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@graduanda.em.direito 1
2019.2
teorias da pena
Teorias da pena (legitimadoras)
Teoria relativa: justifica a pena privativa pois funciona como uma prevenção
: (I) Geral, prendendo o criminoso para que a sociedade não cometa crime e
(II) Especial, para que o criminoso não cometa crimes.
Teorias deslegitimadoras
Pena de multa
1. Princípios correlatos
1.1 Individualização da pena: o delito forma um molde abstrato que pode ser
aplicado a varias condutas, mas, cada pena deve ser medida no caso
concreto. Todas as particularidades devem ser levadas em conta.
1.2 Intrancendencia das penas: a pena não passara da pessoa do condenado,
ressalvando o dever de reparação do dano.
1.3 Ne bis in idem: é vedado o duplo processo em virtude do mesmo fato.
Exemplo: não se pode agravar a pena do aborto porque é crime cometido
contra a mulher gravida.
1.4 Humanização/Humanidade das penas: Não haverá penas de morte, salvo
em caso de guerra declarada, além disso também não haverá penas de
caráter perpetuo, de trabalhos forçados, de banimento e cruéis.
Sistemas prisionais
primeira fase
Pena cominada: definida pelo legislador para um determinado delito. Sempre
se traduz como um limite mínimo e um limite máximo da dosimetria. O juiz vai
verificar se a conduta é simples, qualificada ou privilegiado. O tipo simples é do
caput, forma base do delito. Se um novo preceito secundário é colocado pelo
legislador, precisa-se verificar se é um titulo privilegiado (pena menor) ou
qualificado (pena maior). Tecnicamente não existe crimes duplamente ou
triplamente qualificados, quando juiz qualifica, ele qualifica uma vez so, mesmo
que incida mais de uma qualificadora, mas, para que o juiz faça valer a
individualidade da pena, o juiz tem que escolher uma qualificadora
(normalmente a mais grave), uma vez elegida essa, serão utilizadas como
Anna Catharina Garcia
Fixação da pena Cálculo da pena
@graduanda.em.direito 7
2019.2
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos Art. 68 - A pena-base será fixada
antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos atendendo-se ao critério do art. 59 deste
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como Código; em seguida serão consideradas as
ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja circunstâncias atenuantes e agravantes;
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: por último, as causas de diminuição e de
aumento.
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas
Parágrafo único - No concurso de
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites causas de aumento ou de diminuição
previstos; previstas na parte especial, pode o juiz
limitar-se a um só aumento ou a uma só
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de diminuição, prevalecendo, todavia, a
liberdade; causa que mais aumente ou diminua.
Anna Catharina Garcia
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2019.2
Circunstancia judicial
Circunstancia legal
Majorantes e minorantes Art. 50. Exposição de
motivos: Fez-se referência
expressa ao comportamento
da vítima, erigido, muitas
vezes, em fator criminógeno,
por constituir-se em provação
Comportamento da vitima: Exposto no art 50 da exposição de ou estímulo à conduta
motivos das reformas do CP = o legislador coloca o criminosa, como, entre outras
comportamento da vitima como fator criminogeno e como modalidades, o pouco recato
da vítima nos crimes contra os
“exemplo” no crime de estupro, ele legitima a culpabilização da
costumes.
vitima no crime de estupro, perguntando a roupa da vitima, se
ela era sexualmente ativa...; Jurisprudencialmente se entende Sumula 241 do STJ: A
que o comportamento da vitima vai ser favorável (estimulou o reincidência penal não pode
crime), neutra (não influenciou o crime), mas nunca ser considerada como
circunstância agravante e,
desfavorável. Exemplo: uma vitima que lutou com o agressor
simultaneamente, como
para que ele não a estuprasse, isso não vai poder ser circunstância judicial.
interpretado como uma circunstancia desfavorável.
6. OBS: A sumula 241 do STJ prevê que uma mesma sentença Sumula 231 do STJ: A
condenatória não pode ser simultaneamente considerada incidência da circunstância
atenuante não pode conduzir
para gerar reincidência e maus antecedentes, ou seja, vai
à redução da pena abaixo do
preferencialmente ser usada como a reincidência. mínimo legal.
Anna Catharina Garcia
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2019.2
da pena provisória, que a incidência de atenuante não poderá II - ter o agente cometido o crime:
leval à redução a pena provisória em patamar abaixo do mínimo
a) por motivo fútil ou torpe;
legal, o mesmo raciocínio também é aplicado no tratamento da
pena base. Exemplo: Se estou diante de um crime com pena b) para facilitar ou assegurar a execução,
a ocultação, a impunidade ou vantagem
cominada em 1 a 4 anos = Se, todas as circunstancias judiciais de outro crime;
forem (I) favoráveis, a pena base vai ser 1 ano, se (II) neutras,
c) à traição, de emboscada, ou mediante
também 1, se há circunstancias (III) favoráveis e desfavoráveis a dissimulação, ou outro recurso que
pena é maior igual a 1, e se são (IV) todas desfavoráveis a pena é dificultou ou tornou impossível a defesa
do ofendido;
necessariamente > do que 1. Há muitos entendimentos da
doutrina sobre a dosimetria de pena, mas, o que se coloca d) com emprego de veneno, fogo,
explosivo, tortura ou outro meio
jurisprudencialmente é que a pena base devera se aproximar ao insidioso ou cruel, ou de que podia
resultar perigo comum;
máximo da previsão mínima legal, pois, ainda há muitas fases a
serem valoradas, para não gerar penas exorbitantes. e) contra ascendente, descendente,
irmão ou cônjuge;
l) em estado de embriaguez
preordenada.
