Como gerir seu

escritório de
advocacia como
uma empresa?
 ÍNDICE

Introdução 03
Planejamento estratégico 04
Holding Familiar 07
Controladoria Jurídica 09
Legal Operations 11
Administração 13
Finanças 14
Gestão de Pessoas 16
Marketing Jurídico 18
Limitações legais 19
Construção de uma marca jurídica forte 21
Tecnologia e análise de dados 22
Análise de dados do escritório de advocacia 24
CPJ-3C 25
Conclusão 26

tech
 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, estamos experimentando mudanças

socioeconômicas que provocaram uma grande transformação na
gestão do escritório de advocacia. A forma de prestação de serviços
jurídicos mudou com o advento da tecnologia, das lawtechs e
legaltechs e dos novos hábitos dos clientes.

Essas novas exigências do mercado demandam uma atualização

dos negócios jurídicos. Otimizar os processos internos para
ganhar eficiência e relacionar-se bem com o cliente se tornou uma
necessidade, e não um diferencial. Integrar com outras áreas fora do
Direito passou a ser determinante para uma gestão estratégica.

Neste contexto, visando otimizar a prática jurídica e a gestão

do escritório de advocacia, elaboramos esse e-book completo.
Abordamos desde o planejamento estratégico até a figura da holding
familiar. Passamos pelos principais pontos da controladoria jurídica
e do Legal Operations. Assim, você conseguirá ter uma boa noção de
tudo que ronda uma gestão eficiente e empresarial de um escritório
de advocacia.

Vamos lá?

03
tech
 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Imagine que você quer
fazer uma viagem para a
Tailândia com a família.
Para tanto, levanta todos
os custos necessários,
avalia a melhor época para
tirar férias do trabalho
e, claro, pesquisa sobre
a época dos tsunamis
no país. A partir dessa
pesquisa inicial, traça um
plano financeiro e coloca
as tarefas na sua agenda
para comprar passagem,
reservar hotel e tudo mais.
Se pegarmos esse exemplo
comum na vida de
muitas pessoas, existe
um planejamento para
a viagem. Existem ações
que você precisa tomar
para que atinja o objetivo
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tech
de ir para a Tailândia com
a família. Você analisou Planos e previsões
seu orçamento, que é financeiras (verba
uma questão interna, para investimento e
retiradas pró-labore);
mas também se lembrou
dos tsunamis, um fator
Rotinas operacionais
externo. Sabe aonde quer (gestão de processos
chegar e o que fazer para e operacionais,
chegar lá. marketing etc.);
Essa é a ideia básica do Análises de mercado
planejamento estratégico (fator externo) para
em um escritório de definir a área de
advocacia. A diferença atuação;
é que a execução de
uma estratégia de Avaliação de
negócios depende de estratégias;
organização, controles,
Simulações de
liderança, participação e
cenários.
compromisso de todas as
pessoas. Mas a finalidade é
a mesma: traçar objetivos
a partir de uma análise
completa e desenhar as
ações que te levarão até
eles.
Para fazer um bom
planejamento estratégico,
você precisará de um
plano de negócios, que é
um documento detalhado
com:
04
Mesmo diante da imprevisibilidade dos ganhos da atividade jurídica, é possível traçar um
planejamento estratégico na advocacia. A diferença é que ele exigirá acompanhamento
e controle mais eficazes.

As interferências externas, como as oscilações econômicas, podem atrapalhar os

planos traçados. No mesmo sentido, um processo judicial que está demorando mais
do que o esperado. Diante disso, o gestor deve acompanhar de perto seu planejamento
para conseguir agir o quanto antes e tomar as melhores decisões. Em outras palavras, é
preciso avaliar e controlar os processos de trabalho para que se conheça as causas das
falhas. Só assim será possível corrigir rotas para que os objetivos e as metas traçadas
sejam cumpridas.

Agora que você já

sabe o fundamento do
Na matriz SWOT, você deve identificar:
planejamento estratégico,

S
apresentamos a seguir
Forças (fator interno): os diferenciais do
algumas ferramentas que
escritório de advocacia no mercado, como
ajudam a implementá-lo.
uso de dashboards e relatórios para tomada
de decisões.
A Matriz SWOT é
uma ferramenta muito

W
Oportunidades (fator externo): otimizam
conhecida no ambiente de
a performance do escritório em relação aos
negócios. Ela identifica,
concorrentes, como atuar em um bairro em
Forças (S - Strenghts),
que não há escritórios digitais.
Fraquezas (W - Weakness),
Oportunidades (O -

O
Fraquezas (fator interno): aquilo que pode
Opportunities) e Ameaças
interferir negativamente no desempenho
(T - Threats).
do escritório no mercado e frente a seus
concorrentes.
1
São fatores que

T
influenciam diretamente
Ameaças (fator externo): prejudicam
nos ambientes interno
o escritório em relação ao mercado e aos
e externo do escritório
stakeholders, como a crise econômica.
de advocacia e, por isso,
devem ser considerados
no planejamento.

