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Que tipo de dados/indicadores podem ser úteis para incluir num Relatório
Psicológico?
Um Relatório Psicológico pode incluir uma variedade de dados e indicadores,
dependendo do objetivo da avaliação e do contexto específico do caso. Aqui
estão alguns tipos de dados e indicadores frequentemente incluídos em um
Relatório Psicológico:
Justificativa Clínica:
Justificativa Psicométrica:
Especificidades / Características
Método indireto de avaliação (envolvem descrições retrospetivas do
comportamento);
Estratégias de Utilização
1) Podem ser completadas no início da avaliação (ex.: enviadas previamente
pelo correio, para serem preenchidas por pais e/ou professores; recurso a
escalas multidimensionais)
Permite:
despistar pedidos inapropriados;
Na avaliação de intervenções
Principais Vantagens
Aplicação e cotação fáceis, rápidas e económicas;
Principais Limitações
Utilidade limitada para o diagnóstico;
Estimativas poderão não ser rigorosas por incompreensão dos itens ou falta
de familiaridade com a amplitude ou diversidade do comportamento “normal”.
Questões Psicométricas
1) Fiabilidade/Precisão
a) consistência interna (deve ser elevada para as escalas unidimensionais, mas
não necessariamente para as multidimensionais);
b) acordo inter-informadores (mais elevado entre pais de crianças “normais” do
que entre pais de crianças encaminhadas para consulta; mais elevado para
fatores externalizantes do que para os internalizantes; mais elevado para o
resultado total e menor para itens individuais; é possível desacordo pais-
professores, sendo, por vezes, dada maior credibilidade à estimativa de
professores);
c) teste-reteste/estabilidade temporal (efeito de prática, i.e., os mesmos
informadores tendem a comunicar menos problemas da 1ª para a 2ª aplicação-
por efeito placebo, regressão estatística para a média, reatividade, efeito de
idade, etc.; este efeito não se verifica da 2ª para a 3ª avaliação);
2) Validade
Normas adequadas;
Exemplos…
Modelo Multiaxial de Achenbach (ASEBA)
Achenbach System of Empirically Based Assessment
É um sistema abrangente de avaliação que avalia as competências, o
funcionamento adaptativo e os problemas comportamentais, emocionais e
sociais de crianças e adolescentes (e adultos);
Normas disponibilizadas
- Estudantes do ensino secundário (10º-12º anos)
- Estudantes universitários/ensino superior - Adultos (população geral)
- Adultos (militares)
- [estudo com população clínica/doentes (alcoólicos; perturbações de
ansiedade; stress pós-traumático)]
Em suma…
O STAI-Y (State-Trait Anxiety Inventory - Form Y) é um instrumento de avaliação
psicológica projetado para medir a ansiedade em adultos. É adequado para uma
ampla gama de populações e é amplamente utilizado em contextos clínicos, de
pesquisa e educacionais. A população-alvo para o STAI-Y inclui adultos com
idade igual ou superior a 18 anos. Ele é composto por duas subescalas:
Ansiedade Estado (State Anxiety) e Ansiedade Traço (Trait Anxiety). Cada
subescala contém 20 itens, totalizando 40 itens no inventário completo.
Em suma…
O STAIC (State-Trait Anxiety Inventory for Children) é um instrumento de
avaliação amplamente utilizado para medir a ansiedade em crianças e
adolescentes. Sua população-alvo é composta por crianças com idades entre 9
e 14 anos.
Extroversão
O extrovertido típico é sociável, gosta de festas, tem muitos amigos, precisa de
ter gente com quem falar e não gosta de ler nem de estudar sozinho. Adoro
excitação, arrisca, manda-se para a frente, age de improviso e é geralmente um
indivíduo impulsivo. Adora partidas de mau gosto, tem sempre uma resposta
pronta e geralmente gosta de rir e estar divertido. Prefere mexer-se e fazer
coisas, tende a ser agressivo e perde o controlo com facilidade; no geral, os seus
sentimentos não estão sob rígido controlo e nem sempre é uma pessoa em que
se possa confiar.
O introvertido típico é uma pessoa sossegada e discreta, introspetiva, que gosta
de livros mais do que pessoas; é reservado e distante exceto com amigos
íntimos, tende a planear com antecedência e não confia no impulso do momento.
