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“Ou seja, a diferença entre uma lei científica e uma lei jurídica, nesse caso,
estaria em que a primeira descreve a normalidade, e a segunda prescreve a
normalidade do comportamento. As estruturas sociais, portanto, são
constituídas por uma combinatória de expectativas cognitivas e
normativas, de modo a conferir durabilidade às relações sociais
dinamicamente em transformação”.
A relação de autoridade admite uma rejeição, mas não suporta uma desconfirmação. A
autoridade rejeitada ainda é autoridade, sente-se como autoridade, pois a reação de
rejeição, para negar, antes é necessário reconhece (só se nega o que antes se
reconheceu). Contudo, a desconfirmação elimina a autoridade: uma autoridade ignorada
não é mais autoridade. Ex. presidente da Venezuela é rejeitado e no Brasil o presidente
tem autoridade desconfirmada
Essa institucionalização em última estância é quando é confirmada a autoridade da
autoridade, ainda que rejeitada – cria a instituição.
Para além, ainda é necessário a confirmação de terceiros, está não precisando de
emissor de sua manifestação correta, basta lhe supô-la. A suposição bem-sucedida da
confirmação de terceiros gera o consenso social, significa que a autoridade está
institucionalizada. A institucionalização do emissor em seu mais alto grau numa
sociedade dada nos permite dizer que estamos diante de uma norma jurídica- significa
que o consenso social prevalece sobre qualquer outro consenso real ou suposto (caráter
da norma depende do grau de instituição da relação de autoridade que ser dá pelo 3º).
A partir do momento que é institucionalizada, ela incorpora o ordenamento como força
e comportamento desejável – lei como instituição (vontade de uma parte sobre outra
parte).
O que vai dar caráter jurídico à norma é a institucionalização dessa relação de
autoridade.
As instituições repousam, na verdade, não sobre acordos fáticos, mas sobre suposições
comuns a respeito da experiência dos outros. Sua homogeneidade é, por isso,
visivelmente fictícia. Algumas normas, algumas expectativas contra fáticas, em face de
outras, um grau de prevalente de institucionalização de seu cometimento (relação
autoridade/sujeito) fica ressalva antemão: torna-se METACOMPLEMENTARIDADE,
impõe-se, vincula as partes à complementaridade.
Metacomplementaridade: significa que a relação complementar de autoridade entre as
partes está garantida por outra relação de autoridade que tem a primeira por objeto.
Com isso, surge autores positivistas e jusnaturalistas:
Positivistas: como Kelsen, por exemplo, enfrentam essas questões, lembrando
que os conteúdos em si não são jurídicos nem antijurídicos; são neutros.
Jusnaturalistas: defendem que o direito positivo, posto por autoridade, deve
respeitar os ditames da natureza humana, a natureza das coisas, os princípios éticos e
religiosos, sob pena de não ser direito, reclamam para a identificação da juridicidade um
elemento material, de conteúdo.
*Expectativa contra fática: não é porque a lei diz que é o que realmente acontece.
*Núcleos significativos: vem da sociedade, pois depende do papel social que
compreende essa instituição. É a forma como se pratica e é mutável ex. família e união.
Ou seja, o papel social que se define o que compreende o determinado núcleo. Outros
núcleos são o fato, valor e ideologia quando não só o papel for suficiente e a questão de
qual valor vale mais é subjetiva.
Critério semântico:
1. Destinatários Gerais: afetam a todos; se destinam à generalidade das
pessoas. Individuais: afetam apenas os interessados, ou seja, os envolvidos
diretamente na relação; disciplinam o comportamento de uma ou de um grupo de
pessoas (compra e venda por exemplo). Difere de norma especial pois esta tem o
intuito de atender apenas a uma situação diferencial.
2. Matéria (descrição da hipótese da situação de fato) Genérico: a descrição
da hipótese da situação de fato é abstrata na forma de um tipo ou característica
genérica. Singular: a descrição da hipótese da situação de fato é abstrata na
forma de um conteúdo excepcionado.
Entre a norma genérica e a singular estão: gerais-abstratas, normas especiais,
normas excepcionais.
3. Limite espacial é o limite territorial de incidência da norma; elas possuem
um limite espacial (Ex.: Cuiabá e Várzea Grande).
Princípio de extraterritorialidade: quando um estrangeiro comete um delito, seu país
de origem tem direito de fazer uma apuração do caso, no entanto, se for
comprovado, ele sofre a pena no país em que ele cometeu. Se essa pessoa estiver de
volta em seu país de origem, o máximo que o outro pode fazer é pedir uma
extradição.
4. Limite temporal isso afeta a vigência (tempo de duração que uma norma
jurídica tem para produzir efeitos) das normas; em outras palavras, sua validade.