05
tech
Ao cruzar todos os fatores, o gestor consegue reunir suas forças e aproveitá-las nas
oportunidades, ao passo que pode adotar medidas para minimizar suas fraquezas e se
prevenir das ameaças. Ou seja, passa a compreender melhor sua atividade jurídica e
consegue aprimorá-la.

Já o Balanced Scorecard (BSC) foi criado pelos norte-americanos Robert Kaplan e David
Norton. O objetivo da ferramenta é medir e avaliar o desempenho dos profissionais
seguindo 6 etapas:

1 Desenvolver a estratégia conforme o propósito e os objetivos da

organização;

2 Fazer um mapa estratégico da execução da estratégia para

facilitar sua visualização;

3 Alinhar todos os profissionais e departamentos, inclusive

sócios do escritório, em torno do objetivo e da estratégia;

4 Manter a coerência na execução, estabelecendo prioridades

estratégicas às melhorias operacionais e evitando o desperdício
de recursos e os desvios de finalidade;

5 Fazer reuniões de revisão para rever estratégias, monitorando e

guiando sua implementação, identificando e corrigindo erros.

6 Realizar testes periódicos da estratégia em curso.

Com um planejamento estratégico pronto, você deve colocar em prática as ações

detalhadas no plano de negócios. E, claro, acompanhar todas elas. Sempre que sentir
necessidade, reveja as ações e perceba quando é hora de um novo planejamento. Uma
dica interessante: se você atingiu os objetivos, é hora de traçar novos.

06
tech
 HOLDING FAMILIAR
Antes de fazer o planejamento estratégico, os sócios buscam as
melhores soluções para o negócio. As conversas que definem
as regras e as participações são importantes para estabelecer
responsabilidades. É neste contexto que aparece a figura da holding.

A holding é uma empresa criada para ser cotista ou acionista de

outras sociedades. Ela nasceu a partir de uma interpretação da
Lei das S.A. Seu foco é deter participações societárias em outras
empresas. Na prática, seu patrimônio ou parte dele é formado por
essas participações.

Uma holding pode ser pura (objeto social é a participação em outras

sociedades) ou mista (objeto social é a participação em outras
sociedades e uma operação com fins lucrativos). Seja qual for seu
tipo, possui como finalidade centralizar e consolidar as decisões de
um grupo empresarial. Por possibilitar essa gestão unificada, é um
dos principais instrumentos utilizados no planejamento sucessório.

Já ouviu falar em holding familiar? É exatamente essa a proposta. Na

prática, essa pessoa jurídica administra os bens e as participações
societárias das pessoas de uma mesma família.

Ao invés de serem sócios da empresa controlada, os familiares

assumem a sociedade da holding. O contrato social estabelece regras
sobre saída e entrada de sócios, direito a voto, administração e outras
questões que dizem respeito ao patrimônio. Isso seria interessante
para escritórios de advocacia familiares, não? Itaú Unibanco, Globo
Comunicação e

Participações S.A., JBS S.A. são alguns exemplos de holding familiar,

inclusive.

07
tech
 Além de ter maior organização administrativa do
patrimônio, há também outros benefícios de sua
constituição:

●
Planejamento tributário: estratégia legal para redução
de custos do empreendimento, com escolha correta de
regime tributário e aproveitamento de isenções, créditos
e incentivos tributários. Como a holding familiar é uma
pessoa jurídica, incidem tributos pertinentes à PJ, não à
pessoa física.
●

Proteção patrimonial: o patrimônio da holding familiar

é separado do patrimônio de seus sócios, motivo pelo
qual ele não é atingido em demandas judiciais (salvo
casos extremos, como desconsideração da personalidade
jurídica e fraudes).

Planejamento sucessório: a holding baseia a sucessão

patrimonial em um planejamento sucessório, com
regras definidas em contrato social, evitando inventário,
interrupção das atividades empresariais e eventuais
conflitos.

Sucessão patrimonial: como a holding incorpora o

patrimônio da família, garante uma sucessão hereditária
profissional, eficaz e segura, evitando dilapidação do
patrimônio.

