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Super Apostila - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

03 – Conceito, formação e
evolução do Estado

Prof. Everton Ventrice


Prof. Everton Ventrice

Sumário
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 2
2. O conceito de Estado.......................................................................................................................... 3
3. Teorias de formação dos Estados ....................................................................................................... 4
4. O Estado Moderno ............................................................................................................................. 8
4.1 O Estado Absolutista ........................................................................................................................ 11

5. O Estado Contemporâneo ................................................................................................................ 14


5.1 O Estado Liberal................................................................................................................................ 14

5.1.1 O Estado Mínimo ...................................................................................................................... 15

5.1.2 O Estado de Direito ................................................................................................................... 16

5.2 O Estado do Bem-Estar Social........................................................................................................... 17

5.2.1 O Estado do Bem-Estar Social no Brasil .................................................................................... 22

5.3 O Estado Neoliberal .......................................................................................................................... 24

6. DICA DE OURO ................................................................................................................................. 29


7. Principais pontos a serem fixados .................................................................................................... 30
8. Lista de questões que resolvemos .................................................................................................... 32
9. Gabarito ........................................................................................................................................... 41

1. Introdução e objetivos desta apostila

Estudar as teorias sobre a formação dos Estados é essencial para


entendermos o porquê e como a Administração Pública nasceu e se
desenvolveu. A ideia básica é que a estrutura da Administração Pública de
um país é reflexo do tipo de Estado que predomina nele no momento.
Dois pontos são os mais importantes:
1) As teorias sobre como surgem os Estados
2) As características de cada tipo de Estado
As teorias sobre o surgimento dos Estados não são complicadas. Depois que
você as entender verá que, quando alguma classificação for citada, só pelo
nome você já consegue se lembrar dos seus detalhes. Atenção aos autores
que forem citados, pois eles aparecem nas questões.
Já quanto as características de cada tipo de Estado, também é tranquilo.
Muita coisa você consegue associar a fatos históricos e políticos bastante
conhecidos, além de assuntos que estão com frequência nos jornais. Guarde
também a sequência em que cada Estado apareceu e fique atento a algumas
pegadinhas comuns em questões.

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2. O conceito de Estado

Existem várias definições de Estado. Vamos ver uma:


Estado é toda associação ou grupo de pessoas fixado sobre
determinado território, dotado de poder soberano e politicamente
organizado.
Como as várias definições são bastante semelhantes, não tente memorizar
nenhuma. Concentre-se nas características (ou elementos) principais que os
diversos autores entendem que devem existir, ao mesmo tempo, para que se
configure um Estado:
1. Soberania (ou Independência)
2. Território
3. Povo
4. Governo
5. Poder
6. Finalidade
Em provas, os três primeiros elementos são os mais citados. As alternativas
certas sempre trazem esses elementos, e às vezes também um ou mais dos
outros três.
Vamos ver como isso já apareceu:
1. (ESAF/EPPGG-MPOG - adaptada) Um Estado é caracterizado por
quatro elementos: povo, território, governo e independência.

Comentários:
Correto. Veja que aqui a ESAF considerou apenas quatro das principais
características. Gabarito: Certo.

ATENÇÃO!!!
• O Estado visto aqui inicia-se com letra maiúscula. Já estado com
letra minúscula é apenas uma subdivisão adotada por alguns países,
como por exemplo o Brasil, que tem 27 estados.
• Estado não é sinônimo de Nação, nem de País e nem de
Governo. No dia a dia a gente não diferencia estes conceitos, mas,
tecnicamente, temos:
o Nação refere-se a uma identificação com uma cultura, uma
maneira de vida e seus costumes, o que não necessariamente
coincide com um Estado. Exemplo: Os bascos constituem uma
Nação, mas eles não possuem um Estado para si. Eles se

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espalham por dois Estados diferentes, Espanha e França, e em


ambos a maioria do povo não é basco. Já o Japão podemos dizer
que constitui um Estado e uma Nação.
o País é definido a partir das estruturas físicas e sociais de um
território, tais como seus símbolos, moeda, costumes, língua,
governo, etc.
o Quanto ao Governo, veremos ele em detalhes mais adiante,
mas por ora entenda que ele é apenas um instrumento que o
Estado usa para se administrar.

As questões desse assunto não são difíceis. Veja:

2. (CESPE/ANALISTA: ADVOCACIA - SERPRO) O conceito de Estado


possui basicamente quatro elementos: nação, território, governo e
soberania. Assim, não é possível que haja mais de uma nação em um
determinado Estado, ou mais de um Estado para a mesma nação.

Comentários:
Vimos que Estado e Nação não se confundem. Pode sim haver mais de uma
Nação dentro um Estado, como acontece na França com os bascos e não
bascos. Além disso, Nação não é um elemento de um Estado. Gabarito:
Errado.

3. Teorias de formação dos Estados

Há várias teorias para explicar como os Estados se formaram. Darcy


Azambuja as classificou em 3 modos:
1. Modos Originários: Nesses casos a formação de Estado decorre do
próprio meio, sem envolver fatores externos. Geralmente se dá a partir
de algum povo relativamente homogêneo, que se fixa num
determinado território e a partir daí organiza seu governo.
2. Modos Secundários: Ocorre quando vários Estados se juntam para
formar um novo (como ocorreu com os EUA) ou quando um Estado se
divide para formar outros (como ocorreu entre a República Tcheca e a
Eslováquia).
3. Modos Derivados: Se dá quando a formação é feita a partir de fatores
externos, tal como ocorreu com a criação de Israel, patrocinada pela
ONU, ou com a Alemanha após a II Guerra Mundial, dividida entre
Ocidental e Oriental pelos países vencedores.
Essa classificação cai bastante em provas.

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Veja um exemplo:
3. (ESAF/AFC-CGU). Indique a opção que completa corretamente as
lacunas das frases a seguir:
Há três modos pelos quais historicamente se formam os Estados: Os
modos ______________ em que a formação é inteiramente nova, o
Estado nasce diretamente da população e do país; Os modos
_____________, quando a formação se produz por influências
externas e os modos ______________, quando vários Estados se
unem para formar um novo Estado ou quando um se fraciona para
formar um outro.
a) originários - derivados - secundários
b) derivados - contratuais - originários
c) contratuais - derivados - naturais
d) naturais – originários - derivados
e) secundários - naturais - originários

Comentários:
Aqui foi cobrada a classificação de Darcy Azambuja pura e simples. Gabarito:
Letra A

Essa classificação de Darcy Azambuja é base para outras. Uma bastante


cobrada é a que classifica os modos de formação originários em:
1. Formação natural (ou não contratual). Divide-se em:
a. Origem familiar: Ocorre como simples expansão do núcleo
familiar. Pode ser chamada de Patriarcal (origem no “pai”) ou
Matriarcal (origem na “mãe”).
b. Origem em atos de força, de violência ou conquista: Se dá
pela dominação de um povo sobre outro. Um Estado então é
criado para melhorar o controle sobre o povo dominado.
c. Origem em causas econômicas: Ocorre quando dois ou mais
povos vão percebendo que quando se unem há benefícios para
todos, tais como maior segurança contra inimigos,
compartilhamento de recursos ou tecnologia, etc.
d. Origem no desenvolvimento interno da sociedade:
Ocorreria em as sociedades com alto grau de desenvolvimento,
que permitiriam a criação do Estado, de maneira natural, como
uma forma de se obter uma “força” que controle as condutas
sociais e promova a paz.

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2. Formação contratual: A criação de um Estado se daria a partir da


manifestação de vontade consciente e explícita de seus membros,
como forma de superar as dificuldades de convivência. É chamado de
contrato social o acordo a que chegam esses membros de que a
introdução de Estado seria a melhor opção para todos. Esta corrente é
a adotada por autores como Hobbes, Locke, Rousseau e Kant.

De acordo com esses autores, a formação contratual possui algumas


características:
a) Antes da implantação do Estado vigora o chamado Estado de
Natureza, no qual o povo vive numa situação de “direitos
ilimitados”, ou seja, possui o direito de fazer o que quiser, o que na
prática significa uma realidade caótica.
b) O contrato social é um pacto de associação racional.
c) Os membros abdicam de parte de sua liberdade pessoal em favor do
Estado, porém em prol da liberdade dos indivíduos e da igualdade
entre eles.

A ESAF já cobrou exatamente isso. Vamos ver:

4. (ESAF/EPPGG – MPOG). Um dos objetos de grande atenção do


pensamento e da teoria política moderna é a constituição da ordem
política. Sobre essa temática, uma das tradições de reflexão mais
destacadas sustenta que a ordem tem origem contratual. Todos os
elementos abaixo são comuns a todos os pensadores da matriz
contratualista da ordem política, exceto:
a) o estado de natureza.
b) a existência de direitos previamente à ordem política.
c) a presença de sujeitos capazes de fazer escolhas racionais.
d) um pacto de associação.
e) um pacto de subordinação.

Comentários:
A única característica errada é que fala em um pacto de subordinação, pois
os membros abdicam de parte de sua liberdade pessoal, mas em prol de um
bem maior, que é a liberdade e igualdade de todos. Portanto o Estado deve
representar seus membros, e não os subordinar. Gabarito: Letra E.

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Viu como a partir de agora só pelos nomes das classificações você já


conseguirá explicar como elas ocorrem? Mas cuidado para não confundir as
classificações.

