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08/02/2013

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

- PROCESSO DE EXECUÇÃO E
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

PROFESSOR WANNER FRANCO

BIBLIOGRAFIA
→ MARCUS VINICIUS RIOS GONÇALVES
NOVO CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
EDITORA SARAIVA – 3 VOLUMES – EXECUÇÃO (VOLUME 3)

→ CANDIDO RANGEL DINAMARCO


INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
EDITORA MALHEIROS – 4 VOLUMES – EXECUÇÃO (VOLUME 4)

→ HUMBERTO THEODORO JUNIOR


CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
EDITORA FORENSE – 3 VOLUMES – EXECUÇÃO (VOLUME 2)

→ LUIZ GUILHERME MARINONI


CURSO DE PROCESSO CIVIL – 4 VOLUMES – EXECUÇÃO (3)
EDITORA RT

BIBLIOGRAFIA
→ LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA
A FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO
EDITORA DIALÉTICA

→ ARAKENS DE ASSIS
MANUAL DA EXECUÇÃO
EDITORA RT

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EXECUÇÃO CIVIL
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
E
PROCESSO DE EXECUÇÃO
“EXECUTAR É DAR EFETIVIDADE E EXECUÇÃO É
EFETIVAÇÃO”

JURISDIÇÃO: SOLUÇÃO
IMPERATIVA DE CONFLITOS

EXECUÇÃO DIRETA: MEIOS DE


SUB-ROGAÇÃO
EXECUÇÃO
Ç INDIRETA: MEIOS
PARA INTIMIDAR O
EXECUTADO (MULTA/PRISÃO)
EXECUÇÃO IMPRÓPRIA:
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA –
INSCRIÇÕES E AVERBAÇÕES

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QUANTIA EM
DINHEIRO
FAZER/NÃO
OBRIGAÇÃO
Ç FAZER
ENTREGAR
COISA
NÃO HÁ EXECUÇÃO SEM
TÍTULO EXECUTIVO
NULLA EXECUTIO SINE TITULO

Art. 580. A execução pode ser instaurada


caso o devedor não satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível, consubstanciada
em título executivo.

Art. 745. Nos embargos, poderá o executado


alegar:
I - nulidade da execução, por não ser
executivo o título apresentado;

TÍTULO EXECUTIVO
ATO LEGITIMADOR DA EXECUÇÃO RETRATADO
EM DOCUMENTO

NUMERUS CLAUSUS (TAXATIVIDADE)


TIPICIDADE

TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS: 475-N


“cumprimento de sentença e execução”
TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: 585
processo autônomo de execução

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EXECUÇÃO/CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA
TÍTULO JUDICIAL
QUANTIA EM DINHEIRO - 475-J
FAZER/NÃO FAZER - 461
ENTREGAR COISA - 461-A

EXECUÇÃO/PROCESSO
TÍTULO EXTRAJUDICIAL

QUANTIA EM DINHEIRO – 646/652


FAZER/NÃO FAZER – 632/642
ENTREGAR COISA - 621

RESPONSABILIDADE
PATRIMONIAL

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RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
OBRIGAÇÃO = DIREITO MATERIAL
RESPONSABILIADE = DIREITO PROCESSUAL

DÍVIDA RESPONSABILIDADE

SCHULD HAFTUNG

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
PRIMÁRIA
DÍVIDA RESPONSABILIDADE

SCHULD HAFTUNG
MESMA PESSOA

Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento


de suas obrigações, com todos os seus bens
presentes e futuros, salvo as restrições
estabelecidas em lei.

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
SECUNDÁRIA
DÍVIDA RESPONSABILIDADE

SCHULD HAFTUNG
UMA PESSOA OUTRA PESSOA

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Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens:


I - do sucessor a título singular, tratando-se de
execução fundada em direito real ou obrigação
reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, quando em poder de terceiros;
IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens
próprios, reservados ou de sua meação respondem
pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude
de execução.

FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO:


I) OS BENS DO SUCESSOR A TÍTULO SINGULAR,
TRATANDO-SE DE EXECUÇÃO FUNDADA EM
DIREITO REAL OU OBRIGAÇÃO REIPERSECUTÓRIA

DÍVIDA RESPONSABILIDADE

SCHULD HAFTUNG
UMA PESSOA OUTRA PESSOA

Art. 42. A alienação da coisa ou do direito


litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não
altera a legitimidade das partes.
§ 1o O adquirente ou o cessionário não poderá
ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o
cedente sem que o consinta a parte contrária.
cedente, contrária
§ 2o O adquirente ou o cessionário poderá, no
entanto, intervir no processo, assistindo o
alienante ou o cedente.
§ 3o A sentença, proferida entre as partes
originárias, estende os seus efeitos ao adquirente
ou ao cessionário.

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Art. 1.345 DO CC. O adquirente de unidade


responde pelos débitos do alienante, em relação
ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.

AgRg no AREsp 77075 / SP - DJe 04/05/2012


AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS
CONDOMINIAIS. LEGITIMIDADE PASSIVA. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO.
1 - A jurisprudência desta Corte orienta que o
1.-
adquirente do imóvel responde pelas cotas
condominiais em atraso, ainda que anteriores à sua
alienação, se o negócio é do conhecimento do
condomínio. De outro lado, entende ainda que os
promitentes vendedores também podem ser
responsabilizados pelo pagamento dos débitos
perante o condomínio, diante das peculiaridades do
caso, em face do caráter propter rem da obrigação.

2.- Dessa forma, consolidou-se que "a


responsabilidade pelas despesas de condomínio
pode recair tanto sobre o promitente vendedor
quanto sobre o promissário comprador,
dependendo das circunstâncias do caso concreto"
(EREsp 138 389/MG
138.389/MG, Rel
Rel. Min
Min. SÁLVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA , DJ 13.09.99).
3.- Agravo Regimental improvido.

NESTE MESMO SENTIDO: REsp 541878-DF, AgRg no


REsp 893960-SP, AgRg no Ag 135461-RS, REsp
846187 / SP, REsp 535570 / SP

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FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO:


II) OS BENS DO SÓCIO, NOS TERMOS DA LEI;
DISREGARD OF LEGAL ENTITY

-CDC - ART. 28: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica


da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito,
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos
ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa
jurídica provocados por má administração.

- LEI 12529/2011 - ART. ART 34: A personalidade jurídica do


responsável por infração da ordem econômica poderá ser desconsiderada
quando houver da parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da
lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa
jurídica provocados por má administração.

- LEI 9605/98 ART. 4: Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica


sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados à qualidade do meio ambiente.

- CC ART. 50: Em caso de abuso da personalidade jurídica,


caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o
juiz decidir,
decidir a requerimento da parte,
parte ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica

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DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
FÁBIO ULHOA COELHO : “desconsideração inversa
é o afastamento do princípio da autonomia
patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar
a sociedade por obrigação do sócio”

ROLF MADALENO: É larga e procedente a sua


aplicação no processo familiar, principalmente
frente à constatação nas disputas matrimoniais, do
cônjuge empresário esconder-se sob as vestes da
sociedade, para a qual faz despejar, se não todo, o
rol mais significativo de seus bens (...) quando o
marido transfere para a sua empresa o rol
significativo de seus bens matrimoniais, sentença
final de cunho declaratório haverá de desconsiderar
esse negócio específico, flagrada a fraude ou o
abuso, havendo, em conseqüência, como
matrimoniais esses bens, para ordenar a sua
partilha no ventre da separação judicial, na fase
destinada a sua divisão, já considerados comuns e
comunicáveis.

RECURSO ESPECIAL Nº 948.117/MS– DJE 03/08/2010


PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO
ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. ART.
50 DO CC/02. DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA INVERSA.
POSSIBILIDADE.
POSSIBILIDADE
I ...
II ...
III – A desconsideração inversa da personalidade
jurídica caracteriza-se pelo afastamento da
autonomia patrimonial da sociedade, para,
contrariamente do que ocorre na
desconsideração da personalidade propriamente
dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social,

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de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por


obrigações do sócio controlador.
IV – Considerando-se que a finalidade da disregard
doctrine é combater a utilização indevida do ente
societário por seus sócios, o que pode ocorrer
também nos casos em que o sócio controlador
esvazia o seu patrimônio pessoal e o integraliza na
pessoa jurídica, conclui-se, de uma interpretação
teleológica do art. 50 do CC/02, ser possível a
desconsideração inversa da personalidade jurídica,
de modo a atingir bens da sociedade em razão
de dívidas contraídas pelo sócio controlador,
conquanto preenchidos os requisitos previstos na
norma.

