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26/02/2024
NOTAS
O direito, quando baseado em fontes plurais, é mais dinâmico: elas fontes conformavam-se e
estruturavam-se no seio da comunidade. O intérprete não estava preso à lei positiva.
No mundo de hoje temos uma lei positiva: lei escrita, logo estática. A lei só pode ser alterada
passando por um novo processo legislativo.
Roma – Começa por ser uma monarquia, mas porque o Rex era despótico, existe um desejo de
fixar um modelo participativo, com os magistrados. A partir do principado passa a existir uma
autoridade centralizada: o debate político seca na medida em que o Direito e a Política se
centram numa outra pessoa. Por sua vez, encaminha-se, para um modelo imperial.
No modelo imperialista chinês verificam-se formas de pensar que são propriamente apolíticas:
budismo.
O budismo estrutura-se com base na ideia de impermanência: tudo muda, tudo se transforma,
o mundo à sua volta está em constante mutação; tudo é vazio em si – conceito de vacuidade;
nada existe por si só – esvazio de importância da realidade objetiva, propondo-se a uma
análise subjetiva. O budista não se envolve no debate político.
Atualmente, a abstenção de voto produz efeito eleitoral: tem efeitos políticos. Numa sociedade
apolítica, não há possibilidade de participação política.
28/02/2024
ALEGORIA DA CAVERNA
Heráclito – Fogo;
Escola dos Eleatas –Na verdade, do ponto de vista racional, o movimento não existe – Retórica
Argumento de Aburdo – Opõe-se Às teorias de Tales de Mileto.
O pensamento pré-socrático não conseguiu explicar a realidade, do que esta é feita. Sócrates
diz que isso interessa aos deuses, não aos homens, que devem entender a realidade humana.
Tudo o que existe, existe por conta/em função de um conceito não físico, isto é, metafísico. A
moralidade, por exemplo, não é física - é um ideal/conceito. Outro exemplo é o tempo: algo
metafísico.
Isto visão platónica é radical: existe um mundo sensível e um mundo metafísico (mundo das
ideias).
Platão aplica este pensamento e construção metafísica a toda a sua filosofia moral, ética e
política: tanta nas virtudes como na justiça.
Seria a sua república ideal – aristocrática, o governante tem de ser dotado de todas as virtudes
(rei filósofo e sábio). Este conceito ideal de república é, no entanto, de difícil transplantação
para a atualidade.
Modelo atuais de governação fundado numa ideologia – Comunismo – funda-se nas ideias de
Marx, que expôs ao mundo as vicissitudes capitalistas: o mundo perfeito de Marx encontrava-
se na ideia – modelo platónico. O comunismo é paraisidico: deivisão igualitária dos bens que
leva a uma vida boa para todos – todos têm acesso a saúde, educação, … no entanto, na prática
tal não é possível. O que a história nos ensinou - a vanguarda estalinista pretendia por em
prática o ideal comunista – primeiro, derruba o governo anterior, depois impõe o ideal (em vez
de compreender a sociedade, sendo que quem não concorda é oprimido).
ARISTÓTELES
As pessoas são imperfeitas: têm virtudes e vícios, e aquilo que os distingue são atos e
hábitos.
Por outro lado, temos várias causas. Decorremos, não de uma ideia única, mas de
várias causas.
Atendendo a esta filosofia, observa os modelos políticos: olhando para a democracia:
as pessoas são imperfeitas pelo que podem praticar vícios ou virtudes, e nesse sentido,
qualquer regime de governo pode degenerar ou não. De forma observacional e
contemplativa, afirma quais os regimes mais adequados em determinadas situações.
04/03/2024
Nem todas as obras de Aristóteles chegaram aos nossos dias, sendo que, ainda assim, tivemos
bastantes referências aristotélicas.
Aristóteles começou a escrever as suas obras políticas enquanto era professor de Alexandre, o
Grande.
Alexandre é conhecido pelas suas grandes conquistas, sendo que a cada conquista instituía um
regime de governo diferente.
Monárquico tirânico
O tipo de governo e o que ele era para cada povo dominado era diferente, devido às
características da própria civilização.