segunda fase
Circunstancias legais: art 61 a 65
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 10
2019.2
Reincidência
Resposta: Ele será considerado réu primário pois não há crime novo após o
transito em julgado e possuidor de maus antecedentes, uma vez que existe contra
ele uma sentença penal condenatória transitada em julgado.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 12
2019.2
Art. 7º da LCP:
1.2.4 Reincidência nas contravenções penais: Esta na LCP, art Verifica-se a reincidência
7º = também pressupõe sentença condenatória quando o agente pratica
transitada em julgado, seja essa primeira condenação uma contravenção depois
por crime ou por contravenção penal, desde que essa de passar em julgado a
também seja considerado assim no BR. sentença que o tenha
condenado, no Brasil ou
no estrangeiro, por
qualquer crime, ou, no
Brasil, por motivo de
contravenção
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 15
2019.2
filha.
2.5 Inciso III alínea b: Se aproxima muito do art 15 (arrependimento
eficaz e desistência voluntaria), mas, aqui o delito foi consumado.
Exemplo: Um sujeito começa esfaqueando o outro mas no meio da
execução se arrepende e leva a vitima para o hospital, mas, mesmo
assim a vitima morre. A reparação do dano vai se aproximar do art 16
(arrependimento posterior), mas, essa reparação ocorreu após o
recebimento da denuncia ou em crime com violência/ grave ameaça.
Exemplo: O assaltante (o assalto em si é um crime violento) que repara
o dano.
2.6 Inciso III alínea c: Coação moral resistível, é a situação em que não
se encaixa nos requisitos do art 22,que é da coação moral irresistível.
2.6.1 OBS: Lembrar que o art 22 é somente para agente públicos, mas,
nessa situação abrange relações privadas.
2.6.2 OBS2: A forte emoção, apesar de não excluir a imputabilidade
penal (art 28, I), mas, o código vai coloca-la como atenuante.
2.7 Inciso III alínea d: Confissão espontânea perante
autoridade. Ou seja, aquelas confissões que foram
interceptadas, se não for confirmada por ele, não será
considerada. Esse artigo visa abonar o agente que tem Art. 155 do CPP. O juiz
formará sua convicção pela
facilitar o andamento da investigação. Exemplo: O
livre apreciação da prova
sujeito, perante autoridade policial confessa o crime (sem produzida em contraditório
advogado, sem saber seus direitos...) e então, perante o judicial, não podendo
juiz, se retrata de sua confissão, mas, mesmo assim o juiz fundamentar sua decisão
o condena . OBS: Art 155 do CPP diz que o juiz não vai exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na
poder fundamentar sua convicção apenas nos elementos
investigação, ressalvadas as
informativos do inquérito, mas pode com os elementos provas cautelares, não
do processo, então, nessa condenação pode usar pelo repetíveis e antecipadas.
menos parte dos elementos do inquérito? Os tribunais
colocam que os elementos repetíveis do inquérito podem Súmula 545 do
ser usados, desde que, a decisão não se baseie somente STJ. Quando a confissão for
utilizada para a formação do
nisso. Mas, uma vez feito isso, poderia se utilizar da
convencimento do julgador, o
confissão feita em primeiro momento, como atenuante réu fará jus à atenuante
de pena? A matéria foi sumulada pelo STJ na sumula 545, prevista no art. 65, III, d, do
e diz que uma vez que a confissão que depois foi negada, Código Penal.
mas mesmo assim o juiz condena, ele fica obrigado a
atenuar a pena como atenuante.
2.7.1 O processo penal divide a confissão em: (I)
simples e (II) qualificada. A qualificada é associada
necessariamente a uma tese defensiva, o CPP o define como:
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 19
2019.2
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 23
2019.2
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 25
2019.2
8.1 Se a condenação for a uma pena menor ou iguala 1 ano: Substituida por
multa OU restritiva de direitos.
8.2 Se a condenação for uma pena maior do que 1 ano: O megistrado vai
substituir essa condenação por uma restritiva + multa OU por duas
restritivas.