V – A desconsideração da personalidade jurídica


configura-se como medida excepcional. Sua adoção
somente é recomendada quando forem atendidos os
pressupostos específicos relacionados com a
fraude ou abuso de direito estabelecidos no art.
50 do CC/02.
CC/02 Somente se forem verificados os
requisitos de sua incidência, poderá o juiz, no
próprio processo de execução, “levantar o véu”
da personalidade jurídica para que o ato de
expropriação atinja os bens da empresa.
VI – À luz das provas produzidas, a decisão
proferida no primeiro grau de jurisdição, entendeu,
mediante minuciosa fundamentação, pela
ocorrência de confusão patrimonial e abuso de

direito por parte do recorrente, ao se utilizar


indevidamente de sua empresa para adquirir bens
de uso particular.

INFORMATIVO 440 DO STJ

NESTE MESMO SENTIDO: REsp 279.273-SP, DJ


29/3/2004; REsp 970.635-SP, DJe 1°/12/2009, e REsp
693.235-MT, DJe 30/11/2009.

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Por conseguinte, da análise do art. 50 do CC/02,


depreende-se que o ordenamento jurídico pátrio
adotou a chamada Teoria Maior da
Desconsideração, segundo a qual se exige, para
além da prova de insolvência, a demonstração ou
de desvio de finalidade (teoria subjetiva da
desconsideração) ou de confusão patrimonial
(teoria objetiva da desconsideração). Nesse
sentido, vejam-se os seguintes julgados: REsp
279.273/SP, 3ª Turma, Rel. Min Ari Pargendler, minha
relatoria p/ acórdão, DJ de 29.03.2004; REsp
970.635/SP, 3ª Turma, minha relatoria, DJe de
01.12.2009; REsp 693.235/MT, 4ª Turma, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, Dje de 30.11.2009.

Dessa forma, em ambas as modalidades, a


desconsideração da personalidade jurídica
configura-se sempre como medida excepcional.
O Juiz somente está autorizado a “levantar o
véu” da personalidade jurídica quando forem
atendidos os pressupostos específicos relacionados
com a fraude ou abuso de direito estabelecidos no
art. 50 do CC/02.

FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO:


III) OS BENS DO DEVEDOR, QUANDO EM PODER DE
TERCEIROS
ATENÇÃO: SÚMULA 84 DO STJ

É admissível a oposição de embargos de


terceiro fundados em alegação de posse
advinda de compromisso de compra e venda
de imóvel, ainda que desprovido do registro.

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REsp 39144-0/SP - DJ 07/02/1994 – 4ª TURMA


EMENTA
PROCESSO CIVIL. COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA NÃO REGISTRADO. EXECUÇÃO.Ç BEM
PENHORADO. EMBARGOS DE TERCEIRO. POSSE
NÃO COMPROVADA. INDÍCIOS DE FRAUDE.
PRECEDENTES. RECURSO DESACOLHIDO.
I - CONQUANTO MITIGADO O RIGOR DO
ENUNCIADO N. 621, DA SUMULA/STF PELA
JURISPRUDÊNCIA SUMULADA DESTE SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA (VERBETE N. 84),
INADMISSÍVEL O ACOLHIMENTO DE EMBARGOS DE

TERCEIRO AJUIZADOS, COM O INTUITO DE


DESCONSTITUIR PENHORA SOBRE IMÓVEL
OBJETO DE COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA NÃO REGISTRADO, SE INEXISTENTE
COMPROVAÇÃO
Ç DE QUE O EMBARGANTE,, ANTES
DA EXECUÇÃO, DETINHA A POSSE DO IMÓVEL, E
SE, ADEMAIS, DETECTADAS PELAS INSTÂNCIAS
ORDINÁRIAS CIRCUNSTANCIAS EVIDENCIADORAS
DE FRAUDE.

