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O que é

liderança?
OS DIFERENTE ESTILOS E COMO VOCÊ
PODE USÁ-LOS A SEU FAVOR
O QUE É
LIDERANÇA?

Atualmente muito se ouve falar sobre liderança,


gestão de pessoas, técnicas de liderança, etc....
Mas você já parou para pensar mais
profundamente no real significado da função de
liderar? Como isso se diferencia ou assemelha
de ser um chefe? Existem técnicas para otimizar
esse processo? Ou até perfis corretos para a
posição de gestor?

Cada pessoa entende o conceito de liderança de


uma forma diferente, no entanto podemos
convergir essas interpretações em uma
descrição sucinta: Liderança é a capacidade que
uma pessoa possui de conduzir um grupo de
indivíduos, transformando-os em uma equipe
que gera resultados.

Um líder possui a habilidade de motivar e


influenciar os liderados, de forma ética e
positiva, para que contribuam voluntariamente
e com entusiasmo para alcançarem os objetivos
da equipe e da organização
Diferentemente do que a maioria dos gestores
acredita, o seu estilo de liderança pode ser uma
escolha estratégica e não apenas uma função da
sua personalidade. Líderes em posições de
destaque e reconhecidos pelos seus resultados
têm demonstrado cada vez mais uma excelente
leitura das situações e flexibilidade para
conseguir agir de acordo com o que cada uma
necessita.
OS 6 ESTILOS
DE LIDERANÇA

Daniel Goleman, psicólogo Ph.D. e autor dos


best-sellers Inteligência Emocional e Inteligência
Social, liderou a consultoria Hay/McBer, na
realização de uma das primeiras pesquisas
quantitativas para entender melhor as
qualidades de um líder e quais seus impactos no
ambiente em que trabalham.

Em uma análise de 3.871 executivos ao redor do


mundo, encontraram 6 principais estilos de
liderança: Mas não só isso, também descobriram
que os melhores líderes normalmente não sabem
apenas um desses estilos,
mas são especializados
em um combinação
deles e conseguem
escolher o melhor
de acordo com cada
situação e time.

FONTE: Goleman, D. "Leadership that gets results". Harvard Business Review, 2000
O ESTILO
COERCITIVO
“faça o que eu digo”
Esse tem a famosa abordagem do “faça o que eu digo”, e
exige o cumprimento de uma ordem imediata e de
acordo com o que foi solicitado. Ela pode ser muito
eficaz em situações de reviravolta, desastres naturais ou
funcionários problemáticos. Mas na maioria das
situações, uma liderança coercitiva inibe a flexibilidade
da organização e acaba com a motivação dos
colaboradores.

As pessoas acabam perdendo a iniciativa e não


percebem a responsabilidade que tem sobre sua própria
performance.

O ESTILO
'AUTORITATIVO'
“venha comigo”
O líder autoritativo segue o lema “venha comigo”, ele indica
o norte/objetivo geral mas deixa as pessoas escolherem seus
próprios caminhos para alcançá-lo. É uma liderança que
funciona especialmente bem quando o negócio está à deriva
mas é menos eficaz em uma equipe de especialistas.

É um estilo catalisador de mudanças, que ajuda a criar um


espírito mais empreendedor e possibilita soluções fora da
caixa mas com uma direção clara.
O ESTILO
DEMOCRÁTICO
“o que você acha?”
Conhecido pela proposta “o que você acha?”, o estilo democrático pode não
ter um impacto tão alto quanto você imagina no clima organizacional. Ao dar
voz aos colaboradores nas decisões, esse líder constrói um ambiente de
flexibilidade, confiança, respeito e responsabilidade que ajuda na geração de
novas ideias. No entanto as vezes isso vem ao custo de reuniões
intermináveis e funcionários confusos que se sentem sem liderança,
deixando os resultados distantes.

Em situações de emergência, urgência ou falta de conhecimento por parte


dos colaboradores, esse estilo pode atrapalhar ainda mais as decisões
estratégicas e direcionar a organização ao fracasso.