8.3 OBS1: O juiz ainda tem que justificar porque esta escolhendo aquela
espécie da restritiva de direitos.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 26
2019.2
Art. 55. As penas restritivas de
direitos referidas nos incisos III,
Conversão: como regra geral, o tempo das restritivas vai durar o
IV, V e VI do art. 43 terão a
mesmo das privativas de liberdade. Previsto no art 55 do CP. mesma duração da pena
1. Exceções: privativa de liberdade
1.1 Prestação pecuniária: é paga de uma vez só. substituída, ressalvado o
o
1.2 Perda de bens e valores: pela sua própria natureza, disposto no § 4 do art. 46.
nesse caso, elas não poder ter a mesma duração da pena Art. 46. A prestação de
privativa de liberdade. serviços à comunidade ou a
1.3 Prestação de serviços a comunidade: Em regra, a regra entidades públicas é aplicável às
geral continua sendo essa, mas o legislador FACULTA ao condenações superiores a seis
meses de privação da liberdade.
condenado há mais de um ano o aumento da sua
jornada de trabalho para diminuir o tempo de o
§ 3 As tarefas a que se
o
comprimento da prestação de serviços, sendo que, o Art refere o § 1 serão atribuídas
46 §3º coloca que será uma hora de tarefa a cada dia e conforme as aptidões do
condenado, devendo ser
que, o abatimento máximo desse tempo será de 50%. cumpridas à razão de uma hora
Prevista no art 46 §4º. Exemplo: condenados de 1 ano de tarefa por dia de
condenação, fixadas de modo a
podem encurtar o tempo a ate 6 meses.
não prejudicar a jornada normal
2. A conversão também diz respeito ao eventual de trabalho.
descumprimento, transformando uma pena que era
o
§ 4 Se a pena substituída
restritiva de direitos em restritiva de liberdade: Há essa
for superior a um ano, é
conversão quando há um descumprimento injustificado = facultado ao condenado cumprir
art 44 §4º. a pena substitutiva em menor
tempo (art. 55), nunca inferior à
2.1 Abata-se tempo cumprido da restritiva de direitos. metade da pena privativa de
2.2 Deve haver um saldo mínimo de prisão de 30 dias. liberdade fixada.
Exemplo: se o agente descumpre os últimos 5 dias da
sua privativa de direitos, ele será obrigado a ficar 30 dias Art. 45. Na aplicação da
substituição prevista no artigo
preso. Mas, se faltassem 50 dias, ele ficaria os 50. anterior, proceder-se-á na forma
Prestação pecuniária: Art 45 §1º deste e dos arts. 46, 47 e 48.
1. Pagamento feito em dinheiro, em tese, somente a vista, não o
§ 1 A prestação pecuniária
há previsão legal para parcelamento, mas, o juiz pode fazer consiste no pagamento em
se quiser. dinheiro à vítima, a seus
dependentes ou a entidade
2. Quem pode ser beneficiado? O entendimento doutrinário é pública ou privada com
que deve ser seguida a ORDEM do art 45, ou seja: Vitimas -> destinação social, de
dependentes -> entidades. importância fixada pelo juiz, não
inferior a 1 (um) salário mínimo
3. Limites do valor: Entre 1 e 360 salários mínimos vigentes ao nem superior a 360 (trezentos e
tempo do fato, e não da condenação (doutrina). Há a sessenta) salários mínimos. O
valor pago será deduzido do
possibilidade de abatimento na condenação de reparação
montante de eventual
civil, mas isso so vai poder ser feito se forem os mesmos condenação em ação de
destinatários do valor. reparação civil, se coincidentes
os beneficiários.
4. Substituição: Se o beneficiário aceitar, pode haver o
pagamento em outra pecúnia que não o dinheiro. o
§ 2 No caso do parágrafo
anterior, se houver aceitação do
beneficiário, a prestação
pecuniária pode consistir em
prestação de outra natureza.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 27
2019.2
5. O não pagamento injustificado da prestação pecuniária pode Prestação de serviços à
ser convertido em prisão? Não seria prisão por divida? comunidade ou a entidades
públicas
Prestação de serviços a comunidade: Art 46
1. Requisitos: Art. 46. A prestação de
1.1 Condenação superior a 6 meses de privação de liberdade serviços à comunidade ou a
entidades públicas é aplicável
1.2 MAS A CF NÃO PROIBE PENAS DE TRABALHOS FORÇADOS? às condenações superiores a
A doutrina entendeu que não seria o caso pois é uma seis meses de privação da
opção, ele pode não fazer o trabalho já que o sujeito pode liberdade.
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução
não tenha sido suspensa.
2. Tem que ser temporário pois, a CF veda penas de caráter perpetuo. Dura o
tempo da condenação.
3. O rol do artigo é exaustivo.
Interdição temporária de direitos
Sistema penal paralelo –
Zaffaroni: Formalmente, não
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: são direito penal, mas
materialmente eles são e
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, acabam querendo ser mais
bem como de mandato eletivo; graves do que o direito penal.
Como por exemplo, no caso
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que do advogado que se apropria
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder in debita do dinheiro do
público; // Como por exemplo nos casos de advogados que cometem cliente, independente da sua
crime de apropriação in debita. pena penal, a OAB o retira do
seu quadro de advogados
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. aquele que cometeu o crime,
por tempo indeterminado,
IV – proibição de frequentar determinados lugares. mas, existe uma previsão
constitucional contraria,
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame então, a OAB esta procurando
públicos. se adequar pois a pena não
pode ser perpetua.
LEP
LEP
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 29
2019.2
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá
determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e
reeducação.