Veja esta questão:

5. (ESAF/ANALISTA ADM - ANA). Segundo as teorias não-


contratualistas, em sua forma originária, o Estado teria uma entre as
seguintes origens, exceto:
a) a ampliação do núcleo familial ou patriarcal.
b) os atos de força, violência ou conquista.
c) as causas econômicas ou patrimoniais.
d) o desenvolvimento interno da sociedade.
e) o fracionamento de Estados preexistentes.

Comentários:
As quatro primeiras alternativas referem-se ao modo de formação originário
não-contratual. Já a última refere-se a um modo Secundário de criação de
um Estado. Gabarito: Letra E

Bresser-Pereira traz ainda uma outra classificação bastante cobrada. Para ele
a formação de um Estado pode ser:
1. Histórica (ou Histórico-Indutiva): Criada por Aristóteles e
adotada por Hegel, Marx e Engels, entende o Estado como “um
fenômeno histórico decorrente da luta pela apropriação do excedente”.
Nesse caso, um grupo mais poderoso percebe que pode se apropriar
desse excedente pela força, impondo a ordem e cobrando impostos, e
também através de um sistema administrativo e de comunicações que
organize a produção e a distribuição, aproveitando assim os ganhos de
eficiência decorrentes do comércio e dessa divisão do trabalho. Assim
surgiram as primeiras civilizações antigas, como a egípcia.
2. Contratualista (ou Lógico-Dedutiva): É igual ao modo originário –
contratual da classificação de Darcy Azambuja. Explica o Estado a
partir de um contrato voluntário de seus membros. É a corrente
adotada por autores como Hobbes, Locke, Rousseau e Kant.
3. Normativa: Esta última, em vez de se preocupar em explicar como se
formou o Estado, quer definir como o governo do Estado é e como deve
ser exercido. Vão nessa linha autores como Maquiavel, Montesquieu
e outros da chamada 'tradição republicana'.

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A classificação Histórico-Indutiva é a que mais cai. Guarde bem seus


fundamentos.

Mais uma questão:


6. (CESPE/ANALISTA DE INFRAESTRUTURA-MPOG) O Estado, de
acordo com a teoria histórica do Estado, é um fenômeno decorrente
da luta pela apropriação do excedente.

Comentários:
É isso mesmo. Gabarito: Certo

Sei que é ruim, mas devemos guardar os nomes dos autores associados a
cada teoria.

Veja como isso é importante:


7. (FUNRIO/Administrador-MJ). Existem duas importantes correntes
que estudam o Estado: a histórico-indutiva e a lógico-dedutiva. Das
alternativas a seguir, o autor que faz parte da segunda corrente é:
a) Vico
b) Hegel
c) Rousseau
d) Marx
e) Engels

Comentários:
Dentro os citados, o que pertence à corrente lógico-dedutiva é Rousseau.
Gabarito: Letra C

Viu como as teorias sobre como surgem os Estados não são difíceis?

A seguir passamos para os principais tipos de Estado cobrados em provas.

4. O Estado Moderno

Estado Moderno é o nome que se dá a uma certa configuração dos Estados


que vigorou durante a chamada Idade Moderna, entre os séculos XV e XVIII.
Ele é importante porque com ele os Estados adquiriram novas características
que os deixaram bem mais complexos, o que acabou dando origem à
Administração Pública.

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Do Estado Moderno é importante conhecer os antecedentes que levaram ao


seu surgimento, e também quais suas características principais, que
configuram o chamado Estado Absolutista.

Antecedentes
Antes do Estado Moderno o que predominava na Europa era o feudalismo,
onde o rei concedia terras a alguns nobres, os senhores feudais, para que
esses tomassem conta. Eles então permitiam que camponeses vivessem nos
feudos, dando a eles proteção através de exércitos próprios (era uma época
de muitas guerras).
Os camponeses, também chamados servos, produziam alimentos e
prestavam serviços ao senhor e entre si. Havia pouco comércio dentro e para
fora dos feudos, e a maior parte era feito em sistema de trocas.
A principal característica do feudalismo era a descentralização do poder,
pois embora houvesse o rei, quem mandava mesmo eram os senhores
feudais, já que cada um estabelecia as regras dentro do seu feudo. Como
cada feudo tinha pouco contato com os outros e a relação entre o rei e os
camponeses nos feudos era quase nula, não existia uma Administração
Pública, pois não era necessária.
No final do século XV o feudalismo entra em decadência devido a vários
fatores, sendo um deles a diminuição na quantidade de camponeses, em
função de surtos de doenças (como a Peste Negra), do aumento do êxodo
rural (pois houve uma melhoria das condições de vida nas cidades) e da
queda na produtividade agrícola (por causa do uso intensivo do solo).
Entretanto, o fator mais importante que levou ao fim do feudalismo foi a
intensificação do comércio da Europa com o Oriente Médio, em função
principalmente das Cruzadas, fazendo com que emergisse uma nova classe
social: a burguesia comercial, que era quem controlava essas atividades.
A burguesia logo viu que ela podia ganhar bem mais se expandisse o comércio
também para dentro do reino. Mas como fazer isso, se o reino era dividido
em feudos bastante fechados e o povo vivia em regime de trocas e servidão?
Resposta: Acabando com o feudalismo. Mas como? Dando mais poder ao rei.
Com ele efetivamente no comando seria mais fácil pressioná-lo para diminuir
a servidão e criar regras mais livres e uniformes para o comércio.
Com o feudalismo já enfraquecido e com a burguesia financiando o rei para
que ele criasse exércitos próprios, logo os feudos acabaram. Para aumentar
o poder rei, reforçou-se ainda mais a lenda que ele era um “representante de
Deus” e não podia ser contrariado. Com a centralização do poder em suas
mãos nasceu então o chamado Estado Moderno, na época histórica
conhecida como Idade Moderna.

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ATENÇÃO!!! Já existiam instituições com as características de “Estados”


desde a Antiguidade (como as cidades gregas ou o Império Romano), mas
elas não se chamavam “Estados”. Na Grécia, por exemplo, se chamavam polis
e em Roma, civitas. Muitos autores dizem quem criou a palavra “Estado” foi
o italiano Nicolau Maquiavel, autor da famosa obra “O Príncipe” (1513),
para se referir ao Estado Moderno. Já outros dizem que ele não a criou,
apenas a disseminou através da literatura política. Portanto, as duas
afirmações podem ser corretas.

Veja como essa informação é importante:

8. (ESAF/EPPGG-MPOG). Indique qual das afirmações abaixo está


correta.
a) O Termo "Estado" foi criado por Maquiavel.
b) O Estado surgiu com as repúblicas ou principados da Itália.
c) A originalidade de Maquiavel consiste em estabelecer prescrições
sobre como o detentor do poder deve exercer o poder.
d) O que se inicia com o uso que dá Maquiavel ao termo Estado é a
reflexão sobre as formações políticas surgidas da decomposição da
sociedade medieval.
e) Maquiavel demonstrou, em Discursos sobre a Primeira Década de
Tito Lívio, que o Estado surgiu em Roma ao tratar da História de
Roma.

Aqui a resposta dada como certa pela ESAF foi alternativa D. Mas veja a
questão seguinte:

9. (ESAF/AFC-CGU) O conceito de Estado é central na teoria política.


Os enunciados a seguir referem-se à sua formulação. Indique qual a
assertiva correta.
a) O conceito de Estado surge com o de Pólis, na Grécia.
b) Sua formulação original integra o Direito Romano.
c) A definição passou a ser utilizada na Revolução Francesa.
d) A primeira referência ao termo é de Maquiavel.
e) A origem não pode ser identificada.

Nesta questão a ESAF considerou como certa a alternativa D. É difícil saber


se ela entendeu que “a primeira referência” é o mesmo que criar, mas de
qualquer forma ambas ideias são aceitas. Na dúvida, tente se basear nas
demais alternativas.

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Um marco no surgimento do Estado Moderno é a chamada Paz de Westfália


(1648), uma série de tratados de paz que puserem fim a diversas guerras
na Europa. Com isso inaugurou-se o que se costuma chamar de Sistema
Internacional, no qual foram adotados vários princípios como o de soberania
estatal e o de Estado-Nação, permitindo que vários Estados recém-formados
se consolidassem. A grosso modo, esta forma de organização internacional
vigora até hoje.
Para a consolidação do Estado Moderno foi importante também o papel do
Mercantilismo, um regime de econômico nacionalista que considerava a
riqueza o principal fim do Estado. E como o aumento de riqueza se dava
basicamente com o acúmulo de ouro obtido como renda das exportações,
para aumentar sua riqueza cada Estado estimulava ao máximo suas
exportações. Isso consolidou a força da burguesia mercantil, favorecendo
também os reis que eram apoiados por ela.