Elas podem possuir validade permanente e provisória. Permanente: quando a lei
que estabelece a norma não lhe atribui prazo. Provisória (temporária): o prazo de
cessão é estabelecido previamente.
Incidência imediata: se relaciona com o início da vigência a com a vacatio
legis; passam, promulgadas e publicadas, a reger todos os efeitos judiciais ainda
em curso.
Incidência mediata: precisa de mediação para ser aplicada.
Princípio da irretroatividade da norma: via de regra, as normas não retroagem. Isso
só acontece caso favoreça o réu. As normas penais e tributárias são, via de regra,
irretroativas. As normas que constam de leis interpretativas são, em princípio,
retroativas.
Critérios pragmáticos:
1. Incidência grau de impositividade da norma; toda norma é impositiva.
Normas imperativas: excluem acordos ou convenções entre as partes; é algo
obrigatório (Ex.: serviço militar). Normas dispositivas: só atuam se invocadas
pelos interessados; há incidência peço ato de vontade (Ex.: casamento).
2. Finalidade Vinculantes: normas de comportamento ou de conduta.
Programáticas: expressam objetivo, dizem o que deve ser buscado/orienta a
forma ideal.
3. Funtor (lógica) Preceptivas: obrigatória (Ex. local descente para trabalhar).
Proibitivas: proíbem (Ex. metas irreais). Permissivas: quase que facultativa; faz
se quiser (Ex.: hora extra).
Para classificar a pessoa física e a jurídica tendo em vista sua aptidão para
serem sujeitos de direito, a dogmática analítica se utiliza dos conceitos de capacidade e
competência.
Capacidade: qualidade do sujeito para realizar o exercício do direito; costuma
ser usado para expressar aptidão que permite o exercício do direito subjetivo.
Aptidão para ser sujeito de direitos e obrigação. (autonomo, transmissível)
Quando se fala em capacidade jurídica, esta é reconhecida a todos os seres
humanos. Já a capacidade de ação, ou seja, o poder jurídico conferido a pessoas
físicas e jurídicas, necessita de graus: plenamente capazes, relativamente incapazes e
absolutamente incapazes. Menores de idade são considerados absolutamente incapazes
até determinada idade, ou seja, são sujeitos de direito, mas não podem assumir, por si
próprios, obrigações nem cometer delitos. Não obstante isso, são sujeitos ativos de
certos direitos, por exemplo, de sucessão, de cuidados especiais, quando abandonadas,
podendo destarte ser também, por seu patrimônio, sujeito passivo de certas obrigações;
por exemplo, se recebem mais do que lhes competia em sua parte hereditária, são
obrigadas a restituir.
A capacidade jurídica aparece com o nascer do ser humano (apesar de existirem
leis que protegem o nascituro), no entanto, a capacidade de ação no sentido de exercer
por si e plenamente os direitos e deveres correspondentes à capacidade jurídica depende
de circunstâncias previstas no ordenamento. Enquanto essas circunstâncias não são
atendidas, é necessário um representante. Costuma-se dizer que o representante em
geral recebe uma procuração, enquanto o representante político tem um mandato.
Competência: é o poder jurídico atribuído pelo estatuto da pessoa jurídica
(pública ou privada) a seus órgãos. Não autoriza a realização do direito
subjetivo; é uma atribuição de competências jurídicas para a realização de
poderes jurídicos; atribuição de qual ato de direito objetivo a pessoa jurídica
deve realizar. É qualificado, se exerce para os outros, é vinculado em certas
condições e não é transmissível. (funções dentro do órgão/para terceiros)
Competência é o poder jurídico atribuído pelo estatuto da pessoa jurídica
(pública ou privada) a seus órgãos. Quando alguém (pessoa física) é eleito ou é
designado para exercer as funções de um órgão, recebe um mandato. O mandato
corresponde a um poder jurídico para o exercício de certas funções estatutariamente
delimitadas, ao que se dá o nome de competência. O uso da expressão competência
restringe-se ao poder jurídico, exclusão feita da capacidade delitual. Não dizemos, como
para a palavra capacidade, “competência para cometer delitos’’. A competência é
apenas para exercer poder jurídico, isto é, assumir direitos e deveres ou, mais
genericamente, realizar atos jurídicos.
Competência e capacidade são, nesses termos, formas de poder jurídico, isto
é, de aptidão do sujeito para o exercício impositivo de comportamentos ou para si
próprio (capacidade) ou para terceiros (competência).
Responsabilidade subjetiva: dever de indenizar com os três elementos para que ela exista (Ex.
cirurgia qualquer)
sujeição: tem uma norma impositiva que atua dentro do limite da lei. EX. Decisão do juiz em
uma pena. Sujeito a determinação legal. Tem autorização limite