Não gosta de excitação, lida com os assuntos do dia-a-dia com seriedade e gosta
de um estilo de vida ordenado. Mantém os seus sentimentos sob controlo
apertado, raramente se comporta de modo agressivo e não se descontrola
facilmente. É fiável, algo pessimista e preza muito as normas éticas.
Psicoticismo
O típico P elevado pode ser descrito como solitário, sem preocupações com os
outros; é com frequência impertinente, não estando bem e lado algum. Gosta
particularmente de coisas estranhas e pouco usuais e não teme o perigo. É
pouco empático ou sensível às outras pessoas.
Mentira
A Escala L tenta avaliar a tendência, por parte de alguns indivíduos, para dar
respostas que são desejáveis do ponto de vista social. Esta tendência é
particularmente marcada quando o questionário é administrado em certas
condições, como é o caso, por exemplo, duma entrevista de seleção. Para além
de avaliar a dissimulação, a escala L parece também medir um fator estável da
personalidade, o qual possivelmente se prende com um certo grau de
ingenuidade social ou conformismo.
Administração e Cotação
Instruções: resposta a cada pergunta fazendo um círculo ao redor do “Sim” ou
do “Não” que se segue à pergunta. Não existem respostas certas ou erradas,
nem há perguntas com rasteiras. Trabalhe rapidamente sem pensar demasiado
no significado exato de cada pergunta.
Demora 10 a 15 minutos a completar
Resposta dicotómica (Sim/Não)
Cotação para cada escala atribui-se 1 ponto a cada resposta num determinado
sentido (nuns casos Sim noutros Não)
Para cada escala, o resultado total é a soma destes pontos
Itens do EPQ
P (Psicoticismo)
Sim: 18, 22, 49, 56, 59, 63
Não: 4, 8, 14, 36, 41, 46, 52, 68, 69, 70,71
E (Extroversão)
Sim: 1, 3, 7, 11, 21, 26, 28, 31, 35, 38, 40, 43, 51, 62, 66
Não: 17, 24, 33
N (Neuroticismo)
Sim: 2, 5, 9, 12, 15, 19, 23, 25, 27, 29, 32, 44, 47, 53, 55, 57, 60,64
L (Mentira)
Sim: 10, 16, 42, 58, 67, 73
Não: 6, 13, 20, 30, 34, 37, 39, 45, 48, 50, 54, 61, 65, 72
A estrutura fatorial – N, E, P, L – foi replicada no contexto português (robustez e
a adequabilidade das dimensões de personalidade avaliadas).
A escala P continua a revelar algumas limitações.
Os estudos de validade concorrente realizados evidenciam a proximidade
existente entre N e depressão, ansiedade, vulnerabilidade ao stress e sintomas
psicopatológicos.
O EPQ-R é adequado para avaliar a personalidade nos diversos contextos
normativos (nomeadamente, organizacional, educacional, vocacional, saúde,
entre outros), possuindo normas específicas para a população idosa e militar.
Em suma…
O EPQ (Eysenck Personality Questionnaire) é um instrumento de avaliação
psicológica desenvolvido por Hans J. Eysenck e Sybil B.G. Eysenck para medir
traços de personalidade em adultos. O questionário é baseado na teoria de
personalidade proposta por Eysenck, que postula três dimensões principais da
personalidade: Extroversão (E), Neuroticismo (N) e Psicoticismo (P).
EPQ-Júnior
O EPQ-Júnior (Eysenck Personality Questionnaire - Junior) é um instrumento de
avaliação psicológica que mede traços de personalidade em crianças e
adolescentes. É uma versão adaptada do Eysenck Personality Questionnaire
(EPQ) original, desenvolvido por Hans J. Eysenck.
EPQ-R
O Eysenck Personality Questionnaire - Revised (EPQ-R) é, de facto, uma versão
revisada do Eysenck Personality Questionnaire original. O EPQ-R foi
desenvolvido por Hans J. Eysenck e Sybil B.G. Eysenck como uma atualização
do instrumento original.
O EPQ-R fornece pontuações para cada uma das subescalas, permitindo uma
avaliação do perfil de traços de personalidade do indivíduo nas dimensões de
Extroversão, Neuroticismo e Psicoticismo.