4.1 O Estado Absolutista

Como o rei passou a governar de forma absoluta, sem nenhuma oposição ou


fiscalização, esse regime ficou conhecido como Estado Absolutista. O rei
exige impostos, nomeia familiares e amigos para cargos do reino, cria e altera
leis do jeito que quer. A característica principal é a centralização do poder.
Lembra das características do Estados que vimos no início da aula?
Soberania, Povo, Território, Governo, Poder e Finalidade. Tudo isso se
encaixa também no Estado Moderno. Só que tem um autor, o alemão Max
Weber, que identificou quatro características específicas do Estado Moderno:
1. Uma ordem legal
2. A jurisdição compulsória sobre um determinado território
3. A burocracia
4. O monopólio do uso legítimo da força

ATENÇÃO!!! A burocracia a que Weber se refere aqui ainda não é a


Burocracia lá do século XIX, que é uma teoria específica sobre a
Administração Pública. A burocracia aqui no Estado Moderno significa apenas
um corpo administrativo, ou seja, uma estrutura mínima que permita ao rei
governar. Como agora o Estado vai efetivamente atuar junto ao povo, essa
estrutura passou a ser necessária. É por isso que se considera que a
Administração Pública teve seu início com o Estado Moderno. Claro
que ela não era organizada como a que temos hoje, mas foi seu primeiro
passo.

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Muito importante também é a quarta característica apontada por Weber: o


monopólio da força física. Ela significa que só o rei podia criar exércitos e
forças policiais para manter a ordem.

Vamos ver uma questão:

10. (FCC/AFF Administração-TCE/SP) O conceito de estado moderno,


ao contrário dos conceitos de sociedade e mercado, fundamenta-se:
a) na associação voluntária dos indivíduos.
b) na hierarquia social dos grupos sociais.
c) no monopólio da coerção legalmente exercida.
d) em consensos contingentes baseados nas preferências individuais.
e) na subordinação resultante da competição no mercado político.

Comentários:
Uma das características do Estado Moderno é, segundo Weber, o monopólio
da força física. Gabarito: Letra C

ATENÇÃO!!! Note que quando surgiu o Estado Moderno as práticas vigentes


eram o Absolutismo e o Patrimonialismo (prática onde o rei ou governante
se apropria do patrimônio do Estado como se fosse seu). Portanto é errado
dizer que fatores como democracia, cidadania, direitos civis, etc., são
características do Estado Moderno.

Uma questão sobre como isso foi cobrado:

11. (ESAF/APO–MPOG). Na civilização ocidental, os diversos


aspectos do Estado moderno só apareceram gradualmente, quando a
legitimidade passou a ser atribuída ao conjunto de normas que
governava o exercício da autoridade. São características essenciais
do Estado moderno todas as que se seguem, exceto:
a) um ordenamento jurídico impositivo.
b) a cidadania: relação de direitos e deveres.
c) o monopólio do uso legítimo da violência.
d) um quadro administrativo ou uma burocracia.
e) a jurisdição compulsória sobre um território.

Comentários:

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A cidadania não é uma característica do Estado Moderno. Vigorava na época


o Absolutismo, onde o rei não tinha nenhum compromisso de respeitar
direitos individuais. Gabarito: Letra B

Lembra-se de Maquiavel? Ele também escreveu sobre o absolutismo. Para


ele a anarquia é a forma primária da natureza humana, baseada no
confronto entre os grupos sociais. Para superá-la há basicamente duas
formas. Saber qual das duas é mais indicada depende do contexto
histórico. São elas:
1) Principado: Indicado quando há ameaça de deterioração do Estado,
afetado pela corrupção e outras forças desagregadoras. O príncipe,
então, ainda que agisse com força, seria necessário para unir todos em
torno do bem comum.
2) República: Adequada quando a sociedade se encontrar numa fase de
equilíbrio, quando o poder político já cumpriu sua missão agregadora.
Nesse regime, chamado de “liberdade”, as instituições são estáveis e
o povo é virtuoso.

Isso já apareceu numa questão da ESAF:

12. (ESAF/EPPGG – MPOG) Maquiavel (1513) discorre sobre duas


formas de governo que podem responder à problemática da anarquia,
provinda da imutável natureza humana.
Indique a opção correta.
a) O Principado surge como resposta para uma sociedade próxima do
caos, enquanto a República se ajusta melhor a sociedades onde o
poder político está mais equilibrado.
b) O absolutismo monárquico é o modelo político mais eficiente para
se instituir a ordem, enquanto que regimes democráticos servem
apenas em momentos de transição.
c) A República só pode ser utilizada em momentos de conflito pleno
em que o poder político está muito desequilibrado, enquanto que o
Principado surge de um consenso dos cidadãos.
d) A tirania deve ser utilizada em momentos de caos, sem necessitar
de um consenso dos cidadãos, enquanto que o Principado legítimo
está pautado no equilíbrio de forças políticas.
e) O Principado e a República são duas formas de Estado que
resolvem a problemática da anarquia, sendo instituídas por meio da
vontade geral da população.

Comentários:

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Como vimos, o Principado é adequado a momentos de transição, que


necessitam da imposição de ordem, enquanto a República seria para
momentos de estabilidade. Gabarito: Letra A

5. O Estado Contemporâneo

Lá na Idade Moderna, quando surgiu um novo modelo de Estado ele foi


chamado de Estado Moderno. Da mesma forma, quando na Idade
Contemporânea surgiu um outro modelo de Estado ele foi chamado de Estado
Contemporâneo.
Portanto, Moderno e Contemporâneo são classificações mais ligadas à época
em que eles ocorreram do que ao tipo de Estado que foi adotado em cada
um. No Estado Moderno prevaleceu só um tipo de Estado, chamado de
Absolutista, por isso os dois são praticamente sinônimos. Já no Estado
Contemporâneo veremos que houve mais de um tipo. Estudaremos os três
principais: O Estado Liberal, o Estado do Bem-Estar Social e o Estado
Neoliberal. É importante guardar a sequência com que eles surgiram e as
características de cada um deles.
O Estado Contemporâneo é o que vivemos até hoje, por isso todas as teorias
que já surgiram desde então são chamadas de contemporâneas.

5.1 O Estado Liberal

No início a burguesia estava feliz com o Estado Absolutista, já que ela


conseguiu ampliar seus negócios. Mas logo ela percebeu que ele estava longe
do ideal: O Estado se intrometia muito nas atividades comerciais,
principalmente cobrando impostos para financiar guerras e as regalias da
nobreza. Os burgueses viam que só pagavam a conta e não participavam das
decisões políticas. Além disso, o foco do Absolutismo no Mercantilismo não
permitia que outras atividades comerciais de interesse da burguesia, como o
comércio interno, avançassem.
Por isso eles decidiram fazer o que já tinham feito antes: pressionar por um
novo modelo de Estado. Só que desta vez eles não estavam sozinhos. A
pressão pelo fim do Estado Absolutista veio também de outros descontentes,
como os protestantes, que exigiam maior liberdade religiosa, e os pensadores
iluministas, que achavam que o poder deveria se basear em normas jurídicas,
e não apenas na vontade do rei.
Todos que desejavam o fim do Absolutismo queriam maior liberdade
individual, ou seja, ter direitos, e não ficar apenas à mercê da vontade do
rei. Os burgueses queriam também maior liberdade econômica: menos
impostos e o fim de quaisquer regras que impedissem as atividades

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comerciais de prosperarem. Com tanta “liberdade” sendo buscada, quando


finalmente o Absolutismo caiu o Estado que nasceu foi chamado de Estado
Liberal.
Três são os marcos principais do fim do Absolutismo:
1. As ideias dos pensadores ingleses e toda a evolução que ocorreu na
Inglaterra do século XVII. Lá o poder foi transferido do rei para a
aristocracia burguesa através da eleição de um parlamento, que teria
que aprovar a introdução de novos impostos. Os juízes não poderiam
mais ser removidos pelo rei e a liberdade de consciência seria baseada
na liberdade de opinião, e não mais na religião controlada pelo rei.
2. A Declaração de Independência dos EUA, em 1776, que
determinava que a atuação do Estado deve ser baseada em princípios
sociais, políticos e jurídicos.
3. A Revolução Francesa de 1789. A partir dela a política tornou-se
coisa pública, de todos, o que fez com que a Monarquia fosse
substituída pela República. O cidadão passa a ter direitos e são feitas
eleições para a escolha de representantes do povo, embora o direito
de voto ainda fosse restrito a poucos. Na Administração Pública os
funcionários passam a ser treinados e orientados por regulamentos.

5.1.1 O Estado Mínimo

O Estado Liberal reduziu bastante a participação do Estado na esfera


econômica. Surgiu então o chamado Estado Mínimo, no qual suas únicas
tarefas estatais seriam a segurança (pública e externa) e garantir que a lei
fosse cumprida, fazendo com que o direito de propriedade e os contratos
fossem respeitados. É por isso que o surgimento do Estado Liberal foi
fundamental para a Revolução Industrial e o desenvolvimento do
capitalismo.

Veja uma questão onde isso já foi cobrado:

13. (CESGRANRIO/Analista: Área 1 - FINEP) Robert Nozick, no livro


'Anarquia, Estado e Utopia', declara que: “Os indivíduos têm direitos
e há coisas que nenhuma pessoa ou grupo lhes pode fazer (sem violar
os seus direitos). Estes direitos são de tal maneira fortes e de grande
alcance que levantam a questão do que o Estado e os seus
mandatários podem fazer, se é que podem fazer alguma coisa”.
O Estado pode justificar-se moralmente para aqueles que conceituam
sua função a partir da noção de “Estado Mínimo”, o que implica,
fundamentalmente, a(o):

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a) promoção de políticas públicas de assistência aos mais


necessitados
b) promoção de bem-estar social
c) garantia das liberdades fundamentais
d) violação sistemática da constituição
e) monopólio da violência

Comentários:
O Estado Mínimo relaciona-se ao Estado Liberal, que pregava a garantia das
liberdades individuais. Gabarito: Letra C.