#Holding
FAMILIAR

08
tech
 CONTROLADORIA JURÍDICA
O planejamento
estratégico define diversas
ações para que todos os
profissionais do escritório
trabalhem em prol dos
objetivos comuns. No
entanto, isso acontece
na prática por meio da
controladoria jurídica e do
Legal Operations.
A controladoria jurídica é a
equipe que fornece suporte
à área técnica jurídica e
analisa os resultados da
prestação dos serviços.
Ou seja, é quem faz o
trabalho administrativo
que rodeia a atividade-
fim, organizando a competitiva para o escritório de advocacia.
atividade técnica do
profissional, realizando
tarefas burocráticas em
seu lugar e impulsionando
o trabalho do advogado.
Essa equipe é, portanto, de
fundamental importância
para que os advogados
fiquem livres para focar no
core business do negócio.
Seu papel na gestão do
escritório como empresa é
determinante para:
tech
Organização e produtividade: a equipe
é responsável por lançar informações no
software jurídico do escritório (cadastrar
clientes, processos, documentos e
informações), permitindo o rápido acesso
dos profissionais. Ela também organiza a
rotina e o fluxo de trabalho do escritório a
partir do controle de prazos processuais e
agenda de compromissos. Assim, confere
maior produtividade ao serviço jurídico e à
gestão.
Diferencial competitivo: com organização
e produtividade nos processos internos, as
equipes do escritório são mais eficientes.
Isso significa otimizar o uso de recursos
financeiros e humanos, o que provoca
aumento de receita e confere maior vantagem
Análise de resultados: a controladoria
jurídica também faz análise dos resultados do
escritório por meio de relatórios gerenciais.
A partir deles, consegue dar mais subsídios
ao gestor para a tomada de decisões, a criação
de metas e estratégias para o crescimento do
escritório.
#ConteúdoExclusivo
Clique aqui e saiba como a controladoria
pode te ajudar a escalar resultados
09
 Em suma, a controladoria jurídica melhora o desempenho do
negócio e seus resultados de maneira completa. Por isso, contribui
diretamente para a consecução dos objetivos traçados no
planejamento estratégico.
E uma das melhores maneiras de atuação da controladoria jurídica
é por meio do software jurídico. Por atuar em várias frentes
relacionadas ao negócio, é preciso ter informações centralizadas e
disponíveis a qualquer tempo. Isso é possível com uma ferramenta
de gestão jurídica em nuvem.

Mas, mais do isso, é o software que conta com funcionalidades

que otimizam o workflow no escritório, gerando precisão no fluxo
de tarefas a partir da padronização dos procedimentos internos.
Cadastro de processos, agenda, pesquisa de jurisprudência, tudo
isso pode ser feito diretamente na ferramenta.

Além disso, é importante destacar que um bom software jurídico é

essencial para a análise de dados e resultados. Ele permite a extração
de dados por meio de relatórios convencionais ou personalizáveis,
mas também como dashboards com informações gráficas em tempo
real.

10
tech
 LEGAL OPERATIONS

A gestão da advocacia só é realmente eficaz quando temos um planejamento estratégico.

A partir dele, aparecem duas equipes de suma importância que farão com que os
objetivos sejam atendidos: a controladoria jurídica e o Legal Operations.

Nós acabamos de explicar que a controladoria fornece suporte à área técnica jurídica:

 Diligências;
 Publicações de processos;
 Entrada e saída de documentos;
 Controle de agenda de compromissos;
 Audiências.

E lançamentos nos softwares de gestão são algumas tarefas dessa equipe comandada
por um controller jurídico.

Mas e todo o resto? Um escritório bem estruturado tem o setor jurídico, mas também a
controladoria e as áreas de finanças, marketing jurídico, gestão de pessoas e tecnologia.
Se quisermos separar o escritório de advocacia em duas grandes áreas, podemos apenas
dizer Legal Operations e o jurídico.

A equipe de Legal Operations compreende todos os aspectos da gestão que não dizem
respeito à atividade jurídica em si. Por isso, muitos estudiosos consideram que a
controladoria jurídica é só uma parte do Legal Ops. Seja como for, fato é que o objetivo
dessa equipe é deixar o jurídico apenas com as atividades originárias e imprescindíveis
aos advogados.

Processos internos, fluxos de tarefas, clima organizacional, tecnologia, orçamento

e finanças, análise de dados e indicadores, gestão de pessoas. Tudo isso pode ser
integrado em um único departamento, o Legal Operations, que será comandado pelo
Chief Legal Operations Officer (CLOO). Com um bom trabalho dessa equipe, é possível
realizar o plano de negócios proposto no planejamento estratégico.
11
tech
De acordo com o CLOC - Corporate Legal Operations Consortium, o departamento
de Legal Ops deve apresentar 12 competências em operações jurídicas de extrema
importância:

Gerenciamento de Projetos/Programas;
Otimização e Saúde da Organização;
Modelos de Prestação de Serviços;
Gestão de Firmas e Fornecedores;
Treinamento e Desenvolvimento;
Governança da Informação;
Planejamento Estratégico;
Gestão do conhecimento;
Business Intelligence;
Operações Práticas;
Gestão Financeira;
Tecnologia.