Instruções
“Este questionário contém 240 afirmações. Leia cuidadosamente cada uma
delas. Para cada afirmação, na folha de resposta, ponha um círculo à volta da
letra que melhor representa a sua opinião (DF; D; N; C; CF). Não existem
respostas certas nem erradas. Descreva a sua opinião da forma mais precisa e
sincera possível…”
Cotação
Resultados brutos (0, 1, 2, 3, 4 ou invertido);
Convertidos em percentis;
Conversão feita através de um programa informático;
Estudos Diferenciais
Mulheres obtêm resultados mais elevados do que os homens em N, A e C, e
mais baixos em E.
Relação negativa entre a variável idade e E e O, e positiva com A e C.
Correlações significativas, embora pouco elevadas, entre o nível
socioeconómico e E, O, A e C, mais elevada com O.
Limitações:
Em suma…
O NEO-PI-3 é uma versão atualizada e revisada do NEO-PI-R, desenvolvido por
Paul T. Costa Jr. e Robert R. McCrae.
Estudos Diferenciais
À medida que a idade avança diminuem as pontuações de Extroversão e
Abertura à Experiência
Participantes com escolaridade até ao 3º ciclo pontuam significativamente mais
baixo na dimensão Abertura à Experiência do que aqueles com Ensino
Secundário ou Superior
As mulheres pontuam significativamente mais que os homens em Neuroticismo,
Amabilidade e Conscienciosidade
Em suma…
O instrumento de avaliação NEO-FFI (NEO Five-Factor Inventory) é um
questionário de personalidade que se baseia no modelo dos Cinco Grandes
Fatores da personalidade (Big Five). Foi desenvolvido por Paul T. Costa Jr. e
Robert R. McCrae como uma versão abreviada do NEO-PI-R (NEO Personality
Inventory - Revised).
O NEO-FFI é utilizado para fornecer uma medida rápida e abrangente dos traços
de personalidade. Ele pode ser aplicado em diferentes contextos, como
pesquisa, avaliação psicológica, seleção de pessoal e aconselhamento. O
instrumento fornece pontuações para cada uma das dimensões, permitindo uma
avaliação dos traços de personalidade predominantes em um indivíduo.
Construto Avaliado
Autoconceito
Conceito que o indivíduo faz de si próprio como um ser físico, social e espiritual
ou moral (Gécas, 1982).
Ideia abrangente que temos sobre nós próprios – do ponto de vista físico,
emocional, social, espiritual ou outros aspetos que fazem de nós quem somos
(Neill, 2005).
Perceção que um indivíduo tem de si próprio.
Conceito multifacetado (perspetiva emocional, social, física, académica…).
Fatores relevantes para a génese do autoconceito
Modo como o comportamento de um indivíduo é julgado pelos outros
Feedback que o indivíduo guarda do seu próprio desempenho
Comparação que faz entre o seu comportamento e o de pares sociais
Julgamento que o indivíduo faz de si próprio tendo em conta a conformidade às
normas culturais que preza
Composição
Instrumento de autorrelato
Constituído por 20 itens (selecionados a partir de um conjunto inicial de 75)
• Criação dos itens (N = 75)
• Seleção dos itens (N = 20)
Aplicação (Instruções)
Todas as pessoas têm uma ideia de como são. A seguir estão expostos diversos
atributos capazes de descreverem como uma pessoa é. Leia cuidadosamente
cada questão e responda verdadeira, espontânea e rapidamente a cada uma
delas. Ao dar a resposta considere, sobretudo, a sua maneira de ser habitual
e não o seu estado de espírito no momento. Coloque uma cruz no quadrado que
pensa que se lhe aplica de forma mais característica.
Cotação
de 1 a 5 (não concordo, concordo pouco, concordo moderadamente, concordo
muito, concordo muitíssimo)
ou de 5 a 1 (itens invertidos): 3, 12 e 18
Mínimo 20, máximo 100.
Pontuação mais alta traduz um autoconceito mais favorável.