5.1.2 O Estado de Direito

Com o Estado Liberal houve também a separação dos Poderes (Executivo,


Legislativo e Judiciário). As liberdades individuais passam a ser garantidas
pelas leis e ninguém está acima delas, nem mesmo o rei. Com isso nasce o
chamado Estado de Direito, que aqui engloba os direitos civis e os
direitos políticos (chamados de direitos fundamentais de primeira
geração).

Veja como isso já apareceu em prova:

14. (CEPERJ/EPPGG-SEPLAG/RJ) O Estado de direito foi concebido,


nas análises preliminares sobre o Estado moderno e contemporâneo,
como:
a) instituidor do Estado
b) substituto do sistema de leis feudais de caráter patrimonialista
c) criador do sistema legal, que institui o ordenamento jurídico de
inspiração lusitana
d) oposto ao poder ilimitado, sendo, portanto, uma barreira ao
exercício indiscriminado da violência, por parte do Estado
e) equalizador das idiossincrasias jurídicas responsáveis pelas
desigualdades sociais

Comentários:
O Estado de Direito prega que são as leis, elaboradas por representantes do
povo, que devem nortear o comportamento dos cidadãos, e não mais a
simples vontade do rei. Gabarito: Letra D

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ATENÇÃO!!! Note que Estado Mínimo e Estado de Direito não são novos tipos
de Estados. São termos utilizados para se referir, respectivamente, a uma
atuação pequena do Estado na economia, e a um Estado onde as leis devem
ser respeitadas. Ambos nasceram durante o Estado Liberal (esse sim, um tipo
de Estado), mas podem perfeitamente ser encontrados em outros tipos de
Estado também. O Estado de Direito vigora até hoje na grande maioria dos
países, inclusive no Brasil.

Vamos para mais uma questão:

15. (CESPE/Técnico de Finanças - SEFAZ/AL). Julgue o item abaixo,


relativo à evolução do Estado contemporâneo.
O Estado de direito é fundamentado na garantia de direitos civis e
direitos políticos.

Comentários:
Exato. Aqui, no Estado Liberal, o Estado de Direito inclui os direitos civis e os
direitos políticos, chamados de direitos fundamentais de primeira geração.

5.2 O Estado do Bem-Estar Social

O Estado Liberal permitiu que as pessoas passassem a ter direitos civis e


políticos. Só que, no lado econômico, o Estado Mínimo fez com que surgisse
um “capitalismo selvagem”: os trabalhadores eram explorados, enquanto a
burguesia comercial e industrial enriquecia. Por isso, logo apareceram as
críticas e a busca de novas opções.
As primeiras mudanças no Estado Liberal começaram em 1834, na
Inglaterra, com a chamada Lei dos Pobres (Poor Law Act), que trazia um
conjunto de políticas de combate à pobreza a serem adotadas pelas
paróquias, que na época realizavam a função administrativa das comunidades
(só depois vieram as prefeituras). Na Alemanha, no governo de Otto Von
Bismarck (1871 – 1890) foram criados os seguros saúde e acidente de
trabalho, e também as primeiras formas de previdência social, que seriam
depois adotadas por vários países europeus ainda no século XIX. O Estado
começava a chegar ao fim, surgindo em seu lugar o Estado de Bem-Estar
Social (Welfare State), ou Estado Social.
No campo econômico passou-se a acreditar que o mercado, sozinho, não era
capaz de obter uma justiça social. Por isso o Estado deveria intervir para
prover alguns direitos sociais básicos, como educação, saúde, previdência e
habitação. Desse modo ele passou a ser conhecido também como Estado
Provedor. Passou então a existir a chamada primazia (ou primado) do
público sobre o privado.

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O Estado de Direito a partir de agora engloba, além dos direitos civis e dos
direitos políticos (direitos fundamentais de primeira geração), também os
direitos sociais (direitos fundamentais de segunda geração).

Veja como esse assunto costuma ser cobrado:

16. (FCC/Analista - MPE/SE) O Estado do Bem-Estar Social, também


denominado Welfare State, caracteriza-se:
a) pelo denominado “Estado mínimo”, com atuação apenas na
preservação da propriedade e da segurança.
b) pela função de fomento da iniciativa privada nas áreas de interesse
social, em substituição à atuação direta do Estado.
c) pela intervenção direta no domínio econômico, com vistas à
produção de bens e serviços à população.
d) pela intervenção direta apenas em setores essenciais, como saúde
e educação, e fomento à iniciativa privada para atuação em
atividades próprias de mercado.
e) pelo “enxugamento” da máquina administrativa, busca de
estabilidade fiscal e transparência nos gastos públicos.

Comentários:
O Welfare State previa a intervenção direta do Estado onde fosse necessário
para atender as demandas sociais, e não apenas em certos setores chamados
de essenciais. Gabarito: Letra C

Não há consenso sobre quando realmente começou o Estado de Bem-Estar


Social. Alguns dizem que foi no governo de Bismarck, outros dizem que foi
com as leis sociais britânicas da década de 1940. E tem também quem ache
que ele só começou quando os direitos sociais passaram a ser previstos nas
constituições, e aí as mais citadas são a mexicana de 1917 e a da República
Federal da Alemanha de 1949.

Note como isso apareceu em prova:

17. (CESPE/Analista Téc. Adm. Geral - SUFRAMA) O Estado do bem-


estar, proposto na Alemanha no final do século XIX, é um modelo
associado à garantia de seguridade social dos cidadãos.

Comentários:
Aqui o CESPE considerou a Alemanha de Bismarck como início do Estado do
Bem-Estar Social. Quanto à “garantia”, embora na prática nem sempre isso
ocorra, essa é a ideia. Gabarito: Certo

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ATENÇÃO!!! Não devemos confundir garantia de direito social com


alguns benefícios específicos. A ideia do Welfare State é que os direitos
sociais básicos sejam universais, ou seja, garantidos a qualquer cidadão,
independentemente de ser classificado como pobre, estar desempregado, ter
contribuído para a previdência, etc.
É claro que alguns benefícios específicos podem fornecidos apenas a alguns
grupos, mas quando se fala em “benefícios” de maneira geral ou em
“garantias aos direitos sociais”, isso vale para todos, pois qualquer um que
venha a precisar também receberá. Assim, uma questão que fale algo do tipo
“os direitos sociais são garantidos apenas aos mais pobres” é errada.

Uma questão onde isso aparece:

18. (ESAF/EPPGG - MPOG). Originado nos anos quarenta, na


Inglaterra, o Estado de Bem-estar (Welfare State) foi adotado por
diversos países durante décadas. Indique a opção que expressa o
princípio fundamental desse modelo assistencialista.
a) independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais,
teriam direito de ser protegidos por meio do pagamento de dinheiro
ou com serviços públicos.
b) apenas os cidadãos pertencentes às classes menos favorecidas
teriam o direito de ser protegidos com o pagamento de dinheiro. Já
os serviços públicos eram de livre acesso a todas as classes.
c) independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais,
teriam direito de ser protegidos apenas por meio de serviços
públicos, como os das áreas de saúde, educação e segurança.
d) somente os cidadãos desempregados teriam direito de ser
protegidos com o pagamento de dinheiro ou com serviços. O conceito
de ajuda ao cidadão estava pautado em uma noção calvinista do
trabalho.
e) somente os contribuintes empregados, indivíduos incapazes e/ou
aposentados teriam direito à ajuda do Estado. A política do pleno
emprego restringia a assistência a desempregados.

Comentários:
A ideia do Estado do Bem-Estar Social é que todos os cidadãos,
independentemente de sua renda ou estando ou não desempregado, tenha a
proteção social do Estado, seja através de auxílio financeiro ou serviços
públicos. Veja que aqui o início do Estado do Bem-Estar Social é considerado
como a Inglaterra dos anos 40. Gabarito: Letra A

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O Estado Social está ligado às teorias de John Maynard Keynes, que


ressaltava a importância do Estado como regulador da Economia. Segundo
ele, em épocas de fartura econômica o governo deveria gastar menos, tanto
para evitar o superaquecimento econômico, que gera inflação, quanto para
aumentar sua poupança. Já em épocas de dificuldades o governo deveria usar
essa poupança para gastar mais e ajudar a reaquecer a economia.
As ideias de Keynes foram usadas por diversos governos para superar os
efeitos da crise econômica de 1929, da qual o modelo liberal foi considerado
o grande culpado. Um exemplo foi o plano econômico chamado New Deal,
implementado pelo presidente Franklin Roosevelt nos EUA a partir de 1933.

Que tal agora uma questão que trata de vários pontos que já vimos?

19. (IADES/Assistente Social - METRÔ/DF). Em relação ao estado de


bem-estar social, assinale a alternativa correta:
a) A teoria Keynesiana é uma referência básica.
b) O estado de bem-estar social se consolidou antes da Segunda
Guerra Mundial.
c) A política social de distribuição universal de benefícios prevalece
no modelo liberal.
d) O modelo social-democrático também é concebido como
meritocrático.
e) Os benefícios dependem do trabalho, da renda e da prévia
contribuição compulsória no modelo social-democrático.