Para ter uma equipe de Legal Ops que traga bons resultados, você precisará seguir uma
“trilha”. Seu CLOO deverá ter uma capacidade de articulação grande, pois lidará com
diversas áreas. Essa integração será determinante para o sucesso do escritório.

Além disso, será preciso capacitar as equipes, readaptar setores e focar na contratação
de profissionais multidisciplinares. O caminho pode ser árduo, mas trará muitos
benefícios para seu negócio.

Vale, porém, uma última consideração sobre o Legal Operations. Nós pontuamos as
áreas que existem dentro dessa estrutura. No entanto, elas só aparecem no mundo
real em grandes escritórios, que possuem orçamento suficiente para manter um
departamento para cada setor. Em escritórios menores, é comum vermos algumas
áreas se confundindo em uma estrutura mais enxuta.

A seguir, explicamos um pouco das principais áreas do Legal Operations na gestão do

escritório de advocacia.
12
tech
 ADMINISTRAÇÃO
O setor administrativo é responsável pela integração dos demais departamentos.
Ele deve ser o “representante” da estratégia do escritório, sempre entendendo as
demandas das demais áreas para prestar suporte a elas.

Dependendo do porte do escritório, nem existe um setor administrativo

propriamente dito, pois um dos sócios assume essa função. Isso não é um
problema. O cerne da questão é entender o que esse setor, que é fundamentalmente
de gestão, deve fazer. De forma bastante simples, ele executará o planejamento
estratégico, gerindo também as demais áreas.

Para isso, é preciso considerar o que o mercado jurídico pede hoje. Com a
transformação digital, os escritórios estão mais digitais. Nós da Preâmbulo,
elaboramos um Guia da Transformação Digital na Advocacia, que você pode
baixar gratuitamente através desse link.

A automatização de funções deu mais tempo aos profissionais, que passaram a

focar no principal, que é o relacionamento entre advogados e clientes.

Diante deste contexto, o setor administrativo precisa pensar em novas estratégias

para todas as áreas. Elas devem ser capazes de trabalhar com rapidez, eficiência
e produtividade. Assim, conseguem garantir o crescimento do escritório, a
captação e a fidelização de clientes. Sem dúvidas, a agilidade é um diferencial e
deve nortear o trabalho de gestão.

Outro aspecto que merece destaque na administração são os indicadores

de desempenho. Além de agilidade, o escritório deve trabalhar em cima do
planejamento para atingir as metas. Os indicadores são a melhor forma de avaliar
os resultados e perceber se eles estão no caminho de chegar aos objetivos finais.

Os chamados OKRs (Objectives and Key Results, ou Objetivos e Resultados

Principais) podem se relacionar a número de clientes, indicadores financeiros,
volume de processos resolvidos, feedbacks de clientes e muito mais. Mas lembre-
se de que eles devem estar relacionados à cultura organizacional do escritório.

13
tech
 FINANÇAS
Uma área que está intimamente ligada à administração
do escritório é a financeira. Existe uma regra básica para
a advocacia, que é a separação das finanças pessoais e do
negócio.

Essa confusão é muito comum, seja em escritórios

pequenos que acabaram de abrir ou naqueles com
dificuldades de pensar em pró-labore, capital de giro
e outros aspectos financeiros. Mesmo assim, uma boa
gestão jurídica depende diretamente dessa separação.

Por isso, faça um estudo criterioso das receitas e despesas,

considerando sempre o capital de giro e o pró-labore. Ou
seja, a remuneração mensal que os sócios recebem, bem
como os recursos necessários para manter o escritório
funcionando. Não custa lembrar que a incerteza sobre os
ganhos não pode servir de justificativa para a confusão
patrimonial.

Feita essa primeira observação, uma boa gestão financeira

depende do entendimento sobre receitas e despesas. As
possíveis receitas de um escritório de advocacia são:

Pagamento dos honorários, motivo pelo qual é

fundamental saber precificá-los corretamente;

Venda de materiais específicos, como e-books, livros

físicos, revistas etc.;

Participação em eventos, como palestras e

seminários;

Consultoria ou assessoria jurídica ofertada a empresas;

Investimentos.

