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● Diálise é baseada na difusão através de uma membrana semipermeável

● Diálise substitui função exócrina


● Não controla distúrbios endócrinos
○ Hiperparatireoidismo secundário
○ Osteodistrofia
○ Anemia
● A longa prazo transplante custa menos que diálise

Aspectos gerais
● Remoção de escórias nitrogenadas e ureia
● Controle eletrolítico e acidobásico
○ Concentração de eletrólitos do dialisato é próxima às concentrações normais
○ Normalmente não contém K e fosfato
○ Bicarbonato não deve ser colocado na mesma solução que o cálcio

● Limitações
○ Ineficaz para depurar toxinas urêmicas maiores
○ Pode depurar substâncias essenciais: aminoácidos, vitaminas hidrossolúveis,
zinco e ferro

Hemodiálise
● Utiliza circuito extracorpóreo
○ Bomba mecânica que produz fluxo
○ Heparinização do circuito (geralmente 5000UI)
○ Manômetro
○ Detector de bolhas
○ Filtro
○ Tratamento da água
■ Filtração
■ Deionização
■ Osmose reversa

● Sangue percorre circuito e passa pelo filtro que possui capilares banhados
externamente pela solução de diálise mantida em circulação
● O soluto corre em contracorrente com o fluxo sanguíneo

● Ultrafiltração
○ Determinada principalmente pela pressão transmembrana
○ Contrabalanceado pela pressão oncótica
○ Maior na parte proximal do filtro
○ PTM = Volume ultrafiltrado / (KUf x nº de horas)

● Acesso
○ Cateter de dupla luz
■ Curta permanência: Cateter duplo lúmen não tunelizado (< 2 semanas)
■ Longa permanência: Cateter duplo lúmen tunelizado (até 2 anos)
○ FAV nativa
■ Anastomose entre artéria radial e veia cefálica
■ Hipertrofia e dilatação das veias antecubitais
■ Maturação em torno de 6 semanas
■ Fístula funcionante possui frêmito acentuado
○ FAV com enxertos de PTFE
■ Deve ser confeccionada 2-6 semanas antes
■ Pacientes com anatomia inadequada
■ Maior risco de complicações que a nativa

● Métodos
○ Intermitente ou convencional
■ Retirada rápida de solutos e líquido
■ Sessão de hemodiálise com duração de 3-4h 3 vezes por semana ou
mais
■ Mal tolerada em cenários de instabilidade hemodinâmica

○ Hemodiálise lenta de baixa eficiência (SLEHD)


■ Fluxo sanguíneo intermediário entre HD e outros métodos
■ Sessão de cerca de 12h
■ Mantém vantagem dos métodos contínuos sem elevar demais tempo da
sessão

○ Contínua
■ Métodos que retiram líquidos e solutos lentamente
■ Sessão de 12-24h
■ Hemodiálise arteriovenosa contínua (CAVHD)
● Puncionada artéria e veia
● Não utiliza bomba
■ Hemodiálise venovenosa contínua (CVVHD)
● Catéter dupla luz em veia profunda
● Utiliza bomba
■ Ultrafiltração lenta contínua
● Ultrafiltração pura
● Não utiliza solução de diálise
● Contraindicações
○ Absolutas: ausência de acesso vascular viável
○ Relativas
■ Acesso vascular difícil
■ Fobia de agulhas
■ IC avançada
■ Coagulopatia

Diálise peritoneal
● Utiliza o peritônio como membrana
● Método contínuo
● Permite passagem de moléculas maiores que a hemodiálise
● Ultrafiltração
○ Controlada pela pressão osmótica da solução
○ Diferentes concentrações de glicose (1,5% ou 4,5%)
○ Ultrafiltração aumenta com pressão osmótica da solução
● Peritonite infecciosa é a principal complicação
● Acesso
○ De urgência: catéter próprio com extremidade distal fenestrada
○ IRC: catéter de tenckhoff
● Métodos
○ No hospital ou em caráter ambulatorial
○ DPI - troca sucessiva de banhos
○ Balanço hídrico mais negativo quanto maior for a osmolaridade da solução
○ CAPD - diálise peritoneal ambulatorial contínua
■ Qualidade de vida
■ Paciente deve ter compreensão
■ 3 a 4 trocas durante o dia
○ CCPD - diálise peritoneal contínua com ciclômetro
■ Ainda melhor qualidade de vida
■ Paciente só precisa realizar diálise a noite
■ Múltiplas trocas durante a noite
■ Duração de 8-10h