Comentários:
Vamos ver cada alternativa:
a) Correta
b) Não há consenso sobre isso. Como a alternativa anterior é correta, supõe-
se que a banca adotou a corrente que acha que o Welfare State se consolidou
após a II Guerra, ou seja, na década de 40 na Inglaterra e/ou na Constituição
alemã de 1949. Errada
c) O modelo liberal não prevê distribuição de benefícios. Errada.
d) O modelo social-democrático, associado ao Welfare State, não é
meritocrático. Ele acredita que todos devem ser contemplados com benefícios
sociais, independente de algum mérito. Errada.
e) Os benefícios no Welfare State são universais, para todos. Errada.
Gabarito: Letra A

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É importante conhecer também a visão de Norberto Bobbio sobre o tema.


Embora seja fácil pensarmos que a burguesia industrial era contra o Estado
do Bem-Estar Social, Bobbio fala em duas teorias que explicam porque foi
justamente a classe capitalista que deu o apoio decisivo para que o Bem-
Estar Social se difundisse na Europa do século XIX:
1. Os capitalistas perceberam que havia um avanço das ideias socialistas,
por isso admitiram o Bem-Estar Social como uma forma de conter o
avanço daquelas teorias, mais radicais. Com isso acalmavam os
trabalhadores e mostravam que no regime capitalista também existe
preocupação social.
2. Os industriais entenderam que para a consolidação do sistema
capitalista era preciso um mercado consumidor sempre em expansão,
e isso não ocorreria se os trabalhadores fossem escravos, ou se não
tivessem dinheiro para consumir. Por isso admitiram algumas ideias do
Bem-Estar Social como forma de desenvolver o mercado consumidor.
Na mesma época em que surgiu o Estado do Bem-Estar Social várias teorias
políticas e econômicas também apareceram criticando o liberalismo. A mais
cobrada em provas é o Socialismo, e seu autor mais conhecido é Karl Marx,
que desenvolveu a ideia da luta de classes para pregar que os meios de
produção deveriam pertencer e ser geridos pelo Estado. O Socialismo evoluiu
assumindo diversas formas, às vezes bastante diferentes entre si. Desde os
regimes chamados comunistas, até os vários tipos de partidos socialistas que
existem hoje, todos adotam, em diferentes graus, as ideias básicas de Marx.

Veja como isso costuma ser cobrado:

20. (ESAF/AFC-CGU). Na perspectiva marxista, o Estado


contemporâneo não desempenha a função de:
a) criação das condições materiais genéricas de produção.
b) manutenção e garantia da acumulação de capital e das taxas de
lucro no sistema.
c) determinação e salvaguarda do sistema geral de leis que regem as
relações dos sujeitos jurídicos na ordem capitalista.
d) regulamentação dos conflitos entre capital e trabalho.
e) segurança e expansão do capital nacional total no mercado
capitalista mundial.

Comentários:

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Note que não é preciso conhecer detalhes da teoria marxista para responder
à questão, pois a alternativa B resume tudo aquilo que o socialismo combate,
logo essa não seria, para os marxistas, função do Estado. Gabarito: Letra B

5.2.1 O Estado do Bem-Estar Social no Brasil

O Estado do Bem-estar Social é o mais cobrado em provas. Por isso, além de


suas características, um outro ponto também é importante: Ele chegou
realmente a ser implantado no Brasil? Quando?
Em praticamente todos os países os cidadãos possuem direitos sociais e
benefícios. Em alguns mais, em outros menos, e muitos dizem adotar o
Estado de Bem-Estar Social. Não há uma fórmula exata. Isso faz com que
seja difícil definir quando um país se encaixa ou não em um Estado de Bem-
Estar Social. É isso que ocorre no Brasil.
Dois marcos se destacam quando se fala em Bem-Estar Social no Brasil:
1. O primeiro governo de Getúlio Vargas (1937 a 1943), conhecido
como Estado Novo: Houve uma ampliação dos direitos sociais. São
exemplos a criação da Justiça do Trabalho e a CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho).
2. A promulgação da Constituição de 1988, apelidada de Constituição
Cidadã, que implantou ou ampliou vários benefícios sociais, como o
abono de férias, o décimo terceiro salário para os aposentados, o
seguro-desemprego e a extensão de alguns benefícios trabalhistas
para os trabalhadores rurais e domésticos.
Há autores que dizem que, como o modelo do Welfare State é bastante
variado, então cada país possui o seu. Por isso as medidas implantadas no
Brasil (como os dois marcos acima) caracterizam o modelo brasileiro.
Mas há uma corrente majoritária que acha que as medidas brasileiras foram
apenas alguns passos em direção a um Estado de Bem-Estar Social, mas ele
nunca chegou a ser implantado de verdade. Segundo essa linha, Getúlio
Vargas visou apenas regular as relações de trabalho, e não beneficiar toda a
população. Já em 1988 isso teria ocorrido, mas de maneira tímida.

As questões também não são unânimes. Veja 3 exemplos:

21. (CESPE/AFCE-TCU) No Brasil, o estado de bem-estar social


(welfare state) surgiu a partir de decisões autárquicas, com caráter
predominantemente político.

Comentários:

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Aqui o CESPE entendeu que o Welfare State foi implantado no Brasil na época
de Getúlio Vargas, que as tomou de modo autárquico, sem discussão com a
população. Gabarito: Certo

22. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira - STN) Um dos mais importantes


aspectos da discussão sobre a crise do Estado contemporâneo e sua
transformação refere-se ao "Estado de Bem-Estar Social". Sobre esse
tema, indique qual(is) item(ns) abaixo está(ão) correto(s),
assinalando a opção correspondente.
1 - Em resposta aos conflitos entre o capital e o trabalho no final do
século XIX começou a surgir na Europa o Estado intervencionista,
inicialmente envolvido com o financiamento e a administração de
programas de seguro social, a exemplo da Prússia de Bismarck.
2 - Desde a década de 30, o Estado Brasileiro vem adotando uma
estratégia de Bem-Estar Social, caracterizada pela universalização
dos direitos sociais e pela intervenção na economia como planejador,
promotor do desenvolvimento e produtor direto, segundo o modelo
de substituição de importações.
3 - O princípio fundamental do Estado de Bem-Estar Social é o da
proteção universal, ou seja, independentemente da renda, todos os
cidadãos, como tais, têm o direito de ser protegidos contra situações
de dependência ou vulnerabilidade de curta ou longa duração.
4 - As primeiras formas de Estado de Bem-Estar Social visavam contra
arrestar o avanço do socialismo, por meio de políticas que conduziam
a uma dependência do trabalhador frente ao Estado, estabeleciam
novas bases de solidariedade e coesão social e asseguravam
legitimidade necessária à estabilidade política.
a) Somente o item 1 está correto.
b) Somente os itens 1, 3 e 4 estão corretos.
c) Somente o item 4 está correto.
d) Somente os itens 1 e 3 estão corretos.
e) Somente os itens 1, 2 e 3 estão corretos.

Comentários:
A ESAF considerou como errada apenas o item 2. Com isso, ela entendeu que
não se pode afirmar que o Welfare State se instalou no Brasil com Getúlio.
Gabarito: Letra B

23. (ESAF/EPPGG-MPOG) Estado de Bem-Estar (welfare state),


conforme o Dicionário de Política organizado por Norberto Bobbio,

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Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, pode ser definido como o


"Estado que garante tipos mínimos de renda, alimentação, saúde,
habitação, educação, assegurados a todo cidadão, não como
caridade, mas como direito político".
Os enunciados a seguir se referem a essa questão:
1. há uma relação direta entre desenvolvimento econômico e os
Estados de Bem-Estar tal como se desenvolveram a partir da Segunda
Guerra Mundial.
2. o Brasil se tornou um Estado de Bem-Estar ao inserir direitos
sociais na Constituição de 1988.
3. regimes totalitários como o fascismo e o nazismo podem ser
considerados de Bem-Estar porque em seu apogeu eliminaram a fome
e o desemprego.
4. pode-se dizer que entre os indígenas brasileiros estão presentes
as características do Estado de Bem-Estar, porque todos os seus
membros têm direito aos mesmos níveis de alimentação, saúde e
educação.
5. os processos de reforma do Estado, ao incluírem privatizações e
reformas dos sistemas de Previdência, acabaram com os Estados de
Bem-Estar surgidos após a Segunda Guerra Mundial.
Em relação aos enunciados acima:
a) nenhum está correto.
b) todos estão corretos.
c) apenas o 2 está correto.
d) apenas o 1 está correto.
e) apenas o 5 está correto.

Comentários:
A ESAF considerou certo apenas o enunciado 1. Com isso ela também achou
que não se pode afirmar que o Welfare State se instalou no Brasil com a
Constituição de 1988. Gabarito: Letra D

5.3 O Estado Neoliberal

Assim como aconteceu com os anteriores, conforme o Estado do Bem-Estar


Social avançou ele foi recebendo várias críticas. Umas delas é que o Estado
começou a ficar muito inchado e ineficiente, produzindo coisas que a iniciativa
privada faria melhor e mais barato. Outra é que para pagar todos os

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programas e benefícios sociais o Estado começou a gastar muito e acabou se


endividando. Isso gera déficit público e prejudica a economia, pois todos têm
que pagar mais impostos para sustentar o governo.
Como são muitos os países que adotaram o Estado do Bem-Estar Social e
acabaram endividados, fala-se que houve uma Crise do modelo do Estado
de Bem-Estar Social, ou Crise Fiscal do Estado.

