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Chadida Chihonda Salimo

Marcelina Atumane Biaque


Sodinho Simão

Objeto da Economia Laboral

(Gestão de Recursos Humanos com Habilidades de Higiene e Segurança no Trabalho,


3º ano – Laboral)

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala – Porto, 2022.
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II

Chadida Chihonda Salimo

Marcelina Atumane Biaque

Sodinho Simão

Objeto da Economia Laboral

O trabalho é de caracter avaliativo referente a cadeira de


Economia Laboral a ser entregue no Departamento do
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
orientado pelo:

Docente: MA. Paulo Cardoso

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala – Porto, 2022.
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III

Índice

Introdução ............................................................................................................................... 4

I. Economia do trabalho .......................................................................................................... 5

1.1. O mercado de trabalho ..................................................................................................... 5

1.2. Interpretações clássicas do mercado de trabalho ............................................................. 6

2. Funcionamento do mercado de trabalho ............................................................................. 7

2.1. Os mercados e o dinheiro................................................................................................. 7

2.2. Os mercados e os preços .................................................................................................. 7

2.3. Demanda .......................................................................................................................... 7

2.4. A oferta ............................................................................................................................ 8

2.5. O equilíbrio de mercado................................................................................................... 9

2.6. A alocação de recursos e o sistema de economia de mercado ......................................... 9

2.7. As fases do processo de alocação de recursos ............................................................... 10

3. Análise do contexto moçambicano ................................................................................... 10

Conclusão.............................................................................................................................. 12

Referências bibliográficas..................................................................................................... 13
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Introdução

O presente trabalho tem como finalidade apresentar uma abordagem acerca da temática objeto
da economia de trabalho, onde far-se-á uma abordagem empírico a respeito do funcionamento
do mercado, interpretações clássicas do mercado de trabalho, os conceitos de mercados e
dinheiro, mercados e os preços, demanda, oferta, equilíbrio de mercado, alocação de recursos
e fases do processo de alocação de recursos. Este trabalho tem como objetivo principal
descrever o objeto da economia de trabalho.

O trabalho é uma mercadoria fornecida por trabalhadores, geralmente em troca de um salário


pago por empresas. Como os trabalhadores e as firmas existem como parte de um sistema social,
institucional e político, a economia do trabalho também deve levar em conta as variáveis
sociais, culturais e políticas.

As diferentes definições do que seria mercado de trabalho, as diversas teorias explicativas do


seu funcionamento, as inúmeras formas que assume a sua organização, são indicadores de que
não se pode atuar de maneira estática sobre ele. Em outras palavras, assumir como verdadeira
uma determinada definição ou adotar uma única corrente teórica para explicar as diferenças de
funcionamento do mercado, implica em negar todas as outras possibilidades.

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográficas de diferentes artigos


de modo a obter bases teóricas que sustentem o tema em abordagem.

Como estrutura o trabalho comporta elementos pré textuais composta por capa, contra capa,
índice; elementos textuais: introdução desenvolvimento e conclusão e elementos pós textuais:
referências bibliográficas.
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I. Economia do trabalho

A economia do trabalho é o ramo da economia que procura compreender o funcionamento e a


dinâmica dos mercados de trabalho assalariado, assim como a influência dos aspectos
macroeconómicos no mercado de trabalho.

O trabalho é uma mercadoria fornecida por trabalhadores, geralmente em troca de um salário


pago por empresas. Como os trabalhadores e as firmas existem como parte de um sistema social,
institucional e político, a economia do trabalho também deve levar em conta as variáveis
sociais, culturais e políticas. (Tarling, 1987)

1.1. O mercado de trabalho

Pode ser definido a partir da relação entre aqueles que procuram emprego e aqueles que
oferecem emprego num sistema típico de mercado onde se negocia para determinar os preços
e quantidades de um bem, o trabalho. O seu estudo procura perceber e prever os fenômenos de
interação entre esses dois grupos, tendo em conta a situação econômica e social do país, região
ou cidade.

As diferentes definições do que seria mercado de trabalho, as diversas teorias explicativas do


seu funcionamento, as inúmeras formas que assume a sua organização são indicadores de que
não se pode atuar de maneira estática sobre ele. Em outras palavras, assumir como verdadeira
uma determinada definição ou adotar uma única corrente teórica para explicar as diferenças de
funcionamento do mercado, implica em negar todas as outras possibilidades (Senai 1, 1991, p.
11).