● Contraindicações
○ Absolutas
■ Perda da função peritoneal
■ Adesões bloqueando fluxo de dialisato
■ Hérnia abdominal incorrigível
■ Estoma de parede abdominal
■ Vazamento de fluido para diafragma
■ Incapacidade de realizar trocas na ausência de profissional
○ Relativas
■ Enxerto aórtico abdominal recente
■ Derivação ventrículo-peritoneal
■ Intolerância ao fluido intra-abdominal
■ Grande massa abdominal
■ Obesidade mórbida
■ Desnutrição grave
■ Infecção aguda da pele adjacente
■ DII

Indicações
● Inequívocas
○ Encefalopatia urêmica
○ Pericardite urêmica
○ Hipervolemia refratária
○ Sangramentos atribuíveis à uremia
○ Hipercalemia > 6,5 refratária
○ Acidose metabólica pH < 7,1 refratária
● DRC
○ TFG < 15ml/min com sinais e sintomas que não possam ser manejados de
forma conservadora
○ Deve manter tratamento conservador para DRC
● Escolha do método
○ Todo paciente com TFG < 30 ml/min/m² deve ser educado sobre TRS
○ Idealmente método deve ser definido com paciente com TFG entre 20 e 30

Complicações
● Síndrome do desequilíbrio da diálise: confusão mental, agitação, torpor ou convulsões -
queda abrupta da osmolaridade pela extração de solutos
Hemofiltração
● Líquido passa por membrana levando consigo os solutos
● Convecção (solvent drag)
● Maior permeabilidade (até 20000 daltons)
● É feita solução de reposição da hemofiltração
○ Pré filtro - mantém sangue mais líquido, maior custo
○ Pós filtro
● Realizada em circuito extracorpóreo de forma contínua
● Método arteriovenoso ou veno-venoso
● Alto custo

Hemodiafiltração
● Processo de convecção e difusão
● Toxinas urêmicas de baixo peso são melhor eliminadas por difusão do que por
convecção
● Convecção é superior para eliminar toxinas de maior peso molecular
● Processo de hemodiálise associado à hemofiltração
● Realizada como método contínuo
● Vantagens sobre a HD
○ Reduz risco de mortalidade cardiovascular
○ Melhor estabilidade hemodinâmica
○ Melhor controle do fósforo
○ Melhor sensação de bem estar
○ Melhor clareamento de moléculas médias como beta-2-microglobulina
○ Melhores parâmetros de inflamação
○ Reduz resistência à eritropoetina

Transplante renal
● Maior sobrevida e qualidade de vida do que os métodos dialíticos
● Enxerto de doador vivo tende a durar mais (períodos de isquemia)
● Melhor controle do distúrbio mineral e ósseo
● Doador vivo
○ Relacionado: familiar de até 4 grau e cônjuges
○ Não relacionado: apenas com autorização judicial

● Doador vivo: TFG < 15


● Doador cadáver
○ Paciente que esteja em outro método de TRS
○ TFG < 10
○ < 18 anos com TFG < 15
○ Diabéticos com TFG < 15

● Classificação por número de incompatibilidades nos lócus DR, B e A


○ Se empate: tempo de espera

● Elegibilidade
○ Expectativa de vida > 5 anos
○ Ausência de contraindicações absolutas
■ Expectativa de vida reduzida
■ Câncer
■ Infecção ativa
■ Psicose grave
■ Abuso e dependências de álcool ou drogas ilícitas
● Testes de compatibilidade
○ Tipagem ABO (Rh não influencia)
■ A doa para A e AB
■ B doa para B e AB
■ AB doa para AB (receptor universal)
■ O doa para todos
○ Tipagem HLA classe I e II
○ Prova Cruzada entre soro receptor e linfócitos do doador

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