquivos_conteudo_aluno/5144/16063640479JSDwsx6.
pdf
● Olívia ajuda no Natal – Ian Falconer
Referências bibliográficas

AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática, 2000.


BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em:
19 de jan. 2023.
COLLELO, Silvia M. G. Vivências de leitura: é possível superar a decodificação? In: COLLELO, Silvia
M. G. (org). Textos em contexto: reflexões sobre o ensino da língua escrita. São Paulo: Summus, 2011.
MARICÁ. Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino de Maricá. Rio de Janeiro, 2021.
REYES, Yolanda. A casa imaginária: leitura e literatura na primeira infância. 1 ed. São Paulo:
Global, 2010.
SOARES, Magda. Oralidade, alfabetização e letramento. In: Revista Pátio Educação Infantil, Ano
VII, nº 20. ArtMed, Jul/Out - 2009.
VIGOTSKI, Lev. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos
superiores. Tradução de José Cipolla Neto, Luiz Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 7 ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.

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