Portanto, de uma forma bastante ampla, o mercado de trabalho apresenta-se como:

A compra e venda de mão-de-obra, representando o lócus onde trabalhadores


e empresários se confrontam e, dentro de um processo de negociações coletivas
que ocorre algumas vezes com a interferência do Estado, determinam
conjuntamente os níveis de salários, o nível de emprego, as condições de
trabalho e os demais aspectos relativos às relações entre capital e trabalho
(Chahad, 1998, p. 403).

Segundo Chahad (1998), o mercado de trabalho assim definido, denomina-se mercado formal
de trabalho, o qual se caracteriza pelas relações contratuais de trabalho, em grande parte
determinadas pelas forças de mercado, e regulamentado através de legislação específica. Em
contraposição, existe o chamado mercado informal de trabalho, o qual se caracteriza perante as
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instituições do país como ilegal, na medida em que atua às margens das legislações tributárias
e trabalhista.

O mercado de trabalho formal pressupõe a existência de empregadores que utilizam, em larga


escala, mão-de-obra assalariada; o mercado de trabalho informal contempla um grande elenco
de situações de trabalho, desde o chamado subemprego (vendedores ambulantes, biscateiros,
empregadas domésticas sem carteira assinada, etc.) até os proprietários de empresa familiar sem
remuneração fixa e os trabalhadores por conta própria ou autônomos sem registro (Senai, 1991,
p. 13-14)

1.2. Interpretações clássicas do mercado de trabalho

Adam Smith, economista clássico, faz as primeiras referências ao mercadode trabalho no final
do século XVIII. Nesta perspectiva, o funcionamento do mercado de trabalho é idêntico aos
demais mercados, podendo ser verificados comportamentos econômicos de firmas e indivíduos
que buscam maximizar seu bem-estar e onde as funções da oferta e demanda de emprego
dependem do nível de salário.

Caso exista algum desajuste entre oferta e demanda, se todos os trabalhadores não encontram
um trabalho, é porque o nível dos salários está muito alto. A empresa tende a contratar
trabalhadores enquanto seu custo marginal é inferior à produtividade marginal do trabalho.

A baixa do custo do trabalho se traduz então por um crescimento da oferta de emprego. A


intervenção de sindicatos, convenções coletivas etc., influenciam o nível dos salários reais que
se afastam dos parâmetros de equilíbrio, gerando, dessa forma, desemprego (Brémond e
Gélédan, 1984).

No sentido clássico, o trabalho é um produto, no qual os trabalhadores são vendedores, os


empregadores atuam como compradores, os salários são considerados, o preço e o mercado de
trabalho representam o espaço onde ocorrem estas transações. As diferenças de preço entre
companhias serão reduzidas com o livre deslocamento dos trabalhadores entre organizações,
o que permite que, eventualmente, se alcance o equilíbrio dos salários em todo o mercado. Este
arranjo está inserido no sistema mais amplo da produção capitalista, cumprindo duas funções:
aloca os trabalhadores de uma sociedade em diferentes espaços produtivos e assegura renda
àqueles que participam desta relação (Horn, 2006).
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2. Funcionamento do mercado de trabalho

Existem três tipos de fluxos no mercado, o de bens e serviços, o dos fatores produtivos e o dos
pagamentos monetários. No primeiro caso estão as empresas que fornecem bens e serviços
aos consumidores. No segundo estão as famílias (consumidores) que utilizamos bens e serviços
oferecidos pelas empresas e fornecem fatores produtivos (terra, trabalho e capital) àquelas
empresas. Por fim temos o fluxo dos pagamentos monetários, feitos pelos consumidos às
empresas pela aquisição ou uso de bens e serviços e das empresas às famílias pela contratação
dos fatores produtivos fornecidos por estes. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

Todavia, o essencial de todo mercado é que os compradores e vendedores de qualquer bem ou


serviço entram livremente em contato para comercializá-lo. Sempre que isso ocorre, podemos
dizer que estamos diante de um mercado.

