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FISIOLOGIA DURANTE O TRABALHO DE PARTO

A fisiologia do parto envolve uma série de eventos mecânicos e clínicos que permitem o
nascimento de um bebê. O parto normal, que é de início espontâneo e considerado de
baixo risco, ocorre geralmente entre 37 e 42 semanas de gestação. Durante o parto, o
bebê nasce espontaneamente em posição cefálica de vértice.
Os profissionais de saúde seguem diretrizes nacionais para assistência ao parto normal,
que recomendam intervenções mínimas no processo natural. A progressão do parto
depende de cinco fatores principais, conhecidos como os "5 P’s": Passageiro (feto e
placenta), Passagem (pelve e canal de parto/musculatura perineal), Potência (contrações
uterinas), Posição da parturiente e Resposta psicológica.

Mecanismo de parto em etapas:


1. Insinuação: passagem do maior diâmetro fetal pelo estreito superior da pelve;
2. Descida: movimento descendente do feto;
3. Rotação interna: alinhamento do feto com o canal de parto;
4. Desprendimento cefálico: saída da cabeça do bebê;
5. Rotação externa: ajuste da cabeça após o desprendimento cefálico;
6. Desprendimento do tronco: saída do restante do corpo do bebê.
A contratilidade uterina é essencial para o progresso do parto, com contrações que
aumentam em intensidade e frequência à medida que o parto avança. Essas contrações
são responsáveis pela dilatação cervical e pela expulsão do feto,

Liberação de hormônios:
- Ocitocina: Atua na indução e progressão do trabalho de parto, alterações na anatomia
do útero e do colo do útero durante o trabalho de parto; desenvolvimento do reflexo de
Ferguson e seu papel na expulsão do bebê e adaptações Fetais Durante o Trabalho de
Parto.
- Prostaglandinas: Estimula o amadurecimento do colo do útero, tornando-o mais fino
e macio, o que facilita a dilatação durante o trabalho de parto e contrações uterinas.
- Endorfina: São analgésicos naturais, ajuda a aliviar a dor e promove uma sensação de
bem-estar e relaxamento para a mãe e a regulação das contrações uterinas, podendo
contribuir para uma sensação de prazer durante o processo e resposta adaptativa ao
estresse, tanto da mãe quanto do bebê.
- Progesterona: Mantém a gravidez e ajuda a preparar o corpo da mulher para o parto.
- Estrogênio: Aumenta no final da gravidez, estimulando as contrações uterinas e
promovendo a maturação do colo do útero.
- Relaxina: Auxilia no amolecimento do colo do útero e na dilatação da pelve para
facilitar o parto.
- Adrenalina e Noradrenalina: Liberadas em resposta ao estresse do parto, podem
intensificar as contrações e preparar o bebê para a vida fora do útero.
- Prolactina: Prepara as mamas para a lactação e também influencia o comportamento
maternal.

Resposta do feto ao trabalho de parto:


• Adaptação Cardiovascular: Mudança na circulação sanguínea do feto, preparando-o
para a respiração independente após o nascimento.
• Movimentos e Posicionamento: O feto se move e se posiciona para facilitar a
passagem pelo canal de parto.
• Sofrimento Fetal: Em alguns casos, pode ocorrer sofrimento fetal, indicado pela
presença de mecônio no líquido amniótico ou alterações na frequência cardíaca.

Referências:
- https://meuparto.com/blog/gravidez-saudavel/como-acontece-o-parto-o-papel-
dos-hormonios/
- https://dramarinamariz.com.br/glossario/o-que-e-hormonios-do-trabalho-de-
parto/#google_vignette
- https://www.tuasaude.com/sofrimento-fetal/#google_vignette
-chrome
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
-
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pluginfile.php/4286876/mod_resource/content/1/Mecanismo%20Parto%20abril
%202018.pdf

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