Critérios: Art 33 do CP
§ 1º - Considera-se:
RECLUSÃO → Julgada por crime. O regime inicial pode ser: (I) Fechado; (II) Semi aberto;
(III) Aberto
DETENÇÃO → Julgado um crime. O regime inicial pode ser: (I) Semi aberto; (II) Aberto
PRISÃO SIMPLES → Julgado por contravenção. O regime inicial pode ser: (I) Semi
aberto; (II) Aberto
OBS: DETENÇÃO ≠ PRISAO SIMPLES, pois, na detenção caberá regressão para o regime
FECHADO, mas na prisão simples não cabe.
PENA > 8 ANOS → Necessariamente (punido com reclusão) o regime inicial será o
fechado. Se for detenção/prisão simples, será aplicado o semi aberto.
4 ANOS < PENA ≤ 8 ANOS + NÃO REINCIDENTE → Poderá ser aplicado o regime inicial
semi aberto (OBS: Esse poderá quer dizer que, poderá também ser aplicado regime
mais GRAVOSO, dependendo das circunstancias judiciais, mas, não mais brando).
PENA ≤ 4 ANOS + NÃO REINCIDENTE → Poderá ser aplicado regime inicial aberto ( se as
circunstancias judiciais forem mais gravosas, poderá ser aplicado regime mais
gravoso).
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 33
2019.2
SUMULA 719 STF. A
ATIVIDADE: FIXE O REGIME INCIAL DE CUMRIMENTO DE PENA
imposição do regime de
cumprimento mais severo do
que a pena aplicada permitir
exige motivação idônea.
Joao, reincidente, foi condenado a 5 ano de reclusão.
SUMULA 718 STF. A
R: FECHADO, se fosse primario, dava pra por no semi.
opinião do julgador sobre a
gravidade em abstrato do
crime não constitui motivação
Joao primário foi condenado a detenção de 9 anos idônea para a imposição de
R: Semi aberto. regime mais severo do que o
permitido segundo a pena
aplicada.
Joao, reincidente, foi condenado a reclusão de 1 ano.
R: Fechado, pela lexis, mas, nesse caso o STJ modificou pela
sumula 269
3. CIRCUNTANCIAS JUDICIAS → Em regra só pioram o regime inicial de
cumprimento de pena. Mas, a sumula 269 muda esse entendimento.
EXEMPLO: Homicídio (6-20 anos) com o sujeito primário e com pena
definitiva de 8 anos, pelo Art 33 se cumprira com regime inicial SEMI
ABERTO.
PARA QUE O REGIME FOSSE FECHADO, teria que ser um crime com situações absurdas
como premeditação e requintes de crueldade.
CRITERIOS DO RE 641.320/RS
Detração/Execução provisória
Detração
Os tribunais superiores admitem detração penal entre processos distintos desde que, o
crime em que HOUVE condenação seja anterior ao período que se pretende detrair
Prisao Transito
Crime preventiva Condenação em
1 de 1 ano : 5 anos julgado 2
NÃO PROMOVE DETRAÇÃO: Data do crime é posterior a prisão preventiva (para não
gerar credito de pena).
*DANIELA: Acha que se houvesse outro crime entre 2007 – 2008 poderia SIM detrair,
não justificaria que o sujeito queria gerar credito de pena e sim porque ele nem sabia
que seria absolvido.
OBS: O sujeito que é preso preventivamente e depois é absolvido não será indenizado
porque teoricamente a prisão provisória é justificada para manter a ordem publica.
OBS2: Pode ser usada como atenuante genérica de pena, mas o tempo que se foi
preso não sera equivalente a ser subtraído da condenação.
≠ EXECUÇÃO PROVISORIA →
Calculo após TJ
A execução provisória também referida como progressão antecipada foi prevista pelo
STF na sumula 716 a fim de impedir que processados experimentassem situação mais
gravosa do que a que eventualmente poderia ser extraída de uma condenação
definitiva, autorizando com isso, a progressão/aplicação imediata de regime mais
brando antes do TJ da condenação.
ISSO NÃO ESTARIA GARANTIDO UMA PRISAO ANTES DO TJ? MESMO QUE
PROVISORIAMENTE? Muitos doutrinadores colocaram que isso o STF responde que
isso estaria beneficiando o réu, pois, a prisão preventiva materialmente falando seria
um regime fechado, e essa progressão na execução antecipada vai permitir que ele
saia durante o dia, por exemplo, teoricamente, surge para BENEFICIAR O REU.
NÃO HÁ INOVAÇÃO EM PRENDER ANTES DO TJ, e sim, porque essa prisão agora esta
sendo prisão PENA e não mais prisão PROCESSUAL. A decisão do STF se deu no
julgamento do HC 126292, após o qual, o PEN (Partido nacional ecológico) + CFOAB
(Conselho federal da OAB) ingressaram com as ADCs numero 43 e 44, cujas liminares
pleiteadas foram indeferidas pelo STF. O julgamento das ADCs e do HC foram muito
controversas, inclusive, o ministro Barroso disse que seria uma mutação
constitucional, já os outros ministros vão REINTERPRETAR o sentido do TJ da CF, em
que, por não haver mais analise de fatos do processo após a segunda instancia, logo,
poderia sim haver a prisão pena após a condenação em 2ª instancia.