14
tech
 #DICA
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Já as despesas correspondem a todas as obrigações

financeiras do escritório, tais como:

Contas operacionais (energia elétrica, internet, água,

telefone, materiais de escritório, assinatura de software
jurídico);
Custos com combustível ou passagens, em caso de
deslocamentos e/ou viagens para a resolução de casos;
Gestão de pessoal, considerando folha de pagamento,
treinamentos, cursos de atualização;
Terceirização de serviços secundários, se for o caso;
Aquisição de publicações específicas;
Locação de imóvel, se for o caso;
Compromisso tributário;
Marketing jurídico.

O conhecimento de receitas e despesas é só um passo

importante para a gestão financeira, pois é necessário
para fazer o fluxo de caixa. O importante é que o
profissional responsável tenha competência para todos
os aspectos que dizem respeito a essa área.

Um deles é a gestão de custos. Quando ela é feita, é possível

aumentar a margem de lucro do negócio e favorecer o
cumprimento de compromissos e a aquisição de novos
clientes. Para fazer uma boa gestão de custos, é preciso
encontrar os desperdícios e reduzi-los ao máximo, além
de adotar as demais boas práticas de gestão financeira.

E se vale uma dica sobre gestão financeira, esqueça as

planilhas. Atualmente, os softwares jurídicos já possuem
módulos dedicados à área, facilitando todos os registros
de entradas e saídas.

15
tech
 GESTÃO DE PESSOAS
Até o momento, falamos que aspectos técnicos do Legal
Operations. Sem dúvidas, eles são fundamentais para a gestão
profissional de um escritório de advocacia. Mas as pessoas e a
cultura organizacional são determinantes para o sucesso.

Como pontuamos no início do e-book, um planejamento

estratégico só pode ser executado se houver participação e
compromisso de todas as pessoas. Isso só é possível com um
bom gestor de pessoas, capaz de manter as equipes estimuladas
para o trabalho.

Uma dificuldade que aparece em muitos escritórios é fazer

a ponte entre os diversos profissionais. Advogados precisam
conversar bem com profissionais de marketing, que dependem
de confirmações do gestor financeiro e por aí vai.

Para que todos atuem em parceria, devem estar cientes da

cultura organizacional da empresa e dos objetivos traçados no
planejamento. E esse é o papel dos líderes em qualquer negócio:
fazer com que todos tenham clareza dos objetivos, sem se
esquecer da missão do escritório.

Um aspecto interessante que deriva dessa discussão sobre

integração e liderança é a metodologia de trabalho. O Direito é
conhecido por ser um segmento mais “engessado” e tradicional.
Quando falamos em modo de trabalho, logo pensamos em
hierarquias. Mas nos últimos tempos, o modelo horizontal vem
ganhando mais espaço.

16
tech
 #ConteúdoExclusivo
Ele se baseia exatamente na ausência de
hierarquia em seu formato tradicional. Clique aqui e
Não existe uma estrutura de chefes e descubra como
subordinados, pelo contrário. Todos ali facilitar a gestão de
trabalham juntos e têm voz para expor suas pessoas com um
necessidades, dificuldades e ideias. software jurídico

Além de favorecer a comunicação e a

integração entre as equipes, os profissionais
se sentem parte do negócio. E por que isso é
importante? Porque estimula a participação
e o compromisso das pessoas. O modelo
horizontal promove maior motivação das
pessoas, pois pressupõe que a opinião de
cada um é importante.

Essa vem sendo uma tendência de gestão de

pessoas e negócios em escritórios modernos.

Mas ela só pode ser implementada com

uma mudança de paradigma mental, que
abandona os velhos hábitos jurídicos
baseados em hierarquia.

Por fim, vale a menção ao trabalho

burocrático da gestão de pessoas e de um
eventual departamento de RH. Folha de
pagamento, reuniões, análise dos resultados
da equipe são tarefas executadas por este
departamento.

