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FARMACOCINÉTICA

Profª Kamila Melo


PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS
DISTRIBUIÇÃO
• Após entrar na circulação sistêmica, o fármaco é
distribuído a todos os tecidos corporais;
• Em geral, a distribuição é desigual em virtude de
diferenças na perfusão sanguínea, ligação a tecidos
(decorrente do conteúdo lipídico), pH regional e
permeabilidade das membranas celulares;
• O índice de penetração de um fármaco em um tecido
depende da magnitude do fluxo sanguíneo para o tecido,
massa tecidual e características de divisão entre sangue e
tecido.
PERFUSÃO SANGUÍNEA E
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS
LIGAÇÃO DO FÁRMACO AS
PROTEÍNAS
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS A
PROTEÍNAS PASMÁTICAS
A quantidade de um fármaco que se liga as
proteínas vai depender de três fatores:
• Concentração do fármaco livre;
• Afinidade do fármaco pelos locais de ligação;
• Concentração das proteínas.
TIPOS DE FÁRMACOS E LIGAÇÃO AS
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
• Volume de distribuição: é definido como o volume que
poderia conter todo o conteúdo corporal do fármaco em uma
concentração igual à do plasma;
• Volume real: distribuição do fármaco no organismo;
• Volume aparente: é o volume de líquido teórico em que o
total do fármaco administrado teria de ser diluído para
produzir a concentração no plasma.

CONCENTRAÇÃO VOLUME DE
FÁRMACO COM ALTA
PLASMÁTICA É DISTRIBUIÇÃO É
LIGAÇÃO TECIDUAL
BAIXA ALTO.
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
• O volume de distribuição propicia uma referência para a
concentração plasmática esperada para uma dose
determinada, mas fornece pouca informação sobre o padrão
específico de distribuição;
• Cada fármaco tem distribuição corporal única. Alguns
fármacos dirigem-se, principalmente, para a gordura, outros
permanecem no líquido extracelular e outros se ligam
extensivamente a tecidos específicos.

FÁRMACOS FÁRMACOS
ÁCIDOS BÁSICOS

VARFARINA ANFETAMINA

ÁC.
MEPERIDINA
ACETILSALICÍLICO
LIGAÇÃO A PTN LIGAÇÃO AOS TECIDOS
VARIAÇÃO DO VOLUME APARENTE
Dependentes da droga:
• Lipossolubilidade;
• Polaridade e ionização;
• Ligação a proteínas.
Dependentes do paciente:
• Idade;
• Peso, tamanho;
• Hemodinâmica ;
• Proteínas plasmáticas;
• Estados patológicos;
• Genética.
REDISTRIBUIÇÃO DE UM FÁRMACO
DISTRIBUIÇÃO A SÍTIOS ESPECIAIS
(BARREIRAS ANATÔMICAS)

• Barreira Hematoencefálica;

• O Trato Gastrointestinal;

• O Túbulo Renal;

• O Trato Biliar;

• Placenta.
DISTRIBUIÇÃO A SÍTIOS ESPECIAIS
(BARREIRAS ANATÔMICAS)
SUBSTÂNCIAS QUE PENETRAM
O SNC
Drogas apolares;
Lipossolúveis;
Tamanho molecular reduzido (álcool);
Elevado coeficiente de partição óleo/água (barbitúricos e
anestésicos gerais).
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA

O cérebro é inacessível para a maioria dos


fármacos, incluindo muitos antineoplásicos
e alguns antibióticos como os
aminoglicosídeos, cuja lipossolubilidade é
insuficiente para possibilitar sua passagem
pela barreira hematoencefálica.
Entretanto, a inflamação pode romper a
integridade dessa barreira, possibilitando a
entrada no cérebro de substâncias que não
costumam atravessá-la ;
Consequentemente, a penicilina pode ser
dada pela via intravenosa (em vez da via
intratecal) para o tratamento da meningite
bacteriana (que é acompanhada de intensa
inflamação).

Concentrações de um antibiótico (tienamicina) no plasma e no líquido cefalorraquidiano


após uma dose intravenosa (25 mg/kg).
BARREIRA PLACENTÁRIA
⚫ Vasos sanguíneos do feto –
revestido por uma única
camada de células
⚫ Atravessa a maioria das
drogas  Retardo na
transferência para o feto (10 –
15 min para equilíbrio
mãe/feto)
⚫ Plasma fetal é ligeiramente
mais ácido que o materno
(7,0 x 7,4)  Risco de
aprisionamento iônico para
fármacos básicos
ARMAZENAMENTO DAS DROGAS
⚫ Associação das drogas a elementos teciduais
⚫ Tecidos mais comumente envolvidos – Tecido
ósseo e adiposo
⚫ Formação de depósitos
⚫ Prolongamento do efeito
◦ Flúor, chumbo e tetraciclinas Armazenamento no
tecido ósseo durante a fase de mineralização.
◦ Anestésicos gerais e inseticidas Armazenamento
no tecido adiposo.

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