Essa prisão processual tem algumas espécies, mas, a mais comum é a prisão preventiva
que tem como requisitos:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o
preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar
bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento,
respeitadas as normas que vedam a progressão. // REGRA GERAL = Progressão
após o cumprimento de 1/6 de pena (critério OBJETIVO) + Bom comportamento
(critério SUBJETIVO)
APÓS A SUMULA DO STF: Gerou uma nova discussão pois teoricamente fere a
individualização da pena também que quem cometa um crime hedionda, tenha os
mesmos requisitos de progressão dos outros crimes → LEI 11.467/07 ALTERA a lei
dos crimes hediondas e passa a prever um regime inicialmente fechado obrigatorio
para os crimes hediondos + critérios especial de progressão
“Art. 2o
II - fiança.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 38
2019.2
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado.
Ou seja, só ira progredir com 2/5 ou 3/5, quem praticou o crime a partir de 2007. Crime anterior
a isso progredirá com 1/6 do cumprimento de pena.
Atualmente, não há nenhuma lei que preveja o regime integralmente fechado, dado o
entendimento do STF a respeito da matéria, o texto da LCH foi alterado. Mas, o PACOTE ANTI
CRIME de Moro, pretende ressuscitar o regime integralmente fechado.
O STF também já se manifestou sobre o regime inicialmente fechado , ele hoje, acha isso
INSCOSTITUCIONAL, ainda não foi sumulado, é um entendimento presente no julgado do HC
111840/2012, a partir do entendimento pelo trafico de entorpecentes, onde o sujeito era
primário, com 5 anos de pena aplicada, acaba por ficando com um regime obrigatoriamente
inicialmente fechado. Recentemente, o STF reafirmou essa inconstitucionalidade, através do
julgado ARE 1052700/2017.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 39
2019.2
REQUISITOS: (I) Crime s/ violência ou grave ameaça a pessoa + (II) Não ter cometido
o crime contra o filho ou dependente + (III) Já ter cumprido 1/8 da pena no regime
anterior + Ser primário + Ter bom comportamento + Não integrar organização
criminosa.
Art 112 § 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são,
cumulativamente:
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi
submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de
responsabilidade, ao novo regime.
IV - condenada gestante.
OBS = Ela ira admitir a regressão PER SALTUM, que é justamente o caminho inverso.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 41
2019.2
§ 1º - Considera-se:
REGIME SEMI ABERTO: Art 33, §1º b → Cumprido nas colônias agrícolas ou industriais
+ Trabalho diurno (na própria colônia agrícola) e isolamento a noite (esse isolamento
não ocorre, pois a celas não são individuais). // Em regra, o trabalho é interno, mas,
ele não precisa ser em serviços e obras publicas (≠ com o fechado)
REGIME ABERTO: Art 33, §1º c → Cumprido nas casas de albergado ou outro
estabelecimento adequado, é basicamente um lugar pra dormir. Dentro dessas casas,
o trabalho não vai ser interno, o estado não fornece meios para isso, logo, esse
trabalho é SEMPRE externo. Esse regime se baseia na uto disciplina. // Uma vez que o
sujeito é condenado ao regime aberto mas não tem emprego, poderá regredir para o
semi aberto.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e,
quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso
provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar
diferenciado, com as seguintes características:
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas
horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.
Jurisprudência
I - os ministros de Estado;
VI - os magistrados;
Observe também que recentemente foi necessário uma lei em 2017 (alteração do cpp
no art 292) para que vedasse a utilização de algemas durante o trabalho de parto.
pena de multa
Introdução: É uma das espécies de sanção criminal, lembrando
que, sanções penais são: Pena privativa de liberdade/Restritiva de
direitos/multa. A pena de multa goza de autonomia das outras
multas aplicadas em outros ramos do direito, por exemplo, um
crime de transito pode geral uma condenação penal com multa e
uma multa de transito, isso não ira ofender o NE BIS IN IDEM.
Multa
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior
a 5 (cinco) vezes esse salário.
Sistema
bifasico
Quantida
Valor de
de de
cada dia
dias
multa
multa
Observe que na pen privativa de liberdde varia abstratamente de crime para crime,
onde o legislador estabelece no preceito a variação. Mas, a pena de multa tem apenas
essa variação e vai caber ao juiz analisar concretamente a gravidade do delito, mas
perceba que, essa analise da gravidade vai passar por figuras como previlegiadoras,
qualificadoras, majorantes, minorantes... Por isso, a doutrina vai dizer que dentro da
PRIMEIRA FASE DO SISTEMA BIFASICO, será fixado baseado no sistema TRIFASICO das
penas privativas de liberdade, analisando:
Cada dia multa terá o valor de 1/30 – 5 salarios mínimos vigente ao tempo do FATO
Assim, o resultado final do valor da pena de multa vai ser: QUANTIDADE DE DIAS X
VALOR DE CADA DIA.
Uma vez cominada a pena de multa, quando ela for executada, o valor será atualizado.
Art 49. § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de
correção monetária.