O ESTILO
AFILIATIVO
“faça o que eu digo”
A grande característica desse líder é a atitude “pessoas em
primeiro lugar” e é muito útil para a construção harmoniosa
da equipe ou momento de aumento de moral, a partir de
sentimentos de ligação, harmonia e pertencimento. No
entanto, o foco exclusivo em elogios e bem estar pode
promover um espírito de aceitar e mediocridade, a partir de
desempenhos ruins que não são corrigidos.

A falta de feedbacks construtivos dificulta a melhoria do


desempenho individual e pode passar a impressão de falta de
direção na liderança.
O ESTILO
DIRECIONADOR
“faça o que eu faço”
É um estilo que lidera pelo exemplo, “faça o que eu faço”.
O perfil direcionador impõe padrões de alta performance e os
exemplifica ele mesmo. Atua como modelo para o resto do time e
exige excelência equivalente por parte das sua equipe. Essa
liderança tem um impacto muito positivo sobre os colaboradores
que são auto-motivados e competentes, mas pode gerar uma
sensação de opressão e ressentimento por parte dos demais.

Às vezes isso cria um clima de ameaça que apesar de trazer


resultados interessante no curto-prazo pode destruir o time no
processo.

O ESTILO
COACHING/INSTRUTOR
“tente isso”
Esse líder traz uma visão que se concentra mais no desenvolvimento
pessoal do que em resultados imediatos através de uma proposta
“tente isso”. É muito importante que nesse caso o líder tenha um
interesse genuíno em ajudar os membros da sua equipe a serem bem-
sucedidos. Para ter impacto, os colaboradores devem estar cientes
de suas fraquezas e ter vontade de mudar/melhorar.

No longo prazo pode até trazer uma melhoria significativa dos


resultados, no entanto o líder precisa estar disposto a aceitar alguns
fracassos em nome do aprendizado futuro.
COMO OS
ESTILOS DE
LIDERANÇA
IMPACTAM O
DIA-A-DIA?
Além de determinar esses diferentes estilos de
liderança também foi possível analisar o clima
organizacional, sua relação com os resultados
da empresa e como ambos são impactados pelos
estilos dos líderes.

Na análise clima organizacional foram


considerados 6 fatores chave que influenciam o
ambiente: flexibilidade/liberdade dos
colaboradores; seu senso de responsabilidade
com a empresa; o nível dos padrões definidos; o
reconhecimento e precisão dos feedbacks; a
clareza que todos têm em relação à missão e
valores; e por fim, o comprometimento com um
propósito comum.
Foi possível medir o impacto que cada estilo de
liderança tem sobre esses fatores chave do clima
organizacional e por fim entender as
correlações em cada caso. Dos 6 estilos, 4 tem
consistentemente um efeito positivo sobre o
clima organizacional e consequentemente sobre
os resultados da empresa – Autoritativo,
Democrático, Afiliativo e Coaching. Os outros –
Coercitivo e Direcionado – como visto acima,
apesar de terem um efeito negativo no longo
prazo, podem e devem ser usados em situações
específicas e com parcimônia.

As equipes, assim como as situações e desafios


que enfrentam estão em constante mudança e
adequação. É natural imaginar que as vezes os
time precisa de várias ideias fora da caixa e as
vezes precisa de uma mão forte para direcionar
as ações. As vezes um colega precisa de um
feedback mais intenso para melhorar seu
trabalho e as vezes só precisa de atenção para
melhorar sua auto-estima e motivação.
Pensando em situações como essas, fica fácil de
entender porque um líder precisa navegar
tranquilamente entre os diversos estilos para
conseguir tirar o maior proveito de cada
momento e levar seu time aos melhores
resultados.