17
tech
 MARKETING JURÍDICO
O marketing jurídico
tem como objetivo dar
visibilidade e credibilidade
ao escritório de advocacia.
Isso não significa somente
possibilitar a captação
de clientes, mas também
fidelizá-los e reposicionar
a marca no mercado.
Com boas estratégias,
você pode melhorar o
relacionamento com
os atuais clientes, ter
mais competitividade
no mercado e, claro,
aumentar suas chances de
fechar mais negócios.
E quais são as melhores
estratégias de marketing
jurídico? Antes de mais
nada, é preciso estruturar
o marketing. Na prática,
seria fixar as metas,
definir a persona, escolher
os canais de comunicação,
delimitar a área de
atuação (direcionando
as estratégias à atividade
principal) e mapear as
ações. Aí sim podemos
falar em estratégias, dentre
as quais destacamos duas:
tech
Um exemplo simples, que
Marketing digital: o aborda as duas estratégias,
principal foco é atuar é o blog do escritório.
nas redes sociais, Imagine que seu negócio
no site e no blog,
é focado em Direito
sempre respeitando a
Previdenciário. A recente
característica de cada
mídia. O Instagram, por
reforma deixou seus
exemplo, é mais visual. clientes (e sua persona)
O LinkedIn permite com muitas dúvidas. Os
textos sóbrios e textos do blog podem
informativos, bem como resolver essa questão,
compartilhamento dos certo? O escritório se torna
textos do blog. referência de conteúdo de
qualidade e, com o tempo,
Marketing de se torna autoridade
conteúdo: contido no naquele assunto. Isso
marketing digital, é favorecerá a captação de
uma estratégia que, novos clientes de forma
como o próprio nome
natural.
diz, é baseada em
conteúdo de qualidade
e relevante para o
Mas tome muito cuidado
público de interesse. com os conteúdos
Assim, manifesta elaborados. Eles devem
essencialmente no ser úteis, relevantes
blog do escritório e nas e importantes. A
redes sociais. Seu foco periodicidade das
é construir autoridade postagens também é algo
e captar clientes de que merece atenção, o que
forma natural. é definido pela equipe de
marketing.
Vale destacar, no entanto,
que o marketing jurídico
possui limitações.
18
 LIMITAÇÕES LEGAIS

O Código de Ética e Disciplina da OAB traz regras que regulam a atividade advocatícia,
inclusive a publicidade. O Conselho Pleno da OAB Nacional aprovou atualmente
(15/07/2021) o novo provimento sobre a publicidade na advocacia. O patrocínio e o
impulsionamento nas redes sociais, por exemplo, é permitido, desde que não se trate
de publicidade contendo oferta de serviços jurídicos, esse novo provimento pode ser
visto aqui.

De maneira simples, o marketing jurídico deve se prestar a um caráter informativo, de

modo a preservar a dignidade da profissão e a credibilidade do serviço.

A diretriz geral está contida no artigo 28 do Código de Ética:

“O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais,

individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para
finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação
em conjunto com outra atividade”.

No mesmo sentido, o Provimento 94/2000 dispõe sobre a publicidade, a informação e

a propaganda da advocacia:

“É permitida a publicidade informativa do advogado e

da sociedade de advogados, contanto que se limite a levar
ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em
particular, dados objetivos e verdadeiros a respeito dos
serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas as
normas do Código de Ética e Disciplina e as deste Provimento”.

Perceba que ambas as normas batem na finalidade informativa, exatamente como

pontuamos no uso do marketing de conteúdo. Vale o destaque também para o anúncio
sem outra atividade, além da moderação e da discrição.

19
tech
 Veja a seguir as principais limitações ao marketing
jurídico que o Código de Ética traz:

É vedada a publicidade em rádio ou televisão, a não ser

que o profissional participe do programa para ilustrar, educar
e/ou instruir sobre determinado assunto, sendo proibido
qualquer propósito de promoção profissional ou pessoal.
É vedado fazer publicidade em locais de utilização pública
ou em paredes de edifícios, bem como em eventos estranhos
à área jurídica (artísticos, culturais, esportivos etc.);
É proibido fazer contratos impessoais, divulgar forma
de pagamento, valor dos serviços e gratuidade, bem como
ofertar consultas gratuitas em seu site profissional;
É proibido fazer publicidade ao lado de ofertas e objetos
estranhos à advocacia (canecas, serviços e produtos de
consumo, chaveiros, calendários etc.);
É vedada a autopromoção em manifestação pública, sendo
permitidos os esclarecimentos acerca de temas jurídicos de
interesse geral;
É proibido divulgar serviços advocatícios em conjunto
com outra atividade ou realizar publicidade vinculada ao
possível resultado de uma causa;
É proibido anunciar em catálogos profissionais ou
empresariais, ou oferecer serviços por email, mensagens de
celular etc.;
É proibido o uso de cores excêntricas na placa do escritório
de advocacia, bem como utilizar nomes de fantasia;
É proibido utilizar dizeres imperativos do comércio
(“consulte-nos agora!”, “venha conferir!” e semelhantes);
É proibido abordar temas que comprometam a dignidade
das instituições das quais é parte ou da profissão;
É proibido utilizar fotos dos órgãos públicos (prédios do
Ministério Público, dos tribunais etc.);
É vedado se pronunciar desrespeitosamente sobre
instituições ou seus colegas de profissão.

