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A Economia é uma ciência social, tendo a pretensão de estudar a conduta humana nas suas
interações coletivas e fazendo-o com distanciamento analítico, de modo sistemático e
recorrendo a uma metodologia explícita.
As escolhas de que trata a Economia são aquelas que são ditadas pela escassez de bens e
recursos disponíveis.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
A informação tem custos e, termos de tempo despendido, a informação completa poderá ter
um custo desproporcionado face às vantagens relativas que dela derivam, as vantagens
comparadas com aquelas que resultariam de um outro em emprego de tempo.
A escassez impõe escolhas. A limitação dos recursos impõe restrições absolutas às nossas
preferências, e determina, dentro das fronteiras do possível, um esforço de otimização, de
obtenção dos melhores e mais eficientes resultados a partir de qualquer nível limitado de
recursos.
Se não fosse a escassez, as escolhas de que trata a Economia seriam irrelevantes, visto que
uma opção errada quanto ao empregos dos bens e recursos disponíveis poderia sempre ser
remediada, lançando-se mão de alternativas ilimitadas.
A Economia faz seu tema central o estudo das decisões individuais e coletivas tomadas em
ambiente de escassez, colocando especial ênfase:
Conquanto se admita que é fulcral para a análise económica a definição das características
comportamentais básicas do agente humano, nem sempre se dá a devida relevância ao
contexto concreto que limita as capacidade de conhecimento, de racionalidade, de
interdependência, seja até em consequência da escassez de tempo que torna incomportável
uma racionalidade perfeita.
A forma como os indivíduos afetam os recursos escassos que lhes são propiciados por um
rendimento, por um fluxo de meios novos suscetíveis de satisfazeram necessidades materiais
através da troca por produtos oferecidos em mercados organizados, obedece a uma
racionalidade, essencialmente procedimental.
Dadas as limitações que acabámos de referir, a otimização não pode, contudo, evoluir a
partir de uma avaliação generalizada, minuciosa, pausada, de custos e benefícios inerentes a
todas as opções disponíveis a cada agente económico, quer porque nem sempre as opções e os
custos e benefícios são explicitáveis e ponderáveis, quer ainda porque mesmo que isso
sucedesse seria irracional despender-se muito tempo e esforço nessa tarefa amplíssima de
racionalização.
Sublinhemos de novo que a análise económica continua a ser válida naqueles domínios que,
pelo factos de estarem tradicionalmente excluídos da atividade económica tal como ela é
socialmente reconhecida, e pelo facto de, por isso, não concitarem no agente a consciência da
ponderação de interesses, de benefícios e de custos que é explicitamente associada àquela
atividade, nem por isso deixam de envolver uma ponderação que, ao menos do ponto de vista
da racionalidade, não é materialmente discernível daquela.
A Economia não centra a sua atenção em questões “de dinheiro”, nas trocas que têm
expressão monetária visto que a moeda é um simples meio de acesso a recursos, e não é, em si
mesma, um recurso, daqueles cuja escassez obriga à realização de escolhas e à tomada de
decisões optimizadoras e maximizadoras da satisfação de necessidades.
Não se trata já de reconhecer que a otimização tem limites inultrapassáveis; mas antes, e
mais, de admitir que os processos de decisão comum estão necessariamente condenados a
adotar procedimentos não-otimizados.
Esta é a razão pela qual escolhemos um nível de “ignorância racional”, a partir do qual
tomamos a maior parte das nossas decisões marginais – optando pela solução marginalista
também em função do baixo nível de informação que ela tende a exigir). Também é esta a
razão pela qual tendemos a agregar-nos em grupos nos quais a divisão do trabalho e a partilha
de informação possam diminuir a margem de erro suscetível de ser associada à nossa
ignorância individual. Assim, a nossa conduta gregária e a nossa complementaridade poderiam
atribuir-se, para lá do determinismo biológico, às necessidades criadas pela nossa
“racionalidade limitada”, essencialmente a necessidade vital de contarmos com a conduta dos
outros que dispõem de mais informação de que nós não dispomos.