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em
julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz
pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. // A lei não estipula
um limite máximo de parcelas
a) aplicada isoladamente;
RESUMO: Paga em 10 dias após o TJ + Pode ser parcelada se o juiz quer + Pode ser
retirado direto do salario do individuo.
SE O SUJEITO NÃO PAGA: Uma vez concluída a aplicação da pena de multa, ela se
transforma em divida de valor, e ai, toda a sua execução será feita como se dao todas
as outras perante o Estado, por exemplo: Quando se deve o IPTU e não paga, ele ira te
executar. Isso quer dizer, que o não pagamento não vai poder gerar prisão (não gera
prisão por divida)
Prescrição da multa
Uma vez sobrevindo doença mental, o que se supõe é que ele não estará em
condições para pagar essa divida, o que levara os familiares a pagarem, assim, para
garantir que a pena não passara da figura do apenado, o legislador coloca que o
sujeito será encaminhado para o acompanhamento psiquiátrico/internação, e, SE,
cessar a multa voltara a ser cobrada.
Discussões
E SE O SUJEITO FOR DESEMPREGADO? Pode o juiz zerar o valor de cada dia multa ou de
qualquer valor menor a 1/30? NÃO, o mínimo que a doutrina coloca é mesmo o 1/30,
se não tiver como pagar, será inscrito na divida ativa da fazendo publica e acabara
prescrevendo.
SE O SUJEITO FOR MUITO RICO E O LIMITE MAXIMO FIQUE POUCO? Art 60 do CP.
Exercício
QUESTAO 1: Joao foi condenado por furto a uma pena de reclusão de 1 ano e ao
pagamento de 360 dias multa no valor de 5x o salario mínimo cada. Considerando, que
Joao é desempregado e pobre analise em todos os aspectos a fixação da pena de
multa pelo magistrado.
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser
suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
o
§ 2 A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser
suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de
idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
Aplicação
REQUISITOS
REGRA GERAL: Uma pena menor ou igual a dois, vai ser suspensa por um período
menor de dois a quatro (período de prova).
2. DEMAIS REQUISITOS
OBS: Condenação a multa não impede concessão do beneficio, ainda que seja
reincidente doloso. Ou seja, se a primeira condenação foi por multa num crime, o
agente reincide nesse mesmo delito, ele poderá receber o beneficio.
3. OBSERVAÇÕES
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
Anna Catharina Garcia
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2019.2
Condições: Tanto podem ser LEGAIS quanto JUDICIAIS, previsto no art 78 E 79.
Variam se o agente já reparou o dano, uma vez reparado, terá condições
melhores.
↑ condições alternativas ↑
↑ condições cumulativas ↑
É mais para o Estado estar perto do agente, e ele não se ter como foragido.
SE O CRIME NÃO PEDIR RESTRIÇÃO DE LUGAR o juiz pode não colocar, ela esta no
código pois esta muito ligada a violência e grave ameaça. Exemplo: situações de
violência domestica onde o agente esta proibido de frequentar todos os lugares que a
companheira frequenta. Exemplo 2: sujeito que briga em estádio de futebol fica
proibido de frequentar o estádio.
Especies
SURSIS SIMPLES: Aquelas condições previstas para quem NÃO REPAROU O DANO: Art
78 §1º.
SURSIS ESPECIAL: Aquelas condições previstas para quem REPAROU O DANO: Art 78 §
2º.
Todas as podem ser combinadas, ou seja, ele vai ser OU simples OU especial, mas,
pode ser especial/simples + etária por exemplo.
Revogação obrigatória
Perceba que, uma vez revogado, a pena que foi congelada retorna-rá na integra.
Cumprimento: Art 82
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a
pena privativa de liberdade. // Vencido o período de provas sem revogação do
n=beneficio considera-se EXTINTA pena privativa sem cumprimento de pena, mas,
observe que ainda vai caracterizar REINCIDENCIA/ MAUS ANTECEDENTES.
Anna Catharina Garcia
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2019.2
que são os critérios gerais do direito. Lembrando que o critério cronológico nem
sempre a norma mais não prevalece devido ao instituto do in pejus/in mellius.
A partir do momento que se tem uma lei que versa especificamente sobre
determinado crime, como por exemplo no código de transito que traz o homicídio com
o veiculo automotor, pelo critério da especialidade se trabalhara com o do CBT e não
do domicidio culposo do CP.
SITUAÇÃO PRATICA
No momento que o agente arromba a casa, entra e furta, em tese se estaria diante de
três delitos, então surge a duvida: É UM CONCURSO ENTRE TRES CRIMES OU UM
CONFLITO APARENTE? Vale a avaliação jurisprudencial, que diz que pelo critério da
consunção o sujeito respondera pelo crime de furto qualificado e não por três crimes.
SITUAÇÃO 3: Eu quero matar uma pessoa e dou 80 tiros/80 tesouradas → Veja que
nessa situação, há um único crime, não há o concurso, é uma só ação, marcada por
uma pluralidade de atos, ou seja, cada tesourada/tiro é um ato, mas, se esta
praticando só um crime.
Quando se fala de uma só AÇÃO, no concurso material, pode ser caracterizado ainda
que se tenha mais de um ato.