II - PARA SEREM ACOLHIDOS OS EMBARGOS DE


TERCEIRO FUNDADOS EM ALEGAÇÃO DE POSSE
ADVINDA DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA
DE IMÓVEL, AINDA QUE DESPROVIDO DE
REGISTRO,, NECESSÁRIAS SE FAZEM NÃO SÓ A
DEMONSTRAÇÃO DE QUE A CELEBRAÇÃO DO
COMPROMISSO, COM QUITAÇÃO DO PREÇO,
OCORREU ANTES DE AJUIZADA A EXECUÇÃO,
MAS TAMBÉM A COMPROVAÇÃO DA POSSE DO
EMBARGANTE E A CERTEZA QUANTO A
INEXISTÊNCIA DE FRAUDE.
(Rel. MIN. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA)

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FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO:


IV) OS BENS DO CÔNJUGE, NOS CASOS EM QUE
SEUS BENS PRÓPRIOS, RESERVADOS OU DE SUA
MEAÇÃO RESPONDEM PELA DÍVIDA

CÓDIGO CIVIL 2002


Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente
de autorização um do outro:
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à
economia doméstica;
II - obter,
bt por empréstimo,
é ti as quantias
ti que a
aquisição dessas coisas possa exigir.

Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do


artigo antecedente obrigam solidariamente ambos
os cônjuges

ATENÇÃO: SÚMULA 134 DO STJ

Embora intimado da penhora em imóvel do


casal, o cônjuge do executado pode opor
embargos
g de terceiro p
para defesa de sua
meação

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REsp 93355 / PR - DJ 18/12/2000 – 4ª TURMA


EMENTA
UNIÃO ESTÁVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO
OPOSTOS PELA COMPANHEIRA COM O OBJETIVO
DE EXCLUIR A SUA MEAÇÃO DA PENHORA
INCIDENTE SOBRE IMÓVEL ADQUIRIDO COM O
ESFORÇO COMUM. LEGITIMIDADE. - Reconhecida a
união estável por sentença transitada em julgado, é
a companheira parte legítima para oferecer
embargos de terceiro com o objetivo de excluir a
sua meação da penhora incidente sobre imóvel
adquirido em conjunto com o companheiro. Recurso
especial conhecido e provido.

REsp N° 264.893 - SE- DJ 04/03/2002 – 4ª TURMA


CIVIL E PROCESSUAL. ACÓRDÃO. NULIDADE
NÃO CONFIGURADA. EXECUÇÃO. EMBARGOS DE
TERCEIRO OPOSTOS POR COMPANHEIRA NA
DEFESA DE SUA MEAÇÃO. CABIMENTO. CPC,
ART. 1.046. LEI N. 9.278/96, ART. 5
5°..
I .Não é nulo o acórdão que enfrenta a
controvérsia fundamentadamente, apenas que com
conclusão oposta ao interesse da parte.
II .A companheira que possui patrimônio comum
com o devedor dispõe de embargos de terceiro
para opor-se à constrição causada sobre a sua
meação por execução movida ao segundo.
III. Recurso especial não conhecido.

ATENÇÃO: SÚMULA 251 DO STJ

A meação só responde pelo ato ilícito


quando o credor, na execução fiscal, provar
que o enriquecimento
q q dele resultante
aproveitou ao casal.

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FICAM SUJEITOS A EXECUÇÃO:


V) OS BENS ALIENADOS OU GRAVADOS COM ÔNUS
REAL EM FRAUDE A EXECUÇÃO
ATENÇÃO: SÚMULA 375 DO STJ

O reconhecimento da fraude à execução


depende do registro da penhora do bem
alienado ou da prova de má-fé do terceiro
adquirente.

CÓDIGO CIVIL/2002
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de
bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor
já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência,
ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos
credores quirografários, como lesivos dos seus
direitos.
direitos
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia
se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo
daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos
onerosos do devedor insolvente, quando a
insolvência for notória, ou houver motivo para ser
conhecida do outro contratante.

