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DEFINIÇÃO CHOQUE HEMORRÁGICO

• Baixa perfusão (oxigenação) a nível celular que • Mais comum no trauma


levará a um metabolismo anaeróbio
• Perda aguda de sangue
• Oferta não supre a demanda de hemácia
• 5-7% PC é composto de sangue (70kg = 3,5-5L)

ETIOLOGIA
CLASSE 1
• Hemorrágico – mais comum
➨ Sintomas mínimos (perda <15%)
• Distributivo
➨ FC; FR; PA = inalteradas
• Cardiogênico
➨ Perda de sangue não requer reposição –
mecanismos regulatórios são suficientes
FISIOPATOLOGIA DO CH OQUE HEMORRÁGICO
• Identificada por barorreceptores e CLASSE 2
quimiorreceptores que identificaram a baixa na
pressão arterial ➨ Perda entre 15-30%

• Mandam sinais aferentes para SNC e SNA, que ➨ Queda na PA


manda sinal eferente para os receptores b1,
➨ Aumento discreto FC e FR
provocando a taquicardia
➨ Diminuição da pressão de pulso
• SNA manda eferência para adrenal (sistema
endócrino) com a liberação de catecolaminas, onde ➨ Alterações sutis do SNC
adrenalina e noradrenalina irão agir sobre
receptores A1, levando a uma vasoconstrição em ➨ Tratamento: geralmente apenas cristaloides
pele e sist., esplâncnico, onde se prioriza cérebro
e coração (pele fria e úmida)
CLASSE 3
• Metabolismo anaeróbio aumento o lactato,
fazendo uma hiperlactemia fazendo acidose, que ➨ Perda 31-40%
evolui para coagulopatia e hipotermia (tríade letal)
➨ Queda na PA
➨ Aumento importante: FC e FR
FISIOPATOLOGIA A NÍVEL CELU LAR
➨ Tratamento: geralmente requer sangue e
• Hemorragia = redução de oferta e aumento da derivados
demanda -> metabolismo anaeróbio
• Hipoperfusão + hipóxia – induz apoptose
CLASSE 4
↳ Glicólise – acidose + disfunção da bomba de
sódio e potássio + edema celular -> reação ainda ➨ Perda > 40%
maior do LEC ➨ Queda importante da PA- pressão de pulso
estreita

TEMPO DE ISQUEMIA ➨ Alterações importantes do SNC


➨ Pele fria, pálida e úmida
➨ Tratamento: cirurgia imediata + transfusão
imediata

PERGUNTAS DIRECIONAIS FATORES DE CONFUSÃO


1. Qual é a causa do choque do paciente? (É • Idade
hemorrágico, até que se prove o contrário) • Intervalo de tempo
2. Qual é o tratamento definitivo par ao choque? • Hidratação pré-hospitalar
3. Onde o paciente pode receber melhor esse • Medicamentos/doenças crônicas
atendimento definitivo?
• Atletas
4. Que medidas provisórias podem ser tomadas?
Larissa D S Resende