Uma conduta, a depender do caso, essa uma só conduta poderá ensejar um concurso
de crimes FORMAL ou apenas SÓ UM CRIME.
Se eu mato uma pessoa só com 9 tiros, isso é um crime só. Se eu mato 9 pessoas com 9
tiros, é concurso material. Se eu mato 9 pessoas com um tiro só, há um concurso
formal.
Tentar matar uma pessoa varias vezes de varias formas: se há um intervalo entre as
tentativas será um concurso de crimes material. Mas, se não há um intervalo, é um
crime só marcado por uma pluralidade de atos, há um mesmo contexto fático
temporal.
Perceba que há delitos que na sua própria natureza envolve violência, como no caso
de roubo, não há roubo + lesão leves. Ou seja, ainda que existe crimes autônomos,
elas integram a realização do crime fim. Exemplo: não há homicídio que não envolva
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 58
2019.2
EXEMPLO: Câmara de gás, envolve só uma ação e uma pluralidade de atos. A ação
criminosa é uma só, que é o ligar o gás na câmara, que isso sozinho executa 80-100
pessoas. É uma só ação produzindo um ou mais crimes. Preparar a substancia, colocar
as pessoas dentro, acionar o gás... vários atos com uma só conduta e a produção de
vários crimes.
Uma única conduta, ainda que envolva uma serie de atos, produzindo dois ou mais
crimes.
Concurso formal
CONSEQUENCIA JURIDICA, o legislador decide que o sujeito NÃO vai responder pelo
somatório, e sim, a partir do critério da exasperação = Aumento de pena. Esse sujeito
que responderia por vários crimes, invés de somar a pena, pega-se UMA PENA SÓ e
aumentar ela, desprezando todas as demais. E qual pena se escolhe? A MAIOR DELAS,
que será agravada (exasperada). Exemplo: um sujeito que responderia por dois
homicidios e duas lesões, pega-se a pena do homicídio (qualificado se fosse o caso,
pois seria a maior), e essa pena, será exasperada DE UM 1/6 ATÉ ½, sendo que, o juiz
valora de acordo com a gravidade dos resultados que foi produzido, o fato é que, tem
que estar dentro desses parâmetros.
Perceba que a intenção do legislador era criar algo mais benéfico do que o somatório.
Perceba que surgiu uma grande discussão acerca disso no caso da BOATE KISS, que se
a defesa emplaca como homicídios culposos, a pena será exasperada, e na pior das
hipóteses ele pega o máximo do homicídio culposo, no caso 3 anos, exasperada no
máximo (1/2) = 3 + 1,5 = 4 anos de prisão, podendo ser substituído. Mas, se fica
entendido que houve DOLO EVENTUAL ao usar a espuma, será SOMADO, a pena de
230 homicídios. Perceba que o elemento subjetivo da conduta do agente ira mudar
COMPLETAMENTE a dosimetria de pena.
EXEMPLO NA DOSIMETRIA: Situação do tiro que mata e causa lesão leve culposa =
Homicídio = 6 – 20 anos
Logo, ira escolher a pena do homicídio, e na melhor das hipóteses, ele ficará com a
pena de 6 anos, exasperada em 1/6, resultando em 7 anos.
Perceba que se fosse assim, o somatório ainda seria melhor, pois, resultaria em = 6
anos + 2 meses, Assim, coloca o paragrafo único do Art 70
Art 70. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do
art. 69 deste Código.
Sendo exasperação o instituto criado para beneficiar o réu, ela não poderá prejudica-
lo, de modo que, o resultado da exasperação não poderá exceder o que seria
resultante de um eventual somatório (Concurso material benéfico).
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 60
2019.2
A CONSEQUÊNCIA JURÍDICA é que o agente vai responder por cada um dos resultados.
O famigerado CUMULO MATERIAL, há o somatório das penas (Art 70 pt final)
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
MESMA ESPECIE:↓↓↓
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 61
2019.2
Uma parte da doutrina crê que seria o MESMO BEM JURIDICO (Eu poderia ter
continuidade delitiva entre roubo e extorsão, pois, envolvem ambos o patrimônio),
mas, essa corrente é minoritária e jurisprudencialmente não aplicada.
Exemplo: um sujeito que mata alguém a tiros e depois, mata outro queimado.
OBSERVAÇÕES:
STJ – Edição numero 17 da jurisprudência em tese: 5) Não há crime continuado
quando configurada habitualidade delitiva ou reiteração criminosa.
Há fortes criticas para isso, porque não foi criada pelo legislador. Como é um
beneficio, o stj cria isso para restringir ainda mais. O sujeito que faz da pratica
daquele crime sua “profissão.”
entre as condutas, por essas razao, que se diz, que há uma TEORIA MISTA, ou
seja, objetivo + subjetivo.
Mas perceba que isso é muito difícil de ser provado, a intenção verdadeiramente
desse critério é restringir a aplicação. Há um movimento de restrição de aplicação
do instituto, porque, isso gera para o agente um beneficio muito grande.
APLICAÇÃO PRATICA:
Nesse caso, se dirá que houve apenas um furto continuado, e isso, é apenas uma
FICÇÃO JURIDICA, já que na essência há uma PLURALIDADE de infrações, que será
considerada CRIME ÚNICO.