Vamos a uma questão:

24. (CESPE/TF - SEFAZ/AL) A noção de ingovernabilidade, central na


discussão acerca da crise do Estado, está relacionada ao excesso de
demandas e à relativa escassez fiscal para atendê-las.

Comentários:
É isso mesmo. A Crise Fiscal do Estado refere-se ao crescente endividamento
dos governos para poder sustentar o modelo de Bem-Estar Social. Gabarito:
Certo

Começou então a aparecer na década de 70 a noção de um Estado menor,


baseado no princípio da subsidiariedade. Este princípio diz que as
responsabilidades devem ser assumidas primeiro pelas comunidades
menores e só depois pelas mais amplas, se necessário, de forma subsidiária.
Assim, quem deve primeiro resolver seus problemas é a família, depois o
Estado. Em vez de cobrar imposto para fazer algo, seria melhor distribuir os
recursos entre as famílias para que elas mesmas o façam.
Na economia, a ideia é que a produção de bens deve ficar na mão do
mercado, mas o Estado a regulará quando for necessário. Os serviços
públicos e a assistência social devem se tornar eficientes, e alguns deles
podem até ser prestados por instituições privadas, com auxílio e supervisão
do Estado.
Assim, alguns dos princípios liberais seriam resgatados e por isso esse novo
tipo foi chamado de Estado Neoliberal, Estado Subsidiário, ou ainda
Estado Regulador. Muitos movimentos políticos que seguem esta corrente
a chamam também de Terceira Via, pois a consideram um meio termo entre
o Liberalismo e o Bem-Estar Social.

Esse assunto costuma ser bem fácil. Veja 2 exemplos:

25. (FGV/Analista de Risco de Crédito - BADESC). Com relação à


concepção neoliberal do Estado não é correto afirmar que:
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado.
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública.

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c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público.


d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em
regras.
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que
não cedam às pressões políticas.

Comentários:
O Estado Neoliberal acredita que o Estado deve se manter longe das
atividades econômicas, com atuação bastante limitada e sujeita a regras.
Jamais o Estado deve atuar baseado em decisões discricionárias. Gabarito:
Letra D

26. (CESPE/AUFC: Auditoria Governamental - TCU) O capitalismo


competitivo exercita a liberdade econômica e atribui ao Estado o
papel promotor de condições adequadas à competitividade
individual, apontando os riscos decorrentes da intervenção estatal
nas esferas coletivas.

Comentários:
Isso mesmo. O Neoliberalismo propõe uma diminuição da presença do Estado
na economia, deixando-a mais livre para que haja competitividade entre os
agentes. Uma presença grande do Estado traria maior ineficiência econômica
e prejuízo para a sociedade como um todo. Gabarito: Certo

As ideias neoliberais foram a base de várias reformas na Administração


Pública em países como o Reino Unido (feitas por Margareth Thatcher),
EUA e Brasil (no governo de Fernando Henrique Cardoso, com o chamado
Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, idealizado
pelo então ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira).
Essas reformas neoliberais são associadas ao chamado Consenso de
Washington, um conjunto de medidas econômicas que diz que, para os
governos controlarem seus déficits e estimularem o crescimento econômico,
devem diminuir a presença do Estado na economia.
O debate entre o Estado de Bem-Estar Social e o Neoliberalismo ocorre até
hoje em vários países, e não se pode dizer que há um vencedor. A crise
econômica do final da década de 2000 só aumentou a discussão:
• Os críticos do neoliberalismo dizem que a crise aconteceu por culpa
das ideias neoliberais, que deixaram alguns setores econômicos muito
“soltos”. Um exemplo seriam os bancos que, sem controle, atuaram
com instrumentos de crédito perigosos até ficarem a ponto de quebrar.

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• Já os defensores do neoliberalismo dizem que a crise só se agravou


devido à intervenção do Estado, já que este, que já estava endividado,
quis decidir quais empresas e bancos podiam quebrar. Com isso,
endividou-se ainda mais para socorrer instituições privadas, fazendo
com que toda a sociedade pagasse a conta.
No Brasil a maioria das reformas neoliberais da década de 90 foram
abandonadas a partir do governo Lula. O tipo de Estado adotado aproximou-
se do que Bresser-Pereira chama de Estado Neodesenvolvimentista, com
maior participação do Estado, tanto na área social, quanto na econômica,
com foco na infraestrutura e na capacidade competitiva do país.
Mas o teor mais “estatizante” dos últimos governos também não se mostrou
infalível, já que recentemente o Brasil passou a enfrentar várias dificuldades
econômicas que muitos atribuem a esse novo modelo.

Que tal agora resolver uma questão para consolidar esse assunto?

27. (ESAF/Ministério da Fazenda – Anal. Téc. Adm. - adaptada).


Sabendo-se que a reforma do Estado surge como solução da crise do
Estado, correlacione as colunas abaixo ligando os padrões de reforma
elencados na Coluna I às suas respectivas características constantes
da Coluna II.
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta para a
Coluna II.

COLUNA I COLUNA II

1 - Reforma do Estado ( ) Baseia-se na aliança Estado e iniciativa privada para


Social a inserção em nichos e mercados globais.
2 - Reforma ( ) Reforma de caráter fortemente minimalista, com
Neodesenvolvimentista ênfase na eficiência econômica.
3 - Reforma Liberal ( ) Tem ênfase no Estado e na sociedade civil. Ainda que
diante de requisitos de integração econômica e
desenvolvimento do mercado, o estado tem papel central
na geração do bem-estar.

a) 1 – 2 – 3
b) 3 – 2 – 1
c) 1 – 3 – 2
d) 2 – 3 – 1
e) 2 – 1 – 3

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Comentários:
Questão fácil, basta prestar atenção às ideias-chave. A primeira característica
da coluna II fala em aliança entre iniciativa privada e Estado, e em mercados
globais. É algo bem recente, ligado ao Estado Neodesenvolvimentista. A
segunda fala em minimalista e eficiência, ou seja, Estado Liberal. E a última
fala no caráter central do Estado no bem-estar. Gabarito: Letra D.

Bem, agora que já vimos os principais tipos de Estados, vamos dar uma
olhada naquilo que o autor Norberto Bobbio chama de formas históricas
de Estado. Essa classificação de Bobbio não contradiz o que já vimos, apenas
possui um foco na representatividade popular.
Segundo Bobbio, as formas históricas de Estado são:
1) Feudal: É caracterizada pela descentralização do poder central
nas mãos dos senhores feudais, que então, dentro de seu feudo,
decidem tudo sozinhos.
2) Estamental: É aquela onde há a formação estamentos - órgãos
colegiados onde reúnem-se pessoas da mesma posição social (status)
que, através de assembleias deliberantes, pressionam os detentores
do poder para fazerem valer seus interesses.
3) Absoluta: Sua característica principal é a concentração do poder
nas mãos de um soberano, que então governa de modo autoritário.
Lembre-se: o Estado Absolutista nasceu com o Estado Moderno.
4) Representativa: É caracterizada pela eleição de representantes do
povo para atuarem em órgãos colegiados, destinados a aprovar
algumas ações dos governantes, bem como fiscalizá-los. Lembre-se:
Os direitos políticos (típicos dessa forma representativa de Estado)
nasceram com o Estado Liberal, já dentro do Estado Contemporâneo.

Fácil, não é?

Resolva então uma questão que cobrou exatamente isso:

28. (ESAF/EPPGG – MPOG). Do ponto de vista histórico podemos


verificar várias definições de Estado, com características específicas.
Indique a opção correta.
a) O Estado feudal caracteriza-se por uma concentração de poder, em
um determinado território nacional, na figura do rei.
b) O Estado estamental caracteriza-se por uma divisão de classes
entre os detentores, ou não, dos meios de produção.

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c) O Estado socialista caracteriza-se por desconcentrar o poder entre


a população por meio de um sistema multipartidário.
d) O Estado absolutista caracteriza-se por um duplo processo de
concentração e centralização de poder em um determinado território.
e) O Estado representativo caracteriza-se por ser exclusivo a
sociedades democráticas modernas, não existindo em monarquias.

Comentários:
A alternativa B poderia causar certa confusão, mas devemos lembrar que os
estamentos eram baseados no status, e não na posse dos meios de produção.
Na alternativa C temos que saber que, teoricamente, o socialismo pode ser
implantado em qualquer Estado, seja multipartidário ou não. Entretanto,
segundo o próprio Bobbio, o domínio de um partido único “talvez constitua o
verdadeiro elemento característico dos Estados socialistas”.
Por fim, quanto à alternativa E temos de lembrar que muitas monarquias
modernas também adotaram o Estado representativo. Gabarito: Letra D.

Para terminar, nós que estamos estudando Administração Pública devemos


entender bem o seguinte:
• Cada novo tipo de Estado que surgiu não fez com que os antigos
desaparecessem. Os tipos mais recentes tendem a predominar, mas
mesmo assim, em regra, os países guardam características de vários
tipos de Estados.
• A cada novo tipo de Estado, muda-se a forma como ele atua. Uns
requerem mais presença do Estado nas questões sociais e econômicas,
outros menos. A Administração Pública acompanha essas mudanças,
por isso ela já passou e ainda deve passar por outras reformas que a
ajustem ao tipo de Estado predominante em cada época.

