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Aula 032

1 Psicoterapia nos transtornos da personalidade 1


Gabriela de Menezes Sobreira Campêlo - gabriela_demenezes@hotmail.com - CPF: 009.656.063-09
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO | p.03

A NOÇÃO DA PERSONALIDADE E TRANSTORNO

DE PERSONALIDADE | p.04

O PROBLEMA | p.05

OBJETIVO DO TRATAMENTO | p.06

GRUPO A - Personalidade Paranóide,

Esquizóide e Esquizotípica | p.07

GRUPO C - Personalidade Evitativa, Dependente e

Obsessivo compulsiva | p.08

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I NT R O D U Ç Ã O

Nesta aula falamos sobre o manejo clínico nos transtornos da


personalidade.

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A NOÇÃO DA
PERSONALIDADE E
T R A NSTO R N O D E
PERSONALIDADE

Quando falamos de personalidade falamos de uma forma, de um


padrão característico de um indivíduo se apresentar ao mundo.

Dessa forma, o transtorno de personalidade é um funcionamento


que traz prejuízos nos aspectos de identidade, autodirecionamento,
empatia e intimidade.

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O PROBLEMA

Muitas pessoas que possuem transtorno de personalidade não


buscam ajuda para tratar esse transtorno, porque para elas esse
padrão é a sua existência natural, normal.

A demanda por terapia, geralmente, aparece por conta de


familiares, de terceiros envolvidos com o indivíduo ou por conta
de outro sintoma, como insônia e dificuldades em relação à
alimentação, por exemplo.

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O B J E T IV O D O
T R ATA M E NTO

Um dos grandes critérios a serem avaliados ao analisar se uma


pessoa apresenta ou não um transtorno de personalidade é a
questão do sofrimento. Pode ser que ela não tenha um sofrimento
geral, mas traços da sua forma trazem sofrimento para ela.

No fim, o objetivo do tratamento não é um só, é um conjunto: reduzir


o sofrimento psíquico, ajustar o indivíduo à sociedade, ajudar a rever
suas reações (criar consciência maior sobre seus comportamentos) e
lidar com as suas emoções.

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GRUPO A
Personalidade Paranóide,
Esquizóide e Esquizotípica

Neste grupo, temos os indivíduos que apresentam personalidades


mais “descoladas” da realidade comum.

Os maiores sofrimentos desse grupo são relacionados à confiança,


à intimidade, às relações interpessoais. A primeira barreira do
tratamento é: “como vou confiar em alguém para me tratar?”. Por
mais que o indivíduo saiba que está diante de um profissional, a
desconfiança é mantida. Por isso, o primeiro objetivo do terapeuta é
formar uma aliança com o paciente, se tornando um suporte para o
mesmo.

Os assuntos que o terapeuta pode inserir nos encontros não precisam


ser relacionados, exclusivamente, aos sintomas do paciente. Por isso,
é muito interessante utilizar-se do compartilhamento de interesses e
de assuntos impessoais para o desenvolvimento do vínculo.

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O profissional também será necessário para ajudar as pessoas que


estão ao seu entorno a compreender qual é o padrão de contato
dele, que não é um padrão normalmente esperado.

Muitos casos de tratamento com indivíduos que se enquadram


nesse grupo serão de resolução de problemas pontuais (conversar
com uma pessoa, resolver uma questão familiar). Não é comum
chegarem com a intenção de resolver questões longas, existenciais.
Dessa forma, pode ser que o acompanhamento seja curto, se uma
nova questão não for apresentada pelo paciente.

GRUPO C
Personalidade Evitativa,
Dependente e Obsessivo
compulsiva

Na personalidade evitativa, notamos a posição de evitação em


relação a tudo: pessoas, sentimentos, sofrimentos e desconfortos.
Isso ocorre em um ciclo: crença de inadequação, medo da rejeição
(desconforto), evitação e solidão.

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É muito comum notar nesses indivíduos pausas ou alterações na


fala, por conta do aparecimento de preocupação com o julgamento.
Nesses momentos, podemos convidar o indivíduo a conversar
sobre o motivo dessa pausa e, quando ele consegue explicitar o
pensamento autocrítico que o fez parar, temos um ótimo terreno
para trabalharmos. Ou seja, a terapia será o primeiro lugar onde o
indivíduo treinará enfrentar a evitação.

Na personalidade dependente, se apresenta a ideia de incapaz,


medo do fracasso. A forma de lidar e esconder esses sentimentos
é buscar o apoio constante das ouras pessoas, como fator
determinante para que ele consiga tomar decisões melhores.

A maior dificuldade, nesses casos, é o terapeuta não se transformar


nessa pessoa cujo paciente depende, de conselheiro, mestre, apesar
das possíveis tentativas do mesmo em fazê-lo.

O terapeuta, ao tratar o indivíduo, deve ter a posição de incentivá-


lo, no sentido: “eu acredito que você é capaz de tomar a melhor
decisão no momento e de lidar com as consequências, sejam elas
quais forem”, porque o paciente dependente quer se livrar do
sofrimento. Dessa forma, incentivamos a sua independência.

No paciente com personalidade obsessivo compulsivo, notamos a


dificuldade de abrir mão do controle e da forma rígida de lidar com
as situações.

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Ao mesmo tempo que trabalhamos na terapia maneiras de fazer


diferente e enfrentar o que o paciente evita, temos um trabalho de,
em momentos de ansiedade, ensinar a manejar, controlar os níveis
de ansiedade que aparecem ao não evitar, não depender e não ter o
controle sobre tudo.

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