18/12/2022 13:27 Descomplica | Tópicos Especiais De Carreira

Diferença entre dinâmica de grupo e

entrevistas: o que é avaliado nelas?

A dmite-se pelo curriculum e demite-se pela atitude

A capacidade técnica não perdeu sua importância, mas cada vez

mais ela não é suficiente. O que faz com que as pessoas
permaneçam na Organização, ou muitas vezes pelo contrário, deixem a
Organização, são suas atitudes. São os comportamentos dos indivíduos
os grandes responsáveis pela evolução, ou não, das carreiras dos
indivíduos, dentro de determinadas culturas organizacionais.

Além do mais, um conhecimento técnico é mais rápido e requer menos

investimento para ser desenvolvido em um colaborador, ao passo que
mudar um comportamento é algo bem complexo. Passa pela percepção
do próprio indivíduo de que a mudança é necessária, e mesmo com esse
entendimento isso irá requerer muito foco, disciplina e dedicação para que
a mudança efetivamente ocorra.

A premissa por trás do método

Com a publicação do artigo em 1973 do norte americano McClelland, o

mundo do trabalho começava a se transformar completamente e a
inicialmente entender, para posteriormente passar a adotar em todos seus
subsistemas a metodologia de competências.
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Competências para o autor é uma característica subjacente a uma pessoa

que pode ser relacionada com desempenho superior na realização de
uma tarefa. Diferencia-se, assim, de aptidões, que seriam um talento
natural da pessoa. Competências são a coordenação de um
conhecimento, uma habilidade e uma atitude que na sua manifestação
integrada, produzem um resultado diferenciado.

Partindo-se do fato que não fomos feitos para mudar, que de fato
detestamos mudanças, que fomos programados para fazer tudo igual,
que funcionamos sob o princípio da economia psíquica, uma vez que algo
foi aprendido, este é o padrão que automaticamente funcionará.

Sendo assim, o comportamento passado é capaz de predizer o

comportamento futuro. Uma vez que um formato, um padrão de
comportamento foi estabelecido, a tendência é que ele se repita.

Com ou sem experiência pregressa

Por isso que técnicas seletivas de avaliação por competência se utilizam

dessa premissa. A partir do momento que determinada competência está
instalada no indivíduo, pode-se fazer um prognóstico de que, dada uma
situação semelhante onde a mesma competência for requerida em sua
atuação, a tendência é repetir o padrão já utilizado.

Se o indivíduo já possui alguma experiência profissional anterior, a técnica

mais utilizada é a de entrevista por competências. Ë solicitado que o
candidato conte um fato onde possa descrever como atuou diante de uma
situação onde a competência foi requerida. A partir da narrativa do fato
ocorrido, da história pregressa do indivíduo se apura se a competência
está ou não instalada e se sim, em que grau.

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No entanto, se estamos falando de pessoas com pouca experiência, ou

mesmo nenhuma como é comum em cargos de entrada (estagiários ou
trainees), o ideal é usar técnicas que simulem a situação onde a
competência deverá ser utilizada para verificar a atuação dos indivíduos.
As técnicas aqui mais comumente utilizadas são as dinâmicas de grupo e
os estudos de caso.

Se não for possível utilizar essas técnicas, ainda é possível realizar a

entrevista por competências adaptando os exemplos para vida
acadêmica, familiar, ou mesmo outras situações sociais.

Situação, ação e resultado

Na técnica de entrevista por competências o que conta é a narrativa do

candidato. O entrevistador deve solicitar que ele descreva a ação sobre a
qual o fato ocorreu, a ação em si e quais foram os resultados dessa ação.

É fundamental que o entrevistador saiba se ater aos fatos. Para tal ele
poderá inclusive durante a narrativa do candidato, fazer pequenas
interrupções afim de esclarecer melhor os fatos, a real participação deste
em determinado processo.

Por isso não são aceitas perguntas que suponham determinada situação,
perguntas do tipo o que você faria diante de determinada situação. Se é
para supor, significa que a pessoa ainda não atuou, e assim perde-se a
premissa metodológica de que uma vez que o comportamento está
instalado, a tendência é que ele se repita.

Cabe ressaltar que todo processo seletivo, use a metodologia que for, é
um prognóstico e não um diagnóstico. O uso de técnicas melhora o
prognóstico, mas ele permanece como tal.

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