6. DICA DE OURO

Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você vá


até este capítulo no sistema Nota11 de fichas interativas e pratique!
As fichas são neurologicamente formuladas para que esses pontos
nunca mais saiam da sua cabeça...
Esse será o grande diferencial para que você consiga estar pronto para
gabaritar a prova em um tempo até 10X mais rápido que nos materiais
e métodos disponíveis no mercado.

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7. Principais pontos a serem fixados

ELEMENTOS DOS ESTADOS

Soberania (ou Independência) Governo

Território Poder

Povo Finalidade

TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DO ESTADOS

Origem familiar ou
patriarcal

Origem em atos de
Formação força, de violência
natural ou conquista

(Não contratual) Origem em causas


econômicas
MODO
ORIGINÁRIO Origem no
DARCY
AZAMBUJA desenvolvimento
interno da
sociedade

Formação contratual

MODOS SECUNDÁRIOS

MODOS DERIVADOS

Histórica (ou Histórico-Indutiva)


BRESSER-
Contratualista (ou Lógico-Dedutiva)
PEREIRA
Normativa

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PRINCIPAIS TIPOS DE ESTADOS

1º) ESTADO MODERNO


⋅ Antecedentes: Feudalismo
⋅ Principal fator para seu surgimento: Burguesia mercantil
⋅ Marcos: Paz de Westfália e Mercantilismo

1º) Estado Absolutista

⋅ Característica principal: Centralização do poder


⋅ Características segundo Max Weber:
1. Uma ordem legal

2. Jurisdição compulsória sobre um determinado território


3. A burocracia

4. O monopólio do uso legítimo da força

2º) ESTADO CONTEMPORÂNEO

2º) Estado Liberal


⋅ Principais marcos:
5. Inglaterra do século XVII
6. Declaração de Independência dos EUA (1776)

7. Revolução Francesa (1789)

⋅ Estado Mínimo: Presença reduzida do Estado


⋅ Estado de Direito: Direitos civis e políticos

3º) Estado do Bem-Estar Social


⋅ Primazia do público sobre o privado
⋅ Estado de Direito: Direitos civis, políticos e sociais
⋅ Associado às ideias de Keynes
⋅ Estado do Bem-Estar Social no Brasil? Não há consenso

4º) Estado Neoliberal


⋅ Associado à Crise Fiscal do Estado e ao Consenso de
Washington

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8. Lista das questões que resolvemos

1. (ESAF/EPPGG-MPOG - adaptada) Um Estado é caracterizado por


quatro elementos: povo, território, governo e independência.

2. (CESPE/ANALISTA: ADVOCACIA - SERPRO) O conceito de Estado


possui basicamente quatro elementos: nação, território, governo e
soberania. Assim, não é possível que haja mais de uma nação em um
determinado Estado, ou mais de um Estado para a mesma nação.

3. (ESAF/AFC-CGU). Indique a opção que completa corretamente as


lacunas das frases a seguir:
Há três modos pelos quais historicamente se formam os Estados: Os
modos ______________ em que a formação é inteiramente nova, o
Estado nasce diretamente da população e do país; Os modos
_____________, quando a formação se produz por influências
externas e os modos ______________, quando vários Estados se
unem para formar um novo Estado ou quando um se fraciona para
formar um outro.
a) originários - derivados - secundários
b) derivados - contratuais - originários
c) contratuais - derivados - naturais
d) naturais – originários - derivados
e) secundários - naturais - originários

4. (ESAF/EPPGG – MPOG). Um dos objetos de grande atenção do


pensamento e da teoria política moderna é a constituição da ordem
política. Sobre essa temática, uma das tradições de reflexão mais
destacadas sustenta que a ordem tem origem contratual. Todos os
elementos abaixo são comuns a todos os pensadores da matriz
contratualista da ordem política, exceto:
a) o estado de natureza.
b) a existência de direitos previamente à ordem política.
c) a presença de sujeitos capazes de fazer escolhas racionais.
d) um pacto de associação.
e) um pacto de subordinação.

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5. (ESAF/ANALISTA ADM - ANA). Segundo as teorias não-


contratualistas, em sua forma originária, o Estado teria uma entre as
seguintes origens, exceto:
a) a ampliação do núcleo familial ou patriarcal.
b) os atos de força, violência ou conquista.
c) as causas econômicas ou patrimoniais.
d) o desenvolvimento interno da sociedade.
e) o fracionamento de Estados preexistentes.

6. (CESPE/ANALISTA DE INFRAESTRUTURA-MPOG) O Estado, de


acordo com a teoria histórica do Estado, é um fenômeno decorrente
da luta pela apropriação do excedente.

7. (FUNRIO/Administrador-MJ). Existem duas importantes correntes


que estudam o Estado: a histórico-indutiva e a lógico-dedutiva. Das
alternativas a seguir, o autor que faz parte da segunda corrente é:
a) Vico
b) Hegel
c) Rousseau
d) Marx
e) Engels

8. (ESAF/EPPGG-MPOG). Indique qual das afirmações abaixo está


correta.
a) O Termo "Estado" foi criado por Maquiavel.
b) O Estado surgiu com as repúblicas ou principados da Itália.
c) A originalidade de Maquiavel consiste em estabelecer prescrições
sobre como o detentor do poder deve exercer o poder.
d) O que se inicia com o uso que dá Maquiavel ao termo Estado é a
reflexão sobre as formações políticas surgidas da decomposição da
sociedade medieval.
e) Maquiavel demonstrou, em Discursos sobre a Primeira Década de
Tito Lívio, que o Estado surgiu em Roma ao tratar da História de
Roma.

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9. (ESAF/AFC-CGU) O conceito de Estado é central na teoria política.


Os enunciados a seguir referem-se à sua formulação. Indique qual a
assertiva correta.
a) O conceito de Estado surge com o de Pólis, na Grécia.
b) Sua formulação original integra o Direito Romano.
c) A definição passou a ser utilizada na Revolução Francesa.
d) A primeira referência ao termo é de Maquiavel.
e) A origem não pode ser identificada.

10. (FCC/AFF Administração-TCE/SP) O conceito de estado moderno,


ao contrário dos conceitos de sociedade e mercado, fundamenta-se:
a) na associação voluntária dos indivíduos.
b) na hierarquia social dos grupos sociais.
c) no monopólio da coerção legalmente exercida.
d) em consensos contingentes baseados nas preferências individuais.
e) na subordinação resultante da competição no mercado político.

11. (ESAF/APO–MPOG). Na civilização ocidental, os diversos


aspectos do Estado moderno só apareceram gradualmente, quando a
legitimidade passou a ser atribuída ao conjunto de normas que
governava o exercício da autoridade. São características essenciais
do Estado moderno todas as que se seguem, exceto:
a) um ordenamento jurídico impositivo.
b) a cidadania: relação de direitos e deveres.
c) o monopólio do uso legítimo da violência.
d) um quadro administrativo ou uma burocracia.
e) a jurisdição compulsória sobre um território.

12. (ESAF/EPPGG – MPOG) Maquiavel (1513) discorre sobre duas


formas de governo que podem responder à problemática da anarquia,
provinda da imutável natureza humana.
Indique a opção correta.
a) O Principado surge como resposta para uma sociedade próxima do
caos, enquanto a República se ajusta melhor a sociedades onde o
poder político está mais equilibrado.

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b) O absolutismo monárquico é o modelo político mais eficiente para


se instituir a ordem, enquanto que regimes democráticos servem
apenas em momentos de transição.
c) A República só pode ser utilizada em momentos de conflito pleno
em que o poder político está muito desequilibrado, enquanto que o
Principado surge de um consenso dos cidadãos.
d) A tirania deve ser utilizada em momentos de caos, sem necessitar
de um consenso dos cidadãos, enquanto que o Principado legítimo
está pautado no equilíbrio de forças políticas.
e) O Principado e a República são duas formas de Estado que
resolvem a problemática da anarquia, sendo instituídas por meio da
vontade geral da população.

13. (CESGRANRIO/Analista: Área 1 - FINEP) Robert Nozick, no livro


'Anarquia, Estado e Utopia', declara que: “Os indivíduos têm direitos
e há coisas que nenhuma pessoa ou grupo lhes pode fazer (sem violar
os seus direitos). Estes direitos são de tal maneira fortes e de grande
alcance que levantam a questão do que o Estado e os seus
mandatários podem fazer, se é que podem fazer alguma coisa”.
O Estado pode justificar-se moralmente para aqueles que conceituam
sua função a partir da noção de “Estado Mínimo”, o que implica,
fundamentalmente, a(o)
a) promoção de políticas públicas de assistência aos mais
necessitados
b) promoção de bem-estar social
c) garantia das liberdades fundamentais
d) violação sistemática da constituição
e) monopólio da violência

14. (CEPERJ/EPPGG-SEPLAG/RJ) O Estado de direito foi concebido,


nas análises preliminares sobre o Estado moderno e contemporâneo,
como:
a) instituidor do Estado
b) substituto do sistema de leis feudais de caráter patrimonialista
c) criador do sistema legal, que institui o ordenamento jurídico de
inspiração lusitana

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d) oposto ao poder ilimitado, sendo, portanto, uma barreira ao


exercício indiscriminado da violência, por parte do Estado
e) equalizador das idiossincrasias jurídicas responsáveis pelas
desigualdades sociais

15. (CESPE/Técnico de Finanças - SEFAZ/AL). Julgue o item abaixo,


relativo à evolução do Estado contemporâneo.
O Estado de direito é fundamentado na garantia de direitos civis e
direitos políticos.