Sendo custoso esse conhecimento, aquele que é chamado a agir terá que procurar “atalhos
heurísticos” para esquematizar e padronizar os dados mínimos daquela informação, e da
decisão que se lhe siga, simplificando, por redução a hábitos rotineiros, a identificação e a
reação a uma “família” de situações, desconsiderando situações novas e implausíveis, ou de
baixa probabilidade: procurando reduzir os custos de deliberação e aumentar os ganhos
prováveis daquela “antecipação aproximativa”.
OPÇÃO E CUSTO
Todas as escolhas têm um custo e este custo consiste basicamente no valor daquilo a que se
renuncia para se obter aquilo por que se optou.
Exemplo: A nação que presentemente desleixa a formação dos seus jovens ou que
simplesmente a onera – por exemplo, impondo propinas no ensino superior público, ou
restringindo o acesso às universidades – renuncia à possibilidade de o seu “capital humano”
sustentar mais eficientemente, no futuro, os seus reformados.
EFICIÊNCIA E JUSTIÇA
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Uma escolha é racional na medida em que se centra numa comparação subjetiva, mas
desapaixonada, de custos e benefícios implicados nas várias alternativas abertas à opção –
podendo designar-se por utilidade ponderada o resultado dessa comparação: por ocorrer uma
ponderação, uma “pesagem”, de ganhos e perdas.
A ideia de custo de oportunidade leva o agente a somar, afinal, à despesa direta em que
incorreria para levar a bom termo a opção que tomou também as vantagens a que renunciou,
e que estariam ao seu alcance nas opções que preteriu. Havia uma oportunidade de fazermos
diferentemente do que fizemos, no entanto, quando optámos, preterimos aquela
oportunidade, e essa renúncia às alternativas possíveis é, economicamente, um custo.
Por exemplo, é neste sentido específico que se pode sustentar que é economicamente
racional que um bom futebolista abandone os seus estudos terminada a escolaridade
obrigatória, se porventura dos benefícios esperados da sua curta carreira profissional excedem
manifestamente os ganhos totais esperados de qualquer opção profissional subsequente ao
prosseguimento dos estudos, e computados pela totalidade da sua expetativa de vida. Dito de
outro modo, um tal prosseguimento dos estudos, no pressuposto de que ele prejudicaria a
carreira de um futebolista talentoso, poderia apresentar para este um elevadíssimo custo de
oportunidade, tornando irracional essa opção.
Uma das ideias centrais com a qual se enaltece a liberdade das trocas, e o papel da economia
no mercado, é a de que, na ausência de constrangimentos aparentes, o custo de oportunidade
tende a ter uma representação fidedigna no “custo monetário” – com a consequência de que
um dos primeiros indícios que podemos ter de que um mercado não está a funcionar
apropriadamente reside na disparidade que encontramos entre o valor absoluto, para nós,
destes dois tipos de custos.
RACIOCÍNIO MARGINALISTA
A decisão típica de que se ocupa a Economia não é em rigor a de fazer ou deixar de fazer algo
– o tudo ou nada – mas antes a de fazer mais ou menos de algo, de intensificar ou reduzir o
número de unidades empregues em apoio de uma determinada decisão ou atividade.
Ambos estão a melhorar as suas hipóteses de sucesso nas trocas, prescindido de cálculos
referidos a valores totais, ou até a valores médios – valores por unidade -, e concentrando a
sua racionalidade naquele âmbito restrito e marginal dentro do qual o impacto das suas
decisões pode alcançar um máximo de eficiência futura.
Em suma, o custo marginal é o valor da mais valiosa alternativa preterida para se conseguir
produzir ou obter mais unidade de um bem ou serviço, enquanto que o benefício marginal é o
valor dessa unidade suplementar de bens ou serviços por que se optou.
Aquele que preferiu fazer uma viagem turística, em vez de comprar novos livros para a sua
biblioteca, teve como custo de oportunidade marginal o valor dos livros que se viu forçado a
não comprar – dada a escassez de recursos -; e teve como benefício marginal o valor dos livros
(e outros bens) de que esteve disposto a prescindir para fazer a viagem, porque a viagem
representava para ele, naquele momento e naquela circunstância, um valor marginalmente
superior ao valor total dos livros, e outros bens, de cuja compra prescindiu.