DIAGNÓSTICO ➥ RL é mais fisiológico que SF


• É clínico, mas podem ser feitos alguns exames ➥ Administrar aquecido – 39%
laboratoriais
↳ Ht/Hb (hematócrito/hemoglobina) DEE
↳ Gasometria com lactato • Realizar exame neurológico sumário
↳ CPK – principalmente síndrome de • Repetir o exame após reanimação volêmica
esmagamento
• Procurar outras lesões
↳ Ureia e creatinina
• Prevenir hipotermia ao final do procedimento
• Pode ser feito o FAST (ultrassom)
OUTRAS MEDIDAS QUE P ODEM SER FEITOS
• Descompressão gástrica
MANEJO INICIAL
• Caterização urinária
↳ Crianças < 1a = 2mL/Kg/h
AEB ↳ Crianças = 1mL/Kg/h
• Estabelecer vias aéreas ↳ Adultos = 0,5 mL/Kg/h
•Oxigênio suplementar sempre que necessário →
manter saturação > 95%
HIPOTENSÃO PERMISSIVA
• Pode usar cânula nasal ou máscara não • Quanto maior a infusão volume → maior a
reinalante (FiO2>95%) pressão hidrostática
↳ Maior sangramento
C ↳ Maior hemodiluição
• Controle hemorrágico – prioridade • Manter PAS entre 80-100 mmHg (ideal 90)
↳ Sangramentos externos • Contraindicação (manter PAS: 110-120)
• Acesso venoso adequado ↳ TCE
↳ Calibroso (jelco 14) – mín: 18 ↳ Idoso/ gestantes
↳ Periférico ↳ Comorbidades: HAS, coronariopatias
• Acesso e exposição
• Controle temporário do sangramento TRANSFUSÃO MACIÇA
• Exploração • É transfusão equivalente a 100% volemia ou 10
CH
• Decisão = controle de danos; reparo definitivo
50% da volemia em 3 horas ou 4 unidades em 1
• Nível exato de PA é pouco importante horas
• Pressão de pulso contém informações mais ✷ 1:1:1 (1CH + 1 PFC + 6 -7 plaquetas)
significativas
• Oferecer cálcio apenas se deficiência
• Ausência de pulso periférico
• Pulso central fraco, rápido
↳ Evidência mortalidade superior a 15x maior TORNIQUETE

• ¼ - 1/3 -> permanece no sangue – maior parte • Sangramento não controlado sob pressão
vai para LIC • Pode ser usado 2º torniquete
↳ Após 30-60 min
• Manter sítio descoberto
• Evitar excesso de hidratação (edema tissular)
↳ Bomba de sódio e potássio não está • Manter por 120-150 min
funcionando adequadamente • Salvar = Vida > Membro

QUAL MELHOR SOLUÇÃO PARA HIDRATAÇÃO ACESSO INTRA-ÓSSEO


• Coloides • Foco: transporte rápido
• Ringer Lactato x soro fisiológico • Manúbrio esternal; tíbia distal; tíbia proximal
➥ Acidose hiclorêmica (SF)
Larissa D S Resende

ÁCIDO TRANEXÂMICO
• Análago sintético da lsisina CARDIOGÊNICO EXTRÍNSECO
• Adesão ao plasminogênio • Pneumotórax hipertensivo
• Dose: até 3 horas do trauma ↳ Hipertimpanismo + redução do MV
• Ataque = 1gEV • Tamponamento cardíaco
• Manter 1g 8/8 horas ↳ Apresentação da tríade de beck = hipotensão =
estase jugular + bulhas hipofonéticas

CHOQUE NEUROGÊNICO
• Distributivo, semelhante ao choque séptico
• Choque secundário a perda do tônus
vasomotor
• Leitos vasculares periféricos
• Perda de tônus simpático
• Aumento da capacitância vascular
• Diminuição dor retorno venoso
• Diminuição do débito cardíaco
• Causas
↳ Secundário a trauma cervical ou torácico alto
↳ Fratura
↳ Hematoma (epidural)
↳ Penetrante
• Resultado
↳ Hipotensão
↳ Bradicardia ou FC normal/basal
↳ Extremidades quentes

PENETRANTE COM LESÃO MEDULAR


• 74% clínica de choque hemorrágico
• 7% apresentam choque neurogênico clássico

TRATAMENTO
• Maioria responde apenas à reposição volêmica
• Considerar vasoconstritores
↳ Após exclusão de hipovolemia
↳ Ausência de melhora pós expansão volêmica
↳ Dopamina; fenilefrina; noradrenalina
↳ Uso necessário até 24h – 48h
• Bradicardia importante = atropina (0,5mg-1mg)

CARDIOGÊNICO INTRÍNSECO
• Lesão muscular
↳ Penetrante
↳ Contuso
• Lesão valvar
Larissa D S Resende

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