Fatores – Interpretação
F1: aceitação/rejeição social [“sei que sou uma pessoa simpática”]
• Itens 1, 4, 9, 16, 17
• Resultado mais elevado significa maior sentido de aceitação
F2: autoeficácia [“quando tenho um problema que me aflige não consigo resolvê-
lo sem o auxílio dos outros”]
• Itens 3, 5, 8, 11, 18, 20
• Resultado mais elevado significa maior sentido de autoeficácia
F3: maturidade psicológica [“costumo ser franco e exprimir as minhas opiniões”]
/ [“considero-me tolerante com outras pessoas”]
• Itens 2, 6, 7, 13
• Resultado mais elevado significa maior sentido de maturidade psicológica
F4: impulsividade-atividade [“quando tenho uma ideia que me parece válida
gosto de a pôr em prática”]
• Itens 10, 15, 19
• Resultado mais elevado significa maior sentido de atividade
• Os itens 12 e 14 não estão incluídos em nenhum fator, mas entram no cálculo
do resultado total.
Vantagens
• Instrumento breve – facilita a colaboração e o bom preenchimento de todas os
itens.
• Dá-nos indicações que podem ser úteis numa intervenção psicoterapêutica
(nomeadamente tópicos sobre áreas de maior vulnerabilidade).
• Indicado para indivíduos com transtornos emocionais.
Limitações
• Fornece informação limitada e necessariamente complementar.
O ICAC é composto por uma série de itens que abrangem diferentes áreas do
autoconceito, como autoestima, autoaceitação, autoeficácia, autoimagem
corporal, autoconfiança, entre outros. Esses itens são projetados para avaliar as
perceções e sentimentos do indivíduo em relação a si mesmo em cada uma
dessas áreas.
Construto avaliado
Autoconceito:
• Conjunto de perceções conscientes que crianças e adolescentes têm de si
próprios, dos seus comportamentos e dos seus atributos;
• Estas perceções desempenham um papel importante na organização e
motivação do comportamento, dão origem a um conjunto relativamente estável
e consistente de atitudes autoavaliativas (cognições) e de sentimentos (afetos).
Composição
Instrumento de autorrelato
• No original, 80 questões
• Na versão reduzida, 60 questões
• Escala de resposta Sim/Não
Aplicação (Instruções)
Estão aqui várias afirmações que indicam aquilo que as pessoas sentem em
relação a si próprias. Lê cada afirmação e decide se ela descreve ou não aquilo
que sentes acerca de ti próprio. Se a afirmação se te aplica (se está de acordo
com aquilo que tu sentes ou pensas) coloca um círculo na palavra “Sim” que se
encontra a seguir. Se não se te aplica (se não está de acordo com aquilo que tu
sentes ou pensas), faz um círculo na palavra “Não”. Responde a todas as
questões mesmo que te seja difícil responder. Não coloques, na mesma
afirmação, um círculo à volta do “Sim” e um círculo à volta do “Não”. Lembra-te
que não há respostas certas ou erradas. Apenas tu podes dizer-nos aquilo que
sentes em relação a ti próprio. Por isso, esperamos que possas assinalar cada
afirmação de acordo com aquilo que realmente sentes”.
Cotação:
• 1 = resposta reveladora de uma atitude positiva face a si mesmo
• 0 = resposta reveladora de uma atitude negativa face a si mesmo
• Um resultado mais elevado traduz um autoconceito mais positivo
Em suma…
A Escala de Autoconceito de Piers-Harris (Piers-Harris Children's Self-Concept
Scale) é um instrumento de avaliação psicológica utilizado para mensurar o
autoconceito em crianças e adolescentes. Foi desenvolvido por Piers e Harris
em 1969 e, desde então, passou por revisões e atualizações.
A escala é composta por uma série de itens que exploram diferentes aspetos do
autoconceito, como aparência física, habilidades cognitivas, relacionamentos
interpessoais, comportamento social, escolaridade e atitudes em relação a si
mesmo. Os itens são formulados de maneira afirmativa ou negativa, e o indivíduo
deve indicar sua concordância ou discordância em relação a cada um deles.
Administração:
Cotação:
Interpretação:
Vantagens do MMPI-2-RF:
Técnicas Projetivas
As técnicas projetivas são um conjunto de métodos utilizados na avaliação
psicológica para obter informações sobre os aspetos inconscientes, emocionais
e de personalidade de um indivíduo. Elas envolvem a apresentação de estímulos
ambíguos ou pouco estruturados, que permitem ao indivíduo projetar seus
pensamentos, sentimentos, desejos e conflitos internos na interpretação desses
estímulos.
