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"A inviolabilidade domiciliar não é direito absoluto, podendo ser afastada em caso de flagrante delito ou
desastre, nos termos do artigo 5º, inciso XI, da Constituição Federal. O crime de tráfico de drogas, tipificado
no artigo 33, caput, da Lei no. 11.343/06 é classificado como permanente, ou seja, a consumação e a
flagrância protraem-se no tempo. Havendo indícios de flagrante delito no interior da residência, fica
caracterizada a justa causa apta a autorizar o ingresso no domicílio, independentemente de consentimento do
morador e mandado judicial. Preliminar de nulidade da prova por violação de domicílio afastada."
O Tribunal Regional, soberano na análise do conjunto probatório, entendeu que ficou comprovado o
assédio moral (por meio de perseguição, rigor excessivo e chacota) e a violação da correspondência
eletrônica (chacota baseada no conteúdo dos e-mails), ferindo direitos da imagem e vida privada da
reclamante. Assim, sob o enfoque probatório, não há como se chegar a conclusão contrária nesta
esfera recursal, pois, nos termos da Súmula nº 126 do TST, é vedado o reexame do conteúdo das
provas produzidas e a sua valoração.
A aplicação da Súmula nº 126 do TST impede o exame da alegação de violação de lei e de que foi
contrariada súmula, bem como dos arestos colacionados. Recurso de revista de que não se conhece.
I - A expressão "dispositivo informático" não se refere apenas aos equipamentos físicos (hardware),
mas também os sistemas, dispositivos que funcionam por computação em nuvem, facebook,
instagram, e-mail e outros. II - O crime previsto no art. 154-A do CP possui dois núcleos de conduta
típica não cumulativos: (i) invadir dispositivo informático alheio, com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização do titular e (ii) instalar vulnerabilidades, visando
obter vantagem ilícita. Pela literalidade do dispositivo, a ausência de violação de dispositivo de
segurança impede a configuração típica apenas da conduta de invadir..
De gravíssima importância o recente ataque de hackers ao STJ. Ele é relevante não apenas porque
uma quantidade expressiva de dados foi indevidamente acessada e criptografada - com o atacante
aparentemente pedindo um resgate para a sua devolução, prática conhecida como ransomware -, mas
também porque o ataque simplesmente paralisou as atividades do tribunal, alterando prazos de
processos e cancelando audiências. Segundo a BBC, até o dia 5 de novembro do corrente ano a corte já
havia empenhado R$ 13,72 milhões com a empresa, como parte de dois contratos diferentes de
prestação de serviços. Os contratos foram firmados em 2017 e 2018, e prorrogados desde então.
Os fatos envolvendo a ação de hacker em dispositivos informativos do STJ devem ser enquadrados no
artigo 154 – A do Código Penal. A Lei 12.737, de 30 de novembro de 2012, publicada no DOU de 3 de
dezembro do mesmo ano, tipificou um novo crime denominado Invasão de Dispositivo Informático,
previsto no art. 154-A, do Código Penal, que entrou em vigor após 120 dias de sua publicação oficial,
ou seja, em 3 de abril de 2013.