20
tech
 CONSTRUÇÃO DE UMA
MARCA JURÍDICA FORTE
Mesmo diante das limitações do marketing jurídico, o gestor e sua equipe de
marketing conseguem trabalhar a imagem do escritório. Como apontamos, basta
ter em mente que a finalidade da publicidade será sempre informativa. Por isso,
a melhor estratégia é investir em conteúdos, como blogposts, vídeos e imagens
que educam o público.

Quando o marketing jurídico é bem realizado, o escritório construirá, aos poucos,

uma marca forte no mercado. Isso porque as estratégias conseguem colocar o
negócio como autoridade em determinado assunto do meio jurídico. Vamos
retomar o exemplo que demos do escritório de Direito Previdenciário. Imagine
que a persona desse escritório seja um servidor público estadual. Nos posts do
blog, ele pode abordar conteúdos que informam como as mudanças da reforma
da Previdência afetam os servidores públicos, por exemplo.

Com o tempo, os servidores que buscam orientações para se aposentar começam

a ver aquele escritório como uma referência de informação. Sem dúvidas, quando
eles perceberem que precisam do auxílio de um advogado, pensarão neste
escritório.
Esse é só um exemplo de como é possível ganhar notoriedade e construir uma
marca jurídica forte com o marketing. O ponto positivo é que isso também vem
acompanhado com o fortalecimento da credibilidade perante o mercado.

Afinal, os conteúdos são bons e informativos, certo?

Não podemos deixar de destacar aqui também outra medida importante para
a construção da marca jurídica no mercado: o networking. A autoridade que o
escritório conquista pode abrir portas, mas é fundamental criar oportunidades
para ampliar o alcance da marca.

Por isso, invista, sim, em marketing jurídico digital e de conteúdo, mas mantenha
a frequência em eventos, escreva artigos e publicações especializadas.

21
tech
 TECNOLOGIA E
ANÁLISE DE DADOS

A tecnologia aplicada ao Direito é fundamental para

alcançarmos maior organização e eficiência no segmento.
A computação em nuvem, por exemplo, trouxe uma
nova maneira de lidar com o armazenamento de dados.
A inteligência artificial é a base de inúmeras soluções
que auxiliam na tomada de decisões. A informatização
da justiça brasileira levou para o ambiente eletrônico os
processos judiciais.

Quando pensamos na tecnologia aplicada aos escritórios

de advocacia, ela possibilita uma gestão jurídica
otimizada em inúmeros aspectos. Podemos citar uma
gestão de documentos mais eficaz, como:

Melhoria no relacionamento com clientes;

Automatização das tarefas repetitivas e burocráticas;
Otimização do tempo;
Workflow bem mais fluido.

Nos tempos atuais, em que há grande adesão ao

trabalho remoto, a tecnologia assume ainda maior
responsabilidade. Por meio de um software jurídico, por
exemplo, o gestor consegue organizar toda a atividade
mesmo à distância, isso é fundamental quando se
trabalha em home office. Principalmente se falamos de
uma ferramenta completa que pode ser acessada em
diversos dispositivos.

Com um bom software, há maior controle sobre as

informações e os fluxos de trabalho. No mesmo sentido,
há maior integração entre as áreas do escritório,
pois os dados estão centralizados. Dessa maneira, os
profissionais atuam de maneira mais prática e produtiva,
garantindo maior eficiência em toda a atividade jurídica.
22
tech
 E um ponto específico, proporcionado pelo software jurídico,
merece grande destaque: a análise de dados. Antes de entrar mais
profundamente no assunto, merece destaque o profissional que
a realize: o cientista de dados. Ele deve ter conhecimento técnico
sobre gestão de dados, Business Intelligence, Legal Analytics,
LGPD, métricas e gestão qualitativa. Mas é desejável que tenha
também habilidades adicionais, como competência em tecnologias
inovadoras e visão de negócios.

É fácil encontrar esse profissional?

Certamente não, e isso se torna mais difícil quando falamos em

análise de dados no escritório de advocacia. Afinal, ele precisa ter
intimidade com o ramo.

Felizmente, com a “popularização” desta importante função no

escritório, veremos mais profissionais capacitados para a análise de
dados. E o como é desenvolvido o trabalho de análise de dados?

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tech
 ANÁLISE DE DADOS DO
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA

A análise de dados depende de um objetivo específico. Com ele traçado, o trabalho

começa. Considere, inicialmente, a existência de uma gestão quantitativa dos dados
(data driven) e uma gestão qualitativa (Legal Analytics na advocacia). Para uma boa
análise de dados no escritório de advocacia, é preciso unir as duas abordagens. Isso
significa:

Escolher os dados certos para monitorar;

Analisar os dados conforme o foco e a meta de cada área do escritório de advocacia;
Estabelecer práticas de monitoramento de dados e orientar as equipes a aplicá-las;
Fixar parâmetros reais para analisar os dados.