Aquele que pode decidir livremente recorrerá a uma comparação, mais ou menos racional,
de custos e benefícios. Se for possível interferir com a dimensão absoluta ou relativa desses
custos e benefícios, alterando-a, então será de esperar que um agente racional responda a essa
alteração, adaptando a ela a sua conduta.
É, pois, possível condicionar a conduta do agente económico sem lhe retirar a sua liberdade
de escolher e decidir – interferindo somente nos incentivos que são, para ele, o valor absoluto
ou relativo dos ganhos e perdas esperados na sua próxima decisão, os pontos de referência das
suas escolhas, e a sua motivação para agir.
A ênfase nos incentivos é também a ênfase na liberdade, a convicção de que as pessoas são
capazes de alcançar sem constrangimentos certas finalidades, desde que sejam criadas
motivações adequadas – sob a forma de ganhos e perdas associados às opções livremente
disponíveis a cada agente.
O POSTULADO DA RACIONALIDADE
Nestes dois casos, na presença de várias opções de ação igualmente disponíveis mais
eficientes, tenta-se racionalmente minimizar os custos ou maximizar os ganhos, ou ambos
simultaneamente: tenta-se a máxima eficiência de custos, o maior benefício líquido (isto é,
deduzidos os custos), procurando minimizar desperdícios na obtenção de quaisquer estados de
satisfação.
A racionalidade económica identifica-se ainda com a “lei do menor esforço”: aquele que, com
o mesmo esforço dos demais, tiver alcançado o mais elevado nível de satisfação terá
maximizado o sucesso da sua atividade económica, minimizando as suas necessidades com os
meios momentaneamente disponíveis; e por seu lado aquele que, com menor esforço do que
os demais, alcançar o mesmo nível de satisfação deles, terá conservado mais recursos que
ficam disponíveis para, de seguida, repetir ou prolongar o nível de satisfação alcançado.
Generalizando este raciocínio à satisfação de todas e cada uma das necessidades, perceber-
se-á facilmente que, num contexto de simultaneidade e de concorrência entre necessidades, a
afetação de recursos tende para uma posição de equilíbrio, que é a posição de nivelamento
dos custos relativos associados ao emprego desses recursos.
Por outras palavras, cada agente defronta-se com um conjunto finito de opções disponíveis, o
“conjunto de oportunidades”: o estudante que vive longa da Universidade e não dispõe de
meios de transporte próprios conta apenas com duas opções naquele conjunto – usar os
transportes públicos ou arranjar uma boleia –; aquele que tem veículo próprio passa a contar
com mais uma opção; e há ainda uma opção disponível para aquele que vive perto da
Universidade – deslocar-se à pé.
Mas isso não quer dizer que as nossas trocas assentem num pressuposto
concorrencial ou mutuamente predatório, no sentido de procurarmos obter vantagens
extorquindo-as aos nossos parceiros, por não haver outra forma de alcançar benefícios
se não sonegando-os a eles, ou causando-lhes prejuízos.
Um tal entendimento de trocas remete para a teoria do “jogo de soma zero” ,
assemelhando as trocas a um jogo em que o vencedor ganha exatamente o somatório
daquilo que os jogadores perdem, ou seja, uma situação em que o valor total dos
ganhos e o valor total das perdas se anulam reciprocamente, resultando num
somatório nulo.
Se fosse esta a situação predominante no seio da economia, seria racional que cada
se isolasse e fugisse de deixar-se explorar: cada família, cada unidade de economia
comum, deveria concentrar-se numa estratégia de autossubsistência isolada, e cada
nação deveria fazer o mesmo no plano internacional, remetendo-se à solução dita de
“autarcia”.
É, contudo, manifesto que não é esta a situação normal das trocas económicas, as
quais, sendo livres, só terão lugar se ambas as partes envolvidas puderem aperceber-se
racionalmente da existência de vantagens recíprocas.