2.1. Os mercados e o dinheiro

No sistema econômico atual, o mercado funciona como um ciclo de consumo através de um


intercâmbio indireto de bens e serviços. O sujeito troca seu trabalho por dinheiro, depois troca
seu dinheiro por um bem ou serviço. A empresa que vendeu este bem ou serviço recebe o
dinheiro do sujeito, parte deste dinheiro paga quem forneceu a mercadoria, outra parte faz o
pagamento dos custos da mercadoria, onde se inclui o pagamento do funcionário, impostos etc.
e uma terceira parte fica com a empresa como lucro. O funcionário desta empresa, por sua vez,
vai comprar outros bens ou serviços e assim por diante. Uma vez que o dinheiro entra em
circulação, permanece no mercado, somente trocando de mãos. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

2.2. Os mercados e os preços

A economia de mercado funciona através do jogo da oferta e da procura de bens ou serviços


individuais. O preço de um bem ou serviço é o valor da sua troca por dinheiro. Os demandantes
e os ofertantes acordam sobre o preço do produto ou do serviço, finalizando a negociação com
a troca do bem ou serviço pela quantidade de dinheiro acertada. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

2.3. Demanda

Demanda é quantidade de bens e serviços que um consumidor deseja e está disposto a consumir
num determinado momento e a um determinado preço. Quanto maior o preço de um
bem, menor será a procura por esse bem no mercado. Alternativamente, quanto menor o preço,
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maior será o número de unidades demandadas. A variação de preços age diretamente no


comportamento da demanda, acarretando o que chamamos de efeitos renda e substituição.
(Oliveira, Pires & Santos, 2006)

O efeito renda ocorrerá em função da variação no consumo de determinado bem ou serviço,


provocada pelo aumento ou diminuição do poder aquisitivo.

O efeito substituição ocorre quando no momento da compra há uma substituição de um bem ou


serviço que teve seu preço aumentado no mercado, por um similar que manteve seu preço ou
está mais acessível.

Além do preço, vários outros fatores influenciam a demanda, entre elas temos o gosto ou
preferência do consumidor, renda, quantidade do bem, continua inovação tecnológica, entre
outras. Para simplificar a exposição, suponhamos que todos esses fatores, excetuando o
preço, permaneçam constantes. Neste caso, obtemos o que se denomina em economia de curva
de demanda individual, isto é, a relação existente entre o preço e a sua quantidade
demandada, por parte de um indivíduo, durante um período de tempo determinado. (Oliveira,
Pires & Santos, 2006)

Se somarmos para cada preço as quantidades de bens que cada um dos indivíduos estaria
disposto a comprar, obtemos a curva de demanda de mercado de bens. A curva de demanda de
mercado mostra a relação entre a quantidade demandada de um bem por todos os indivíduos e
seu preço, mantendo constantes outros fatores.

O conceito de demanda é fundamental para as empresas planejarem as quantidades que serão


disponibilizadas ao consumidor, bem como para estimarem de quanto serão suas receitas
futuras.

2.4. A oferta

A oferta de um produto é definida como o conjunto das diversas quantidades que os produtores
desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo, por determinado preço. O lado
da oferta de um mercado refere-se à disposição e à capacidade dos produtores de oferecer certas
quantidades de um determinado item. A quantidade de um item que qualquer vendedor ou
grupo de vendedores decide por à venda no mercado em um ponto qualquer do tempo é sempre
condicionada por vários fatores (custos, condições de concorrência, capacidade tecnológica,
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expectativas a respeito das condições futuras de mercado etc.), mas o preço é um fator muito
importante e sempre presente. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

Na maioria dos casos, quanto maior o preço de um item, maior a disposição dos vendedores
em oferecer produtos para a venda, mantidos constantes todos os demais fatores. A razão para
isso é que os vendedores consideram mais lucrativo intensificar os esforços de produção quando
o preço é alto, em comparação a quando o preço é baixo.

