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I) RELATÓRIO
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Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa file://///192.168.1.1/Publico/IA/E/AULAS/PROVA%20POR%20CON...
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mesmas».
Este facto é perfeitamente inócuo à defesa do Réu e a sua
admissão nunca poderia enquadrar-se no conceito de confissão
antes referido, destinando-se antes a contrariar a tese expressa
pelo autor na petição.
b) «Artigo 12.º - A 2.ª Ré não teve qualquer intervenção nas
negociações que antecederam a celebração do contrato promessa,
nem outorgou o mesmo».
O mesmo se diga quanto a este facto, sendo certo que o co-Réu
nunca afirmou o contrário, nem o facto lhe é de modo algum
desfavorável no contexto concreto da ação.
c) «Artigo 20.º - E, quando necessita [o co-Réu] de financiamento
recorre às entidades legalmente habilitadas para conceder créditos,
que são os bancos, como se pode constatar pela certidão que ora se
junta como doc. N.º 2, da qual consta uma hipoteca de € 200.000,00
e outra de € 75.000,00 registadas a favor da Caixa Económica do
Montepio Geral em 13/10/2005 e 09/03/2010, respetivamente».
Quanto a este facto, nem sequer é inócuo à defesa do co-Réu,
integra-a, constituindo facto que lhe é favorável e adverso apenas
à tese do Autor.
d) «Artigo 30.º - No decurso da conversa [com o autor], o A. disse à
ora R. que tinha em seu poder uma chave da moradia a qual lhe
tinha sido entregue pelo 1.º R. o que também não corrobora a sua
[do autor] versão dos factos…».
Também quanto a este facto se pode dizer o mesmo do anterior,
sendo a própria alegação que o indica.
e) «Artigo 43.º - Essa é a versão do A., no entanto, nunca a ora R.
teve conhecimento por tal lhe ter sido transmitido por seu ex-
marido e ora 1.º R., de que os factos se teriam passado dessa
forma».
Este facto é perfeitamente inócuo à defesa do Réu e a sua
admissão nunca poderia enquadrar-se no conceito de confissão
antes referido, destinando-se antes a contrariar a tese expressa
pelo autor na petição.
f) «Artigo 44.º - Aliás, insiste no facto já alegado de que o que o 1.º
R. lhe transmitiu foi que a moradia atrás descrita estava prometida
vender ao Sr. Raposo».
Mais uma vez o facto constitui a própria defesa do co-Réu.
g) «Artigo 58.º - O A. pretende demonstrar que é pessoa
inexperiente e que foi enganado pelo 1.º R. que o levou a “assinar
de cruz” um documento que este lhe apresentou e “…o A. ouviu e
olhou, confirmando nos locais indicados a dedo pelo 1.º R…”».
O mesmo se diga quanto ao agora referido que assume a mesma
tese do co-Réu.
Em conclusão, os factos em causa nunca poderiam, caso o Réu os
admitisse como verdadeiros, integrar confissão por ele de factos a
si desfavoráveis. Destinando-se o depoimento de parte a
possibilitar essa confissão, conclui-se pela adequação da decisão
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de indeferimento.
Certo é que a Recorrente invoca a possibilidade de o depoimento
de parte ser livremente apreciado quando não tenha carácter
confessório.
Assim é, como decorre do artigo 361.º do CC. Mas a questão que
nos ocupa não é a da apreciação do valor probatório de um
depoimento prestado, mas a da admissibilidade da sua prestação.
Ora a admissibilidade pressupõe a possibilidade de confissão
decorrente da natureza dos factos sobre que incide, nada tem a
ver com a força probatória de depoimento de que a confissão
(possível ab initio) não decorra.
Aliás, a prestação de declarações pelas partes fora do regime da
confissão está expressamente prevista no artigo 466.º, do CPC,
embora apenas a requerimento da própria parte, e no artigo
452.º, n.º 1, do CPC, que, estabelecendo embora a iniciativa do
juiz, não obsta a que o requerimento lhe seja endereçado pelas
partes[2].
Termos em que se conclui que bem andou a Ex.ma Senhora Juiz
ao indeferir o requerimento de prestação de depoimento de parte
pelo co-Réu à matéria indicada.
IV) DECISÃO
(Tomé Ramião)
(Vítor Amaral)
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