Um livro só se venderá se ele tiver, para o livreiro, um valor inferior ao preço que por
ele é oferecido; e se tiver, para o comprador, um valor superior ao preço pelo qual ele é
adquirido.
O livreiro ganha com a venda, pois o dinheiro recebido é de valor superior àquele
valor que para ele teria marginalmente o livro; o leitor ganha com a compra, pois para
ele a quantia desprendida tem menos valor do que aquele que para ele é
marginalmente representado pelo ingresso do livro no seu património.
Ambos ganham: seria irracional que o livreiro vendesse um livro por um preço
inferior ao valor por ele representado por aquele bem, tal como seria irracional que o
comprador oferecesse pelo livro um preço superior ao valor que subjetivamente lhe
atribui. Se o resultado da troca fosse efetivamente de “soma zero”, e houvesse um
mínimo de racionalidade em ambas as partes, a parte prejudicada retirar-se-ia antes da
troca consumada, evitando a sua “pura perda” e, com ela, o “puro ganho” da
contraparte.
No entanto, o facto de ambas as partes ganharem não significa que ambas as partes
ganharam o mesmo, sendo perfeitamente normal que, no âmbito das trocas
bilateralmente vantajosas, ocorram variações de preços que ora beneficiam mais uma
das partes, ora beneficiam mais a outra.
Por exemplo, numa semana um livro alcança o preço de 30€, e esse preço satisfaz
objetivamente tanto o vendedor, que suportou custos inferiores àquele preço, como o
comprador, que estaria genericamente disposto a pagar ainda mais por ele. A compra e
venda têm lugar, com benefício objetivo para ambos. E, no entanto, o vendedor
lamenta não ter vendido numa semana anterior em que o preço atingiu os 35€, e o
comprador lamenta igualmente não ter comprado também numa outra semana em
que o preço era de 27€.
Verifica-se que nenhum deles alcançou com as trocas aquele máximo que
abstratamente julgaram alcançável; a troca impôs-lhes o máximo possível suscetível de
coexistir com a compatibilização de desígnios opostos.
Assim sendo, e dado que ambas as partes ganham com a troca, havendo benefícios
recíprocos que não se verificariam se a troca não tivesse tido lugar, podemos dizer que
a situação corresponde à de um “jogo de soma positiva”, no qual os benefícios de uma
das partes não implicam necessariamente prejuízos da outra, tudo contribuindo, ao
invés, para um resultado crescente, em que o total de transações vai fazendo aumentar
a utilidade total, a utilidade combinada de ambas as partes.
ESPECIALIZAÇÃO E TROCA
Mas produzir mais implica, para cada família, libertar-se das atividades em que é
menos produtiva para concentrar-se naquela em que o é mais, aquelas em que é maior
a sua vantagem comparativa; significa especializar-se e intensificar as trocas – visto
que, quanto mais se dedica à produção de um número restrito de bens, mais precisa de
adquirir todos os outros bens de que necessita para compor qualitativamente o padrão
da sua prosperidade.
Esta situação-limite será tanto mais possível e plausível quanto menos pessoas
estiverem envolvidas nas troca, e será tanto mais distante e implausível quanto maior
for o número dos envolvidos, isto é, quanto maior for o mercado.
A resposta às perguntas básicas da decisão económica pode ser confiada ao poder político,
ou abandonada às forças do mercado e ao poder de maximização de ganhos recíprocos através
das trocas.
No primeiro caso, entrega-se a uma racionalidade central o poder de planificar e dirigir a
atividade económica – julgando-se que essa racionalidade central dispõe de vantagens
informativas, organizativa e administrativas que não só permitem resolver as questões que
transcendam o âmbito individual, como possibilitam até formas mais ordenadas e congruentes
de solução de problemas que surjam nesse âmbito mais restrito-.