Entretanto, a lei da oferta não é tão absoluta como a lei da demanda; há circunstâncias em que
a quantidade oferecida aumenta mesmo quando os preços permanecem constantes e, em certas
ocasiões, a quantidade oferecida é constante no curto prazo e é a mesma, independentemente
de o preço aumentar ou diminuir. No entanto, as condições normais de oferta são aquelas em
que os vendedores irão tornar um bem mais disponível quando o preço é alto do que quando
o preço é baixo. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

2.5. O equilíbrio de mercado.

Dizemos que há um equilíbrio de mercado quando preço, demanda e oferta se igualam. Para
isso ocorrer é necessário fazer um estudo das curvas de demanda e das curvas de oferta,
procedendo por tentativa e por erro. O equilíbrio de mercado se subdivide em preço de
equilíbrio e quantidade de equilíbrio. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

O preço de equilíbrio se dá quando a quantidade de demanda é a mesma que a quantidade de


oferta. Costuma-se dizer que o preço de equilíbrio zera o mercado. Quantidade de equilíbrio é
a quantidade demandada e oferecida.

Na situação de equilíbrio, dizemos que quando se tem muita demanda, há um excesso de


oferta, então o produto não é totalmente vendido fazendo com que a concorrência baixe o preço
final para o consumidor. Porém quando há um excesso de demanda, e a oferta é muito pequena,
para os compradores não ficarem no prejuízo tendem à aumentar o preço final para o
consumidor.

2.6. A alocação de recursos e o sistema de economia de mercado

Os consumidores após escolherem os bens desejados, dirigem-se ao mercado com suas rendas
e hábitos determinados a comprar os bens e maximizar suas satisfações; do outro lado os
produtores ofertam os bens no mercado, considerando seus custos de produção, a fim de
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maximizar seu lucro total. Isso mostra que os preços dos bens ou dos fatores de produção são
determinados nos mercados pelas forças atuantes da oferta e da demanda, tanto dos
consumidores como das empresas. (Oliveira, Pires & Santos, 2006)

2.7. As fases do processo de alocação de recursos

O processo de alocação de recursos se desenvolve mediante as três fases seguintes:

Que bens serão produzidos – será decidido pela demanda dos consumidores na demanda. O
dinheiro pago aos vendedores será redistribuído em forma de renda (salários, juros ou
dividendos) aos consumidores. Estes sempre procurarão maximizar a utilidade ou satisfação.

Como produzir – é determinado pela concorrência entre produtores. O método de fabricação


mais eficiente ou mais barato deslocara o ineficiente e o mais caro e sobrevivera no mercado
produtor. O objetivo do produtor será sempre o de maximizar lucros.

Para quem produzir - será determinado pela oferta e demanda no mercado de fatores de
produção: por salários, juros, aluguéis, e lucros, que, em conjunto, formam as rendas
individuais, relativas a cada serviço e ao conjunto de serviços. A produção destina-se a quem
tem renda para pagar, e o preço é o instrumento de exclusão.

3. Análise do contexto moçambicano

O mercado de emprego esta interagindo com pessoas que procuram emprego especializado ou
não especializado (mão-de-obra) e Empresas (pessoas jurídicas) que oferecem emprego num
sistema econômico capitalista, tendo uma função de mercado, local ou cenário onde
se pode comprar ou vender produtos e serviços. A procura e a oferta destes elementos é quefa
zem o mercado de trabalho dentro de um momento, suscitando um desenvolvimento social
(Ministério do Trabalho, 2009).

O índice de desemprego é alto em Moçambique e atinge principalmente os jovens que


pretendem ingressar ao mercado de trabalho pela primeira vez, indica um relatório da
Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM), o maior movimento sindical do país.

A informação estatística (quantitativa e qualitativa) sobre mercados de trabalho é central para


o entendimento de dinâmicas socioeconómicas mais amplas nas quais o trabalho encontra-se
organicamente integrado. Entretanto, em Moçambique, as estatísticas não captam informação
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ampla sobre mercados de trabalho, diversidade de formas de recrutamento, emprego e


dependência do trabalho assalariado, sobre o leque heterogéneo de actividades de sobrevivência
das famílias rurais e a dependência que essa estrutura de ocupação e rendimento tem do trabalho
assalariado, nem sobre as condições de emprego ou mobilidade ocupacional das pessoas.

Contudo, ao se olhar para a organização social do trabalho, dos modos de vida e das estruturas
produtivas em Moçambique, o trabalho assalariado rural, desenvolvido em formas temporárias
(eventual e sazonal) e em condições diferenciadas e precárias, mostra-se predominante e
relevante nas zonas rurais do país.

