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DOUGLAS MOREIRA NUNES

OAB/PR 31190

EMERSON CARLOS DOS SANTOS


OAB/PR 32078

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO


DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA
ESTADO DO PARANÁ

AUTOS Nº 0012558-38.2023.8.16.0014

POOLDECK CONSTRUÇÕES E ACAMBAMENTOS LTDA,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF 26.635.464/0001-68, com
sede na Avenida Jules Verne, 218, Conjunto Santa Rita 07, Londrina-PR, neste
ato representada por sua sócia LARISSA ALVES MOREIRA MULLER, brasileira,
casada, comerciante, portadora da Cédula de Identidade RG sob nº 7.811.998-5
SSP/PR e inscrita no CPF/MF sob nº 004.725.609-56, residente e domiciliada
nesta cidade de Londrina-PR, vêm, através de seus advogados infra-assinados,
com escritório profissional na Rua Serra da Graciosa, 282, Jardim Bandeirantes,
Londrina-PR, CEP: 86065-180, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência,
apresentar CONTESTAÇÃO ao feito de AÇÃO DE COBRANÇA, que lhe move
KACIANE DE SOUZA AMORIM, devidamente qualificada, pelas razões de fato e
direito que a seguir expõe.

1. REALIDADE DOS FATOS

De acordo com os fatos narrados na inicial a autora, em


16/12/2021 firmou com a ré contrato de prestação de serviços com a finalidade de
instalação de uma piscina no imóvel da mesma.

Ainda conforme expressamente consta da inicial, por culpa


da própria obra da autora, e não da ré, houve paralisações que impediram o
cumprimento da obrigação pela ré, senão veja-se:

Rua Serra da Graciosa, 282, Jd. Bandeirantes Londrina - PR CEP 86065-180


Fone: 3348.2626 Fax: 3028.6262 nunesesantosadvs@sercomtel.com.br
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Tentando entender a situação da autora, a ré buscou


solucionar a situação, mas foi pega pela crise de mercado, aumento de custos,
sendo que os valores pagos pela autora faziam parte de programação e
manutenção da empresa.

Neste interim, a empresa enfrentou diversas dificuldades,


vindo a tornar impossível o pagamento, porém, sempre deixando claro que fora a
autora quem resolveu rescindir o contrato.

Fazendo este breve relato, passa a ré a expor os


fundamentos que ensejarão a parcial improcedência do pedido formulado, com
aplicação da multa contratual em desfavor da autora.

2. APLICAÇÃO DA MULTA CONTRATUAL – NÃO


ENTREGA DA PISCINA POR FATO NÃO ATRIBUÍVEL À

Conforme consta da própria petição inicial a culpa pela não


entrega da piscina, ou seja, pelo não cumprimento do contrato, deu-se por fato
atribuível à obra da autora, portanto, estranha à ré.

Entendendo a situação da autora, a ré buscou solucionar da


melhor maneira possível a resilição contratual, tendo sido afetada no interregno
pela crise no comércio, o que ensejou os diálogos firmados.

Contudo, a despeito disso, e diante da insistência na


rescisão, a aplicação da multa em desfavor da autora é medida de direito da ré,
uma vez que não foi esta quem deu causa à rescisão, e, mais, durante a relação
havida, buscou o cumprimento integral das disposições inseridas no contrato.

A cláusula quinta do contrato é expressa neste sentido:

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E as medidas, projeto, conferências, e despesas


administrativas fazem parte do custo e orçamento, sendo, portanto, justo e lícito à
ré ser ressarcida em relação ao mesmo.

O Código de Defesa do Consumidor, embora inconteste sua


aplicação ao caso, não tem qualquer disposição que atribua culpa à ré pelos fatos
articulados na inicial, razão pela qual enseja o recebimento da multa prevista.

E mais, o art. 39 do referido código respalda a disposição


contratual, tendo em vista que não se trata e vantagem manifestamente
excessiva, muito pelo contrário, demonstra que o contrato apenas preserva
“ressarcimento” pelos custos que a empresa teve com o serviço a ser realizado, e
que não o foi por fato atribuível à própria autora, e não à ré.

E a multa, permissa vênia, não tem nada de abusiva, na


medida em que o planejamento se deu tendo como base o valor de R$ 42.500,00
(quarenta e dois mil e quinhentos reais).

Porém, caso seja entendimento do juízo a adequação da


multa, o percentual de 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos, de maneira
alguma, enseja alteração, na medida em que o percentual, ao contrário das
alegações da autora, é adequado e em nada abusivo.

Em face do exposto, em caso de procedência do pedido


inicial, requer seja mantida a multa contratual nos moldes acordados entre as
partes.

3. PEDIDOS

Diante do exposto requer, sejam julgados TOTALMENTE


IMPROCEDENTES todos os pedidos formulados na inicial como medida de
justiça;

Alternativamente, em caso de procedência, seja aplicada a


multa contratual, na forma e valores contratados.

b) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito, em especial a oitiva de testemunhas a serem oportunamente
arroladas e juntada de novos documentos, desde que assim exija o controvertido
dos autos;

d) A condenação da autora ao pagamento das custas e


honorários sucumbências, de acordo com o artigo 85, §2º do Código de Processo
Civil, em no mínimo 10% e no máximo 20% sobre o valor da condenação;
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Termos em que, pede e espera

D E F E R I M E N T O.

Londrina, 02 de agosto de 2023.

Douglas Moreira Nunes


OAB/PR nº 31.190

Rua Serra da Graciosa, 282, Jd. Bandeirantes Londrina - PR CEP 86065-180


Fone: 3348.2626 Fax: 3028.6262 nunesesantosadvs@sercomtel.com.br

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