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ESQUISTOSSOMOSE

Grupo 4A: João Igor, Júlia Chabot, Júlia


Garrocho, Leonardo Durães, Lucca
Sanguinette, Luiz Fernando
Roteiro

01 02 03
Introdução Ciclo Biológico Fisiopatologia

04 05 06
Manifestações Diagnóstico Tratamento
Clínicas
01
Introdução
Conceito
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária
causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni
(helminto) cujas formas adultas habitam os vasos
mesentéricos do hospedeiro definitivo (humanos) e as
formas intermediárias se desenvolvem em caramujos do
gênero Biomphalaria.
Conhecida também como xistose, barriga-d’água e
doença dos caramujos.
Epidemiologia
Endemia: Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito
Santo e Minas Gerais, com predominância no
norte e nordeste deste estado.
Possui baixa letalidade (mais associada a
formas graves).

Notificação compulsória em áreas não


endêmicas.
O 1° contato com o hospedeiro intermediário
normalmente ocorre na infância.
02
Ciclo
Biológico
03
Fisiopatologia
● Contato imediato: Morte de cercárias no
local de entrada: reações inflamatórias,
com ativação da imunidade inata.
● Fase aguda tardia e crônica: reação
imunológica granulomatosa aos ovos
retidos nos tecidos do hospedeiro, além da
formação de complexos imunes e intensa
eosinofilia na fase de atividade da doença,
com aumento de órgãos, surgimento de
massas e possível processo fibrosante
cicatricial.
04
Manifestações
Clínicas
Assintomática
Fase aguda
Diagnosticada nas alterações encontradas nos
exames laboratoriais de rotina (eosinofilia e ovos
viáveis de Schistosoma mansoni nas fezes).
Sintomática
Dermatite cercariana: prurido imediato, além de surgimento de
micropápulas eritematosas e pruriginosas, normalmente com 12-72h de
duração
Febre de Katayama: linfadenopatia, febre, calafrios, cefaleia, artralgia,
anorexia, dor abdominal e, com menor frequência, queixas de diarreia,
náuseas, vômitos e tosse seca. Ao exame físico, pode ser encontrada
hepatoesplenomegalia, e podem ser observadas opacidades irregulares
em RX de tórax. O achado laboratorial de eosinofilia elevada é bastante
sugestivo, especialmente quando associado aos dados epidemiológicos;
os ovos são raramente excretados em quantidades detectáveis nessa fase,
e os testes de anticorpos são geralmente negativos.
Formas Crônicas
Hepatoesplênica
Hepática Hepatointestinal
compensada
Caracterizada pela presença Sintomas inespecíficos como Presença de hipertensão
de fibrose hepática sem desânimo, apatia, tonturas, portal levando a
hipertensão portal e sem cefaleia e sintomas distônicos. esplenomegalia e ao
esplenomegalia. Pode ser Os sintomas digestivos podem aparecimento de varizes de
assintomática ou ter predominar (sensação de esôfago. Sinais e sintomas
sintomas semelhantes a plenitude, flatulência, dor podem ser inespecíficos,
forma hepatointestinal. epigástrica e hiporexia). como dores abdominais
Observam-se surtos diarreicos atípicas, alterações do
e, por vezes, disenteriformes hábito intestinal.
intercalados com constipação
intestinal crônica. Ao exame
físico, o paciente pode
apresentar fígado palpável,
com nodulações.
Formas Crônicas

Hepatoesplênica
descompensada Pseudoneoplásica Neurológica
Caracteriza-se por Tumores similares a A mielorradiculopatia
progressão da insuficiência neoplasias. esquistossomótica
hepática (Fibrose, fígado (esquistossomose medular) é
diminuído) e possibilidade mais comum. História
de hemorragia digestiva. epidemiológica compatível
associada a dor lombar,
distúrbios esfincterianos e
alterações sensitivas dos
membros inferiores;
Formas Crônicas

Outras formas
Vasculopulmonar Renal
ectópicas
Apresenta-se com hipertensão Órgãos genitais Acomete 10-15% dos
pulmonar e obstrução dos vasos femininos, testículos, doentes com a forma
provocada por ovos e vermes mortos pele, retina, tireoide e hepatoesplênica,
e/ou vasculite pulmonar por coração. geralmente como
imunocomplexos. Os sintomas glomerulonefrite por
clínicos manifestam-se como a imunocomplexos;
síndrome de cor pulmonale (síncope
aos esforços e sinais de insuficiência
cardíaca). A forma cianótica é de pior
prognóstico e está associada à
forma hepatoesplênica.
Evolução Clínica
Fase Aguda

Hepatointestinal Hepatoesplênica Hepatoesplênica


Vasculopulmonar
ou Hepática compensada descompensada

H IPERTENSÃO PULMONAR
05
Diagnóstico
Exames
Hemograma Eosinofilia
Auxilia o diagnóstico de fibrose e nos casos de
US Abdominal
hepatoesplenomegalia
Função Hepática
(AST/ALT, DHL, GGT, FA,
Alterada
BT e frações, Albumina,
TP e RNI)
EPF (Kato-Katz) Contagem dos ovos de S. Mansoni
Testes Sorológicos (IFI Áreas de baixa prevalência e com cargas
e ELISA) parasitárias pequenas.
Biópsia Retal ou Casos incomuns, com exames negativos ou
Hepática inconclusivos.
06
Tratamento
● Praziquantel (comp. 600 mg), VO, em dose única de 50 mg/kg de peso
para adultos e 60 mg/kg de peso para crianças.
● Casos graves geralmente requerem internação hospitalar e intervenção
cirúrgica/endoscópica.
● Não se recomenda a administração de medicação durante a gestação
e a amamentação, em crianças < 2 anos de idade, e em portadores de
insuficiência hepática grave, insuficiência renal ou outras situações
graves de descompensação clínica.
● O acompanhamento do paciente é feito por meio do exame
parasitológico de fezes a partir do 4° mês pós-tratamento
● Tratar complicações conforme o acometimento clínico.
Obrigado!

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