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1.

Rubeoliforme: quando há áreas de eritema entremeadas com


áreas de pele sã. São pequenas maculopápulas eritematosas – 3 a 10
mm;
2. Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme, uniforme, sem áreas
de pele sã – pele áspera ou também denominada pele anserina.
Normalmente, os exantemas desaparecem à vitropressão.

Figura 23.1 - Exantema rubeoliforme ou morbiliforme

Fonte: Reações cutâneas graves adversas a drogas – aspectos relevantes ao diagnóstico


e ao tratamento - Parte I -anafilaxia e reações anafilactóides, eritrodermias e o espectro
clínico da síndrome de Stevens-Johnson & necrólise epidérmica tóxica (Doença de Lyell),
2004.

Figura 23.2 - Exantema escarlatiniforme


1. Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada, menor que 1cm de
diâmetro, causada por processo dérmico, epidérmico ou misto;
2. Mácula: alterações da cor da pele sem relevo ou depressão. Podem
ser divididas em vasculossanguíneas, devido a congestão, dilatação
ou constrição de vasos, ou pigmentares, devido ao extravasamento de
hemácias ou acúmulo de melanina;
3. Vesícula: elevação circunscrita, contendo líquido claro, seroso, que
pode se tornar amarelo, pustuloso, ou rubro, hemorrágico;
4. Bolhas: vesículas maiores;
5. Petéquia: mancha vermelha que não desaparece à vitropressão,
causada pelo extravasamento de hemácias na derme, com até 1cm de
diâmetro. Na sua evolução, torna-se arroxeada e verde-amarelada.
Quadro 23.1 - Exantemas
Figura 23.3 - Exantema eritematoso, maculopapular e morbiliforme do sarampo
Fonte: adaptado de Centers for Disease Control and Prevention.

Figura 23.4 - Manchas de Köplik

Fonte: Centers for Disease Control and Prevention, 1975.

1. Sarampo modificado: Ocorre em pessoas que receberam


gamaglobulina, em lactentes que contam com anticorpos maternos,
imunidade adquirida passivamente, ou naqueles vacinados,
especialmente nos casos de vacinação recente. É mais frequente entre
crianças parcialmente imunes, adolescentes e adultos. Clinicamente,
apresenta pródromos reduzidos ou ausentes com tosse, coriza e febre
discreta. Exantema é mais atenuado, não confluente. Os sinais
característicos, como o sinal de Köplik, são mais discretos ou
ausentes. O contágio é mínimo, e não surgem complicações;
2. Sarampo atípico: É mais comum entre adultos. Há história prévia
de vacinação com vírus morto e infecção pelo vírus selvagem,
exposição ao sarampo natural. Clinicamente os pródromos ocorrem
com 2 a 3 dias de febre elevada, cefaleia e mialgia, sem ou com raras
manchas de Köplik. O exantema evolui no sentido contrário, da
periferia para a direção cefálica. Observa-se, ainda, edema de
extremidades. A pneumonia nodular e a adenopatia hilar podem ser
complicações frequentes. A duração é arrastada, de 2 a 3 semanas;
3. Sarampo vacinal: É reação vacinal à vacina do sarampo, com
aparecimento de febre e rash discreto entre o sexto a décimo segundo
dia após exposição à vacina. Pode ser acompanhado por sintomas
respiratórios. O quadro clínico pode ser indistinguível do sarampo
selvagem, e sua diferenciação seria feita apenas pelo exame de
Proteína C Reativa (PCR), já que a sorologia também não faria
diferenciação, ambos os casos se apresentariam com IgM positivo. É
de curso benigno, não transmissível, sem necessidade de isolamento;

Figura 23.5 - Evolução dos sintomas do sarampo


1. Pacientes com idade entre 6 e 24 meses hospitalizados com
complicações: diarreia, pneumonias e outras;
2. Fatores de risco e comorbidade: imunodeficiência, evidências de
hipovitaminose A, cegueira noturna, manchas de Bitot ou xeroftalmia,
doença intestinal, má absorção e desnutrição moderada;
3. Dose: de 6 a 12 meses, 100.000 UI VO em dose única, e maiores
de 12 meses, 200.000 UI também em dose única.
a) Crianças entre 6 e 12 meses devem receber 1 dose da vacina SCR,
que não contará para o calendário vacinal – devem receber 1 dose
antes de 1 ano de idade mais as doses habituais com 12 e 15 meses.
b) Todos os indivíduos entre 1 e 29 anos de idade devem ter 2 doses
da vacina, com intervalo de 3 meses entre as doses.
c) Todos os indivíduos entre 30 e 49 anos de idade devem ter 1 dose
da vacina, profissionais da saúde com esquema vacinal completo não
devem receber doses extras da vacina.
Figura 23.6 - Adenopatia cervical na rubéola adquirida em adolescente
Figura 23.7 - Evolução dos sintomas
a) Bom estado geral está presente em 92,7%;
b) Febre presente (> 38°C), de curta duração (< 2 dias);
c) Rash maculopapular em pele sã (77,5%);
d) Início tronco-crânio-extremidades;
e) Frequência respiratória normal (93,1%);
f) Adenopatia (17,8%);
g) Vômitos ausentes (85,2%).

Figura 23.8 - Exantema súbito


Figura 23.9 - Rubor facial eritematoso (face “esbofeteada”)
Figura 23.10 - Eventos virológicos, imunológicos e clínicos após infecção por parvovírus
B19
Fonte: adaptado de Human Parvovirus B19, 2002.
1. Faixa etária: qualquer idade, com predomínio dos 5 aos 12 anos;
2. Período de incubação: 4 a 14 dias;
3. Pródromos: geralmente ausentes;
4. Manifestações clínicas – ausentes ou inespecíficas: febre,
cefaleia, náuseas e dores articulares;
5. Exantema maculopapular: recorrente, podendo envolver mãos e
pés;
6. Sinal característico: face “esbofeteada” ou fácies “de palhaço”.

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