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Aprendizagem significativa crítica

Discute a ideia de aprendizagem significativa crítica, destacando a


importância de adaptar e desenvolver esses conceitos para a realidade
educacional atual. Além disso, menciona a influência de Ausubel e Finkel em
sua abordagem, incorporando princípios facilitadores da aprendizagem
significativa crítica, como o abandono da narrativa.
É interessante notar que não propõe uma didática específica, mas
sim uma série de princípios facilitadores que podem orientar os educadores na
promoção da aprendizagem significativa crítica. Esses princípios variam desde
aspectos organizacionais do ensino até considerações epistemológicas que
guiam o papel do professor na mediação do aprendizado.

A introdução do texto oferece uma análise crítica sobre o estado


atual da educação em relação às mudanças sociais e tecnológicas. Começa
relembrando as críticas feitas por Postman e Weingartner em 1969 sobre a
inadequação da educação tradicional para preparar os alunos para um mundo
em constante transformação. Destaca-se a necessidade de uma abordagem
educacional que promova conceitos como relatividade, probabilidade, incerteza
e causalidade múltipla, em vez dos conceitos fixos e dogmáticos ainda
promovidos pela educação convencional.
Ao longo dos anos, apesar das mudanças na sociedade, a educação
ainda perpetua muitos dos conceitos desatualizados criticados por Postman e
Weingartner. Além disso, novos conceitos fora de foco foram agregados à lista,
como a idolatria tecnológica e a ênfase na informação como algo
intrinsecamente bom.
sobre aprendizagem significativa oferece uma explicação detalhada
sobre os princípios e estratégias que facilitam esse tipo de aprendizado.
Começando com a interação cognitiva entre o novo conhecimento e
o conhecimento prévio, destaca como a aprendizagem significativa difere da
aprendizagem mecânica, destacando que a aprendizagem significativa envolve
a construção ativa de conhecimento pelo aprendiz, ao invés de uma simples
memorização de informações.
ressalta a importância do conhecimento prévio como a variável mais
influente na aprendizagem, destacando as contribuições de David Ausubel
nesse sentido. Além disso, você discute os princípios programáticos
facilitadores da aprendizagem significativa, como a diferenciação progressiva, a
reconciliação integradora, a organização sequencial e a consolidação,
explicando como cada um deles contribui para a compreensão e retenção do
conhecimento.
Os organizadores prévios, os mapas conceituais e os diagramas V
são apresentados como estratégias eficazes para facilitar a aprendizagem
significativa, fornecendo ferramentas visuais e conceituais para os alunos
organizarem e integrarem seu conhecimento.
destaca a importância da predisposição para aprender por parte dos
alunos, enfatizando a relevância do novo conhecimento como um fator
motivador. No entanto, os professores enfrentam desafios em despertar essa
predisposição nos alunos e em tornar o conhecimento relevante para eles.

Princípios:

1. Princípio do conhecimento prévio


Aprendemos a partir do que já sabemos. A aprendizagem
significativa, no sentido de captar e internalizar significados socialmente
construídos e contextualmente aceitos, é o primeiro passo, ou condição prévia,
para uma aprendizagem significativa crítica. é fundamental para promover uma
aprendizagem significativa crítica. A ênfase na importância do conhecimento
prévio ressalta a necessidade de reconhecer e construir sobre as experiências
e entendimentos prévios dos alunos. Isso não apenas aumenta a relevância e a
significância do novo conhecimento, mas também permite uma compreensão
mais profunda e crítica.

2. Princípio da interação social e do questionamento


Ensinar/aprender perguntas ao invés de respostas. é essencial para
promover uma aprendizagem significativa crítica. Ao enfatizar a importância da
troca de perguntas entre professor e aluno, você destaca a necessidade de um
ambiente de sala de aula que estimule a reflexão, o questionamento e o
diálogo.
Ao invés de simplesmente transmitir respostas aos alunos, você
propõe uma abordagem que promova a formulação de perguntas relevantes.

3. Princípio da não centralidade do livro de texto


A utilização de materiais diversificados, e cuidadosamente
selecionados, ao invés da "centralização" em livros de texto é também um
princípio facilitador da aprendizagem significativa crítica.
Ao desafiar a centralidade do livro didático e promover a diversidade
de materiais instrucionais, você propõe uma abordagem mais ampla e inclusiva
para a educação, permitindo que os alunos tenham acesso a uma variedade de
fontes de conhecimento que melhor refletem a diversidade da produção
humana. Essa abordagem não apenas enriquece a experiência educacional
dos alunos, mas também os capacita a desenvolver habilidades críticas de
análise e interpretação.