A interdependência entre produção familiar e trabalho assalariado, entre outras múltiplas


formas de trabalho, permanece no contexto da estrutura produtiva extrativa prevalecente em
Moçambique, concentrada e com fracas ligações domésticas, especializada em processos
primários de produção e mercadorias com fraco processamento para exportação, incapaz de
gerar bens e serviços básicos de consumo que são necessários para o sustento e reprodução
social da força de trabalho e dependente de produtos processados importados.

Não há um inquérito oficial contínuo com foco sobre características laborais que permita
analisar amplamente os padrões e tendências dos mercados de trabalho e emprego no país. As
estatísticas sobre trabalho e emprego são, geralmente, obtidas de módulos curtos sobre emprego
no Censo da População e no inquérito ao Orçamento Familiar (IOF), que é focado na recolha
de informação sobre o consumo para estimativas da pobreza, e no qual se baseia o recente
Boletim Informativo do Mercado de Trabalho.

O trabalho, o emprego e a transformação das suas condições sociais devem ser analisados, no
quadro da organização mais ampla das estruturas produtivas e dos modos de vida prevalecentes.
O interesse em uma análise mais aprofundada da questão é reforçado ao considerar que a força
de trabalho não é um simples activo e mercados de trabalho são centrais no sistema social de
acumulação, inter alia, pelas ligações, relações sociais, oportunidades, condições de reprodução
que estimulam entre diferentes agentes e actividades na economia.
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Conclusão

Chegado a esta fase do trabalho, importa salientar com base o apresentado


anteriormente que a economia laboral consiste em estudar ou procura entender
como o funcionamento do mercado funciona. De salientar que o funcionamento da
economia de mercado na sociedade funciona, perante uma perspectiva econômica, nas leis de
oferta e procura. A essência da economia de mercado é que nela tudo se converte em bens e
serviços com um valor e que sua oferta está sujeita a mudanças de preço.

Os preços no mercado de trabalho são considerados como o valor da sua troca por dinheiro, os
demandantes, assim como os ofertantes entram em concordância sobre o preço do produto ou
do serviço. Os sujeitos por sua vez trocam seu trabalho por dinheiro, depois troca seu dinheiro
por um bem ou serviço. A empresa que vendeu este bem ou serviço recebe o dinheiro do sujeito,
parte deste dinheiro paga quem forneceu a mercadoria, outra parte faz o pagamento dos custos
da mercadoria, onde se inclui o pagamento do funcionário, impostos etc. e uma terceira parte
fica com a empresa como lucro.

Os consumidores após escolherem os bens desejados, dirigem-se ao mercado com suas rendas
e hábitos determinados a comprar os bens e maximizar suas satisfações; do outro lado os
produtores ofertam os bens no mercado, considerando seus custos de produção, a fim de
maximizar seu lucro total. Isso mostra que os preços dos bens ou dos fatores de produção são
determinados nos mercados pelas forças atuantes da oferta e da demanda, tanto dos
consumidores como das empresas.

O estudo dos mercados de trabalho em Moçambique tem de incluir o trabalho não remunerado
e outras formas de trabalho informalmente subordinadas ao capital, que tem sido parte
fundamental da reprodução da força de trabalho e do capital, desde o período colonial até
actualmente.
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Referências bibliográficas

Brémond, J; Gélédan, A. (1984). Dictionnaire des theories et mécanismes éco-nomiques. Paris:


Hatier Paris.

Chahad, J. P. Z. (1998). Mercado de trabalho: conceitos, definições e funcionamento. In: Pinho,


D. B; Vasconcellos, M. A. S. de (Org). Manual de Economia. (3.ed). São Paulo: Saraiva, p.
403-455.

Horn, C. H. (2006). Mercado de trabalho. In: Cattani, A. D, Hol-Zmann, L. Dicionário de


trabalho e tecnologia. Porto Alegre: UFRGS.

Oliveira, J. F. de, Pires, M. C. Santos, S. A. (2006). Economia para Administradores. Editora


saraiva, São Paulo

Senai, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. (1991). Mercado de Trabalho. Rio de


Janeiro: SENAI.

Tarling R. (1987) Labour Markets. In: Palgrave Macmillan (eds) The New Palgrave Dictionary
of Economics. Palgrave Macmillan, London.

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