FONTE: Goleman, D. "Leadership that gets results". Harvard


No entanto, essa avaliação e mudança de estilo
não pode ser um processo mecânico resultado de
um algoritmo matematicamente bem definido. A
empatia e percepção sensitiva das pessoas
devem ser habilidades bem trabalhadas para
permitir os ajustes necessários de forma fluída e
praticamente imperceptível por parte do líder.

Nenhum líder nasce sabendo todos os estilos, e


muito menos como e/ou quando aplicar cada um
deles. Então se você leu os diferentes estilos e
não consegui identificá-los no seu dia-a-dia, não
se preocupe, existe solução. É possível aprender
e aprimorar novos estilos e assim aumentar seu
repertório. Não é uma tarefa fácil, mas
recomendamos que você primeiramente entenda
quais são as competências de inteligência
emocional que carece e então foque em
atividades e exercícios para desenvolvê-las.
DICAS PARA
COLOCAR EM
PRÁTICA
Apesar de não ser mágica, existem algumas
técnicas que podem ser aplicadas em qualquer
estilo de liderança e geralmente trazem
resultados positivos para o time e para a
empresa. Veja abaixo algumas dessas sugestões
para testar e colocar em prática nos momentos
certos:

1 Conheça a sua equipe e


reconheça a individualidade
de cada colaborador
O ideal é que um time tenha pessoas com habilidades
multidisciplinares e complementares, mas mais
importante do que as características do time em si é o
líder conseguir entender o papel de cada um nas
estratégias que desenha. Um líder bem preparado
deve conhecer as forças e fraquezas de cada um dos
seus colaboradores para facilitar o planejamento e
melhorar os resultados.
Identifique talentos e
delegue responsabilidades
de acordo 2
De acordo com o mapeamento realizado do time e a
identificação das suas qualidades, é fundamental
saber delegar as funções para as pessoas certas. Isso
tem um grande impacto em 2 pontos estratégicos:
primeiramente o líder poderá focar as suas ações
efetivamente onde precisa e não se sobrecarregar
com entregas que outras pessoas podem realizar;
além disso também será possível ter entregas
melhores pois sem dúvida o time será composto por
especialistas em diferentes conhecimentos.

3 Não procrastine a tomada de


decisões importantes
A equipe espera que seu líder tome decisões, por
mais simples ou complexas que sejam, positivas ou
doloridas. Enrolar nessas decisões ou ficar voltando
atrás pode gerar uma sensação de instabilidade ou
equipe acéfala.

Incentive a participação e
o trabalho em equipe
Uma equipe unida, que sabe trabalhar bem em
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conjunto e reconhece suas qualidades distintas
conseguirá sempre trazer resultados melhores do que
pessoas trabalhando individualmente.
Seja o exemplo
5
Mais importante do que criar planos e regras, é ser o
primeiro a cumpri-los. A equipe estará sempre de
olho no que cada um faz e uma transgressão do líder
poderá ser interpretada como uma autorização para
que todos façam a mesma coisa.

6 Planeje com antecedência

Trabalhar todas essas sugestões costuma ser mais


fácil se planejada com antecedência, decisões
espontâneas ou improvisadas têm maior chance de
gerar desordem/incerteza na equipe ou até precisar
de revisões que podem atrapalhar o cronograma e
gerar retrabalho.

Não faça críticas públicas

Ninguém gosta de ser exposto publicamente,


principalmente na frente de colegas que
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compartilham o dia-a-dia. Com isso é mente deve se
sempre elogiar em público mas manter as críticas e
feedbacks para momentos mais pessoais e reuniões
de 1 pra 1. Logicamente isso não quer dizer que deva
permitir ações que discorda, mas ação deve se limitar
a resolver o problema rapidamente e então dar a
‘bronca’ em outro momento.
Mas acima de tudo, não se esqueça de
criar novos líderes para continuar e
ampliar o trabalho que você está
fazendo. Todo líder precisa ter uma
visão estratégica e de longo prazo, e
é pensando nisso que deve se ter um
foco na formação das pessoas para
perenizar os valores zelados até
então.

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