Monarquia, Aristocria, …
Era natural identificar a elite com quem tinha mais poder (riqueza, por exemplo) – em qualquer
um dos seus regimes.
Dentro do grupo dos cidadãos ainda assim existe um grupo ainda menor de pessoas aptas a
governar: aqueles que possuem mais mérito – quem tem mais meios, no geral, na medida em
que é capaz de conseguir melhor formação e instituir-se enquanto pessoa melhor.
Aristóteles é muito pragmático e, nesse sentido, tem uma visão muito diferente da platónica.
AULAS PRÁTICAS – HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS
Professor Regente: Susana Videira // Professor Assistente: Ulisses Gagliano
O Estado contemporâneo nasce durante o absolutismo – quando as castas sociais, que antes
tinham poder política, deixam de ter e um único monarca ascende ao poder. Também a
burguesia ascende em termos de estatuto social, fruto de uma liberalização, social e
económica.
O capitalismo não deixa de ser um produto da Idade Média. Existe uma negação do
feudalismo.
Existiam companhias que tinham poder na sua sociedade, organizando-se numa estrutura
oligárquica.
Dessa forma, num Estado oligárquico, os interesses coletivos são ditados pelos poucos que
estão no poder.
Nasce despótico e organiza-se com base nessa realidade de Estado – hná um conflito na
orirgem histórica da formação do Estado entre os interesses que asseguram a estabilidade
jurídica e poítica, que o capitalismo exige, e a prossecução de interesses individuais, que o
capitalismo também exige.
Num Estado oligárquico os interesses coletivos são subordinados pelos que governam.
Há uma determinada elite capitalista – o regime nazi tinha interesse proteger uma elite
industrial
AULAS PRÁTICAS – HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS
Professor Regente: Susana Videira // Professor Assistente: Ulisses Gagliano
O Estado Novo - O Estado intervinha bastante na economia, mas no que tocam aos direitos
sociais, não eram permitidos os direitos de reunião e associação
O capitalismo tem a necessidade de um Estado controlar e centralizador, mas isso pode sufocar
ou impedir o desenvolvimento do Estado.
Revolução industrial – gera uma tecnologia que permite a centralizam na guerra e uma
centralização do poder.
O modelo aristotélico mostra-nos a “quero um estado forte que proteja a minha elite – possa
enfraquecer coletivamente o desenvolvimento do capitalismo e limitar a própria participação
política e exercício das liberdades políticas”.
Modelo Liberal Político – o modelo liberal económico já era protegido – igualdade, fraternidade
e liberdade
Nem toda a sociedade estava a ser representada por aquela revolução – mas as classes
buscavam igualdade face às elites estatais, fraternidade, sem perseguição política, etc.
06/03/2024
AULAS PRÁTICAS – HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS
Professor Regente: Susana Videira // Professor Assistente: Ulisses Gagliano
Aqueles que não têm acesso à educação tendem ao vício e não à virtude?
Aristóteles viveu numa realidade diferente da nossa e com valores ainda mais diferentes. Na
visão Aristotélica, o homem virtuoso é sempre um cidadão – apenas o cidadão grego é um
animal político, ainda que falemos em democracia e princípios democráticos.
Uma república justa depende de um governante justo – na base do discurso está uma
moralidade vincada. Interessa, do ponto de vista político, o estatuto ético e moral do
governante. Atualmente tal não se verifica – o poder soberano não é pessoal, tendo sido criado
numa perspetiva do Estado – a soberania do Estado permanece e continua no tempo ainda que
os seus titulares mudem.
Na visão aristotélica, no âmbito do conjunto de valores morais, que são virtuosos – a pessoa
tinha o direito de vingança – valores defendidos. A guerra vingativa podia ser virtuosa.
A Hollywood é maniqueísta – não há zonas cinzentas – as pessoas ou são boas ou são más?
Trata-se de uma visão prescritiva de um Ideal – é um pensamento que visa impor uma ordem
na sociedade, que tem de acatar - IMPOSIÇÃO POLÍTICA DE UM CONJUNTO DE IDEIAS
Patrística -
Dialética Medieval -