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ACESSO VENOSO

PUNÇÕES
• A punção é a retirada de qualquer fluído ou massa do corpo humano para análise em
laboratório. Quando você realiza um exame de sangue, por exemplo, está realizando um tipo de
punção, conhecida como punção venosa – ou seja, está realizando a retirada de fluidos do seu
sistema vascular.
• Trata-se de um procedimento invasivo.
• O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através
das artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do
coração para os tecidos do corpo através da artéria aorta.
• As punções são feitas predominantemente com agulhas metálicas
- PUNÇÃO VENOSA – superficial (subcutâneo) ou profunda (centrais).
- PUNÇÃO ARTERIAL – para monitorização, diagnóstico e terapêutica
Acesso Venoso Periférico
• O acesso venoso periférico é aquele realizado em veias periféricas dos membros superiores ou
inferiores proporcionando uma via de acesso rápida ao sistema circulatório do paciente e
utilizada quando a via oral não é possível. Normalmente, dá-se preferência para as veias de
grosso calibre e com trajeto retilíneo devido à facilidade do acesso e a possibilidade de maior
infusão de fluidos.
• Normalmente, o local de primeira escolha são as veias dos membros superiores, pois são os que
proporcionam acessos mais duráveis e se associam à menores complicações. As veias dos
membros inferiores também podem ser utilizadas para punção periférica, porém são escolhidas
apenas quando outros locais não estão disponíveis, devido ao aumento do risco de
tromboflebite.
• Na mão, utiliza-se as veias basílica, cefálica e a veia dorsal metacarpiana . No braço e antebraço
escolhe-se as veias cefálica, basílica e cubital mediana. Salienta-se que a fossa cubital
proporciona uma melhor apresentação e possui veias de maior calibre, sendo um local bastante
utilizado, principalmente para punções de menor duração
• Nos membros inferiores deve-se optar nessa região pelas veias safena ou dorsal do pé.
➢Indicações:
• Coleta de sangue periférico;
• Administração intravenosa de medicamentos;
• Transfusão de hemoderivados;
• Infusão de fluidos e hemoderivados em cirurgias;
• Atendimento de emergência, com paciente em choque ou politraumatizado;
• Qualquer outra solução com indicação intravenosa.
➢Contraindicações:
• Hiperemia no local,
• Flebite;
• Esclerose de veias;
• Infiltração intravenosa prévia;
• Fístula arteriovenosa no membro;
• Lesões no local da punção como infecções, queimaduras e lesões traumáticas, por exemplo.
Punção Arterial
• A técnica de coleta do sangue arterial para análise dos parâmetros gasométricos, conhecida como
gasometria arterial.
• A punção arterial com fins de análise bioquímica é um procedimento muito comum em pacientes
hospitalizados, especialmente em unidades de tratamento intensivo (UTI). Através dela são
obtidas medidas do sangue arterial como pH, pressão parcial de dióxido de carbono, pressão
parcial de oxigênio, saturação da hemoglobina pelo oxigênio e excesso ou falta de bases
plasmáticas, sendo o bicarbonato um exemplo. Estes parâmetros são fundamentais no tratamento
de pacientes com distúrbios metabólicos ou respiratórios por proverem uma amostragem diária da
oxigenação, ventilação alveolar e equilíbrio ácido-básico do paciente.
• São possíveis locais para a realização da punção as artérias radial, braquial, femoral e dorsal do pé.
• Atualmente, é considerado um procedimento de rotina em enfermarias e UTIs para auxiliar no
diagnóstico e evolução de pacientes com desequilíbrio ácido-básico.
Materiais
➢ Seringa e Agulha: São considerados estéreis o êmbolo, o bico da seringa e a parte interna do
corpo da seringa, portanto não devem ser tocados. Realize a seleção da agulha e da seringa a
partir do cliente, do medicamento a ser administrado e verifique a integridade das embalagens
do medicamento e do material. A agulha 40x1,2 mm (rosa) deve ser utilizada única e
exclusivamente para aspiração de medicações, nunca para a aplicação de injeções.
➢ Vias utilizadas para medicamentos que necessitam ser diluídos são oral (suspensão);
endovenosa e intramuscular.
➢ Complicações endovenosa e intramuscular:
• Infiltração: ocorre quando a agulha encontra-se fora do vaso e no tecido subcutâneo, causando
edema tecidual doloroso e redução da velocidade da infusão. A agulha deve ser retirada e a
infusão interrompida. Cuidados: compressas mornas e elevação do membro superior ajudam
reduzir.