4. Princípio do aprendiz como perceptor/representador.


A importância de considerar os alunos como perceptores e
representadores ativos na construção do conhecimento, em contraste com a
visão tradicional que os trata como receptores passivos. Essa abordagem
reconhece que a percepção do mundo é influenciada pelas experiências
passadas e pelas categorias linguísticas disponíveis ao aprendiz. Destaca a
necessidade de os educadores reconhecerem e respeitarem as diferentes
perspectivas e interpretações dos alunos.

5. Princípio do conhecimento como linguagem


Reconhecer que a linguagem não é neutra e que cada disciplina
representa uma maneira única de ver o mundo é fundamental. Ao ensinar uma
disciplina, os educadores não estão apenas transmitindo informações; estão
introduzindo os alunos em uma forma específica de pensar e interpretar o
mundo. Isso ressalta a importância de uma abordagem crítica que não apenas
ensine o conteúdo, mas também ajude os alunos a compreender a linguagem
subjacente e suas implicações.

6. Princípio da consciência semântica


Este princípio destaca a necessidade de os alunos desenvolverem
uma compreensão profunda da natureza da linguagem e dos significados
associados a ela. A noção de que os significados estão nas pessoas e não nas
palavras ressalta a importância da experiência pessoal na atribuição de
significado. Além disso, a conscientização sobre a variabilidade da
correspondência entre palavras e referentes e a mutabilidade dos significados
ao longo do tempo é essencial para uma compreensão mais completa da
linguagem e do conhecimento.

7. Princípio da aprendizagem pelo erro


O princípio da aprendizagem pelo erro é essencial para uma
abordagem educacional que promova o pensamento crítico e a construção do
conhecimento significativo.
Todos os seres humanos cometem erros, e é através da correção
desses erros que aprendemos e crescemos. Isso destaca a importância de
uma abordagem educacional que não puna o erro, mas o encare como parte
integrante do processo de aprendizagem. O conhecimento humano é
construído através da superação do erro. É fundamental compreender que o
conhecimento humano é provisório e está sujeito a revisão e atualização
constante.

8. Princípio da desaprendizagem
Na aprendizagem significativa, o novo conhecimento interage com o
conhecimento prévio do aprendiz. No entanto, em alguns casos, o
conhecimento prévio pode dificultar a compreensão do novo conhecimento,
criando uma espécie de barreira cognitiva. Nesses casos, é necessário
desaprender certos conceitos ou abordagens que estão sendo utilizados como
ancoradouros para o novo conhecimento.
Em um mundo onde as mudanças são constantes e rápidas, a
sobrevivência depende da capacidade de se adaptar, então é essencial ser
capaz de identificar quais conceitos e estratégias do passado ainda são
relevantes e quais não são mais.

9. Princípio da incerteza do conhecimento


destaca que nossa compreensão do mundo é construída com base
em definições, perguntas e metáforas, todos elementos fundamentais da
linguagem humana.
Definições: São ferramentas para pensar, mas não têm autoridade
fora do contexto em que foram criadas. Aprender definições de maneira
significativa envolve não apenas dar-lhes significado, mas também entender
que poderiam ser diferentes e foram inventadas para uma finalidade específica.
Perguntas: São instrumentos de percepção e determinam a natureza
das respostas. Nosso conhecimento é incerto porque depende das perguntas
que fazemos sobre o mundo.
Metáforas: São utilizadas em todas as áreas do conhecimento e não
são apenas figuras poéticas, mas órgãos de percepção. No entanto,
compreender uma metáfora de maneira crítica envolve reconhecer suas
limitações e não a interpretar literalmente.

10. Princípio da não utilização do quadro-de-giz


Já o princípio da não utilização do quadro-de-giz ressalta a
importância de estratégias instrucionais diversas que promovam a participação
ativa dos alunos. O uso exclusivo do quadro-de-giz tende a reforçar uma
abordagem de aprendizagem mecânica e não crítica. A diversidade de
estratégias instrucionais facilita uma aprendizagem mais significativa e crítica,
centrada no aluno e não apenas na transmissão de conhecimento pelo
professor.

10. Princípio do abandono da narrativa


Destaca a necessidade de deixar os alunos assumirem um papel
mais ativo no processo de aprendizagem, em contraste com o modelo
tradicional de ensino centrado na transmissão de informações pelo professor.
Em vez de focar na transmissão de informações a curto prazo, a
educação deveria buscar promover aprendizagens que transformem a
compreensão do mundo pelo aluno de maneira crítica. Isso requer uso de
estratégias diversas, como um seminário.
Com uma abordagem de ensino mais centrada no aluno, enquanto o
professor atua como facilitador e mediador do processo de aprendizagem.

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