Numa economia de mercado, essa ordem espontânea centra-se no mecanismo dos preços,
um processo de sinalização através do qual as partes essencialmente comunicam:
Por coincidência, a decisão planificadora poderia coincidir com aquela que agregadamente
resultaria da combinação da miríade de decisões particulares que o mercado veicula; mas
nunca seria senão uma coincidência com um desproporcionado risco de insucesso – já que a
informação de que dispõe o planificador central, por mais poderosa e sofisticada que seja, não
consegue aproximar-se eficientemente, sem custos elevadíssimos, da informação privada de
que dispõe cada um dos agentes particulares no mercado, e que é obtida a custo mínimo,
confinada como está ao seu próprio horizonte de relevância.
Ex:: A interferência nos preços dos produtos agrícolas, bem intencionadamente dirigida à
proteção dos consumidores urbanos mais pobres, confunde os agricultores quanto ao grau
ótimo de eficiência produtiva, e os desincentiva de procurarem alcançar esse grau ótimo.
MERCADO DE PRODUTOS E MERCADO DE FATORES
Fatores de produção: bens e serviços, mas agora apreciados e empregues no ponto inicial de
um ciclo de atividade económica, consistindo especificamente nos “inputs” de terra – os
fatores naturais e as matérias primas -, trabalho e capital que as empresas coordenam e
otimizam, recorrendo a um grau qualquer de sofisticação tecnológica, tendo em vista a
obtenção de meios que diretamente satisfaçam necessidades dos utentes e consumidores.
Pode dizer que o mercado de fatores é instrumental e que mercado de produtos é, em relação
àquele, o mercado final.
Entre os dois tipos de mercado geram-se dois circuitos: o “Circuito Real”, que corresponde a
um fluxo circular de produtos e de fatores, e o “Circuito Monetário”, que corresponde a um
contra fluxo de pagamentos, entre consumidores e produtores.
Em suma:
O que umas ganham é o que as outras gastam, e por isso o rendimento total, o total das
receitas, não pode deixar de ser equivalente à despesa total, ao total dos gastos, significando
isso que nada há a ganhar se ninguém estiver disposto a despender, e não é possível ganhar-se
através das trocas mais do que aquilo que é gasto nelas.
Falha de mercado: designação que abarca todo o tipo de perdas de eficiência que
acompanham o funcionamento espontâneo do mercado, em especial as relacionadas com a
imposição de custos aos agentes do mercado por força de entraves à concorrência ou à
inovação.
Esse objetivo de emenda das “falhas de mercado” poderá agora alcançar-se sem que o
Estado tenha necessidade de se colocar numa posição de proeminência, bastando-lhe
frequentemente entrar no próprio jogo livre do mercado munido do seu peso económico, e
dos seus meios complexos de atuação, para, com a sua presença, contrabalançar as forças
causadoras das referidas “falhas”.
JUSTIÇA SOCIAL
AS FALHAS DE MERCADO
AS EXTERNALIDADES
Seja para refrear o nível de atividade daquele que continua a lucrar quando os
danos que causa a terceiros já atingiram um grau intolerável – ou, num caso
limite, proibir essa atividade ou substituir-se nela ao produtor-.
Seja para incentivar aquele que, beneficiando terceiros com a sua atividade,
contudo não dispõe de meios para reclamar desses terceiros a contrapartida
dos benefícios que lhes causa, que gratuitamente lhes fornece – ou, no caso de
não conseguir incentivá-los suficientemente, substituir-se a ele na produção
desses benefícios-.
O PODER DE MERCADO
Em ambos os casos de “falhas”, o Estado pode, numa intervenção que não seja
puramente proibitiva ou limitativa, seguir fundamentalmente três vias,
combináveis entre elas:
Através de uma representação gráfica é possível perceber que existem três tipos de
combinações de produção:
Aquela fronteira é um limite máximo que pressupõe a afetação total dos recursos, querendo
isso significar que, em toda a opção produtiva por ela representada, é maximizada a eficiência
produtiva, verificando-se uma situação em que não é possível produzir mais de um bem sem
produzir menos de outros bens para os quais seja possível reafectar em alternativa os recursos
disponíveis.
O VALE DE EQUILÍBRIO