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ANA LUIZA ATOUI FARIA

Roteiro de Interpretação
AULA 10 que está escrito N e 25
indicando 25mm/s

EXEMPLOS PRÁTICOS:

Homem de 23 anos vem para consulta de


 3º - Ritmo e Frequência:
checkup, exame físico normal, IMC 23
onda o positiva em DI e
(paciente normolíneo)
aVF, a cada onda P segue
 1º -Identificação: homem,
um complexo QRS e as
23 anos, assintomático,
ondas P tem mesma
normolíneo,
morfologia, ou seja, o
ritmo desse eletro é
sinusal. Quanto à
frequência, podemos
contar a quantidade de
quadrados grandes entre

 2º - Padronização: N (10 dois complexos QRS que

quadradinhos de altura), nesse eletro dão quase

ou seja, cada quadradinho quatro. Se fossem 4 seria

equivale a 0,1mV, então 75bpm mas como é um

esses 10 quadradinhos pouco menos que quatro,

equivalem a 1mV. Se der isso indica que o

um zoom, podemos ver batimento está mais


acelerado chegando a
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aproximadamente a -120 graus e como não


80bpm. Para calcular a FC tem, procuro a mais
também posso dar um próxima que é aVR. Ao
zoom e ver a quantidade olhar aVR no eletro,
de quadradinhos que nesse percebemos que está
eletro são dezoito e meio totalmente negativa
quadradinhos, mas, se confirmando que o eixo é
considerar 19 +60; que é um eixo
quadradinhos – 1500/19 = fisiológico que está dentro
79bpm. Então, eu tenho da área verde.
características de onde P  RESUMINDO: esse eletro,
sinusal e características até onde aprendemos, é
79bpm que é fisiológico, normal.
ou seja, ritmo sinusal

 6º - complexo QRS:
primeiro acho q derivação Homem de 30 anos vem para avaliação
isodifásica - está em aVL (- cardiológica. Relata correr maratona com
30). Se está isodifásico frequência. Exame físico normal e IMC=21
aqui, quer dizer que está (normal)
perpendicular à aVL, então,  Primeiro vamos identificar
estaria em -120 ou o paciente – homem,
+60(DII). Olhando DII no jovem, atleta,
eletro, notamos que é uma assintomático, corre
derivação totalmente maratona (nesses casos de
positiva, então podemos exercícios de alta
falar que está apontando intensidade, tenho que ter
para +60 graus. Para ter atenção redobrada para
certeza, vou observar a ver se tem alguma
derivação que aponta para cardiopatia que possa
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aumentar risco de morte grosseiramente, se tivesse


súbita). seis quadrados grandes,
 Quanto à padronização, daria 50bpm (300/6).
observamos que o Como são quase sete
retângulo ocupa dois quadrados grandes, a FC
quadrados grandes (ou dez será aproximadamente
pequenos) de altura, ou 45bpm indicando que esse
seja, é N e a velocidade é eletro está alterado (o
25mm/s. normal é de 50 a 100
bpm). Para confirmar,
contamos quantos
quadrados pequenos tem
que nesse caso são 34.
Então, 1500/34 =44bpm
(uma diferença pequena
com a outra conta, nada

 Ritmo e frequência: quanto importante). O que

ao ritmo, tem que ter onde importa aqui, é que o

P positiva em DI e aVF e paciente está bradicárdico;

nesse ECG tem, a cada ou seja, tem ritmo com

onda P tem que seguir um onda P sinusal, mas, com

complexo QRS e aqui isso FC abaixo do normal, ou

ocorre, e as ondas P tem seja, tem uma bradicardia

que ser de mesma sinusal.

morfologia (como vemos  E o eixo QRS? Procurando a

em DI). Isso tudo indica derivação isodifásica,

ritmo sinusal. E a FC? Pela podemos notar que todas

regra do quadradão, se as derivações periféricas

olhar em aVF, por estão isodifásicas, ou seja,

exemplo, se olharmos o eixo é indeterminado.

entre dois complexos QRS Isso não quer dizer,

temos quase sete necessariamente, que o

quadrados grandes. paciente tem alguma

Fazendo o cálculo patologia.


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 RESUMINDO: paciente é 30 bpm em atleta de alto


um homem, que corre rendimento é considerado
maratona, assintomático e fisiológico.
cujo ECG mostrou uma
bradicardia sinusal, um
achado que não é normal.
E agora? Nada. A
bradicardia sinusal é
normal em atletas de alto
rendimento (mais que 8h Mulher de 53 anos relata palpitações

por semana se atividade frequentes. Possui hipertensão/HAS,

física aeróbica intensa diabetes/DM e dislipidemia/DLP. No exame

como maratonistas). Por físico mostra pulso irregular.

isso a importância de saber  Identificação: mulher, 53

a identificação do anos, palpitação frequente,

paciente. Se eu digo que várias comorbidades

esse mesmo eletro é de


uma senhora de 85 anos,
que chegou cincopando na
emergência, vou pensar
que a paciente,
provavelmente, tem o
 Padronização: N (normal) -
sistema de condução ruim,
25mm/segundo
talvez uma doença do nó
 Frequência e ritmo: esse
sinusal, muito
eletro é de uma fibrilação
provavelmente fez alguma
atrial (melhor explicado
bradiarritmia mais grave
nas próximas aulas), em
no meio do caminho e se
que, nitidamente, não
encorpou. Nesse caso
encontramos as ondas P
internamos, faz holter,
claras. Se não tem onda P,
entre outras coisas. Agora,
é arritmia, ou seja, não é
se pego um paciente
ritmo sinusal. Quanto à FC,
maratonista com FC de
como é irregular, temos
44/45, pelas diretrizes,
que somar todos os QRS
bradicardia sinusal até de
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do DII longo e multiplicar


por seis, ou seja, 12QRS x
6= 72bpm. Então, a FC está
controlada, mas, tem
alguma arritmia no meio.

 Eixo QRS: DII está


isodifásico. Ele fica em
+120 graus, então, o eixo
está em -150 (aVR) ou
+30. Ao olharmos em aVR
no eletro, podemos notar
que QRS está totalmente
negativo, ou seja, não está
indo em -150 graus. Ao
olharmos em 30 temos DII
e DI mais próximos e
ambos estão positivos, ou
seja, o eixo deve estar
entre os dois em +30
graus.
 Então, o que posso dizer
desse caso? A FC está
controlada, o eixo QRS está
normal, mas, tem uma
arritmia e provavelmente é
isso que está causando as
palpitações e pulso
irregular.

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