Então, vai pegar qual das penas for maior, e em cima, haverá a exasperação. Inves de
ser responsabilizado com 8 penas de furto, ele respondera pela pena do furto mais
gravoso, exasperada em ate 2/3.
Súmula 711: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 63
2019.2
OBS: A prescrição nos crimes continuados é calculada crime a crime. Alem disso, tal
calculo será feito sem o computo do acréscimo decorrente da continuação (sumula
497 do STF).
Sumula 497: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena
imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
Perceba que o STF faz isso para não ter que começar a prescrição do dia do ultimo
crime. Cortando a continuidade delitiva, se eu estou diante de um sujeito que praticou
diversos crimes continuados, se, os outros já estão prescritos e só se sobrou um crime
a processar, será mais benéfico ao reu contar a prescrição crime a crime, começando a
contar a prescrição antes da continuidade delitiva terminar.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e
as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave,
se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75
deste Código.
Diante da atual redação do paragrafo único do art 71 fica sem efeito a antiga sumula
605 do STF que não admitia continuidade delitiva nos crimes contra a vida.
Súmula 605: Não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida.
Dolosos
Com vitimas diferentes
Envolver violência ou grave ameaça
Exemplo: Situação de um marido que constantemente espanca a esposa, terá
sua pena exasperada normalmente. Mas, se ele batesse na mãe e na filha, será
exasperado até o triplo. Mas perceba que se fosse mais benéfico, seriam
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 64
2019.2
Há uma parte da doutrina, que crê que deve na situação da câmara de gás exasperar,
por ANALOGIA BENEFICA, que seria melhor do que somar todas as penas.
direitos do preso
Introdução: Referidos no art 41 da LEP e 38 do CP.
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade,
impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. // Ou
seja, todos os direitos além da liberdade.
LEP ↓
III - Previdência Social; // Ele não tem direito aos direitos trabalhistas de uma
maneira geral como férias e 13º. Entao, o tempo de trabalho carcerário conta na
aposentadoria, e, se ele sofre um acidente ela poderá ter seus direitos garantidos
como a aposentadoria por invalidez.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 65
2019.2
XI - chamamento nominal;
Extinção de punibilidade
Introdução: Direito que o Estado tem de exercer o seu poder
punitivo. Ele tem um tempo máximo para isso, e há situações em
que não é possível exercer – além do tempo: Prescrição (decurso
do tempo) e outras situações que não é permitido o exercício do
poder.
TÍTULO VIII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Extinção da punibilidade
I - pela morte do agente; // Principio da intranscendência das penas (art 5º, inciso
45) // Se transfere apenas os efeitos civis e não os penais. // Essa morte é apenas
REAL, a presunção de morte não é aceita no direito penal, caso se presuma a morte na
área cível, a extinção se dará por prescrição, e não porque se presumiu que ele estava
morto. Ex: um sujeito que vai para a guerra e não volta // A morte é referida no Art 62
do CPP =
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 69
2019.2
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; //
Abolitio criminis: não configuram nem mesmo maus antecedentes (na anistia
também).
•No primeiro
minuto do
dia 18, esta
18/12 18/02 18/4 extinta a
punibilidad
•dia da e, entao, se
ofensa • 1º protocola a
mês petição
18/11 18/01 18/3 inicial
somente
ate 23h59
do dia 17/5.
18/5
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada; // Se refere exclusivamente aos crimes de ação penal PRIVADA. Perceba que a
regra geral da ação penal é que todos os crimes sejam processadas por ação penal
publica incondicionada, então, se não houver nenhuma ressalva, se aplica isso: O MP
tomando conhecimento tem que oferecer denuncia, quer o promotor queira ou não.
Mas, EXCEPCIONALMENTE, há outras modalidades de ação penal // RENUNCIA = Ato
unilateral, é um direito que a vitima/ seus sucessores processuais tem de renunciar
direito de queixa, ela pode ser expressão ou tácita, inclusive, uma das formas mais
comuns de renuncia tácita é não apresentar queixa crime no prazo de 6 meses //
PERDÃO ACEITO = A vitima já iniciou o processo, e ela pode perdoar o sujeito, mas, o
réu pode se negar e querer continuar o processo para comprovar sua inocência.
Anna Catharina Garcia
@graduanda.em.direito 72
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Ação penal
Publica de
iniciativa privada
Exceção À representação
Ação penal
publica
Ação penal condicionada À requisição do
ministro da
Ação penal justiça
Geral publica
incondicionada
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. // Não é todo crime que
admite perdão judicial, são exemplos: homicídio culposo. Não se relaciona com o
perdão do ofendido, que é só para crime de ação penal privada, aqui, independe da
vontade da vitima. // Quando o juiz oferta é porque ele entendeu que as
consequências do crime já penalizou o agente, exemplo: Caso de Cristiane Torloni. // O
homicídio culposo prevê o perdão judicial, mas o homicídio culposo de transito não é
previsto, mas, os tribunal fazem analogia benéfica desde que haja uma relação entre a
vitima e o acusado.