FRAUDE CONTRA CREDORES


ELEMENTO OBJETIVO: EVENTUS DAMNI
ELEMENTO SUBJETIVO: CONSILIUM FRAUDIS

AÇÃO REVOCATÓRIA OU PAULIANA

ATENÇÃO:
SÚMULA 195 DO STJ
EM EMBARGOS DE TERCEIRO NÃO SE ANULA ATO
JURIDICO, POR FRAUDE CONTRA CREDORES.

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FRAUDE À EXECUÇÃO
CRIME: CP ARTIGO 179: - Fraudar execução,
alienando, desviando, destruindo ou danificando
bens, ou simulando dívidas:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,
ou multa.

ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA:


CPC ARTIGO 600. Considera-se atentatório à
dignidade da Justiça o ato do executado que:
(Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
I - frauda a execução;

LITISPENDÊNCIA:

-DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DO FEITO:

-CITAÇÃO:

FRAUDE À EXECUÇÃO
Art. 615-A CPC. O exeqüente poderá, no ato da
distribuição, obter certidão comprobatória do
ajuizamento da execução, com identificação das
partes e valor da causa, para fins de averbação no
registro de imóveis, registro de veículos ou registro
de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.
§ 3o Presume-se em fraude à execução a alienação
ou oneração de bens efetuada após a averbação
(art. 593).

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FRAUDE À EXECUÇÃO
Art. 185 CTN. Presume-se fraudulenta a alienação
ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa

TJ/SP - APELAÇÃO 257.572-4/4-00 (994.02.010302-0)


23/03/2010
EMBARGOS DE TERCEIRO - Alienação de coisa litigiosa -
Penhora de bem imóvel em execução de sentença que julgara
ç
procedente ação ordinária de indenização
ç por perdas e danos
decorrentes de prestação de serviços odontológicos - O
apelante adquiriu o imóvel em testilha, sendo que ao tempo da
alienação pendia contra o vendedor demanda capaz de reduzi-
lo à insolvência - Art. 593, II do CPC - Presentes os requisitos
da litispendência e da insolvência - Fraude à execução
caracterizada - Irrelevante a alegação de boa fé do apelante -
Presunção de insolvência - Sentença que conclui pela
ineficácia da alienação confirmada - Recurso improvido.

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n° 407.177-4/9-00,


10/06/08
FRAUDE EM EXECUÇÃO - Caracterização -
Alienação de imóvel, já tendo sido o devedor citado
no processo de conhecimento - Falta de inscrição
da penhora - Irrelevância - Basta consulta ao
distribuidor cível para a constatação de pendência
de ação capaz de reduzir o devedor à insolvência -
Não é exigível a citação para a execução da
sentença - Presunção da insolvência – Presença dos
requisitos da litispendência e da insolvência do
devedor - Alienação à embargante é ineficaz em
relação ao credor - Litigância de má fé não
configurada - Verba honorária fixada em 10% do
valor da causa - Embargos de terceiro rejeitados -

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Apelação n° 994.03.110184-2, 16/03/2010


EMBARGOS DE TERCEIRO - Arresto de imóveis obtido como
medida preparatória de ação ordinária de reparação de danos
fundada em contrato de incorporação imobiliária, que foi
julgada procedente - O arresto foi requerido após a venda e
compra dos imóveis, devendo ser considera a data das
alienações, e não dos registros - Ao tempo da alienação, não
estava a alienante citada para o arresto ou a ação de
reparação de danos, sequer ajuizadas, pelo que não se
configura o requisito da litispendência para a caracterização
da fraude de execução - Para tanto, não é suficiente o
ajuizamento da demanda, mas citação válida – O
reconhecimento de fraude contra credores há que ser
demandado em ação pauliana – Recurso improvido.

RENUNCIA DA HERANÇA NO CÓDIGO CIVIL/2002

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus


credores, renunciando à herança, poderão eles,
com autorização do juiz, aceitá
aceitá-la
la em nome do
renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de
trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a
renúncia quanto ao remanescente, que será
devolvido aos demais herdeiros.

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