Hipótese projetiva:
Se apresentarmos a alguém uma figura ambígua e lhe perguntarmos “o que está
na figura”, a resposta será um reflexo do que é importante para a pessoa ou dos
temas que ela usa para organizar o mundo; o sujeito projetará as suas
necessidades, motivos, expectativas, ansiedades, processos de pensamento;
i.e., a forma como percebe e interpreta o material ou estrutura a situação reflete
aspetos fundamentais do seu funcionamento psicológico (ref. experiência
própria; aspetos latentes e/ou inconscientes).
Vantagens e Limitações
Aplicabilidade e estabelecimento de relação (ex. facilita estabelecimento de
relação; utilidade específica com crianças, sujeitos com baixa escolaridade...)
Simulação (ex. menos suscetíveis de gerar simulação)
Avaliador e variáveis situacionais (ex. características do avaliador, condições de
aplicação e de cotação, podem interferir no processo de avaliação; a questão da
estandardização do processo)
Normas/dados normativos (a aprofundar/estabelecer)
Fiabilidade e validade (ex. fragilidade de acordo inter-cotadores, consistência
interna, teste-reteste, validade concorrente, preditiva...)
Hipótese projetiva (ex. direccionalidade de projeção; nível de ambiguidade;
fatores situacionais)
1. Erros: Os erros podem ocorrer devido a uma série de fatores, como falta
de atenção, falta de conhecimento ou interpretação incorreta dos dados.
Esses erros podem levar a diagnósticos inadequados, formulações de
caso imprecisas ou recomendações inapropriadas de intervenção.
E eu acredito que há uma impostura aí. Em 2009, escrevi um texto com Marie-
José Del Volgo que tratava desse novo vício da escravidão que constitui
a bibliometria científica, novas “imposturas” no panorama da pesquisa.
“Sociedade disciplinar”
Disseminação da disciplina e do controlo por todo o lado.
“O poder está em toda a parte” (“difuso, não localizável num lugar preciso”)
O poder é imanente: não é unificado de cima, mas exerce-se em centros
locais (relações entre aluno e professor, empregado e patrão, doente e
médico, indivíduo avaliado e avaliador).
Bibliometria
“Indispensável avaliar a qualidade do trabalho produzido/realizado nas
universidades /investigação científica (assegurar critérios razoáveis de
aplicação dos recursos públicos, para estimular a competição em níveis
saudáveis”.
“Os tempos estão para a medida, a confeção dos padrões, a avaliação por
indicadores, ou seja, para a construção de procedimentos suscetíveis de
tornar mensurável para fins de quantificação o que, a priori, não o era”. (…)
Ciência, ou conhecimento como uma exigência intelectual e objetiva de
verdade, parece bastante ilusória em relação ao atual desenvolvimento
intensivo da avaliação por indicadores. Uma avaliação, além disso, sujeita
a liberdade e a criatividade de todos por meio da Nova Gestão Pública no
pseudomercado enfaticamente referido como a “economia do
conhecimento”. (…) “Neste triste ambiente, "a vida da mente", para usar
uma expressão cara a Hannah Arendt, é reduzida e assimilada ao
comportamento de um cão pavloviano para o qual, no presente caso, os
indicadores substituiriam os famosos estímulos elétricos. O
conhecimento, esvaziado de seu significado, é substituído pela medição do
número de artigos e suas citações sem consideração real, exceto para torná-
lo "chique", ao seu conteúdo.” (…) “Será que o obscurantismo camuflado
com estatísticas é o horizonte do pensamento moderno?”
A síntese dos dados na seção de "Resultados nos Testes" deve ser clara,
objetiva e baseada em evidências. É fundamental evitar a interpretação
excessiva ou especulativa dos resultados, mantendo-se fiel aos dados obtidos
nos testes aplicados. Além disso, é importante relacionar os resultados com
outras informações obtidas durante a avaliação, como histórico clínico,
entrevistas e observações, para uma compreensão mais abrangente do
indivíduo avaliado.
Código Deontológico
Símbolo e instrumento de trabalho (da classe profissional).
Forma de melhorar a fundamentação, credibilidade/respeitabilidade e o
reconhecimento público de uma atividade profissional.
Ética
Estudo teórico dos princípios que governam as nossas escolhas e práticas;
“nem tudo é bom”, “nem tudo é permitido”, “nem tudo vale o mesmo”;
No mínimo, o psicólogo deve ser competente, objetivo, preocupado com os
melhores interesses dos seus clientes, da profissão e da sociedade.