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01 - O que é obesidade?

A obesidade é caracterizada como o excesso de gordura acumulada


no corpo. O ganho de peso ocorre quando o consumo calórico é maior que
seu gasto diário. Se esse comportamento é contínuo, há o aumento do
Índice de Massa Corporal (IMC) — obtido pela divisão do peso pela altura
ao quadrado de uma pessoa. O paciente é considerado obeso quando esse
índice é igual ou superior a 30.

Existem diversos fatores que favorecem as chances de um indivíduo se


tornar obeso, como:

• má alimentação — o consumo excessivo de ultraprocessados,


sódio, açúcar e alimentos com pouco valor nutricional estimula o
ganho de peso;
• sedentarismo — fazer pouca atividade física no dia a dia faz com
que o gasto calórico seja menor (a Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda exercitar-se por cerca de 150 minutos semanais);
• genética — indivíduos que têm parentes obesos de grau próximo,
como pais e avós, podem carregar genes de predisposição à
obesidade;
• medicamentos — o acúmulo de gordura corporal e a retenção de
líquido podem ser efeitos colaterais de alguns fármacos;
• problemas hormonais — o aumento dos níveis de cortisol e o
hipotireoidismo favorecem o ganho de peso;
• transtornos psicológicos — a depressão e a ansiedade, por
exemplo, podem levar ao aumento do consumo de alimentos
calóricos e à diminuição da atividade física;
• problemas neurológicos — lesões em algumas regiões do
cérebro, como o hipotálamo, também provocam o aumento da
gordura corporal.

Por que a obesidade é considerada uma doença crônica?


Uma doença é considerada crônica quando põe em risco a qualidade
de vida de um indivíduo, tem uma longa duração e é de caráter
progressivo, podendo ou não apresentar sintomas.
Esse é o caso da obesidade. Quando ela é acompanhada de um estilo de
vida pouco saudável, traz a possibilidade de desenvolver diversas outras
doenças crônicas, como quadros de hipertensão, diabetes tipo 2 e
colesterol alto, além de problemas respiratórios, dificuldade para dormir,
sensibilidade nas articulações e dor nas costas, entre muitos outros
distúrbios.
A obesidade pode afetar, também, a saúde mental de uma pessoa,
o que torna o seu tratamento ainda mais difícil. Isso se deve ao fato de
que o ganho de peso gera, em muitos indivíduos, o sentimento de culpa,
que é intensificado pelo julgamento social. Assim, essas pessoas pensam
que não se cuidaram o suficiente, desmotivando-se a buscar soluções.
Quais são as 4 principais consequências ligadas à obesidade?
Tendo em vista a sua capacidade de acarretar ou agravar diversas
outras complicações de saúde, vale ressaltar 4 das principais
consequências ligadas à obesidade. Confira a seguir.
O ganho de peso é uma tendência crescente na população
brasileira. Segundo um levantamento realizado em 2019 pela Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel), 20,3% das pessoas do país estão obesas — cerca de
72% a mais do que em 2006 —, enquanto 55,4% estão com sobrepeso.
Por conta disso, as consequências da obesidade são cada vez mais
preocupantes.
Afinal, trata-se de uma doença crônica capaz de comprometer a
qualidade de vida de um indivíduo e que tem relação com diversas outras
doenças. A obesidade, inclusive, é um fator de risco para problemas como
a Covid-19, de modo que os sintomas de pacientes obesos têm grandes
chances de serem mais graves.

02. Hipertensão

A hipertensão é uma doença cardiovascular causada pelo aumento da


pressão arterial. Isso ocorre quando a tensão da circulação de sangue sobe
consideravelmente, o que pode danificar as paredes das veias e artérias.
Um alto índice de gordura corporal se relaciona, também, a uma grande
quantidade de triglicerídeos e colesterol LDL (conhecido como “colesterol
ruim”). Esse aumento de lipídios no sangue pode comprometer a sua
circulação e provocar a hipertensão. Por essa razão, pessoas obesas têm
mais chances de desenvolver essa complicação que indivíduos com o IMC
regular.

Sendo uma doença que acomete aproximadamente 25% da população


adulta no Brasil, a hipertensão precisa ser devidamente tratada e
acompanhada. Além disso, a perda de peso é um dos fatores que auxiliam
na melhoria do quadro.

03. Diabetes

O aumento do peso é, na maioria das vezes, consequência de um gasto


calórico menor que o consumo. Sendo assim, a energia não utilizada é
estocada em forma de gordura. No entanto, o excesso de tecido adiposo
interfere no funcionamento da insulina, hormônio cuja principal função é
regular os níveis de açúcar na corrente sanguínea.
Quando há resistência à insulina, as chances de desenvolver diabetes do
tipo 2 são maiores. Desse modo, essa doença é outra das graves
consequências da obesidade, que compromete a qualidade de vida de um
indivíduo e pode ter muitas complicações, como problemas de visão e
cicatrização.
Por isso, fazer exames de check-up periodicamente e fazer o
acompanhamento médico são atitudes indispensáveis para evitar
complicações.

Fonte: site do Hospital Albert Einstein

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