16. (FCC/Analista - MPE/SE) O Estado do Bem-Estar Social, também


denominado Welfare State, caracteriza-se:
a) pelo denominado “Estado mínimo”, com atuação apenas na
preservação da propriedade e da segurança.
b) pela função de fomento da iniciativa privada nas áreas de interesse
social, em substituição à atuação direta do Estado.
c) pela intervenção direta no domínio econômico, com vistas à
produção de bens e serviços à população.
d) pela intervenção direta apenas em setores essenciais, como saúde
e educação, e fomento à iniciativa privada para atuação em
atividades próprias de mercado.
e) pelo “enxugamento” da máquina administrativa, busca de
estabilidade fiscal e transparência nos gastos públicos.

17. (CESPE/Analista Téc. Adm. Geral - SUFRAMA) O Estado do bem-


estar, proposto na Alemanha no final do século XIX, é um modelo
associado à garantia de seguridade social dos cidadãos.

18. (ESAF/EPPGG - MPOG). Originado nos anos quarenta, na


Inglaterra, o Estado de Bem-estar (Welfare State) foi adotado por
diversos países durante décadas. Indique a opção que expressa o
princípio fundamental desse modelo assistencialista.
a) independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais,
teriam direito de ser protegidos por meio do pagamento de dinheiro
ou com serviços públicos.
b) apenas os cidadãos pertencentes às classes menos favorecidas
teriam o direito de ser protegidos com o pagamento de dinheiro. Já
os serviços públicos eram de livre acesso a todas as classes.

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c) independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais,


teriam direito de ser protegidos apenas por meio de serviços
públicos, como os das áreas de saúde, educação e segurança.
d) somente os cidadãos desempregados teriam direito de ser
protegidos com o pagamento de dinheiro ou com serviços. O conceito
de ajuda ao cidadão estava pautado em uma noção calvinista do
trabalho.
e) somente os contribuintes empregados, indivíduos incapazes e/ou
aposentados teriam direito à ajuda do Estado. A política do pleno
emprego restringia a assistência a desempregados.

19. (IADES/Assistente Social - METRÔ/DF). Em relação ao estado de


bem-estar social, assinale a alternativa correta:
a) A teoria Keynesiana é uma referência básica.
b) O estado de bem-estar social se consolidou antes da Segunda
Guerra Mundial.
c) A política social de distribuição universal de benefícios prevalece
no modelo liberal.
d) O modelo social-democrático também é concebido como
meritocrático.
e) Os benefícios dependem do trabalho, da renda e da prévia
contribuição compulsória no modelo social-democrático.

20. (ESAF/AFC-CGU). Na perspectiva marxista, o Estado


contemporâneo não desempenha a função de:
a) criação das condições materiais genéricas de produção.
b) manutenção e garantia da acumulação de capital e das taxas de
lucro no sistema.
c) determinação e salvaguarda do sistema geral de leis que regem as
relações dos sujeitos jurídicos na ordem capitalista.
d) regulamentação dos conflitos entre capital e trabalho.
e) segurança e expansão do capital nacional total no mercado
capitalista mundial.

21. (CESPE/AFCE-TCU) No Brasil, o estado de bem-estar social


(welfare state) surgiu a partir de decisões autárquicas, com caráter
predominantemente político.

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22. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira - STN) Um dos mais importantes


aspectos da discussão sobre a crise do Estado contemporâneo e sua
transformação refere-se ao "Estado de Bem-Estar Social". Sobre esse
tema, indique qual(is) item(ns) abaixo está(ão) correto(s),
assinalando a opção correspondente.
1 - Em resposta aos conflitos entre o capital e o trabalho no final do
século XIX começou a surgir na Europa o Estado intervencionista,
inicialmente envolvido com o financiamento e a administração de
programas de seguro social, a exemplo da Prússia de Bismarck.
2 - Desde a década de 30, o Estado Brasileiro vem adotando uma
estratégia de Bem-Estar Social, caracterizada pela universalização
dos direitos sociais e pela intervenção na economia como planejador,
promotor do desenvolvimento e produtor direto, segundo o modelo
de substituição de importações.
3 - O princípio fundamental do Estado de Bem-Estar Social é o da
proteção universal, ou seja, independentemente da renda, todos os
cidadãos, como tais, têm o direito de ser protegidos contra situações
de dependência ou vulnerabilidade de curta ou longa duração.
4 - As primeiras formas de Estado de Bem-Estar Social visavam contra
arrestar o avanço do socialismo, por meio de políticas que conduziam
a uma dependência do trabalhador frente ao Estado, estabeleciam
novas bases de solidariedade e coesão social e asseguravam
legitimidade necessária à estabilidade política.
a) Somente o item 1 está correto.
b) Somente os itens 1, 3 e 4 estão corretos.
c) Somente o item 4 está correto.
d) Somente os itens 1 e 3 estão corretos.
e) Somente os itens 1, 2 e 3 estão corretos.

23. (ESAF/EPPGG-MPOG) Estado de Bem-Estar (welfare state),


conforme o Dicionário de Política organizado por Norberto Bobbio,
Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, pode ser definido como o
"Estado que garante tipos mínimos de renda, alimentação, saúde,
habitação, educação, assegurados a todo cidadão, não como
caridade, mas como direito político".
Os enunciados a seguir se referem a essa questão:

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1. há uma relação direta entre desenvolvimento econômico e os


Estados de Bem-Estar tal como se desenvolveram a partir da Segunda
Guerra Mundial.
2. o Brasil se tornou um Estado de Bem-Estar ao inserir direitos
sociais na Constituição de 1988.
3. regimes totalitários como o fascismo e o nazismo podem ser
considerados de Bem-Estar porque em seu apogeu eliminaram a fome
e o desemprego.
4. pode-se dizer que entre os indígenas brasileiros estão presentes
as características do Estado de Bem-Estar, porque todos os seus
membros têm direito aos mesmos níveis de alimentação, saúde e
educação.
5. os processos de reforma do Estado, ao incluírem privatizações e
reformas dos sistemas de Previdência, acabaram com os Estados de
Bem-Estar surgidos após a Segunda Guerra Mundial.
Em relação aos enunciados acima:
a) nenhum está correto.
b) todos estão corretos.
c) apenas o 2 está correto.
d) apenas o 1 está correto.
e) apenas o 5 está correto.

24. (CESPE/TF - SEFAZ/AL) A noção de ingovernabilidade, central na


discussão acerca da crise do Estado, está relacionada ao excesso de
demandas e à relativa escassez fiscal para atendê-las.

25. (FGV/Analista de Risco de Crédito - BADESC). Com relação à


concepção neoliberal do Estado não é correto afirmar que:
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado.
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública.
c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público.
d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em
regras.
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que
não cedam às pressões políticas.

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26. (CESPE/AUFC: Auditoria Governamental - TCU) O capitalismo


competitivo exercita a liberdade econômica e atribui ao Estado o
papel promotor de condições adequadas à competitividade
individual, apontando os riscos decorrentes da intervenção estatal
nas esferas coletivas.

27. (ESAF/Ministério da Fazenda – Anal. Téc. Adm. - adaptada).


Sabendo-se que a reforma do Estado surge como solução da crise do
Estado, correlacione as colunas abaixo ligando os padrões de reforma
elencados na Coluna I às suas respectivas características constantes
da Coluna II.
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta para a
Coluna II.

COLUNA I COLUNA II

1 - Reforma do Estado Social ( ) Baseia-se na aliança Estado e iniciativa


privada para a inserção em nichos e mercados
2 - Reforma
globais.
Neodesenvolvimentista
( ) Reforma de caráter fortemente minimalista,
3 - Reforma Liberal
com ênfase na eficiência econômica.
( ) Tem ênfase no Estado e na sociedade civil.
Ainda que diante de requisitos de integração
econômica e desenvolvimento do mercado, o
estado tem papel central na geração do bem-
estar.

a) 1 – 2 – 3
b) 3 – 2 – 1
c) 1 – 3 – 2
d) 2 – 3 – 1
e) 2 – 1 – 3

28. (ESAF/EPPGG – MPOG). Do ponto de vista histórico podemos


verificar várias definições de Estado, com características específicas.
Indique a opção correta.

a) O Estado feudal caracteriza-se por uma concentração de poder, em


um determinado território nacional, na figura do rei.

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b) O Estado estamental caracteriza-se por uma divisão de classes


entre os detentores, ou não, dos meios de produção.

c) O Estado socialista caracteriza-se por desconcentrar o poder entre


a população por meio de um sistema multipartidário.

d) O Estado absolutista caracteriza-se por um duplo processo de


concentração e centralização de poder em um determinado território.

e) O Estado representativo caracteriza-se por ser exclusivo a


sociedades democráticas modernas, não existindo em monarquias.

9. Gabarito

1–C 2-E 3–A 4-E 5–E

6–C 7–C 8–D 9–D 10 – C

11 – E 12 - A 13 - C 14 – D 15 – C

16 – C 17 – C 18 – A 19 – A 20 – B

21 – C 22 – B 23 – D 24 – C 25 – D

26 - C 27 - D 28 - D

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