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AO JUIZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SANTA FÉ DO SUL/SP

PARTE REQUERENTE: Eunice Batista Lima, brasileira,estado civil,profissão,filiação,CPF nº


210.765.451-49 e o RG n° 1034270 ,data da expedição, residente e domiciliada na Rua T-47, Ed.New
York, Apt.501, n° 77, Setor Oeste, na Cidade de Goiânia - Go,CEP 74140-120,telefone,e-mail, vem, à
presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA

em face de E BERCELLI MENDES LTDA (B & G CRED ), inscrito sob CNPJ 31.171.532/0001-15,
com sede na cidade de Santa Fé do Sul, São Paulo, CEP: 15.775-000, no endereço de R 11, n°860, Sala
2, email: CONTATO@ESCRITORIOSP.COM, telefone: (17) 3631-1425

DOS FATOS

Em 29 de junho de 2020, a parte requerente firmou contrato de mútuo feneratício com a parte
requerida, lhe concedendo o valor de R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais), a qual deveria ser restituída
da seguinte forma: “Fica estipulado o retorno de 5% ao mês sobre o capital de 5.100 após 30 dias da
transferência do mesmo para a conta da empresa”, ficando ainda acordado que “o período de validade do
contrato será de 03 meses”.

A obrigação da parte requerente era a entrega do valor firmado entre as partes e, em


contrapartida, a obrigação da parte requerida era efetuar o pagamento devido do valor ajustado.

A parte autora afirma que entregou a quantia solicitada, contudo, a parte demandada não vem
honrando com o pagamento do valor devido, portanto, resta o saldo a receber de R$ 5.100,00 (cinco mil
e cem reais)

DOS JUROS MORATÓRIOS


Entendem-se por juros moratórios quando, nas obrigações pecuniárias, compensam a mora (o
atraso) para ressarcir o credor o dano sofrido em razão do inadimplemento do devedor. Portanto, estará
configurada a mora quando o devedor estiver atrasado em relação ao pagamento ao credor.
Tendo em vista a configuração de mora do adimplemento das obrigações contratuais pela parte ré
e levando em consideração que o prazo inicial dos juros moratórios é dado pela citação do devedor,
requer-se o reconhecimento dos valores devidos e que se inicie a contagem para fins de ressarcimento
moratório.
Por restar infrutífero qualquer acordo amigável, propõe a parte requerente a presente ação.

DA ABUSIVIDADE DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS

A cláusula de n° 25 do contrato, propõe que “em caso de quebra de contrato, por parte do
mutuante fica estipulada uma multa de 20% sob o valor total aplicado.” E não determina, em nenhum
momento, qualquer penalidade ao mutuário na possibilidade de quebra contratual.

Uma determinação contratual como esta, feita unilateralmente fere o equilíbrio contratual, uma
vez que a cláusula penal inserta em contratos há de ser interpretada bilateralmente, ou seja, ainda que se
preveja contratualmente apenas a sanção a uma das partes, esta há de ser aplicada na mesma intensidade
ao descumprimento imputável à outra. Como segue:

"RECURSO ESPECIAL - CONTRATO BILATERAL, ONEROSO E


COMUTATIVO - CLÁUSULA PENAL - EFEITOS PERANTE TODOS OS
CONTRATANTES - REDIMENSIONAMENTO DO QUANTUM
DEBEATOR -NECESSIDADE - RECURSO PROVIDO. RECURSO
ESPECIAL Nº 1.119.740 - RJ (2009/0112862-6) – REL. MIN. – MASSAMI
UYEDA
1 A cláusula penal inserta em contratos bilaterais, onerosos e comutativos deve
voltar-se aos contratantes indistintamente, ainda que redigida apenas em favor
de uma das partes.

DOS PEDIDOS

Com base no exposto, requer:


a) que a parte requerida seja citada da presente ação e intimada para comparecer à
Audiência de Conciliação, a ser designada no ato da distribuição, sendo que o não comparecimento
importará a pena de revelia;

b) que a parte requerida seja imputada de penalidade por quebra contratual,


respeitando o montante de 20% acordado em contrato.

No mérito, que seja julgado procedente o pedido para:

c) Condenar a parte requerida a pagar à parte requerente o valor de R$ 5.100,00


devidamente atualizado e corrigido com os juros legais desde o(s) respectivo(s) inadimplemento(s), a
título de ressarcimento.

Pretende demonstrar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito.

Atribui à causa o valor de R$

Nestes termos, pede deferimento.

Goiânia/GO, de de 2023.

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