Perceba que em muitos momentos citamos as métricas, que são dados operacionais
brutos que dão origem a indicadores. Elas servem para o gestor avaliar o desempenho dos
negócios. Inadimplência, carga de trabalho pessoal e produtividade dos colaboradores
são alguns exemplos. A partir da análise delas, definem-se as estratégias para a gestão
do escritório.

As métricas descritivas (referem-se ao passado) são fundamentais para que o cientista

de dados entenda o que aconteceu. Por isso, devem ter atenção especial. E já deixamos
aqui uma dica fundamental: elas estão no software jurídico. Saber exatamente o que
aconteceu ao invés de imaginar uma projeção será determinante para traçar estratégias
eficazes.

Mas isso não quer dizer que as projeções devem ser descartadas na análise de dados.
Afinal, existem as métricas preditivas (orientadas ao futuro), que servem para prevenção
de riscos e eventos adversos. Lembra-se da análise preditiva, certo? O pensamento é
semelhante: antecipar acontecimentos e ações para agir de maneira melhor.

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 CPJ-3C
A tecnologia e a análise de dados são assuntos intimamente ligados aos softwares
jurídicos. O CPJ-3C, software jurídico da Preâmbulo, é uma ferramenta completa.
Neste aspecto de análise de dados, um dos seus maiores destaque é contar com a
ferramenta de Business Analytics. O cientista de dados consegue capturar dados
do sistema do usuário e transformá-los em dashboards (painéis interativos). A
partir da inserção de dados com os padrões atuais, o software também gera auto-
maticamente informações.

Por meio da ferramenta, os profissionais podem acompanhar demandas conten-

ciosas e consultivas, visualizar a carteira de processo, visualizar a produtividade
do time e de terceirizados, acompanhar de forma interativa os prazos, entregar
informações assertivas para o cliente e muito mais.

Com os indicadores do CPJ-3C, a análise de dados é muito mais precisa. Dessa

forma, as informações são utilizadas de maneira estratégica e podem trazer resul-
tados positivos para o negócio.

No entanto, é fundamental destacar que essa ferramenta contribui em todos os

âmbitos da gestão jurídica. Tudo que diz respeito ao Legal Operations, à contro-
ladoria jurídica e à área jurídica em si está presente no CPJ-3C.

Ele organiza as rotinas internas e os processos, facilita o controle financeiro total,

faz uso de funcionalidades para análise de dados e resultados do escritório, auxi-
lia o marketing com os dados cadastrados dos clientes e muito mais. Veja outras
funções que ele oferece:

Elaboração de relatórios personalizáveis;

Indicadores que auxiliam no alinhamento das equipes e aumentam a produti-
vidade;
Integração do controle processual com o controle financeiro;
Robôs de automação que se integram com outros softwares;
Controle de prazos e tarefas, e muito mais.

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 CONCLUSÃO

Para gerir um escritório de advocacia como uma empresa, #Demonstração

o gestor jurídico deve pensar em como estruturar seu Gratuita
negócio. O planejamento estratégico é sempre o começo
de tudo, pois, define os objetivos que devem ser atingidos, Clique aqui e
bem como as ações e os prazos para tanto. descubra como
as soluções
da Preâmbulo
Neste momento, os sócios podem definir a melhor forma podem ajudar o
de gerir o negócio, inclusive considerando o modelo de seu escritório de
holding familiar. Em seguida, é fundamental estruturar advocacia
as equipes, o que resumimos em Legal Operations. A
controladoria jurídica, que faz o suporte à equipe jurídica,
é somente uma das áreas. Junto com elas, é interessante
segmentar a administração, as finanças, o marketing
jurídico, a gestão de pessoas e a tecnologia.

E esta última área merece um destaque especial, porque

possibilitou a modernização da prestação dos serviços
jurídicos. Um software jurídico completo, como o CPJ-
3C, auxiliam em todas as áreas de um escritório de
advocacia. É, por isso, uma ferramenta fundamental para
o Legal Operations e para a área jurídica em si.

Sobre a Preâmbulo Tech

A Preâmbulo Tech é pioneira em tecnologia jurídica no

Brasil. O objetivo dessa legaltech é contribuir para que
advogados e profissionais do direito potencializem suas
habilidades a partir da organização da rotina e do fluxo
de trabalho com nossas ferramentas.

Isso significa mais controle, melhor gestão, organização

e domínio do tempo, decisões fundamentadas e mais
tempo para viver a vida. Tudo isso com a aliança entre o
ser humano e a tecnologia.
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#Obrigado por ler:
Como gerir seu
escritório de
advocacia como
uma empresa?