• Hematoma: sangramento da parede do vaso para o tecido subcutâneo, podendo ocorrer
tumefação em torno do local da venopunção. Pode ocorrer por incapacidade de comprimir
adequadamente após a punção, ou por transfixação da veia durante a punção. Cuidados:
curativos compressivos e elevação do membro afetado.
• Flebite: Inflamação do vaso sanguíneo causando sinais flogísticos (dor, rubor, calor e edema) e
enduração (cordão) ao longo do trajeto da veia. As causas podem ser: -- Mecânica: devido a
trauma na punção por escolha de um cateter/agulha muito calibroso para a veia, devido ao
excesso de manipulação, ou longo tempo de permanência da punção venosa; -- Químico:
soluções vesicantes ( ex. eletrólitos; quimioterápicos), má diluição (partículas de solutos),
infusão rápida de substâncias que deveriam ter infusão lenta.
• Infecciosa: por ação bacteriana devido a assepsia insatisfatória. Cuidados: interromper a infusão,
realizar compressas mornas sobre o local, elevar o membro afetado para aliviar desconforto.
• Infecção local: geralmente ocasionada por assepsia insatisfatória, causando febre, dor local,
inflamação, drenagem de pus. Cuidados: interromper a infusão, colher amostra de material para
hemocultura, uso de pomadas e antibióticos tópicos ( prescrição médica), curativos, antibióticos
sistêmicos (prescrição médica).
• Choque pirogênico: desencadeada por bactérias presentes na corrente sanguínea que liberam
endotoxinas, geralmente ocasionada por assepsia insatisfatória, infusão de soluções contaminadas,
uso de materiais com falhas no processo de esterilização. Sinais e sintomas: febre, calafrios,
taquicardia, taquidispneia (respiração rápida e difícil), hipotensão, oligúria (diminuição da diurese),
alterações neurológicas; que podem ser desde ansiedade e desorientação até confusão mental e
perda de consciência. Cuidados: suspender a solução, retirar acesso venoso, controlar sinais vitais,
guardar a solução para análise, colher hemocultura.
• Embolia: bloqueio de uma ou mais veias ou artérias causada por ar ou coágulo de sangue. Pode ser
causada quando o frasco de soro esvazia ou devido a não retirada de bolhas de ar do equipo; ou
devido a presença de coágulos nos dispositivos, que ao serem “ lavados” são forçosamente
enviados a corrente sanguínea. Sintomas: ansiedade, cianose, pele fria e úmida, tontura, dor na
perna, vermelhidão e inchaço, tontura ou desmaio, baixa pressão sanguínea, sudorese, respiração
ofegante.
Terapia Infusional
➢ Bomba de Infusão: é um equipamento usado para realizar a administração de fluidos em
pacientes, como nutrientes e medicamentos que precisam ser aplicados de maneira controlada
e segundo a prescrição médica. Deste modo, um paciente que precisa de uma dosagem
específica de um determinado fluido em um ritmo controlado conta com a
administração automatizada deste líquido graças a bomba de infusão. Assim, com esse
equipamento os enfermeiros têm a chance de terem mais tempo para focar em outras
atividades enquanto fazem uma boa administração do envio de fluídos aos pacientes.
• A bomba de infusão é indicada para quando é preciso administrar de forma
confiável nutrientes e medicamentos segundo as indicações de vazões ou dosagens
em mg/min ou ml/h.
Portanto, a bomba de infusão é indicada para qualquer paciente que tenha:
• prescrição de infusão de drogas vasoativas fundamentais;
• soro de manutenção;
• sedações contínuas;
• reposição eletrolíticas;
• insulinas;
• nutrição parenteral prolongada;
• dietas enterais;
• nutrição parental total;
• antibioticoterapia rigorosa.
Velocidade de infusão para via endovenosa:
• Bólus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.
Geralmente feita através de seringa.
• Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1 e 30 minutos. Algumas podem
ser realizadas com seringa, porém para infusões em tempo superior a 10 minutos recomenda-se
a utilização de equipo bureta.
• Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos.
• Infusão contínua: é a administração realizada em tempo superior a 60 minutos
ininterruptamente.
• Administração intermitente: não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de
terapia é importante a preocupação com a manutenção da permeabilidade do cateter que
permanecerá com dispositivo tampinha nos intervalos da medicação.
OBRIGADO !!!!

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